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Jobs To Be Done
O que é? Pra que serve? De onde vem? Hoje no Hack Evening.
O que vamos ver hoje?
- Como conheci o Jobs To Be Done
- O que é Jobs To Be Done?
- Por que é usado?
- Diferentes abordagens
- Qual abordagem acredito ser a melhor?
- 4 Forças do Progresso
- Como aplicar? JTBD Timeline e Job Stories
- O que muda ao se pensar em Jobs To Be Done?
- Exemplos
- Materiais
Como conheci
JTBD
Em 2014 entrei no Route...
- O Route era um produto lançado dentro da RedeHost
- Era uma ferramenta de Automação de Marketing
- A ideia surgiu da dor do CEO da RedeHost ao tentar contratar uma
ferramenta de automação para a empresa
- Na época todas eram muito caras (HubSpot, Marketo, Eloqua) e o RD estava
recém no começo
- Nosso CEO acreditou que o mercado queria uma ferramenta mais barata e
mais “fácil” de usar… e que o processo de contratação e implementação
seria self-service
- “Now Marketing Automation is really for Marketers”
O que era o Route?
Com quantas pessoas de
Marketing essa ideia foi validada?
O Route de 2014 a 2016
O que é Jobs To Be
Done?
É a ideia que as pessoas não compram um produto ou serviço específico, elas
contratam um produto ou serviço para realizar um job que surge na vida delas em
um determinado momento.
Entender o que é esse job é fazer uma relação de causa e efeito do motivo porque
as pessoas resolvem usar um produto ou serviço em detrimento de outros.
Por definição quando um mesmo job não pode ser resolvido por duas soluções
diferentes ao mesmo tempo. Se eu escolho determinada opção para realizar um
job isso significa que abri mão de outras opções naquele momento.
Um job sempre acontece em um contexto específico.
O que é Jobs To Be Done?
Tem uma frase clássica do Theodore Levitt que representa isso: “Pessoas não
querem uma broca de 4 polegadas, elas querem um buraco de 4 polegadas”.
O job é fazer o furo e não comprar a broca.
Poderíamos ir mais além, as pessoas querem pendurar um quadro na parede e
não o furo em si. Nesse caso o job poderia ser algo como “quero deixar minha
sala mais aconchegante”.
O job nunca é algo que sai de dentro da empresa e sim descoberto, desvendado
ao conversar com as pessoas.
O que é Jobs To Be Done?
Por que ele é
usado?
Surgiu como uma teoria que daria previsibilidade e assertividade na hora de
lançar novos produtos. Inovação está presente ao se falar de JTBD.
É usado para investigar as reais causas do porquê as pessoas escolhem um
produto ou serviço. Entender a motivação das pessoas em mudar ajuda a
entregar o produto/serviço certo, tanto no desenvolvimento quanto na
comunicação.
É usado para que empresas consigam validar se o que estão oferecendo é algo
de valor ou não.
Ajuda na fase de customer development e dá um guia sobre o que explorar na
hora de ir conversar com as pessoas.
Por que ele é usado?
Diferentes
abordagens
O universo do Jobs To Be Done não é unido. Existem duas linhas de pensamento:
uma que acredita no jobs-as-progress e outra jobs-as-activities.
Jobs-as-progress - um job pode ser funcional, emocional ou social. As pessoas
escolhem algo para ter um progresso nesses contextos. As pessoas tomam uma
atitude quando existe uma discrepância entre o seu estado atual e onde elas
querem chegar.
Jobs-as-activities - um job é basicamente funcional, é a atividade que se quer
fazer, e o lado emocional ou social ficam em segundo plano. Elas são apenas um
fator dentro da atividade que se quer fazer.
Diferentes abordagens
Qual acredito ser a
melhor?
Acredito mais quando se fala em job-as-progress.
No Marketing já existe uma ideia de que as pessoas tomam decisões de compra
baseadas em aspectos emocionais ou sociais, que mostram um lado aspiracional.
