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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA
PROFª: ANDRÉA BEZERRA DE CASTRO
DISCIPLINA: ZOOLOGIA APLICADA

                                                  PROTOZOÁRIOS

Características Gerais
         Embora os protozoários, não sejam mais considerados animais, estando incluídos atualmente no Reino Protista,
ainda continuam sendo estudados na Zoologia.
Os protozoários são protistas eucariontes, não fotossintéticos, unicelulares. A maioria dos protozoários é de vida livre,
habitando mares, ambientes dulcícolas, águas salobras ou solos úmidos.
         Muitas espécies são zooparasitas que dependendo, do local onde parasitam são denominados: citoparasitos,
histoparasitos, hemoparasitos, enteroparasitos e mioparasitos. Os fitoparasitos são mais raros, vivendo, geralmente, na
seiva das plantas, como exemplo, temos representantes do gênero Phytomonas. A simbiose e o comensalismo são
frequentes. Existem formas coloniais.
         Se a teca for agregada pelo protozoário, é dita autófia, e se constituída por partículas do meio (tal como grãos
de areia e frustulas de diatomáceas) é dita xenófia.
Os principais organóides utilizados pelo protozoários para seu deslocamento, de acordo com sua forma e organização,
são os pseudópodes, os cílios e os flagelos. Os pseudópodes consistem em extensões de citoplasma circulante, que
podem servir também para a captura do alimento. Os cílios são processos microscópicos com forma de cabelo, preso a
uma superfície livre da célula; geralmente são numerosos, arranjados em fileiras e capazes de vibrar. Os flagelos são
extensões filiformes capazes de vibração e semelhantes a longos chicotes.
         A forma desses protistas pode ser fixa ou variável, no primeiro caso podem ser esféricos, ovalados, discoidais
ou fusiformes. Quase a totalidade dos protozoários é microscópica, por outro lado, existem espécies gigantescas, como
é o caso de Spirostomum que alcança até 3,0 mm de comprimento, contudo a maior espécie conhecida é o fóssil de
Numulites com 19cm de diâmetro. Em relação a cor a maioria é hialina. Os protozoários são encontrados em todas as
regiões do globo, mas predominam em ambientes tropicais e subtropicais.
         Algumas espécies podem apresentar organóides de sustentação e/ou proteção constituídos por escleroproteínas,
carbonato de cálcio, silício ou de sulfato de estrôncio denominados de tecas, lóricas ou carapaças.

Relação dos protozoários com a agricultura
        Os protozoários estão relacionados a agricultura sob dois aspectos: como patógenos de pragas, sendo úteis em
programas de controle biológico ou como patógenos de plantas, causando prejuízos expressivos ao produtor.


Importância como Agentes de Controle Biológico
         O controle biológico utilizando protozoários ocorre principalmente através da contaminação oral do
hospedeiro, ou seja, o protozoário necessita ser ingerido para iniciar o processo da doença. Outra forma é através dos
ovos e transovariana. Existem relatos da transmissão por parasitas e predadores.
         O inóculo é, geralmente, representado por esporos, cistos ou outra fase do desenvolvimento do protozoário.
         Na tabela a seguir encontramos os principais gêneros de protozoários patogênicos as pragas:

Importância como Fïtopatógenos
         Os protozoários de interesse fitopatológico são incluídos no filo Mastigophora, Classe Zoomastigophorasida,
ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae, gênero Phytomonas.
         São referidos como parasitas de mais de uma centena de espécies vegetais, pertencentes às famílias:
Euphorbiaceae, Asclepiadaceae, Apocinaceae, Moraceae, Rubiaceae, Palmae, Leguminosae, Solanaceae, Sapotacea e
Compositaeae.
         No Brasil estão associados principalmente a palmaceas como: coqueiro (Cocos nucifera); dendezeiro
(Roystonea regional), piaçava (Attala funnifera); palmeira-maripa (Maximiliana maripa) e palmeira rabo-de-peixe anã
(Carioyota mites), nas quais causam a doença denominada de murcha de Phytomonas, sendo importante do ponto de
vista econômico por provocar a morte das plantas.
         São protozoários com predomínio da forma promastigota, medindo de 12 a 20 mm de comprimento por 1,5
mm de largura. São fusiformes e torcidos duas e três vezes em relação ao eixo longitudinal do corpo, o qual apresenta
na região anterior, um flagelo variando de 10 a 15 um, que permite a mobilidade do protozoário.
         Os sintomas apresentados por plantas infestadas por Phytomonas são variáveis conforme o hospedeiro e
localização do flagelado na planta. Quando o protozoário localiza-se nos tubos de látex, o sintoma característico é o
amarelecimento, deformação, seca e queda das folhas, sendo raramente constatados, podendo nestes casos causar
subdesenvolvimento, declínio e morte.
         No interior do floema do cafeeiro, Phytomonas leptorosorum provoca o amarelecimento e queda das folhas
mais velhas, palidez, amarelecimento e queda de folhas novas, morte da planta após três a doze meses dos primeiros
sintomas.
Em palmaceas verifica-se murcha, amarelecimento e escurecimento da folha: podridão do broto apical; necrose
das inflorescências e raízes, e por fim a morte da planta.
         Já plantas de mandioca apresentam clorose generalizada, subdesenvolvimento, além da ocorrência de raízes
delgadas, em pequeno número, sendo este sintoma conhecido chocheamento de raízes. Estes protozoários são
transmitidos de uma planta para outra por percevejos. cigarras e cigarrinhas.
         Uma das maneiras de se prevenir da doença consiste em eliminar as plantas daninhas, as folhas mais velhas e
as bainhas mortas, as quais podem abrigar os insetos vetores. O controle químico do vetor é fundamental para
diminuição da incidência da doença.
         Para o protozoário não existe ainda controle químico eficiente, embora alguns produtos já tenham sido
constados eficazes in vitro, como a ciclohexemida, mas ao serem testados in vivo mostraram fitotoxicidade para o
coqueiro.
         Algumas espécies e híbridos de coqueiro e dendezeiro parecem menos suscetíveis a Phytomonas, todavia
carecem de maiores estudos.
Principais gêneros de protozoários patogênicos
FILOS                                            ORDENS                                                  GÊNEROS           HOSPEDEIROS
SARCOMASTIGOPHORA                                KINETOPLASTIDA - 1 ou 2 flagelos                        Blastocrithidia   Diversos
Núcleo simples, exceto em Foraminiferidae,       AMOEBIDA                                                Malpighamoeba     Abelhas
locomoção por flagelos, pseudópodes ou           Tipicamente unicelulares, mitocondrias                  Malamoeba         Ortópteros
ambos.                                                                                                   Dobelina          Dípteros
                                                 EUGREGARINIDA                                           Gregarina         Diversos
APICOMPLEXA                                      Merogania ausente, gametogonia e esporogonia presente
Complexo apical só visível ao microscópio        NEOGREGARINIDA                                          Mattesia          Coleópteros e Lepdópteros
eletrônico, cílios ausentes, reprodução por      Merogonia dentro de tubos de Malpighi, intestino,
singamia, todos parasitos.                       hemocele ou tecido adiposo
                                                 EUCOCCIDIDA                                             Adelina           Coleópteros
                                                 Merogonia presente
                                                 MINISPORIDA                                             Chytridiopis      Coleópteros
MICROSPORA                                       Tendência geral para o desenvolvimento mínimo de        Hessea            Dípteros
Esporos unicelulares com filamento polar,        organelas acessórias de esporos
parede não perfurada contendo esporoplasma       MICROSPORIDA                                            Burunella         Formigas
uni ou binucleado, com aparelho de extrusão.     Tendência ao máximo desenvolvimento e especialização    Chytridiopis      Coleópteros
                                                 variada de organelas acessórias de esporos              Duboscquia        Dípteros e Isópteros
                                                                                                         Gurleya           Diversos
                                                                                                         Nasema            Diversos
                                                                                                         Octosporea        Dípteros, Hemípteros e Lepdópteros
                                                                                                         Pleistophora      Lepdópteros
                                                                                                         Telomyxa          Coleópteros
                                                                                                         Teloahania        Lepdópteros e Ortópteros
                                                                                                         Taxoglugea        Ortópteros
                                                                                                         Vairimorfa        Coleópteros e Dípteros
CILIOPHORA                                       HYMENOSTOMATIDA                                         Tetrahymena       Dípteros
Organelas representadas por cílios curtos e      Cavidade bucal bem definida contendo membranelas com
contráteis, geralmente 2 tipos de núcleo.        base infraciliar com 3 a 4 filas de quinetosomas
                                                 espaçadas
As principais características do inseto doente e da doença causada por protozoário são as seguintes:
a) desenvolvimento retardado,
b) deformação nos apêndices, pupação anormal,
c) dificuldades no movimento e falta de apetite,
d) secreção anal esbranquiçada,
e) cutícula transparente com áreas branco-opacas ou com presença de pontos escuros,
í) os protozoários formam esporos ou cistos resistentes que conseguem sobreviver em ambientes desfavoráveis,
g) as epizootias* são limitadas a pequenas áreas (focos)
h) os protozoários atuam lentamente sobre a população de insetos, podendo torná-la suscetível a viroses,
i) podem ser disseminados pêlos ovos, o que facilita o desenvolvimento das epizootias, podendo ser utilizados em
colonização,
j) dificilmente são empregados com inseticidas microbianos em grandes áreas devido à dificuldade de multiplicação,
sendo a maioria parasites obrigatórios.

