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1
 Conceito
 Função de probabilidade e função de distribuição
 Valor esperado e variância
Variáveis aleatórias discretas
 Binomial
 Hipergeométrica
 Poisson
Distribuições de probabilidade
Profª Lisiane Selau
2
Experimento aleatório: Lançamento de uma moeda honesta
três vezes e observação das faces que ocorrem.
#S = 2 x 2 x 2 = 23 = 8
c
k
c
k
c
k
c
k
c
k
c
k
c
k
→ ccc
→ cck
→ ckc
→ ckk
→ kcc
→ kck
→ kkc
→ kkk
Variáveis aleatórias
S = {ccc, cck , ckc , kcc , kkc , kck , ckk , kkk}
 Ferramental matemático se amplia consideravelmente se
o espaço amostral for numérico
Diagrama
em árvore
Profª Lisiane Selau
3
Experimento aleatório: Lançamento de uma moeda honesta
três vezes e observação das faces que ocorrem.
X = número de caras ocorrido nos três lançamentos
X = {0, 1, 2, 3}
ccc
cck
ckc
kcc
kkc
kck
ckk
kkk
0
1
2
3
X(ccc) = 0
X(cck) = 1
Conjunto não numérico
Conjunto numérico
X é a variável
que
transforma
um conjunto
não numérico
num conjunto
numérico
X(kkc) = 2
X(ckk) = 2
X(ckc) = 1
X(kcc) = 1
X(kck) = 2
X(kkk) = 3
Quais são os possíveis valores de X?
S = {ccc, cck , ckc , kcc , kkc , kck , ckk , kkk}
Profª Lisiane Selau
4
S
Espaço
amostral básico
SX
Espaço amostral
da variável X
• s • X(s)
X é a função que
transforma
Domínio Contradomínio
(espaço onde X assume valores)
Definição: É uma função (ou regra) que transforma um espaço
amostral qualquer em um espaço amostral numérico, que será
sempre um subconjunto do conjunto dos números reais.
Variável aleatória
Profª Lisiane Selau
5
Variáveis aleatórias
Discretas
Contínuas
Variáveis aleatórias discretas
Definição: São discretas todas as variáveis cujo espaço
amostral SX é enumerável finito ou infinito.
Se X é uma variável aleatória discreta, então SX é um
subconjunto dos inteiros.
Profª Lisiane Selau
6
X(ck) = 1
Exemplo: Lançamento de uma moeda honesta até que
ocorra a face cara e observação das faces que ocorrem.
S = {k, ck , cck , ccck , cccck , ccccck, ...}
Y = número de lançamentos até que ocorra cara
SY = {1, 2 , 3 , 5
, 4 , 6, ...}
X
S
X
S →

Y(ck) = 2
Y(k) = 1
Y
S
Y
S →

X = número de coroas até que ocorra cara
SX = {0, 1 , 2, 3, 4, 5, ...} X(k) = 0
Profª Lisiane Selau
7
1. Função de probabilidade
1. p(x) ≥
≥
≥
≥ 0, ∀
∀
∀
∀ x∈
∈
∈
∈SX
Definição: Seja X uma variável aleatória discreta e SX o
seu espaço amostral. A função de probabilidade P(X=x),
ou simplesmente p(x), será a função que associa a cada
valor de X a sua probabilidade de ocorrência, desde que
atenda duas condições:
1
p(x)
X
S
x
=
∑
∈
2.
Profª Lisiane Selau
8
Exemplo: Lançamento de uma moeda honesta três vezes
e observação das faces que ocorrem.
c
k
c
k
c
k
c
k
c
k
c
k
c
k
→ ccc
→ cck
→ ckc
→ ckk
→ kcc
→ kck
→ kkc
→ kkk
Diagrama
em árvore
p(0) =1/8
p(1) =3/8
p(2) =3/8
p(3) =1/8
1
8
1
=
+
8
3
+
8
1
8
3
+
1
SX = {0, , 2, 3}
Primeira
condição
Segunda
condição
X = número de caras nos três lançamentos
S = {ccc, cck , ckc , kcc , kkc , kck , ckk , kkk}
Profª Lisiane Selau
9
Existem três formas de representar uma função:



 Representação tabular: consiste em relacionar em
uma tabela os valores da função de probabilidade.



 Representação gráfica: consiste em representar
graficamente a relação entre os valores da variável
e suas probabilidades



 Representação analítica: estabelece uma expressão
geral para representar o valor da função de probabilidade
num ponto genérico da variável
Profª Lisiane Selau
10
S = {B1B2, P1B1, P1B2, P2B1, P2B2, P3B1, P3B2, P1P2, P1P3, P2P3}
SX = {0, 1, 2}
P(X = 0)
P(X = 1)
P(X = 2)
10
1
C
C
C
2
5
2
2
0
3
=
=
10
6
C
C
C
2
5
1
2
1
3
=
=
Exemplo: De uma urna com três bolas pretas e duas brancas,
retiram-se duas bolas juntas. Se X é o número de bolas pretas
retiradas, determine a função de probabilidade P(X=x).
10
3
C
C
C
2
5
0
2
2
3
=
=
# S = C5
2 = 10
duas bolas
Profª Lisiane Selau
11
X=x 0 1 2 Σ
P(X=x)
10
1
10
6
10
3
1



 Representação tabular



 Representação gráfica
0 1 2
0,2
0,4
0,6
p(x)
x
Profª Lisiane Selau
12
2
5
x
2
2
x
3
C
C
C
x)
P(X
−
=
= , para SX = {0, 1, 2}
P(X = 0) =
P(X = 1) =
P(X = 2) =
2
5
2
2
0
3
C
C
C
2
5
1
2
1
3
C
C
C
2
5
0
2
2
3
C
C
C



 Representação analítica
Profª Lisiane Selau
13
2. Função de distribuição ou probabilidade
acumulada
Definição: Seja X uma variável aleatória discreta e SX o seu
espaço amostral. A função de distribuição, denotada por F(x)
ou P(X ≤
≤
≤
≤ x), é a função que associa a cada valor de X a
probabilidade P(X ≤
≤
≤
≤x). Desta forma, temos
F(x) = P(X ≤
≤
≤
≤x) = ∑ =
≤x
X
x)
P(X
Profª Lisiane Selau
14
F(0) = P(X ≤
≤
≤
≤ 0) =
F(1) = P(X ≤
≤
≤
≤ 1) =
F(2) = P(X ≤
≤
≤
≤ 2) =
∑ =
≤0
x
x)
P(X
∑ =
≤1
x
x)
P(X
∑ =
≤2
x
x)
P(X
= P(X = 0) =
= P(X = 0) + P(X = 1)
= P(X = 0) + P(X = 1) + P(X = 2)
No exemplo:
F(x) = P(X ≤
≤
≤
≤ x) = P(X x)
X x
≤
=
∑
10
1
10
7
10
6
10
1
=
+
=
1
10
3
10
6
10
1
=
+
+
=
X=x 0 1 2 Σ
P(X=x)
10
1
10
6
10
3
1
F(x)
10
1
10
7
1 -
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15
3. Medidas descritivas
S = {B1B2, P1B1, P1B2, P2B1, P2B2, P3B1, P3B2, P1P2, P1P3, P2P3}
Conjunto
numérico
X
S
X
S →

