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ABORDAGEM TERAPÊUTICA NO TRATAMENTO
DAS ESTRIAS
REVISÃO DO SISTEMA TEGUMENTAR
A pele é o maior órgão do corpo humano representando cerca de 4,5 quilos
sendo 12% do peso seco total do corpo humano.
Sua espessura situa-se entre 0,5 a 4 milímetros, portanto, é o mais sensível de
nossos órgãos, sendo nosso primeiro meio de comunicação e nosso mais eficiente
protetor, onde está localizada a nossa primeira e última linha de defesa.
É um órgão de revestimento complexo caracterizado por uma estrutura própria
que se apresenta em camadas interdependentes.
É constituída por uma porção epitelial denominada epiderme e uma porção
conjuntiva a derme. Abaixo e em continuidade com a derme está a hipoderme, isto é a
tela subcutânea.
A pele exerce diversas funções no organismo entre elas a base dos receptores
sensoriais onde se tem a localização do sentido do tato, é uma fonte organizadora e
processadora de informações, é uma barreira entre o organismo e o meio ambiente, faz
proteção contra efeitos da radiação e traumas mecânicos, ajuda na regulação da
temperatura, sintetiza compostos orgânicos como a vitamina D, além de fazer excreção
através das glândulas sudoríparas (Guirro e Guirro, 2002).
EPIDERME
A pele é dividida em camadas a mais externa é denominada epiderme que é
fina, avascular e tem como principal função manter a integridade da pele além de atuar
como barreira física.
É um tecido epitelial além de ser constituída por quatro tipos principais de
células: queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e célula de Merkel.
Uma das funções da epiderme é a produção de queratina pelos queratinócitos, a
queratina é uma proteína fibrosa, maleável e é responsável pela impermeabilidade
cutânea.
É nesta camada que também são encontradas as células de Langerhans que
desempenham importante papel imunitário, os melanócitos que são responsáveis pela
produção de melanina que atua na pigmentação cutânea além de proteger a pele da
ação danosa dos raios solares. É na epiderme que também encontramos as células de
Merkel que tem importante função tátil. A respeito dos queratinócitos, veja a seguir.
Camada córnea
| Acamada córnea é constituída por células mortas, sem núcleo e achatadas em
forma de lâminas, sendo que estas se sobrepõe formando uma estrutura rígida e
hidrofólica exercendo as funções de proteção contra agentes físicos, químicos e
biológicos.
É nesta camada que ocorre o desprendimento constante dos queratinócitos e
consequentemente uma renovação constante da epiderme.
Fonte:http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/tatuagem-e-camadas-da-pele
Camada Lúcida
Esta camada não está presente em todas as regiões do corpo sendo mais
comum nas regiões palmoplantares.
É constituída por uma fina camada de células achatadas O estrato lúcido ou
camada lúcida encontra-se abaixo do estrato córneo, não sendo visualizado em regiões
de pele pouco espessa.
Camada ou estrato granuloso
Esta camada é caracterizada por presença de células poligonais com núcleo
central, achatadas e com presença de grânulos de queratina no citoplasma.
Esta região da epiderme é responsável pela formação da bicamada de lipídeos
presente entre as fileiras de células corneificadas, que formam a camada córnea.
Camada Espinhosa
Esta camada é assim denominada devido ao aspecto celular periférico, que
parece emitir espinhos e são responsáveis pela grande coesão celular de epitélios,
resistentes a grandes trações e pressões.
Camada Basal
Camada mais profunda da epiderme que faz contato direto com a derme. Nesta
região ocorre intensa divisão celular sendo responsável pela renovação da epiderme,
fornecendo células para substituir as que são perdidas na camada córnea.
Nesse processo de renovação, as células partem da camada basal e vão sendo
deslocadas para a periferia até a camada córnea, num período de 21 a 28 dias.
Sendo a epiderme avascular, depende dos capilares dérmicos para receber
todos os nutrientes necessários a sua proliferação e diferenciação
Na figura abaixo estão destacados as camadas da epiderme e os melanócitos.
Fonte: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mII.pele.htm
DERME
A derme é a camada da pele com a maior parte das estruturas vivas da pele,
sendo responsável por sua elasticidade e resistência por sua elasticidade e resistência.
Apresenta corpúsculos sensórias táteis, terminações nervosas e receptores de frio e
calor. Seus vasos sanguíneos são responsáveis pela nutrição e pela oxigenação tanto
das células dérmicas quanto das epidérmicas (Borges, 2006).
As principais células dérmicas são os fibroblastos, responsáveis pela produção
de fibras proteicas e de uma substância gelatinosa que preenche os espaços dos
tecidos, a substância fundamental. As fibras da derme são filamentos constituídos de
proteínas e podem ser de três tipos: fibras colágenas (mais espessas e resistentes),
fibras elásticas (mais finas e elásticas, e fibras reticulares (ainda mais finas e
entrelaçadas). É o conjunto dessas fibras que confere a resistência e a elasticidade
típicas da pele.
É constituída por duas camadas a derme papilar e reticular. A camada papilar é
delgada tem a função de prender a derme à epiderme, já a mais profunda é
denominada reticular e esta consiste em tecido conjuntivo denso e é irregular, contendo
feixes de colágeno, na região reticular, entrelaçam-se como uma rede.
A derme consiste em um tecido resistente e elástico, que proporciona resistência
física ao corpo frente a agressões mecânicas, fornece nutrientes à epiderme e abrigam
os apêndices cutâneos, vasos sanguíneos e linfáticos, células de natureza conjuntiva e
de origem sanguínea.
O principal componente fibroso da derme é o colágeno. Esta proteína é
sintetizada pelos fibroblastos na forma de um precursor, o procolágeno. Este, uma vez
no meio extracelular, sofre a ação enzimática, dando origem a unidades de
tropocolágeno, que se polimerizam, e formam as fibras colágenas propriamente ditas
(Ribeiro, 2010).
Para o mesmo autor, a elastina proteína fibrosa que perfaz 0,6-2,1% do peso
seco da pele e 1% do volume da derme, é formada por fibras frágeis, retas, muito
ramificadas e muito resistentes. São espessas na derme profunda e finas na reticular.
Exercem função complementar às fibras de colágeno. As fibras elásticas permitem
extensa deformação da pele, que retorna passivamente ao estado original quando
suspensa à força aplicada.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/390578/
ESTRIAS
Histórico
As estrias ou também denominadas striae distensae é uma afecção muito
comum e apesar de ser considerada de natureza estética pode trazer importantes
conseqüências psicossociais.
Foram descritas pela primeira vez em 1773 em mulheres grávidas.
Até 1982, as estrias eram descritas como cicatrizes sendo que esta classificação
foi derrubada por Pieraggi em seu estudo histológico. Ao comparar seu estudo pode
observar que alguns elementos da pele apresentavam diferenças entre as cicatrizes e
as estrias como por exemplo: as fibras colágenas nas estrias são finas com um volume
e diâmetro menor enquanto nas cicatrizes estas apresentam grossas e largas.
As estrias são classificadas como lesões por apresentar perda da elasticidade e
da compactação, mas histologicamente são diferenciadas das lesões senis ou
cicatrizes porque nessas os fibroblastos se apresentam de forma estrelada e nas
estrias atróficas a forma dos fibroblastos predominante é a globular. Logo, são
alterações histológicas completamente diferentes, não podendo ser comparada com
nenhuma outra lesão dérmica.
Outro ponto que relaciona esta diferença está na substância fundamental amorfa
que nas estrias se apresenta de maneira abundante e nas cicatrizes em menor
quantidade.
Definição
As estrias são definidas como um processo degenerativo benigno cutâneo e
consideradas um processo de natureza estética, uma vez que não gera incapacitação
física ou alterações da função cutânea.
São caracterizadas por lesões atróficas e variam de coloração conforme a fase
de evolução.
E o termo atrófica está relacionado com uma diminuição de espessura da pele,
decorrente da redução do número e volume de seus elementos e é representada por
pregueamento, secura e menor elasticidade.
São denominadas também de atrofia tegumentar adquirida, sendo caracterizada
por uma ruptura das fibras elásticas que estão localizadas na derme, sendo que
geralmente se localizam de acordo com as linhas de clivagem (linhas de Langer), e
estão dispostas paralelamente.
Linhas de Langer
Fonte: http://www.queloide.com.br/dicasdesaude%20cirurgiaplastica2.html
Essas atrofias cutâneas lineares são formadas devido uma tensão tecidual que
provoca uma lesão do conectivo dérmico, gerando uma dilaceração das malhas (LIMA
E PRESSI, 2005).
Características
As estrias apresentam aspecto linear e caráter de bilateralidade, geralmente
distribuindo-se simetricamente nos dois hemicorpos.
Dispõem-se paralelas umas às outras podendo ser raras ou numerosas, onde a
região acometida apresenta sinais de secura, pregueamento e menor elasticidade.