* epizootia = doença que ataca numerosos animais ao mesmo tempo em um mesmo lugar

Importância como Fïtopatógenos
       Os protozoários de interesse fitopatológico são incluídos no filo Mastigophora,
Classe Zoomastigophorasida, ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae, gênero
Phytomonas.
       São referidos como parasitas de mais de uma centena de espécies vegetais,
pertencentes às famílias: Euphorbiaceae, Asclepiadaceae, Apocinaceae, Moraceae,
Rubiaceae, Palmae, Leguminosae, Solanaceae, Sapotacea e Compositaeae.
       No Brasil estão associados principalmente a palmaceas como: coqueiro (Cocos
nucifera); dendezeiro (Roystonea regional), piaçava (Attala funnifera); palmeira-
maripa (Maximiliana maripa) e palmeira rabo-de-peixe anã (Carioyota mites), nas quais
causam a doença denominada de murcha de Phytomonas, sendo importante do ponto de
vista econômico por provocar a morte das plantas.
       São protozoários com predomínio da forma promastigota, medindo de 12 a 20
mm de comprimento por 1,5 mm de largura. São fusiformes e torcidos duas e três
vezes em relação ao eixo longitudinal do corpo, o qual apresenta na região anterior, um
flagelo variando de 10 a 15 um, que permite a mobilidade do protozoário.
       Os sintomas apresentados por plantas infestadas por Phytomonas são variáveis
conforme o hospedeiro e localização do flagelado na planta. Quando o protozoário
localiza-se nos tubos de látex, o sintoma característico é o amarelecimento,
deformação, seca e queda das folhas, sendo raramente constatados, podendo nestes
casos causar subdesenvolvimento, declínio e morte.
       No interior do floema do cafeeiro, Phytomonas leptorosorum provoca o
amarelecimento e queda das folhas mais velhas, palidez, amarelecimento e queda de
folhas novas, morte da planta após três a doze meses dos primeiros sintomas.
       Em palmaceas verifica-se murcha, amarelecimento e escurecimento da folha:
podridão do broto apical; necrose das inflorescências e raízes, e por fim a morte da
planta.
       Já plantas de mandioca apresentam clorose generalizada, subdesenvolvimento,
além da ocorrência de raízes delgadas, em pequeno número, sendo este sintoma
conhecido chocheamento de raízes. Estes protozoários são transmitidos de uma planta
para outra por percevejos. cigarras e cigarrinhas.
Uma das maneiras de se prevenir da doença consiste em eliminar as plantas
daninhas, as folhas mais velhas e as bainhas mortas, as quais podem abrigar os insetos
vetores. O controle químico do vetor é fundamental para diminuição da incidência da
doença.
      Para o protozoário não existe ainda controle químico eficiente, embora alguns
produtos já tenham sido constados eficazes in vitro, como a ciclohexemida, mas ao
serem testados in vivo mostraram fitotoxicidade para o coqueiro.
      Algumas espécies e híbridos de coqueiro e dendezeiro parecem menos
suscetíveis a Phytomonas, todavia carecem de maiores estudos.

