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Formação dos solos
O processo de origem, formação e transformação dos solos está diretamente relacionado com o
intemperismo e com a acumulação de material orgânico.
Os solos constituem-se como um importante recurso natural
Os solos configuram-se como um importante recurso natural renovável que é
utilizado pelas atividades humanas para fins econômicos, tendo uma notável
importância nas práticas agropecuárias e na geração de alimentos para a sociedade.
Sendo assim, uma curiosidade que permanece é: como se formam os solos?
Basicamente, os solos formam-se a partir do processo de decomposição das rochas de origem, chamadas
de rochas mãe. Isso significa dizer que, no início, não existiam solos na Terra, mas apenas grandes e
variados grupos rochosos que foram lentamente desgastados pelo clima, pela ação da água e dos ventos
e também pelos seres vivos, sobretudos as plantas. Com isso, essa lenta desagregação proporcionou a
formação de sedimentos, que se mantêm aglomerados e compõem os solos. O processo de origem e
constituição dos solos é chamado de pedogênese.
Nesse sentido, a formação dos solos na natureza levou milhões de anos, apresentando, quase sempre,
aspectos relacionados com o seu material de origem e as interferências naturais e antrópicas
proporcionadas sobre eles. Vale lembrar que esse processo de formação dos solos é ininterrupto e ainda
ocorre atualmente. Para compreender melhor o fenômeno natural da pedogênese,
Esquema explicativo da sequência de formação dos solos
De acordo com a sequência abaixo explicitada, compreendemos que o processo de formação obedece à
seguinte cronologia:
a) decomposição lenta da rocha
mãe pelos agentes
do intemperismo (água, ventos,
clima, plantas e outros);
b) com o tempo, acumula-se
uma maior presença de material
orgânico sobre o solo recém-
formado;
c) o material orgânico decompõe-
se e vai aos poucos
enriquecendo o terreno, enquanto
os horizontes do solo vão se
formando;
d) o solo, em estágio mais
avançado, passa a contar com os
diferentes horizontes, além de
apresentar uma camada superficial orgânica propícia ao plantio e à existência de vegetações.
Os solos mais antigos apresentam essa estrutura mais consolidada, enquanto os solos mais jovens,
muitas vezes, ainda se encontram em processo intermediário de formação, sem a existência de todos os
seus horizontes e com baixo nível de material orgânico. Os horizontes do solo, segundo as classificações
mais comuns, são:
Horizonte O (horizonte orgânico) – camada externa do solo composta por material orgânico em estágio de
decomposição.
Horizonte A – é o horizonte mineral mais próximo da superfície, com uma relativa presença de matéria
orgânica.
Horizonte B – é o horizonte de acumulação, com uma grande presença de minerais e com baixo acúmulo
de material orgânico.
Horizonte C – camada formada por partes fragmentadas da rocha mãe, muitas vezes com sedimentos
menores nas suas partes mais altas e com saprólitos e partes de rochas em sua parte inferior.
Processo de Formação dos Solos
O processo de formação dos solos, conhecido como pedogênese, consiste em um gradativo processo em
que uma rocha preexistente é desgastada e convertida em fragmentos muito pequenos, chamados de
sedimentos, que serão os constituintes iniciais do solo. Com o tempo, agregam-se os demais elementos
além dos minerais, quais sejam: o material orgânico e os componentes químicos que conferem fertilidade
ao local.
Para entender como se formam os solos, é preciso ter em mente que se trata de um processo muito lento
e gradativo, se considerarmos o ponto de vista do tempo histórico. A depender das condições do
ambiente, um solo por levar milhões de anos para apresentar as suas mais diferentes características,
lembrando que apenas os solos mais desenvolvidos apresentarão sua totalidade de componentes e
horizontes.
A rocha que dá origem ao solo, chamada de rocha mãe ou rocha matriz, vai sendo inicialmente
desgastada pelos agentes externos ou exógenos de relevo, tais como as chuvas, os ventos, as mudanças
climáticas e outros.
Esse processo de decomposição da rocha é chamado de intemperismo ou meteorização. Em ambientes
de climas tropicais, por exemplo, onde ocorrem chuvas com maior frequência, a pedogênese costuma ser
mais acelerada do que em outros locais.