Conjunto
não
numérico
X
SX = {0, 1, 2}
No exemplo:
X = número de bolas pretas
em duas retiradas
Possibilita o cálculo
de medidas
descritivas: média,
variância, etc.
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16
Definição: Seja X uma variável aleatória discreta e SX o seu
espaço amostral. O valor médio de X, denotado por E(X), ou
µX, ou simplesmente µ, é a média dos valores de X
ponderada pelas suas respectivas probabilidades de
ocorrência. Deste modo, tem-se
SX = {0, 1, 2}
∑
∑
∈
∈
X
X
S
x
S
x
p(x)
p(x)
x
∑
∈
=
X
S
x
p(x)
x
1
=
E(X) = µ =



 Média ou valor esperado
X=x 0 1 2 Σ
P(X=x)
10
1
10
6
10
3
1
Profª Lisiane Selau
17
1,2
10
12
10
3
2
10
6
1
10
1
0 =
=
×
+
×
+
×
=
No exemplo:
E(X) = µ ∑
∈
=
X
S
x
p(x)
x
bolas pretas
Significado do valor esperado: se o experimento fosse
repetido um grande número de vezes, esperaríamos que o
número médio de bolas pretas escolhidas fosse 1,2.
X=x 0 1 2 Σ
P(X=x)
10
1
10
6
10
3
1
Profª Lisiane Selau
18
 Não confundir µx com .
x
Importante!!!
é a média de alguns valores de X (usualmente uma
amostra de valores)
x
µx é a média de todos os valores de X (para os quais a
probabilidade é conhecida)
Profª Lisiane Selau
19
Exercício:
O tempo (em minutos) para que um operário processe certa peça
é uma variável com distribuição dada na tabela abaixo.
(a) Calcule o tempo médio de processamento.
(b) Para cada peça processada o operário ganha um fixo de R$
1,00, mas se processa a peça em menos de 6 minutos, ganha R$
0,50 por cada minuto poupado. Por exemplo, se ele processa a
peça em 5 minutos, recebe a quantia de R$ 0,50. Encontre a
média de G = quantia ganha por peça (fixo + comissão).
x 2 3 4 5 6 7
p(x) 0,10 0,10 0,30 0,20 0,20 0,10
(R: µ
µ
µ
µ = 4,60)
(R: µ
µ
µ
µ = 1,75)
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20
2
μ)
E(X−
=
V(X) = σ2
2
2
μ
)
E(X −
=
Definição: Seja X uma variável aleatória discreta e SX o
seu espaço amostral. A variância de X, denotada por V(X),
ou , ou simplesmente σ2, é o grau médio de dispersão
dos valores de X em relação à sua média. Esta medida é
definida como a média ou valor esperado dos quadrados
dos desvios em relação à média. Deste modo, temos
σ
σ
σ
σX
2



 Variância
∑
∈
−
=
X
S
x
2
p(x)
μ)
(x
OU
∑
∈
=
X
S
x
2
2
p(x)
x
)
E(X
onde:
[ ] [ ]2
2
2
p(x)
x
E(X)
μ ∑
=
=
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21
No exemplo:
V(X) = σ2
     
= − × + − × + − × =
     
     
2 2 2
12 1 12 6 12 3 36
0 1 2
10 10 10 10 10 10 100
E(X) = µ
V(X) = σ2 2
2
μ
)
E(X −
=
 
= − = =
 
 
2
18 12 36
0,36
10 10 100
∑
= p(x)
x
)
E(X 2
2
10
18
10
3
2
10
6
1
10
1
0 2
2
2
=
×
+
×
+
×
=
1,2
10
12
=
=
2
μ)
E(X −
=
∑
∈
−
=
X
S
x
2
p(x)
μ)
(x
bolas pretas 2
X=x 0 1 2 Σ
P(X=x)
10
1
10
6
10
3
1
Profª Lisiane Selau
22
V(X)
σ =
Definição: Raiz quadrada positiva da variância.



 Desvio padrão
No exemplo:
0,6
0,36
V(X)
σ =
=
=
Significado do desvio padrão: se o experimento fosse
repetido um grande número de vezes, a variação média do
número de bolas pretas escolhidas em torno do valor
esperado seria 0,6.
bolas pretas
Profª Lisiane Selau
23
 Não confundir σ2 com s2.
Importante!!!
s2 é a variância de alguns valores de X (usualmente
uma amostra de valores)
σ2 é a variância de todos os valores de X (para os quais
a probabilidade é conhecida)
 Da mesma forma, não confundir σ com s.
Profª Lisiane Selau
24
Exercício:
Um vendedor recebe uma comissão de R$ 100,00 por uma
venda. Baseado em suas experiências anteriores ele
calculou a distribuição de probabilidades das vendas
semanais:
(a) Qual é o valor esperado de comissão por semana?
(b) Qual é a probabilidade de ganhar pelo menos R$ 300,00
por semana?
(c) Qual o desvio padrão das vendas semanais?
x 0 1 2 3 4
p(x) 0,10 0,20 0,40 0,20 0,10
R$ 200,00
0,30
1,10
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Distribuições de probabilidade
O que é uma distribuição de probabilidade?
Uma distribuição de probabilidade é essencialmente um
modelo de descrição probabilística de uma população.
X=x 0 1 2 Σ
P(X=x) 0,1 0,6 0,3 1
população
Distribuição de
probabilidade
25



 Parâmetros: caracterizações numéricas que permitem a
individualização de um modelo (distribuição) em determinado
contexto
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1. Distribuição de Bernoulli
2. Distribuição Binomial
3. Distribuição Hipergeométrica
4. Distribuição de Poisson
5. Distribuição Multinomial
6. Distribuição Geométrica
7. Distribuição Binomial Negativa
8. Distribuição Hipergeométrica Negativa
9. Distribuição Uniforme Discreta
Distribuições discretas
26
Profª Lisiane Selau
27
1. Distribuição de Bernoulli
Definição: Modelo que descreve probabilisticamente os
resultados de um experimento de Bernoulli.
O experimento de Bernoulli é definido como o experimento
aleatório que possui apenas dois resultados possíveis.
Exemplos: sexo no nascimento de um bebê, face no
lançamento de uma moeda, produto perfeito ou defeituoso,
satisfação ou insatisfação de um funcionário da empresa, etc.
Distribuições de probabilidade de
variáveis discretas
Profª Lisiane Selau
Experimento: Um produto é avaliado quanto à qualidade
S = {perfeito, defeituoso}
Consideramos um dos resultados como sucesso:
sucesso = perfeito
fracasso = defeituoso
28
Se for conhecido a taxa de produtos sem defeito que é
fabricada, por exemplo, 87%, concluímos que a
probabilidade de o produto ser perfeito é 0,87.
O evento {defeituoso} é complemento do evento
{perfeito}, então sua probabilidade será 1– 0,87.
π
π
π
π = 0,87 = probabilidade de sucesso
1-π
π
π
π = 0,13 = probabilidade de fracasso
Profª Lisiane Selau
29



