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O Brasil Açucareiro
   Séc. XVI – Principais regiões canavieiras:
    Pernambuco e Bahia;
   Séc. XVII – Se estende para Rio de Janeiro de
    Maranhão;
   Séc. XVIII – São Vicente – Sem representar
    concorrência a outras partes da colônia;

   A partir de 1570, a produção ganha impulso com um
    grande aumento do número de engenhos;
   A palavra engenho passa a ter duplo significado;
   O engenho que utilizava moinhos cuja força motriz
    era hidráulica era chamado de REAL e o movido por
    animais era chamado de TRAPICHE;
   A manufatura do açúcar envolvia várias
    tarefas:
    O plantio e o corte da cana;
    O transporte até a moenda;
    A trituração;
    Aquecimento do caldo até a solidificação;
    A purga do açúcar;
    O encaixotamento e distribuição;
    Organizar os turnos;
    Cuidar dos animais (usados no transporte e
    como tração);
    Controlar os trabalhadores e punir os
    escravos fugitivos ou faltosos;
 O trabalho era especialmente duro para
o escravo:

Preparo do solo e colheita;
Corte de lenha para os fornos;
Construção de cercas, poços, fossas,
etc.;

• Os   escravos eram vigiados pelos
feitores e severamente punidos (certa
cautela), pois eram muito caros;
HOMENS LIVRES E ESCRAVOS

 Além  de escravos, os engenhos comportavam
 uma diversidade de trabalhadores assalariados
 livres e semi-livres:

 Carpinteiros;
 Barqueiros;
 Mestres    de purgar;
 Caxeiro;
 Feitores;
 Médicos;
 Capelães;
 Lavradores    entre outros;
 Sistema parecido com as fábricas;
 Desmistificação da sociedade colonial
  só senhores e escravos;

LAVRADOR:
Proprietário de lavoura de cana, mas que não
possuia engenho. Havia os lavradores de
cana obrigada, que só podiam moer a cana
em um engenho determinado e os lavradores
de cana livre, que podiam moê-la em qualquer
engenho.
A ação dos Jesuítas na colônia
                 A Companhia de Jesus
 A Companhia   foi fundada em 1534 na Europa e foi
    uma reação à reforma protestante;

 Jesuítas    exerceram papel fundamental na empresa
    colonial portuguesa:
    Criação de colégios e aldeamentos indígenas;
    A principal função dos colégios era formar
     sacerdotes;

•   A licença de ensino dos jesuítas era chamada de
    Missão. Os mestres dos colégios jesuítas tinham a
    missão de:
    Converter os não católicos;
    “Civilizar” os nativos (enquadrá-los no modo de vida
     dos europeus);

•   Nesses colégios jesuítas ensinavam retórica,
Os aldeamentos Jesuítas
 A missão evangelizadora jesuíta logo
  transformou-se em aldeamento para
  catequização dos nativos;
 Os índios eram deslocados de suas
  aldeias onde estudavam a doutrina
  católica e eram batizados;
 As “Missões” se estenderam pelos
   domínios portugueses e espanhóis;
 Devia ser autossuficiente (verdadeira
   cidades);
 Em muitas missões os padres usavam a
   dança, a música e o teatro como formas
   de diálogo e conversão;
Da cura ao uso da força
 Primeira tentativa usou como estratégia para
  obter o respeito dos índios substituindo a cura
  do Pajé pela intervenção médica;
 Padres – médicos do corpo e da alma;
 Primeira tentativa para ensinar os rituais
  católicos como a missa, por exemplo, sofria
  alterações (crianças encenavam passagens
  do evangelho);

