PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
IDENTIDADE AFRO.pptx pedagogia apresentação
1.
Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica -
PARFOR
Professora : Célia Santana Silva
Componente Curricular : História e Cultura Afro-Brasileira
Equipe : Antônio Carlos Barbosa, Graziela Alves, Jocelma Possidônio
Monica Alves .
2.
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS,EDUCAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
DOS CURRÍCULOS
Nilma Lino Gomes é graduada em Pedagogia e mestra em
Educação pela UFMG, além de doutora em Antropologia Social
pela USP. Cumpriu estágio pós-doutoral na Universidade de
Coimbra, supervisionado por Boaventura de Souza Santos.
Professora da Faculdade de Educação da UFMG e integrante da
Associação Brasileira de Pesquisadores Negros – ABPN –, entre
2002 e 2013 coordenou o Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão
Ações Afirmativas na UFMG. Coordenou também o Núcleo de
Estudos e Pesquisas sobre Relações Étnico-Raciais e Ações
Afirmativas (NERA) e o GT 21 – Educação e Relações Étnico-
Raciais – da ANPED, durante a Gestão 2012-2013. Foi também
membro do Conselho Nacional de Educação no período 2010-2014,
designada para a Câmara de Educação Básica.
Nilma Lino Gomes
3.
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS,EDUCAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
DOS CURRÍCULOS
Educação e relações étnico-raciais - A Educação das Relações Étnico-
raciais configura-se como uma ação educacional de atendimento direto à
demanda da população afrodescendente, por meio da oferta de políticas de
ações afirmativas e pedagógicas inscritas na Educação Básica.
4.
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS,EDUCAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
DOS CURRÍCULOS
A descolonização dos Currículos diz respeito fundamentalmente
ao reconhecimento da diversidade do mundo, ao combate ao
racismo e a ideias e pensamentos que não contemplem a
heterogeneidade da sociedade. Educação pública e currículo têm
sido alvo de recorrentes debates no Brasil.
5.
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS,EDUCAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
DOS CURRÍCULOS
Quanto mais se amplia o direito à educação, quanto mais se
universaliza a educação básica e se democratiza o acesso ao
ensino superior, mais entram para o espaço escolar sujeitos antes
invisibilizados ou desconsiderados como sujeitos de
conhecimento
6.
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS,EDUCAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
DOS CURRÍCULOS
Descolonizar os currículos é mais um desafio para a educação
escolar. Muito já denunciamos sobre a rigidez das grades
curriculares, o empobrecimento do caráter conteudista dos
currículos, a necessidade de diálogo entre escola, currículo e
realidade social, a necessidade de formar professores e professoras
reflexivos e sobre as culturas negadas e silenciadas nos currículos.
7.
Lei nº 10.639/033
A Lei 10.639/03 que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e
cultura afro-brasileiras e africanas nas escolas públicas e privadas do
ensino fundamental e médio; o Parecer do CNE/CP 03/2004 que aprovou
as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Africanas;
e a Resolução CNE/CP 01/2004, que detalha os direitos e as obrigações
dos entes federados ante a implementação da lei compõem um conjunto
de dispositivos legais considerados como indutores de uma política
educacional voltada para a afirmação da diversidade cultural e da
concretização de uma educação das relações étnico-raciais nas escolas.
8.
Quando falamos em descolonização do currículo? O que é isso, afinal?
“Quando rejeitamos a história única, quando nos apercebemos de que
nunca há uma história única sobre nenhum lugar, reconquistamos uma
espécie de paraíso”. Esta fala encerra uma palestra da escritora
Chimamanda Ngozi Adichie, em 2009, no TED (Technology, Entertainment,
Design).
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS,EDUCAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
DOS CURRÍCULOS
9.
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS,EDUCAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
DOS CURRÍCULOS
O debate sobre a “descolonização do currículo” é resultado dos esforços
teóricos e epistemológicos dos povos subalternizados/colonizados da
América Latina, Ásia e África em mostrar que existe toda uma produção de
conhecimentos historicamente invisibilizada em favor de uma ciência
europeia ocidental que se construiu como a única capaz de produzir saberes
objetivos, neutros e que se propõem enquanto universais.
Alguns autores definem esse processo de apagamento como resultado da
colonialidade do saber, ou seja, epistemologias e cosmologias das regiões do
mundo “não-ocidentais” foram e são consideradas inferiores em relação ao
conhecimento produzido pela Europa.
10.
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS,EDUCAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
DOS CURRÍCULOS
Os currículos passam a ser um dos territórios
de enfrentamento e de disputa entre grupos
hegemônicos e grupos subalternos, pois ao
descolonizar o conhecimento, os currículos
escolares também serão descolonizados,
oportunizando que o ambiente escolar seja
muito mais plural e democrático a partir da
emergência de leituras de mundo plurais.
12.
Educação, identidade negra e formação de professores/as: um
olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo.
O entendimento desse contexto revela que o corpo, como suporte de
construção da identidade negra, ainda não tem sido uma temática
privilegiada pelo campo educacional, principalmente pelos estudos sobre
formação de professores e diversidade étnico-cultural.
14.
Educação, identidade negra e formação de professores/as: um
olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo.
Nesse sentido, o cabelo crespo e o corpo
negro podem ser considerados expressões e
suportes simbólicos da identidade negra no
Brasil. Juntos, eles possibilitam a construção
social, cultural, política e ideológica de uma
expressão criada no seio da comunidade
negra: a beleza negra. Por isso não podem
ser considerados simplesmente como dados
biológicos.
15.
O cabelo crespo, objeto de constante insatisfação,
principalmente das mulheres, é também visto, nos
espaços onde foi realizada a pesquisa, no sentido de
uma revalorização, o que não deixa de apresentar
contradições e tensões próprias do processo identitário.
Essa revalorização extrapola o indivíduo e atinge o
grupo étnico/racial a que se pertence. Ao atingi-lo,
acaba remetendo, às vezes de forma consciente e outras
não, a uma ancestralidade africana recriada no Brasil.
Educação, identidade negra e formação de professores/as: um
olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo.
17.
Educação, identidade negra e formação de professores/as: um
olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo.
A escola aparece em vários depoimentos como um importante espaço no qual
também se desenvolve o tenso processo de construção da identidade negra.
Lamentavelmente, nem sempre ela é lembrada como uma instituição em que o
negro e seu padrão estético são vistos de maneira positiva.
O entendimento desse contexto revela que o corpo, como suporte de construção da
identidade negra, ainda não tem sido uma temática privilegiada pelo campo
educacional, principalmente pelos estudos sobre formação de professores e
diversidade étnico-cultural. E que esse campo, também , ao considerar tal
diversidade, deverá se abrir para dialogar com outros espaços em que os negros
constroem suas identidades. Muitas vezes, locais considerados pouco convencionais
pelo campo da educação, como por exemplo, os salões étnicos.
18.
Referências
GOMES, Nilma Lino - Relações Étnico-Raciais, Educação e Descolonização dos Currículos Currículo
sem Fronteiras, v.12, n.1, pp. 98-109, Jan/Abr 2012 .
GOMES, Nilma Lino - Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar
sobre o corpo negro e o cabelo crespo , Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.1, p. 167-182,
jan./jun. 2003.