 É importante no contexto de amostragem com reposição
2. Distribuição binomial
Definição: Modelo que descreve probabilisticamente os
resultados de uma sequência de experimentos de Bernoulli
independentes entre si, ou seja, onde a probabilidade de
sucesso é constante em todas as repetições do experimento.
n
2
1 Y
...
Y
Y
X +
+
+
=
onde:
Yi ~ Ber (π) e independentes;
então, a variável X tem distribuição binomial.
Se
Distribuição binomial 


 processo finito de Bernoulli



 n experimentos de Bernoulli independentes, com
probabilidade de sucesso π
π
π
π constante para todos eles
Profª Lisiane Selau
30
Experimento: As peças fabricadas por uma pequena
indústria podem ser consideradas perfeitas ou defeituosas.
Imagine que a chance de uma peça não ter defeito algum
é de 60%. Se uma peça desta fábrica é escolhida ao acaso
e sua situação é registrada, temos um experimento de
Bernoulli.
S = {perfeita, defeituosa}
onde:
p(defeituosa) = 1 - 0,6 = 0,4 = 1 - π
p(perfeita) = 0,6 = π
Se três peças são escolhidas, uma a uma, e o resultado é
registrado, temos uma sequência de três experimentos de
Bernoulli independentes, pois, a cada escolha, a
probabilidade de sucesso permanecerá inalterada.
Profª Lisiane Selau
31
S = {PPP, PPD, PDP, DPP, PDD, DPD, DDP, DDD}
#S = 23 = 8
P = perfeita
D = defeituosa
A variável X é definida como o número de sucessos em n
experimentos de Bernoulli independentes, com
probabilidade de sucesso igual a π
π
π
π.
SX = {0, 1, 2, 3}
Sucesso = perfeita
n=3 e π=0,6
Qual é a função de probabilidade P(X=x) associada a
variável X?
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32
P(X=0) = 0,43
SX = {0,1,2,3}
P(X=1) = 3 ×
×
×
× 0,61 ×
×
×
× 0,42
P(X=2) = 3 ×
×
×
× 0,62 ×
×
×
× 0,41
P(X=3) = 0,63
P(X=x) = ? X: nº peças perfeitas
= 1 ×
×
×
× π0 ×
×
×
× (1 – π)3 = 0,064
= 3 ×
×
×
× π1 ×
×
×
× (1 – π)2 = 0,288
= 3 ×
×
×
× π2 ×
×
×
× (1 – π)1 = 0,432
= 1 ×
×
×
× π3 ×
×
×
× (1 – π)0 = 0,216
Como podemos determinar de quantas maneiras diferentes
teremos x sucessos e 3-x fracassos?
x)!
(3
x!
3!
Cx
3
−
=
S = {PPP, PPD, PDP, DPP, PDD, DPD, DDP, DDD}
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33
x
3
x
x
3 0,6)
(1
0,6
C
x)
P(X −
−
=
=
X = x 0 1 2 3 Σ
P(X = x) 0,064 0,288 0,432 0,216 1
Representação tabular
Representação analítica
, para SX = {0, 1, 2, 3}
Número
de casos
Probabilidade
de um caso
Função de probabilidade
De modo geral, se X é uma variável que tem distribuição
binomial, sua função de probabilidade será:
x
n
x
x
n )
(1
C
x)
P(X −
−
=
= π
π , para SX = {0, 1, ..., n}
Profª Lisiane Selau
34
Parâmetros
A distribuição binomial tem dois parâmetros:
n = número de repetições do experimento de Bernoulli
π
π
π
π = probabilidade de sucesso
X ~ Bin (n,π)
X tem distribuição binomial com parâmetros n e π
π
π
π
x
n
x
x
n )
(1
C
x)
P(X −
−
=
= π
π
parâmetros
Profª Lisiane Selau
35
Medidas descritivas
E(X) = µ = ∑
∈ X
S
x
p(x)
x



 Média ou valor esperado
Teorema: E(X) = µ
µ
µ
µ = nπ
π
π
π
V(X) = σ2 2
2
μ
)
E(X −
=



 Variância
Teorema: V(X) = σ
σ
σ
σ2 = n π
π
π
π (1-π
π
π
π)
Profª Lisiane Selau
36
Descrição probabilística de uma sequência de experimentos
de Bernoulli independentes, ou seja, a probabilidade de
sucesso é constante em todas as repetições do experimento.
RESUMO - Distribuição binomial
Função de probabilidade
x
n
x
x
n )
(1
C
x)
P(X −
−
=
= π
π , para SX = {0, 1, ..., n}
n = número de repetições no experimento
Parâmetros
V(X) = σ2 = n π (1-π)
E(X) = µ = n π
Medidas descritivas
π = probabilidade de sucesso
Profª Lisiane Selau
37
Exercício: Num determinado processo de fabricação a
chance de uma peça sair defeituosa é de 10%. As peças
são acondicionadas em caixas com 5 unidades cada uma.
(a) Qual a probabilidade de haver exatamente 1 peça
defeituosa numa caixa?
(b) Qual a probabilidade de haver duas ou mais peças
defeituosas numa caixa?
(c) Se a empresa paga uma multa de R$ 10,00 por caixa
em que houver alguma peça defeituosa, qual o valor
esperado da multa num total de 1000 caixas?
(32,81%)
(8,14%)
(R$ 4.100)
Profª Lisiane Selau
3. Distribuição hipergeométrica



 A Distribuição hipergeométrica se difere da
Distribuição binomial porque a probabilidade de sucesso
muda de um experimento para o outro



 Essa distribuição é extremamente importante no contexto de
amostragem sem reposição
Definição: Modelo que descreve probabilisticamente os
resultados de uma sequência de experimentos de Bernoulli
dependentes. Refere-se a experimentos que se
caracterizam por retiradas sem reposição, onde a
probabilidade de sucesso se altera a cada retirada.
38
Profª Lisiane Selau
(sucesso)
n elementos
(sem reposição)
(fracasso)
X= número de
sucessos em n
retiradas
N
N1 N2
=N1+N2
sub-populações
população



 Do ponto de vista probabilístico não faz diferença considerar
retiradas individuais sem reposição ou retirada conjunta de
grupos



 Como não há reposição, a probabilidade de sucesso (retirar
elementos da sub-população de tamanho N1) se altera a
cada retirada.
39
Profª Lisiane Selau
Experimento: Uma caixa contém 10 bolas coloridas:
sete são verdes e três laranjas. Três bolas são retiradas
da caixa, uma após a outra e sem reposição. Se a
variável aleatória X é definida como o número de bolas
verdes retiradas, construa a distribuição de
probabilidade de X.
Verde
3 bolas
Laranja
X = número de bolas verdes
N =10
N1=7 N2 =3
Bolas
(n=3)
40
Profª Lisiane Selau
X = número de bolas verdes
SX = {0, 1, 2, 3}
0,008333
120
1
120
1
1
C
C
C
3
10
3
3
0
7
=
=
×
=
0,175
120
21
120
3
7
C
C
C
3
10
2
3
1
7
=
=
×
=
0,525
120
63
120
3
21
C
C
C
3
10
1
3
2
7
=
=
×
=
0,2917
120
35
120
1
35
C
C
C
3
10
0
3
3
7
=
=
×
=
P(X =0) =
P(X =1) =
P(X =2) =
P(X =3) =
S = {L1L2L3, L1L2V1,L1L2V2, ..., V5V6V7}
# S = 3
10
C = 120
V = verde
L = laranja
41
Profª Lisiane Selau
X = x 0 1 2 3 Σ
P(X = x) 0,00833 0,175 0,525 0,2917 1
3
10
x
-
3
3
x
7
C
C
C
x)
P(X =
=
Representação tabular
Representação analítica
, para SX = {0, 1, 2, 3}
Função de probabilidade
De modo geral, se X é uma variável que tem distribuição
hipergeométrica, sua função de probabilidade será:
, para SX = {0, 1, ..., n}
n
N
x
-
n
N
x
N
C
C
C
x)
P(X 2
1
=
=
42
Profª Lisiane Selau
Parâmetros
A distribuição hipergeométrica tem três parâmetros:
n = número de repetições do experimento
N = tamanho da população
N1 = tamanho da sub-população de interesse (sucesso)
X ~ Hip (n,N,N1)
X tem distribuição hipergeométrica com parâmetros n, N e N1
n
N
x
-
n
N
x
N
C
C
C
x)
P(X 2
1
=
= parâmetros
43
Profª Lisiane Selau
Medidas descritivas
E(X) = µ = ∑
∈ X
S
x
p(x)
x
Teorema:
N
N
n
μ
E(X) 1
=
=
V(X) = σ2 2
2
μ
)
E(X −
=
Teorema:
probabilidade
de sucesso



