2. Partindo de um capítulo do livro“Memórias
Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis,
intitulado “Parêntesis” (Cap. 119), que possui
algumas máximas do protagonista Brás Cubas COMO
além de outras que aparecem nesta e em outra
SURGIU A obra (“Quincas Borba”) do mesmo autor -,
IDEIA?
observamos a possibilidade de trabalhar um
olhar metafórico e subjetivo, tanto no campo da
A partir destas leituras, realizadas quanto nos da história e
literatura, é claro, com
alunos de um filosofia. do Ensino Médio,
3º ano
iniciou-se um trabalho interdisciplinar
(português, filosofia e história), a fim de
garantir várias leituras de uma obra
QUEM
atemporal e muito significativa da
PARTICIPOU?
literatura brasileira.
Despertar outras leituras– histórica e
filosófica – de uma obra já consagrada
pela literatura brasileira.
PARA QUE?
Desenvolver a consciência estética do real
3. Discentes do 3º ano do EM - por
elencar diversos temas necessários
e já trabalhados nos anos anteriores.
PARA QUEM?
Através da leitura da obra, analisar todos os
meandros pelos quais a condição humana
pode ser apresentada pelo autor. Através da
escrita, demonstrar capacidade para trabalhar
em equipe, criatividade, curiosidade e
capacidade de pensar múltiplas alternativas tendo Cubas como referência - sobre o
homem, sobre si mesmo e sobre o mundo.
Possibilitar construção de uma autonomia
reflexiva e argumentativa para elaboração de
O QUE
OBSERVAR?
4. metafóricas da obra “Memórias Póstumas
de Brás Cubas”, observando vocabulário,
estrutura narrativa, concepção psicológica
dos personagens e contexto históricofilosófico.
História: História desde o fim do
Primeiro Reinado até os dias atuais.
Filosofia: Filosofia Política, Filosofia e
O QUE
Literatura,
Morte,
Felicidade,
Determinismo, Existencialismo, Ética, ENCONTRAMOS?
Livro : Memórias Póstumas de Brás
Moral e Metafísica.
Cubas.
Livros Didáticos de Português/ Filosofia/
História.
Filme – Memórias Póstumas de Brás
Cubas, de André Klotzel (2001).
Software: Move Maker
Websites: Diversos, para recortes de
O QUE
imagens e frases.
6. MACHADO DE ASSIS
Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro,
RJ, 1839 – Rio de Janeiro, RJ, 1908).
De origem humilde (filho de uma lavadeira e um
pintor), Machado não conseguiu fazer estudos
regulares. Trabalhou como operário na Tipografia
Nacional. O ano de 1855 marca o início de sua
carreira literária, ocasião em que publicou um
soneto no Jornal dos Pobres. A partir daí, tornouse colaborador da imprensa da Corte. Tomou parte
da fundação da Academia Brasileira de Letras,
tendo sido aclamado seu primeiro presidente,
cargo que ocupou até a morte.
É o escritor mais importante da literatura brasileira
e um dos espíritos mais lúcidos de toda nossa
cultura. Criou entre nós o método universalizante,
que consiste em interpretar a condição humana a
7. MEMÓRIA PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
Nesta obra, Machado de Assis inventou um
defunto disposto a contar suas memórias, com a
cabeça agitada de lembranças e pensamentos.
Em estado eufórico por conta da morte, é um
narrador fofoqueiro arguto e contundente. Por
sua originalidade, é uma obra amplamente lida
e estudada, tanto na forma quanto no conteúdo.
O personagem Brás Cubas é o protagonista –
narrador. Ele desdenha tudo e confessa-se
leviano,
covarde,
preguiçoso,
sádico,
ganancioso, invejoso e maldoso.
Tais
confissões
formam,
no
conjunto,
uma
implacável
análise da existência, com
digressões em tom abusado, irônico e nada
convencional.
O romance começa com Brás contando sobre
8. CONTEXTO HISTÓRICO
A obra escrita na década de 1880 retrata o tempo
e os costumes da época, centralizando seus
relatos no contexto da História do Brasil do
Segundo Reinado.
Neste período, a sociedade brasileira vivenciava
algumas contradições, entre elas o desejo de
modernização em contraposição à utilização de
mão de obra escrava, a supervalorização da
cultura
europeia
em
detrimento
do
desenvolvimento da cultura da jovem nação e o
recrudescimento das desigualdades sociais. Estes
fatores contribuíram para o esfacelamento da
ordem política vigente – a monarquia – e abriu
caminhos para a implantação da República.
9. “Botas...as botas apertadas são uma das
maiores venturas da terra, porque, fazendo
doer os pés, dão azo ao prazer de as
descalçar.”
Personagem: Brás Cubas (vivo).
História: Fim do Primeiro Reinado e Início
do Período
Regencial.
Filósofo: George Berkeley.
“Não te irrites se te pagarem mal um
benefício: antes cair das nuvens, que de
um terceiro andar”
Personagens: Eugênia e Brás Cubas.
História: O golpe da maioridade.
Filósofo: Blaise Pascal
10. “Um cocheiro filósofo costumava dizer
que o gosto da carruagem seria
diminuto, se todos andassem de
carruagem.”
Personagens: Marcela e Brás Cubas.
História: Lei de Terras (1850).
Filósofo: Adam Smith.
“Crê em ti, mas nem sempre duvides dos
outros.”
Personagens: Lobo Neves e Brás Cubas
História: O império brasileiro entre tantas
repúblicas.
Filósofo: Michel Montaigne.
11. “Dessa terra e desse estrume é que
nasceu esta flor.”
Personagens: Pais e Brás Cubas
História:
Formação/Implantação
da
República.
Filósofo: Martin Heidegger.
“Não se compreende que um botocudo
fure o beiço para enfeitá-lo com pedaço de
pau. Esta reflexão é de um joalheiro.”
Personagens: Virgília e Brás Cubas
História: Imigração estrangeira para o
Brasil.
Filósofo: Nietzsche.
12. “Matamos o tempo, o tempo nos
enterra.”
Personagem: Brás Cubas e
Emplasto.
História: República da Espada.
Filósofo: Sêneca.
“Aos vencidos ódio e compaixão. Ao
vencedor as batatas..”
Personagem: Quincas e Brás Cubas.
História:
Os
movimentos
de
contestação da República Velha.
Filósofo: Augusto Comte.
o
13. “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma
criatura o legado da nossa miséria.”
Personagem: Brás Cubas morto.
História: Brasil nos dias atuais.
Filósofo: Sartre.