Nem sempre é pela tarefa em si. Isso é algo já bem concreto quando se fala em
comportamento de consumo.
O job-as-progress dá essa abertura de ser mais amplo ao levar em consideração
jobs funcionais, sociais e emocionais.
A desvantagem dessa abordagem é ser mais alto nível, mais
abstrata, diferente da ideia de jobs-as-activities que tem
uma estrutura mais definida.
Qual acredito ser melhor?
ALERTA
A ideia de jobs-as-activities é explorada pelo Tony Ulwick que tem uma consultoria
que utiliza a sua metodologia Outcome Driven Innovation (ODI), que é patenteada.
Isso significa que existe uma razão forte para ele defender essa abordagem em
detrimento da jobs-as-progress.
No livro sobre Jobs To Be Done ele lista as mais de 80 etapas que fazem parte da
metodologia dele. Por ter algo mais descritivo de como usar existem pessoas que
acham melhor.
Alerta!
As 4 forças do
progresso
No job-as-progress existe a ideia de que 4 forças atuam em uma pessoa:
2 que estimulam a tomada de decisão (Push e Pull) e 2 contrárias a tomada de
decisão (Anxiety e Habit).
Push: as pessoas não mudam quando estão felizes com determinada situação.
Mudam quando algo as empurra para um estado de infelicidade.
Pull: quando as pessoas são empurradas para um estado de infelicidade essa
força as puxam para um caminho determinado (para uma vida melhor ou para
uma solução específica)
As 4 forças do progresso
Anxiety: quando não sabemos se um serviço ou produto vai resolver o job existe
uma ansiedade. Geralmente quando vamos usar algo pela primeira vez.
Habit: quando algo se torna um hábito é difícil mudar para uma outra solução,
mesmo se não estamos totalmente satisfeitos.
As 4 forças do progresso
As 4 forças do progresso
Internal Push: um exemplo é o caso de uma empresa chamada Clarity que
conecta especialistas do mercado com quem precisa de conselhos. Perceberam
que os empreendedores utilizavam o serviço a partir de um sentimento interno de
que estavam estagnados.
External Push: uma empresa chamada YourGrocer que vai nos mercados locais,
compra os produtos e entrega nas casas das pessoas percebeu que famílias com
1 filho ainda preferiam ir até seus mercados favoritos. Quando essas famílias
tinham um segundo filho já era muito trabalho e acabavam abrindo mão de ir
nesses mesmos mercados.
As 4 forças do progresso
Pull Idea of a Better Life: no mesmo caso anterior da Clarity eles perceberam que
algumas vezes, mesmo com o sentimento interno de estagnação, pode escolher
não tomar nenhuma ação para melhorar. É preciso mostrar que ao utilizar o
Clarity essas pessoas vão conseguir ter um progresso.
Pull Solution Preference: o que leva a escolha de uma solução em detrimento a
outra? O job pode ser resolvido de diferentes maneiras. No caso da YourGrocer a
família poderia escolher deixar os filhos com parentes ou uma babá e ir nos
mercados ao invés de usar o serviço deles. Nesse caso a empresa precisa
mostrar que a solução dela é a mais conveniente para resolver o job.
As 4 forças do progresso
Anxiety in Choice: acontece antes da decisão sobre o que escolher. Se não
estamos familiarizados com o produto podemos nos questionar se ele realmente
vai nos ajudar, como as pessoas vão nos julgar pela escolha, etc.
Anxiety in Use: um exemplo é a ansiedade de não saber se está preparado para
utilizar o serviço escolhido para realizar o job. O time de Marketing pode pensar
em investir em uma ferramenta mais robusta mas acha que ainda não tem tudo
bem estruturado para tirar o melhor proveito dela.
As 4 forças do progresso
Habit in Choice: algumas escolhas são recorrentes porque já são confortáveis
para nós. Para forçar a mudança é preciso criar maneiras de quebrar a barreira do
hábito. Um exemplo é o Google Docs converter arquivos Excel para que se possa
trabalhar nele.