 Média ou valor esperado



 Variância
probabilidade de
fracasso
Fator de
correção






=
=
1
-
N
n
-
N
N
N
N
N
n
σ
V(X) 2
1
2
44
Binomial
µ = n π
σ2 = n π (1-π)
Profª Lisiane Selau
Descrição probabilística de uma sequência de experimentos
de Bernoulli dependentes. Importante no contexto de
amostragem sem reposição.
RESUMO - Distribuição hipergeométrica
Função de probabilidade
, para SX = {0, 1, ..., n}
n = número de repetições do experimento
N = tamanho da população
N1 = tamanho da sub-população de interesse
Parâmetros
Medidas descritivas
n
N
x
-
n
N
x
N
C
C
C
x)
P(X 2
1
=
=
N
N
n
μ
E(X) 1
=
= 





=
=
1
-
N
n
-
N
N
N
N
N
n
σ
V(X) 2
1
2
45
Profª Lisiane Selau
Exercício: Pequenos motores são guardados em caixas de
50 unidades. Um inspetor de qualidade examina cada caixa
testando 5 motores. Se nenhum for defeituoso, a caixa é
aceita. Se pelo menos 1 for defeituoso, todos 50 são testados.
Há 6 motores defeituosos numa caixa. Qual a probabilidade
de que seja necessário examinar todos os motores desta
caixa?
Tem-se N1 = 6 , N = 50 , n = 5, P(X ≥ 1) = ?
P(X = 0) = = = 0,51257
P(examinar tudo) = 1 - P(X = 0) =0,48743
5
50
5
44
0
6
C
C
C
2118760
1086008
46
R: 0,4874
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47
4. Distribuição de Poisson
Definição: descreve probabilisticamente a sequência de um
grande número de fenômenos independentes entre si, cada
um com probabilidade de sucesso muito pequena.



 Ocorre quando se deseja contar o número de um tipo
particular de eventos que ocorrem por unidade de tempo, de
superfície ou de volume (num espaço contínuo).
Distribuição de Poisson 


 processo infinito de Bernoulli



 Pode ser considerada como uma binomial onde o número
de experimentos (n) é grande, π
π
π
π é pequeno (sucesso raro)
e nπ
π
π
π (média de sucessos) é constante.
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nº de peças defeituosas observadas em uma linha de produção em um
dia;



 nº de acidentes de trabalho ocorridos numa grande empresa em um
ano;



 nº de ciclones ocorridos em certa região em uma estação do ano;



 nº de formigueiros por km2 em uma região;



 nº de acidentes que acontecem em 300km de uma rodovia;



 nº de carros que passam em um pedágio de uma rodovia em 30
minutos;



 nº de ligações que chegam em uma central telefônica em uma manhã.
Exemplos:



 A distribuição de Poisson tem inúmeras aplicações na simulação
de sistemas modelando o número de eventos ocorridos num intervalo
de tempo (exemplo: sistemas de filas).
48
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Função de probabilidade
De modo geral, se X é uma variável que tem distribuição
de Poisson, sua função de probabilidade será:
, para SX = {0, 1, 2, ...}
x!
λ
e
x)
P(X
x
λ
−
=
=
onde:
X: número de sucessos
e = 2,718 (base dos logaritmos neperianos)
λ
λ
λ
λ: número médio de sucessos (sempre maior que zero)
espaço amostral
infinito
49
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x!
e
x)
P(X
x
λ
λ
−
=
=
Parâmetros
A distribuição de Poisson tem apenas um parâmetro:
λ
λ
λ
λ = número médio de sucessos
X ~ Poi (λ)
X tem distribuição de Poisson com parâmetro λ
λ
λ
λ
parâmetro
50
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Exercício: Em uma central telefônica de uma
pequena cidade do interior chegam ligações a uma
taxa de 1 a cada 30 minutos. Qual a probabilidade de
que no intervalo de 1 hora:
(a) Não chegue ligações?
(b) Chegue no máximo duas ligações?
(c) Chegue pelo menos duas ligações?
51
13,53%
59,40%
67,67%
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Solução: Neste caso, tem-se:
λ = 2 (taxa de ligações por hora)
X = nº de ligações por hora
Então:
P(X = x) = , para x = 0, 1, 2, 3, ...
(a) P(X = 0) = = e-2 = 13,53%
(b) P(X ≤ 2) = + + = 5e-2 = 67,67%
(c) P(X≥2) = 1-P(X≤1) = 1- [ + ]=1- 3e-2 = 59,40%
−λ
λ
e
x
x
!
0!
2
e 0
2
−
0!
2
e 0
2
−
52
1!
2
e 1
2
−
2!
2
e 2
2
−
0!
2
e 0
2
−
1!
2
e 1
2
−
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Medidas descritivas
E(X) = µ = ∑
∈ X
S
x
p(x)
x



 Média ou valor esperado:
Teorema: E(X) = µ
µ
µ
µ = λ
λ
λ
λ
2
2
μ
)
E(X −
=



 Variância:
Teorema: V(X) = σ
σ
σ
σ2 = λ
λ
λ
λ
Na Poisson média e variância são iguais!!
V(X) = σ2
53
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Descrição probabilística da sequência de um grande número
de fenômenos independentes, todos com probabilidade de
sucesso constante e muito pequena.
RESUMO - Distribuição de Poisson
Função de probabilidade
, para SX = {0, 1, 2, ...}
Parâmetro
Medidas descritivas
V(X) = σ2 = λ
E(X) = µ = λ
λ = número médio de sucessos
x!
λ
e
x)
P(X
x
λ
−
=
=
54
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Exercício:
Um dado é formado por chapas de plástico de
10x10 cm. Em média aparecem 50 defeitos por metro
quadrado de plástico, segundo uma distribuição de
Poisson.
(a) Qual a probabilidade de uma determinada face
apresentar exatamente 2 defeitos?
(b) Qual a probabilidade de o dado apresentar no mínimo
dois defeitos?
(c) Qual a probabilidade de que pelo menos 5 faces sejam
perfeitas?
(7,58%)
(80,08%)
(24,36%)
55
Profª Lisiane Selau
(a) Qual a probabilidade de uma determinada face apresentar exatamente 2 defeitos?
Em média aparecem 50 defeitos/m2 = (50/10000) defeitos/cm2
Como cada face tem 10cm x 10 cm = 100 cm2, tem-se então:
λ = (50/10000) defeitos/cm2 x 100 cm2 = 0,5 defeitos por face.
A probabilidade de uma face apresentar dois defeitos será:
P(X = 2) = = 7,58%
−0 5 2
0 5
2
, ( , )
!
e
56
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(b) Qual a probabilidade de o dado apresentar no mínimo dois defeitos?
No dado inteiro, a área total será a = 6x100 cm2 = 600 cm2 e o
número médio de defeitos será então:
λ = (50/10000) defeitos /cm2 x 600 cm2 = 3 defeitos
A probabilidade de o dado apresentar no mínimo 2 defeitos será:
P(X ≥ 2) = P(X = 2) + P(X = 3) + ... = 1 - P(X ≤ 1)
= 1 - [P(X = 0) + P(X =1)] =
= 1 - [ + ] =
= 1 - [0,0498 + 0,1494] = 80,08%
−3 0
3
0
e
!
−3 1
3
1
e
!
57
Profª Lisiane Selau
(c) Qual a probabilidade de que pelo menos 5 faces sejam perfeitas?
A probabilidade de uma face ser perfeita é a probabilidade de
ela não apresentar defeitos, isto é:
P (X = 0) = = 60,65%
Tem-se então uma binomial Y com n = 6 (número de faces do
dado) e p = 60,65%(probabilidade de uma face ser perfeita)
Então a probabilidade de pelo menos 5 perfeitas, será:
P(Y ≥ 5) = P(Y = 5) + P(Y = 6)
= + = 24,36%
−0 5 0
0 5
0
, ( , )
!
e
(0,3935)
.
(0,6065)
.
5
6 1
5







