O documento discute os desafios da equidade de gênero no Brasil, incluindo a estrutura patriarcal da sociedade, as conquistas do movimento feminista, e os retrocessos atuais em direitos das mulheres sob o atual governo federal.
1. Pensando Equidade de Gênero:
desafios e conquistas
Painel FemiJuris | 30/06/2018
Mariana Venturini
Graduada em Filosofia (USP) | Mestranda em Sociologia vinculada ao
Núcleo de Estudos de Gênero “Pagu” (Unicamp)
Vice-Presidenta Nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM)
2. ▶ Patriarcado = Formação social em que o poder é dos homens e mais velhos
▶ A base do Patriarcado é a Divisão Sexual do Trabalho, que opera através de
dois princípios: 1-Separação x 2-Hierarquia
▶ O patriarcado estrutura todos os setores da vida material e imaterial dos
seres humanos: as artes, as ciências, a política, a ética, as leis etc
▶ Por sua profundidade, extensão e poder de estruturação ideológica, é
aparentemente um dado da natureza, tornando a quebra de seus padrões
de funcionamento bastante difícil
▶ Dupla moral sexual
▶ Machismo e assédio no ambiente de trabalho
▶ Dupla jornada de trabalho
Patriarcado e Divisão Sexual do Trabalho
3. ▶ O feminismo surge como movimento político organizado em fins
do século 19 e avança com importantes conquistas no século 20
(direito ao voto, à educação, ao divórcio, ao trabalho fora, ao
aborto, etc).
▶ No Brasil, a igualdade constitucional entre homens e mulheres
data de 1988, com restrições graves aos direitos sexuais e
reprodutivos das brasileiras ainda hoje. A partir da década
passada instituíram-se mecanismo de promoção da igualdade
material. Mecanismos em franco desmonte pelo atual Governo
Federal, cuja base de sustentação parlamentar conta com
conhecidos fundamentalistas anti-feministas.
#EuTambém
4. Feminismo pra quê?
▶ Atualmente o feminismo vive um momento especial e inédito de
florescimento, auxiliado pelas novas mídias, mas é preciso ir além:
transformar em luta política e social a causa feminista
▶ Brasil vive cenário de retrocessos brutais em direitos sociais. A resistência
deve ser feminista.
▶ Não há libertação individual sem libertação coletiva. E não há libertação
coletiva sem libertação individual.
▶ Nosso desafio é construir uma sociedade mais justa para todas e todos. Não
desanimar diante da onda conservadora, nos unirmos mais e mais, em
coletivos, associações, núcleos de mulheres, unidas em luta por um mundo
de igualdade contra toda opressão!