SlideShare uma empresa Scribd logo
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Baixar para ler offline
Quem ora com
um propósito
bem definido
estimula a
produção de
neurotransmissores que
ajudam a protejer o corpo
O fim de uma
etapa ou ciclo
deve ser visto
como forma
de dar oportunidade ao
novo, ainda que esta
transição seja dolorosa
Sensibilidade
e gentileza
masculinas
são virtudes
valorizadas na sociedade
atual, mas preconceito
ainda existe
Cremes à base
de corticoide
ajudam a
tratar afta na
boca, problema causado em
função da baixa imunidade
do organismo
Emília de Toledo Leme,
economista e professora universitária
Espiritualidade
18
Kátia Abreu
32
Homem
14
Saúde
16
GRUPO
DIÁRIO DA REGIÃO
Editor-chefe
Fabrício Carareto
fabricio.carareto@diariodaregiao.com.br
Editor-Executivo
Marcelo Moreira
marcelo.moreira@diariodaregiao.com.br
Coordenação
Ligia Ottoboni
ligia.ottoboni@diariodaregiao.com.br
Editor de Bem-Estar
Igor Galante
igor.galante@diariodaregiao.com.br
Editora de Turismo
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cecilia.demian@diariodaregiao.com.br
Editor de Arte
César A. Belisário
cesar.belisario@diariodaregiao.com.br
Pesquisa de fotos
Mara Lúcia de Sousa
Diagramação
Cristiane Magalhães
Tratamento de Imagens
Edson Saito, Luciana Nardelli
e Lúcio Flávio Matias
Matérias
Agência O Globo
“Bem-estar é a busca da felicidade.
É fazer outras pessoas felizes
para ser feliz também”
João Roberto Antonio,
médico dermatologista
“Bem-estar é fundamentalmente um
sentimento, uma sensação de paz
interior e aceitação da sua situação
no sentimento de compreender
os acontecimentos”
Reservar um
período do dia
para reunir a
família, dentro
ou fora de casa, é essencial
para a manutenção do
convívio saudável
Editorial
A edição deste domingo começa mostrando os
benefícios da meditação, tanto à saúde - por dimi-
nuir o estresse, a pressão arterial, fortalecer o sis-
tema imunológico, melhorar a qualidade do so-
no e reduzir a enxaqueca - quanto à vida pessoal
e profissional - por aumentar a criatividade, o po-
der de concentração e a autoestima. Diversos es-
tudos já vêm comprovando esses benefícios, mas
ainda muitos de nós veem a prática de meditação
como um “bicho de sete cabeças”, algo complica-
do e, especialmente, difícil de ser atingido, dian-
te da agitação da vida que a maioria leva. Não é,
como mostra a reportagem de Gisele Bortoleto.
Outra reportagem, assinada por Elen Valereto,
revela que o consumo diário de 25 gramas de cho-
colate 70% de cacau aumenta a disposição e a sen-
sação de prazer. Isso porque o chocolate amargo -
esse que você não se diz muito fã - é riquíssimo
em polifenois, substância responsável por liberar
a sensação de euforia no cérebro. Euforia que po-
de ser liberada também pela zumba, modalidade
de dança que virou febre nas academias e que, se-
gundo a repórter Juliana Ribeiro, já vem sendo
adotada para aquecer e preparar o corpo para ou-
tras atividades físicas, como a corrida. E Cecília
Dionizio mostra que, a despeito do preconceito
que ainda possa haver, homens sensíveis devem
ser valorizados - a fim de combater o estereótipo
do bruto e sistemático que não cabe mais nos di-
as de hoje. Um ótimo domingo!
Meditação, zumba
e chocolate
O que é bem-estar para você?
Comportamento
8
Compartilhe com a gente o que significa bem-estar para você
Escreva para gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br. Participe!
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
2
A M.A.C Cosmetics acaba de lançar a Linha Mineralize. Uma das opções
para quem quer brilhar nos melhores eventos são os olhos esculpidos com
nuances brilhantes. Invista em combinações de cores brilhantes como pink
pétala suave, marrons intensos, ameixa vibrante e brilho dourado, para ter
olhos deslumbrantes por todos os ângulos.
Olhos que brilham
Na avaliação de Flavia Morais, coordenadora de nutrição da rede Mundo
Verde, para se ter um abdômen sequinho, livre das gordurinhas, é preciso estar
atento ao que se coloca no prato. “Para tornar a alimentação saudável, é
recomendado substituir os cereais refinados pelos cereais integrais, consumir
frutas, verduras e legumes, beber muita água e praticar exercícios.” Flávia lista
alguns alimentos que são importantes para se conquistar uma silhueta sequinha
neste verão: “Gengibre, abacate, cereais integrais, pimenta, cúrcuma ou açafrão
e canela”, explica.
No verão, muitas vezes as pessoas aderem a dietas radicais e ficam mais de
três e quatro horas sem se alimentar. Essa atitude, segundo a Associação
Brasileira de Halitose (ABHA), promove um queima de gordura do organismo
com a liberação de compostos voláteis mau cheirosos via pulmonar, que são
eliminados na respiração, causando o mau hálito. Segundo o cirurgião-dentista
e presidente da ABHA, Marcos Moura, é importante alertar a população contra
a halitose, que hoje representa 30% da população do país, o equivalente a 60
milhões de pessoas. “Manter uma dieta balanceada e evitar longos períodos de
jejum são hábitos que devemos adotar e que nos ajudam a evitar a halitose. No
verão, vale salientar que a higiene bucal não deve tirar férias”, diz.
Saúde bucal
A nova linha Delikad Gel de Banho Hidratante tem o objetivo de
prolongar a sensação de bem-estar após o banho. O produto limpa e
promove hidratação natural, além de formar uma película protetora
impedindo a desidratação, e, ao mesmo tempo, age como barreira contra
as agressões do dia a dia. Foram desenvolvidas seis fragrâncias para
proporcionar uma explosão sensorial no corpo.
Fotos: Divulgação
Silhueta
sequinha
Experiência sensorial
DICAS DO BEM t
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
3
Torne a meditação uma prática em
sua vida. Não é nenhum bicho de sete
cabeças, e vai dar a tranquilidade
que você precisa para encarar o dia
PAUSA NO MEIO
DO CAMINHO
Gisele Bortoleto
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br
O mundo moderno criou meios que, em princípio, deveri-
am ter nos proporcionado mais facilidades e tempo livre. Po-
rém, não foi o que aconteceu. A velocidade e a quantidade de
informações e o estresse provocado por elas têm levado o ser
humano a um estado de intranquilidade. São e-mails de-
mais, notícias demais, mensagens demais, ligações demais,
cobranças demais. As necessidades aumentaram e a vida
ficou mais complicada. São muitas exigências.
E a meditação pode ser um jeito simples de blo-
quear a ansiedade causada por essas demandas. “Me-
ditação é uma nova forma de viver, baseada no pre-
sente, não no apego excessivo aos pensamentos”,
diz o terapeuta corporal Sambodh Naseeb, profes-
sor de meditação e autoconhecimento.
“É o momento em que a mente pode perma-
necer focada. Assim, os pensamentos se acal-
mam e conseguimos a sensação de estar presen-
tes e viver o agora. E cada experiência passa a
ser vivenciada como ela é”, explica o coach e
iogaterapeuta Salvador Hernandes.
“Sempre que arrumo um tempo, procu-
ro meditar, para restabelecer meu equi-
líbrio”, diz a vendedora Desi-
ree Sanches.
Desirré Sanches é adepta
da meditação: prática ajuda
a equilibrar as emoções
MEDITAÇÃO BÁSICATERAPIA ALTERNATIVA t t 1. Sente-se confortavelmente, sobre uma
almofada ou cadeira, sempre deixando as
costas mais retas. Evite meditar deitado, pois
é alto o risco de adormecer
t 2. Feche os olhos e traga suavemente sua
atenção para dentro de você mesmo.
Vá percebendo o ritmo da sua respiração,
sem se preocupar em controlá-la
t 3. Permaneça observando a respiração.
Sinta a passagem do ar pela abertura das
narinas. Acompanhe cada inspiração e cada
expiração, atentamente
t 4. Se algum pensamento invadir
sua mente, deixe-o passar e volte a
atenção à sua respiração
t 5. Fique assim por 10 minutos.
Lentamente, abra os olhos e volte
às suas atividades
Fonte: Salvador Hernandes, iogaterapeuta
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
4
A meditação tem sido ex-
tensamente pesquisada nos
meios científicos, pelo interes-
se crescente em se entender co-
mo ela é capaz de gerar os bene-
fícios que são observados em
quem a pratica. Existem vários
campos de estudo nessa área.
Diferentes regiões cerebrais
são especialmente ativadas,
principalmente aquelas relacio-
nadas aos processos de atenção
e as que são responsáveis pelas
emoções positivas. Além disso,
ondas cerebrais de padrões es-
peciais, como as ondas gama,
são produzidas em níveis eleva-
dos durante a prática da medi-
tação. Outro caminho de pes-
quisa mostra que o organismo
humano entra num estado de
funcionamento hormonal dife-
rente durante a meditação.
Estudo realizado na Univer-
sidade de Montreal, no Cana-
dá, publicado na revista Psy-
chosomatic Medicine, mos-
trou que a meditação pode di-
minuir a sensibilidade à dor.
Descobriu-se que meditadores
experientes eram menos sensí-
veis à dor e menos incomoda-
dos com isso do quem não me-
ditava. O que foi comprovado
por exames de ressonância
magnética do cérebro.
Pessoas que meditam todos
os dias há mais de dez anos
têm uma diminuição na produ-
ção de adrenalina e cortisol,
hormônios associados a distúr-
bios como ansiedade, déficit
de atenção e hiperatividade e
estresse. E experimentam um
aumento na produção de en-
dorfinas, ligadas à sensação de
felicidade. (GB)
O que diz a ciência
BENEFÍCIOS DA MEDITAÇÃO
tNA SAÚDE: diminui o estresse, fortalece o sistema
imunológico, reduz a pressão arterial, melhora a
qualidade do sono, alivia a enxaqueca, auxilia o
tratamento da depressão, reduz quadros de dores
t NA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL: aumenta a
criatividade, estimula a memória, aumenta o poder de
atenção e concentração, amplia o discernimento para
lidar com situações de estresse, aumenta a autoestima,
melhora as relações interpessoais e o autoconhecimento,
favorecendo maior alegria, paz e tranquilidade
Fonte: Sandra Rosenfeld, terapeuta e escritora
JohnnyTorres27/11/2014
Quando realizada com fre-
quência, a meditação melho-
ra o sistema imunológico, a
memória, a atenção e a con-
centração, incrementa nossa
criatividade, além de expan-
dir nossa consciência. “Pare-
ce algo milagroso. Mas não
há milagre algum e exige bas-
tante disciplina e força de
vontade”, explica a escritora
e palestrante Sandra Rosen-
feld, terapeuta em qualidade
de vida como instrutora de
meditação e executive & per-
sonal coach. Ela é autora dos
livros “Durma Bem e Acorde
para a Vida” e “O que é Medi-
tação” (ed. Nova Era /Re-
cord). “O que acontece é que
grande parte de nossos distúr-
bios físicos e mentais é causa-
da ou aumentada pelo nosso
desequilíbrio emocional, que
afeta nosso organismo como
um todo”, explica. (GB)
Parece mágica, mas não é
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
5
Elen Valereto
elen.valereto@diariodaregiao.com.br
Muita gente ainda acredita que o Pilates é um método de exercício
exclusivo para o condicionamento físico. A metodologia criada pelo ale-
mão Joseph Pilates, porém, pode ser usada para o restabelecimento de
pós-operatórios, pós-partos, hérnias de disco, fibromialgia, artroses, ar-
trites, dores lombares, fortalecimento da pelve, entre outros tratamen-
tos importantes e diversificados. Veja na página três das aplicações
mais comuns do Pilates.
Conheça os benefícios no tratamento da hérnia de
disco, da incontinência urinária e da artrose oferecidos
pela metodologia criada por Joseph Pilates
OS PILARES
DO PILATES
EXERCÍCIO FÍSICO t
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
6
t Nem sempre uma atividade física pode ser praticada por
todo mundo. Problemas na coluna são os principais motivos
para acionar o sinal vermelho e exigem pausa e cuidado. Um
desses problemas é a hérnia de disco, doença que tem como
alvo mais homens que mulheres, o equivalente a 70%.
Tanto na fase aguda ou na crônica, os sintomas típicos –
formigamento nos pés e mãos, dores nas pernas e braços e
diminuição da mobilidade articular –, os exercícios aplicados
no Pilates contribuem para amenizá-los.
A hérnia pode ser causada hereditariamente e de forma
traumática por esforços repetitivos e cargas excessivas
envolvendo tronco, giros, inclinações, puxar, empurrar. E os
idosos não são mais os únicos a sofrerem desse problema,
destaca o fisioterapeuta José Roberto Santos, da clínica
Center Life, já que pessoas jovens, de acordo com seus
hábitos de vida irregulares e sobrecargas
tensionais, também podem desenvolver uma hérnia de disco.
Os exercícios são realizados com a
coluna do paciente apoiada.
A princípio, eles são baseados em contração dos músculos do
abdômen, com trabalho respiratório; depois, exercícios de
fortalecimento e alongamento na musculatura
profunda (que sustenta o tronco) ajudam na estabilização da
coluna. “A atividade promove alívio de pinçamento e
compreensões dos discos e, consequentemente, o alívio da
dor”, diz o fisioterapeuta.
tAlguns exercícios usados no Pilates são indicados para o
fortalecimento do assoalho pélvico. Eles são fundamentais para a
prevenção e o tratamento da incontinência urinária por esforço.
Esse problema é mais frequente nas mulheres e ocorre quando o
esfíncter urinário (músculo que controla o fluxo urinário da bexiga)
perde força. Com isso, a consequência é a perda involuntária da urina
durante esforços simples, como tossir, espirrar, gargalhar, informa a
fisioterapeuta Daniele Cristina de Assis Gomes, da clínica Inclusiva.
“Por esse motivo, durante todos os exercícios, a
contração do assoalho pélvico é associada à contração
abdominal e à respiração como forma de tratamento e prevenção
da incontinência”, explica a fisioterapeuta.
Entre os exercícios está a “Ponte com bola entre as pernas”.
O uso da bola nessa atividade é importante porque intensifica a
contração do períneo. “Ao apertar a bola, a musculatura do
períneo é ativada e intensificada juntamente à contração
abdominal, além de fortalecer os músculos adutores do quadril e
aliviar as dores lombares”, diz Daniele.
ARTROSE
tA artrose é um problema causado pelo desgaste das articulações, o que
causa muita dor e rigidez no movimento, pois interfere na força, na
flexibilidade e no equilíbrio. As sessões de Pilates podem durar entre 40
minutos e uma hora e são indicadas de acordo com o estado geral de saúde
da cada paciente.
De acordo com a fisioterapeuta Viviane Steigleder Gomes, de Rio Preto, são
trabalhados exatamente as restrições mais afetadas, como força,
flexibilidade, equilíbrio, postura e respiração. E, durante aos exercícios, o
paciente não deve sentir dor.
“Nos casos mais graves, a articulação afetada não é movimentada durante
as primeiras sessões. Ela é alinhada e fica estável. Utilizam-se exercícios
isométricos, isto é, quando não há o movimento articular, enquanto os
demais segmentos do corpo são trabalhados visando a um reequilíbrio geral
do corpo”, explica a fisioterapeuta.
Como a artrose não tem cura, o que se procura com o Pilates é controlar os
sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, a começar pela
diminuição das dores. Isso, porém, é
relativo. “Os resultados variam de
pessoa para pessoa, da gravidade da
artrose, das características físicas da
pessoa, de seu estado de saúde
geral e do estilo de vida”,
lembra a fisioterapeuta
Viviane.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
HÉRNIA DE DISCO
Johnny Torres 5/12/2014
O empresário José Carlos
Stabile aderiu à prática do
Pilates para combater um
problema de hérnia de disco
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
7
Juliana Ribeiro
juliana.ribeiro@diariodaregiao.com.br
Quem nunca usou a descul-
pa de que está trabalhando de-
mais e, com isso, não sobra tem-
po para se reunir com a família?
A maioria das pessoas, nos dias
de hoje, prioriza outras ativida-
des em vez de aproveitar uma
boa conversa com pais e irmãos.
Tem família que senta à mesa na
hora do almoço ou do jantar, mas
não troca uma palavra. Pais e fi-
lhos não desgrudam dos apare-
lhos celulares. Abandonam o
olhonoolho,osabraçoseossorri-
sos verdadeiros. Como se a essên-
cia da família tivesse se perdido
em algum lugar.
Será que não está na hora de
rever os conceitos e resgatar esse
convívio?
Para a psicologa comporta-
mental Mara Lúcia Madureira,
todos dispõem da mesma quanti-
dade de tempo: a diferença é que
alguns sabem administrar o tem-
po,conseguemrealizarseusproje-
tos e vivem com mais qualidade,
enquanto outros não priorizam o
que é realmente importante e vi-
vem frustrados e estressados.
“Só haverá tempo para gastar
com a família quando a família
estiver na lista de prioridades.
Todas as áreas importantes da
vida precisam ser tratadas com
a devida atenção. Quando dedi-
camos muito tempo ao traba-
lho, negligenciamos as de-
mais”, lembra.
“Não basta fazer parte, tem
que se sentir pertencente de fa-
to. A família é facilitadora do
desenvolvimento integral do in-
divíduo, em todas as dimen-
sões”, lembra a terapeuta fami-
liar Quezia Bombonatto, dire-
tora da Associação Brasileira
de Psicopedagogia (ABPp).
