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CONDUTA DOS AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DIANTE DOS
CASOS DE VIOLÊNCIA FAMILIAR
• INTRODUÇÃO:
• A violência contra a mulher é fenômeno universal que atinge
todas as classes sociais, etnias, religiões e culturas, ocorrendo
em populações de diferentes níveis de desenvolvimento
econômico e social. Este tipo de violência é considerada
mesmo quando praticada fora do domicílio da vítima, quer
tenha sido ocasionado pelos pais biológicos ou por pessoas
que exerçam a função parental.
• ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO COMBATE À
VIOLÊNCIA.
• A Estratégia saúde da Família se apresenta como
uma nova maneira de trabalhar a saúde, tendo a
família como centro de atenção, facilitando a
aproximação e a criação de vínculos entre
profissionais e pessoa.
FORMAS DE VIOLÊNCIA
• Violência física
• Violência
psicológica
• Violência sexual
• Violência
patrimonial
• Violência moral
TIPOS DE VIOLÊNCIA
• Violência contra a mulher - é
qualquer conduta - ação ou
omissão - de discriminação,
agressão ou coerção,
ocasionada pelo simples fato de
a vítima ser mulher e que cause
dano, morte, constrangimento,
limitação, sofrimento físico,
sexual, moral, psicológico,
social, político ou econômico ou
perda patrimonial
DADOS NACIONAIS SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA AS
MULHERES
2014
• 43% das mulheres em situação de
violência sofrem agressões diariamente;
para 35%, a agressão é semanal. Esses
dados foram revelados no Balanço dos
atendimentos realizados em 2014 pela
Central de Atendimento à Mulher.
• Em 2014, do total de 52.957 denúncias de
violência contra a mulher, 27.369
corresponderam a denúncias de violência
física (51,68%), 16.846 de violência
psicológica (31,81%), 5.126 de violência
moral (9,68%), 1.028 de violência
patrimonial (1,94%), 1.517 de violência
sexual (2,86%), 931 de cárcere privado
(1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%).
• Em relação ao momento em que a violência
começou dentro do relacionamento,
os atendimentos de 2014 revelaram que os
episódios de violência acontecem desde o
início da relação (23,51%) ou de um até cinco
anos (23,28%).
• Dos atendimentos registrados em 2014, 80%
das vítimas tinham filhos, sendo que 64,35%
presenciavam a violência e 18,74% eram
vítimas diretas juntamente com as mães.
FEMINICÍDIO
• Entre 1980 e 2010 foram assassinadas mais de 92 mil mulheres no Brasil, 43,7 mil
somente na última década. Segundo o Mapa da Violência 2012 divulgado pelo
Instituto Sangari, o número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465,
que representa um aumento de 230%. Já o Mapa da Violência 2013: Homicídios e
Juventude no Brasil revela que, de 2001 a 2011, o índice de homicídios de mulheres
aumentou 17,2%, com a morte de mais de 48 mil brasileiras nesse período. Só em
2011 mais de 4,5 mil mulheres foram assassinadas no país.
• Já a Pesquisa Avaliando a Efetividade da Lei Maria da Penha (Ipea,
março/2015) apontou que a Lei nº 11.340/2004 fez diminuir em cerca de 10% a taxa
de homicídios contra mulheres praticados dentro das residências das vítimas, o que
“implica dizer que a LMP foi responsável por evitar milhares de casos de violência
doméstica no país”.
PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA
AS MULHERES
• Pesquisa realizada pelo Data Popular e
Instituto Patrícia Galvão revelou que
98% dos brasileiros conhecem, mesmo
de ouvir falar, a Lei Maria da Penha
e 86% acham que as mulheres
passaram a denunciar mais os casos
de violência doméstica após a Lei.
Para 70% dos entrevistados, a mulher
sofre mais violência dentro de casa do
que em espaços públicos.
• Segundo a última pesquisa
DataSenado sobre violência
doméstica e familiar (2015), uma
em cada cinco mulheres já foi
espancada pelo marido,
companheiro, namorado ou ex. E
100% das brasileiras conhecem a
Lei Maria da Penha.
SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES JOVENS DA
PERIFERIA
• Énois Inteligência Jovem realizou estudo, em parceria com os institutos
Vladimir Herzog e Patrícia Galvão, com mais de 2.300 mulheres de 14 a 24
anos, das classes C, D e E, que envolveu a aplicação de questionário online e
entrevistas em profundidade visando compreender como a violência contra
as mulheres e o machismo atingem as jovens de periferia. Os números
levantados pelo estudo mostram que 74% das entrevistadas afirmam ter
recebido um tratamento diferente em sua criação, por serem mulheres; 90%
dizem que deixaram de fazer alguma coisa por medo da violência, como
usar determinadas roupas e frequentar espaços públicos; e 77% acham que
o machismo afetou seu desenvolvimento.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NA VISÃO DO
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
• Revolta e raiva contra o agressor
• Revolta e raiva contra a mulher
agredida
• Compreensão e pena da mulher
violentada
• Sensação de alívio e impotência
• Desesperança e conformismo
• escuta e orientação sem
posicionamento
• vontade de ajudar a mulher
agredida
• vislumbrando soluções idealizadas.
VIOLÊNCIA FAMILIAR À MULHER: COMPORTAMENTO DOS
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
• Cada profissional (ACS) tem uma forma de encarar essas
situações, muitos orientam a vítima ir à delegacia,
Unidade Básica de Saúde ou até mesmo reagir que no
caso não é o indicado, mas por falta de treinamento ou
capacitação acabam falando ou até mesmo prejudicando
a si mesmo.
POSSIBILIDADES DA ABORDAGEM ÁS VÍTIMAS
• Na verdade como o Agente de Comunitário de Saúde não tem
apoio na Unidade Básica de Saúde, segurança pública, justiça.
Eles só fazem a assistência psicológica, nesse caso tentam
acalmar a vítima conversando, aconselhando e até mesmo
orientando ir a delegacia da mulher, CAV Crime (Centro de Apoio
ás Vítimas de Crime) para que possa ser acolhida, orientada e ter
assistência jurídica, psicológica e social.
LIMITAÇÕES DE SERVIÇOS
• Os cursos na área da saúde, não podem se isentar de discutir em
seus currículos a questão da violência, e situação presente na
sociedade, os gestores municipais e estatuais também têm o
papel decisivo nas organizações de redes integradas de
prestação de atendimento na capacitação de recursos humanos,
a violência contra a mulher deve ser vista como uma questão de
saúde pública que precisa de intervenções, ou seja de política
pública específica.
Conclusão

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Violência contra a mulher

  • 1. CONDUTA DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DIANTE DOS CASOS DE VIOLÊNCIA FAMILIAR
  • 2. • INTRODUÇÃO: • A violência contra a mulher é fenômeno universal que atinge todas as classes sociais, etnias, religiões e culturas, ocorrendo em populações de diferentes níveis de desenvolvimento econômico e social. Este tipo de violência é considerada mesmo quando praticada fora do domicílio da vítima, quer tenha sido ocasionado pelos pais biológicos ou por pessoas que exerçam a função parental.
  • 3. • ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO COMBATE À VIOLÊNCIA. • A Estratégia saúde da Família se apresenta como uma nova maneira de trabalhar a saúde, tendo a família como centro de atenção, facilitando a aproximação e a criação de vínculos entre profissionais e pessoa.
  • 4. FORMAS DE VIOLÊNCIA • Violência física • Violência psicológica • Violência sexual • Violência patrimonial • Violência moral
  • 5. TIPOS DE VIOLÊNCIA • Violência contra a mulher - é qualquer conduta - ação ou omissão - de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial
  • 6. DADOS NACIONAIS SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES 2014 • 43% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 35%, a agressão é semanal. Esses dados foram revelados no Balanço dos atendimentos realizados em 2014 pela Central de Atendimento à Mulher. • Em 2014, do total de 52.957 denúncias de violência contra a mulher, 27.369 corresponderam a denúncias de violência física (51,68%), 16.846 de violência psicológica (31,81%), 5.126 de violência moral (9,68%), 1.028 de violência patrimonial (1,94%), 1.517 de violência sexual (2,86%), 931 de cárcere privado (1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%). • Em relação ao momento em que a violência começou dentro do relacionamento, os atendimentos de 2014 revelaram que os episódios de violência acontecem desde o início da relação (23,51%) ou de um até cinco anos (23,28%). • Dos atendimentos registrados em 2014, 80% das vítimas tinham filhos, sendo que 64,35% presenciavam a violência e 18,74% eram vítimas diretas juntamente com as mães.