      Famílias

Euphorbiaceae

Acalypha hispida                 Acalifa-macarrão
Acalypha reptans                 Rabo-de-gato
Acalypha wilkesiana              Crista-de-peru
Codiaeum variegatum              Cróton
Euphorbia cotinifolia            Leiteiro-vermelho
Euphorbia fulgens                Chiquita-bacana
Euphorbia ingens                 Cacto-candelabro
Euphorbia leucocephala           Cabeleira-de-velho
Euphorbia milii                  Colchão-de-noiva
Euphorbia pulcherrima            Poinsétia
Pedilanthus tithymaloides        Sapatinho-do-diabo

Asclepiadaceae
Asclepias physocarpa             Flor-borboleta
Ceropegia woodii                 Corações-emaranhados
Stapelia hirsuta                 Flor-estrela
Stephanotis floribunda           Jasmim-de-madagascar

Apocynaceae
Adenium obesum                   Rosa-do-deserto
Allamanda blanchetti             Alamanda-roxa
Allamanda cathartica             Alamanda
Allamanda polyantha              Alamanda-de-cerca
Catharanthus roseus              Vinca
Hoya carnosa                     Flor-de-cera
Mandevilla splendens             Dipladênia
Nerium oleander                  Espirradeira
Plumeria rubra                   Jasmim-manga
Thevetia peruviana               Chapéu-de-napoleão
Vinca major                      Vinca-pendente
Moraceae
Artocarpus altilis                   Fruta-pão
Ficus auriculata                     Figueira-de-jardim
Ficus benjamina                      Ficus
Ficus pumila                         Unha-de-gato
Morus nigra                          Amoreira-negra


Rubiaceae

Gardenia jasminoides                 Gardênia
Ixora chinensis                      Ixora-chinesa
Ixora coccinea                       Ixora
Mussaenda alicia                     Mussaenda-rosa
Mussaenda erythrophylla              Mussaenda-vermelha
Mussaenda philippica                 Mussaenda-branca
Pentas lanceolata                    Estrela-do-egito

Solanaceae
Brugmansia suaveolens                Trombeteiro
Brunfelsia uniflora                  Manacá-de-cheiro
Capsicum sp                          Pimenta
Cestrum nocturnum                    Dama-da-noite
Petunia integrifolia                 Petúnia-perene
Petunia x hybrida                    Petúnia-comum
Physalis sp                             Fisalis
Solanum lycopersicum                    Tomate
Solanum mammosum                        Teta-de-vaca
Solanum melongena                       Berinjela



MÉTODOS DE FIXAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE PROTOZOÁRIOS
      Os protozoários, não marinhos podem ser fixados em Bouin ou solução de
Noland's, que serve como fixador e corante.

Bouin
- ácido pícrico (solução saturada)                   15 partes
- formalina                                          5 partes
- ácido acético glacial                              1 parte

Solução de Noland"s
- solução saturada aquosa de fenol                   80mS
- formalina                                          20ml
- glicerina                                         04ml
- violeta de genciana                               20me
       Misturar com 1 ml de água antes de adicionar os outros ingredientes. Uma gota
de reagente deve ser misturada com uma gota da cultura antes de cobrir com a
lamínula.
       Outros corantes podem ser utilizados, tais como:
       Azul de metileno: coloca-se uma gota sobre uma lâmina, deixa-se secar e
posteriormente colocar uma gota da cultura.
       Verde metil acidulado a 0,1% em ácido acético, visando corar o núcleo.
       Carmim em pó: coloca-se uma pitada sobre a lâmina e posteriormente uma gota
da cultura. Visando uma melhor observação do vacúolo digestivo.
       Solução de lugol: coloca-se uma gota sobre a lâmina e depois uma da cultura.
Serve para a visualização de cílios e flagelos.
       Para diminuir os movimentos a fim de facilitar a observação de protozoários,
pode-se utilizar alguns narcóticos, como o açúcar, o álcool isopropílico e ágar a 0,l %.
       Ás vezes, fibras de algodão podem diminuir o rápido movimento dos
protozoários, funcionando como um obstáculo ou rede.