 6
6
0 6065 0 3935
6 0





.( , ) .( , )
58
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  • 1. 1 Conceito Função de probabilidade e função de distribuição Valor esperado e variância Variáveis aleatórias discretas Binomial Hipergeométrica Poisson Distribuições de probabilidade Profª Lisiane Selau
  • 2. 2 Experimento aleatório: Lançamento de uma moeda honesta três vezes e observação das faces que ocorrem. #S = 2 x 2 x 2 = 23 = 8 c k c k c k c k c k c k c k → ccc → cck → ckc → ckk → kcc → kck → kkc → kkk Variáveis aleatórias S = {ccc, cck , ckc , kcc , kkc , kck , ckk , kkk} Ferramental matemático se amplia consideravelmente se o espaço amostral for numérico Diagrama em árvore Profª Lisiane Selau
  • 3. 3 Experimento aleatório: Lançamento de uma moeda honesta três vezes e observação das faces que ocorrem. X = número de caras ocorrido nos três lançamentos X = {0, 1, 2, 3} ccc cck ckc kcc kkc kck ckk kkk 0 1 2 3 X(ccc) = 0 X(cck) = 1 Conjunto não numérico Conjunto numérico X é a variável que transforma um conjunto não numérico num conjunto numérico X(kkc) = 2 X(ckk) = 2 X(ckc) = 1 X(kcc) = 1 X(kck) = 2 X(kkk) = 3 Quais são os possíveis valores de X? S = {ccc, cck , ckc , kcc , kkc , kck , ckk , kkk} Profª Lisiane Selau
  • 4. 4 S Espaço amostral básico SX Espaço amostral da variável X • s • X(s) X é a função que transforma Domínio Contradomínio (espaço onde X assume valores) Definição: É uma função (ou regra) que transforma um espaço amostral qualquer em um espaço amostral numérico, que será sempre um subconjunto do conjunto dos números reais. Variável aleatória Profª Lisiane Selau
  • 5. 5 Variáveis aleatórias Discretas Contínuas Variáveis aleatórias discretas Definição: São discretas todas as variáveis cujo espaço amostral SX é enumerável finito ou infinito. Se X é uma variável aleatória discreta, então SX é um subconjunto dos inteiros. Profª Lisiane Selau
  • 6. 6 X(ck) = 1 Exemplo: Lançamento de uma moeda honesta até que ocorra a face cara e observação das faces que ocorrem. S = {k, ck , cck , ccck , cccck , ccccck, ...} Y = número de lançamentos até que ocorra cara SY = {1, 2 , 3 , 5 , 4 , 6, ...} X S X S →  Y(ck) = 2 Y(k) = 1 Y S Y S →  X = número de coroas até que ocorra cara SX = {0, 1 , 2, 3, 4, 5, ...} X(k) = 0 Profª Lisiane Selau
  • 7. 7 1. Função de probabilidade 1. p(x) ≥ ≥ ≥ ≥ 0, ∀ ∀ ∀ ∀ x∈ ∈ ∈ ∈SX Definição: Seja X uma variável aleatória discreta e SX o seu espaço amostral. A função de probabilidade P(X=x), ou simplesmente p(x), será a função que associa a cada valor de X a sua probabilidade de ocorrência, desde que atenda duas condições: 1 p(x) X S x = ∑ ∈ 2. Profª Lisiane Selau
  • 8. 8 Exemplo: Lançamento de uma moeda honesta três vezes e observação das faces que ocorrem. c k c k c k c k c k c k c k → ccc → cck → ckc → ckk → kcc → kck → kkc → kkk Diagrama em árvore p(0) =1/8 p(1) =3/8 p(2) =3/8 p(3) =1/8 1 8 1 = + 8 3 + 8 1 8 3 + 1 SX = {0, , 2, 3} Primeira condição Segunda condição X = número de caras nos três lançamentos S = {ccc, cck , ckc , kcc , kkc , kck , ckk , kkk} Profª Lisiane Selau
  • 9. 9 Existem três formas de representar uma função: Representação tabular: consiste em relacionar em uma tabela os valores da função de probabilidade. Representação gráfica: consiste em representar graficamente a relação entre os valores da variável e suas probabilidades Representação analítica: estabelece uma expressão geral para representar o valor da função de probabilidade num ponto genérico da variável Profª Lisiane Selau
  • 10. 10 S = {B1B2, P1B1, P1B2, P2B1, P2B2, P3B1, P3B2, P1P2, P1P3, P2P3} SX = {0, 1, 2} P(X = 0) P(X = 1) P(X = 2) 10 1 C C C 2 5 2 2 0 3 = = 10 6 C C C 2 5 1 2 1 3 = = Exemplo: De uma urna com três bolas pretas e duas brancas, retiram-se duas bolas juntas. Se X é o número de bolas pretas retiradas, determine a função de probabilidade P(X=x). 10 3 C C C 2 5 0 2 2 3 = = # S = C5 2 = 10 duas bolas Profª Lisiane Selau
  • 11. 11 X=x 0 1 2 Σ P(X=x) 10 1 10 6 10 3 1 Representação tabular Representação gráfica 0 1 2 0,2 0,4 0,6 p(x) x Profª Lisiane Selau
  • 12. 12 2 5 x 2 2 x 3 C C C x) P(X − = = , para SX = {0, 1, 2} P(X = 0) = P(X = 1) = P(X = 2) = 2 5 2 2 0 3 C C C 2 5 1 2 1 3 C C C 2 5 0 2 2 3 C C C Representação analítica Profª Lisiane Selau
  • 13. 13 2. Função de distribuição ou probabilidade acumulada Definição: Seja X uma variável aleatória discreta e SX o seu espaço amostral. A função de distribuição, denotada por F(x) ou P(X ≤ ≤ ≤ ≤ x), é a função que associa a cada valor de X a probabilidade P(X ≤ ≤ ≤ ≤x). Desta forma, temos F(x) = P(X ≤ ≤ ≤ ≤x) = ∑ = ≤x X x) P(X Profª Lisiane Selau
  • 14. 14 F(0) = P(X ≤ ≤ ≤ ≤ 0) = F(1) = P(X ≤ ≤ ≤ ≤ 1) = F(2) = P(X ≤ ≤ ≤ ≤ 2) = ∑ = ≤0 x x) P(X ∑ = ≤1 x x) P(X ∑ = ≤2 x x) P(X = P(X = 0) = = P(X = 0) + P(X = 1) = P(X = 0) + P(X = 1) + P(X = 2) No exemplo: F(x) = P(X ≤ ≤ ≤ ≤ x) = P(X x) X x ≤ = ∑ 10 1 10 7 10 6 10 1 = + = 1 10 3 10 6 10 1 = + + = X=x 0 1 2 Σ P(X=x) 10 1 10 6 10 3 1 F(x) 10 1 10 7 1 - Profª Lisiane Selau
  • 15. 15 3. Medidas descritivas S = {B1B2, P1B1, P1B2, P2B1, P2B2, P3B1, P3B2, P1P2, P1P3, P2P3} Conjunto numérico X S X S →  Conjunto não numérico X SX = {0, 1, 2} No exemplo: X = número de bolas pretas em duas retiradas Possibilita o cálculo de medidas descritivas: média, variância, etc. Profª Lisiane Selau
  • 16. 16 Definição: Seja X uma variável aleatória discreta e SX o seu espaço amostral. O valor médio de X, denotado por E(X), ou µX, ou simplesmente µ, é a média dos valores de X ponderada pelas suas respectivas probabilidades de ocorrência. Deste modo, tem-se SX = {0, 1, 2} ∑ ∑ ∈ ∈ X X S x S x p(x) p(x) x ∑ ∈ = X S x p(x) x 1 = E(X) = µ = Média ou valor esperado X=x 0 1 2 Σ P(X=x) 10 1 10 6 10 3 1 Profª Lisiane Selau
