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UNIVERSIDADE POSITIVO – UP 
Engenharia de bioprocessos e biotecnologia, 1º Período, Turma B 
CINÉTICA QUÍMICA 
ELISAMA GRAFF CELLA 
FELIPE LOPES BACELLAR 
CURITIBA – PR 
2013
SUMÁRIO 
SUMÁRIO......................................................................................................................................2 
1.INTRODUÇÃO............................................................................................................................3 
2.OBJETIVO...................................................................................................................................7 
3.MÉTODOS E DISCUSSÃO............................................................................................................8 
3.1 Variação da concentração..................................................................................................8 
3.2 Adição de catalisador.........................................................................................................9 
3.3Variação da temperatura...................................................................................................10 
3.4 Reagente Limitante..........................................................................................................11 
4.REFERÊNCIAS...........................................................................................................................12
1. INTRODUÇÃO 
As reações químicas podem variar em seu resultado de acordo com 
seus reagentes e na forma como tais reagentes são adicionados à mistura. 
Porém, há variáveis que podem interferir no resultado final de uma mesma 
reação sem nem ao menos ser parte direta da mistura, tais como: a 
temperatura, a concentração dos reagentes e o acréscimo de catalisador. 
Tais elementos aplicados a uma reação ocasionam mudanças na 
velocidade das reações, em um nível macroscópico; e seus mecanismos, em 
nível microscópico. O estudo de ambos os conceitos cabe ao que é chamado 
de Cinética Química, que tem principal foco a determinação da velocidade das 
reações de acordo com a temperatura e concentraçãodos reagentes, bem 
como os processos que se seguem nos átomos no decorrer de uma reação 
química. 
Estão incluídos nos estudos de Velocidade de reação os fatores: 
Concentração de Reagentes: Visando o choque entre mais moléculas para 
maior quebra de ligações a velocidade da reação se relaciona com as 
concentrações dos reagentes sendo utilizados. 
Superfície de Contato: Seguindo o mesmo conceito da concentração, quanto 
maior for o contato entre os reagentes, maior será a velocidade da reação. A 
dissolução de pastilhas antiácidas moídas na água é exemplo disto. 
Pressão: O aumento de pressão sobre sistemas gasosos causa maior colisão 
das moléculas, gerando, na velocidade, aumento na velocidade da reação. 
Temperatura: Causa favorecimento à velocidade de reação dependendo do 
tipo de reação que se almeja, se endotérmica ou exotérmica. Frisa-se, 
portanto, que o aumento da temperatura nem sempre causa aumento na 
velocidade de reação.
Catalisadores: Permitem que a reação tome um caminho alternativo, que exija 
menor energia de ativação. Consequência é o processamento mais rápido da 
reação sem modificação do produto final. 
A teoria da velocidade das reações pode ser descrita pela fórmula da lei 
cinética de uma reação, que permite calcular a velocidade de determinada 
reação se utilizando de suas concentrações e número de moléculas, mols, 
presente na mistura, pela fórmula: 
v = k · [X]m · [Y]n 
Onde: 
k : constante da velocidade da reação, dependente da temperatura. 
[X] e [Y]: concentração dos reagentes X e Y em mol/L 
m e n: são expoentes determinados experimentalmente, e que recebem o 
nome de "ordem da reação". Assim: 
m: ordem da reação em relação a X 
n: ordem da reação em relação a Y 
m + n: ordem total da reação 
Aos mecanismos de Reação são atribuídas as fases de uma reação 
comum. Uma reação química pode ocorrer em apenas uma etapa ou duas ou 
mais etapas. Às reações em uma etapa é dado o nome de Reações 
Elementares. Já as que possuem mais de uma são chamadas de Reações 
Complexas. 
As reações orgânicas possuem normalmente mais de uma etapa e 
essas etapas intermediárias podem acontecer dependendo do mecanismo que 
é empregado, ou do reagente que é adicionado. Essas etapas podem ser 
descritas pelo mecanismo da reação que é a simulação do caminho que os 
reagentes fazem até chegar ao produto final.