Habit in Use: todos já devem ter passado por alguma situação onde começam a
usar algo novo e em seguida voltam ao comportamento anterior. Indentificar
esses momentos e tomar uma ação é fundamental para promover a mudança. O
exemplo da YourGrocer é que as pessoas depois de um pouco de uso voltavam
ao hábito de ir no mercado porque não se planejavam nas compras futuras.
Passaram a enviar alertas sobre possíveis produtos que
estariam acabando.
As 4 forças do progresso
Como aplicar?
JTBD Timeline e
Job Stories
Como disse antes, um job não é algo que a empresa formaliza internamente ele
surge em conversas com outras pessoas.
Então para aplicar o JTBD é preciso entrevistar o grupo de pessoas que você
pretende atingir com seu produto e serviço.
Mas o que descobrir com as entrevistas?
Pode ser intimidador começar a entrevistar pessoas, mas existe um guia do que
tentar desvendar com as entrevistas.
Como aplicar? JTBD Timeline e Job Stories
Jobs To Be Done Timeline
Depois de ter feito as entrevistas e desvendado o JTBD, como descrever esse job
de maneira que o time de produto consiga trabalhar para entregar a melhor
solução?
Uma maneira é utilizar Job Stories do Intercom:
[WHEN ____________ ] [I WANT TO ____________ ] [SO I CAN ____________ ]
Uma Job Story é dividida em SITUAÇÃO, MOTIVAÇÃO e RESULTADO ESPERADO
Quando estou em casa no final de semana, eu quero fazer algo para meu lazer
para que eu esqueça as preocupações do meu trabalho.
Como aplicar? JTBD Timeline e Job Stories
POLÊMICA
Nesse modelo de Job Stories quem utiliza argumenta que Personas e User
Stories fazem parte de um passado onde clientes e times de produto estavam
separados (os times mais próximos aos clientes passavam as informações para
os times de produtos desenvolverem as features).
A lacuna criada ao passar a informação entre os times próximos ao cliente aos
times de produto gerava um problema porque as motivações e ansiedades não
eram representadas.
Essa é a visão de quem defende Job Stories.
Como aplicar? JTBD Timeline e Job Stories
O que muda ao se
usar JTBD?
Algumas coisas mudam na maneira de ver o produto ou serviço ao se usar JTBD.
- Concorrência: ao se pensar em JTBD a concorrência não fica
necessariamente entre produtos semelhantes. (ex.: soluções para reuniões
remotas corporativas competem também com meios de transporte, hotéis,
viagens. Clubes de futebol competem com outras opções de entretenimento).
- Personas saem de cena. Os jobs podem ser os mesmos em grupos bem
distintos de pessoas (ex.: não é a Persona A com determinadas
características que a faz tomar uma decisão de compra. É o job que ela quer
resolver para ter progresso em determinado momento).
O que muda ao se usar JTBD?
O que muda ao se usar JTBD?
Exemplos
- Milkshake do McDonald’s (conhecido também como Milkshake Marketing)
- Snickers (barra de chocolate)
- Clarity (plataforma que conecta especialistas do mercado com pessoas que
precisam de conselhos)
- Intercom (ideia de progresso utilizando uma ferramenta para coordenador a
comunicação com as pessoas e não várias ferramentas diferentes)
Exemplos
Mais informações
sobre JTBD
- Intercom On Jobs To Be Done
(https://www.intercom.com/pt-BR/books/jobs-to-be-done)
- Blog do Intercom (https://www.intercom.com/blog/?s=jobs+to+be+done)
- Blog do Alan Klement (https://jtbd.info/)
- Livro do Alan Klement (http://www.whencoffeeandkalecompete.com/)
- Livro do Clayton Christensen (Muito Além da Sorte - deixei na nossa
biblioteca)
- Blog do Tony Ulwick (https://jobs-to-be-done.com/)
Mais informações sobre JTBD
Obrigado
https://twitter.com/felipecb_
felipe@felipebarbosa.me
https://www.linkedin.com/in/felipecardosobarbosa/
https://www.felipebarbosa.me/

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Jobs To Be Done Explained

  • 1. Jobs To Be Done O que é? Pra que serve? De onde vem? Hoje no Hack Evening.