Quem nunca reparou, nos
dias de hoje, em restauran-
tes, uma mesa com pai, mãe
e filhos e todos grudados
em seus celulares. Co-
mo se o fato mais
importante do
mundo es-
tivesse em seus aparelhos e não
sentado à sua frente.
Para Elizabete Duarte, psico-
pedagoga e coordenadora peda-
gógica do colégio Nossa Senho-
ra do Morumbi, em São Paulo,
um hábito importante é conver-
sar. “Esse hábito deve ser cons-
truído dentro das famílias.
Com algumas regras, como
evitar o uso de aparelhos ele-
trônicos na hora da refei-
ção”, diz. (JR)
A correria não pode ser usada como
desculpa para não reunir a turma
de casa. O convívio diário é fundamental
para a qualidade das relações familiares
FAMÍLIA
COMPORTAMENTO t
Sinal vermelho para o celular
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
8
A arquiteta Claudia Togni e
o marido, o médico Paulo Togni,
encontraram junto dos filhos
Paulo, Gabriela e Camila uma
maneira de estar sempre juntos:
por meio da atividade física.
“Sempre incentivei meus fi-
lhos a fazer esportes. Quando o
Paulo e a Gabriela foram fazer fa-
culdade fora, o convívio diário
não era mais possível. Um estava
em Ribeirão Preto e o outro em
SãoPaulo.Umdia,a Gabrielasu-
geriu que nos inscrevêssemos em
uma corrida, e foi assim que co-
meçou”, conta Claudia.
A família, que começou com
pequenascorridas,hojejápartici-
pa até de maratonas. “A Camila
também nos acompanha. Come-
çamos a incentivá-la a participar
de caminhadas, depois ela foi pa-
ra pequenas corridas e agora já
completa 10 quilômetros.”
Os Togni já participaram de
maratonas no Rio de Janeiro e
em Berlim, transformando a ati-
vidade também numa forma de
viajar em família.
Para Claudia, ter esses mo-
mentos é fundamental e praze-
roso. “Buscamos sempre mo-
mentos para estarmos juntos.
Além das corridas, também
programamos viagens e, há 1
ano, começamos a praticar tri-
lhas.” “O esporte nos uniu”,
completa a filha Gabriela. (JR)
O esporte os uniu
REUNIDA
Se a família perdeu o
hábito de se reunir, é preci-
so querer resgatar esse con-
vívio, mesmo que não seja
fácil.“Tudooquenosreme-
te a boas lembranças, sensa-
ções e vivências é mais fácil
de resgatar. Por isso, para as
famílias que perderam esse
prazer no convívio familiar,
é necessário perceber em
que momento isso se per-
deu e, então, resgatar as ma-
ravilhas da convivência em
família,sejasaindoparapes-
car com o avô, costurando
oucozinhandocomaavó,fa-
zendoumSPAemcasacom
a mãe ou jogando jogos, ba-
tendo papo e relembrando
momentos vividos em co-
mum”,orienta a pedagoga e
psicopedagogaLarissaFon-
seca, de São Paulo. (JR)
Para retomar o convívio
Arquivo Pessoal
StockImages/Divulgação
A família da arquiteta Claudia Togni escolheu a
corrida como forma de estarem sempre juntos
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
9
O AMARGOO AMARGO
VIROU DOCEVIROU DOCE
ALIMENTAÇÃO/PRAZER t
Sabe por que é
mais negócio
comer chocolate
com alta taxa de
cacau? Porque ele
tem duas vezes
mais polifenois,
substância que
causa euforia e
outras sensações
agradáveis
no cérebro, além
de aumentar
a disposição
Elen Valereto
elen.valereto@diariodaregiao.com.br
Chocolate é uma delícia vista como pecado.
E ficar apenas em um ou dois quadradinhos pa-
ra suprir as necessidades nutricionais diárias
presentes no cacau é tão difícil quanto evitar a
primeira mordida.
Não é difícil conhecer quem já exagerou
mais de uma vez e devorou sozinho uma bar-
ra de chocolate. E se sentiu culpa pela balan-
ça? Nenhuma! O que sentiu foi prazer e
uma satisfação imensa por ter aproveitado
cada pedacinho.
A vontade de comer chocolate não passa
com uma balinha doce e provoca os mesmos
efeitos no cérebro que um vício causado por
drogas lícitas e ilícitas. Embora não seja algo
agressivo, a necessidade de comer chocolate é
parecida com a abstinência que os amantes
do café sentem quando estão longe de uma xí-
cara quente.
Essa sensação tão prazerosa proporciona-
da pelo chocolate tem explicação bioquímica.
Uma pesquisa realizada pela nutricionista
Vanderlí Marchiori, consultora técnica da As-
sociação Brasileira da Indústria de Chocola-
tes, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados
(ABICAB), apontou que o chocolate é ideal
para melhorar o humor, batendo suplemen-
tos de magnésio.
Segundo dados do estudo, o recomendado
é o consumo diário de 25 gramas de chocolate
70% cacau, pois aumenta a disposição e tem
duração maior de boas sensações. Por isso, é
comum ver tantos vestibulandos e concursei-
ros carregando barrinhas de chocolate debai-
xo do braço para o momento da prova, já que
conseguem energia e ao mesmo tempo sen-
tem-se relaxados. A própria tensão pré-mens-
trual (TPM), período de desequilíbrio hormo-
nal na mulher, pode ser aliviada com um pou-
co de chocolate.
O chocolate age no cérebro e consegue ge-
rar sensações de euforia pela presença de subs-
tâncias chamadas polifenais do cacau. Em um
chocolate ao leite, por exemplo, de uma mistu-
ra entre leite, açúcar, gordura e cacau, há qua-
se 400mg de polifenois. No entanto, em 40 gra-
mas de um chocolate amargo, a ingestão de po-
lifenois sobe para 950mg.
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
10
MELHOR QUE BEIJO
t Grávidas também podem ser
beneficiadas com o consumo
prazeroso do chocolate, desde que
com moderação, alerta a
nutricionista Flávia Morais,
coordenadora de nutrição da rede
Mundo Verde. A indicação do
chocolate ao leite fica de lado, já
que, por ser muito calórico, o
consumo excessivo não é indicado
para as futuras mães, pois dá ganho
de peso e aumenta o risco de
diabetes gestacional e pressão alta.
“Prefira chocolates com pelo menos
55% de cacau. Quanto mais cacau
tiver, menos açúcar e gordura terá
e, por isso, será mais interessante”
MELHOR QUE BEIJO
tUma pesquisa liderada pelo psicólogo
britânico David Lewis, do Instituto
Mindlab International, monitorou
voluntários durante 20 anos e constatou
que eles sentiam quatro vezes mais
prazer quando comiam chocolate que
durante um beijo. Quando comiam
chocolate, os batimentos cardíacos
chegavam a 140 por minuto, bem
superior a um beijo apaixonado. Entre
as explicações estão a presença dos
polifenois do chocolate, que são
absorvidos rapidamente já na língua,
ativando neurotransmissores de
bem-estar como dopamina e serotonina
O chocolate tem saborO chocolate tem sabor
irresistível para muita gente eirresistível para muita gente e
seu efeito no cérebro chega aseu efeito no cérebro chega a
ser comparado ao de uma droga.ser comparado ao de uma droga.
Não está muito longe disso.Não está muito longe disso.
Mas deve-se consumi-lo comMas deve-se consumi-lo com
moderação para extrair todos osmoderação para extrair todos os
benefíciosbenefícios
StockImages/Divulgação
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
11
AQUECIMENTO
Sensação das academias, a zumba,
que une movimentos de dança a
exercícios aeróbicos, vem sendo
usada para preparar o corpo antes
de atividades como a corrida
tDe acordo com o professor de dança e instrutor de zumba
Reinaldo Alexandre Veronezi, a dança de modo geral é uma
modalidade completa, que consegue mexer com todo o corpo ao
mesmo tempo. “Quem começa a dançar não quer mais parar, além
de ser prazeroso, de queimar calorias, você trabalha todos os
membros do corpo e, o melhor, de forma divertida. E a zumba é
isso. Não deixa ninguém parado. Logo que você escuta já começar
a se movimentar. São tantos benefícios que faz efeito desde o
aquecimento, e eu sempre digo: quem dança é muito mais feliz”
Juliana Ribeiro
juliana.ribeiro@diariodaregiao.com.br
Antes de iniciar uma atividade física como a corrida
ou mesmo uma caminhada, é preciso aquecer o corpo.
E a novidade agora é usar a zumba isso.
Desde que chegou ao Brasil, a modalidade ganhou
adeptos nos quatro cantos do País. A ideia de unir dan-
ça com exercício aeróbico foi do personal trainer e core-
ógrafo colombiano Alberto Perez. Trata-se de um méto-
do de combinação de passos simples com movimentos
de dança para esculpir o corpo. O programa é divertido
e viciante.
Para o professor de dança e instrutor de zumba Rei-
naldo Alexandre Veronezi, existe uma explicação lógi-
ca para que alguns organizadores de eventos com corri-
da e caminhada tenham começado a preferir a zumba
ao aquecimento convencional.
“Quando a pessoa entra no ritmo da dança, ela se sol-
ta, consegue relaxar antes de dar início à prova. E, além
disso, em poucos minutos é possível mexer o corpo to-
do e se preparar para sair correndo”, diz.
DANÇA t
QUEM DANÇA É FELIZ
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
12
DIVERTIDO
t Desde que a zumba foi criada, ela tem como
objetivo principal fazer as pessoas se divertirem.
No programa apresentado por Beto Perez, oito
modalidades levam o nome de aula de zumba:
t ZUMBA FITNESS - nas aulas, tocam ritmos exóticos
com batidas internacionais e latinas
t ZUMBA GOLD - pensado para o público a partir dos
65 anos, utiliza a fórmula da Zumba Fitness e modifica
os movimentos para se adequarem às necessidades
dos participantes idosos
t ZUMBA TONING - combina exercícios
localizados com trabalho cardiovascular. Os alunos
aprendem como usar bastões leves para aprimorar
o ritmo e tonificar músculos de braços, abdômen,
glúteos e coxas
t AQUA ZUMBA - conhecida como “festa na piscina”,
integra a fórmula e a filosofia da zumba com a
hidroginástica tradicional
t ZUMBATOMIC - planejadas para crianças de 4 a 12
anos, as aulas são embaladas ao som de hip hop,
reggaeton e outros ritmos. Prometem melhorar a
concentração e a coordenação
t ZUMBA IN THE CIRCUIT - engloba 30 minutos de
ginástica inspirada em movimentos latinos, combinada
com treino de circuito e uma série de exercícios de
musculação, em intervalos programados
t ZUMBA GOLD-TONING - é um programa de dança
fácil de acompanhar, ideal para iniciantes. Ajuda
a desenvolver a força muscular, aumentar a
densidade óssea e melhorar a mobilidade,
a postura e a coordenação
t ZUMBA SENTAO - usa uma cadeira como
base para fortalecer, equilibrar e estabilizar o
corpo. Nela, o aluno se apoia, balança e rebola,
enquanto trabalha os quadris
Fonte: www.zumba.com
Há 4 anos, os empresários e só-
cios Eliane Gouvea e Umberto San-
ches idealizaram o evento “Timboré
Runner Gloss”, uma corrida e cami-
nhada noturna realizada às margens
da Represa de Rio Preto. “Só no pri-
meiro ano fizemos o aquecimento
convencional, com alongamento
para os participantes; nos outros,
convidamosinstrutores dezum-
ba,edeusupercerto.Écomose
os participantes já começas-
sem a corrida com mais
ânimo,maisdescontra-
ídos. A dança dá
um gás ex-
tra”,dizEliane.Aindadeacordocoma
empresária,sãopoucososparticipantes
quenãocurtemouquepreferemoesti-
loconvencional.
“Não recebemos reclamações, mas
sabemosquealgunsparticipantes,aque-
lesquegostamdealgomaiscalmo,não
curtem o aquecimento com dança,
mas pelo menos 90% das pessoas se
divertem.Eu,alémdepraticar cor-
rida,tambémfaçoauladezumba
e acho a dança extremamente
divertida.Édescontraçãopu-
ra”,anima-se. (JR)
Professor Alexandre Veronezi comanda aula de
zumba: “Em poucos minutos é possível mexer o
corpo todo e se preparar para sair correndo”
Gás extra
Fotos:SergioIsso2/12/2014
MODALIDADES
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
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SENSÍVEL
NA MEDIDA
CERTA
Sensibilidade e gentileza masculina não
deve ser confundida com fragilidade ou
orientação homossexual. O preconceito
ainda existe. Mas isso está mudando
COMPORTAMENTO t
Cecília Dionizio
Sensibilidade e gentileza independem de orientação sexual. E,
felizmente, muitos homens também já pensam assim.
A sensibilidade é muito bem-vinda no dia a dia, especialmente
quando manifestada pelo público masculino, a despeito do que ain-
da possa existir de alguns olhares preconceituosos – por parte de ho-
mens e mulheres.
De acordo com o psicólogo cognitivo-comportamental Alexan-
dre Caprio, de Rio Preto, o homem, assim como o animal, é um ser
que evoluiu dependendo de seu grupo. “Qualquer perfil que fuja do
padrão comportamental local é notado e classificado. Entender nos-
sos mecanismos mais antigos e arraigados ao instinto é um passo
importante para compreender os estereótipos. Estereótipo são gene-
ralizações (pressupostos) que uma pessoa faz em relação a outra, ten-
do por base suas vivências e experiências anteriores”, diz.
Para a psicanalista Ana Monachesi, de Rio Preto, de fato existe
uma cobrança desde a infância para que homens e mulheres se com-
portem dentro de um determinado padrão. “As imposições sociais
começam cedo. Primeiro a família, depois a escola,... a tendência na-
tural de se tentar esculpir a criança para o que é mais aceito. E o re-
sultado é este: o homem se sente intimidado de ser sensível. Não
pode falar mais macio, não pode ir com a mulher escolher um vesti-
do, porque isso ‘não é coisa de homem’. Não pode fazer nada. E é
um absurdo esse tipo de cobrança”, diz.
No entanto, Ana observa que, ao contrário do que se convencio-
nou pensar, quanto mais sensível é o homem, mais viril ele deve se
sentir. “Por mais que pareça contraditório, o fato dele ser sensível
facilita que se relacione com as mulheres. Quando ele abre a porta
para sua parceira, ele está naquele momento dizendo ‘eu sou o ho-
mem’. Ele está sendo sensível e atencioso, sim. Mas, com isso, com-
prova sua masculinidade. E é legal quando um tem um poder e o
outro tem outro, porque é quando acontece a troca. Onde há igual-
dade não há o que trocar”, diz.
StockImages/Divulgação
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
14
‘A gentileza deveria ser mais natural’
O profissional liberal Bruno H.
Mello, de Rio Preto, não está nem aí
para as “considerações alheias”. Ele
já recebeu vários elogios por demons-
trar sua sensibilidade e gentileza em
público com sua parceira.
“Na minha opinião, ser gentil, ter
sensibilidade para saber que um idoso
precisa ser ouvido, não tem nenhuma
relação com a opção sexual da pessoa.
Acho que tem mais relação com a edu-
cação. Procuro ser gentil com todos
que entram no meu consultório. Aten-
do pessoas com dor que precisam ser
ouvidas e precisam de atenção. Não
custa ser educado, fazer um elogio ou
abrir uma porta. Você pode até melho-
rar o dia daquela pessoa.”
Mello conta que, recentemente, es-
tava saindo de um restaurante e abriu
a porta do carro para a namorada. E
um senhor responsável pela seguran-
ça dos carros deu os parabéns, pois na-
quela noite era o primeiro que ele via
fazendo isso. “A gentileza deveria ser
mais natural e corriqueira. Mas acaba
sendo confundida com fragilidade ou
homossexualidade”, lamenta. (CD)
Bruto e sistemático?
Para o psicólogo Alexandre Caprio, ape-
sar da diversidade existente hoje no Brasil,
muitaspessoas aindaenxergamo mundopor
estereótipos.Umexemplo:queháquemacre-
dite queno interior do Brasil, incluindo o es-
tadodeSãoPaulo,oshomensapresentamtra-
çosculturaisquepredeterminampapéis soci-
ais tanto para homens, quanto mulheres.
“As características do homem do Interior,
segundo nossa cultura local, é a de um ho-
mem de aspectos rústicos, despreocupado
com concordâncias verbais, apreciador de co-
mida, bebida e apegado ao trabalho com terra
eanimais,entreoutrosdetalhes,quelheconfe-
rem o rótulo de ‘bruto e sistemático’”, diz.
Por isso que, ao se identificar um “outro
tipodehomem”, quenãoseadequaa essepa-
drão,ele se destacacomo uma “zebra semlis-
tras”,principalmenteseogrupoondeestáin-
serido não conhece padrões masculinos dife-
rentes dos que estão enquadrados.
“Por isso ele pode ser ‘reclassificado’, de
acordo com sua postura. Se, dentro de nosso
modelo cultural em discussão, temos um ho-
mem que não gosta de se sujar, que prefira
carros menores e que se preocupe com de-
talhes não observados pelos outros, ele po-
derá ser confundido como homossexual,
por serem esses (na opinião doshomens lo-
cais) traços mais compatíveis com as mulhe-
res”, explica. (CD)
Bruno Homem de Mello nãoBruno Homem de Mello não
abre mão da gentileza.abre mão da gentileza.
“Sensibilidade não tem relação com“Sensibilidade não tem relação com
a opção sexual, mas com educação”a opção sexual, mas com educação”
Hamilton Pavam 29/11/2014
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
15
BOCA DOLORIDA
Cecília Dionizio
Colocar um aparelho odontológico é sem-
pre visto como sinônimo de desconforto, espe-
cialmente quando vem acompanhado de af-
tas, que costumam aparecer logo em seguida.