A obtenção desse mecanismo não pode ser dada empiricamente, pois é 
necessária a realização da prática para obtenção da velocidade final da reação, 
uma vez que os compostos orgânicos reagem entre si de várias formas: ruptura 
das ligações, formação de compostos intermediário. Existem fatores que 
interferem no produto final da reação, como, por exemplo, a natureza do 
solvente, polaridade das ligações, troca de elétrons, etc. Portanto, um 
determinado mecanismo nem sempre é o único caminho para a formação do 
produto, eles podem ocorrer de várias formas, ionicamente ou via radicais 
livres por exemplo. 
Mecanismo iônico : processo que tem início através da ruptura heterolítica de 
uma ligação covalente e formação dos íons (carbocátion e carbânion). 
Mecanismo via radicais livres : a ruptura homolítica de uma ligação covalente 
forma radicais livres (muito instáveis e reativos). 
Tipos de reação 
A maioria das reações podem ser encaixadas em uma das 6 categorias: 
substituição, adição, eliminação, rearranjos, oxidação e redução. Substituição: 
Nas reações de substituição, o substrato tem um de seus ligantes substituído 
por outro; 
Substituição Nucleofílica (SN2): 
Nesse mecanismo ocorre ataque nucleofílico, formando um estado de 
transição e eliminação do grupo abandonador. Nesse mecanismo, a velocidade 
da reação depende da concentração dos dois reagentes: o nucleófilo e o 
substrato. Isto ocorre porque a primeira etapa é lenta, portanto, determina a 
velocidade da reação. 
Substituição Nucleofílica (SN1): 
Este mecanismo é de primeira ordem, ou seja, consiste de duas etapas: 
Na primeira tem lugar a saída do grupo saliente e a formação do intermediário 
carbocátion e, na segunda, o nucleófilo se une ao composto.
Adição Nucleofílica: 
Reação comum dos compostos carbonilados, ocorre quando o substrato 
adiciona na primeira etapa um reagente nucleófilo. 
Adição eletrofílica: 
Reação comum em alcenos e alcinos ocorre quando o substrato 
adiciona na primeira etapa um reagente eletrófilo; 
Eliminação: 
Estas reações podem ocorrer por mecanismo heterolítico (via radicais 
livres são raras). Ocorre a eliminação de alguma ligação entre os compostos. 
Rearranjos: 
Podem envolver migração de um átomo ou grupo de um átomo para 
outro. Migrante é quando se move para ao tomo izinho, no entanto, podem 
ocorrer também rearranjos para átomos mais distantes. 
Oxidação: 
É o processo químico em que uma substância perde elétrons, partículas 
elementares de sinal elétrico negativo. Redução: Consiste no ganho de 
elétrons por um átomo, que os incorpora a sua estrutura interna. 
Ao final, convém relacionar estas variáveis à reação com a finalidade de 
obter resultados práticos nos conformes dos resultados teóricos, 
providenciando análise dos ocorridos durante determinado experimento e, 
consequentemente, obtendo resultados mais precisos e coerentes para 
posterior estudo.
2. OBJETIVO 
Determinar através de práticas experimentais as velocidades de reação 
das reações, alterando parâmetros como concentração do reagente, utilização 
de catalisador ou variação de temperatura. E avaliar as reações e seus 
mecanismos envolvidos na prática.
3. MÉTODOS E DISCUSSÃO 
3.1 Variação da concentração 
Com o auxílio de uma pipeta volumétrica foi coletado 5mL de ácido 
oxálico 0,5M e adicionado há dois tubos de ensaio, no primeiro adicionou-se 
em seguida 1 mL de ácido sulfúrico 4,0M e 4mL de Permanganato de potássio. 