A  segunda tentativa baseou-se no medo.
 Diante das dificuldades pela palavra padres
 como Manuel da Nóbrega passaram a
 defender o uso da força para organizar as
 missões. O documento que revela essa
 mudança é o Plano Civilizador;
Expedições de apresamento
 A expansão das missões atraiu a
  cobiça de colonos paulistas, os
  bandeirantes, que viam as missões
  como fonte de mão-de-obra escrava;
 Os nativos aculturados nas missões e já
  habituados    a    disciplina  jesuitica
  passaram a ser capturados por
  expedições de apresamento;
 Antônio Raposo Tavares, comandou
  ataques as missões de Guairá(1628 e
  1651);
A União Ibérica
‘Período em que Portugal e Espanha foram
governados pelo mesmo monarca (1580-
1640)’.
● No antigo regime europeu era comum resolver
problemas políticos por meio de casamento
entre as casas dinásticas ou dinastias
(Período em que uma mesma família
permanece no poder);
●Com a morte do jovem rei D. Sebastião,
solteiro e sem herdeiros, inicia-se a disputa
pela sucessão;
 O tio, Cardeal D. Henrique assumiu o trono,
 mas a idade avançada e a condição clerical
Dois  grupos antagônicos formaram-se:
  *O primeiro apoiava o Cardeal D. Henrique;
  *O segundo defendia a solução castelhana,
  isto é, a unificação das duas coroas sob
  comando de Filipe II da Espanha (Sobrinho de
  D. Henrique);
● A segunda opção era defendida pelas grandes
 famílias aristocráticas de Portugal, pela alta
 hierarquia eclesiástica e pelos grandes
 mercadores, interessados no alargamento de
 seus negócios com as colônias da Espanha;
● As articulações econômicas propiciadas pelo
 tráfico transatlântico de escravos foram
 decisivas;
●Em     1580, Filipe II invadiu Portugal,
 encontrando pouca resistência, iniciando
A guerra global contra os holandeses

●Quando    iniciou-se a União Ibérica,
Espanha     enfrentava    a    guerra   de
independência da Holanda, sua província
mais importante;
●Holandeses (Protestantes) levantaram-se
contra a Espanha por razões religiosas e
econômicas;
●Desde o séc. XV, Holanda era da máxima
importância     para    Portugal(Antuérpia
centro de distribuição dos portugueses na
Europa), atacada por espanhóis, o
comércio deslocou-se para Amsterdã;
●Consolidados     na Europa, os holandeses
voltaram-se     para as fontes ultramarinas
ibéricas;
●A estratégia consistiu na fundação de
Companhias de comércio, com funções
econômicas, militares e políticas:
  A Companhia das Índias Orientais (VOC);
  A Companhia das Índias Ocidentais (WIC);
● A VOC,     a mais importante, com ações
negociadas na bolsa de Amsterdã, rendeu
altos lucros ao se apossar das rotas do cravo
da Índia e de noz-moscada, da canela e da
pimenta, dominando o comércio no Oceano
Índico;
●Portugal integrado a Espanha pela União
Ibérica tornou-se alvo, suas possessões na
O Brasil holandês
          A conquista de Pernambuco
Diante  do sucesso da VOC, decidiram
fundar a Companhia das Índias Ocidentais
(WIC);
Objetivo da WIC: Conquista do Atlântico.
Foco:    Complexo     açucareiro-escravista
português (Sul)
e frotas que transportavam prata espanhola
(Norte);
●Primeira tentativa, 1624, Bahia(Capital),
sendo expulsos um ano depois;
●Segunda tentativa, 1630, Pernambuco,
maior região produtora de açúcar do mundo,
Os  holandeses desconheciam os segredos
do açúcar;
  Primeiro: Não sabiam produzir nem
  administrar o engenho;
  Segundo: Não tinham controle das
  zonas que exportavam africanos para a
  América (vitais);
Maurício de Nassau foi enviado pela WIC
para administrar o Brasil Holandês (1637-
1644):
Voltou-se para a captura de escravos em
regiões    africanas   controladas  pelos
portugueses;
  1638-Conquistou a fortaleza de São
  Jorge da Mina;
A Produção Artística
Durante    o governo de Maurício de Nassau,
articulou-se missões artísticas e cientificas;
Objetivo: Avaliar com exatidão os recursos e
potencialidades da nova conquista;
Contratação de artistas holandeses, como
Franz Post e Albert Eckhout foram
encarregados de representar o Brasil holandês
em pinturas e mapas;
Promover um ambiente propício às artes,
invenções e desenvolvimento intelectual,
mostra a necessidade de conhecer um território
em que se sentiam estranhos; (resulta trabalho
artístico valoroso);
A “liberdade” religiosa