Incidência
São encontradas em ambos os sexos, no entanto a incidência maior acontece
no sexo feminino.
Sua maior prevalência ocorre na faixa etária dos 14 aos 20 anos (55-65% em
mulheres e 15-20% em homens). É cerca de três a seis vezes mais frequente no sexo
feminino do que no masculino, onde também são mais discretas.
Frequentemente observadas na adolescência, em casos de obesidade,
gestante, em uso de medicamentos esteróides, em caso de hipertrofia muscular e nas
Síndromes de Cushing e Marfan.
Sintomas
O surgimento dos sintomas iniciais são variáveis, sendo que os primeiros sinais
clínicos podem ser caracterizados por: prurido, dor (em alguns casos), erupção papular
plana e levemente eritematosa (rosada). As estrias são denominadas, nessa fase
inicial, de rubras (striaerubrae).
Fonte: http://eliminalasestriasopiniones.com/
Na fase seguinte, onde o processo de formação já está praticamente
estabelecido, as lesões tornam-se esbranquiçadas, quase nacaradas, sendo
denominadas de estria Alba (estriae albae).
Fonte:http://diaconoluizgonzaga.blogspot.com.br/2012/03/como-combater-as-estrias-
na.html
Fases de Evolução
As lesões iniciais são ativas, caracterizadas por eritema e nenhuma aparente
depressão de superfície. Gradualmente a cor vai diminuindo e as lesões ficam mais
claras que a pele normal. É possível que a aparência inicial, com hiperemia e edema,
seja decorrente de respostas inflamatórias associadas à vasodilatação que vai
progressivamente diminuindo, dando lugar a uma lesão atrófica (Maio, 2004).
A fase inicial é chamada de inflamatória onde a derme apresenta-se edematosa,
as estrias são vermelhas e finas e podem gerar prurido sendo denominadas estrias
rubras, iniciais ou violáceas. Quando as fibras se rompem, o sangue extravasa dos
capilares e provoca um pequeno hematoma que se reflete imediatamente na pele, em
forma de vergão vermelho claro.
Esta cor avermelhada característica da fase inicial das estrias é indicativa de
processo inflamatório e é provocada pela distensão das fibras elásticas.
Quando o processo de formação já está instalado, isto é, na fase atrófica, tornam-
se esbranquiçadas e são denominadas de estrias alba, tornando-se mais largas, devido
ao rompimento das fibras elásticas e colágenas.A pele estriada apresenta alterações
nas fibras colágenas, nos fibroblastos e na substância fundamental amorfa,
caracterizando-se assim como uma lesão dérmica inestética.
Etiologia
Atualmente a etiologia das estrias é considerada multifatorial sendo que a mais
aceita entre os pesquisadores é a teoria endocrinológica.
Teoria Mecânica
A primeira das teorias é a mecânica e esta afirma que as estrias aparecem em
virtude de um estiramento repentino da pele em fases específicas da vida por
consequência a lesão das fibras elásticas e colágenas do tecido. As fibras elásticas se
separam em vários segmentos fibrilares e as fibras de colágenos se separam e se
alargam. Assim, suas causas conforme esta teoria seriam um crescimento muito rápido
durante a adolescência, o aumento do peso corporal em transtornos alimentares, como
na obesidade, uma hipertrofia muscular muito rápida ou uma distensão abdominal
considerável, como nos casos de uma gestação.
A teoria mecânica tem sido comumente aceita, e acredita-se que a excessiva
deposição de gordura no tecido adiposo, especialmente a que ocorre repentinamente,
com subsequente dano às fibras elásticas e colágenas da pele seja o principal
mecanismo do aparecimento das estrias sendo consideradas também sequelas de
períodos de rápido crescimento.
Fonte:http://www.alanhatanaka.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id
=20:prevencao-estrias-gestacao-gravidez-tr..
Teoria Endocrinológica
A teoria endocrinológica é a mais bem aceita atualmente. Muitos autores relatam
que o surgimento das estrias não está relacionado a patologia, mas sim ao tipo de
medicamento administrado pelos pacientes. Ainda citam que há uma forte influência
hormonal, onde o hormônio esteroide está presente em todas as formas de
aparecimento das lesões como na obesidade, na adolescência e na gravidez. Contudo,
a ação hormonal vai atuar especificamente sobre o fibroblasto, como na adolescência
por exemplo.
Nessa teoria muitos postulam uma relação causal de esteróides tópicos ou
sistêmicos e as estrias. Com a teoria endocrinológica pode-se explicar que o
aparecimento das estrias nas diversas patologias não tem efeito causal a afecção em
si, mas sim drogas utilizadas na sua terapêutica.
Teoria Infecciosa
Esta teoria ainda é a menos aceita atualmente, pois os estudiosos sugerem que o
surgimento das estrias estaria relacionada com processos infecciosos que danificam as
fibras elásticas.
Foi notado presença de estrias em processos infecciosos agudos como na febre
tifóide e reumática.
Esta associado também à Síndrome de Cushing onde se observa alterações nos
níveis de cortisol.
Fonte: http://elgsouza.blogspot.com.br/2011/03/stress.html
Classificação das estrias
Podem ser classificadas em rosadas ou iniciais, atróficas e nacaradas. As
iniciais tem caráter inflamatório e sua coloração rosada (avermelhada) acontece pela
distensão das fibras elásticas e rompimento de alguns capilares sanguíneos.
As estrias denominadas atróficas apresentam linha flácida central e hipocromia,
e as nacaradas apresentam uma flacidez central, com fibras elásticas rompidas e são
recobertas por epitélio pregueado.
ABORDAGEM TERAPÊUTICA PARA O TRATAMENTO DAS ESTRIAS
MICRODERMOABRASÃO (PEELING DE DIAMANTES)
A microdermoabrasão é um tratamento que promove uma esfoliação da pele,
promovendo um processo inflamatório que induz a formação de colágeno.
É uma técnica denominada de peeling físico ou mecânico uma vez que a
esfoliação da pele ocorre pelas ventosas diamantadas de diferentes granulometrias
que ficam pressionadas na pele pela pressão negativa do vácuo.
Fonte: http://images.tcdn.com.br/img/img_prod/258494/1782_1.jpg
Consiste na remoção mecânica e controlada das camadas superficiais da pele,
ou seja, é uma tecnologia não invasiva de remoção das células envelhecidas e desta
forma um estímulo para a produção de novas células e produção de colágeno.
É uma técnica segura, realizada sem uso de anestésico onde o cliente apresenta
rápida recuperação.
Este equipamento promove uma sucção e lixamento da pele através de canetas
diamantadas, e estas por sua vez apresentam ponteiras de várias granulometrias.
Por exemplo a ponteira de 75 MICRONS possui um diâmetro maior e portanto uma
esfoliação mais profunda. Já a ponteira de 100 e 150 MICRONS com um diâmetro
menor realiza uma esfoliação mais superficial.
Fonte: http://images.tcdn.com.br/img/img_prod/258494/1782_2.jpg
É importante lembrar que a profundidade da região trabalhada está associada
também a quantidade de pressão programada no equipamento, a velocidade do
movimento, o tempo de exposição e o número de repetições na mesma área.
Estes fatores associados darão a profundidade que deseja trabalhar.
Níveis de profundidade
Os níveis de profundidade que podem ser atingidos são:
Nível 1: Ocorre uma esfoliação da camada córnea da pele onde se realiza um
peeling superficial com formação de leve eritema, onde a pele ficará levemente
esbranquiçada seguida por um leve eritema.
Nível 2: Observa-se um eritema moderado onde ocorre a esfoliação de toda a
epiderme não alcançando a derme, e como reação observa-se um eritema mais
intenso com edema na região trabalhada.
Nível 3: Aqui a esfoliação atinge a derme papilar apresentando petéquias que são
pontos hemorrágicos e como reação pode-se observar o aparecimento de pequenas
gotículas de sangue.
É muito importante salientar que os profissionais da área da estética podem
trabalhar até atingir no máximo o nível 2.
Tempo e número de sessões
O tempo da sessão é variável, pois vai depender da quantidade de estrias que a
cliente possui. Depende também da sensibilidade da cliente e do nível desejado de
esfoliação.
É recomendado realizar as sessões a cada 15 dias podendo espaçar dependendo
da reação da pele e da disponibilidade da cliente, ou seja, pode-se fazer a cada 20 ou
30 dias também. Llembrando que só poderá ser realizado outra sessão quando a
região trabalhada estiver completamente íntegra e sem sinais de inflamação.
O número de sessões é variável, mas em geral pode ocorrer de quatro a dez
sessões dependendo do tipo de estrias e da resposta do cliente ao tratamento.