No segundo tubo de ensaio adicionou-se junto ao ácido oxálico 1mL de ácido 
sulfúrico 4,0M, 10 mL de água destilada e 4mL de permanganato de potássio 
0,01M. E então foi marcado o tempo necessário para a descoloração das duas 
amostras, tomando o cuidado de iniciar a contagem do tempo imediatamente 
após a adição de todos os reagentes. 
Os resultados obtidos em função do tempo podem ser observados na tabela I: 
Tabela I 
Amostras Tempo 
Amostra 1 31:35 minutos 
Amostra 2 46:04 minutos 
As amostras perderam o tom roxo derivado da adição do permanganato 
de potássio e se tornaram transparentes ao final da experiência. Evidenciando 
a formação do produto. A diluição da amostra 2 evidencia a direta relação entre 
a concentração dos reagentes na formação do produto. A presença da água 
destilada torna a amostra 2 mais diluída em relação a amostra 1 em média 14 
minutos mais lenta. 
Representação da reação: 
5H2C2O4 + 3H2SO4 + 2KMnO4 ---> 10CO2 + K2SO4 + 2MnSO4 + 8H2O 
Velocidade de reação na amostra I: 
[5]5 x [1]3 x [4]2 / 1.895 ----> 26,4 mL/s 
Velocidade de reação na amostra II:
[5]5 x [1]3 x [4]2 / 2.764 - 18,09 mL/s 
3.2 Adição de catalisador 
Foram separados dois tubos de ensaio como amostra A e B. Pipetou-se 
em cada um deles 1 mL de ácido oxálico 0,5M e 1 mL de ácido sulfúrico 4,0 M. 
Na amostra A adicionou-se 4mL de Permanganato de potássio 0,01M e foi 
cronometrado o tempo até a descoloração total da substância. Na amostra B 
foram adicionadas 5 gotas de Sulfato de magnésio 1,0M e 4mL de 
permanganato de potássio 0,01M tomando o cuidado de cronometrar a reação 
dos reagentes até a completa mudança de coloração da substância. 
Os resultados obtidos em função do tempo podem ser observados na tabela II: 
Tabela II 
Amostras Tempo 
Amostra A 09:23 minutos 
Amostra B 03:34 minutos 
Após a completa reação as amostras passaram de roxo para incolor, o 
que evidência a formação do produto nas soluções. A adição das 5 gotas de 
sulfato de magnésio, como catalisador na amostra B, demonstra a diminuição 
da energia de ativação na formação do produto em média 6 minutos mais 
rápida. O íon Magnésio (Mg+2 ) catalisa a reação, reduzindo o Permanganato de 
potássio (KMnO4). A oxigenação do ácido oxálico (H2C2O4) pelo Permanganato 
é uma reação lenta, porém com a adição do Sulfato de Magnésio (MnSO4) há 
uma reação intermediária que tira o Sultato da molécula de Sulfato de 
Magnésio e formando o óxido de magnésio (MnO2) que é bastante reativo, 
tornando a formação do produto mais rápida. 
Velocidade de reação na amostra A: 
[5]5 x [1]3 x [4]2 / 563 = 88,8 mL/s 
Velocidade de reação na amostra B:
[5]5 x [1]3 x [4]2 / 214 = 233,6 mL/s 
3.3 Variação da temperatura 
Foram separados dois tubos de ensaio como amostra I e II. Pipetou-se 
em cada uma delas 5mL de ácido oxálico em solução 0,5M, e adicionou-se 
1mL de ácido sulfúrico 4M. No tubo I foi adicionado 4mL de Permanganato de 
potássio 0,01M e feito isso foi acionado o cronômetro para evidenciar o tempo 
de reação, até o completo desaparecimento da coloração roxa para incolor. A 
amostra II foi colocada em banho-maria por cinco minutos, tomando o cuidado 
de agitar a amostra para um valor de temperatura homogêneo em toda a 
amostra, adicionou-se então 4 mL de Permanganato de potássio 0,01M com 
imediata cronometragem do tempo até a total descoloração. 
