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QUINHENTISMO BRASILEIRO
- Quando os portugueses
chegaram à Bahia, todas as
regiões brasileiras já eram
habitadas. A ocupação do
território aconteceu entre 12
mil e 16 mil anos antes,
segundo apontam, hoje,
vestígios em sítios
arqueológicos.
QUINHENTISMO BRASILEIRO
- Ainda assim, apenas quando
o Brasil é “descoberto”, em
1500, passa a ter uma
“existência real ” para o
restante da Europa.
- Nesse contexto, o marco
oficial da história da literatura
brasileira é a Carta a El-Rei
Dom Manuel sobre o
achamento do Brasil, de Pero
Vaz de Caminha. A literatura
ainda estava atrelada a
Portugal, e só se desvencilharia
muito tempo depois.
QUINHENTISMO BRASILEIRO
- Apesar das notícias
espetaculares que trazia, a
correspondência, depois de
lida por D. Manuel I, foi
confinada aos arquivos da
Torre do Tombo, em Lisboa,
por mais de três séculos, sem
que o público dela tomasse
conhecimento. Isso porque o
rei proibia a divulgação de
relatos de viagem, cartas
náuticas, documentos ou
mapas que revelassem a
localização das novas terras
encontradas pelos
navegadores portugueses.
QUINHENTISMO BRASILEIRO
- Graças à política de
sigilo da Coroa, a
população em geral
só teve conhecimento
da carta de Caminha
em 1817, quando
dela se publicou a
primeira versão
impressa.
LITERATURA INFORMATIVA
A carta de Caminha é uma das
principais manifestações daquilo
que ficou conhecida como
literatura de informação. Isso
porque os primeiros textos
“ brasileiros ” continham
informações dos viajantes e
missionários sobre a nova terra e
o homem brasileiro.
Esses documentos históricos
queriam informar sobre a
expansão marítima, as novas
terras, os povos descobertos.
Percebe-se também que esses
textos traduziam o
deslumbramento diante da
paisagem exótica e exuberante.
LITERATURA INFORMATIVA
A Carta de Pero Vaz de Caminha, descreve o
assombro do europeu diante da exuberância
das terras brasileiras.
LITERATURA INFORMATIVA
É importante ressaltar que “a chegada dos
europeus à América resultou numa das
maiores catástrofes demográficas da história
da humanidade. (...) Estima-se que, na época
da chegada de Cabral, houvesse entre 3
milhões e 4 milhões de indígenas no Brasil,
distribuídos em centenas de tribos. Três
séculos depois, em 1808, ano da chegada da
corte portuguesa de dom João ao Rio de
Janeiro, a população brasileira era ainda de
cerca de 3 milhões de habitantes, número
semelhante ao de 1500, mas a composição
havia se alterado drasticamente. A essa
altura, a maioria dos brasileiros era
constituída de brancos de ascendência
europeia ou de africanos e seus
descendentes. Os indígenas, por sua vez,
tinham sido vítimas de uma calamidade
demográfica: estavam reduzidos a cerca de
700 mil, aproximadamente 20% do seu
contingente original.”
LITERATURA INFORMATIVA
Em média, durante o
período colonial, o
Brasil exterminou 1
milhão de índios a cada
cem anos.
LITERATURA INFORMATIVA
Fatores que contribuíram para o
aniquilamento dos indígenas brasileiros:
- Guerras promovidas pelos colonos
portugueses;
- Captura para uso como mão de obra
escrava em trabalhos pesados aos quais
não estavam acostumados;
- Perda dos territórios que ocupavam
antes de 1500;
- Introdução (com a chegada dos
portugueses e dos escravos africanos)
de doenças até então desconhecidas
entre os indígenas: gripe, varíola,
sarampo, rubéola, lepra, tuberculose,
febre amarela, malária;
- Introdução de animais domésticos como
bois, cavalos, cabras, porcos, galinhas
ajudou na transmissão de germes e
vírus.
LITERATURA FORMATIVA
Os jesuítas vieram para o
Brasil, a partir de 1549, a fim
de difundir a fé. Todo seu
trabalho se voltou para a
catequese. Esses religiosos
da Companhia de Jesus
formavam uma classe de
intelectuais, que inicialmente
se dedicou à catequese dos
índios e, depois, ao ensino
em colégios espalhados por
várias regiões do Brasil.
Textos literários desse
período, poesia e teatro, com
linguagem simples visavam à
propagação da fé.
JOSÉ DE ANCHIETA
Um dos maiores
representantes da
literatura desse
período, nasceu em
1534, na Espanha. De
família abastada,
recebeu uma educação
bastante completa, que
incluía o estudo do
latim desde os 7 anos
de idade.
