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ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012
Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 1
Administração Geral: Teoria e Exercícios
Preparatório para Receita Federal 2012
Aula 0 – Planejamento Estratégico
PROFESSOR FLÁVIO POMPÊO
Índice
I - Introdução .............................................................................................................1
II. Apresentação do professor ....................................................................................3
III. Cronograma do curso............................................................................................4
1. Planejamento.........................................................................................................6
2. Planejamento Estratégico ......................................................................................9
3. Análise do ambiente organizacional.....................................................................18
4. Modelos de planejamento estratégico.................................................................22
4.1. Modelo de Ansoff..............................................................................................22
4.2. Estratégias de Porter.........................................................................................24
4.3. Planejamento Estratégico Situacional (PES) ...................................................... 24
5. Lista de questões..................................................................................................26
6. Questões comentadas..........................................................................................33
7. Gabarito...............................................................................................................45
I - Introdução
Olá a todos e a todas!
Sejam bem-vind@s à aula 0 (aula demonstrativa) do curso de “Administração
Geral: Teoria e Exercícios”, preparatório para o concurso de 2012 da Receita
Federal.
Desta vez, a disciplina Administração Geral será cobrada tanto para Analista-
Tributário da Receita Federal do Brasil como para Auditor-Fiscal da
Receita Federal do Brasil. Este curso, por meio do estudo de todos os
tópicos de administração geral, bem como da resolução de questões da Esaf,
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preparará os candidatos de ambos os cargos. A meta é obter a maior nota
possível na prova de Administração Geral.
Os candidatos a ATRFB não foram pegos de surpresa, pois conteúdo muito
semelhante de Administração Geral havia sido cobrado no concurso de 2009.
Para Analista, teremos 10 questões, nas quais os candidatos precisam garantir
a nota mínima (40%), e preferencialmente conquistar uma nota alta nesta
disciplina para fazer a diferença.
Para Auditor, os candidatos foram pegos de surpresa: o que são esses tópicos
de Administração Geral? Na prova de auditor, são 10 questões, divididas com
Administração Pública, ou seja, apenas parte das 10 questões tratará do tema
Administração Geral.
Além disso, no caso da prova dissertativa, em ambos os cargos é possível que
a Administração Geral seja cobrada, o que é mais uma razão para estarmos
afiados em todos os tópicos desta matéria. Assim, não tenham dúvidas:
Administração Geral será mais uma vez o grande diferenciador na prova deste
concurso.
*
A emergência da “Administração Geral” como disciplina central de concursos
públicos recentes é um reconhecimento, por parte de importantes
organizações públicas, de que esses conhecimentos são centrais na atuação do
profissional contemporâneo. Servidores que dominem as ferramentas da
Administração serão capazes de, por exemplo, planejar ações complexas,
gerenciar projetos, trabalhar em equipe, disseminar conhecimentos
importantes e promover aperfeiçoamento de rotinas, tarefas e processos de
trabalho.
Você, que quer ser Analista ou Auditor da Receita, mas ainda não domina
Administração Geral, não precisa se desesperar. Ainda temos mais de 2 meses
até a prova, então fiquem tranquilos. Essa disciplina tem vários detalhes, mas
não é nenhum bicho de sete cabeças, e pode ser aprendida por profissionais de
qualquer área de formação.
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Neste curso, ao longo de sete aulas (mais esta aula 0), vamos estudar todos
os tópicos do edital, na ordem em que aparecem, e mesmo expressões que
podem parecer esquisitas, como empoderamento e comunicação
organizacional, vão se tornar claras, sempre exemplificadas por questões da
Esaf.
Aliás, destaco que considero a resolução de exercícios de provas anteriores o
principal diferencial para a aprovação em concursos. Irei, ao longo deste curso,
dar grande ênfase às questões que a Esaf tem elaborado para cada tópico.
Nesta aula 0, já vamos colocar a mão na massa, estudando o tema
Planejamento, Planejamento Estratégico, e resolvendo exercícios de tais
temas.
II. Apresentação do professor
Sou o Flávio Pompêo, tenho 30 anos. Em 2003, inscrevi-me em meu primeiro
concurso (TJDFT 2003). Cheguei a comprar uma apostila, mas não li mais de
uma ou duas páginas. O resultado foi óbvio: não alcancei a nota mínima e fui
eliminado.
Saí da prova desse concurso com a idéia de que a prova foi “fácil para quem
estudou”. Sempre escuto isso de concursandos, mas esta idéia é enganosa.
Somente quem realmente estuda percebe o quão difícil foi a prova, com suas
sutilezas, pegadinhas, relações entre questões e referências indiretas a leis,
autores e conteúdos.
Continuei fazendo concursos, estudando de maneira errática. Após algumas
eliminações, percebi que só com estudos sistemáticos a aprovação viria.