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Apostila protozo+ürios floresta

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA PROFª: ANDRÉA BEZERRA DE CASTRO DISCIPLINA: ZOOLOGIA APLICADA PROTOZOÁRIOS Características Gerais Embora os protozoários, não sejam mais considerados animais, estando incluídos atualmente no Reino Protista, ainda continuam sendo estudados na Zoologia. Os protozoários são protistas eucariontes, não fotossintéticos, unicelulares. A maioria dos protozoários é de vida livre, habitando mares, ambientes dulcícolas, águas salobras ou solos úmidos. Muitas espécies são zooparasitas que dependendo, do local onde parasitam são denominados: citoparasitos, histoparasitos, hemoparasitos, enteroparasitos e mioparasitos. Os fitoparasitos são mais raros, vivendo, geralmente, na seiva das plantas, como exemplo, temos representantes do gênero Phytomonas. A simbiose e o comensalismo são frequentes. Existem formas coloniais. Se a teca for agregada pelo protozoário, é dita autófia, e se constituída por partículas do meio (tal como grãos de areia e frustulas de diatomáceas) é dita xenófia. Os principais organóides utilizados pelo protozoários para seu deslocamento, de acordo com sua forma e organização, são os pseudópodes, os cílios e os flagelos. Os pseudópodes consistem em extensões de citoplasma circulante, que podem servir também para a captura do alimento. Os cílios são processos microscópicos com forma de cabelo, preso a uma superfície livre da célula; geralmente são numerosos, arranjados em fileiras e capazes de vibrar. Os flagelos são extensões filiformes capazes de vibração e semelhantes a longos chicotes. A forma desses protistas pode ser fixa ou variável, no primeiro caso podem ser esféricos, ovalados, discoidais ou fusiformes. Quase a totalidade dos protozoários é microscópica, por outro lado, existem espécies gigantescas, como é o caso de Spirostomum que alcança até 3,0 mm de comprimento, contudo a maior espécie conhecida é o fóssil de Numulites com 19cm de diâmetro. Em relação a cor a maioria é hialina. Os protozoários são encontrados em todas as regiões do globo, mas predominam em ambientes tropicais e subtropicais. Algumas espécies podem apresentar organóides de sustentação e/ou proteção constituídos por escleroproteínas, carbonato de cálcio, silício ou de sulfato de estrôncio denominados de tecas, lóricas ou carapaças. Relação dos protozoários com a agricultura Os protozoários estão relacionados a agricultura sob dois aspectos: como patógenos de pragas, sendo úteis em programas de controle biológico ou como patógenos de plantas, causando prejuízos expressivos ao produtor. Importância como Agentes de Controle Biológico O controle biológico utilizando protozoários ocorre principalmente através da contaminação oral do hospedeiro, ou seja, o protozoário necessita ser ingerido para iniciar o processo da doença. Outra forma é através dos ovos e transovariana. Existem relatos da transmissão por parasitas e predadores. O inóculo é, geralmente, representado por esporos, cistos ou outra fase do desenvolvimento do protozoário. Na tabela a seguir encontramos os principais gêneros de protozoários patogênicos as pragas: Importância como Fïtopatógenos Os protozoários de interesse fitopatológico são incluídos no filo Mastigophora, Classe Zoomastigophorasida, ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae, gênero Phytomonas. São referidos como parasitas de mais de uma centena de espécies vegetais, pertencentes às famílias: Euphorbiaceae, Asclepiadaceae, Apocinaceae, Moraceae, Rubiaceae, Palmae, Leguminosae, Solanaceae, Sapotacea