  • 17. 17 1,2 10 12 10 3 2 10 6 1 10 1 0 = = × + × + × = No exemplo: E(X) = µ ∑ ∈ = X S x p(x) x bolas pretas Significado do valor esperado: se o experimento fosse repetido um grande número de vezes, esperaríamos que o número médio de bolas pretas escolhidas fosse 1,2. X=x 0 1 2 Σ P(X=x) 10 1 10 6 10 3 1 Profª Lisiane Selau
  • 18. 18 Não confundir µx com . x Importante!!! é a média de alguns valores de X (usualmente uma amostra de valores) x µx é a média de todos os valores de X (para os quais a probabilidade é conhecida) Profª Lisiane Selau
  • 19. 19 Exercício: O tempo (em minutos) para que um operário processe certa peça é uma variável com distribuição dada na tabela abaixo. (a) Calcule o tempo médio de processamento. (b) Para cada peça processada o operário ganha um fixo de R$ 1,00, mas se processa a peça em menos de 6 minutos, ganha R$ 0,50 por cada minuto poupado. Por exemplo, se ele processa a peça em 5 minutos, recebe a quantia de R$ 0,50. Encontre a média de G = quantia ganha por peça (fixo + comissão). x 2 3 4 5 6 7 p(x) 0,10 0,10 0,30 0,20 0,20 0,10 (R: µ µ µ µ = 4,60) (R: µ µ µ µ = 1,75) Profª Lisiane Selau
  • 20. 20 2 μ) E(X− = V(X) = σ2 2 2 μ ) E(X − = Definição: Seja X uma variável aleatória discreta e SX o seu espaço amostral. A variância de X, denotada por V(X), ou , ou simplesmente σ2, é o grau médio de dispersão dos valores de X em relação à sua média. Esta medida é definida como a média ou valor esperado dos quadrados dos desvios em relação à média. Deste modo, temos σ σ σ σX 2 Variância ∑ ∈ − = X S x 2 p(x) μ) (x OU ∑ ∈ = X S x 2 2 p(x) x ) E(X onde: [ ] [ ]2 2 2 p(x) x E(X) μ ∑ = = Profª Lisiane Selau
  • 21. 21 No exemplo: V(X) = σ2       = − × + − × + − × =             2 2 2 12 1 12 6 12 3 36 0 1 2 10 10 10 10 10 10 100 E(X) = µ V(X) = σ2 2 2 μ ) E(X − =   = − = =     2 18 12 36 0,36 10 10 100 ∑ = p(x) x ) E(X 2 2 10 18 10 3 2 10 6 1 10 1 0 2 2 2 = × + × + × = 1,2 10 12 = = 2 μ) E(X − = ∑ ∈ − = X S x 2 p(x) μ) (x bolas pretas 2 X=x 0 1 2 Σ P(X=x) 10 1 10 6 10 3 1 Profª Lisiane Selau
  • 22. 22 V(X) σ = Definição: Raiz quadrada positiva da variância. Desvio padrão No exemplo: 0,6 0,36 V(X) σ = = = Significado do desvio padrão: se o experimento fosse repetido um grande número de vezes, a variação média do número de bolas pretas escolhidas em torno do valor esperado seria 0,6. bolas pretas Profª Lisiane Selau
  • 23. 23 Não confundir σ2 com s2. Importante!!! s2 é a variância de alguns valores de X (usualmente uma amostra de valores) σ2 é a variância de todos os valores de X (para os quais a probabilidade é conhecida) Da mesma forma, não confundir σ com s. Profª Lisiane Selau
  • 24. 24 Exercício: Um vendedor recebe uma comissão de R$ 100,00 por uma venda. Baseado em suas experiências anteriores ele calculou a distribuição de probabilidades das vendas semanais: (a) Qual é o valor esperado de comissão por semana? (b) Qual é a probabilidade de ganhar pelo menos R$ 300,00 por semana? (c) Qual o desvio padrão das vendas semanais? x 0 1 2 3 4 p(x) 0,10 0,20 0,40 0,20 0,10 R$ 200,00 0,30 1,10 Profª Lisiane Selau
  • 25. Distribuições de probabilidade O que é uma distribuição de probabilidade? Uma distribuição de probabilidade é essencialmente um modelo de descrição probabilística de uma população. X=x 0 1 2 Σ P(X=x) 0,1 0,6 0,3 1 população Distribuição de probabilidade 25 Parâmetros: caracterizações numéricas que permitem a individualização de um modelo (distribuição) em determinado contexto Profª Lisiane Selau
  • 26. 1. Distribuição de Bernoulli 2. Distribuição Binomial 3. Distribuição Hipergeométrica 4. Distribuição de Poisson 5. Distribuição Multinomial 6. Distribuição Geométrica 7. Distribuição Binomial Negativa 8. Distribuição Hipergeométrica Negativa 9. Distribuição Uniforme Discreta Distribuições discretas 26 Profª Lisiane Selau
  • 27. 27 1. Distribuição de Bernoulli Definição: Modelo que descreve probabilisticamente os resultados de um experimento de Bernoulli. O experimento de Bernoulli é definido como o experimento aleatório que possui apenas dois resultados possíveis. Exemplos: sexo no nascimento de um bebê, face no lançamento de uma moeda, produto perfeito ou defeituoso, satisfação ou insatisfação de um funcionário da empresa, etc. Distribuições de probabilidade de variáveis discretas Profª Lisiane Selau
  • 28. Experimento: Um produto é avaliado quanto à qualidade S = {perfeito, defeituoso} Consideramos um dos resultados como sucesso: sucesso = perfeito fracasso = defeituoso 28 Se for conhecido a taxa de produtos sem defeito que é fabricada, por exemplo, 87%, concluímos que a probabilidade de o produto ser perfeito é 0,87. O evento {defeituoso} é complemento do evento {perfeito}, então sua probabilidade será 1– 0,87. π π π π = 0,87 = probabilidade de sucesso 1-π π π π = 0,13 = probabilidade de fracasso Profª Lisiane Selau
  • 29. 29 É importante no contexto de amostragem com reposição 2. Distribuição binomial Definição: Modelo que descreve probabilisticamente os resultados de uma sequência de experimentos de Bernoulli independentes entre si, ou seja, onde a probabilidade de sucesso é constante em todas as repetições do experimento. n 2 1 Y ... Y Y X + + + = onde: Yi ~ Ber (π) e independentes; então, a variável X tem distribuição binomial. Se Distribuição binomial processo finito de Bernoulli n experimentos de Bernoulli independentes, com probabilidade de sucesso π π π π constante para todos eles Profª Lisiane Selau
  • 30. 30 Experimento: As peças fabricadas por uma pequena indústria podem ser consideradas perfeitas ou defeituosas. Imagine que a chance de uma peça não ter defeito algum é de 60%. Se uma peça desta fábrica é escolhida ao acaso e sua situação é registrada, temos um experimento de Bernoulli. S = {perfeita, defeituosa} onde: p(defeituosa) = 1 - 0,6 = 0,4 = 1 - π p(perfeita) = 0,6 = π Se três peças são escolhidas, uma a uma, e o resultado é registrado, temos uma sequência de três experimentos de Bernoulli independentes, pois, a cada escolha, a probabilidade de sucesso permanecerá inalterada. Profª Lisiane Selau