Os conjuntos de sedimentos resultantes do intemperismo da rocha matriz tornam-se ideais para a
ocupação de micro-organismos, seres vivos e restos orgânicos. Esses elementos irão atuar no sentido de
intensificar as intempéries sobre o leito rochoso, além de irem gradativamente deixando o solo mais fértil e
apropriado para o cultivo e instalação de espécies vegetais em geral.
Dessa forma, à medida que o tempo passa, mais profundo o solo se torna e também maior diversidade de
horizontes ele apresenta.
É importante perceber, contudo, que nem todo solo antigo é necessariamente fértil, pois isso dependerá
de uma série de fatores naturais, como a composição original da rocha mãe, as condições ambientais que
permitem a presença de microorganismos, entre outros fatores.
Formação dos
solos
Além disso, a
dinâmica do meio
natural faz com
que, muitas vezes,
os solos sejam
consecutivamente
“lavados” pela
água das chuvas e
dos rios, o que
pode acarretar em
reações químicas
que, entre outras
várias
consequências,
aumentam a
acidez do solo ou
intensificam a
presença de
óxidos de ferro e
alumínio.
Os fatores de formação dos solos
Os fatores de formação dos solos, que são: a rocha matriz, o clima, o relevo, os organismos vivos e o tempo.
Sabemos que os solos não são iguais em todos os lugares. Em termos de classificação, existem centenas
ou até milhares de tipos diferentes, a depender do critério utilizado em sua análise. Mas, por qual motivo
os solos se apresentam de formas, composições químicas, cores e até níveis de fertilidade diferenciados?
Isso ocorre porque cada um deles foi exposto às diferentes combinações entre os fatores de formação dos
solos, que são: a rocha matriz, o clima, o relevo, os organismos vivos e o tempo.
Vamos compreender mais detalhadamente como cada um desses fatores interferem no processo de
pedogênese.
Formação dos solos – Rocha matriz
Rocha matriz: se considerarmos as rochas a partir de sua gênese, elas podem ser classificadas em ígneas
intrusivas, ígneas extrusivas, metamórficas e sedimentares. Portanto, a depender do tipo de rocha que dá
origem ao solo em seu processo de formação, diferentes composições químicas e minerais esse solo irá
apresentar.
Por exemplo: o relevo brasileiro, em um passado geologicamente distante, sofreu com muitos
derramamentos vulcânicos em sua região centro-sul, constituindo uma rocha específica chamada basalto,
entre outros tipos semelhantes. Essa rocha, posteriormente, deu origem a um tipo de solo avermelhado
bastante fértil, chamado de terra roxa. Em uma situação diferente, uma rocha sedimentar com baixa
concentração de calcário (CaCO3) iria originar um solo arenoso e quimicamente pobre.
Formação dos solos – Clima
Clima: a interferência dos fatores climáticos sobre a formação do solo acontece a partir da regulação de
alguns elementos, como a umidade, os ventos e, principalmente, o regime de chuvas, o que afeta em
maior ou menor grau o intemperismo da rocha matriz. A tendência é que, quanto mais quente e úmido for
o ambiente atmosférico – algo comum em regiões de climas tropicais e equatoriais – mais rápida e intensa
será o processo de decomposição da rocha, uma vez que os intemperismo físico e químico serão
acelerados.
Formação dos solos – Relevo
Relevo: em regiões onde as formas de relevo são mais acentuadas, a presença de declividades é mais
comum. Nesses locais, os solos tendem a ser pouco profundos e menos desenvolvidos, uma vez que em
áreas íngremes a água proveniente das chuvas tende a escoar e não a infiltrar, o que diminui a incidência
do intemperismo. Já regiões mais planas, por outro lado, tendem a favorecer a ação dos agentes
exógenos de transformação do ambiente, o que contribui para acelerar a pedogênese.
Formação dos solos – Organismos vivos
Organismos vivos: a presença de organismos vivos também irão condicionar o processo de formação dos
solos, uma vez que muitos deles agem naquilo que chamamos de intemperismo biológico ou químico-
biológico através da liberação de diferentes substâncias. Com isso, quanto mais material orgânico e seres
vivos existirem nesse solo, mais intensificado será o seu processo de constituição. Além disso, eles irão
interferir em outras instâncias, como o grau de fertilidade e a composição química.
Formação dos solos – Tempo
Tempo: refere-se ao período quantitativo em que a rocha matriz foi exposta às condições ambientais.
Assim sendo, regiões de solos jovens, tendem apresentar menor profundidade em comparação com
regiões geologicamente mais antigas. A maior parte do território brasileiro é considerada antiga, o que,
combinado à presença de umidade e calor na maior parte do país, faz com que tenhamos muitos solos de
perfil mais bem desenvolvido.