JOSÉ DE ANCHIETA
Chegando a Portugal,
em 1548, passa a
frequentar um dos
melhores colégios do
país, no qual aprende
grego e hebraico, por
exemplo. (Educação do
Renascimento –
penetrar nos textos da
Bíblia e da
Antiguidade).
JOSÉ DE ANCHIETA
Em 1551, ingressa na
Companhia de Jesus. Ser jesuíta
passou, com o tempo, a
significar ser professor ou ser
um homem de vasta cultura.
Eles seriam os homens mais
cultos, os maiores humanistas e
educadores de toda a Idade
Moderna. Donos dos melhores
colégios e universidades da
Europa, os mestres da
aristocracia, confessores de reis,
mas, também, evangelizadores
dos pobres e dos povos dos
novos continentes descobertos.
JOSÉ DE ANCHIETA
Em 1553, com 19 anos
de idade, chega ao
Brasil. Em 1554, junta-
se a outros jesuítas
para fundar um colégio
em São Paulo de
Piratininga e ali torna-
se professor de latim
de outros jesuítas.
Anchieta dizia sempre
que viera para o Brasil
por causa dos índios e a
eles deveria devotar-se
em primeiro lugar.
JOSÉ DE ANCHIETA
Com seu conhecimento
da língua indígena (tupi,
tupinambá), passou a
ouvir confissões dos
índios. Em 1555, esboça
uma gramática do Tupi,
usada como material
didático para novos
jesuítas. Além disso,
escreveu o Diálogo da Fé,
uma espécie de
catecismo para os
missionários
introduzirem os índios na
doutrina cristã. Neles
lemos orações e textos
em tupi, retirados da
Bíblia.
TEOLOGIA HÍBRIDA
Ao transpor para o tupi a mensagem cristã, Anchieta
realizava adaptações que faziam com que ele saísse da
teologia tradicional da Igreja e criasse um esfera simbólica
que não era nem a do índio nem a dos europeus. Ele criava
uma teologia híbrida, usando o nome de divindades
indígenas para significar o Deus cristão.
JOSÉ DE ANCHIETA
TUPÃ – FORÇA
CÓSMICA – TROVÃO –
DEUS
DESCONSTRUÇÃO
COLONIZADORA:
A poesia de Anchieta
vai atacar de frente
elementos da cultura
tradicional dos índios,
como a antropofagia
e a comunicação com
os mortos, além do
curandeirismo e do
transe, que eram
encarados como
demoníacos.
JOSÉ DE ANCHIETA
A obra de Anchieta
conta com poesias em
latim, português,
espanhol e tupi. Além de
uma gramática, hinos,
sermões, poemas épicos
e religiosos, autos e
peças teatrais. Ele é
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do teatro brasileiro.

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  • 1. QUINHENTISMO BRASILEIRO - Quando os portugueses chegaram à Bahia, todas as regiões brasileiras já eram habitadas. A ocupação do território aconteceu entre 12 mil e 16 mil anos antes, segundo apontam, hoje, vestígios em sítios arqueológicos.
  • 2. QUINHENTISMO BRASILEIRO - Ainda assim, apenas quando o Brasil é “descoberto”, em 1500, passa a ter uma “existência real ” para o restante da Europa. - Nesse contexto, o marco oficial da história da literatura brasileira é a Carta a El-Rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil, de Pero Vaz de Caminha. A literatura ainda estava atrelada a Portugal, e só se desvencilharia muito tempo depois.
  • 3. QUINHENTISMO BRASILEIRO - Apesar das notícias espetaculares que trazia, a correspondência, depois de lida por D. Manuel I, foi confinada aos arquivos da Torre do Tombo, em Lisboa, por mais de três séculos, sem que o público dela tomasse conhecimento. Isso porque o rei proibia a divulgação de relatos de viagem, cartas náuticas, documentos ou mapas que revelassem a localização das novas terras encontradas pelos navegadores portugueses.
  • 4. QUINHENTISMO BRASILEIRO - Graças à política de sigilo da Coroa, a população em geral só teve conhecimento da carta de Caminha em 1817, quando dela se publicou a primeira versão impressa.
  • 5. LITERATURA INFORMATIVA A carta de Caminha é uma das principais manifestações daquilo que ficou conhecida como literatura de informação. Isso porque os primeiros textos “ brasileiros ” continham informações dos viajantes e missionários sobre a nova terra e o homem brasileiro. Esses documentos históricos queriam informar sobre a expansão marítima, as novas terras, os povos descobertos. Percebe-se também que esses textos traduziam o deslumbramento diante da paisagem exótica e exuberante.
  • 6. LITERATURA INFORMATIVA A Carta de Pero Vaz de Caminha, descreve o assombro do europeu diante da exuberância das terras brasileiras.