Na verdade, segundo o dentista Gilberto
de Barros, da Ridens Odontologia, de Rio Pre-
to, isto é comum em função da mudança que
afeta o pH da boca. “Qualquer mudança que
aconteça no meio ambiente bucal por estar
com baixa resistência também leva ao surgi-
mento da afta”, explica.
Contudo, o problema é temporário e de
fácil solução. Basta reorganizar o pH da boca
e a situação se atenua.
O cirurgião dentista Marcelo de Souza
Junqueira, do Centro de Especialidades
Odontológicas e Dor Orofacial (Cendor), ob-
serva que as aftas podem ser uma resposta exa-
gerada do sistema de defesa do organismo.
Ele, inclusive, discorda que seja em função da
baixa imunidade.
“Elas ocorrem devido a pequenas ‘agres-
sões’ durante a mastigação ou de substâncias
quentes, rígidas e ácidas dos alimentos. Essas
agressões desencadeiam focos de anticorpos
no indivíduo que vão agir contra o agente
agressor”, diz.
Quem passou pelo drama recentemente
foi a bancária Silvana Leite Lima, 28 anos,
após colocar o aparelho ortodôntico. “Tive
vontade de arrancar o aparelho. Mas, após
uns dois dias fazendo uso de medicamentos e
restrição de alimentos cítricos, melhorou.
Confesso que é horrível”, diz.
Junqueira explica é possível dar fim às af-
tas de diferentes formas, e tudo vai depender
de como ela se apresenta. Se não forem mui-
tas, o ideal é tratar com um creme à base de
corticoide local.
“O creme possui uma substância que se fi-
xa na afta e ajuda a combater. Agora, se for ge-
neralizada na boca, é necessário o uso de me-
dicação - com corticoide - via oral. O medica-
mento tem uma prescrição de sequência e mo-
do de ingerir para que não provoque deficiên-
cia imunológica”, esclarece.
O cirurgião dentista Adriano Iglesias, da
Odonto Clin, de Rio Preto, afirma que há casos
em que a pessoa sofre de aftas recorrentes, o que
implicana necessidadedeexameclínico detalha-
do. Ele concorda que, se a pessoa está em trata-
mento dental, ou colocando aparelhos, é prová-
vel que venha a desencadear aftas.
O dentista também observa que, embora
não se saiba a causa exata da afta, a teoria
mais aceita é que seja uma
reação alérgica às bacté-
rias da boca, alergia a
alimentos, proble-
mas de saúde co-
mo doença ce-
líaca e doen-
ças inflama-
tórias in-
testinais.
SAÚDE t
Aftas são um problema bastante incômodo e que pode ser causado por
vários motivos. Cremes à base de corticoide ajudam a resolver
Aftas podem ser sinal
de que a imunidade
está baixa. A maioria
dos casos é simples,
mas alguns pedem
exames detalhados
de um odontologista
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
16
t Tente consumir iogurte ou cápsulas de
acidófilos quando tomar antibióticos
t Se você fuma, pergunte a seu médico as
melhores maneiras de abandonar o hábito
t Consulte seu dentista regularmente –
pelo menos a cada seis ou 12 meses,
especialmente se tiver diabetes ou usar
próteses
t Escove os dentes e passe fio dental
conforme seu dentista recomendar
t E tente limitar a quantidade de açúcar e
alimentos que contêm levedura, incluindo
pães, cerveja e vinho (esses alimentos podem
estimular o crescimento de aftas)
Fonte: Associação Dental Americana
O QUE VOCÊ PODE FAZER
StockImages/Divulgação
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
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A ciência acredita na oração. Quem reza com fé e movido
por forte propósito ativa neurotransmissores responsáveis
por aumentar a imunidade do corpo
t Coloca-se em sintonia e comunhão com Deus
t Permanece firme na fé, esperança e caridade
t Serena o coração diante das tribulações diárias
t Ilumina a inteligência no discernimento do bem
t Fortalece o coração para escolher o que é bom
t Restabelece a alegria nos que choram
t Restabelece o ânimo nos cansados
Fonte: Dom Tomé Ferreira da Silva, bispo diocesano
QUEM ORA
UM SANTO
REMÉDIO
ESPIRITUALIDADE t
Gisele Bortoleto
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br
O biologista francês Alexis Carrel
(1873-1944), prêmio Nobel de medicina e fisiolo-
gia em 1912, escreveu certa vez que “a oração é a
forma de energia mais poderosa que o homem é
capaz de gerar. Trata-se de uma força tão real co-
mo a gravidade terrestre. Na minha qualidade de
médico, tenho visto enfermos que, depois de ten-
tarem, sem resultado, os outros meios terapêuti-
cos, conseguiram libertar-se da melancolia e da
doença, pelo sereno esforço da prece. É esta, pois,
no mundo, a única força que parece capaz de su-
perar as chamadas ‘leis da natureza.” E conti-
nuou: “Há muitas pessoas que se limitam a ver
na prece um refúgio para os tímidos, ou mero ape-
lo infantil movido pelo desejo de coisas materi-
ais. Concebê-la, entretanto, nestes termos, é me-
nosprezá-la erroneamente.”
“A oração tem um grande poder, porque ela
estabelece e norteia uma aspiração almejada. É
uma grande aliada ao nos proporcionar a possibi-
lidade da realização de nossos anseios e objetivos
de nossa vida”, afirma o neurocirurgião e coach
Eduardo da Silva, do Centro do Cérebro e Colu-
na, de Rio Preto.
A oração pode ser usada também como um
agente de cura, ao estimular a produção de hor-
mônios ou neurotransmissores responsáveis pelo
aumento da imunidade e a restauração de nossas
células e, com isso, promover o equilíbrio de nos-
so organismo.
“A oração, do ponto de vista da neurociência,
é um dos maiores confortos que existem, e já foi
demonstrado que pessoas que oram, qualquer
que seja sua crença, costumam melhorar mais ra-
pidamente em maior grau de doenças crônicas
do que as que não se dedicam a ela”, afirma o
médico e neurocientista Iván Izquierdo, profes-
sor de neurologia da PUC-RS.
Mas, para o médico Eduardo Silva, normal-
mente palavras pronunciadas ou repetidas a es-
mo não geram ação. A oração, para ser benéfica e
efetiva, necessita de um propósito, e deve ser rea-
lizada com concentração, intenção e fé, avalia o
neurocientista. “Após pensar na escolha de um
propósito, deve-se acreditar com o sentimento de
haver conseguido e agradecido pela bênção con-
cedida”, explica.
Domingo, 22 de
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SergioIsso/Arquivo
Homem reza
durante evento
ecumênico em
Rio Preto: oração
é um poderoso
mecanismo de
restabelecimento
das funções físicas
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
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É importante ter muito claro
que a oração é uma forma simples
de elevar nossa consciência e favore-
cer nosso alinhamento com a vonta-
de de Deus. “Ao orar, o indivíduo
se sintoniza com níveis profundos
de seu ser - sua alma, seu espírito,
sua essência. Assim, pode conta-
tar aspectos como a alegria da al-
ma, a paz espiritual e a onipre-
sença de Deus manifestada
em seu interior”, explica o
frei Benedetto, monge da
Ordem Graça Miseri-
córdia, porta-voz
da Associação
Maria.
Desta maneira, continua ele,
vamos nos preparando para expres-
sar de forma mais pura e perfeita a
vida do espírito, nosso propósito es-
sencial. “Já com respeito aos efeitos
externos da oração, a depender da
abertura e entrega dos indivíduos
que seofertam a realizá-la, pode re-
percutir de maneira muito ampla
e positiva, trazendo cura, reden-
ção e liberação não só para os
seres humanos, como tam-
bém para todos os reinos
da natureza e para todo
o planeta.” (GB)
t “Somos todos filhos de Deus, e Ele abençoa a
todos igualmente. Porém, para que Ele saiba o que
queremos, precisamos dizer o que queremos”, diz
Berenice de Lara, psicóloga, terapeuta floral e de
cristais. Fazer a conexão com a espiritualidade
através da oração, ressalta Berenice, é parte do
nosso livre-arbítrio. Se você escolhe fazer essa
comunicação, certamente estará numa condição
melhor de quem fica sem nenhuma ação, e o
resultado acontece
SE QUEREMOS, TEMOS DE DIZER
Forma de elevar a consciência
SergioIsso25/1/2014
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fevereiro de 2015
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O Pequeno
Príncipe
Novaversãodo clássicodaliteratura mundial,considerada amaiorobraexistencialista
doséculo20, segundoMartinHeidegger.“OPequeno Príncipe”,livro maistraduzidoda
históriadepoisdo Alcorão edaBíblica, voltaaser lançadono Brasil emumaedição
completa,traduzidopelo renomadoFreiBetto ee enriquecidacom umcadernoilustrado
sobrea vidae obradeSaint-Exupéry.O livro contaa história deumpilotodeaviãoquecai
nodesertoe aliencontra uma criançalouraefrágil.Na convivênciacom o piloto,osdois
repensamseusvaloreseencontram o sentidodavida.Uma história mágicaesensível.
Apartirdeumcuidadoso projetográfico,com a misturadetécnicas depinturae
belíssimasilustrações, desenrolam-seas aventuras, osanseios eossonhos deTereza.Com
longoscabelos pretosecacheados,Tereza sonhavacom o diaemqueconheceria sua
madrinhae,assim,tentava imaginá-la.Eserá queela játeria uma toalhaderenda para
enfeitarsua casa?Tereza imaginavaumarenda coloridaquelevaria para amadrinha, no
diaemquefossevisitá-la. Mas,por ali,tudoera branco,linhasbrancas,rendas brancas.
Embuscado vermelho,começaa descobrir o mundoea tecer as históriasdaprópriavida.
Nestahistória tãoambiciosa quanto originalda PrimeiraGuerra, o autor abordao
conflitoapartir deseuaspectomenos explorado, mastalvez maisrevelador: aexperiência
daspessoascomuns -não apenasatragédia ea dor, mastambémo absurdo emesmo,por
vezes,abeleza dessasvidas.Oleitor nãoencontrará eventosou manobrastáticas dos
exércitosenvolvidos, maspessoas,impressões, experiênciase estadosdeânimo quevão da
euforiapelaentradanaguerra ea expectativa deuma vitória rápidaàpreocupação com as
famílias,atristeza pelamorte deamigos ea angústiapara queo conflitoacabasselogo.
A menina da
renda vermelha
Uma coletânea rara que reúne os trabalhos de 75 poetas contemporâneos, a
maioria brasileiros, reunidos em torno de uma tarefa inédita: dialogar com os
versos de Donizete Galvão. O poeta, que partiu na madrugada do dia 30 de
janeiro de 2014, aos 58 anos, continua vivo em seus versos e também renasce
nos poemas dessa antologia. São 15 poemas de Donizete. Os poetas representam
quase todas as regiões brasileiras e há contribuições do México, da Itália,de
Portugal,entre outrospaíses.
Fabiana Guimarães
Páginas: 24
R$ 20
Paulus Editora
Organização: Reynaldo
Damazio, Ruy Proença e
Tarso de Melo
Preço sob consulta
Dobra editorial
A beleza
e a dor
Fotos: Reprodução
Uma história íntima da
Primeira Guerra Mundial
Peter Englund
Tradução: Fernanda
Sarmatz Åkesson
Páginas: 520
R$ 62 (livro) 39,50 (e-book)
Companhia das Letras
Antoine de Saint-Exupéry
Tradução: Frei Betto
Páginas: 160
R$ 29,90 (livro), R$ 14,90
(pocket) e R$ 4,90 (e-book)
Geração Editorial
Outras
ruminações
LEITURAS DO BEM t
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fevereiro de 2015
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SANTIAGO EM VOO SOLO
Como um viajante solitário pode aproveitar as melhores
experiências urbanas e gastronômicas do país de Neruda
TURISMO t
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fevereiro de 2015
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Agência O Globo
Espremido entre a Cordilheira dos Andes e o
Pacífico, o Chile foi eleito um dos melhores des-
tinos no mundo para viajantes solitários em
2014, segundo a revista Travel + Leisure.
Num ranking de 20, o país andino ocupa o
sétimo lugar, atrás de nações como Noruega, Su-
íça e Áustria. É o primeiro da América do Sul.
AgênciaOGlobo
O histórico
Palácio La
Moneda, em
Santiago
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
23
Agência O Globo
O Chile é um destino natural, onde é
possível explorar mais de 3 mil quilôme-
tros de paisagens desérticas, montanhas
e a longa faixa costeira que se estende
junto ao mar. Numa viagem econômica.
E sozinho. O único risco que você corre
é o de acabar sendo convidado para um
churrasco na casa de uma família local,
o melhor dos predicados de um país re-
pleto de belezas e pessoas amigáveis.
Parece que, de repente, a capital Santiago
ficou mais descolada, impulsionada pelo “mi-
lagre econômico” que atingiu o Chile nas úl-
timas décadas.
Bairros charmosos, com variadas opções
culturais, restaurantes estrelados e o timing
de uma metrópole que desponta como uma
das mais belas, organizadas e interessantes
da América Latina.
Hoje, este importante centro de negócios
mantém intacta a imagem de tranquilidade,
limpeza e qualidade de vida para seus mais
de seis milhões de habitantes.
Desde janeiro, os turistas são recebidos
com poemas de Neruda, estampados nas
composições das linhas 2 e 5 do metrô
da capital.
A maior novidade, no entanto, é a primei-
ra edição chilena do Lollapalooza, que
aporta no Parque O’Higgins nos dias 14 e
15 de março.
O festival de rock tem no line-up nomes
que vão de Jack White a Calvin Harris,
passando por Kings of Leon, Robert
Plant e Skrillex. Outro ponto alto da ci-
dade andina é a chegada de restaurantes
estrelados do Peru, da Argentina e da
Europa, responsáveis por elevar Santia-
go à categoria de paraíso gourmet.
Fora do centro urbano, o sol forte e o solo
rico favorecem a região de vinícolas. O resul-
tado são rótulos de ponta, que podem ser de-
gustados bem pertinho de Santiago, de onde
partem coletivos, de 15 em 15 minutos, com
destino a Valparaíso, capital cultural do país,
dona de famosas ladeiras íngremes com mu-
ros coloridos.
Aproveite a viagem para cruzar a cordi-
lheira e, em pouco mais de cinco horas de
ônibus, chegar a Mendoza, cidade argentina
repleta não só de vinhedos como de bodegas
de cair o queixo.
Santiago ficou mais
descolada,
impulsionada pelo
milagre econômico
que atingiu o Chile
nas últimas décadas
CRUZANDO A
CORDILHEIRA
Bancas de frutas no mercado de Valparaiso, vizinho de Santiago
Empório
no Cerro
Concepción,
em Valparaiso
SANTIAGO t
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
24
Uma boa opção é caminhar pelas
ruas de Santiago e descobrir uma me-
trópole que renova seus espaços. A ou-
tra é alugar uma bicicleta e pedalar pe-
laslongasciclovias.
O bairro mais badalado é Bellavis-
ta, onde atrações se enfileiram de se-
gundaasegunda,comdezenasdetea-
tros,bares,restaurantesecentroscul-
turais. A mais colorida e boêmia
das ruas é a Pio Nono, point de
diferentes tribos em busca de
diversãodiae noite.
Nofimdela,ofunicu-
lar sobe o Cerro San
Cristóbal e vai a
q u a s e
900metrosdealtura,umadasmelho-
res vistas da capital. Fora o terraço
queservedemirante,oParqueMetro-
politano tem zoológico, jardim japo-
nêseciclovias.
Uma estátua branca da Virgen de
la Inmaculada Concepción marca o
cume, onde o papa João Paulo 2º re-
zou uma missa em 1984. Aproveite
asubidaeexperimenteamote,be-
bidatípicafeitacomsucodepês-
sego seco, cozido na água açu-
carada com grão de trigo
sem casca. É muito do-
ce, por isso, só desce
se estiver bem
gelada.
Perto dali fica La Chascona, casa
em que o poeta Pablo Neruda viveu
com sua terceira mulher, Matilde
Urrutia. Apaixonado pelo mar, o es-
critor projetou a obra nos mesmos
moldes de um barco. Há escotilhas
no lugar de janelas, a sala de jantar
imita a cabine de um navio e a de es-
tar, um farol.
Os passeios guiados mostram as
coleções do artista, como a de copos e
conchas, e contam ainda curiosidades
da vida do casal. Poemas e declara-
ções de amor podem ser vistos em qua-
se todos os cômodos.
À noite, portas de bares abertas e
mesas com cadeiras nas calçadas da
Pio Nono são um convite para esticar
o programa. A maioria oferece cerve-
jas importadas.
As porções de chorrillanas (en-
tre R$ 30 e R$ 40) se encontram em
quase todos os cardápios, para a sa-
tisfação de pequenos grupos ou um
único viajante.
A carne (geralmente alcatra) é
servida com cebola, pimentão, bata-
tas fritas - tudo tem batata no Chile
- e ovos fritos com a gema mole co-
brindo a porção.
No El Nuevo Camino, o prato ga-
nha um molho especial (à base de mai-
onese e ervas), boa pedida para o pis-
co sour, a “caipirinha” dos Andes, fei-
ta de destilado de milho, também
abundante no Peru.
A três quadras dali, na rua Bombero
Nuñez, clubs oferecem ritmos diversos,
do reggaeton ao eletrônico. (AG)
Na casa de Neruda
Johnny B.