e Compositaeae. No Brasil estão associados principalmente a palmaceas como: coqueiro (Cocos nucifera); dendezeiro (Roystonea regional), piaçava (Attala funnifera); palmeira-maripa (Maximiliana maripa) e palmeira rabo-de-peixe anã (Carioyota mites), nas quais causam a doença denominada de murcha de Phytomonas, sendo importante do ponto de vista econômico por provocar a morte das plantas. São protozoários com predomínio da forma promastigota, medindo de 12 a 20 mm de comprimento por 1,5 mm de largura. São fusiformes e torcidos duas e três vezes em relação ao eixo longitudinal do corpo, o qual apresenta na região anterior, um flagelo variando de 10 a 15 um, que permite a mobilidade do protozoário. Os sintomas apresentados por plantas infestadas por Phytomonas são variáveis conforme o hospedeiro e localização do flagelado na planta. Quando o protozoário localiza-se nos tubos de látex, o sintoma característico é o amarelecimento, deformação, seca e queda das folhas, sendo raramente constatados, podendo nestes casos causar subdesenvolvimento, declínio e morte. No interior do floema do cafeeiro, Phytomonas leptorosorum provoca o amarelecimento e queda das folhas mais velhas, palidez, amarelecimento e queda de folhas novas, morte da planta após três a doze meses dos primeiros sintomas.
  • 2. Em palmaceas verifica-se murcha, amarelecimento e escurecimento da folha: podridão do broto apical; necrose das inflorescências e raízes, e por fim a morte da planta. Já plantas de mandioca apresentam clorose generalizada, subdesenvolvimento, além da ocorrência de raízes delgadas, em pequeno número, sendo este sintoma conhecido chocheamento de raízes. Estes protozoários são transmitidos de uma planta para outra por percevejos. cigarras e cigarrinhas. Uma das maneiras de se prevenir da doença consiste em eliminar as plantas daninhas, as folhas mais velhas e as bainhas mortas, as quais podem abrigar os insetos vetores. O controle químico do vetor é fundamental para diminuição da incidência da doença. Para o protozoário não existe ainda controle químico eficiente, embora alguns produtos já tenham sido constados eficazes in vitro, como a ciclohexemida, mas ao serem testados in vivo mostraram fitotoxicidade para o coqueiro. Algumas espécies e híbridos de coqueiro e dendezeiro parecem menos suscetíveis a Phytomonas, todavia carecem de maiores estudos.
  • 3. Principais gêneros de protozoários patogênicos FILOS ORDENS GÊNEROS HOSPEDEIROS SARCOMASTIGOPHORA KINETOPLASTIDA - 1 ou 2 flagelos Blastocrithidia Diversos Núcleo simples, exceto em Foraminiferidae, AMOEBIDA Malpighamoeba Abelhas locomoção por flagelos, pseudópodes ou Tipicamente unicelulares, mitocondrias Malamoeba Ortópteros ambos. Dobelina Dípteros EUGREGARINIDA Gregarina Diversos APICOMPLEXA Merogania ausente, gametogonia e esporogonia presente Complexo apical só visível ao microscópio NEOGREGARINIDA Mattesia Coleópteros e Lepdópteros eletrônico, cílios ausentes, reprodução por Merogonia dentro de tubos de Malpighi, intestino, singamia, todos parasitos. hemocele ou tecido adiposo EUCOCCIDIDA Adelina Coleópteros Merogonia presente MINISPORIDA Chytridiopis Coleópteros MICROSPORA Tendência geral para o desenvolvimento mínimo de Hessea Dípteros Esporos unicelulares com filamento polar, organelas acessórias de esporos parede não perfurada contendo esporoplasma MICROSPORIDA Burunella Formigas uni ou binucleado, com aparelho de extrusão. Tendência ao máximo desenvolvimento e especialização Chytridiopis Coleópteros variada de organelas acessórias de esporos Duboscquia Dípteros e Isópteros Gurleya Diversos Nasema Diversos Octosporea Dípteros, Hemípteros e Lepdópteros Pleistophora Lepdópteros Telomyxa Coleópteros Teloahania Lepdópteros e Ortópteros Taxoglugea Ortópteros Vairimorfa Coleópteros e Dípteros CILIOPHORA HYMENOSTOMATIDA Tetrahymena Dípteros Organelas representadas por cílios curtos e Cavidade bucal bem definida contendo membranelas com contráteis, geralmente 2 tipos de núcleo. base infraciliar com 3 a 4 filas de quinetosomas espaçadas