  • 31. 31 S = {PPP, PPD, PDP, DPP, PDD, DPD, DDP, DDD} #S = 23 = 8 P = perfeita D = defeituosa A variável X é definida como o número de sucessos em n experimentos de Bernoulli independentes, com probabilidade de sucesso igual a π π π π. SX = {0, 1, 2, 3} Sucesso = perfeita n=3 e π=0,6 Qual é a função de probabilidade P(X=x) associada a variável X? Profª Lisiane Selau
  • 32. 32 P(X=0) = 0,43 SX = {0,1,2,3} P(X=1) = 3 × × × × 0,61 × × × × 0,42 P(X=2) = 3 × × × × 0,62 × × × × 0,41 P(X=3) = 0,63 P(X=x) = ? X: nº peças perfeitas = 1 × × × × π0 × × × × (1 – π)3 = 0,064 = 3 × × × × π1 × × × × (1 – π)2 = 0,288 = 3 × × × × π2 × × × × (1 – π)1 = 0,432 = 1 × × × × π3 × × × × (1 – π)0 = 0,216 Como podemos determinar de quantas maneiras diferentes teremos x sucessos e 3-x fracassos? x)! (3 x! 3! Cx 3 − = S = {PPP, PPD, PDP, DPP, PDD, DPD, DDP, DDD} Profª Lisiane Selau
  • 33. 33 x 3 x x 3 0,6) (1 0,6 C x) P(X − − = = X = x 0 1 2 3 Σ P(X = x) 0,064 0,288 0,432 0,216 1 Representação tabular Representação analítica , para SX = {0, 1, 2, 3} Número de casos Probabilidade de um caso Função de probabilidade De modo geral, se X é uma variável que tem distribuição binomial, sua função de probabilidade será: x n x x n ) (1 C x) P(X − − = = π π , para SX = {0, 1, ..., n} Profª Lisiane Selau
  • 34. 34 Parâmetros A distribuição binomial tem dois parâmetros: n = número de repetições do experimento de Bernoulli π π π π = probabilidade de sucesso X ~ Bin (n,π) X tem distribuição binomial com parâmetros n e π π π π x n x x n ) (1 C x) P(X − − = = π π parâmetros Profª Lisiane Selau
  • 35. 35 Medidas descritivas E(X) = µ = ∑ ∈ X S x p(x) x Média ou valor esperado Teorema: E(X) = µ µ µ µ = nπ π π π V(X) = σ2 2 2 μ ) E(X − = Variância Teorema: V(X) = σ σ σ σ2 = n π π π π (1-π π π π) Profª Lisiane Selau
  • 36. 36 Descrição probabilística de uma sequência de experimentos de Bernoulli independentes, ou seja, a probabilidade de sucesso é constante em todas as repetições do experimento. RESUMO - Distribuição binomial Função de probabilidade x n x x n ) (1 C x) P(X − − = = π π , para SX = {0, 1, ..., n} n = número de repetições no experimento Parâmetros V(X) = σ2 = n π (1-π) E(X) = µ = n π Medidas descritivas π = probabilidade de sucesso Profª Lisiane Selau
  • 37. 37 Exercício: Num determinado processo de fabricação a chance de uma peça sair defeituosa é de 10%. As peças são acondicionadas em caixas com 5 unidades cada uma. (a) Qual a probabilidade de haver exatamente 1 peça defeituosa numa caixa? (b) Qual a probabilidade de haver duas ou mais peças defeituosas numa caixa? (c) Se a empresa paga uma multa de R$ 10,00 por caixa em que houver alguma peça defeituosa, qual o valor esperado da multa num total de 1000 caixas? (32,81%) (8,14%) (R$ 4.100) Profª Lisiane Selau
  • 38. 3. Distribuição hipergeométrica A Distribuição hipergeométrica se difere da Distribuição binomial porque a probabilidade de sucesso muda de um experimento para o outro Essa distribuição é extremamente importante no contexto de amostragem sem reposição Definição: Modelo que descreve probabilisticamente os resultados de uma sequência de experimentos de Bernoulli dependentes. Refere-se a experimentos que se caracterizam por retiradas sem reposição, onde a probabilidade de sucesso se altera a cada retirada. 38 Profª Lisiane Selau
  • 39. (sucesso) n elementos (sem reposição) (fracasso) X= número de sucessos em n retiradas N N1 N2 =N1+N2 sub-populações população Do ponto de vista probabilístico não faz diferença considerar retiradas individuais sem reposição ou retirada conjunta de grupos Como não há reposição, a probabilidade de sucesso (retirar elementos da sub-população de tamanho N1) se altera a cada retirada. 39 Profª Lisiane Selau
  • 40. Experimento: Uma caixa contém 10 bolas coloridas: sete são verdes e três laranjas. Três bolas são retiradas da caixa, uma após a outra e sem reposição. Se a variável aleatória X é definida como o número de bolas verdes retiradas, construa a distribuição de probabilidade de X. Verde 3 bolas Laranja X = número de bolas verdes N =10 N1=7 N2 =3 Bolas (n=3) 40 Profª Lisiane Selau
  • 41. X = número de bolas verdes SX = {0, 1, 2, 3} 0,008333 120 1 120 1 1 C C C 3 10 3 3 0 7 = = × = 0,175 120 21 120 3 7 C C C 3 10 2 3 1 7 = = × = 0,525 120 63 120 3 21 C C C 3 10 1 3 2 7 = = × = 0,2917 120 35 120 1 35 C C C 3 10 0 3 3 7 = = × = P(X =0) = P(X =1) = P(X =2) = P(X =3) = S = {L1L2L3, L1L2V1,L1L2V2, ..., V5V6V7} # S = 3 10 C = 120 V = verde L = laranja 41 Profª Lisiane Selau
  • 42. X = x 0 1 2 3 Σ P(X = x) 0,00833 0,175 0,525 0,2917 1 3 10 x - 3 3 x 7 C C C x) P(X = = Representação tabular Representação analítica , para SX = {0, 1, 2, 3} Função de probabilidade De modo geral, se X é uma variável que tem distribuição hipergeométrica, sua função de probabilidade será: , para SX = {0, 1, ..., n} n N x - n N x N C C C x) P(X 2 1 = = 42 Profª Lisiane Selau
  • 43. Parâmetros A distribuição hipergeométrica tem três parâmetros: n = número de repetições do experimento N = tamanho da população N1 = tamanho da sub-população de interesse (sucesso) X ~ Hip (n,N,N1) X tem distribuição hipergeométrica com parâmetros n, N e N1 n N x - n N x N C C C x) P(X 2 1 = = parâmetros 43 Profª Lisiane Selau
  • 44. Medidas descritivas E(X) = µ = ∑ ∈ X S x p(x) x Teorema: N N n μ E(X) 1 = = V(X) = σ2 2 2 μ ) E(X − = Teorema: probabilidade de sucesso Média ou valor esperado Variância probabilidade de fracasso Fator de correção       = = 1 - N n - N N N N N n σ V(X) 2 1 2 44 Binomial µ = n π σ2 = n π (1-π) Profª Lisiane Selau
