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Gonçalo annes
BANDARRA
Docente: Hildegarda calado
Discente: Fábio Pacheco
MENSAGEM
 O Bandarra
“Sonhava, anónimo e
disperso,
O Império por Deus mesmo
visto,
Confuso como o Universo
E plebeu como Jesus Cristo.
Não foi nem santo nem herói,
Mas Deus sagrou com Seu
sinal
Gonçalo annes BANDARRA
 Nascimento: 1500 – Trancoso
 Morte: 1556 – Trancoso
 Nacionalidade: Portuguesa
 Profissões: Poeta, profeta, sapateiro.
Quem foi ?
 Gonçalo Annes Bandarra ou ainda,
Gonçalo Anes, o Bandarra foi um
sapateiro e profeta português, autor
de Trovas messiânicas que ficaram
posteriormente ligadas ao
sebastianismo e ao milenarismo
português.
O Bandarra
 Este sapateiro de
profissão, católico, fervoroso leitor da
Bíblia, numa altura em que o comum dos
mortais a ela não tinha acesso por não se
encontrar traduzida, foi perseguido pela
inquisição e proibido de continuar as suas
leituras da Bíblia. No entanto, importa
introduzir, para quem não se recorda, o
verdadeiro motivo da importância histórica do
Bandarra.
Mito
 Enquanto mito de raiz popular, apoiado na crença da vinda
de um salvador capaz de resgatar o país da crise e de
catapultá-lo para renovada grandeza, o sebastianismo gera-
se antes mesmo do nascimento de D. Sebastião, com as
trovas messiânicas, da 1º metade do séc. XVI, de Gonçalo
Anes, de alcunha Bandarra.
 Estas trovas, escritas pelo sapateiro de
Trancoso, constituíram uma autêntica bíblia do
sebastianismo.
 Com a catástrofe de Alcácer Quibir, a morte de D. Sebastião
e a invasão espanhola, as trovas ganharam uma importância
crescente e, num ápice, de condenadas ao
esquecimento, passaram a bíblia nacional. Nelas
encontravam os portugueses o que queriam realmente que
acontecesse. Prometia-se a chegada do «bom rei
encoberto», o predestinado que livraria Portugal da opressão
Castelhana e lhe daria prosperidade, riqueza felicidade.
Vida e obra
 Era sapateiro de profissão e dedicou-se à
divulgação em verso de profecias de cariz
messiânico.
 Tinha um bom conhecimento das escrituras do
Antigo Testamento, do qual fazia as suas
próprias interpretações, tendo composto uma
série de "Trovas" falando sobre a vinda do
Encoberto e o futuro de Portugal como reino
universal. Por causa disso, foi acusado e
processado pela Inquisição de
Lisboa, desconfiada de que suas Trovas
contivessem marcas de Judaísmo.
Vida e Obra
 Foi inquirido perante o tribunal, condenado a
participar na procissão do auto-de-fé de 1541 e
também a nunca mais interpretar a Bíblia ou
escrever sobre assuntos da teologia.
 Apesar da grande aceitação das suas Trovas
entre os cristãos-novos, não se sabe ao certo se
era ou não de ascendência judaica.
 Após o julgamento voltou para Trancoso, onde
viria a morrer, provavelmente, em 1556.
TROVAS
 As Trovas circularam em diversas
cópias manuscritas, apesar da
interdição do Santo Ofício. Em 1603, D.
João de Castro (neto sebastianista do
famoso Vice-Rei da Índia Portuguesa
homónimo) editou-as e comentou-as
numa obra impressa em Paris e
intitulada "Paráfrase e Concordância de
Algumas Profecias de Bandarra".
 As Trovas foram interpretadas como
uma profecia ao regresso do Rei D.
Sebastião após o seu desaparecimento
na Batalha de Alcácer-Quibir em Agosto
de 1578.
 As Trovas do Bandarra influenciaram o
pensamento sebastianista e messiânico
de D. João de Castro, Padre António
Vieira, de Fernando Pessoa, entre
outros.
Resumo sobre Bandarra
 Em 1500 nasce em Trancoso.
 1530 a 1540: Compõe suas trovas.
 1541: Julgado pelo Tribunal do Santo
Ofício, condenado com uma pena leve.
 Retorna a Trancoso onde vem a falecer
em 1556. - 1603:
 As trovas do Bandarra são impressas
pela primeira vez, em Paris, por obra de
D. João de Castro
 1644: As trovas são publicadas por
segunda vez, em Nantes.