  • 4. As principais características do inseto doente e da doença causada por protozoário são as seguintes: a) desenvolvimento retardado, b) deformação nos apêndices, pupação anormal, c) dificuldades no movimento e falta de apetite, d) secreção anal esbranquiçada, e) cutícula transparente com áreas branco-opacas ou com presença de pontos escuros, í) os protozoários formam esporos ou cistos resistentes que conseguem sobreviver em ambientes desfavoráveis, g) as epizootias* são limitadas a pequenas áreas (focos) h) os protozoários atuam lentamente sobre a população de insetos, podendo torná-la suscetível a viroses, i) podem ser disseminados pêlos ovos, o que facilita o desenvolvimento das epizootias, podendo ser utilizados em colonização, j) dificilmente são empregados com inseticidas microbianos em grandes áreas devido à dificuldade de multiplicação, sendo a maioria parasites obrigatórios. * epizootia = doença que ataca numerosos animais ao mesmo tempo em um mesmo lugar Importância como Fïtopatógenos Os protozoários de interesse fitopatológico são incluídos no filo Mastigophora, Classe Zoomastigophorasida, ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae, gênero Phytomonas. São referidos como parasitas de mais de uma centena de espécies vegetais, pertencentes às famílias: Euphorbiaceae, Asclepiadaceae, Apocinaceae, Moraceae, Rubiaceae, Palmae, Leguminosae, Solanaceae, Sapotacea e Compositaeae. No Brasil estão associados principalmente a palmaceas como: coqueiro (Cocos nucifera); dendezeiro (Roystonea regional), piaçava (Attala funnifera); palmeira- maripa (Maximiliana maripa) e palmeira rabo-de-peixe anã (Carioyota mites), nas quais causam a doença denominada de murcha de Phytomonas, sendo importante do ponto de vista econômico por provocar a morte das plantas. São protozoários com predomínio da forma promastigota, medindo de 12 a 20 mm de comprimento por 1,5 mm de largura. São fusiformes e torcidos duas e três vezes em relação ao eixo longitudinal do corpo, o qual apresenta na região anterior, um flagelo variando de 10 a 15 um, que permite a mobilidade do protozoário. Os sintomas apresentados por plantas infestadas por Phytomonas são variáveis conforme o hospedeiro e localização do flagelado na planta. Quando o protozoário localiza-se nos tubos de látex, o sintoma característico é o amarelecimento, deformação, seca e queda das folhas, sendo raramente constatados, podendo nestes casos causar subdesenvolvimento, declínio e morte. No interior do floema do cafeeiro, Phytomonas leptorosorum provoca o amarelecimento e queda das folhas mais velhas, palidez, amarelecimento e queda de folhas novas, morte da planta após três a doze meses dos primeiros sintomas. Em palmaceas verifica-se murcha, amarelecimento e escurecimento da folha: podridão do broto apical; necrose das inflorescências e raízes, e por fim a morte da planta. Já plantas de mandioca apresentam clorose generalizada, subdesenvolvimento, além da ocorrência de raízes delgadas, em pequeno número, sendo este sintoma conhecido chocheamento de raízes. Estes protozoários são transmitidos de uma planta para outra por percevejos. cigarras e cigarrinhas.