Os resultados obtidos em função do tempo podem ser observados na tabela III: 
Tabela III 
Amostras Tempo 
Amostra I 30:36 minutos 
Amostra II 00:45 segundos 
Com a variação da temperatura das amostras foi evidenciada a relação 
direta do aumento da temperatura com a velocidade da reação. Ao subir a 
temperatura o grau de entropia da substância aumenta fazendo com que a 
agitação entre as moléculas facilite o choque entre elas e assim aumente 
bruscamente a velocidade de reação na formação do produto. 
Variação da velocidade de reação Amostra I: 
[5]5 x [1]3 x [4]2 / 1.836 = 27,2 mL/s 
Variação da velocidade de reação Amostra II: 
[5]5 x [1]3 x [4]2 / 45 = 1.111,1 mL/s
3.4 Reagente Limitante 
Foram separados dois béquers e adicionado 20mL de água destilada à 
primeira amostra e 20mL de álcool etílico a segunda amostra. Adicionou-se 
então quantidades iguais de uma pastilha efervescente. 
Foi observado que na solução com água destilada a pastilha se 
dissolveu rapidamente, já a solução com álcool etílico foi bastante lenta e se 
estabilizou após alguns segundos, evidenciando a reação direta da pastilha 
com as moléculas de água, para a liberação de oxigênio, no béquer que 
continha o álcool a quantidade de água disponível para a reação é baixa e por 
isso a efervescência se estabiliza após alguns segundos, porém se for 
adicionada mais água gradativamente a solução, a pastilha continua a se 
dissolver, formando mais produto, ou seja, formando mais oxigênio o que 
demonstra que a água é o fator limitante na reação. A primeira amostra por 
possuir bastante água livre consegue dissolver rapidamente a pastilha, o que 
não é observado na presença de pouca água, como no caso da segunda 
amostra com quantidade de água limitada.
4. REFERÊNCIAS 
http://www.iq.ufrgs.br/lasomi/materiais/Mecanismos_de_reacao_- 
_parte_I.pdf <acessadp em 01/07/2013> 
http://www2.ufpa.br/quimdist/livro_novo/quimica_organica_teorica/cap 
%20%2010.pdf <acessado em 01/07/2013> 
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/quimica/cinetica-quimica-reacoes-quimicas- 
rapidez-e-influencias.htm <acessado em 01/07/2013>

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  • 1. UNIVERSIDADE POSITIVO – UP Engenharia de bioprocessos e biotecnologia, 1º Período, Turma B CINÉTICA QUÍMICA ELISAMA GRAFF CELLA FELIPE LOPES BACELLAR CURITIBA – PR 2013
  • 2. SUMÁRIO SUMÁRIO......................................................................................................................................2 1.INTRODUÇÃO............................................................................................................................3 2.OBJETIVO...................................................................................................................................7 3.MÉTODOS E DISCUSSÃO............................................................................................................8 3.1 Variação da concentração..................................................................................................8 3.2 Adição de catalisador.........................................................................................................9 3.3Variação da temperatura...................................................................................................10 3.4 Reagente Limitante..........................................................................................................11 4.REFERÊNCIAS...........................................................................................................................12
  • 3. 1. INTRODUÇÃO As reações químicas podem variar em seu resultado de acordo com seus reagentes e na forma como tais reagentes são adicionados à mistura. Porém, há variáveis que podem interferir no resultado final de uma mesma reação sem nem ao menos ser parte direta da mistura, tais como: a temperatura, a concentração dos reagentes e o acréscimo de catalisador. Tais elementos aplicados a uma reação ocasionam mudanças na velocidade das reações, em um nível macroscópico; e seus mecanismos, em nível microscópico. O estudo de ambos os conceitos cabe ao que é chamado de Cinética Química, que tem principal foco a determinação da velocidade das reações de acordo com a temperatura e concentraçãodos reagentes, bem como os processos que se seguem nos átomos no decorrer de uma reação química. Estão incluídos nos estudos de Velocidade de reação os fatores: Concentração de Reagentes: Visando o choque entre mais moléculas para maior quebra de ligações a velocidade da reação se relaciona com as concentrações dos reagentes sendo utilizados. Superfície de Contato: Seguindo o mesmo conceito da concentração, quanto maior for o contato entre os reagentes, maior será a velocidade da reação. A dissolução de pastilhas antiácidas moídas na água é exemplo disto. Pressão: O aumento de pressão sobre sistemas gasosos causa maior colisão das moléculas, gerando, na velocidade, aumento na velocidade da reação. Temperatura: Causa favorecimento à velocidade de reação dependendo do tipo de reação que se almeja, se endotérmica ou exotérmica. Frisa-se, portanto, que o aumento da temperatura nem sempre causa aumento na velocidade de reação.