Good integra
nova alameda
de bares em
Mendoza
Mostra no museu de
Belas Artes de Santiago
Boemia nas ruas
Fotos: Agência O Globo
A biblioteca intacta de La Chascona, uma das casas do poeta chileno Pablo Neruda
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GASTRONOMIA E
PONTOS HISTÓRICOS
A 350 km, fica Mendonza, na Argentina,
um passeio também imperdível
SANTIAGO t
Agência O Globo
BastaumúnicodiaparapercorrerocentrodeSan-
tiago e passar pelos pontos fundamentais. O Palácio
de La Moneda, sede do governo, é uma das testemu-
nhasdo passadodaquele país.
Construção remanescente da era colonial, o pré-
dio, no qual o presidente Salvador Allende se suici-
douem1973diantedoiminentegolpemilitar,inclui
um centro cultural e troca de guarda, pontualmente
às10h emdiasalternados.
O Museu de Arte Pré-Colombiana fica bem
próximo, mas se tiver que escolher apenas um
museu para visitar, fique com o de Belas Artes.
Seu acervo guarda mais de 3 mil peças, ad-
quiridas por meio de compras, doações e premi-
ações dos salões oficiais.
Há uma ampla seção de pinturas e escultu-
ras chilenas, abrangendo a produção artística
desde o período colonial, além de núcleos de ar-
te universal, destacando-se pinturas italianas,
gravuras, fotografias e um conjunto de escultu-
ras africanas.
A Plaza de Armas é o sistema nervoso da re-
gião, cercadadecasarõescoloniais,construçõesne-
oclássicas e simpáticos restaurantes em que os gar-
çons, de camisa branca e gravata borboleta, ainda
servem em bandejas de inox.
Nada como apreciar o vaivém na praça, toman-
doumataçadecabernetsauvignonoucarménè-
re, duas especificidades da vinicultura chile-
na. Em média, a garrafa do Três Estrellas
sai a R$ 35, menos da metade do preço
que pagamos no Brasil.
Na hora do almoço,
uma boa opção é o Merca-
do Central, uma antiga
estação de trem esti-
lo art nouveau, de
1872. Ceviches,
frutos do mar e o
centolla (caranguejo
gigante,típicodopaís)es-
tão por toda parte.
Dá para passar o res-
tododia degustando,prin-
cipalmente nas bancas mi-
núsculas e modestas nas la-
terais. O menu completo
custa entre R$ 12 e R$ 20.
Fora dali, renomados chefs renovam a tradi-
cional gastronomia chilena à base de frutos do
mar. Um deles é o peruano Gastón Acurio, do
recomendado Astrid & Gastón (o melhor da
América Latina em 2013, pela revista “Restau-
rant”), que elegeu o bairro Providencia para rece-
ber sua primeira filial no país. Lá é costume iniciar
a refeição com um pisco sour.
Com cozinhas de todo o Chile representadas à
mesa e uma geração de novos chefs inovando pra-
tos clássicos, as grifes gastronômicas se espalham
pela cidade.
Destaque entre a crítica internacional no últi-
moano,oComoÁgua paraChocolate,noBellaVis-
ta,virouoqueridinhodosbrasileiros.Apoucospas-
sos da casa de Neruda, o salão decorado com as co-
res à la FridaKhalo tem cozinha inspirada no livro
homônimo da mexicana Laura Esquivel.
Com quase 150 anos, a Peluquería Francesa, no
Bairro Brasil, é uma joia para quem busca pratos
tradicionais da França com temperos do Chile.
É um daqueles restaurantes que levam jeito
de bistrô, de onde a gente não quer sair até ob-
servar todos os detalhes da decoração repleta de
antiguidades, que, por sinal, estão à venda.
Bistrô: Peluquería Francesa, ambiente que lembra antiquários
Frutos do mar no
restaurante Como
Água para Chocolate
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Não é preciso ir muito lon-
ge para beber diretamente
dos barris nas vinícolas da re-
gião no entorno de Santiago.
Tintos encorpados podem ser
encontrados em fazendas co-
mo a da Concha y Toro, que
oferece visitação guiada com
degustação e loja com rótulos
e utensílios.
Para seguir por conta pró-
pria, a linha 4-azul do metrô con-
duz até a estação Las Mercedes,
de onde saem ônibus com desti-
no a Pirque. O itinerário dura
de 30 a 45 minutos, e a melhor
época para visitar a vinícola é o
período de fevereiro a maio,
quando as uvas estão em ponto
de colheita.
Outro passeio viável de ôni-
bus, e em um único dia, é Valpa-
raíso, a 120 quilômetros de San-
tiago. É possível ainda alugar
um carro, e a viagem dura 60 a
90 minutos. A charmosa cidade
é pitoresca e boêmia. Comece su-
bindo de funicular o Cerro Con-
cepción e admire a arquitetura
das casas de zinco.
Na volta, caminhe até Cerro Ale-
gre, onde artistas mostram seu traba-
lho a céu aberto. Não deixe de conhe-
cer La Sebastiana, outra casa-museu
de Pablo Neruda, cercada de jardins
e com vista para o Pacífico.
A fundação que leva o nome do
poeta dá espaço para exposição e
um café.
Na descida, aproveite para esticar
até o Mercado del Puerto, onde fru-
tas típicas se misturam a temperos da
variada cozinha andina, como amên-
doas, nozes, alcachofras e picles. No
segundo piso, restaurantes oferecem
menus executivos a preços bem mais
em conta do que em Santiago.
Outra escapada tradicional, a 350
quilômetros da capital chilena, a cida-
de argentina de Mendoza é um ver-
dadeiro oásis dos vinhos malbec. A
travessia de ônibus, pela Cordilhei-
ra dos Andes, dura pouco mais de
cinco horas e expõe um espetáculo
de cenário natural, principalmente
no trecho de curvas acentuadas, co-
nhecido como “caracóis”.
Em Mendoza, mais de 50 bodegas
estão esparramadas por vales, como o
Maipú. Na região central, uma alame-
da de novos bares foi inaugurada na
Calle Arístides Villanueva, há pouco
mais de um ano, tornando o lugar po-
int de badalação dia e noite.
Um dos mais novos é o hypado
Johnny B. Good, que oferece mixes
de petiscos, que vão de coxinhas de
frango a croquetes de queijo (R$
15, em média). É barato comer e be-
ber em Mendoza. Drinques como
mojito custam até R$ 12.
A perder de vista, uma das áreas
naturais mais importantes da Argen-
tina, o Parque General San Martín
tem 400 hectares de puro verde, ala-
medas arborizadas, decoradas com
34 esculturas, mais de 300 espécies
de fauna e flora oriundas de diversos
países do mundo.
É o point dos fins de semana. Do
Cerro de Gloria, se tem excelente vis-
ta da região e dos Andes, ponto de re-
ferência natural deste encantador
voo solo.
Atravessando os Andes
Escapada regada a vinhos
Parque General
San Martín, em
Mendonza
FotosAgênciaOGlobo
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
27
ILHA À VISTAILHA À VISTA
Turismo sustentável
e pousadas de luxo
aportam em
Noronha, que
mantém seu jeito
de paraíso
intocado
Agência O Globo
Quem volta ao arquipélago de Fernando
de Noronha, anos depois da primeira visita, lo-
go percebe que o mundo “lá fora” (como o con-
tinente é conhecido) tem trazido uma nova
versão para esse município pernambucano a
545 km de Recife.
Noronha já não segue naquele ritmo tran-
quilo de quando foi redescoberto como desti-
no selvagem, nos anos 90.
FERNANDO DE NORONHA t
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
28
Símbolo: Morro Dois Irmãos,
uma das tantas imagens ícones
do arquipélago
AgênciaOGlobo
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
29
Agência O Globo
Noronha mudou. Bar lounge com música eletrônica
avança sobre o mar, bloqueando a passagem de visitan-
tes que um dia se aventuraram pelas trilhas entre o Bol-
dró e a Praia do Sancho.
Mocinhas e garotões sarados desfilam indiferentes
ao mar de tons azulados, que se agita aos pés do Morro
do Pico, na Praia da Conceição - uma versão insular da
catarinense Praia do Rosa ou da paulista Maresias.
E as tradicionais casas de família, que um dia servi-
ram como única alternativa de hospedagem para os tu-
ristas, hoje se espremem entre pousadas de alto padrão.
Ainda assim, Noronha continua linda. E os mesmos
ventos que transformaram a Ilha Maldita - título da épo-
ca em que funcionou como penitenciária - em paraíso tu-
rístico do Atlântico trazem novidades a esse arquipélago
de dimensões discretas que, por décadas, tem feito a ale-
gria de mergulhadores, surfistas e amantes de cenários in-
tocados.
Gastronomia molecular em restaurantes moderni-
nhos, estabelecimentos hoteleiros com elevado nível de
consciência ambiental, aluguel de bicicletas elétricas e tri-
lhas selvagens pouco exploradas pelos visitantes menos
dispostos são algumas das novidades de uma Noronha
que nem todo mundo conhece.
Desde que a concessionária EcoNoronha ganhou o
edital de prestação de serviço de visitação pública, em
2011, atrações locais receberam novos investimentos.
Estão lá as passarelas de madeira sintética das praias
do Sancho e do Sueste, postos de informação que foram
erguidos com material sustentável (como o limpo steel
frame) e algumas praias já contam com a infraestrutura
de banheiros e lanchonetes.
Umas das novidades recentes são as 18 bicicletas
elétricas para aluguel. Elas desembarcaram na ilha no
ano passado, para reduzir a emissão de gás carbônico
desse território protegido e frágil de 26 quilômetros
quadrados, declarado Patrimônio Mundial pela Unes-
co, desde 2001.
Esta é uma das ações que fazem parte do projeto “No-
ronha Carbono-Neutro”, lançado na Conferência do Cli-
ma da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado
na Polônia, em fins de 2013. O principal objetivo do pro-
jeto é incentivar a redução de gás carbônico na ilha e
transformá-la em um dos primeiros destinos do mundo a
compensar as emissões de gases causadores do aqueci-
mento global.
Há novidades nesse
arquipélago de
dimensões
discretas que
faz a alegria de
mergulhadores,
surfistas e amantes
de cenários
intocados
Piscina natural no
início da longa
trilha do Atalaia.
À frente, a Ilha do
Frade
FERNANDO DE NORONHA t
NORONHA EM
Cardumes são
facilmente
observáveis em
qualquer mergulho
nas águas de
Noronha
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
30
As novas magrelas (bicicletas elétri-
cas, no caso), que contam também com o
reforço de outros 20 modelos convencio-
nais, têm autonomia de 60 km sem necessi-
dadederecargadabateriaepodemchegara
umavelocidade deaté 25km/h.
MasnaquelasterrasisoladasdoAtlânti-
conãoseprecisaterpressa.Esobreduasro-
das,sempresobratempoparafazerumdes-
vioderotaevisitarmaisumapraiaescon-
dida, que não foi vista durante o Ilha
Tour (tradicional tour de reconheci-
mentodasatrações maispopulares).
Com disposição, dá pra cruzar
uma das menores rodovias fede-
raisdoBrasil,aBR-363.Sãose-
te quilômetros ligando a
Baía do Sueste, no
Mar de Fora, ao
Porto de Santo Antônio, de onde saem os
passeiosdebarco.
Nocaminho,épossívelvisitaríconesna-
turais como o Buraco da Raquel, ao lado do
Museu do Tubarão, e as trilhas de acesso às
praiasdeáguascalmasdoMardeDentro,co-
moas doBoldró edo Cachorro.
AdministradaspelaEcoNoronha,asbi-
cicletaspodemseralugadasnosPICs(Pos-
tos de Informação e Controle) do Sancho
edoSueste.AelétricasaiaR$25eacon-
vencional,R$ 16,a diária.
E para quem quiser deixar sua
contribuição à natureza - afinal de
contas a carga das bicicletas é fei-
ta com energia gerada a partir
deóleodiesel-,caminharé
apróxima atividade.
(AG)
Caminhadas e passeios de bike
Com 14 opções de trilha oficiais
localizadasnointeriordoParqueNa-
cional Marinho de Fernando de No-
ronha, o destino tem não só cami-
nhos curtos até os endereços mais
manjados da ilha, como a Baía do
Sancho e o Mirante do Golfinho, co-
mo rotas que passam pelo lado mais
selvagem como a impressionante
Trilha do Atalaia.
A maioria dos visitantes cumpre
apenasoprimeirotrecho-umacami-
nhada leve de trinta minutos até a
piscina natural do Mar de Fora, pro-
tegidaemuma baíaquecostuma ser-
vir de berçário para animais tartaru-
gas e tubarões.
Tido como um dos melhores
pontos de toda a ilha para mergu-
lho com snorkel, o local é ideal pa-
ra ver coloridos cardumes, quequa-
se se deixam tocar.
E também para praticar flutua-
ção com coletes, condição mínima,
controlada por fiscais, para liberar o
nado recreativo nessa área, que é for-
mada por banco de corais.
Com entrada gratuita e sem ne-
cessidade de contratar um guia, essa
é uma das atrações mais populares
deFernandodeNoronha,oqueobri-
ga os fiscais do Instituto Chico Men-
des de Conservação da Biodiversida-
de(ICMBio)acumprirumrígidoro-
dízio de visitantes, que só ficam ali
por meia hora.
Mas o melhor do lado mais sel-
vagem de Noronha começa quan-
do os grupos deixam aquelas
águas rasas com visibilidade per-
feita e retornam para a Vila do
Trinta, onde começa a trilha.
Conhecida como a Trilha Ponti-
nha Pedra Alta e aberta para apenas
seis felizardos por dia, por agências
que atuam no trajeto, a trilha longa
doAtalaia começalogo após o banho
em sua piscina natural.
É uma caminhada exigente, de
nada menos que 6,2km de extensão,
margeando o Mar de Fora, em dire-
çãoàisoladapraiadoCaieira,endere-
ço que moradores fazem questão de
não divulgar. (AG)
Pelas sendas do arquipélago
NOVA VERSÃO
Uma das 18 bicicletas
elétricas para aluguel,
que chegaram à ilha
Fotos: Agência O Globo
Praia do Sancho,
considerada uma
das mais bonitas
do mundo
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
31
Kátia Ricardi de Abreu
Toda história tem começo, meio e fim. Pois bem, vamos falar do
fim. Aquele “the end” da fita, sabe? As luzes do cinema se acendem e
você ainda continua na poltrona, prostrada, incrédula, esperando um re-
presentante de Hollywood de terno e gravata aparecer na sua frente e
dizer que já estão providenciando as filmagens da continuação da histó-
ria. Mas como isso não acontece, você se levanta e volta para casa, incon-
formada. É um sabor de “quero mais”, “não acredito que acabou”.
O fim de uma história pode ser feliz, infeliz, sem graça, triste, ridícu-
lo, mal feito, mas é fim. A-ca-bou! Os roteiristas de novelas campeãs de
audiência dificilmente conseguem elaborar um fim para a história e
seus personagens que agrade a própria audiência. Porque foi bom o que
houve durante a história e, de tão bom que foi, ninguém quer o fim. En-
tão a gente ouve os comentários: “Não gostei do fim”. Qualquer fim é
difícil de aceitar, quando o desejo é que ele não aconteça.
E o “THE END” na vida real? Muitas vezes, não queremos aceitar o
fim de nossas próprias histórias. O fechamento de nossos ciclos. Ou não
queremos aceitar a forma como ocorreram. Quem já não se pegou dese-
jando que tivesse sido diferente? Com uma pitada disso ou daquilo?
Mesmo que a mocinha e o mocinho não fiquem juntos, felizes para sem-
pre, queremos sair da fita de bem com a vida, para o bem de nossa auto-
estima, não é?
Quando faço entrevistas de desligamento, nas empresas, procuro es-
timular o colaborador que está se demitindo ou está sendo demitido a
fechar este ciclo da forma mais confortável possível. É uma oportunida-
de de iniciar uma nova etapa, embora muitas vezes essa transição seja
dolorosa, e a despedida, triste. Porém, para que a pessoa possa visualizar
as vantagens da nova etapa, ela precisa passar pelo luto da separação des-
te ciclo que se fecha.
Separações sempre são tristes e dolorosas, mesmo quando a pessoa
está indo para algo melhor. Tudo tem perdas e ganhos. Apesar de tristes
e dolorosas, podem ser feitas com dignidade, sensibilidade. Pode haver
alívio, quando a dor de permanecer no relacionamento é maior do que a
dor da separação.
No amor, o fim pode ser trágico, passional. Também pode ser suave.
Depende do grau de maturidade emocional das pessoas envolvidas.
Certa vez recebi um casal no consultório decidido a colocar fim no
relacionamento. Sem brigas, eles conversaram durante muitas sessões
sobre os bons momentos que passaram juntos, os motivos do desgaste
no relacionamento e a vontade de iniciar uma nova etapa. Finalizaram
ali na minha sala a relação conjugal com a proposta de iniciar uma rela-
ção de “ex” respeitosa, madura e humana. Com carinho, devolveram as
alianças um para o outro de forma solene, se abraçaram e foram viver
suas vidas separados, talvez mais unidos do que quando estavam moran-
do debaixo do mesmo teto. Achei lindo quando o marido disse para a
esposa que não tinha sentido continuar se ela não o amava mais. Mesmo
que ele ainda a amasse. Ele iria seguir adiante, em busca do amor
com alguém que pudesse corresponder. Mas, infelizmente, esse ca-
so é a exceção.
Entre namorados, as principais queixas são aquelas em torno do
fim que demora a ser entendido. A pessoa se distancia e espera o
outro desconfiar que ela decidiu colocar o ponto final no relaciona-
mento. Decidiu que não quer mais e tem dificuldade de comunicar
isso de forma direta à outra parte envolvida. Apenas a exclui da sua
rota. Deleta, joga na lixeira o relacionamento e, consequentemen-
te, a pessoa, que é desqualificada. Como assim? Você liga e ela não
atende. Deixa recado e ela não retorna. Tenta pelo whatsApp e des-
cobre que ela te bloqueou. Saiu do Facebook, Instagram, tudo. Ou
saiu só para você. Trocou o número de telefone. Blindou-se de vo-
cê. Declarada é a rejeição. Dupla é a dor: a da separação e a de como
ocorreu a separação. O mais doloroso fim de todos os fins. Pior do
que não querer mais é não dizer isso olhando nos olhos.