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  • 1. Formação dos solos O processo de origem, formação e transformação dos solos está diretamente relacionado com o intemperismo e com a acumulação de material orgânico. Os solos constituem-se como um importante recurso natural Os solos configuram-se como um importante recurso natural renovável que é utilizado pelas atividades humanas para fins econômicos, tendo uma notável importância nas práticas agropecuárias e na geração de alimentos para a sociedade. Sendo assim, uma curiosidade que permanece é: como se formam os solos? Basicamente, os solos formam-se a partir do processo de decomposição das rochas de origem, chamadas de rochas mãe. Isso significa dizer que, no início, não existiam solos na Terra, mas apenas grandes e variados grupos rochosos que foram lentamente desgastados pelo clima, pela ação da água e dos ventos e também pelos seres vivos, sobretudos as plantas. Com isso, essa lenta desagregação proporcionou a formação de sedimentos, que se mantêm aglomerados e compõem os solos. O processo de origem e constituição dos solos é chamado de pedogênese. Nesse sentido, a formação dos solos na natureza levou milhões de anos, apresentando, quase sempre, aspectos relacionados com o seu material de origem e as interferências naturais e antrópicas proporcionadas sobre eles. Vale lembrar que esse processo de formação dos solos é ininterrupto e ainda ocorre atualmente. Para compreender melhor o fenômeno natural da pedogênese, Esquema explicativo da sequência de formação dos solos De acordo com a sequência abaixo explicitada, compreendemos que o processo de formação obedece à seguinte cronologia: a) decomposição lenta da rocha mãe pelos agentes do intemperismo (água, ventos, clima, plantas e outros); b) com o tempo, acumula-se uma maior presença de material orgânico sobre o solo recém- formado; c) o material orgânico decompõe- se e vai aos poucos enriquecendo o terreno, enquanto os horizontes do solo vão se formando; d) o solo, em estágio mais avançado, passa a contar com os diferentes horizontes, além de apresentar uma camada superficial orgânica propícia ao plantio e à existência de vegetações. Os solos mais antigos apresentam essa estrutura mais consolidada, enquanto os solos mais jovens, muitas vezes, ainda se encontram em processo intermediário de formação, sem a existência de todos os seus horizontes e com baixo nível de material orgânico. Os horizontes do solo, segundo as classificações mais comuns, são: Horizonte O (horizonte orgânico) – camada externa do solo composta por material orgânico em estágio de decomposição. Horizonte A – é o horizonte mineral mais próximo da superfície, com uma relativa presença de matéria orgânica. Horizonte B – é o horizonte de acumulação, com uma grande presença de minerais e com baixo acúmulo de material orgânico. Horizonte C – camada formada por partes fragmentadas da rocha mãe, muitas vezes com sedimentos menores nas suas partes mais altas e com saprólitos e partes de rochas em sua parte inferior.
  • 2. Processo de Formação dos Solos O processo de formação dos solos, conhecido como pedogênese, consiste em um gradativo processo em que uma rocha preexistente é desgastada e convertida em fragmentos muito pequenos, chamados de sedimentos, que serão os constituintes iniciais do solo. Com o tempo, agregam-se os demais elementos além dos minerais, quais sejam: o material orgânico e os componentes químicos que conferem fertilidade ao local. Para entender como se formam os solos, é preciso ter em mente que se trata de um processo muito lento e gradativo, se considerarmos o ponto de vista do tempo histórico. A depender das condições do ambiente, um solo por levar milhões de anos para apresentar as suas mais diferentes características, lembrando que apenas os solos mais desenvolvidos apresentarão sua totalidade de componentes e horizontes. A rocha que dá origem ao solo, chamada de rocha mãe ou rocha matriz, vai sendo inicialmente desgastada pelos agentes externos ou exógenos de relevo, tais como as chuvas, os ventos, as mudanças climáticas e outros. Esse processo de decomposição da rocha é chamado de intemperismo ou meteorização. Em ambientes de climas tropicais, por exemplo, onde ocorrem chuvas com maior frequência, a pedogênese costuma ser mais acelerada do que em outros locais. Os conjuntos de sedimentos resultantes do intemperismo da rocha matriz tornam-se ideais para a ocupação de micro-organismos, seres vivos e restos orgânicos. Esses elementos irão atuar no