  • 4. Catalisadores: Permitem que a reação tome um caminho alternativo, que exija menor energia de ativação. Consequência é o processamento mais rápido da reação sem modificação do produto final. A teoria da velocidade das reações pode ser descrita pela fórmula da lei cinética de uma reação, que permite calcular a velocidade de determinada reação se utilizando de suas concentrações e número de moléculas, mols, presente na mistura, pela fórmula: v = k · [X]m · [Y]n Onde: k : constante da velocidade da reação, dependente da temperatura. [X] e [Y]: concentração dos reagentes X e Y em mol/L m e n: são expoentes determinados experimentalmente, e que recebem o nome de "ordem da reação". Assim: m: ordem da reação em relação a X n: ordem da reação em relação a Y m + n: ordem total da reação Aos mecanismos de Reação são atribuídas as fases de uma reação comum. Uma reação química pode ocorrer em apenas uma etapa ou duas ou mais etapas. Às reações em uma etapa é dado o nome de Reações Elementares. Já as que possuem mais de uma são chamadas de Reações Complexas. As reações orgânicas possuem normalmente mais de uma etapa e essas etapas intermediárias podem acontecer dependendo do mecanismo que é empregado, ou do reagente que é adicionado. Essas etapas podem ser descritas pelo mecanismo da reação que é a simulação do caminho que os reagentes fazem até chegar ao produto final.
  • 5. A obtenção desse mecanismo não pode ser dada empiricamente, pois é necessária a realização da prática para obtenção da velocidade final da reação, uma vez que os compostos orgânicos reagem entre si de várias formas: ruptura das ligações, formação de compostos intermediário. Existem fatores que interferem no produto final da reação, como, por exemplo, a natureza do solvente, polaridade das ligações, troca de elétrons, etc. Portanto, um determinado mecanismo nem sempre é o único caminho para a formação do produto, eles podem ocorrer de várias formas, ionicamente ou via radicais livres por exemplo. Mecanismo iônico : processo que tem início através da ruptura heterolítica de uma ligação covalente e formação dos íons (carbocátion e carbânion). Mecanismo via radicais livres : a ruptura homolítica de uma ligação covalente forma radicais livres (muito instáveis e reativos). Tipos de reação A maioria das reações podem ser encaixadas em uma das 6 categorias: substituição, adição, eliminação, rearranjos, oxidação e redução. Substituição: Nas reações de substituição, o substrato tem um de seus ligantes substituído por outro; Substituição Nucleofílica (SN2): Nesse mecanismo ocorre ataque nucleofílico, formando um estado de transição e eliminação do grupo abandonador. Nesse mecanismo, a velocidade da reação depende da concentração dos dois reagentes: o nucleófilo e o substrato. Isto ocorre porque a primeira etapa é lenta, portanto, determina a velocidade da reação. Substituição Nucleofílica (SN1): Este mecanismo é de primeira ordem, ou seja, consiste de duas etapas: Na primeira tem lugar a saída do grupo saliente e a formação do intermediário carbocátion e, na segunda, o nucleófilo se une ao composto.