Demissões corporativas, rompimentos de relacionamentos,
acontecem todos os dias. E, no dia seguinte, currículos são envia-
dos, pessoas interessantes preenchem as lacunas nos relacionamen-
tos dissolvidos, novos ciclos se iniciam. Ninguém morre por causa
disso.
O fim pode simplesmente ser triste e ao mesmo tempo feliz,
com lágrimas misturadas a sorrisos. Este é o fim honroso, com cha-
ve de ouro que eu gostaria de assistir e vivenciar. E você?
ARTIGO t
O fim de uma história pode ser feliz,
infeliz, sem graça, triste, ridículo, mal
feito, mas é fim. A-ca-bou!
Kátia Ricardi de
Abreu é psicóloga,
especialista em
Análise Transacional
na área clínica
e consultora
de empresas
O FIM
Quem é
Guilherme Baffi/Arquivo
Domingo, 22 de
fevereiro de 2015
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Meditação, chocolate e zumba: bem-estar no domingo

  • 1.
  • 2. Quem ora com um propósito bem definido estimula a produção de neurotransmissores que ajudam a protejer o corpo O fim de uma etapa ou ciclo deve ser visto como forma de dar oportunidade ao novo, ainda que esta transição seja dolorosa Sensibilidade e gentileza masculinas são virtudes valorizadas na sociedade atual, mas preconceito ainda existe Cremes à base de corticoide ajudam a tratar afta na boca, problema causado em função da baixa imunidade do organismo Emília de Toledo Leme, economista e professora universitária Espiritualidade 18 Kátia Abreu 32 Homem 14 Saúde 16 GRUPO DIÁRIO DA REGIÃO Editor-chefe Fabrício Carareto fabricio.carareto@diariodaregiao.com.br Editor-Executivo Marcelo Moreira marcelo.moreira@diariodaregiao.com.br Coordenação Ligia Ottoboni ligia.ottoboni@diariodaregiao.com.br Editor de Bem-Estar Igor Galante igor.galante@diariodaregiao.com.br Editora de Turismo Cecília Demian cecilia.demian@diariodaregiao.com.br Editor de Arte César A. Belisário cesar.belisario@diariodaregiao.com.br Pesquisa de fotos Mara Lúcia de Sousa Diagramação Cristiane Magalhães Tratamento de Imagens Edson Saito, Luciana Nardelli e Lúcio Flávio Matias Matérias Agência O Globo “Bem-estar é a busca da felicidade. É fazer outras pessoas felizes para ser feliz também” João Roberto Antonio, médico dermatologista “Bem-estar é fundamentalmente um sentimento, uma sensação de paz interior e aceitação da sua situação no sentimento de compreender os acontecimentos” Reservar um período do dia para reunir a família, dentro ou fora de casa, é essencial para a manutenção do convívio saudável Editorial A edição deste domingo começa mostrando os benefícios da meditação, tanto à saúde - por dimi- nuir o estresse, a pressão arterial, fortalecer o sis- tema imunológico, melhorar a qualidade do so- no e reduzir a enxaqueca - quanto à vida pessoal e profissional - por aumentar a criatividade, o po- der de concentração e a autoestima. Diversos es- tudos já vêm comprovando esses benefícios, mas ainda muitos de nós veem a prática de meditação como um “bicho de sete cabeças”, algo complica- do e, especialmente, difícil de ser atingido, dian- te da agitação da vida que a maioria leva. Não é, como mostra a reportagem de Gisele Bortoleto. Outra reportagem, assinada por Elen Valereto, revela que o consumo diário de 25 gramas de cho- colate 70% de cacau aumenta a disposição e a sen- sação de prazer. Isso porque o chocolate amargo - esse que você não se diz muito fã - é riquíssimo em polifenois, substância responsável por liberar a sensação de euforia no cérebro. Euforia que po- de ser liberada também pela zumba, modalidade de dança que virou febre nas academias e que, se- gundo a repórter Juliana Ribeiro, já vem sendo adotada para aquecer e preparar o corpo para ou- tras atividades físicas, como a corrida. E Cecília Dionizio mostra que, a despeito do preconceito que ainda possa haver, homens sensíveis devem ser valorizados - a fim de combater o estereótipo do bruto e sistemático que não cabe mais nos di- as de hoje. Um ótimo domingo! Meditação, zumba e chocolate O que é bem-estar para você? Comportamento 8 Compartilhe com a gente o que significa bem-estar para você Escreva para gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br. Participe! Domingo, 22 de fevereiro de 2015 2
  • 3. A M.A.C Cosmetics acaba de lançar a Linha Mineralize. Uma das opções para quem quer brilhar nos melhores eventos são os olhos esculpidos com nuances brilhantes. Invista em combinações de cores brilhantes como pink pétala suave, marrons intensos, ameixa vibrante e brilho dourado, para ter olhos deslumbrantes por todos os ângulos. Olhos que brilham Na avaliação de Flavia Morais, coordenadora de nutrição da rede Mundo Verde, para se ter um abdômen sequinho, livre das gordurinhas, é preciso estar atento ao que se coloca no prato. “Para tornar a alimentação saudável, é recomendado substituir os cereais refinados pelos cereais integrais, consumir frutas, verduras e legumes, beber muita água e praticar exercícios.” Flávia lista alguns alimentos que são importantes para se conquistar uma silhueta sequinha neste verão: “Gengibre, abacate, cereais integrais, pimenta, cúrcuma ou açafrão e canela”, explica. No verão, muitas vezes as pessoas aderem a dietas radicais e ficam mais de três e quatro horas sem se alimentar. Essa atitude, segundo a Associação Brasileira de Halitose (ABHA), promove um queima de gordura do organismo com a liberação de compostos voláteis mau cheirosos via pulmonar, que são eliminados na respiração, causando o mau hálito. Segundo o cirurgião-dentista e presidente da ABHA, Marcos Moura, é importante alertar a população contra a halitose, que hoje representa 30% da população do país, o equivalente a 60 milhões de pessoas. “Manter uma dieta balanceada e evitar longos períodos de jejum são hábitos que devemos adotar e que nos ajudam a evitar a halitose. No verão, vale salientar que a higiene bucal não deve tirar férias”, diz. Saúde bucal A nova linha Delikad Gel de Banho Hidratante tem o objetivo de prolongar a sensação de bem-estar após o banho. O produto limpa e promove hidratação natural, além de formar uma película protetora impedindo a desidratação, e, ao mesmo tempo, age como barreira contra as agressões do dia a dia. Foram desenvolvidas seis fragrâncias para proporcionar uma explosão sensorial no corpo. Fotos: Divulgação Silhueta sequinha Experiência sensorial DICAS DO BEM t Domingo, 22 de fevereiro de 2015 3
  • 4. Torne a meditação uma prática em sua vida. Não é nenhum bicho de sete cabeças, e vai dar a tranquilidade que você precisa para encarar o dia PAUSA NO MEIO DO CAMINHO Gisele Bortoleto gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br O mundo moderno criou meios que, em princípio, deveri- am ter nos proporcionado mais facilidades e tempo livre. Po- rém, não foi o que aconteceu. A velocidade e a quantidade de informações e o estresse provocado por elas têm levado o ser humano a um estado de intranquilidade. São e-mails de- mais, notícias demais, mensagens demais, ligações demais, cobranças demais. As necessidades aumentaram e a vida ficou mais complicada. São muitas exigências. E a meditação pode ser um jeito simples de blo- quear a ansiedade causada por essas demandas. “Me- ditação é uma nova forma de viver, baseada no pre- sente, não no apego excessivo aos pensamentos”, diz o terapeuta corporal Sambodh Naseeb, profes- sor de meditação e autoconhecimento. “É o momento em que a mente pode perma- necer focada. Assim, os pensamentos se acal- mam e conseguimos a sensação de estar presen- tes e viver o agora. E cada experiência passa a ser vivenciada como ela é”, explica o coach e iogaterapeuta Salvador Hernandes. “Sempre que arrumo um tempo, procu- ro meditar, para restabelecer meu equi- líbrio”, diz a vendedora Desi- ree Sanches. Desirré Sanches é adepta da meditação: prática ajuda a equilibrar as emoções MEDITAÇÃO BÁSICATERAPIA ALTERNATIVA t t 1. Sente-se confortavelmente, sobre uma almofada ou cadeira, sempre deixando as costas mais retas. Evite meditar deitado, pois é alto o risco de adormecer t 2. Feche os olhos e traga suavemente sua atenção para dentro de você mesmo. Vá percebendo o ritmo da sua respiração, sem se preocupar em controlá-la t 3. Permaneça observando a respiração. Sinta a passagem do ar pela abertura das narinas. Acompanhe cada inspiração e cada expiração, atentamente t 4. Se algum pensamento invadir sua mente, deixe-o passar e volte a atenção à sua respiração t 5. Fique assim por 10 minutos. Lentamente, abra os olhos e volte às suas atividades Fonte: Salvador Hernandes, iogaterapeuta Domingo, 22 de fevereiro de 2015 4
  • 5. A meditação tem sido ex- tensamente pesquisada nos meios científicos, pelo interes- se crescente em se entender co- mo ela é capaz de gerar os bene- fícios que são observados em quem a pratica. Existem vários campos de estudo nessa área. Diferentes regiões cerebrais são especialmente ativadas, principalmente aquelas relacio- nadas aos processos de atenção e as que são responsáveis pelas emoções positivas. Além disso, ondas cerebrais de padrões es- peciais, como as ondas gama, são produzidas em níveis eleva- dos durante a prática da medi- tação. Outro caminho de pes- quisa mostra que o organismo humano entra num estado de funcionamento hormonal dife- rente durante a meditação. Estudo realizado na Univer- sidade de Montreal, no Cana- dá, publicado na revista Psy- chosomatic Medicine, mos- trou que a meditação pode di- minuir a sensibilidade à dor. Descobriu-se que meditadores experientes eram menos sensí- veis à dor e menos incomoda- dos com isso do quem não me- ditava. O que foi comprovado por exames de ressonância magnética do cérebro. Pessoas que meditam todos os dias há mais de dez anos têm uma diminuição na produ- ção de adrenalina e cortisol, hormônios associados a distúr- bios como ansiedade, déficit de atenção e hiperatividade e estresse. E experimentam um aumento na produção de en- dorfinas, ligadas à sensação de felicidade. (GB) O que diz a ciência BENEFÍCIOS DA MEDITAÇÃO tNA SAÚDE: diminui o estresse, fortalece o sistema imunológico, reduz a pressão arterial, melhora a qualidade do sono, alivia a enxaqueca, auxilia o tratamento da depressão, reduz quadros de dores t NA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL: aumenta a criatividade, estimula a memória, aumenta o poder de atenção e concentração, amplia o discernimento para lidar com situações de estresse, aumenta a autoestima, melhora as relações interpessoais e o autoconhecimento, favorecendo maior alegria, paz e tranquilidade Fonte: Sandra Rosenfeld, terapeuta e escritora JohnnyTorres27/11/2014 Quando realizada com fre- quência, a meditação melho- ra o sistema imunológico, a memória, a atenção e a con- centração, incrementa nossa criatividade, além de expan- dir nossa consciência. “Pare- ce algo milagroso. Mas não há milagre algum e exige bas- tante disciplina e força de vontade”, explica a escritora e palestrante Sandra Rosen- feld, terapeuta em qualidade de vida como instrutora de meditação e executive & per- sonal coach. Ela é autora dos livros “Durma Bem e Acorde para a Vida” e “O que é Medi- tação” (ed. Nova Era /Re- cord). “O que acontece é que grande parte de nossos distúr- bios físicos e mentais é causa- da ou aumentada pelo nosso desequilíbrio emocional, que afeta nosso organismo como um todo”, explica. (GB) Parece mágica, mas não é Domingo, 22 de fevereiro de 2015 5
  • 6. Elen Valereto elen.valereto@diariodaregiao.com.br Muita gente ainda acredita que o Pilates é um método de exercício exclusivo para o condicionamento físico. A metodologia criada pelo ale- mão Joseph Pilates, porém, pode ser usada para o restabelecimento de pós-operatórios, pós-partos, hérnias de disco, fibromialgia, artroses, ar- trites, dores lombares, fortalecimento da pelve, entre outros tratamen- tos importantes e diversificados. Veja na página três das aplicações mais comuns do Pilates. Conheça os benefícios no tratamento da hérnia de disco, da incontinência urinária e da artrose oferecidos pela metodologia criada por Joseph Pilates OS PILARES DO PILATES EXERCÍCIO FÍSICO t Domingo, 22 de fevereiro de 2015 6
  • 7. t Nem sempre uma atividade física pode ser praticada por todo mundo. Problemas na coluna são os principais motivos para acionar o sinal vermelho e exigem pausa e cuidado. Um desses problemas é a hérnia de disco, doença que tem como alvo mais homens que mulheres, o equivalente a 70%. Tanto na fase aguda ou na crônica, os sintomas típicos – formigamento nos pés e mãos, dores nas pernas e braços e diminuição da mobilidade articular –, os exercícios aplicados no Pilates contribuem para amenizá-los. A hérnia pode ser causada hereditariamente e de forma traumática por esforços repetitivos e cargas excessivas envolvendo tronco, giros, inclinações, puxar, empurrar. E os idosos não são mais os únicos a sofrerem desse problema, destaca o fisioterapeuta José Roberto Santos, da clínica Center Life, já que pessoas jovens, de acordo com seus hábitos de vida irregulares e sobrecargas tensionais, também podem desenvolver uma hérnia de disco. Os exercícios são realizados com a coluna do paciente apoiada. A princípio, eles são baseados em contração dos músculos do abdômen, com trabalho respiratório; depois, exercícios de fortalecimento e alongamento na musculatura profunda (que sustenta o tronco) ajudam na estabilização da coluna. “A atividade promove alívio de pinçamento e compreensões dos discos e, consequentemente, o alívio da dor”, diz o fisioterapeuta. tAlguns exercícios usados no Pilates são indicados para o fortalecimento do assoalho pélvico. Eles são fundamentais para a prevenção e o tratamento da incontinência urinária por esforço. Esse problema é mais frequente nas mulheres e ocorre quando o esfíncter urinário (músculo que controla o fluxo urinário da bexiga) perde força. Com isso, a consequência é a perda involuntária da urina durante esforços simples, como tossir, espirrar, gargalhar, informa a fisioterapeuta Daniele Cristina de Assis Gomes, da clínica Inclusiva. “Por esse motivo, durante todos os exercícios, a contração do assoalho pélvico é associada à contração abdominal e à respiração como forma de tratamento e prevenção da incontinência”, explica a fisioterapeuta. Entre os exercícios está a “Ponte com bola entre as pernas”. O uso da bola nessa atividade é importante porque intensifica a contração do períneo. “Ao apertar a bola, a musculatura do períneo é ativada e intensificada juntamente à contração abdominal, além de fortalecer os músculos adutores do quadril e aliviar as dores lombares”, diz Daniele. ARTROSE tA artrose é um problema causado pelo desgaste das articulações, o que causa muita dor e rigidez no movimento, pois interfere na força, na flexibilidade e no equilíbrio. As sessões de Pilates podem durar entre 40 minutos e uma hora e são indicadas de acordo com o estado geral de saúde da cada paciente. De acordo com a fisioterapeuta Viviane Steigleder Gomes, de Rio Preto, são trabalhados exatamente as restrições mais afetadas, como força, flexibilidade, equilíbrio, postura e respiração. E, durante aos exercícios, o paciente não deve sentir dor. “Nos casos mais graves, a articulação afetada não é movimentada durante as primeiras sessões. Ela é alinhada e fica estável. Utilizam-se exercícios isométricos, isto é, quando não há o movimento articular, enquanto os demais segmentos do corpo são trabalhados visando a um reequilíbrio geral do corpo”, explica a fisioterapeuta. Como a artrose não tem cura, o que se procura com o Pilates é controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, a começar pela diminuição das dores. Isso, porém, é relativo. “Os resultados variam de pessoa para pessoa, da gravidade da artrose, das características físicas da pessoa, de seu estado de saúde geral e do estilo de vida”, lembra a fisioterapeuta Viviane. INCONTINÊNCIA URINÁRIA HÉRNIA DE DISCO Johnny Torres 5/12/2014 O empresário José Carlos Stabile aderiu à prática do Pilates para combater um problema de hérnia de disco Domingo, 22 de fevereiro de 2015 7