Algumas orientações são fundamentais e fazem parte dos resultados satisfatórios
no tratamento entre eles estão: no mês que antecede o tratamento interromper a
aplicação de cremes que contenham ácidos em sua formulação, o cuidado de não se
expor ao sol durante o tratamento além da utilização de protetor solar com fator de
proteção 30 de quatro em quatro horas e quando realizar este procedimento em áreas
corporais solicitar o uso de roupas largas que não machuquem a área tratada.
Caso ocorra o aparecimento de crostas na região tratada, o cliente não deverá
removê-la. Lembrando que o ideal é que a pele não fique machucada e nem sangre, ou
seja, é indesejável o aparecimento de crostas.
Vale ressaltar que as áreas do corpo que possuem uma menor quantidade de
elementos pilossebáceos são mais sujeitas às complicações com procedimentos mais
agressivos. Então, recomenda-se realizar vários peelings mais superficiais, pois não
apresentam riscos ao cliente.
Efeitos proporcionados pela técnica
Dentre os efeitos proporcionados por esta técnica pode-se destacar: o
incremento da microcirculação, estímulo da proliferação dos fibroblastos e
consequentemente a produção e deposição de colágeno, promove uma
neovascularização e regeneração celular e uma melhora da aparência da pele.
Indicações
Além de tratar as esdtrias, o peeling de diamantes trata as sequelas de acne,
hipercromias, linhas de expressão e rugas superficiais e profundas,
Procedimento
O procedimento deve ser realizado por etapas sendo, primeiramente realizado a
higienização da área a ser tratada com álcool 70% como forma de promover a
desinfecção, é importante que a profissional utilize em suas mãos luvas descartáveis.
Sempre tracionar a pele com uma das mãos para desta forma facilitar o
deslizamento da caneta aplicadora.
Realizar o peeling de diamantes com ponteira suave até verificar hiperemia e
leve edema (nível 2), com movimentos de vai e vem, em seguida limpar a pele com
soro fisiológico e como forma de potencializar o tratamento aplicar ativos que
estimulem a formação do colágeno.
Finalizar aplicando filme plástico na região tratada como forma de prevenir
atritos entre a pele e a roupa.
PEELING QUÍMICO
Histórico
A origem dos peelings químicos data de muitos anos, onde a primeira
documentação na literatura foi em 1941, quando Eller e Wolf empregaram a
escarificação e o peeling cutâneo no tratamento de cicatrizes. Mackee e AKerp
utilizaram técnica semelhante em 1903.
Em 1986, Brody e Hailey combinaram dois agentes superficiais para produzirem
um peeling de profundidade média. Em 1989, Mohneit utilizou outra técnica de
combinação de agentes químicos.
Definição
Peeling é qualquer tratamento que cause a descamação/esfoliação e produza
efeitos cosméticos e ou terapêuticos.
O peeling químico é quando esta descamação é causada por um agente
químico. Também conhecido como quimioesfoiliação, quimiocirurgia ou dermopeeling,
consiste na aplicação de um ou mais agentes esfoliantes na pele, resultando na
destruição das partes da epiderme e ou derme, seguida de regeneração dos tecidos
epidérmicos e dérmicos.
Os peelings químicos podem simplesmente acelerar os processos naturais de
esfoliação, como também destruir completamente a epiderme e uma proporção variável
da derme, essencialmente pela “lise” ou coagulação proteica (Deprez, 2009).
De acordo com Kede e Sabatovich (2009), o peeling causa alterações na pele
por meio de três mecanismos: a estimulação do crescimento epidérmico mediante a
remoção do estrato córneo; a destruição de camadas específicas da pele lesada, pois
ao destruir as camadas e substituí-las por tecido “normalizado”, obtém-se um melhor
resultado estético (isto é especialmente verdadeiro no tratamento de anormalidades de
pigmentação e de queratoses actínicas); e pela indução no tecido de uma reação
inflamatória mais profunda que a necrose produzida por agentes esfoliantes.
Níveis de profundidade
Os peelings químicos são classificados de acordo com o nível de profundidade
da necrose tecidual provocada pelo agente esfoliante.
São classificados em: muito superficial, superficial, médio e profundo.
O peling muito superficial afinam ou removem o estrato córneo e não criam lesão
abaixo do estrato granuloso.
O peeling superficial promove a morte tecidual de toda epiderme ou parte dela e
tem ação nas camadas mais profundas da epiderme atingindo desde a camada
granulosa até a camada basal.
O peeling médio promove a morte tecidual em nível superficial e se estende até
derme papilar.
O peeling profundo promove a morte tecidual em nível superficial e se estende
até a derme reticular.
Fonte:http://www.geriderme.com.br/2014/05/porque-importancia-de-preparar-pele.html
Faz-se necessário salientar que a profundidade de uma descamação depende
de muitas varáveis, entre as quais:
O agente esfoliante: solução, concentração do agente, número de camadas
aplicadas, a duração de contato com a pele e a procedência dos agentes químicos. A
integridade da epiderme: até que ponto a pele foi limpa e desengordurada antes do
procedimento e até que ponto a pele foi preparada nas semanas que antecedem o
peeling e a espessura da pele: o tipo de pele do paciente, localização anatômica da
descamação.
Lembrando que no tratamento das estrias utilizamos o peeling superficial, pois
iremos lesionar a epiderme com o objetivo de estimular a derme pelo processo
inflamatório benigno.
Indicações
São indicações do peeling o fotoenvelhecimento, as discromias, estrias,
cicatrizes e sequelas de acne.
Contraindicações
A aplicação do peeling é contraindicada em algumas situações como: doenças
de pele, infecções, herpes ativa, gestantes, pacientes que fizeram ou fazem uso da
Isotretinoína (Roacutan), em casos de distúrbios de cicatrização.
Mecanismo de ação dos peelings químicos
Através da estimulação do crescimento epidérmico pela remoção do estrato
córneo, destruição e camadas específicas da pele e indução de reação inflamatória
levando a formação de novo colágeno.
Fonte:http://site.lierre.com.br/produtos/peeling-em-capsula-drenagem-linfatica-em-
capsula-nutrimodulacao-corporal
Cuidados pré-peeling
É necessário a preparação da pele antes da realização do peeling e cuidados
após o procedimento para que ocorra o sucesso do tratamento.
O primeiro passo para a realização do peeling é a identificação do cliente. Este
deve ter uma postura séria e correta diante do tratamento. As orientações devem estar
muito clara e um termo de compromisso deve ser assinado para a realização deste tipo
de procedimento.
São excluídas nesta etapa de seleção pessoas desobedientes, indisciplinadas e
pessoas portadoras de patologias ou algum impedimento que altera totalmente a
previsão pós peeling, garantia que é cobrada para o resultado final (Maio, 2004).
Para o mesmo autor, os pacientes devem ser devidamente esclarecidos a
respeito dos detalhes dos procedimentos propostos, nível da dor e ardor no momento
da aplicação do agente químico, aspecto da pele e desconforto no período pós peeling,
os retornos devem ser frequentes, ocorrendo a cada 24 a 48 horas até o
estabelecimento completo da epitelização.
O termo de compromisso tem as perguntas pertinentes aos antecedentes
pessoais, tratamentos anteriores e à explicação de todas as fases, pré, pós e durante o
peeling e os medicamentos a serem usados com assiduidade (MAIO, 2004).
É muito importante que antes de realizar um peeling químico, o ambiente (local
do procedimento) seja bem iluminado com luz fria para evitar sombras e prover uma
boa observação do eritema local, não esquecendo também da higiene local. Uma boa
avaliação da pele é muito importante, sendo responsável pelo sucesso do tratamento.
Cuidados no pós peeling
São os cuidados com a pele tratada no período imediato e tardio do
procedimento com o objetivo de reduzir os efeitos colaterais e proporcionar conforto e
bem estar à cliente.
Estes cuidados auxiliam na potencialização dos resultados, menores chances de
complicações no pós peeling, uma recuperação mais rápida.
É bastante importante também usar produtos no pós peeling com ação
regeneradora e hidratante de alta afinidade com as estruturas cutâneas que foram
alteradas
Cuidados no pós peeling muito superficial e superficial
A proteção solar é obrigatória em todos os tipos de peeling. No peeling muito
superficial e superficial as complicações são raras em razão da pouca profundidade do
tratamento e as pigmentações transitórias podem ocorrer.
Para Kede e Sabatovich (2009), logo após o peeling a limpeza da pele deve ser
suave e delicada, sem nunca friccionar. Lavar com água e secar a pele com toalha
macia, apenas com leves toques, pois a pele estará mais sensível.
Cuidados no pós peeling médio
Cuidado ao dormir para esfregar o pele no travesseiro; não puxar a pele escura
e seca e deixar que ela se desprenda naturalmente.
O primeiro dia do pós peeling se caracteriza pela cor eritematosa da pele. A
sensação dolorosa pode ser melhorada com analgésico e aliviado com compressas
frias de hamamélis, sprays de soluções fisiológicas ou águas termais.