sentido de intensificar as intempéries sobre o leito rochoso, além de irem gradativamente deixando o solo mais fértil e apropriado para o cultivo e instalação de espécies vegetais em geral. Dessa forma, à medida que o tempo passa, mais profundo o solo se torna e também maior diversidade de horizontes ele apresenta. É importante perceber, contudo, que nem todo solo antigo é necessariamente fértil, pois isso dependerá de uma série de fatores naturais, como a composição original da rocha mãe, as condições ambientais que permitem a presença de microorganismos, entre outros fatores. Formação dos solos Além disso, a dinâmica do meio natural faz com que, muitas vezes, os solos sejam consecutivamente “lavados” pela água das chuvas e dos rios, o que pode acarretar em reações químicas que, entre outras várias consequências, aumentam a acidez do solo ou intensificam a presença de óxidos de ferro e alumínio. Os fatores de formação dos solos
  • 3. Os fatores de formação dos solos, que são: a rocha matriz, o clima, o relevo, os organismos vivos e o tempo. Sabemos que os solos não são iguais em todos os lugares. Em termos de classificação, existem centenas ou até milhares de tipos diferentes, a depender do critério utilizado em sua análise. Mas, por qual motivo os solos se apresentam de formas, composições químicas, cores e até níveis de fertilidade diferenciados? Isso ocorre porque cada um deles foi exposto às diferentes combinações entre os fatores de formação dos solos, que são: a rocha matriz, o clima, o relevo, os organismos vivos e o tempo. Vamos compreender mais detalhadamente como cada um desses fatores interferem no processo de pedogênese. Formação dos solos – Rocha matriz Rocha matriz: se considerarmos as rochas a partir de sua gênese, elas podem ser classificadas em ígneas intrusivas, ígneas extrusivas, metamórficas e sedimentares. Portanto, a depender do tipo de rocha que dá origem ao solo em seu processo de formação, diferentes composições químicas e minerais esse solo irá apresentar. Por exemplo: o relevo brasileiro, em um passado geologicamente distante, sofreu com muitos derramamentos vulcânicos em sua região centro-sul, constituindo uma rocha específica chamada basalto, entre outros tipos semelhantes. Essa rocha, posteriormente, deu origem a um tipo de solo avermelhado bastante fértil, chamado de terra roxa. Em uma situação diferente, uma rocha sedimentar com baixa concentração de calcário (CaCO3) iria originar um solo arenoso e quimicamente pobre. Formação dos solos – Clima Clima: a interferência dos fatores climáticos sobre a formação do solo acontece a partir da regulação de alguns elementos, como a umidade, os ventos e, principalmente, o regime de chuvas, o que afeta em maior ou menor grau o intemperismo da rocha matriz. A tendência é que, quanto mais quente e úmido for o ambiente atmosférico – algo comum em regiões de climas tropicais e equatoriais – mais rápida e intensa será o processo de decomposição da rocha, uma vez que os intemperismo físico e químico serão acelerados. Formação dos solos – Relevo Relevo: em regiões onde as formas de relevo são mais acentuadas, a presença de declividades é mais comum. Nesses locais, os solos tendem a ser pouco profundos e menos desenvolvidos, uma vez que em áreas íngremes a água proveniente das chuvas tende a escoar e não a infiltrar, o que diminui a incidência do intemperismo. Já regiões mais planas, por outro lado, tendem a favorecer a ação dos agentes exógenos de transformação do ambiente, o que contribui para acelerar a pedogênese. Formação dos solos – Organismos vivos Organismos vivos: a presença de organismos vivos também irão condicionar o processo de formação dos solos, uma vez que muitos deles agem naquilo que chamamos de intemperismo biológico ou químico- biológico através da liberação de diferentes substâncias. Com isso, quanto mais material orgânico e seres vivos existirem nesse solo, mais intensificado será o seu processo de constituição. Além disso, eles irão interferir em outras instâncias, como o grau de fertilidade e a composição química. Formação dos solos – Tempo Tempo: refere-se ao período quantitativo em que a rocha matriz foi exposta às condições ambientais. Assim sendo, regiões de solos jovens, tendem apresentar menor profundidade em comparação com regiões geologicamente mais antigas. A maior parte do território brasileiro é considerada antiga, o que, combinado à presença de umidade e calor na maior parte do país, faz com que tenhamos muitos solos de perfil mais bem desenvolvido.