  • 8. Juliana Ribeiro juliana.ribeiro@diariodaregiao.com.br Quem nunca usou a descul- pa de que está trabalhando de- mais e, com isso, não sobra tem- po para se reunir com a família? A maioria das pessoas, nos dias de hoje, prioriza outras ativida- des em vez de aproveitar uma boa conversa com pais e irmãos. Tem família que senta à mesa na hora do almoço ou do jantar, mas não troca uma palavra. Pais e fi- lhos não desgrudam dos apare- lhos celulares. Abandonam o olhonoolho,osabraçoseossorri- sos verdadeiros. Como se a essên- cia da família tivesse se perdido em algum lugar. Será que não está na hora de rever os conceitos e resgatar esse convívio? Para a psicologa comporta- mental Mara Lúcia Madureira, todos dispõem da mesma quanti- dade de tempo: a diferença é que alguns sabem administrar o tem- po,conseguemrealizarseusproje- tos e vivem com mais qualidade, enquanto outros não priorizam o que é realmente importante e vi- vem frustrados e estressados. “Só haverá tempo para gastar com a família quando a família estiver na lista de prioridades. Todas as áreas importantes da vida precisam ser tratadas com a devida atenção. Quando dedi- camos muito tempo ao traba- lho, negligenciamos as de- mais”, lembra. “Não basta fazer parte, tem que se sentir pertencente de fa- to. A família é facilitadora do desenvolvimento integral do in- divíduo, em todas as dimen- sões”, lembra a terapeuta fami- liar Quezia Bombonatto, dire- tora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Quem nunca reparou, nos dias de hoje, em restauran- tes, uma mesa com pai, mãe e filhos e todos grudados em seus celulares. Co- mo se o fato mais importante do mundo es- tivesse em seus aparelhos e não sentado à sua frente. Para Elizabete Duarte, psico- pedagoga e coordenadora peda- gógica do colégio Nossa Senho- ra do Morumbi, em São Paulo, um hábito importante é conver- sar. “Esse hábito deve ser cons- truído dentro das famílias. Com algumas regras, como evitar o uso de aparelhos ele- trônicos na hora da refei- ção”, diz. (JR) A correria não pode ser usada como desculpa para não reunir a turma de casa. O convívio diário é fundamental para a qualidade das relações familiares FAMÍLIA COMPORTAMENTO t Sinal vermelho para o celular Domingo, 22 de fevereiro de 2015 8
  • 9. A arquiteta Claudia Togni e o marido, o médico Paulo Togni, encontraram junto dos filhos Paulo, Gabriela e Camila uma maneira de estar sempre juntos: por meio da atividade física. “Sempre incentivei meus fi- lhos a fazer esportes. Quando o Paulo e a Gabriela foram fazer fa- culdade fora, o convívio diário não era mais possível. Um estava em Ribeirão Preto e o outro em SãoPaulo.Umdia,a Gabrielasu- geriu que nos inscrevêssemos em uma corrida, e foi assim que co- meçou”, conta Claudia. A família, que começou com pequenascorridas,hojejápartici- pa até de maratonas. “A Camila também nos acompanha. Come- çamos a incentivá-la a participar de caminhadas, depois ela foi pa- ra pequenas corridas e agora já completa 10 quilômetros.” Os Togni já participaram de maratonas no Rio de Janeiro e em Berlim, transformando a ati- vidade também numa forma de viajar em família. Para Claudia, ter esses mo- mentos é fundamental e praze- roso. “Buscamos sempre mo- mentos para estarmos juntos. Além das corridas, também programamos viagens e, há 1 ano, começamos a praticar tri- lhas.” “O esporte nos uniu”, completa a filha Gabriela. (JR) O esporte os uniu REUNIDA Se a família perdeu o hábito de se reunir, é preci- so querer resgatar esse con- vívio, mesmo que não seja fácil.“Tudooquenosreme- te a boas lembranças, sensa- ções e vivências é mais fácil de resgatar. Por isso, para as famílias que perderam esse prazer no convívio familiar, é necessário perceber em que momento isso se per- deu e, então, resgatar as ma- ravilhas da convivência em família,sejasaindoparapes- car com o avô, costurando oucozinhandocomaavó,fa- zendoumSPAemcasacom a mãe ou jogando jogos, ba- tendo papo e relembrando momentos vividos em co- mum”,orienta a pedagoga e psicopedagogaLarissaFon- seca, de São Paulo. (JR) Para retomar o convívio Arquivo Pessoal StockImages/Divulgação A família da arquiteta Claudia Togni escolheu a corrida como forma de estarem sempre juntos Domingo, 22 de fevereiro de 2015 9
  • 10. O AMARGOO AMARGO VIROU DOCEVIROU DOCE ALIMENTAÇÃO/PRAZER t Sabe por que é mais negócio comer chocolate com alta taxa de cacau? Porque ele tem duas vezes mais polifenois, substância que causa euforia e outras sensações agradáveis no cérebro, além de aumentar a disposição Elen Valereto elen.valereto@diariodaregiao.com.br Chocolate é uma delícia vista como pecado. E ficar apenas em um ou dois quadradinhos pa- ra suprir as necessidades nutricionais diárias presentes no cacau é tão difícil quanto evitar a primeira mordida. Não é difícil conhecer quem já exagerou mais de uma vez e devorou sozinho uma bar- ra de chocolate. E se sentiu culpa pela balan- ça? Nenhuma! O que sentiu foi prazer e uma satisfação imensa por ter aproveitado cada pedacinho. A vontade de comer chocolate não passa com uma balinha doce e provoca os mesmos efeitos no cérebro que um vício causado por drogas lícitas e ilícitas. Embora não seja algo agressivo, a necessidade de comer chocolate é parecida com a abstinência que os amantes do café sentem quando estão longe de uma xí- cara quente. Essa sensação tão prazerosa proporciona- da pelo chocolate tem explicação bioquímica. Uma pesquisa realizada pela nutricionista Vanderlí Marchiori, consultora técnica da As- sociação Brasileira da Indústria de Chocola- tes, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), apontou que o chocolate é ideal para melhorar o humor, batendo suplemen- tos de magnésio. Segundo dados do estudo, o recomendado é o consumo diário de 25 gramas de chocolate 70% cacau, pois aumenta a disposição e tem duração maior de boas sensações. Por isso, é comum ver tantos vestibulandos e concursei- ros carregando barrinhas de chocolate debai- xo do braço para o momento da prova, já que conseguem energia e ao mesmo tempo sen- tem-se relaxados. A própria tensão pré-mens- trual (TPM), período de desequilíbrio hormo- nal na mulher, pode ser aliviada com um pou- co de chocolate. O chocolate age no cérebro e consegue ge- rar sensações de euforia pela presença de subs- tâncias chamadas polifenais do cacau. Em um chocolate ao leite, por exemplo, de uma mistu- ra entre leite, açúcar, gordura e cacau, há qua- se 400mg de polifenois. No entanto, em 40 gra- mas de um chocolate amargo, a ingestão de po- lifenois sobe para 950mg. Domingo, 22 de fevereiro de 2015 10
  • 11. MELHOR QUE BEIJO t Grávidas também podem ser beneficiadas com o consumo prazeroso do chocolate, desde que com moderação, alerta a nutricionista Flávia Morais, coordenadora de nutrição da rede Mundo Verde. A indicação do chocolate ao leite fica de lado, já que, por ser muito calórico, o consumo excessivo não é indicado para as futuras mães, pois dá ganho de peso e aumenta o risco de diabetes gestacional e pressão alta. “Prefira chocolates com pelo menos 55% de cacau. Quanto mais cacau tiver, menos açúcar e gordura terá e, por isso, será mais interessante” MELHOR QUE BEIJO tUma pesquisa liderada pelo psicólogo britânico David Lewis, do Instituto Mindlab International, monitorou voluntários durante 20 anos e constatou que eles sentiam quatro vezes mais prazer quando comiam chocolate que durante um beijo. Quando comiam chocolate, os batimentos cardíacos chegavam a 140 por minuto, bem superior a um beijo apaixonado. Entre as explicações estão a presença dos polifenois do chocolate, que são absorvidos rapidamente já na língua, ativando neurotransmissores de bem-estar como dopamina e serotonina O chocolate tem saborO chocolate tem sabor irresistível para muita gente eirresistível para muita gente e seu efeito no cérebro chega aseu efeito no cérebro chega a ser comparado ao de uma droga.ser comparado ao de uma droga. Não está muito longe disso.Não está muito longe disso. Mas deve-se consumi-lo comMas deve-se consumi-lo com moderação para extrair todos osmoderação para extrair todos os benefíciosbenefícios StockImages/Divulgação Domingo, 22 de fevereiro de 2015 11
  • 12. AQUECIMENTO Sensação das academias, a zumba, que une movimentos de dança a exercícios aeróbicos, vem sendo usada para preparar o corpo antes de atividades como a corrida tDe acordo com o professor de dança e instrutor de zumba Reinaldo Alexandre Veronezi, a dança de modo geral é uma modalidade completa, que consegue mexer com todo o corpo ao mesmo tempo. “Quem começa a dançar não quer mais parar, além de ser prazeroso, de queimar calorias, você trabalha todos os membros do corpo e, o melhor, de forma divertida. E a zumba é isso. Não deixa ninguém parado. Logo que você escuta já começar a se movimentar. São tantos benefícios que faz efeito desde o aquecimento, e eu sempre digo: quem dança é muito mais feliz” Juliana Ribeiro juliana.ribeiro@diariodaregiao.com.br Antes de iniciar uma atividade física como a corrida ou mesmo uma caminhada, é preciso aquecer o corpo. E a novidade agora é usar a zumba isso. Desde que chegou ao Brasil, a modalidade ganhou adeptos nos quatro cantos do País. A ideia de unir dan- ça com exercício aeróbico foi do personal trainer e core- ógrafo colombiano Alberto Perez. Trata-se de um méto- do de combinação de passos simples com movimentos de dança para esculpir o corpo. O programa é divertido e viciante. Para o professor de dança e instrutor de zumba Rei- naldo Alexandre Veronezi, existe uma explicação lógi- ca para que alguns organizadores de eventos com corri- da e caminhada tenham começado a preferir a zumba ao aquecimento convencional. “Quando a pessoa entra no ritmo da dança, ela se sol- ta, consegue relaxar antes de dar início à prova. E, além disso, em poucos minutos é possível mexer o corpo to- do e se preparar para sair correndo”, diz. DANÇA t QUEM DANÇA É FELIZ Domingo, 22 de fevereiro de 2015 12
  • 13. DIVERTIDO t Desde que a zumba foi criada, ela tem como objetivo principal fazer as pessoas se divertirem. No programa apresentado por Beto Perez, oito modalidades levam o nome de aula de zumba: t ZUMBA FITNESS - nas aulas, tocam ritmos exóticos com batidas internacionais e latinas t ZUMBA GOLD - pensado para o público a partir dos 65 anos, utiliza a fórmula da Zumba Fitness e modifica os movimentos para se adequarem às necessidades dos participantes idosos t ZUMBA TONING - combina exercícios localizados com trabalho cardiovascular. Os alunos aprendem como usar bastões leves para aprimorar o ritmo e tonificar músculos de braços, abdômen, glúteos e coxas t AQUA ZUMBA - conhecida como “festa na piscina”, integra a fórmula e a filosofia da zumba com a hidroginástica tradicional t ZUMBATOMIC - planejadas para crianças de 4 a 12 anos, as aulas são embaladas ao som de hip hop, reggaeton e outros ritmos. Prometem melhorar a concentração e a coordenação t ZUMBA IN THE CIRCUIT - engloba 30 minutos de ginástica inspirada em movimentos latinos, combinada com treino de circuito e uma série de exercícios de musculação, em intervalos programados t ZUMBA GOLD-TONING - é um programa de dança fácil de acompanhar, ideal para iniciantes. Ajuda a desenvolver a força muscular, aumentar a densidade óssea e melhorar a mobilidade, a postura e a coordenação t ZUMBA SENTAO - usa uma cadeira como base para fortalecer, equilibrar e estabilizar o corpo. Nela, o aluno se apoia, balança e rebola, enquanto trabalha os quadris Fonte: www.zumba.com Há 4 anos, os empresários e só- cios Eliane Gouvea e Umberto San- ches idealizaram o evento “Timboré Runner Gloss”, uma corrida e cami- nhada noturna realizada às margens da Represa de Rio Preto. “Só no pri- meiro ano fizemos o aquecimento convencional, com alongamento para os participantes; nos outros, convidamosinstrutores dezum- ba,edeusupercerto.Écomose os participantes já começas- sem a corrida com mais ânimo,maisdescontra- ídos. A dança dá um gás ex- tra”,dizEliane.Aindadeacordocoma empresária,sãopoucososparticipantes quenãocurtemouquepreferemoesti- loconvencional. “Não recebemos reclamações, mas sabemosquealgunsparticipantes,aque- lesquegostamdealgomaiscalmo,não curtem o aquecimento com dança, mas pelo menos 90% das pessoas se divertem.Eu,alémdepraticar cor- rida,tambémfaçoauladezumba e acho a dança extremamente divertida.Édescontraçãopu- ra”,anima-se. (JR) Professor Alexandre Veronezi comanda aula de zumba: “Em poucos minutos é possível mexer o corpo todo e se preparar para sair correndo” Gás extra Fotos:SergioIsso2/12/2014 MODALIDADES Domingo, 22 de fevereiro de 2015 13
  • 14. SENSÍVEL NA MEDIDA CERTA Sensibilidade e gentileza masculina não deve ser confundida com fragilidade ou orientação homossexual. O preconceito ainda existe. Mas isso está mudando COMPORTAMENTO t Cecília Dionizio Sensibilidade e gentileza independem de orientação sexual. E, felizmente, muitos homens também já pensam assim. A sensibilidade é muito bem-vinda no dia a dia, especialmente quando manifestada pelo público masculino, a despeito do que ain- da possa existir de alguns olhares preconceituosos – por parte de ho- mens e mulheres. De acordo com o psicólogo cognitivo-comportamental Alexan- dre Caprio, de Rio Preto, o homem, assim como o animal, é um ser que evoluiu dependendo de seu grupo. “Qualquer perfil que fuja do padrão comportamental local é notado e classificado. Entender nos- sos mecanismos mais antigos e arraigados ao instinto é um passo importante para compreender os estereótipos. Estereótipo são gene- ralizações (pressupostos) que uma pessoa faz em relação a outra, ten- do por base suas vivências e experiências anteriores”, diz. Para a psicanalista Ana Monachesi, de Rio Preto, de fato existe uma cobrança desde a infância para que homens e mulheres se com- portem dentro de um determinado padrão. “As imposições sociais começam cedo. Primeiro a família, depois a escola,... a tendência na- tural de se tentar esculpir a criança para o que é mais aceito. E o re- sultado é este: o homem se sente intimidado de ser sensível. Não pode falar mais macio, não pode ir com a mulher escolher um vesti- do, porque isso ‘não é coisa de homem’. Não pode fazer nada. E é um absurdo esse tipo de cobrança”, diz. No entanto, Ana observa que, ao contrário do que se convencio- nou pensar, quanto mais sensível é o homem, mais viril ele deve se sentir. “Por mais que pareça contraditório, o fato dele ser sensível facilita que se relacione com as mulheres. Quando ele abre a porta para sua parceira, ele está naquele momento dizendo ‘eu sou o ho- mem’. Ele está sendo sensível e atencioso, sim. Mas, com isso, com- prova sua masculinidade. E é legal quando um tem um poder e o outro tem outro, porque é quando acontece a troca. Onde há igual- dade não há o que trocar”, diz. StockImages/Divulgação Domingo, 22 de fevereiro de 2015 14
  • 15. ‘A gentileza deveria ser mais natural’ O profissional liberal Bruno H. Mello, de Rio Preto, não está nem aí para as “considerações alheias”. Ele já recebeu vários elogios por demons- trar sua sensibilidade e gentileza em público com sua parceira. “Na minha opinião, ser gentil, ter sensibilidade para saber que um idoso precisa ser ouvido, não tem nenhuma relação com a opção sexual da pessoa. Acho que tem mais relação com a edu- cação. Procuro ser gentil com todos que entram no meu consultório. Aten- do pessoas com dor que precisam ser ouvidas e precisam de atenção. Não custa ser educado, fazer um elogio ou abrir uma porta. Você pode até melho- rar o dia daquela pessoa.” Mello conta que, recentemente, es- tava saindo de um restaurante e abriu a porta do carro para a namorada. E um senhor responsável pela seguran- ça dos carros deu os parabéns, pois na- quela noite era o primeiro que ele via fazendo isso. “A gentileza deveria ser mais natural e corriqueira. Mas acaba sendo confundida com fragilidade ou homossexualidade”, lamenta. (CD) Bruto e sistemático? Para o psicólogo Alexandre Caprio, ape- sar da diversidade existente hoje no Brasil, muitaspessoas aindaenxergamo mundopor estereótipos.Umexemplo:queháquemacre- dite queno interior do Brasil, incluindo o es- tadodeSãoPaulo,oshomensapresentamtra- çosculturaisquepredeterminampapéis soci- ais tanto para homens, quanto mulheres. “As características do homem do Interior, segundo nossa cultura local, é a de um ho- mem de aspectos rústicos, despreocupado com concordâncias verbais, apreciador de co- mida, bebida e apegado ao trabalho com terra eanimais,entreoutrosdetalhes,quelheconfe- rem o rótulo de ‘bruto e sistemático’”, diz. Por isso que, ao se identificar um “outro tipodehomem”, quenãoseadequaa essepa- drão,ele se destacacomo uma “zebra semlis- tras”,principalmenteseogrupoondeestáin- serido não conhece padrões masculinos dife- rentes dos que estão enquadrados. “Por isso ele pode ser ‘reclassificado’, de acordo com sua postura. Se, dentro de nosso modelo cultural em discussão, temos um ho- mem que não gosta de se sujar, que prefira carros menores e que se preocupe com de- talhes não observados pelos outros, ele po- derá ser confundido como homossexual, por serem esses (na opinião doshomens lo- cais) traços mais compatíveis com as mulhe- res”, explica. (CD) Bruno Homem de Mello nãoBruno Homem de Mello não abre mão da gentileza.abre mão da gentileza. “Sensibilidade não tem relação com“Sensibilidade não tem relação com a opção sexual, mas com educação”a opção sexual, mas com educação” Hamilton Pavam 29/11/2014 Domingo, 22 de fevereiro de 2015 15