  • 45. Descrição probabilística de uma sequência de experimentos de Bernoulli dependentes. Importante no contexto de amostragem sem reposição. RESUMO - Distribuição hipergeométrica Função de probabilidade , para SX = {0, 1, ..., n} n = número de repetições do experimento N = tamanho da população N1 = tamanho da sub-população de interesse Parâmetros Medidas descritivas n N x - n N x N C C C x) P(X 2 1 = = N N n μ E(X) 1 = =       = = 1 - N n - N N N N N n σ V(X) 2 1 2 45 Profª Lisiane Selau
  • 46. Exercício: Pequenos motores são guardados em caixas de 50 unidades. Um inspetor de qualidade examina cada caixa testando 5 motores. Se nenhum for defeituoso, a caixa é aceita. Se pelo menos 1 for defeituoso, todos 50 são testados. Há 6 motores defeituosos numa caixa. Qual a probabilidade de que seja necessário examinar todos os motores desta caixa? Tem-se N1 = 6 , N = 50 , n = 5, P(X ≥ 1) = ? P(X = 0) = = = 0,51257 P(examinar tudo) = 1 - P(X = 0) =0,48743 5 50 5 44 0 6 C C C 2118760 1086008 46 R: 0,4874 Profª Lisiane Selau
  • 47. 47 4. Distribuição de Poisson Definição: descreve probabilisticamente a sequência de um grande número de fenômenos independentes entre si, cada um com probabilidade de sucesso muito pequena. Ocorre quando se deseja contar o número de um tipo particular de eventos que ocorrem por unidade de tempo, de superfície ou de volume (num espaço contínuo). Distribuição de Poisson processo infinito de Bernoulli Pode ser considerada como uma binomial onde o número de experimentos (n) é grande, π π π π é pequeno (sucesso raro) e nπ π π π (média de sucessos) é constante. Profª Lisiane Selau
  • 48. nº de peças defeituosas observadas em uma linha de produção em um dia; nº de acidentes de trabalho ocorridos numa grande empresa em um ano; nº de ciclones ocorridos em certa região em uma estação do ano; nº de formigueiros por km2 em uma região; nº de acidentes que acontecem em 300km de uma rodovia; nº de carros que passam em um pedágio de uma rodovia em 30 minutos; nº de ligações que chegam em uma central telefônica em uma manhã. Exemplos: A distribuição de Poisson tem inúmeras aplicações na simulação de sistemas modelando o número de eventos ocorridos num intervalo de tempo (exemplo: sistemas de filas). 48 Profª Lisiane Selau
  • 49. Função de probabilidade De modo geral, se X é uma variável que tem distribuição de Poisson, sua função de probabilidade será: , para SX = {0, 1, 2, ...} x! λ e x) P(X x λ − = = onde: X: número de sucessos e = 2,718 (base dos logaritmos neperianos) λ λ λ λ: número médio de sucessos (sempre maior que zero) espaço amostral infinito 49 Profª Lisiane Selau
  • 50. x! e x) P(X x λ λ − = = Parâmetros A distribuição de Poisson tem apenas um parâmetro: λ λ λ λ = número médio de sucessos X ~ Poi (λ) X tem distribuição de Poisson com parâmetro λ λ λ λ parâmetro 50 Profª Lisiane Selau
  • 51. Exercício: Em uma central telefônica de uma pequena cidade do interior chegam ligações a uma taxa de 1 a cada 30 minutos. Qual a probabilidade de que no intervalo de 1 hora: (a) Não chegue ligações? (b) Chegue no máximo duas ligações? (c) Chegue pelo menos duas ligações? 51 13,53% 59,40% 67,67% Profª Lisiane Selau
  • 52. Solução: Neste caso, tem-se: λ = 2 (taxa de ligações por hora) X = nº de ligações por hora Então: P(X = x) = , para x = 0, 1, 2, 3, ... (a) P(X = 0) = = e-2 = 13,53% (b) P(X ≤ 2) = + + = 5e-2 = 67,67% (c) P(X≥2) = 1-P(X≤1) = 1- [ + ]=1- 3e-2 = 59,40% −λ λ e x x ! 0! 2 e 0 2 − 0! 2 e 0 2 − 52 1! 2 e 1 2 − 2! 2 e 2 2 − 0! 2 e 0 2 − 1! 2 e 1 2 − Profª Lisiane Selau
  • 53. Medidas descritivas E(X) = µ = ∑ ∈ X S x p(x) x Média ou valor esperado: Teorema: E(X) = µ µ µ µ = λ λ λ λ 2 2 μ ) E(X − = Variância: Teorema: V(X) = σ σ σ σ2 = λ λ λ λ Na Poisson média e variância são iguais!! V(X) = σ2 53 Profª Lisiane Selau
  • 54. Descrição probabilística da sequência de um grande número de fenômenos independentes, todos com probabilidade de sucesso constante e muito pequena. RESUMO - Distribuição de Poisson Função de probabilidade , para SX = {0, 1, 2, ...} Parâmetro Medidas descritivas V(X) = σ2 = λ E(X) = µ = λ λ = número médio de sucessos x! λ e x) P(X x λ − = = 54 Profª Lisiane Selau
  • 55. Exercício: Um dado é formado por chapas de plástico de 10x10 cm. Em média aparecem 50 defeitos por metro quadrado de plástico, segundo uma distribuição de Poisson. (a) Qual a probabilidade de uma determinada face apresentar exatamente 2 defeitos? (b) Qual a probabilidade de o dado apresentar no mínimo dois defeitos? (c) Qual a probabilidade de que pelo menos 5 faces sejam perfeitas? (7,58%) (80,08%) (24,36%) 55 Profª Lisiane Selau
  • 56. (a) Qual a probabilidade de uma determinada face apresentar exatamente 2 defeitos? Em média aparecem 50 defeitos/m2 = (50/10000) defeitos/cm2 Como cada face tem 10cm x 10 cm = 100 cm2, tem-se então: λ = (50/10000) defeitos/cm2 x 100 cm2 = 0,5 defeitos por face. A probabilidade de uma face apresentar dois defeitos será: P(X = 2) = = 7,58% −0 5 2 0 5 2 , ( , ) ! e 56 Profª Lisiane Selau
  • 57. (b) Qual a probabilidade de o dado apresentar no mínimo dois defeitos? No dado inteiro, a área total será a = 6x100 cm2 = 600 cm2 e o número médio de defeitos será então: λ = (50/10000) defeitos /cm2 x 600 cm2 = 3 defeitos A probabilidade de o dado apresentar no mínimo 2 defeitos será: P(X ≥ 2) = P(X = 2) + P(X = 3) + ... = 1 - P(X ≤ 1) = 1 - [P(X = 0) + P(X =1)] = = 1 - [ + ] = = 1 - [0,0498 + 0,1494] = 80,08% −3 0 3 0 e ! −3 1 3 1 e ! 57 Profª Lisiane Selau
  • 58. (c) Qual a probabilidade de que pelo menos 5 faces sejam perfeitas? A probabilidade de uma face ser perfeita é a probabilidade de ela não apresentar defeitos, isto é: P (X = 0) = = 60,65% Tem-se então uma binomial Y com n = 6 (número de faces do dado) e p = 60,65%(probabilidade de uma face ser perfeita) Então a probabilidade de pelo menos 5 perfeitas, será: P(Y ≥ 5) = P(Y = 5) + P(Y = 6) = + = 24,36% −0 5 0 0 5 0 , ( , ) ! e (0,3935) . (0,6065) . 5 6 1 5         6 6 0 6065 0 3935 6 0      .( , ) .( , ) 58 Profª Lisiane Selau