Majoritariamente     protestantes,   os
holandeses mostraram-se “tolerantes”com
outras manifestações religiosas;
Zelosos com os interesses econômicos e
políticos,   logo   perceberam    que  a
flexibilização das normas renderiam bons
frutos;
A tolerância religiosa não se deveu a
razões humanitárias, queriam lucrar e
sabiam que deviam contar com a adesão
dos portugueses da terra e com os
empréstimos dos judeus;
A Dupla restauração de 1640
Divergências    entre a WIC e Maurício de
Nassau resultou em seu retorno a Holanda em
1644;
Dificuldades econômicas (colonos haviam
contraído vultuosos empréstimos com a WIC);
Descontentamento        com      o      domínio
protestante;
Articulação do levante luso-brasileiro contra o
domínio holandês;
Em 1640, a aristocracia portuguesa revoltou-se
contra a Espanha e aclamou D. João IV como
novo rei de Portugal, pondo fim a União
Ibérica;
●Ao  assumir o trono português D. João
assina uma trégua com a Holanda, pois
agora tinham um inimigo em comum: a
Espanha;
●Propôs a compra de Pernambuco à
WIC, diante da recusa, foram elaborar
planos para a reconquista de Angola e
Pernambuco;
●Em 1648, vitórias decisivas, Batalhas de
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recursos locais e em Angola, traficantes
Os resultados da expulsão dos holandeses do
                     Brasil
Forte concorrência do açúcar das Antilhas;
  Início do séc. XVII, franceses, ingleses e
 holandeses passaram a produzir açúcar em
 larga escala;
 Quebrou-se o monopólio português;
●Quebra     do monopólio português no
comércio transatlântico de escravos;
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O Brasil Açucareiro: da produção colonial à expulsão holandesa