  • 16. BOCA DOLORIDA Cecília Dionizio Colocar um aparelho odontológico é sem- pre visto como sinônimo de desconforto, espe- cialmente quando vem acompanhado de af- tas, que costumam aparecer logo em seguida. Na verdade, segundo o dentista Gilberto de Barros, da Ridens Odontologia, de Rio Pre- to, isto é comum em função da mudança que afeta o pH da boca. “Qualquer mudança que aconteça no meio ambiente bucal por estar com baixa resistência também leva ao surgi- mento da afta”, explica. Contudo, o problema é temporário e de fácil solução. Basta reorganizar o pH da boca e a situação se atenua. O cirurgião dentista Marcelo de Souza Junqueira, do Centro de Especialidades Odontológicas e Dor Orofacial (Cendor), ob- serva que as aftas podem ser uma resposta exa- gerada do sistema de defesa do organismo. Ele, inclusive, discorda que seja em função da baixa imunidade. “Elas ocorrem devido a pequenas ‘agres- sões’ durante a mastigação ou de substâncias quentes, rígidas e ácidas dos alimentos. Essas agressões desencadeiam focos de anticorpos no indivíduo que vão agir contra o agente agressor”, diz. Quem passou pelo drama recentemente foi a bancária Silvana Leite Lima, 28 anos, após colocar o aparelho ortodôntico. “Tive vontade de arrancar o aparelho. Mas, após uns dois dias fazendo uso de medicamentos e restrição de alimentos cítricos, melhorou. Confesso que é horrível”, diz. Junqueira explica é possível dar fim às af- tas de diferentes formas, e tudo vai depender de como ela se apresenta. Se não forem mui- tas, o ideal é tratar com um creme à base de corticoide local. “O creme possui uma substância que se fi- xa na afta e ajuda a combater. Agora, se for ge- neralizada na boca, é necessário o uso de me- dicação - com corticoide - via oral. O medica- mento tem uma prescrição de sequência e mo- do de ingerir para que não provoque deficiên- cia imunológica”, esclarece. O cirurgião dentista Adriano Iglesias, da Odonto Clin, de Rio Preto, afirma que há casos em que a pessoa sofre de aftas recorrentes, o que implicana necessidadedeexameclínico detalha- do. Ele concorda que, se a pessoa está em trata- mento dental, ou colocando aparelhos, é prová- vel que venha a desencadear aftas. O dentista também observa que, embora não se saiba a causa exata da afta, a teoria mais aceita é que seja uma reação alérgica às bacté- rias da boca, alergia a alimentos, proble- mas de saúde co- mo doença ce- líaca e doen- ças inflama- tórias in- testinais. SAÚDE t Aftas são um problema bastante incômodo e que pode ser causado por vários motivos. Cremes à base de corticoide ajudam a resolver Aftas podem ser sinal de que a imunidade está baixa. A maioria dos casos é simples, mas alguns pedem exames detalhados de um odontologista Domingo, 22 de fevereiro de 2015 16
  • 17. t Tente consumir iogurte ou cápsulas de acidófilos quando tomar antibióticos t Se você fuma, pergunte a seu médico as melhores maneiras de abandonar o hábito t Consulte seu dentista regularmente – pelo menos a cada seis ou 12 meses, especialmente se tiver diabetes ou usar próteses t Escove os dentes e passe fio dental conforme seu dentista recomendar t E tente limitar a quantidade de açúcar e alimentos que contêm levedura, incluindo pães, cerveja e vinho (esses alimentos podem estimular o crescimento de aftas) Fonte: Associação Dental Americana O QUE VOCÊ PODE FAZER StockImages/Divulgação Domingo, 22 de fevereiro de 2015 17
  • 18. A ciência acredita na oração. Quem reza com fé e movido por forte propósito ativa neurotransmissores responsáveis por aumentar a imunidade do corpo t Coloca-se em sintonia e comunhão com Deus t Permanece firme na fé, esperança e caridade t Serena o coração diante das tribulações diárias t Ilumina a inteligência no discernimento do bem t Fortalece o coração para escolher o que é bom t Restabelece a alegria nos que choram t Restabelece o ânimo nos cansados Fonte: Dom Tomé Ferreira da Silva, bispo diocesano QUEM ORA UM SANTO REMÉDIO ESPIRITUALIDADE t Gisele Bortoleto gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br O biologista francês Alexis Carrel (1873-1944), prêmio Nobel de medicina e fisiolo- gia em 1912, escreveu certa vez que “a oração é a forma de energia mais poderosa que o homem é capaz de gerar. Trata-se de uma força tão real co- mo a gravidade terrestre. Na minha qualidade de médico, tenho visto enfermos que, depois de ten- tarem, sem resultado, os outros meios terapêuti- cos, conseguiram libertar-se da melancolia e da doença, pelo sereno esforço da prece. É esta, pois, no mundo, a única força que parece capaz de su- perar as chamadas ‘leis da natureza.” E conti- nuou: “Há muitas pessoas que se limitam a ver na prece um refúgio para os tímidos, ou mero ape- lo infantil movido pelo desejo de coisas materi- ais. Concebê-la, entretanto, nestes termos, é me- nosprezá-la erroneamente.” “A oração tem um grande poder, porque ela estabelece e norteia uma aspiração almejada. É uma grande aliada ao nos proporcionar a possibi- lidade da realização de nossos anseios e objetivos de nossa vida”, afirma o neurocirurgião e coach Eduardo da Silva, do Centro do Cérebro e Colu- na, de Rio Preto. A oração pode ser usada também como um agente de cura, ao estimular a produção de hor- mônios ou neurotransmissores responsáveis pelo aumento da imunidade e a restauração de nossas células e, com isso, promover o equilíbrio de nos- so organismo. “A oração, do ponto de vista da neurociência, é um dos maiores confortos que existem, e já foi demonstrado que pessoas que oram, qualquer que seja sua crença, costumam melhorar mais ra- pidamente em maior grau de doenças crônicas do que as que não se dedicam a ela”, afirma o médico e neurocientista Iván Izquierdo, profes- sor de neurologia da PUC-RS. Mas, para o médico Eduardo Silva, normal- mente palavras pronunciadas ou repetidas a es- mo não geram ação. A oração, para ser benéfica e efetiva, necessita de um propósito, e deve ser rea- lizada com concentração, intenção e fé, avalia o neurocientista. “Após pensar na escolha de um propósito, deve-se acreditar com o sentimento de haver conseguido e agradecido pela bênção con- cedida”, explica. Domingo, 22 de fevereiro de 2015 18
  • 19. SergioIsso/Arquivo Homem reza durante evento ecumênico em Rio Preto: oração é um poderoso mecanismo de restabelecimento das funções físicas Domingo, 22 de fevereiro de 2015 19
  • 20. É importante ter muito claro que a oração é uma forma simples de elevar nossa consciência e favore- cer nosso alinhamento com a vonta- de de Deus. “Ao orar, o indivíduo se sintoniza com níveis profundos de seu ser - sua alma, seu espírito, sua essência. Assim, pode conta- tar aspectos como a alegria da al- ma, a paz espiritual e a onipre- sença de Deus manifestada em seu interior”, explica o frei Benedetto, monge da Ordem Graça Miseri- córdia, porta-voz da Associação Maria. Desta maneira, continua ele, vamos nos preparando para expres- sar de forma mais pura e perfeita a vida do espírito, nosso propósito es- sencial. “Já com respeito aos efeitos externos da oração, a depender da abertura e entrega dos indivíduos que seofertam a realizá-la, pode re- percutir de maneira muito ampla e positiva, trazendo cura, reden- ção e liberação não só para os seres humanos, como tam- bém para todos os reinos da natureza e para todo o planeta.” (GB) t “Somos todos filhos de Deus, e Ele abençoa a todos igualmente. Porém, para que Ele saiba o que queremos, precisamos dizer o que queremos”, diz Berenice de Lara, psicóloga, terapeuta floral e de cristais. Fazer a conexão com a espiritualidade através da oração, ressalta Berenice, é parte do nosso livre-arbítrio. Se você escolhe fazer essa comunicação, certamente estará numa condição melhor de quem fica sem nenhuma ação, e o resultado acontece SE QUEREMOS, TEMOS DE DIZER Forma de elevar a consciência SergioIsso25/1/2014 Domingo, 22 de fevereiro de 2015 20
  • 21. O Pequeno Príncipe Novaversãodo clássicodaliteratura mundial,considerada amaiorobraexistencialista doséculo20, segundoMartinHeidegger.“OPequeno Príncipe”,livro maistraduzidoda históriadepoisdo Alcorão edaBíblica, voltaaser lançadono Brasil emumaedição completa,traduzidopelo renomadoFreiBetto ee enriquecidacom umcadernoilustrado sobrea vidae obradeSaint-Exupéry.O livro contaa história deumpilotodeaviãoquecai nodesertoe aliencontra uma criançalouraefrágil.Na convivênciacom o piloto,osdois repensamseusvaloreseencontram o sentidodavida.Uma história mágicaesensível. Apartirdeumcuidadoso projetográfico,com a misturadetécnicas depinturae belíssimasilustrações, desenrolam-seas aventuras, osanseios eossonhos deTereza.Com longoscabelos pretosecacheados,Tereza sonhavacom o diaemqueconheceria sua madrinhae,assim,tentava imaginá-la.Eserá queela játeria uma toalhaderenda para enfeitarsua casa?Tereza imaginavaumarenda coloridaquelevaria para amadrinha, no diaemquefossevisitá-la. Mas,por ali,tudoera branco,linhasbrancas,rendas brancas. Embuscado vermelho,começaa descobrir o mundoea tecer as históriasdaprópriavida. Nestahistória tãoambiciosa quanto originalda PrimeiraGuerra, o autor abordao conflitoapartir deseuaspectomenos explorado, mastalvez maisrevelador: aexperiência daspessoascomuns -não apenasatragédia ea dor, mastambémo absurdo emesmo,por vezes,abeleza dessasvidas.Oleitor nãoencontrará eventosou manobrastáticas dos exércitosenvolvidos, maspessoas,impressões, experiênciase estadosdeânimo quevão da euforiapelaentradanaguerra ea expectativa deuma vitória rápidaàpreocupação com as famílias,atristeza pelamorte deamigos ea angústiapara queo conflitoacabasselogo. A menina da renda vermelha Uma coletânea rara que reúne os trabalhos de 75 poetas contemporâneos, a maioria brasileiros, reunidos em torno de uma tarefa inédita: dialogar com os versos de Donizete Galvão. O poeta, que partiu na madrugada do dia 30 de janeiro de 2014, aos 58 anos, continua vivo em seus versos e também renasce nos poemas dessa antologia. São 15 poemas de Donizete. Os poetas representam quase todas as regiões brasileiras e há contribuições do México, da Itália,de Portugal,entre outrospaíses. Fabiana Guimarães Páginas: 24 R$ 20 Paulus Editora Organização: Reynaldo Damazio, Ruy Proença e Tarso de Melo Preço sob consulta Dobra editorial A beleza e a dor Fotos: Reprodução Uma história íntima da Primeira Guerra Mundial Peter Englund Tradução: Fernanda Sarmatz Åkesson Páginas: 520 R$ 62 (livro) 39,50 (e-book) Companhia das Letras Antoine de Saint-Exupéry Tradução: Frei Betto Páginas: 160 R$ 29,90 (livro), R$ 14,90 (pocket) e R$ 4,90 (e-book) Geração Editorial Outras ruminações LEITURAS DO BEM t Domingo, 22 de fevereiro de 2015 21
  • 22. SANTIAGO EM VOO SOLO Como um viajante solitário pode aproveitar as melhores experiências urbanas e gastronômicas do país de Neruda TURISMO t Domingo, 22 de fevereiro de 2015 22
  • 23. Agência O Globo Espremido entre a Cordilheira dos Andes e o Pacífico, o Chile foi eleito um dos melhores des- tinos no mundo para viajantes solitários em 2014, segundo a revista Travel + Leisure. Num ranking de 20, o país andino ocupa o sétimo lugar, atrás de nações como Noruega, Su- íça e Áustria. É o primeiro da América do Sul. AgênciaOGlobo O histórico Palácio La Moneda, em Santiago Domingo, 22 de fevereiro de 2015 23
  • 24. Agência O Globo O Chile é um destino natural, onde é possível explorar mais de 3 mil quilôme- tros de paisagens desérticas, montanhas e a longa faixa costeira que se estende junto ao mar. Numa viagem econômica. E sozinho. O único risco que você corre é o de acabar sendo convidado para um churrasco na casa de uma família local, o melhor dos predicados de um país re- pleto de belezas e pessoas amigáveis. Parece que, de repente, a capital Santiago ficou mais descolada, impulsionada pelo “mi- lagre econômico” que atingiu o Chile nas úl- timas décadas. Bairros charmosos, com variadas opções culturais, restaurantes estrelados e o timing de uma metrópole que desponta como uma das mais belas, organizadas e interessantes da América Latina. Hoje, este importante centro de negócios mantém intacta a imagem de tranquilidade, limpeza e qualidade de vida para seus mais de seis milhões de habitantes. Desde janeiro, os turistas são recebidos com poemas de Neruda, estampados nas composições das linhas 2 e 5 do metrô da capital. A maior novidade, no entanto, é a primei- ra edição chilena do Lollapalooza, que aporta no Parque O’Higgins nos dias 14 e 15 de março. O festival de rock tem no line-up nomes que vão de Jack White a Calvin Harris, passando por Kings of Leon, Robert Plant e Skrillex. Outro ponto alto da ci- dade andina é a chegada de restaurantes estrelados do Peru, da Argentina e da Europa, responsáveis por elevar Santia- go à categoria de paraíso gourmet. Fora do centro urbano, o sol forte e o solo rico favorecem a região de vinícolas. O resul- tado são rótulos de ponta, que podem ser de- gustados bem pertinho de Santiago, de onde partem coletivos, de 15 em 15 minutos, com destino a Valparaíso, capital cultural do país, dona de famosas ladeiras íngremes com mu- ros coloridos. Aproveite a viagem para cruzar a cordi- lheira e, em pouco mais de cinco horas de ônibus, chegar a Mendoza, cidade argentina repleta não só de vinhedos como de bodegas de cair o queixo. Santiago ficou mais descolada, impulsionada pelo milagre econômico que atingiu o Chile nas últimas décadas CRUZANDO A CORDILHEIRA Bancas de frutas no mercado de Valparaiso, vizinho de Santiago Empório no Cerro Concepción, em Valparaiso SANTIAGO t Domingo, 22 de fevereiro de 2015 24
  • 25. Uma boa opção é caminhar pelas ruas de Santiago e descobrir uma me- trópole que renova seus espaços. A ou- tra é alugar uma bicicleta e pedalar pe- laslongasciclovias. O bairro mais badalado é Bellavis- ta, onde atrações se enfileiram de se- gundaasegunda,comdezenasdetea- tros,bares,restaurantesecentroscul- turais. A mais colorida e boêmia das ruas é a Pio Nono, point de diferentes tribos em busca de diversãodiae noite. Nofimdela,ofunicu- lar sobe o Cerro San Cristóbal e vai a q u a s e 900metrosdealtura,umadasmelho- res vistas da capital. Fora o terraço queservedemirante,oParqueMetro- politano tem zoológico, jardim japo- nêseciclovias. Uma estátua branca da Virgen de la Inmaculada Concepción marca o cume, onde o papa João Paulo 2º re- zou uma missa em 1984. Aproveite asubidaeexperimenteamote,be- bidatípicafeitacomsucodepês- sego seco, cozido na água açu- carada com grão de trigo sem casca. É muito do- ce, por isso, só desce se estiver bem gelada. Perto dali fica La Chascona, casa em que o poeta Pablo Neruda viveu com sua terceira mulher, Matilde Urrutia. Apaixonado pelo mar, o es- critor projetou a obra nos mesmos moldes de um barco. Há escotilhas no lugar de janelas, a sala de jantar imita a cabine de um navio e a de es- tar, um farol. Os passeios guiados mostram as coleções do artista, como a de copos e conchas, e contam ainda curiosidades da vida do casal. Poemas e declara- ções de amor podem ser vistos em qua- se todos os cômodos. À noite, portas de bares abertas e mesas com cadeiras nas calçadas da Pio Nono são um convite para esticar o programa. A maioria oferece cerve- jas importadas. As porções de chorrillanas (en- tre R$ 30 e R$ 40) se encontram em quase todos os cardápios, para a sa- tisfação de pequenos grupos ou um único viajante. A carne (geralmente alcatra) é servida com cebola, pimentão, bata- tas fritas - tudo tem batata no Chile - e ovos fritos com a gema mole co- brindo a porção. No El Nuevo Camino, o prato ga- nha um molho especial (à base de mai- onese e ervas), boa pedida para o pis- co sour, a “caipirinha” dos Andes, fei- ta de destilado de milho, também abundante no Peru. A três quadras dali, na rua Bombero Nuñez, clubs oferecem ritmos diversos, do reggaeton ao eletrônico. (AG) Na casa de Neruda Johnny B. Good integra nova alameda de bares em Mendoza Mostra no museu de Belas Artes de Santiago Boemia nas ruas Fotos: Agência O Globo A biblioteca intacta de La Chascona, uma das casas do poeta chileno Pablo Neruda Domingo, 22 de fevereiro de 2015 25