  • 6. Adição Nucleofílica: Reação comum dos compostos carbonilados, ocorre quando o substrato adiciona na primeira etapa um reagente nucleófilo. Adição eletrofílica: Reação comum em alcenos e alcinos ocorre quando o substrato adiciona na primeira etapa um reagente eletrófilo; Eliminação: Estas reações podem ocorrer por mecanismo heterolítico (via radicais livres são raras). Ocorre a eliminação de alguma ligação entre os compostos. Rearranjos: Podem envolver migração de um átomo ou grupo de um átomo para outro. Migrante é quando se move para ao tomo izinho, no entanto, podem ocorrer também rearranjos para átomos mais distantes. Oxidação: É o processo químico em que uma substância perde elétrons, partículas elementares de sinal elétrico negativo. Redução: Consiste no ganho de elétrons por um átomo, que os incorpora a sua estrutura interna. Ao final, convém relacionar estas variáveis à reação com a finalidade de obter resultados práticos nos conformes dos resultados teóricos, providenciando análise dos ocorridos durante determinado experimento e, consequentemente, obtendo resultados mais precisos e coerentes para posterior estudo.
  • 7. 2. OBJETIVO Determinar através de práticas experimentais as velocidades de reação das reações, alterando parâmetros como concentração do reagente, utilização de catalisador ou variação de temperatura. E avaliar as reações e seus mecanismos envolvidos na prática.
  • 8. 3. MÉTODOS E DISCUSSÃO 3.1 Variação da concentração Com o auxílio de uma pipeta volumétrica foi coletado 5mL de ácido oxálico 0,5M e adicionado há dois tubos de ensaio, no primeiro adicionou-se em seguida 1 mL de ácido sulfúrico 4,0M e 4mL de Permanganato de potássio. No segundo tubo de ensaio adicionou-se junto ao ácido oxálico 1mL de ácido sulfúrico 4,0M, 10 mL de água destilada e 4mL de permanganato de potássio 0,01M. E então foi marcado o tempo necessário para a descoloração das duas amostras, tomando o cuidado de iniciar a contagem do tempo imediatamente após a adição de todos os reagentes. Os resultados obtidos em função do tempo podem ser observados na tabela I: Tabela I Amostras Tempo Amostra 1 31:35 minutos Amostra 2 46:04 minutos As amostras perderam o tom roxo derivado da adição do permanganato de potássio e se tornaram transparentes ao final da experiência. Evidenciando a formação do produto. A diluição da amostra 2 evidencia a direta relação entre a concentração dos reagentes na formação do produto. A presença da água destilada torna a amostra 2 mais diluída em relação a amostra 1 em média 14 minutos mais lenta. Representação da reação: 5H2C2O4 + 3H2SO4 + 2KMnO4 ---> 10CO2 + K2SO4 + 2MnSO4 + 8H2O Velocidade de reação na amostra I: [5]5 x [1]3 x [4]2 / 1.895 ----> 26,4 mL/s Velocidade de reação na amostra II:
  • 9. [5]5 x [1]3 x [4]2 / 2.764 - 18,09 mL/s 3.2 Adição de catalisador Foram separados dois tubos de ensaio como amostra A e B. Pipetou-se em cada um deles 1 mL de ácido oxálico 0,5M e 1 mL de ácido sulfúrico 4,0 M. Na amostra A adicionou-se 4mL de Permanganato de potássio 0,01M e foi cronometrado o tempo até a descoloração total da substância. Na amostra B foram adicionadas 5 gotas de Sulfato de magnésio 1,0M e 4mL de permanganato de potássio 0,01M tomando o cuidado de cronometrar a reação dos reagentes até a completa mudança de coloração da substância. Os resultados obtidos em função do tempo podem ser observados na tabela II: Tabela II Amostras Tempo Amostra A 09:23 minutos Amostra B 03:34 minutos Após a completa reação as amostras passaram de roxo para incolor, o