  • 1. O Brasil Açucareiro  Séc. XVI – Principais regiões canavieiras: Pernambuco e Bahia;  Séc. XVII – Se estende para Rio de Janeiro de Maranhão;  Séc. XVIII – São Vicente – Sem representar concorrência a outras partes da colônia;  A partir de 1570, a produção ganha impulso com um grande aumento do número de engenhos;  A palavra engenho passa a ter duplo significado;  O engenho que utilizava moinhos cuja força motriz era hidráulica era chamado de REAL e o movido por animais era chamado de TRAPICHE;
  • 2. A manufatura do açúcar envolvia várias tarefas: O plantio e o corte da cana; O transporte até a moenda; A trituração; Aquecimento do caldo até a solidificação; A purga do açúcar; O encaixotamento e distribuição; Organizar os turnos; Cuidar dos animais (usados no transporte e como tração); Controlar os trabalhadores e punir os escravos fugitivos ou faltosos;
  • 3.  O trabalho era especialmente duro para o escravo: Preparo do solo e colheita; Corte de lenha para os fornos; Construção de cercas, poços, fossas, etc.; • Os escravos eram vigiados pelos feitores e severamente punidos (certa cautela), pois eram muito caros;
  • 4. HOMENS LIVRES E ESCRAVOS  Além de escravos, os engenhos comportavam uma diversidade de trabalhadores assalariados livres e semi-livres: Carpinteiros; Barqueiros; Mestres de purgar; Caxeiro; Feitores; Médicos; Capelães; Lavradores entre outros;
  • 5.  Sistema parecido com as fábricas;  Desmistificação da sociedade colonial só senhores e escravos; LAVRADOR: Proprietário de lavoura de cana, mas que não possuia engenho. Havia os lavradores de cana obrigada, que só podiam moer a cana em um engenho determinado e os lavradores de cana livre, que podiam moê-la em qualquer engenho.
  • 6. A ação dos Jesuítas na colônia A Companhia de Jesus  A Companhia foi fundada em 1534 na Europa e foi uma reação à reforma protestante;  Jesuítas exerceram papel fundamental na empresa colonial portuguesa: Criação de colégios e aldeamentos indígenas; A principal função dos colégios era formar sacerdotes; • A licença de ensino dos jesuítas era chamada de Missão. Os mestres dos colégios jesuítas tinham a missão de: Converter os não católicos; “Civilizar” os nativos (enquadrá-los no modo de vida dos europeus); • Nesses colégios jesuítas ensinavam retórica,
  • 7. Os aldeamentos Jesuítas  A missão evangelizadora jesuíta logo transformou-se em aldeamento para catequização dos nativos;  Os índios eram deslocados de suas aldeias onde estudavam a doutrina católica e eram batizados;  As “Missões” se estenderam pelos domínios portugueses e espanhóis;  Devia ser autossuficiente (verdadeira cidades);  Em muitas missões os padres usavam a dança, a música e o teatro como formas de diálogo e conversão;
  • 8. Da cura ao uso da força  Primeira tentativa usou como estratégia para obter o respeito dos índios substituindo a cura do Pajé pela intervenção médica;  Padres – médicos do corpo e da alma;  Primeira tentativa para ensinar os rituais católicos como a missa, por exemplo, sofria alterações (crianças encenavam passagens do evangelho); A segunda tentativa baseou-se no medo. Diante das dificuldades pela palavra padres como Manuel da Nóbrega passaram a defender o uso da força para organizar as missões. O documento que revela essa mudança é o Plano Civilizador;
  • 9. Expedições de apresamento  A expansão das missões atraiu a cobiça de colonos paulistas, os bandeirantes, que viam as missões como fonte de mão-de-obra escrava;  Os nativos aculturados nas missões e já habituados a disciplina jesuitica passaram a ser capturados por expedições de apresamento;  Antônio Raposo Tavares, comandou ataques as missões de Guairá(1628 e 1651);
  • 10. A União Ibérica ‘Período em que Portugal e Espanha foram governados pelo mesmo monarca (1580- 1640)’. ● No antigo regime europeu era comum resolver problemas políticos por meio de casamento entre as casas dinásticas ou dinastias (Período em que uma mesma família permanece no poder); ●Com a morte do jovem rei D. Sebastião, solteiro e sem herdeiros, inicia-se a disputa pela sucessão; O tio, Cardeal D. Henrique assumiu o trono, mas a idade avançada e a condição clerical
  • 11. Dois grupos antagônicos formaram-se: *O primeiro apoiava o Cardeal D. Henrique; *O segundo defendia a solução castelhana, isto é, a unificação das duas coroas sob comando de Filipe II da Espanha (Sobrinho de D. Henrique); ● A segunda opção era defendida pelas grandes famílias aristocráticas de Portugal, pela alta hierarquia eclesiástica e pelos grandes mercadores, interessados no alargamento de seus negócios com as colônias da Espanha; ● As articulações econômicas propiciadas pelo tráfico transatlântico de escravos foram decisivas; ●Em 1580, Filipe II invadiu Portugal, encontrando pouca resistência, iniciando