 1809: As trovas são reeditadas em
Barcelona, por ocasião das Invasões
Francesas.

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Gonçalo annes bandarra

  • 1. Gonçalo annes BANDARRA Docente: Hildegarda calado Discente: Fábio Pacheco
  • 2. MENSAGEM  O Bandarra “Sonhava, anónimo e disperso, O Império por Deus mesmo visto, Confuso como o Universo E plebeu como Jesus Cristo. Não foi nem santo nem herói, Mas Deus sagrou com Seu sinal
  • 3. Gonçalo annes BANDARRA  Nascimento: 1500 – Trancoso  Morte: 1556 – Trancoso  Nacionalidade: Portuguesa  Profissões: Poeta, profeta, sapateiro.
  • 4. Quem foi ?  Gonçalo Annes Bandarra ou ainda, Gonçalo Anes, o Bandarra foi um sapateiro e profeta português, autor de Trovas messiânicas que ficaram posteriormente ligadas ao sebastianismo e ao milenarismo português.
  • 5. O Bandarra  Este sapateiro de profissão, católico, fervoroso leitor da Bíblia, numa altura em que o comum dos mortais a ela não tinha acesso por não se encontrar traduzida, foi perseguido pela inquisição e proibido de continuar as suas leituras da Bíblia. No entanto, importa introduzir, para quem não se recorda, o verdadeiro motivo da importância histórica do Bandarra.
  • 6. Mito  Enquanto mito de raiz popular, apoiado na crença da vinda de um salvador capaz de resgatar o país da crise e de catapultá-lo para renovada grandeza, o sebastianismo gera- se antes mesmo do nascimento de D. Sebastião, com as trovas messiânicas, da 1º metade do séc. XVI, de Gonçalo Anes, de alcunha Bandarra.  Estas trovas, escritas pelo sapateiro de Trancoso, constituíram uma autêntica bíblia do sebastianismo.  Com a catástrofe de Alcácer Quibir, a morte de D. Sebastião e a invasão espanhola, as trovas ganharam uma importância crescente e, num ápice, de condenadas ao esquecimento, passaram a bíblia nacional. Nelas encontravam os portugueses o que queriam realmente que acontecesse. Prometia-se a chegada do «bom rei encoberto», o predestinado que livraria Portugal da opressão Castelhana e lhe daria prosperidade, riqueza felicidade.
  • 7. Vida e obra  Era sapateiro de profissão e dedicou-se à divulgação em verso de profecias de cariz messiânico.  Tinha um bom conhecimento das escrituras do Antigo Testamento, do qual fazia as suas próprias interpretações, tendo composto uma série de "Trovas" falando sobre a vinda do Encoberto e o futuro de Portugal como reino universal. Por causa disso, foi acusado e processado pela Inquisição de Lisboa, desconfiada de que suas Trovas contivessem marcas de Judaísmo.
  • 8. Vida e Obra  Foi inquirido perante o tribunal, condenado a participar na procissão do auto-de-fé de 1541 e também a nunca mais interpretar a Bíblia ou escrever sobre assuntos da teologia.  Apesar da grande aceitação das suas Trovas entre os cristãos-novos, não se sabe ao certo se era ou não de ascendência judaica.  Após o julgamento voltou para Trancoso, onde viria a morrer, provavelmente, em 1556.
  • 9. TROVAS  As Trovas circularam em diversas cópias manuscritas, apesar da interdição do Santo Ofício. Em 1603, D. João de Castro (neto sebastianista do famoso Vice-Rei da Índia Portuguesa homónimo) editou-as e comentou-as numa obra impressa em Paris e intitulada "Paráfrase e Concordância de Algumas Profecias de Bandarra".  As Trovas foram interpretadas como uma profecia ao regresso do Rei D. Sebastião após o seu desaparecimento na Batalha de Alcácer-Quibir em Agosto de 1578.  As Trovas do Bandarra influenciaram o pensamento sebastianista e messiânico de D. João de Castro, Padre António Vieira, de Fernando Pessoa, entre outros.
  • 10. Resumo sobre Bandarra  Em 1500 nasce em Trancoso.  1530 a 1540: Compõe suas trovas.  1541: Julgado pelo Tribunal do Santo Ofício, condenado com uma pena leve.  Retorna a Trancoso onde vem a falecer em 1556. - 1603:  As trovas do Bandarra são impressas pela primeira vez, em Paris, por obra de D. João de Castro  1644: As trovas são publicadas por segunda vez, em Nantes.  1809: As trovas são reeditadas em Barcelona, por ocasião das Invasões Francesas.