  • 7. LITERATURA INFORMATIVA É importante ressaltar que “a chegada dos europeus à América resultou numa das maiores catástrofes demográficas da história da humanidade. (...) Estima-se que, na época da chegada de Cabral, houvesse entre 3 milhões e 4 milhões de indígenas no Brasil, distribuídos em centenas de tribos. Três séculos depois, em 1808, ano da chegada da corte portuguesa de dom João ao Rio de Janeiro, a população brasileira era ainda de cerca de 3 milhões de habitantes, número semelhante ao de 1500, mas a composição havia se alterado drasticamente. A essa altura, a maioria dos brasileiros era constituída de brancos de ascendência europeia ou de africanos e seus descendentes. Os indígenas, por sua vez, tinham sido vítimas de uma calamidade demográfica: estavam reduzidos a cerca de 700 mil, aproximadamente 20% do seu contingente original.”
  • 8. LITERATURA INFORMATIVA Em média, durante o período colonial, o Brasil exterminou 1 milhão de índios a cada cem anos.
  • 9. LITERATURA INFORMATIVA Fatores que contribuíram para o aniquilamento dos indígenas brasileiros: - Guerras promovidas pelos colonos portugueses; - Captura para uso como mão de obra escrava em trabalhos pesados aos quais não estavam acostumados; - Perda dos territórios que ocupavam antes de 1500; - Introdução (com a chegada dos portugueses e dos escravos africanos) de doenças até então desconhecidas entre os indígenas: gripe, varíola, sarampo, rubéola, lepra, tuberculose, febre amarela, malária; - Introdução de animais domésticos como bois, cavalos, cabras, porcos, galinhas ajudou na transmissão de germes e vírus.
  • 10. LITERATURA FORMATIVA Os jesuítas vieram para o Brasil, a partir de 1549, a fim de difundir a fé. Todo seu trabalho se voltou para a catequese. Esses religiosos da Companhia de Jesus formavam uma classe de intelectuais, que inicialmente se dedicou à catequese dos índios e, depois, ao ensino em colégios espalhados por várias regiões do Brasil. Textos literários desse período, poesia e teatro, com linguagem simples visavam à propagação da fé.
  • 11. JOSÉ DE ANCHIETA Um dos maiores representantes da literatura desse período, nasceu em 1534, na Espanha. De família abastada, recebeu uma educação bastante completa, que incluía o estudo do latim desde os 7 anos de idade.
  • 12. JOSÉ DE ANCHIETA Chegando a Portugal, em 1548, passa a frequentar um dos melhores colégios do país, no qual aprende grego e hebraico, por exemplo. (Educação do Renascimento – penetrar nos textos da Bíblia e da Antiguidade).
  • 13. JOSÉ DE ANCHIETA Em 1551, ingressa na Companhia de Jesus. Ser jesuíta passou, com o tempo, a significar ser professor ou ser um homem de vasta cultura. Eles seriam os homens mais cultos, os maiores humanistas e educadores de toda a Idade Moderna. Donos dos melhores colégios e universidades da Europa, os mestres da aristocracia, confessores de reis, mas, também, evangelizadores dos pobres e dos povos dos novos continentes descobertos.
  • 14. JOSÉ DE ANCHIETA Em 1553, com 19 anos de idade, chega ao Brasil. Em 1554, junta- se a outros jesuítas para fundar um colégio em São Paulo de Piratininga e ali torna- se professor de latim de outros jesuítas. Anchieta dizia sempre que viera para o Brasil por causa dos índios e a eles deveria devotar-se em primeiro lugar.
  • 15. JOSÉ DE ANCHIETA Com seu conhecimento da língua indígena (tupi, tupinambá), passou a ouvir confissões dos índios. Em 1555, esboça uma gramática do Tupi, usada como material didático para novos jesuítas. Além disso, escreveu o Diálogo da Fé, uma espécie de catecismo para os missionários introduzirem os índios na doutrina cristã. Neles lemos orações e textos em tupi, retirados da Bíblia.
  • 16. TEOLOGIA HÍBRIDA Ao transpor para o tupi a mensagem cristã, Anchieta realizava adaptações que faziam com que ele saísse da teologia tradicional da Igreja e criasse um esfera simbólica que não era nem a do índio nem a dos europeus. Ele criava uma teologia híbrida, usando o nome de divindades indígenas para significar o Deus cristão.
  • 17. JOSÉ DE ANCHIETA TUPÃ – FORÇA CÓSMICA – TROVÃO – DEUS DESCONSTRUÇÃO COLONIZADORA: A poesia de Anchieta vai atacar de frente elementos da cultura tradicional dos índios, como a antropofagia e a comunicação com os mortos, além do curandeirismo e do transe, que eram encarados como demoníacos.
  • 18. JOSÉ DE ANCHIETA A obra de Anchieta conta com poesias em latim, português, espanhol e tupi. Além de uma gramática, hinos, sermões, poemas épicos e religiosos, autos e peças teatrais. Ele é considerado o precursor do teatro brasileiro.