Tempo de ação do produto (ácido)
O tempo de contato é aquele durante o qual o ácido é deixado agir antes de ser
neutralizado e parar seu efeito.
Este tempo varia de acordo com a sensibilidade da pele da cliente.
O tempo de contato do produto com a pele deve terminar tão logo comece o
eritema.
Neutralização do produto (ácido)
O objetivo da neutralização é fazer parar o efeito do ácido. O peeling pode ser
neutralizado com uma solução saturada com bicarbonato de sódio a 5% ou a 10%, pois
este é um poderoso neutralizante. A neutralização do ácido deve ser feita tão logo
apareça eritema.
Geralmente é usada a solução com bicarbonato de sódio de 2 a 10%,lembrando
que quanto maior a concentração de bicarbonato, maior a intensidade da reação de
neutralização, que é exotérmica, podendo causar certo desconforto para a paciente.
Acredita-se que o ideal seja o meio termo, ou seja, inicia-se a lavagem com
água, lavando na pia ou utilizando nebulizadores e algodão, complementando-a com
loção neutralizante de bicarbonato de sódio.
Importante destacar que nunca se inicia um peeling sem ter facilmente à mão o
agente neutralizante, evitando a demora na neutralização, caso algum local reaja
rapidamente de maneira intensa o que é comum com o ácido glicólico (Maio, 2004).
Ácido Glicólico
Desde os anos oitenta, os alfa-hidróxiácidos (AHAs) tem sido usados
isoladamente ou em combinação com outros ácidos com o objetivo de obter bons
resultados cosméticos, de modo local ou geral, temporariamente ou permanente, e sem
correr os riscos dos peelings mais profundos. O AHAs mais utilizado é sem dúvida o
ácido glicólico, uma molécula com baixo peso molecular que não tem dificuldade para
penetrar no estrato córneo (Deprez, 2009).
Os alfa-hidróxiácidos (AHAs) são ácidos carboxílicos encontrados naturalmente
em alguns alimentos, mas que também podem ser produzidos sinteticamente em
grandes quantidades. Dentre esses compostos estão os ácidos glicólico, lático, cítrico,
málico e tartárico.
A molécula mais simples dos AHAs é o ácido glicólico (derivado da cana-de-
açúcar), com o menor peso molecular. Este ácido é considerado um queratolítico
verdadeiro, pois devido ao pequeno tamanho de sua estrutura química, possui grande
poder de penetração intracelular.
A ação do ácido glicólico como querato-regulador (inibindo a coesão dos
corneócitos) promove maior flexibilidade, hidratação, aumento das fibras colágenas e
elásticas (Guirro e Guirro, 2002).
O uso dos hidróxiácidos em produtos de tratamento de pele já era conhecido
desde a época de Cleópatra, que aplicava leite coalhado em sua face para aumentar
sua juventude. A mesma autora acrescenta ainda que o ácido glicólico mais
comumente utilizado em peelings químicos em consultórios de dermatologia e por
esteticistas; pois é popularmente conhecido como o “peeling da hora do almoço”,
porque pode ser feito durante a hora do almoço do paciente e este pode retornar a seu
trabalho sem nenhum sinal indicador. Em virtude de sua eficácia e facilidade de uso, o
peeling de ácido glicólico foi um dos primeiros peelings químicos superficiais a se
tornar popular.
Algumas vantagens, do ponto de vista prático reforçam o uso dos peelings com
ácido glicólico, pois são sistematicamente seguros, não tóxicos e promovem
descamações superficiais com baixo risco de complicações.
Peeling corporal com ácido glicólico
Ao considerar áreas corporais, a prioridade básica é lembrar que essas regiões
não cicatrizam tão bem quanto a face. Quando a pele reepiteliza após um peeling, ela o
faz pela proliferação de células epiteliais a partir do epitélio adjacente e das células
tronco e das unidades pilossebáces que migram lateralmente, até cobrir as áreas
comprometidas com uma nova epiderme. Estudos tem mostrado que existem 30 vezes
mais unidades pilossebáceas na face do que no pescoço e colo, e 40 vezes mais do
que na região de dorso de mãos e braços. Logo, nessas áreas, a reepotelização é
muito mais lenta e prolongada, além de fato de algumas áreas serem mais propensas à
cicatrização hipertrófica. (Kede e Sabatovich, 2009).
Os mesmos autores citam ainda que outro aspecto que difere os peelings
corporais dos faciais é o tempo de descamação. No corpo a descamação ocorre de
forma mais imprevisível e irregular.
Ácido Mandélico
O Ácido Mandélico é um alfahidroxiácido (AHA) derivado da hidrólise do extrato
de amêndoas amargas.
É considerado um dos alfahidróxiácido de maior peso molecular o que significa
que a pele o absorve lentamente e desta forma favorece um efeito uniforme
minimizando os transtornos na aplicação de ácidos.
Este ácido difere dos demais alfahidroxiácidos pois consegue equilibrar o
processo de renovação epitelial por dois mecanismos:
- Estímulo mecânico ao promover a epidermólise, inicia-se o processo acelerado
da renovação epitelial.
- Estímulo químico, após sua penetração intracelular, ajudando na auto-
regulação da produção de melanina, e por ação direta nos folículos pilosos e controle
da produção sebácea.
Como os estímulos físicos e químicos atuam sinergicamente, ocorre uma
melhora na qualidade e quantidade do colágeno e glicosaminoglicanas da derme
reticular.
Peeling Combinado
É um procedimento que garante maior segurança e eficácia e com uma menor
incidência de reações adversas já que usam uma menor concentração dos agentes
esfoliantes.
O peeling combinado pode ser realizado através da associação de um peeling
físico com químico, ou a combinação de dois agentes químicos.
Nas estrias auxiliam, pois estimulação a formação do colágeno proporcionando
uma melhora no aspecto geral das estrias.
Procedimento
No primeiro passo deve ser realizado a higienização da pele com o objetivo de
remover as sujidade da pele e deverá ser aplicado em toda a região a ser tratada, com
movimentos circulares.
Neste protocolo foi usado um sabonete que contém papaya e cassis. Papaya
tem ação esfoliante e renovadora das células da epiderme e o Cassis derivado da
groselha negra é uma fonte de vitamina C sendo desta forma precursora do colágeno
além da ação antioxidante.
Na segunda etapa foi realizada uma renovação química e física com o produto
Crystal Peel, trabalhada com movimentos de fricção, realizando a esfoliação física,
retirando desta forma as células mortas.
Este produto deverá ser retirado com bandaletes umedecidas com água.
O peeling físico é um procedimento esfoliativo realizado por meio de um lixamento
manual (com cremes com ativos esfoliativos). Processo mecânico de arraste das
células mortas através de substâncias abrasivas que podem estar veiculadas em
cremes, gel, gel-creme ou até mesmo em loções.
Na terceira etapa foi realizado a delipidação cutânea com a solução Alpure que é
um álcool de milho com garantia de pureza.
Este produto tem ação desengordurante da pele favorecendo o aumento da
penetração do ácido. Este produto não deve ser removido.
A quarta etapa é o peeling químico com uma combinação de ácido glicólico e
ácido mandélico, sendo aplicado com o auxilio de um pincel de seda. Este produto
esfolia a pele e estimula a síntese de colágeno potencializando a renovação celular da
pele deixando-a com aspecto mais uniforme.
O produto depois de aplicado deverá ser deixado na pele até que se verifique a
hiperemia (vermelhidão) o que pode acontecer em 2 minutos ou em até 15 minutos,
isto varia de acordo com a espessura e tolerância da pele da cliente.
A quinta etapa é muito importante é a neutralização que é realizada através de
um gel neutralizante com bicarbonato de sódio a 5% ou até 10%. Em seguida deve-se
lavar ou limpar a pele com lenços ou bandaletes umedecidas. Este neutralizante
bloqueia a ação do ácido.
É de suma importância destacar que este agente neutralizante deverá estar
pronto e preparado antes mesmo da aplicação do ácido para que nenhuma situação
desagradável ocorra, pois assim que a hiperemia for atingida ou relato de desconforto
for relatado pela cliente este deverá ser aplicado na pele com o intuito de neutralizar a
ação do ácido.
A sexta etapa é chamada de síntese de colágeno onde é aplicado um produto
para fazer o estímulo de colágeno na região trabalhada como forma de incrementar os
resultados.
A sétima e última etapa e de grande importância é a proteção solar realizada
através dos filtros solares e deverá ser aplicado por toda a região até a absorção total
do produto e este não deverá ser retirado da pele da cliente.
Como forma de potencializar ainda mais os procedimentos realizados em
cabines de estética os produtos home care também devem fazer parte do tratamento
para as estrias.
Os produtos home care (domiciliar) devem conter ativos que sejam hidratantes,
emolientes e precursores de colágeno.
Bibliografia
BORGES, Fábio dos Santos;Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas.