que evidência a formação do produto nas soluções. A adição das 5 gotas de sulfato de magnésio, como catalisador na amostra B, demonstra a diminuição da energia de ativação na formação do produto em média 6 minutos mais rápida. O íon Magnésio (Mg+2 ) catalisa a reação, reduzindo o Permanganato de potássio (KMnO4). A oxigenação do ácido oxálico (H2C2O4) pelo Permanganato é uma reação lenta, porém com a adição do Sulfato de Magnésio (MnSO4) há uma reação intermediária que tira o Sultato da molécula de Sulfato de Magnésio e formando o óxido de magnésio (MnO2) que é bastante reativo, tornando a formação do produto mais rápida. Velocidade de reação na amostra A: [5]5 x [1]3 x [4]2 / 563 = 88,8 mL/s Velocidade de reação na amostra B:
  • 10. [5]5 x [1]3 x [4]2 / 214 = 233,6 mL/s 3.3 Variação da temperatura Foram separados dois tubos de ensaio como amostra I e II. Pipetou-se em cada uma delas 5mL de ácido oxálico em solução 0,5M, e adicionou-se 1mL de ácido sulfúrico 4M. No tubo I foi adicionado 4mL de Permanganato de potássio 0,01M e feito isso foi acionado o cronômetro para evidenciar o tempo de reação, até o completo desaparecimento da coloração roxa para incolor. A amostra II foi colocada em banho-maria por cinco minutos, tomando o cuidado de agitar a amostra para um valor de temperatura homogêneo em toda a amostra, adicionou-se então 4 mL de Permanganato de potássio 0,01M com imediata cronometragem do tempo até a total descoloração. Os resultados obtidos em função do tempo podem ser observados na tabela III: Tabela III Amostras Tempo Amostra I 30:36 minutos Amostra II 00:45 segundos Com a variação da temperatura das amostras foi evidenciada a relação direta do aumento da temperatura com a velocidade da reação. Ao subir a temperatura o grau de entropia da substância aumenta fazendo com que a agitação entre as moléculas facilite o choque entre elas e assim aumente bruscamente a velocidade de reação na formação do produto. Variação da velocidade de reação Amostra I: [5]5 x [1]3 x [4]2 / 1.836 = 27,2 mL/s Variação da velocidade de reação Amostra II: [5]5 x [1]3 x [4]2 / 45 = 1.111,1 mL/s
  • 11. 3.4 Reagente Limitante Foram separados dois béquers e adicionado 20mL de água destilada à primeira amostra e 20mL de álcool etílico a segunda amostra. Adicionou-se então quantidades iguais de uma pastilha efervescente. Foi observado que na solução com água destilada a pastilha se dissolveu rapidamente, já a solução com álcool etílico foi bastante lenta e se estabilizou após alguns segundos, evidenciando a reação direta da pastilha com as moléculas de água, para a liberação de oxigênio, no béquer que continha o álcool a quantidade de água disponível para a reação é baixa e por isso a efervescência se estabiliza após alguns segundos, porém se for adicionada mais água gradativamente a solução, a pastilha continua a se dissolver, formando mais produto, ou seja, formando mais oxigênio o que demonstra que a água é o fator limitante na reação. A primeira amostra por possuir bastante água livre consegue dissolver rapidamente a pastilha, o que não é observado na presença de pouca água, como no caso da segunda amostra com quantidade de água limitada.
  • 12. 4. REFERÊNCIAS http://www.iq.ufrgs.br/lasomi/materiais/Mecanismos_de_reacao_- _parte_I.pdf <acessadp em 01/07/2013> http://www2.ufpa.br/quimdist/livro_novo/quimica_organica_teorica/cap %20%2010.pdf <acessado em 01/07/2013> http://educacao.uol.com.br/disciplinas/quimica/cinetica-quimica-reacoes-quimicas- rapidez-e-influencias.htm <acessado em 01/07/2013>