  • 2. O que vamos ver hoje? - Como conheci o Jobs To Be Done - O que é Jobs To Be Done? - Por que é usado? - Diferentes abordagens - Qual abordagem acredito ser a melhor? - 4 Forças do Progresso - Como aplicar? JTBD Timeline e Job Stories - O que muda ao se pensar em Jobs To Be Done? - Exemplos - Materiais
  • 4. Em 2014 entrei no Route...
  • 5. - O Route era um produto lançado dentro da RedeHost - Era uma ferramenta de Automação de Marketing - A ideia surgiu da dor do CEO da RedeHost ao tentar contratar uma ferramenta de automação para a empresa - Na época todas eram muito caras (HubSpot, Marketo, Eloqua) e o RD estava recém no começo - Nosso CEO acreditou que o mercado queria uma ferramenta mais barata e mais “fácil” de usar… e que o processo de contratação e implementação seria self-service - “Now Marketing Automation is really for Marketers” O que era o Route?
  • 6. Com quantas pessoas de Marketing essa ideia foi validada?
  • 7. O Route de 2014 a 2016
  • 8.
  • 9. O que é Jobs To Be Done?
  • 10. É a ideia que as pessoas não compram um produto ou serviço específico, elas contratam um produto ou serviço para realizar um job que surge na vida delas em um determinado momento. Entender o que é esse job é fazer uma relação de causa e efeito do motivo porque as pessoas resolvem usar um produto ou serviço em detrimento de outros. Por definição quando um mesmo job não pode ser resolvido por duas soluções diferentes ao mesmo tempo. Se eu escolho determinada opção para realizar um job isso significa que abri mão de outras opções naquele momento. Um job sempre acontece em um contexto específico. O que é Jobs To Be Done?
  • 11. Tem uma frase clássica do Theodore Levitt que representa isso: “Pessoas não querem uma broca de 4 polegadas, elas querem um buraco de 4 polegadas”. O job é fazer o furo e não comprar a broca. Poderíamos ir mais além, as pessoas querem pendurar um quadro na parede e não o furo em si. Nesse caso o job poderia ser algo como “quero deixar minha sala mais aconchegante”. O job nunca é algo que sai de dentro da empresa e sim descoberto, desvendado ao conversar com as pessoas. O que é Jobs To Be Done?
  • 12. Por que ele é usado?
  • 13. Surgiu como uma teoria que daria previsibilidade e assertividade na hora de lançar novos produtos. Inovação está presente ao se falar de JTBD. É usado para investigar as reais causas do porquê as pessoas escolhem um produto ou serviço. Entender a motivação das pessoas em mudar ajuda a entregar o produto/serviço certo, tanto no desenvolvimento quanto na comunicação. É usado para que empresas consigam validar se o que estão oferecendo é algo de valor ou não. Ajuda na fase de customer development e dá um guia sobre o que explorar na hora de ir conversar com as pessoas. Por que ele é usado?
  • 15. O universo do Jobs To Be Done não é unido. Existem duas linhas de pensamento: uma que acredita no jobs-as-progress e outra jobs-as-activities. Jobs-as-progress - um job pode ser funcional, emocional ou social. As pessoas escolhem algo para ter um progresso nesses contextos. As pessoas tomam uma atitude quando existe uma discrepância entre o seu estado atual e onde elas querem chegar. Jobs-as-activities - um job é basicamente funcional, é a atividade que se quer fazer, e o lado emocional ou social ficam em segundo plano. Elas são apenas um fator dentro da atividade que se quer fazer. Diferentes abordagens
  • 16. Qual acredito ser a melhor?