  • 5. Uma das maneiras de se prevenir da doença consiste em eliminar as plantas daninhas, as folhas mais velhas e as bainhas mortas, as quais podem abrigar os insetos vetores. O controle químico do vetor é fundamental para diminuição da incidência da doença. Para o protozoário não existe ainda controle químico eficiente, embora alguns produtos já tenham sido constados eficazes in vitro, como a ciclohexemida, mas ao serem testados in vivo mostraram fitotoxicidade para o coqueiro. Algumas espécies e híbridos de coqueiro e dendezeiro parecem menos suscetíveis a Phytomonas, todavia carecem de maiores estudos. Famílias Euphorbiaceae Acalypha hispida Acalifa-macarrão Acalypha reptans Rabo-de-gato Acalypha wilkesiana Crista-de-peru Codiaeum variegatum Cróton Euphorbia cotinifolia Leiteiro-vermelho Euphorbia fulgens Chiquita-bacana Euphorbia ingens Cacto-candelabro Euphorbia leucocephala Cabeleira-de-velho Euphorbia milii Colchão-de-noiva Euphorbia pulcherrima Poinsétia Pedilanthus tithymaloides Sapatinho-do-diabo Asclepiadaceae Asclepias physocarpa Flor-borboleta Ceropegia woodii Corações-emaranhados Stapelia hirsuta Flor-estrela Stephanotis floribunda Jasmim-de-madagascar Apocynaceae Adenium obesum Rosa-do-deserto Allamanda blanchetti Alamanda-roxa Allamanda cathartica Alamanda Allamanda polyantha Alamanda-de-cerca Catharanthus roseus Vinca Hoya carnosa Flor-de-cera Mandevilla splendens Dipladênia Nerium oleander Espirradeira Plumeria rubra Jasmim-manga Thevetia peruviana Chapéu-de-napoleão Vinca major Vinca-pendente
  • 6. Moraceae Artocarpus altilis Fruta-pão Ficus auriculata Figueira-de-jardim Ficus benjamina Ficus Ficus pumila Unha-de-gato Morus nigra Amoreira-negra Rubiaceae Gardenia jasminoides Gardênia Ixora chinensis Ixora-chinesa Ixora coccinea Ixora Mussaenda alicia Mussaenda-rosa Mussaenda erythrophylla Mussaenda-vermelha Mussaenda philippica Mussaenda-branca Pentas lanceolata Estrela-do-egito Solanaceae Brugmansia suaveolens Trombeteiro Brunfelsia uniflora Manacá-de-cheiro Capsicum sp Pimenta Cestrum nocturnum Dama-da-noite Petunia integrifolia Petúnia-perene Petunia x hybrida Petúnia-comum Physalis sp Fisalis Solanum lycopersicum Tomate Solanum mammosum Teta-de-vaca Solanum melongena Berinjela MÉTODOS DE FIXAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE PROTOZOÁRIOS Os protozoários, não marinhos podem ser fixados em Bouin ou solução de Noland's, que serve como fixador e corante. Bouin - ácido pícrico (solução saturada) 15 partes - formalina 5 partes - ácido acético glacial 1 parte Solução de Noland"s - solução saturada aquosa de fenol 80mS - formalina 20ml
  • 7. - glicerina 04ml - violeta de genciana 20me Misturar com 1 ml de água antes de adicionar os outros ingredientes. Uma gota de reagente deve ser misturada com uma gota da cultura antes de cobrir com a lamínula. Outros corantes podem ser utilizados, tais como: Azul de metileno: coloca-se uma gota sobre uma lâmina, deixa-se secar e posteriormente colocar uma gota da cultura. Verde metil acidulado a 0,1% em ácido acético, visando corar o núcleo. Carmim em pó: coloca-se uma pitada sobre a lâmina e posteriormente uma gota da cultura. Visando uma melhor observação do vacúolo digestivo. Solução de lugol: coloca-se uma gota sobre a lâmina e depois uma da cultura. Serve para a visualização de cílios e flagelos. Para diminuir os movimentos a fim de facilitar a observação de protozoários, pode-se utilizar alguns narcóticos, como o açúcar, o álcool isopropílico e ágar a 0,l %. Ás vezes, fibras de algodão podem diminuir o rápido movimento dos protozoários, funcionando como um obstáculo ou rede.