O documento discute o contexto político do Brasil após a eleição de Dilma Rousseff como a primeira presidente mulher do país. Ele destaca que sua vitória representa a continuação do projeto iniciado no governo Lula de promover o desenvolvimento econômico com justiça social e integração latino-americana. No entanto, setores conservadores se opõem a esses avanços e tentam impor uma agenda regressiva por meio da mídia. O documento defende que os estudantes devem pressionar o governo por pautas progressistas como reforma ag
1. Conjuntura – Proposta 04
O 13º CONEB da UNE acontece em um momento muito frutífero para a consolidação de um
projeto nacional de desenvolvimento democrático e popular. A crise da economia global só
traz incertezas ao futuro da humanidade. Os Estados Unidos insistem numa agenda
imperialista e de ameaças a diversos povos e nações.
Enquanto isso na Europa uma onda conservadora e neoliberal persiste nos governos. A
América-latina, ao contrário, segue uma proposta mais determinada, altiva e soberana. No
Brasil, mais uma vez o povo foi às urnas e derrotou o projeto neoliberal daqueles que no
passado sucatearam os serviços públicos e venderam o país a preço de liquidação.
A vitória de Dilma Rousseff representa uma vitória para o povo, com a continuidade do projeto
político em curso iniciado no governo Lula. O governo que inicia em 2011 traz uma
característica que já vimos antes. Se de um lado a primeira presidente mulher eleita no Brasil
carrega um sentimento de desenvolvimento econômico com justiça social e integração latino-
americana aliado a novas perspectivas às mulheres; do outro, setores reacionários da política
se organizam para impedir estes avanços, muitas vezes usando os meios de comunicação que
difundem o conservadorismo e a criminalização das lutas populares.
O nosso papel nesta situação é fazer pressão pelas mudanças do Brasil. Devemos manter
independência face ao governo e mobilizar os estudantes para lutar por medidas que
combatam a pressão dos setores conservadores que tentam impor uma agenda regressiva ao
governo: uma política econômica favorável ao desenvolvimento, democratização da mídia,
eficiência do sistema de saúde, educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis,
reforma agrária e reforma urbana para superar as mazelas da especulação imobiliária que
testemunhamos hoje.
Devemos intensificar a cobrança por uma reforma política que supere o domínio econômico
que vigora no processo eleitoral de hoje, assim como a exclusão das minorias oprimidas,
possibilite o fortalecimento da participação popular, fortaleça os partidos políticos e sua
democracia interna e não o personalismo político-eleitoral.
Este é o grande chamamento que este CONEB deve fazer: estudantes nas ruas para garantir
direitos para o povo, para construir um país mais forte e desenvolvido, com soberania e
liberdade ao nosso povo.