  • 17. Acredito mais quando se fala em job-as-progress. No Marketing já existe uma ideia de que as pessoas tomam decisões de compra baseadas em aspectos emocionais ou sociais, que mostram um lado aspiracional. Nem sempre é pela tarefa em si. Isso é algo já bem concreto quando se fala em comportamento de consumo. O job-as-progress dá essa abertura de ser mais amplo ao levar em consideração jobs funcionais, sociais e emocionais. A desvantagem dessa abordagem é ser mais alto nível, mais abstrata, diferente da ideia de jobs-as-activities que tem uma estrutura mais definida. Qual acredito ser melhor?
  • 19. A ideia de jobs-as-activities é explorada pelo Tony Ulwick que tem uma consultoria que utiliza a sua metodologia Outcome Driven Innovation (ODI), que é patenteada. Isso significa que existe uma razão forte para ele defender essa abordagem em detrimento da jobs-as-progress. No livro sobre Jobs To Be Done ele lista as mais de 80 etapas que fazem parte da metodologia dele. Por ter algo mais descritivo de como usar existem pessoas que acham melhor. Alerta!
  • 20. As 4 forças do progresso
  • 21. No job-as-progress existe a ideia de que 4 forças atuam em uma pessoa: 2 que estimulam a tomada de decisão (Push e Pull) e 2 contrárias a tomada de decisão (Anxiety e Habit). Push: as pessoas não mudam quando estão felizes com determinada situação. Mudam quando algo as empurra para um estado de infelicidade. Pull: quando as pessoas são empurradas para um estado de infelicidade essa força as puxam para um caminho determinado (para uma vida melhor ou para uma solução específica) As 4 forças do progresso
  • 22. Anxiety: quando não sabemos se um serviço ou produto vai resolver o job existe uma ansiedade. Geralmente quando vamos usar algo pela primeira vez. Habit: quando algo se torna um hábito é difícil mudar para uma outra solução, mesmo se não estamos totalmente satisfeitos. As 4 forças do progresso
  • 23. As 4 forças do progresso
  • 24. Internal Push: um exemplo é o caso de uma empresa chamada Clarity que conecta especialistas do mercado com quem precisa de conselhos. Perceberam que os empreendedores utilizavam o serviço a partir de um sentimento interno de que estavam estagnados. External Push: uma empresa chamada YourGrocer que vai nos mercados locais, compra os produtos e entrega nas casas das pessoas percebeu que famílias com 1 filho ainda preferiam ir até seus mercados favoritos. Quando essas famílias tinham um segundo filho já era muito trabalho e acabavam abrindo mão de ir nesses mesmos mercados. As 4 forças do progresso
  • 25. Pull Idea of a Better Life: no mesmo caso anterior da Clarity eles perceberam que algumas vezes, mesmo com o sentimento interno de estagnação, pode escolher não tomar nenhuma ação para melhorar. É preciso mostrar que ao utilizar o Clarity essas pessoas vão conseguir ter um progresso. Pull Solution Preference: o que leva a escolha de uma solução em detrimento a outra? O job pode ser resolvido de diferentes maneiras. No caso da YourGrocer a família poderia escolher deixar os filhos com parentes ou uma babá e ir nos mercados ao invés de usar o serviço deles. Nesse caso a empresa precisa mostrar que a solução dela é a mais conveniente para resolver o job. As 4 forças do progresso
  • 26. Anxiety in Choice: acontece antes da decisão sobre o que escolher. Se não estamos familiarizados com o produto podemos nos questionar se ele realmente vai nos ajudar, como as pessoas vão nos julgar pela escolha, etc. Anxiety in Use: um exemplo é a ansiedade de não saber se está preparado para utilizar o serviço escolhido para realizar o job. O time de Marketing pode pensar em investir em uma ferramenta mais robusta mas acha que ainda não tem tudo bem estruturado para tirar o melhor proveito dela. As 4 forças do progresso