São Paulo. Phortes, 2010. Paulo.
GUIRRO, Elaine Caldeira de O. Fisioterapia Dermato- funcional: fundamentos,
recursos, patologias.Barueri-São Paulo Manole, 2004.
KEDE, M.P.V; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2004.
RIBEIRO, C. J.; Cosmetologia Aplicada a Dermoestética; 2. ed., São Paulo:
Ed.Pharmabooks, 2010.
http://www.dermage.com.br/dermage/paginas/estudo-acido-Mandelico.pdf/ acesso em
12 de dezembro de 2014

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Abordagem terapêutica para tratamento de estrias

  • 1. ABORDAGEM TERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DAS ESTRIAS REVISÃO DO SISTEMA TEGUMENTAR A pele é o maior órgão do corpo humano representando cerca de 4,5 quilos sendo 12% do peso seco total do corpo humano. Sua espessura situa-se entre 0,5 a 4 milímetros, portanto, é o mais sensível de nossos órgãos, sendo nosso primeiro meio de comunicação e nosso mais eficiente protetor, onde está localizada a nossa primeira e última linha de defesa. É um órgão de revestimento complexo caracterizado por uma estrutura própria que se apresenta em camadas interdependentes. É constituída por uma porção epitelial denominada epiderme e uma porção conjuntiva a derme. Abaixo e em continuidade com a derme está a hipoderme, isto é a tela subcutânea. A pele exerce diversas funções no organismo entre elas a base dos receptores sensoriais onde se tem a localização do sentido do tato, é uma fonte organizadora e processadora de informações, é uma barreira entre o organismo e o meio ambiente, faz proteção contra efeitos da radiação e traumas mecânicos, ajuda na regulação da temperatura, sintetiza compostos orgânicos como a vitamina D, além de fazer excreção através das glândulas sudoríparas (Guirro e Guirro, 2002). EPIDERME A pele é dividida em camadas a mais externa é denominada epiderme que é fina, avascular e tem como principal função manter a integridade da pele além de atuar como barreira física. É um tecido epitelial além de ser constituída por quatro tipos principais de células: queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e célula de Merkel.
  • 2. Uma das funções da epiderme é a produção de queratina pelos queratinócitos, a queratina é uma proteína fibrosa, maleável e é responsável pela impermeabilidade cutânea. É nesta camada que também são encontradas as células de Langerhans que desempenham importante papel imunitário, os melanócitos que são responsáveis pela produção de melanina que atua na pigmentação cutânea além de proteger a pele da ação danosa dos raios solares. É na epiderme que também encontramos as células de Merkel que tem importante função tátil. A respeito dos queratinócitos, veja a seguir. Camada córnea | Acamada córnea é constituída por células mortas, sem núcleo e achatadas em forma de lâminas, sendo que estas se sobrepõe formando uma estrutura rígida e hidrofólica exercendo as funções de proteção contra agentes físicos, químicos e biológicos. É nesta camada que ocorre o desprendimento constante dos queratinócitos e consequentemente uma renovação constante da epiderme. Fonte:http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/tatuagem-e-camadas-da-pele Camada Lúcida Esta camada não está presente em todas as regiões do corpo sendo mais comum nas regiões palmoplantares. É constituída por uma fina camada de células achatadas O estrato lúcido ou camada lúcida encontra-se abaixo do estrato córneo, não sendo visualizado em regiões de pele pouco espessa. Camada ou estrato granuloso Esta camada é caracterizada por presença de células poligonais com núcleo central, achatadas e com presença de grânulos de queratina no citoplasma. Esta região da epiderme é responsável pela formação da bicamada de lipídeos presente entre as fileiras de células corneificadas, que formam a camada córnea.
  • 3. Camada Espinhosa Esta camada é assim denominada devido ao aspecto celular periférico, que parece emitir espinhos e são responsáveis pela grande coesão celular de epitélios, resistentes a grandes trações e pressões. Camada Basal Camada mais profunda da epiderme que faz contato direto com a derme. Nesta região ocorre intensa divisão celular sendo responsável pela renovação da epiderme, fornecendo células para substituir as que são perdidas na camada córnea. Nesse processo de renovação, as células partem da camada basal e vão sendo deslocadas para a periferia até a camada córnea, num período de 21 a 28 dias. Sendo a epiderme avascular, depende dos capilares dérmicos para receber todos os nutrientes necessários a sua proliferação e diferenciação Na figura abaixo estão destacados as camadas da epiderme e os melanócitos. Fonte: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mII.pele.htm DERME A derme é a camada da pele com a maior parte das estruturas vivas da pele, sendo responsável por sua elasticidade e resistência por sua elasticidade e resistência. Apresenta corpúsculos sensórias táteis, terminações nervosas e receptores de frio e calor. Seus vasos sanguíneos são responsáveis pela nutrição e pela oxigenação tanto das células dérmicas quanto das epidérmicas (Borges, 2006). As principais células dérmicas são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras proteicas e de uma substância gelatinosa que preenche os espaços dos tecidos, a substância fundamental. As fibras da derme são filamentos constituídos de proteínas e podem ser de três tipos: fibras colágenas (mais espessas e resistentes), fibras elásticas (mais finas e elásticas, e fibras reticulares (ainda mais finas e
  • 4. entrelaçadas). É o conjunto dessas fibras que confere a resistência e a elasticidade típicas da pele. É constituída por duas camadas a derme papilar e reticular. A camada papilar é delgada tem a função de prender a derme à epiderme, já a mais profunda é denominada reticular e esta consiste em tecido conjuntivo denso e é irregular, contendo feixes de colágeno, na região reticular, entrelaçam-se como uma rede. A derme consiste em um tecido resistente e elástico, que proporciona resistência física ao corpo frente a agressões mecânicas, fornece nutrientes à epiderme e abrigam os apêndices cutâneos, vasos sanguíneos e linfáticos, células de natureza conjuntiva e de origem sanguínea. O principal componente fibroso da derme é o colágeno. Esta proteína é sintetizada pelos fibroblastos na forma de um precursor, o procolágeno. Este, uma vez no meio extracelular, sofre a ação enzimática, dando origem a unidades de tropocolágeno, que se polimerizam, e formam as fibras colágenas propriamente ditas (Ribeiro, 2010). Para o mesmo autor, a elastina proteína fibrosa que perfaz 0,6-2,1% do peso seco da pele e 1% do volume da derme, é formada por fibras frágeis, retas, muito ramificadas e muito resistentes. São espessas na derme profunda e finas na reticular. Exercem função complementar às fibras de colágeno. As fibras elásticas permitem extensa deformação da pele, que retorna passivamente ao estado original quando suspensa à força aplicada. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/390578/ ESTRIAS Histórico As estrias ou também denominadas striae distensae é uma afecção muito comum e apesar de ser considerada de natureza estética pode trazer importantes conseqüências psicossociais.
  • 5. Foram descritas pela primeira vez em 1773 em mulheres grávidas. Até 1982, as estrias eram descritas como cicatrizes sendo que esta classificação foi derrubada por Pieraggi em seu estudo histológico. Ao comparar seu estudo pode observar que alguns elementos da pele apresentavam diferenças entre as cicatrizes e as estrias como por exemplo: as fibras colágenas nas estrias são finas com um volume e diâmetro menor enquanto nas cicatrizes estas apresentam grossas e largas. As estrias são classificadas como lesões por apresentar perda da elasticidade e da compactação, mas histologicamente são diferenciadas das lesões senis ou cicatrizes porque nessas os fibroblastos se apresentam de forma estrelada e nas estrias atróficas a forma dos fibroblastos predominante é a globular. Logo, são alterações histológicas completamente diferentes, não podendo ser comparada com nenhuma outra lesão dérmica. Outro ponto que relaciona esta diferença está na substância fundamental amorfa que nas estrias se apresenta de maneira abundante e nas cicatrizes em menor quantidade. Definição As estrias são definidas como um processo degenerativo benigno cutâneo e consideradas um processo de natureza estética, uma vez que não gera incapacitação física ou alterações da função cutânea. São caracterizadas por lesões atróficas e variam de coloração conforme a fase de evolução. E o termo atrófica está relacionado com uma diminuição de espessura da pele, decorrente da redução do número e volume de seus elementos e é representada por pregueamento, secura e menor elasticidade. São denominadas também de atrofia tegumentar adquirida, sendo caracterizada por uma ruptura das fibras elásticas que estão localizadas na derme, sendo que geralmente se localizam de acordo com as linhas de clivagem (linhas de Langer), e estão dispostas paralelamente.