  • 26. GASTRONOMIA E PONTOS HISTÓRICOS A 350 km, fica Mendonza, na Argentina, um passeio também imperdível SANTIAGO t Agência O Globo BastaumúnicodiaparapercorrerocentrodeSan- tiago e passar pelos pontos fundamentais. O Palácio de La Moneda, sede do governo, é uma das testemu- nhasdo passadodaquele país. Construção remanescente da era colonial, o pré- dio, no qual o presidente Salvador Allende se suici- douem1973diantedoiminentegolpemilitar,inclui um centro cultural e troca de guarda, pontualmente às10h emdiasalternados. O Museu de Arte Pré-Colombiana fica bem próximo, mas se tiver que escolher apenas um museu para visitar, fique com o de Belas Artes. Seu acervo guarda mais de 3 mil peças, ad- quiridas por meio de compras, doações e premi- ações dos salões oficiais. Há uma ampla seção de pinturas e escultu- ras chilenas, abrangendo a produção artística desde o período colonial, além de núcleos de ar- te universal, destacando-se pinturas italianas, gravuras, fotografias e um conjunto de escultu- ras africanas. A Plaza de Armas é o sistema nervoso da re- gião, cercadadecasarõescoloniais,construçõesne- oclássicas e simpáticos restaurantes em que os gar- çons, de camisa branca e gravata borboleta, ainda servem em bandejas de inox. Nada como apreciar o vaivém na praça, toman- doumataçadecabernetsauvignonoucarménè- re, duas especificidades da vinicultura chile- na. Em média, a garrafa do Três Estrellas sai a R$ 35, menos da metade do preço que pagamos no Brasil. Na hora do almoço, uma boa opção é o Merca- do Central, uma antiga estação de trem esti- lo art nouveau, de 1872. Ceviches, frutos do mar e o centolla (caranguejo gigante,típicodopaís)es- tão por toda parte. Dá para passar o res- tododia degustando,prin- cipalmente nas bancas mi- núsculas e modestas nas la- terais. O menu completo custa entre R$ 12 e R$ 20. Fora dali, renomados chefs renovam a tradi- cional gastronomia chilena à base de frutos do mar. Um deles é o peruano Gastón Acurio, do recomendado Astrid & Gastón (o melhor da América Latina em 2013, pela revista “Restau- rant”), que elegeu o bairro Providencia para rece- ber sua primeira filial no país. Lá é costume iniciar a refeição com um pisco sour. Com cozinhas de todo o Chile representadas à mesa e uma geração de novos chefs inovando pra- tos clássicos, as grifes gastronômicas se espalham pela cidade. Destaque entre a crítica internacional no últi- moano,oComoÁgua paraChocolate,noBellaVis- ta,virouoqueridinhodosbrasileiros.Apoucospas- sos da casa de Neruda, o salão decorado com as co- res à la FridaKhalo tem cozinha inspirada no livro homônimo da mexicana Laura Esquivel. Com quase 150 anos, a Peluquería Francesa, no Bairro Brasil, é uma joia para quem busca pratos tradicionais da França com temperos do Chile. É um daqueles restaurantes que levam jeito de bistrô, de onde a gente não quer sair até ob- servar todos os detalhes da decoração repleta de antiguidades, que, por sinal, estão à venda. Bistrô: Peluquería Francesa, ambiente que lembra antiquários Frutos do mar no restaurante Como Água para Chocolate Domingo, 22 de fevereiro de 2015 26
  • 27. Não é preciso ir muito lon- ge para beber diretamente dos barris nas vinícolas da re- gião no entorno de Santiago. Tintos encorpados podem ser encontrados em fazendas co- mo a da Concha y Toro, que oferece visitação guiada com degustação e loja com rótulos e utensílios. Para seguir por conta pró- pria, a linha 4-azul do metrô con- duz até a estação Las Mercedes, de onde saem ônibus com desti- no a Pirque. O itinerário dura de 30 a 45 minutos, e a melhor época para visitar a vinícola é o período de fevereiro a maio, quando as uvas estão em ponto de colheita. Outro passeio viável de ôni- bus, e em um único dia, é Valpa- raíso, a 120 quilômetros de San- tiago. É possível ainda alugar um carro, e a viagem dura 60 a 90 minutos. A charmosa cidade é pitoresca e boêmia. Comece su- bindo de funicular o Cerro Con- cepción e admire a arquitetura das casas de zinco. Na volta, caminhe até Cerro Ale- gre, onde artistas mostram seu traba- lho a céu aberto. Não deixe de conhe- cer La Sebastiana, outra casa-museu de Pablo Neruda, cercada de jardins e com vista para o Pacífico. A fundação que leva o nome do poeta dá espaço para exposição e um café. Na descida, aproveite para esticar até o Mercado del Puerto, onde fru- tas típicas se misturam a temperos da variada cozinha andina, como amên- doas, nozes, alcachofras e picles. No segundo piso, restaurantes oferecem menus executivos a preços bem mais em conta do que em Santiago. Outra escapada tradicional, a 350 quilômetros da capital chilena, a cida- de argentina de Mendoza é um ver- dadeiro oásis dos vinhos malbec. A travessia de ônibus, pela Cordilhei- ra dos Andes, dura pouco mais de cinco horas e expõe um espetáculo de cenário natural, principalmente no trecho de curvas acentuadas, co- nhecido como “caracóis”. Em Mendoza, mais de 50 bodegas estão esparramadas por vales, como o Maipú. Na região central, uma alame- da de novos bares foi inaugurada na Calle Arístides Villanueva, há pouco mais de um ano, tornando o lugar po- int de badalação dia e noite. Um dos mais novos é o hypado Johnny B. Good, que oferece mixes de petiscos, que vão de coxinhas de frango a croquetes de queijo (R$ 15, em média). É barato comer e be- ber em Mendoza. Drinques como mojito custam até R$ 12. A perder de vista, uma das áreas naturais mais importantes da Argen- tina, o Parque General San Martín tem 400 hectares de puro verde, ala- medas arborizadas, decoradas com 34 esculturas, mais de 300 espécies de fauna e flora oriundas de diversos países do mundo. É o point dos fins de semana. Do Cerro de Gloria, se tem excelente vis- ta da região e dos Andes, ponto de re- ferência natural deste encantador voo solo. Atravessando os Andes Escapada regada a vinhos Parque General San Martín, em Mendonza FotosAgênciaOGlobo Domingo, 22 de fevereiro de 2015 27
  • 28. ILHA À VISTAILHA À VISTA Turismo sustentável e pousadas de luxo aportam em Noronha, que mantém seu jeito de paraíso intocado Agência O Globo Quem volta ao arquipélago de Fernando de Noronha, anos depois da primeira visita, lo- go percebe que o mundo “lá fora” (como o con- tinente é conhecido) tem trazido uma nova versão para esse município pernambucano a 545 km de Recife. Noronha já não segue naquele ritmo tran- quilo de quando foi redescoberto como desti- no selvagem, nos anos 90. FERNANDO DE NORONHA t Domingo, 22 de fevereiro de 2015 28
  • 29. Símbolo: Morro Dois Irmãos, uma das tantas imagens ícones do arquipélago AgênciaOGlobo Domingo, 22 de fevereiro de 2015 29
  • 30. Agência O Globo Noronha mudou. Bar lounge com música eletrônica avança sobre o mar, bloqueando a passagem de visitan- tes que um dia se aventuraram pelas trilhas entre o Bol- dró e a Praia do Sancho. Mocinhas e garotões sarados desfilam indiferentes ao mar de tons azulados, que se agita aos pés do Morro do Pico, na Praia da Conceição - uma versão insular da catarinense Praia do Rosa ou da paulista Maresias. E as tradicionais casas de família, que um dia servi- ram como única alternativa de hospedagem para os tu- ristas, hoje se espremem entre pousadas de alto padrão. Ainda assim, Noronha continua linda. E os mesmos ventos que transformaram a Ilha Maldita - título da épo- ca em que funcionou como penitenciária - em paraíso tu- rístico do Atlântico trazem novidades a esse arquipélago de dimensões discretas que, por décadas, tem feito a ale- gria de mergulhadores, surfistas e amantes de cenários in- tocados. Gastronomia molecular em restaurantes moderni- nhos, estabelecimentos hoteleiros com elevado nível de consciência ambiental, aluguel de bicicletas elétricas e tri- lhas selvagens pouco exploradas pelos visitantes menos dispostos são algumas das novidades de uma Noronha que nem todo mundo conhece. Desde que a concessionária EcoNoronha ganhou o edital de prestação de serviço de visitação pública, em 2011, atrações locais receberam novos investimentos. Estão lá as passarelas de madeira sintética das praias do Sancho e do Sueste, postos de informação que foram erguidos com material sustentável (como o limpo steel frame) e algumas praias já contam com a infraestrutura de banheiros e lanchonetes. Umas das novidades recentes são as 18 bicicletas elétricas para aluguel. Elas desembarcaram na ilha no ano passado, para reduzir a emissão de gás carbônico desse território protegido e frágil de 26 quilômetros quadrados, declarado Patrimônio Mundial pela Unes- co, desde 2001. Esta é uma das ações que fazem parte do projeto “No- ronha Carbono-Neutro”, lançado na Conferência do Cli- ma da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado na Polônia, em fins de 2013. O principal objetivo do pro- jeto é incentivar a redução de gás carbônico na ilha e transformá-la em um dos primeiros destinos do mundo a compensar as emissões de gases causadores do aqueci- mento global. Há novidades nesse arquipélago de dimensões discretas que faz a alegria de mergulhadores, surfistas e amantes de cenários intocados Piscina natural no início da longa trilha do Atalaia. À frente, a Ilha do Frade FERNANDO DE NORONHA t NORONHA EM Cardumes são facilmente observáveis em qualquer mergulho nas águas de Noronha Domingo, 22 de fevereiro de 2015 30
  • 31. As novas magrelas (bicicletas elétri- cas, no caso), que contam também com o reforço de outros 20 modelos convencio- nais, têm autonomia de 60 km sem necessi- dadederecargadabateriaepodemchegara umavelocidade deaté 25km/h. MasnaquelasterrasisoladasdoAtlânti- conãoseprecisaterpressa.Esobreduasro- das,sempresobratempoparafazerumdes- vioderotaevisitarmaisumapraiaescon- dida, que não foi vista durante o Ilha Tour (tradicional tour de reconheci- mentodasatrações maispopulares). Com disposição, dá pra cruzar uma das menores rodovias fede- raisdoBrasil,aBR-363.Sãose- te quilômetros ligando a Baía do Sueste, no Mar de Fora, ao Porto de Santo Antônio, de onde saem os passeiosdebarco. Nocaminho,épossívelvisitaríconesna- turais como o Buraco da Raquel, ao lado do Museu do Tubarão, e as trilhas de acesso às praiasdeáguascalmasdoMardeDentro,co- moas doBoldró edo Cachorro. AdministradaspelaEcoNoronha,asbi- cicletaspodemseralugadasnosPICs(Pos- tos de Informação e Controle) do Sancho edoSueste.AelétricasaiaR$25eacon- vencional,R$ 16,a diária. E para quem quiser deixar sua contribuição à natureza - afinal de contas a carga das bicicletas é fei- ta com energia gerada a partir deóleodiesel-,caminharé apróxima atividade. (AG) Caminhadas e passeios de bike Com 14 opções de trilha oficiais localizadasnointeriordoParqueNa- cional Marinho de Fernando de No- ronha, o destino tem não só cami- nhos curtos até os endereços mais manjados da ilha, como a Baía do Sancho e o Mirante do Golfinho, co- mo rotas que passam pelo lado mais selvagem como a impressionante Trilha do Atalaia. A maioria dos visitantes cumpre apenasoprimeirotrecho-umacami- nhada leve de trinta minutos até a piscina natural do Mar de Fora, pro- tegidaemuma baíaquecostuma ser- vir de berçário para animais tartaru- gas e tubarões. Tido como um dos melhores pontos de toda a ilha para mergu- lho com snorkel, o local é ideal pa- ra ver coloridos cardumes, quequa- se se deixam tocar. E também para praticar flutua- ção com coletes, condição mínima, controlada por fiscais, para liberar o nado recreativo nessa área, que é for- mada por banco de corais. Com entrada gratuita e sem ne- cessidade de contratar um guia, essa é uma das atrações mais populares deFernandodeNoronha,oqueobri- ga os fiscais do Instituto Chico Men- des de Conservação da Biodiversida- de(ICMBio)acumprirumrígidoro- dízio de visitantes, que só ficam ali por meia hora. Mas o melhor do lado mais sel- vagem de Noronha começa quan- do os grupos deixam aquelas águas rasas com visibilidade per- feita e retornam para a Vila do Trinta, onde começa a trilha. Conhecida como a Trilha Ponti- nha Pedra Alta e aberta para apenas seis felizardos por dia, por agências que atuam no trajeto, a trilha longa doAtalaia começalogo após o banho em sua piscina natural. É uma caminhada exigente, de nada menos que 6,2km de extensão, margeando o Mar de Fora, em dire- çãoàisoladapraiadoCaieira,endere- ço que moradores fazem questão de não divulgar. (AG) Pelas sendas do arquipélago NOVA VERSÃO Uma das 18 bicicletas elétricas para aluguel, que chegaram à ilha Fotos: Agência O Globo Praia do Sancho, considerada uma das mais bonitas do mundo Domingo, 22 de fevereiro de 2015 31
  • 32. Kátia Ricardi de Abreu Toda história tem começo, meio e fim. Pois bem, vamos falar do fim. Aquele “the end” da fita, sabe? As luzes do cinema se acendem e você ainda continua na poltrona, prostrada, incrédula, esperando um re- presentante de Hollywood de terno e gravata aparecer na sua frente e dizer que já estão providenciando as filmagens da continuação da histó- ria. Mas como isso não acontece, você se levanta e volta para casa, incon- formada. É um sabor de “quero mais”, “não acredito que acabou”. O fim de uma história pode ser feliz, infeliz, sem graça, triste, ridícu- lo, mal feito, mas é fim. A-ca-bou! Os roteiristas de novelas campeãs de audiência dificilmente conseguem elaborar um fim para a história e seus personagens que agrade a própria audiência. Porque foi bom o que houve durante a história e, de tão bom que foi, ninguém quer o fim. En- tão a gente ouve os comentários: “Não gostei do fim”. Qualquer fim é difícil de aceitar, quando o desejo é que ele não aconteça. E o “THE END” na vida real? Muitas vezes, não queremos aceitar o fim de nossas próprias histórias. O fechamento de nossos ciclos. Ou não queremos aceitar a forma como ocorreram. Quem já não se pegou dese- jando que tivesse sido diferente? Com uma pitada disso ou daquilo? Mesmo que a mocinha e o mocinho não fiquem juntos, felizes para sem- pre, queremos sair da fita de bem com a vida, para o bem de nossa auto- estima, não é? Quando faço entrevistas de desligamento, nas empresas, procuro es- timular o colaborador que está se demitindo ou está sendo demitido a fechar este ciclo da forma mais confortável possível. É uma oportunida- de de iniciar uma nova etapa, embora muitas vezes essa transição seja dolorosa, e a despedida, triste. Porém, para que a pessoa possa visualizar as vantagens da nova etapa, ela precisa passar pelo luto da separação des- te ciclo que se fecha. Separações sempre são tristes e dolorosas, mesmo quando a pessoa está indo para algo melhor. Tudo tem perdas e ganhos. Apesar de tristes e dolorosas, podem ser feitas com dignidade, sensibilidade. Pode haver alívio, quando a dor de permanecer no relacionamento é maior do que a dor da separação. No amor, o fim pode ser trágico, passional. Também pode ser suave. Depende do grau de maturidade emocional das pessoas envolvidas. Certa vez recebi um casal no consultório decidido a colocar fim no relacionamento. Sem brigas, eles conversaram durante muitas sessões sobre os bons momentos que passaram juntos, os motivos do desgaste no relacionamento e a vontade de iniciar uma nova etapa. Finalizaram ali na minha sala a relação conjugal com a proposta de iniciar uma rela- ção de “ex” respeitosa, madura e humana. Com carinho, devolveram as alianças um para o outro de forma solene, se abraçaram e foram viver suas vidas separados, talvez mais unidos do que quando estavam moran- do debaixo do mesmo teto. Achei lindo quando o marido disse para a esposa que não tinha sentido continuar se ela não o amava mais. Mesmo que ele ainda a amasse. Ele iria seguir adiante, em busca do amor com alguém que pudesse corresponder. Mas, infelizmente, esse ca- so é a exceção. Entre namorados, as principais queixas são aquelas em torno do fim que demora a ser entendido. A pessoa se distancia e espera o outro desconfiar que ela decidiu colocar o ponto final no relaciona- mento. Decidiu que não quer mais e tem dificuldade de comunicar isso de forma direta à outra parte envolvida. Apenas a exclui da sua rota. Deleta, joga na lixeira o relacionamento e, consequentemen- te, a pessoa, que é desqualificada. Como assim? Você liga e ela não atende. Deixa recado e ela não retorna. Tenta pelo whatsApp e des- cobre que ela te bloqueou. Saiu do Facebook, Instagram, tudo. Ou saiu só para você. Trocou o número de telefone. Blindou-se de vo- cê. Declarada é a rejeição. Dupla é a dor: a da separação e a de como ocorreu a separação. O mais doloroso fim de todos os fins. Pior do que não querer mais é não dizer isso olhando nos olhos. Demissões corporativas, rompimentos de relacionamentos, acontecem todos os dias. E, no dia seguinte, currículos são envia- dos, pessoas interessantes preenchem as lacunas nos relacionamen- tos dissolvidos, novos ciclos se iniciam. Ninguém morre por causa disso. O fim pode simplesmente ser triste e ao mesmo tempo feliz, com lágrimas misturadas a sorrisos. Este é o fim honroso, com cha- ve de ouro que eu gostaria de assistir e vivenciar. E você? ARTIGO t O fim de uma história pode ser feliz, infeliz, sem graça, triste, ridículo, mal feito, mas é fim. A-ca-bou! Kátia Ricardi de Abreu é psicóloga, especialista em Análise Transacional na área clínica e consultora de empresas O FIM Quem é Guilherme Baffi/Arquivo Domingo, 22 de fevereiro de 2015 32