  • 27. Habit in Choice: algumas escolhas são recorrentes porque já são confortáveis para nós. Para forçar a mudança é preciso criar maneiras de quebrar a barreira do hábito. Um exemplo é o Google Docs converter arquivos Excel para que se possa trabalhar nele. Habit in Use: todos já devem ter passado por alguma situação onde começam a usar algo novo e em seguida voltam ao comportamento anterior. Indentificar esses momentos e tomar uma ação é fundamental para promover a mudança. O exemplo da YourGrocer é que as pessoas depois de um pouco de uso voltavam ao hábito de ir no mercado porque não se planejavam nas compras futuras. Passaram a enviar alertas sobre possíveis produtos que estariam acabando. As 4 forças do progresso
  • 29. Como disse antes, um job não é algo que a empresa formaliza internamente ele surge em conversas com outras pessoas. Então para aplicar o JTBD é preciso entrevistar o grupo de pessoas que você pretende atingir com seu produto e serviço. Mas o que descobrir com as entrevistas? Pode ser intimidador começar a entrevistar pessoas, mas existe um guia do que tentar desvendar com as entrevistas. Como aplicar? JTBD Timeline e Job Stories
  • 30. Jobs To Be Done Timeline
  • 31. Depois de ter feito as entrevistas e desvendado o JTBD, como descrever esse job de maneira que o time de produto consiga trabalhar para entregar a melhor solução? Uma maneira é utilizar Job Stories do Intercom: [WHEN ____________ ] [I WANT TO ____________ ] [SO I CAN ____________ ] Uma Job Story é dividida em SITUAÇÃO, MOTIVAÇÃO e RESULTADO ESPERADO Quando estou em casa no final de semana, eu quero fazer algo para meu lazer para que eu esqueça as preocupações do meu trabalho. Como aplicar? JTBD Timeline e Job Stories
  • 33. Nesse modelo de Job Stories quem utiliza argumenta que Personas e User Stories fazem parte de um passado onde clientes e times de produto estavam separados (os times mais próximos aos clientes passavam as informações para os times de produtos desenvolverem as features). A lacuna criada ao passar a informação entre os times próximos ao cliente aos times de produto gerava um problema porque as motivações e ansiedades não eram representadas. Essa é a visão de quem defende Job Stories. Como aplicar? JTBD Timeline e Job Stories
  • 34. O que muda ao se usar JTBD?
  • 35. Algumas coisas mudam na maneira de ver o produto ou serviço ao se usar JTBD. - Concorrência: ao se pensar em JTBD a concorrência não fica necessariamente entre produtos semelhantes. (ex.: soluções para reuniões remotas corporativas competem também com meios de transporte, hotéis, viagens. Clubes de futebol competem com outras opções de entretenimento). - Personas saem de cena. Os jobs podem ser os mesmos em grupos bem distintos de pessoas (ex.: não é a Persona A com determinadas características que a faz tomar uma decisão de compra. É o job que ela quer resolver para ter progresso em determinado momento). O que muda ao se usar JTBD?
  • 36. O que muda ao se usar JTBD?
  • 38. - Milkshake do McDonald’s (conhecido também como Milkshake Marketing) - Snickers (barra de chocolate) - Clarity (plataforma que conecta especialistas do mercado com pessoas que precisam de conselhos) - Intercom (ideia de progresso utilizando uma ferramenta para coordenador a comunicação com as pessoas e não várias ferramentas diferentes) Exemplos
  • 40. - Intercom On Jobs To Be Done (https://www.intercom.com/pt-BR/books/jobs-to-be-done) - Blog do Intercom (https://www.intercom.com/blog/?s=jobs+to+be+done) - Blog do Alan Klement (https://jtbd.info/) - Livro do Alan Klement (http://www.whencoffeeandkalecompete.com/) - Livro do Clayton Christensen (Muito Além da Sorte - deixei na nossa biblioteca) - Blog do Tony Ulwick (https://jobs-to-be-done.com/) Mais informações sobre JTBD