  • 6. Linhas de Langer Fonte: http://www.queloide.com.br/dicasdesaude%20cirurgiaplastica2.html Essas atrofias cutâneas lineares são formadas devido uma tensão tecidual que provoca uma lesão do conectivo dérmico, gerando uma dilaceração das malhas (LIMA E PRESSI, 2005). Características As estrias apresentam aspecto linear e caráter de bilateralidade, geralmente distribuindo-se simetricamente nos dois hemicorpos. Dispõem-se paralelas umas às outras podendo ser raras ou numerosas, onde a região acometida apresenta sinais de secura, pregueamento e menor elasticidade. Incidência São encontradas em ambos os sexos, no entanto a incidência maior acontece no sexo feminino. Sua maior prevalência ocorre na faixa etária dos 14 aos 20 anos (55-65% em mulheres e 15-20% em homens). É cerca de três a seis vezes mais frequente no sexo feminino do que no masculino, onde também são mais discretas. Frequentemente observadas na adolescência, em casos de obesidade, gestante, em uso de medicamentos esteróides, em caso de hipertrofia muscular e nas Síndromes de Cushing e Marfan. Sintomas
  • 7. O surgimento dos sintomas iniciais são variáveis, sendo que os primeiros sinais clínicos podem ser caracterizados por: prurido, dor (em alguns casos), erupção papular plana e levemente eritematosa (rosada). As estrias são denominadas, nessa fase inicial, de rubras (striaerubrae). Fonte: http://eliminalasestriasopiniones.com/ Na fase seguinte, onde o processo de formação já está praticamente estabelecido, as lesões tornam-se esbranquiçadas, quase nacaradas, sendo denominadas de estria Alba (estriae albae). Fonte:http://diaconoluizgonzaga.blogspot.com.br/2012/03/como-combater-as-estrias- na.html Fases de Evolução As lesões iniciais são ativas, caracterizadas por eritema e nenhuma aparente depressão de superfície. Gradualmente a cor vai diminuindo e as lesões ficam mais claras que a pele normal. É possível que a aparência inicial, com hiperemia e edema, seja decorrente de respostas inflamatórias associadas à vasodilatação que vai progressivamente diminuindo, dando lugar a uma lesão atrófica (Maio, 2004).
  • 8. A fase inicial é chamada de inflamatória onde a derme apresenta-se edematosa, as estrias são vermelhas e finas e podem gerar prurido sendo denominadas estrias rubras, iniciais ou violáceas. Quando as fibras se rompem, o sangue extravasa dos capilares e provoca um pequeno hematoma que se reflete imediatamente na pele, em forma de vergão vermelho claro. Esta cor avermelhada característica da fase inicial das estrias é indicativa de processo inflamatório e é provocada pela distensão das fibras elásticas. Quando o processo de formação já está instalado, isto é, na fase atrófica, tornam- se esbranquiçadas e são denominadas de estrias alba, tornando-se mais largas, devido ao rompimento das fibras elásticas e colágenas.A pele estriada apresenta alterações nas fibras colágenas, nos fibroblastos e na substância fundamental amorfa, caracterizando-se assim como uma lesão dérmica inestética. Etiologia Atualmente a etiologia das estrias é considerada multifatorial sendo que a mais aceita entre os pesquisadores é a teoria endocrinológica. Teoria Mecânica A primeira das teorias é a mecânica e esta afirma que as estrias aparecem em virtude de um estiramento repentino da pele em fases específicas da vida por consequência a lesão das fibras elásticas e colágenas do tecido. As fibras elásticas se separam em vários segmentos fibrilares e as fibras de colágenos se separam e se alargam. Assim, suas causas conforme esta teoria seriam um crescimento muito rápido durante a adolescência, o aumento do peso corporal em transtornos alimentares, como na obesidade, uma hipertrofia muscular muito rápida ou uma distensão abdominal considerável, como nos casos de uma gestação. A teoria mecânica tem sido comumente aceita, e acredita-se que a excessiva deposição de gordura no tecido adiposo, especialmente a que ocorre repentinamente, com subsequente dano às fibras elásticas e colágenas da pele seja o principal
  • 9. mecanismo do aparecimento das estrias sendo consideradas também sequelas de períodos de rápido crescimento. Fonte:http://www.alanhatanaka.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id =20:prevencao-estrias-gestacao-gravidez-tr.. Teoria Endocrinológica A teoria endocrinológica é a mais bem aceita atualmente. Muitos autores relatam que o surgimento das estrias não está relacionado a patologia, mas sim ao tipo de medicamento administrado pelos pacientes. Ainda citam que há uma forte influência hormonal, onde o hormônio esteroide está presente em todas as formas de aparecimento das lesões como na obesidade, na adolescência e na gravidez. Contudo, a ação hormonal vai atuar especificamente sobre o fibroblasto, como na adolescência por exemplo. Nessa teoria muitos postulam uma relação causal de esteróides tópicos ou sistêmicos e as estrias. Com a teoria endocrinológica pode-se explicar que o aparecimento das estrias nas diversas patologias não tem efeito causal a afecção em si, mas sim drogas utilizadas na sua terapêutica. Teoria Infecciosa Esta teoria ainda é a menos aceita atualmente, pois os estudiosos sugerem que o surgimento das estrias estaria relacionada com processos infecciosos que danificam as fibras elásticas. Foi notado presença de estrias em processos infecciosos agudos como na febre tifóide e reumática.
  • 10. Esta associado também à Síndrome de Cushing onde se observa alterações nos níveis de cortisol. Fonte: http://elgsouza.blogspot.com.br/2011/03/stress.html Classificação das estrias Podem ser classificadas em rosadas ou iniciais, atróficas e nacaradas. As iniciais tem caráter inflamatório e sua coloração rosada (avermelhada) acontece pela distensão das fibras elásticas e rompimento de alguns capilares sanguíneos. As estrias denominadas atróficas apresentam linha flácida central e hipocromia, e as nacaradas apresentam uma flacidez central, com fibras elásticas rompidas e são recobertas por epitélio pregueado. ABORDAGEM TERAPÊUTICA PARA O TRATAMENTO DAS ESTRIAS MICRODERMOABRASÃO (PEELING DE DIAMANTES) A microdermoabrasão é um tratamento que promove uma esfoliação da pele, promovendo um processo inflamatório que induz a formação de colágeno. É uma técnica denominada de peeling físico ou mecânico uma vez que a esfoliação da pele ocorre pelas ventosas diamantadas de diferentes granulometrias que ficam pressionadas na pele pela pressão negativa do vácuo.
  • 11. Fonte: http://images.tcdn.com.br/img/img_prod/258494/1782_1.jpg Consiste na remoção mecânica e controlada das camadas superficiais da pele, ou seja, é uma tecnologia não invasiva de remoção das células envelhecidas e desta forma um estímulo para a produção de novas células e produção de colágeno. É uma técnica segura, realizada sem uso de anestésico onde o cliente apresenta rápida recuperação. Este equipamento promove uma sucção e lixamento da pele através de canetas diamantadas, e estas por sua vez apresentam ponteiras de várias granulometrias. Por exemplo a ponteira de 75 MICRONS possui um diâmetro maior e portanto uma esfoliação mais profunda. Já a ponteira de 100 e 150 MICRONS com um diâmetro menor realiza uma esfoliação mais superficial. Fonte: http://images.tcdn.com.br/img/img_prod/258494/1782_2.jpg É importante lembrar que a profundidade da região trabalhada está associada também a quantidade de pressão programada no equipamento, a velocidade do movimento, o tempo de exposição e o número de repetições na mesma área. Estes fatores associados darão a profundidade que deseja trabalhar.
  • 12. Níveis de profundidade Os níveis de profundidade que podem ser atingidos são: Nível 1: Ocorre uma esfoliação da camada córnea da pele onde se realiza um peeling superficial com formação de leve eritema, onde a pele ficará levemente esbranquiçada seguida por um leve eritema. Nível 2: Observa-se um eritema moderado onde ocorre a esfoliação de toda a epiderme não alcançando a derme, e como reação observa-se um eritema mais intenso com edema na região trabalhada. Nível 3: Aqui a esfoliação atinge a derme papilar apresentando petéquias que são pontos hemorrágicos e como reação pode-se observar o aparecimento de pequenas gotículas de sangue. É muito importante salientar que os profissionais da área da estética podem trabalhar até atingir no máximo o nível 2. Tempo e número de sessões O tempo da sessão é variável, pois vai depender da quantidade de estrias que a cliente possui. Depende também da sensibilidade da cliente e do nível desejado de esfoliação. É recomendado realizar as sessões a cada 15 dias podendo espaçar dependendo da reação da pele e da disponibilidade da cliente, ou seja, pode-se fazer a cada 20 ou 30 dias também. Llembrando que só poderá ser realizado outra sessão quando a região trabalhada estiver completamente íntegra e sem sinais de inflamação. O número de sessões é variável, mas em geral pode ocorrer de quatro a dez sessões dependendo do tipo de estrias e da resposta do cliente ao tratamento. Algumas orientações são fundamentais e fazem parte dos resultados satisfatórios no tratamento entre eles estão: no mês que antecede o tratamento interromper a aplicação de cremes que contenham ácidos em sua formulação, o cuidado de não se expor ao sol durante o tratamento além da utilização de protetor solar com fator de proteção 30 de quatro em quatro horas e quando realizar este procedimento em áreas corporais solicitar o uso de roupas largas que não machuquem a área tratada. Caso ocorra o aparecimento de crostas na região tratada, o cliente não deverá removê-la. Lembrando que o ideal é que a pele não fique machucada e nem sangre, ou seja, é indesejável o aparecimento de crostas. Vale ressaltar que as áreas do corpo que possuem uma menor quantidade de elementos pilossebáceos são mais sujeitas às complicações com procedimentos mais agressivos. Então, recomenda-se realizar vários peelings mais superficiais, pois não apresentam riscos ao cliente.