  • 7. FEMINICÍDIO • Entre 1980 e 2010 foram assassinadas mais de 92 mil mulheres no Brasil, 43,7 mil somente na última década. Segundo o Mapa da Violência 2012 divulgado pelo Instituto Sangari, o número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento de 230%. Já o Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil revela que, de 2001 a 2011, o índice de homicídios de mulheres aumentou 17,2%, com a morte de mais de 48 mil brasileiras nesse período. Só em 2011 mais de 4,5 mil mulheres foram assassinadas no país. • Já a Pesquisa Avaliando a Efetividade da Lei Maria da Penha (Ipea, março/2015) apontou que a Lei nº 11.340/2004 fez diminuir em cerca de 10% a taxa de homicídios contra mulheres praticados dentro das residências das vítimas, o que “implica dizer que a LMP foi responsável por evitar milhares de casos de violência doméstica no país”.
  • 8. PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES • Pesquisa realizada pelo Data Popular e Instituto Patrícia Galvão revelou que 98% dos brasileiros conhecem, mesmo de ouvir falar, a Lei Maria da Penha e 86% acham que as mulheres passaram a denunciar mais os casos de violência doméstica após a Lei. Para 70% dos entrevistados, a mulher sofre mais violência dentro de casa do que em espaços públicos. • Segundo a última pesquisa DataSenado sobre violência doméstica e familiar (2015), uma em cada cinco mulheres já foi espancada pelo marido, companheiro, namorado ou ex. E 100% das brasileiras conhecem a Lei Maria da Penha.
  • 9. SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES JOVENS DA PERIFERIA • Énois Inteligência Jovem realizou estudo, em parceria com os institutos Vladimir Herzog e Patrícia Galvão, com mais de 2.300 mulheres de 14 a 24 anos, das classes C, D e E, que envolveu a aplicação de questionário online e entrevistas em profundidade visando compreender como a violência contra as mulheres e o machismo atingem as jovens de periferia. Os números levantados pelo estudo mostram que 74% das entrevistadas afirmam ter recebido um tratamento diferente em sua criação, por serem mulheres; 90% dizem que deixaram de fazer alguma coisa por medo da violência, como usar determinadas roupas e frequentar espaços públicos; e 77% acham que o machismo afetou seu desenvolvimento.
  • 10. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NA VISÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE • Revolta e raiva contra o agressor • Revolta e raiva contra a mulher agredida • Compreensão e pena da mulher violentada • Sensação de alívio e impotência • Desesperança e conformismo • escuta e orientação sem posicionamento • vontade de ajudar a mulher agredida • vislumbrando soluções idealizadas.
  • 11. VIOLÊNCIA FAMILIAR À MULHER: COMPORTAMENTO DOS AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE • Cada profissional (ACS) tem uma forma de encarar essas situações, muitos orientam a vítima ir à delegacia, Unidade Básica de Saúde ou até mesmo reagir que no caso não é o indicado, mas por falta de treinamento ou capacitação acabam falando ou até mesmo prejudicando a si mesmo.
  • 12. POSSIBILIDADES DA ABORDAGEM ÁS VÍTIMAS • Na verdade como o Agente de Comunitário de Saúde não tem apoio na Unidade Básica de Saúde, segurança pública, justiça. Eles só fazem a assistência psicológica, nesse caso tentam acalmar a vítima conversando, aconselhando e até mesmo orientando ir a delegacia da mulher, CAV Crime (Centro de Apoio ás Vítimas de Crime) para que possa ser acolhida, orientada e ter assistência jurídica, psicológica e social.
  • 13. LIMITAÇÕES DE SERVIÇOS • Os cursos na área da saúde, não podem se isentar de discutir em seus currículos a questão da violência, e situação presente na sociedade, os gestores municipais e estatuais também têm o papel decisivo nas organizações de redes integradas de prestação de atendimento na capacitação de recursos humanos, a violência contra a mulher deve ser vista como uma questão de saúde pública que precisa de intervenções, ou seja de política pública específica.