  • 12. A guerra global contra os holandeses ●Quando iniciou-se a União Ibérica, Espanha enfrentava a guerra de independência da Holanda, sua província mais importante; ●Holandeses (Protestantes) levantaram-se contra a Espanha por razões religiosas e econômicas; ●Desde o séc. XV, Holanda era da máxima importância para Portugal(Antuérpia centro de distribuição dos portugueses na Europa), atacada por espanhóis, o comércio deslocou-se para Amsterdã;
  • 13. ●Consolidados na Europa, os holandeses voltaram-se para as fontes ultramarinas ibéricas; ●A estratégia consistiu na fundação de Companhias de comércio, com funções econômicas, militares e políticas: A Companhia das Índias Orientais (VOC); A Companhia das Índias Ocidentais (WIC); ● A VOC, a mais importante, com ações negociadas na bolsa de Amsterdã, rendeu altos lucros ao se apossar das rotas do cravo da Índia e de noz-moscada, da canela e da pimenta, dominando o comércio no Oceano Índico; ●Portugal integrado a Espanha pela União Ibérica tornou-se alvo, suas possessões na
  • 14. O Brasil holandês A conquista de Pernambuco Diante do sucesso da VOC, decidiram fundar a Companhia das Índias Ocidentais (WIC); Objetivo da WIC: Conquista do Atlântico. Foco: Complexo açucareiro-escravista português (Sul) e frotas que transportavam prata espanhola (Norte); ●Primeira tentativa, 1624, Bahia(Capital), sendo expulsos um ano depois; ●Segunda tentativa, 1630, Pernambuco, maior região produtora de açúcar do mundo,
  • 15. Os holandeses desconheciam os segredos do açúcar; Primeiro: Não sabiam produzir nem administrar o engenho; Segundo: Não tinham controle das zonas que exportavam africanos para a América (vitais); Maurício de Nassau foi enviado pela WIC para administrar o Brasil Holandês (1637- 1644): Voltou-se para a captura de escravos em regiões africanas controladas pelos portugueses; 1638-Conquistou a fortaleza de São Jorge da Mina;
  • 16. A Produção Artística Durante o governo de Maurício de Nassau, articulou-se missões artísticas e cientificas; Objetivo: Avaliar com exatidão os recursos e potencialidades da nova conquista; Contratação de artistas holandeses, como Franz Post e Albert Eckhout foram encarregados de representar o Brasil holandês em pinturas e mapas; Promover um ambiente propício às artes, invenções e desenvolvimento intelectual, mostra a necessidade de conhecer um território em que se sentiam estranhos; (resulta trabalho artístico valoroso);
  • 17. A “liberdade” religiosa Majoritariamente protestantes, os holandeses mostraram-se “tolerantes”com outras manifestações religiosas; Zelosos com os interesses econômicos e políticos, logo perceberam que a flexibilização das normas renderiam bons frutos; A tolerância religiosa não se deveu a razões humanitárias, queriam lucrar e sabiam que deviam contar com a adesão dos portugueses da terra e com os empréstimos dos judeus;
  • 18. A Dupla restauração de 1640 Divergências entre a WIC e Maurício de Nassau resultou em seu retorno a Holanda em 1644; Dificuldades econômicas (colonos haviam contraído vultuosos empréstimos com a WIC); Descontentamento com o domínio protestante; Articulação do levante luso-brasileiro contra o domínio holandês; Em 1640, a aristocracia portuguesa revoltou-se contra a Espanha e aclamou D. João IV como novo rei de Portugal, pondo fim a União Ibérica;
  • 19. ●Ao assumir o trono português D. João assina uma trégua com a Holanda, pois agora tinham um inimigo em comum: a Espanha; ●Propôs a compra de Pernambuco à WIC, diante da recusa, foram elaborar planos para a reconquista de Angola e Pernambuco; ●Em 1648, vitórias decisivas, Batalhas de Guararapes em Pernambuco e Captura de Luanda em Angola; ●Em Pernambuco, financiadas com recursos locais e em Angola, traficantes
  • 20. Os resultados da expulsão dos holandeses do Brasil Forte concorrência do açúcar das Antilhas;  Início do séc. XVII, franceses, ingleses e holandeses passaram a produzir açúcar em larga escala; Quebrou-se o monopólio português; ●Quebra do monopólio português no comércio transatlântico de escravos; Após a conquista de São Jorge da Mina, os holandeses entram nesse lucrativo negócio; ●O Atlântico Sul tornou-se a base do Império Português; ●Crescimento da influência inglesa;