  • 13. Efeitos proporcionados pela técnica Dentre os efeitos proporcionados por esta técnica pode-se destacar: o incremento da microcirculação, estímulo da proliferação dos fibroblastos e consequentemente a produção e deposição de colágeno, promove uma neovascularização e regeneração celular e uma melhora da aparência da pele. Indicações Além de tratar as esdtrias, o peeling de diamantes trata as sequelas de acne, hipercromias, linhas de expressão e rugas superficiais e profundas, Procedimento O procedimento deve ser realizado por etapas sendo, primeiramente realizado a higienização da área a ser tratada com álcool 70% como forma de promover a desinfecção, é importante que a profissional utilize em suas mãos luvas descartáveis. Sempre tracionar a pele com uma das mãos para desta forma facilitar o deslizamento da caneta aplicadora. Realizar o peeling de diamantes com ponteira suave até verificar hiperemia e leve edema (nível 2), com movimentos de vai e vem, em seguida limpar a pele com soro fisiológico e como forma de potencializar o tratamento aplicar ativos que estimulem a formação do colágeno. Finalizar aplicando filme plástico na região tratada como forma de prevenir atritos entre a pele e a roupa. PEELING QUÍMICO Histórico A origem dos peelings químicos data de muitos anos, onde a primeira documentação na literatura foi em 1941, quando Eller e Wolf empregaram a escarificação e o peeling cutâneo no tratamento de cicatrizes. Mackee e AKerp utilizaram técnica semelhante em 1903. Em 1986, Brody e Hailey combinaram dois agentes superficiais para produzirem um peeling de profundidade média. Em 1989, Mohneit utilizou outra técnica de combinação de agentes químicos. Definição Peeling é qualquer tratamento que cause a descamação/esfoliação e produza efeitos cosméticos e ou terapêuticos.
  • 14. O peeling químico é quando esta descamação é causada por um agente químico. Também conhecido como quimioesfoiliação, quimiocirurgia ou dermopeeling, consiste na aplicação de um ou mais agentes esfoliantes na pele, resultando na destruição das partes da epiderme e ou derme, seguida de regeneração dos tecidos epidérmicos e dérmicos. Os peelings químicos podem simplesmente acelerar os processos naturais de esfoliação, como também destruir completamente a epiderme e uma proporção variável da derme, essencialmente pela “lise” ou coagulação proteica (Deprez, 2009). De acordo com Kede e Sabatovich (2009), o peeling causa alterações na pele por meio de três mecanismos: a estimulação do crescimento epidérmico mediante a remoção do estrato córneo; a destruição de camadas específicas da pele lesada, pois ao destruir as camadas e substituí-las por tecido “normalizado”, obtém-se um melhor resultado estético (isto é especialmente verdadeiro no tratamento de anormalidades de pigmentação e de queratoses actínicas); e pela indução no tecido de uma reação inflamatória mais profunda que a necrose produzida por agentes esfoliantes. Níveis de profundidade Os peelings químicos são classificados de acordo com o nível de profundidade da necrose tecidual provocada pelo agente esfoliante. São classificados em: muito superficial, superficial, médio e profundo. O peling muito superficial afinam ou removem o estrato córneo e não criam lesão abaixo do estrato granuloso. O peeling superficial promove a morte tecidual de toda epiderme ou parte dela e tem ação nas camadas mais profundas da epiderme atingindo desde a camada granulosa até a camada basal. O peeling médio promove a morte tecidual em nível superficial e se estende até derme papilar. O peeling profundo promove a morte tecidual em nível superficial e se estende até a derme reticular.
  • 15. Fonte:http://www.geriderme.com.br/2014/05/porque-importancia-de-preparar-pele.html Faz-se necessário salientar que a profundidade de uma descamação depende de muitas varáveis, entre as quais: O agente esfoliante: solução, concentração do agente, número de camadas aplicadas, a duração de contato com a pele e a procedência dos agentes químicos. A integridade da epiderme: até que ponto a pele foi limpa e desengordurada antes do procedimento e até que ponto a pele foi preparada nas semanas que antecedem o peeling e a espessura da pele: o tipo de pele do paciente, localização anatômica da descamação. Lembrando que no tratamento das estrias utilizamos o peeling superficial, pois iremos lesionar a epiderme com o objetivo de estimular a derme pelo processo inflamatório benigno. Indicações São indicações do peeling o fotoenvelhecimento, as discromias, estrias, cicatrizes e sequelas de acne. Contraindicações A aplicação do peeling é contraindicada em algumas situações como: doenças de pele, infecções, herpes ativa, gestantes, pacientes que fizeram ou fazem uso da Isotretinoína (Roacutan), em casos de distúrbios de cicatrização. Mecanismo de ação dos peelings químicos
  • 16. Através da estimulação do crescimento epidérmico pela remoção do estrato córneo, destruição e camadas específicas da pele e indução de reação inflamatória levando a formação de novo colágeno. Fonte:http://site.lierre.com.br/produtos/peeling-em-capsula-drenagem-linfatica-em- capsula-nutrimodulacao-corporal Cuidados pré-peeling É necessário a preparação da pele antes da realização do peeling e cuidados após o procedimento para que ocorra o sucesso do tratamento. O primeiro passo para a realização do peeling é a identificação do cliente. Este deve ter uma postura séria e correta diante do tratamento. As orientações devem estar muito clara e um termo de compromisso deve ser assinado para a realização deste tipo de procedimento. São excluídas nesta etapa de seleção pessoas desobedientes, indisciplinadas e pessoas portadoras de patologias ou algum impedimento que altera totalmente a previsão pós peeling, garantia que é cobrada para o resultado final (Maio, 2004). Para o mesmo autor, os pacientes devem ser devidamente esclarecidos a respeito dos detalhes dos procedimentos propostos, nível da dor e ardor no momento da aplicação do agente químico, aspecto da pele e desconforto no período pós peeling, os retornos devem ser frequentes, ocorrendo a cada 24 a 48 horas até o estabelecimento completo da epitelização. O termo de compromisso tem as perguntas pertinentes aos antecedentes pessoais, tratamentos anteriores e à explicação de todas as fases, pré, pós e durante o peeling e os medicamentos a serem usados com assiduidade (MAIO, 2004). É muito importante que antes de realizar um peeling químico, o ambiente (local do procedimento) seja bem iluminado com luz fria para evitar sombras e prover uma boa observação do eritema local, não esquecendo também da higiene local. Uma boa avaliação da pele é muito importante, sendo responsável pelo sucesso do tratamento.
  • 17. Cuidados no pós peeling São os cuidados com a pele tratada no período imediato e tardio do procedimento com o objetivo de reduzir os efeitos colaterais e proporcionar conforto e bem estar à cliente. Estes cuidados auxiliam na potencialização dos resultados, menores chances de complicações no pós peeling, uma recuperação mais rápida. É bastante importante também usar produtos no pós peeling com ação regeneradora e hidratante de alta afinidade com as estruturas cutâneas que foram alteradas Cuidados no pós peeling muito superficial e superficial A proteção solar é obrigatória em todos os tipos de peeling. No peeling muito superficial e superficial as complicações são raras em razão da pouca profundidade do tratamento e as pigmentações transitórias podem ocorrer. Para Kede e Sabatovich (2009), logo após o peeling a limpeza da pele deve ser suave e delicada, sem nunca friccionar. Lavar com água e secar a pele com toalha macia, apenas com leves toques, pois a pele estará mais sensível. Cuidados no pós peeling médio Cuidado ao dormir para esfregar o pele no travesseiro; não puxar a pele escura e seca e deixar que ela se desprenda naturalmente. O primeiro dia do pós peeling se caracteriza pela cor eritematosa da pele. A sensação dolorosa pode ser melhorada com analgésico e aliviado com compressas frias de hamamélis, sprays de soluções fisiológicas ou águas termais. Tempo de ação do produto (ácido) O tempo de contato é aquele durante o qual o ácido é deixado agir antes de ser neutralizado e parar seu efeito. Este tempo varia de acordo com a sensibilidade da pele da cliente. O tempo de contato do produto com a pele deve terminar tão logo comece o eritema. Neutralização do produto (ácido)
  • 18. O objetivo da neutralização é fazer parar o efeito do ácido. O peeling pode ser neutralizado com uma solução saturada com bicarbonato de sódio a 5% ou a 10%, pois este é um poderoso neutralizante. A neutralização do ácido deve ser feita tão logo apareça eritema. Geralmente é usada a solução com bicarbonato de sódio de 2 a 10%,lembrando que quanto maior a concentração de bicarbonato, maior a intensidade da reação de neutralização, que é exotérmica, podendo causar certo desconforto para a paciente. Acredita-se que o ideal seja o meio termo, ou seja, inicia-se a lavagem com água, lavando na pia ou utilizando nebulizadores e algodão, complementando-a com loção neutralizante de bicarbonato de sódio. Importante destacar que nunca se inicia um peeling sem ter facilmente à mão o agente neutralizante, evitando a demora na neutralização, caso algum local reaja rapidamente de maneira intensa o que é comum com o ácido glicólico (Maio, 2004). Ácido Glicólico Desde os anos oitenta, os alfa-hidróxiácidos (AHAs) tem sido usados isoladamente ou em combinação com outros ácidos com o objetivo de obter bons resultados cosméticos, de modo local ou geral, temporariamente ou permanente, e sem correr os riscos dos peelings mais profundos. O AHAs mais utilizado é sem dúvida o ácido glicólico, uma molécula com baixo peso molecular que não tem dificuldade para penetrar no estrato córneo (Deprez, 2009). Os alfa-hidróxiácidos (AHAs) são ácidos carboxílicos encontrados naturalmente em alguns alimentos, mas que também podem ser produzidos sinteticamente em grandes quantidades. Dentre esses compostos estão os ácidos glicólico, lático, cítrico, málico e tartárico. A molécula mais simples dos AHAs é o ácido glicólico (derivado da cana-de- açúcar), com o menor peso molecular. Este ácido é considerado um queratolítico verdadeiro, pois devido ao pequeno tamanho de sua estrutura química, possui grande poder de penetração intracelular. A ação do ácido glicólico como querato-regulador (inibindo a coesão dos corneócitos) promove maior flexibilidade, hidratação, aumento das fibras colágenas e elásticas (Guirro e Guirro, 2002). O uso dos hidróxiácidos em produtos de tratamento de pele já era conhecido desde a época de Cleópatra, que aplicava leite coalhado em sua face para aumentar sua juventude. A mesma autora acrescenta ainda que o ácido glicólico mais comumente utilizado em peelings químicos em consultórios de dermatologia e por esteticistas; pois é popularmente conhecido como o “peeling da hora do almoço”, porque pode ser feito durante a hora do almoço do paciente e este pode retornar a seu trabalho sem nenhum sinal indicador. Em virtude de sua eficácia e facilidade de uso, o
  • 19. peeling de ácido glicólico foi um dos primeiros peelings químicos superficiais a se tornar popular. Algumas vantagens, do ponto de vista prático reforçam o uso dos peelings com ácido glicólico, pois são sistematicamente seguros, não tóxicos e promovem descamações superficiais com baixo risco de complicações. Peeling corporal com ácido glicólico Ao considerar áreas corporais, a prioridade básica é lembrar que essas regiões não cicatrizam tão bem quanto a face. Quando a pele reepiteliza após um peeling, ela o faz pela proliferação de células epiteliais a partir do epitélio adjacente e das células tronco e das unidades pilossebáces que migram lateralmente, até cobrir as áreas comprometidas com uma nova epiderme. Estudos tem mostrado que existem 30 vezes mais unidades pilossebáceas na face do que no pescoço e colo, e 40 vezes mais do que na região de dorso de mãos e braços. Logo, nessas áreas, a reepotelização é muito mais lenta e prolongada, além de fato de algumas áreas serem mais propensas à cicatrização hipertrófica. (Kede e Sabatovich, 2009). Os mesmos autores citam ainda que outro aspecto que difere os peelings corporais dos faciais é o tempo de descamação. No corpo a descamação ocorre de forma mais imprevisível e irregular. Ácido Mandélico O Ácido Mandélico é um alfahidroxiácido (AHA) derivado da hidrólise do extrato de amêndoas amargas. É considerado um dos alfahidróxiácido de maior peso molecular o que significa que a pele o absorve lentamente e desta forma favorece um efeito uniforme minimizando os transtornos na aplicação de ácidos. Este ácido difere dos demais alfahidroxiácidos pois consegue equilibrar o processo de renovação epitelial por dois mecanismos: - Estímulo mecânico ao promover a epidermólise, inicia-se o processo acelerado da renovação epitelial. - Estímulo químico, após sua penetração intracelular, ajudando na auto- regulação da produção de melanina, e por ação direta nos folículos pilosos e controle da produção sebácea. Como os estímulos físicos e químicos atuam sinergicamente, ocorre uma melhora na qualidade e quantidade do colágeno e glicosaminoglicanas da derme reticular. Peeling Combinado
  • 20. É um procedimento que garante maior segurança e eficácia e com uma menor incidência de reações adversas já que usam uma menor concentração dos agentes esfoliantes. O peeling combinado pode ser realizado através da associação de um peeling físico com químico, ou a combinação de dois agentes químicos. Nas estrias auxiliam, pois estimulação a formação do colágeno proporcionando uma melhora no aspecto geral das estrias. Procedimento No primeiro passo deve ser realizado a higienização da pele com o objetivo de remover as sujidade da pele e deverá ser aplicado em toda a região a ser tratada, com movimentos circulares. Neste protocolo foi usado um sabonete que contém papaya e cassis. Papaya tem ação esfoliante e renovadora das células da epiderme e o Cassis derivado da groselha negra é uma fonte de vitamina C sendo desta forma precursora do colágeno além da ação antioxidante. Na segunda etapa foi realizada uma renovação química e física com o produto Crystal Peel, trabalhada com movimentos de fricção, realizando a esfoliação física, retirando desta forma as células mortas. Este produto deverá ser retirado com bandaletes umedecidas com água. O peeling físico é um procedimento esfoliativo realizado por meio de um lixamento manual (com cremes com ativos esfoliativos). Processo mecânico de arraste das células mortas através de substâncias abrasivas que podem estar veiculadas em cremes, gel, gel-creme ou até mesmo em loções. Na terceira etapa foi realizado a delipidação cutânea com a solução Alpure que é um álcool de milho com garantia de pureza. Este produto tem ação desengordurante da pele favorecendo o aumento da penetração do ácido. Este produto não deve ser removido. A quarta etapa é o peeling químico com uma combinação de ácido glicólico e ácido mandélico, sendo aplicado com o auxilio de um pincel de seda. Este produto esfolia a pele e estimula a síntese de colágeno potencializando a renovação celular da pele deixando-a com aspecto mais uniforme. O produto depois de aplicado deverá ser deixado na pele até que se verifique a hiperemia (vermelhidão) o que pode acontecer em 2 minutos ou em até 15 minutos, isto varia de acordo com a espessura e tolerância da pele da cliente.
  • 21. A quinta etapa é muito importante é a neutralização que é realizada através de um gel neutralizante com bicarbonato de sódio a 5% ou até 10%. Em seguida deve-se lavar ou limpar a pele com lenços ou bandaletes umedecidas. Este neutralizante bloqueia a ação do ácido. É de suma importância destacar que este agente neutralizante deverá estar pronto e preparado antes mesmo da aplicação do ácido para que nenhuma situação desagradável ocorra, pois assim que a hiperemia for atingida ou relato de desconforto for relatado pela cliente este deverá ser aplicado na pele com o intuito de neutralizar a ação do ácido. A sexta etapa é chamada de síntese de colágeno onde é aplicado um produto para fazer o estímulo de colágeno na região trabalhada como forma de incrementar os resultados. A sétima e última etapa e de grande importância é a proteção solar realizada através dos filtros solares e deverá ser aplicado por toda a região até a absorção total do produto e este não deverá ser retirado da pele da cliente. Como forma de potencializar ainda mais os procedimentos realizados em cabines de estética os produtos home care também devem fazer parte do tratamento para as estrias. Os produtos home care (domiciliar) devem conter ativos que sejam hidratantes, emolientes e precursores de colágeno. Bibliografia BORGES, Fábio dos Santos;Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo. Phortes, 2010. Paulo.
  • 22. GUIRRO, Elaine Caldeira de O. Fisioterapia Dermato- funcional: fundamentos, recursos, patologias.Barueri-São Paulo Manole, 2004. KEDE, M.P.V; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2004. RIBEIRO, C. J.; Cosmetologia Aplicada a Dermoestética; 2. ed., São Paulo: Ed.Pharmabooks, 2010. http://www.dermage.com.br/dermage/paginas/estudo-acido-Mandelico.pdf/ acesso em 12 de dezembro de 2014