Assim, comecei a levar as coisas mais a sério e estudar com mais consistência.
Em 2004, tive a imensa felicidade de ser aprovado no concurso de Técnico de
Controle Externo do Tribunal de Contas da União.
No TCU, como técnico, trabalhei três anos na Secretaria de Planejamento e
Gestão, onde estive envolvido em trabalhos relativos a temas como avaliação
da gestão, estrutura organizacional, processos de trabalho e outros. Lá tive
contato prático com praticamente todos os temas que constam do edital e que
iremos estudar ao longo deste curso.
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Em 2006, concluí minha graduação (bacharelado em Ciência Política pela UnB).
Somente em 2007 criei coragem para voltar a estudar para concursos. Resolvi
focar no cargo de Auditor Federal de Controle Externo do TCU. O concurso de
tal ano foi segmentado, então escolhi a área de Educação Corporativa. Sempre
tive afinidade com as áreas estratégicas e de apoio organizacional.
Retomar os estudos para concursos (e, em algumas disciplinas, começar os
estudos do zero) não foi fácil. Consegui manter o foco, estudar todos os dias e,
acima de tudo, resolver muitos itens de provas de concursos anteriores.
Elaborei cronogramas, metas de leitura por dia, metas de resolução de
exercícios por dia, metas de acerto dos exercícios de prova. Alcancei meu
objetivo, a aprovação, tendo alcançado a 2ª colocação no concurso.
Atualmente, estou lotado no Instituto Serzedello Corrêa, no Serviço de
Educação a Distância. Trabalho com desenvolvimento e promoção de cursos na
modalidade Educação a Distância (EaD).
Além disso, em 2010 concluí mestrado em Psicologia Social, do Trabalho e das
Organizações na UnB. Fui aprovado na defesa de minha dissertação, que
tratou do tema “aprendizagem e modalidades educacionais”.
Colaboro com o Ponto dos Concursos desde abril de 2008. Já ministrei aqui
dezenas de cursos, em disciplinas como “administração geral”, “gestão de
pessoas”, “planejamento e gestão”, “administração pública” e “gestão
governamental”.
Aproveito este espaço para dizer que é uma honra colaborar com o Ponto.
Espero este ano mais uma vez poder ajudar centenas de alunos a terem, no
Ponto dos Concursos, a ferramenta fundamental que vai ajudá-los a alcançar o
tão almejado cargo público na Receita Federal.
III. Cronograma do curso
Para deixar bem claro, neste curso iremos estudar os tópicos de
ADMINISTRAÇÃO GERAL previstos no edital de Auditor e Analista da Receita
2012. O conteúdo é o seguinte:
ADMINISTRAÇÃO GERAL: 1. Planejamento: planejamento estratégico;
planejamento baseado em cenários. 2. Processo decisório: técnicas de análise
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e solução de problemas; fatores que afetam a decisão; tipos de decisões. 3.
Gestão de pessoas: estilos de liderança; gestão por competências; trabalho em
equipe; motivação; empoderamento. 4. Gestão: Gerenciamento de projetos;
Gerenciamento de processos, Gestão da Mudança; Gestão da informação e do
conhecimento. 5. Controle administrativo: indicadores de desempenho;
conceitos de eficiência, eficácia e efetividade 6. Comunicação organizacional:
habilidades e elementos da comunicação.
Para que vocês possam planejar os estudos, é bom que vocês definam
previamente o que irão estudar em cada período, certo? Os conteúdos deste
curso serão vistos exatamente na mesma ordem que aparecem no edital.
Para este curso, seguiremos o cronograma abaixo:
Aula 0: Planejamento: planejamento estratégico.
Aula 1 (19/07/2012): Planejamento estratégico (continuação). Planejamento
baseado em cenários. Processo decisório: técnicas de análise e solução de
problemas; fatores que afetam a decisão; tipos de decisões.
Aula 2 (23/07/2012): Gestão de pessoas: estilos de liderança; trabalho em
equipe; motivação; empoderamento.
Aula 3 (25/07/2012): Gestão por competências.
Aula 4 (01/08/2012): Gestão: Gerenciamento de projetos.
Aula 5 (08/08/2012): Gerenciamento de processos.
Aula 6 (15/08/2012): Gestão da Mudança; Gestão da informação e do
conhecimento.
Aula 7 (22/08/2012): Controle administrativo: indicadores de desempenho;
conceitos de eficiência, eficácia e efetividade Comunicação organizacional:
habilidades e elementos da comunicação.
15/09/2012 e 16/09/2012: Aplicação das provas de Analista-Tributário da
Receita Federal do Brasil e de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.
***
É isso aí, pessoal. Minha proposta está feita. Espero que estejam todos de
acordo e ansiosos para começarmos o curso. Nesta aula 0, iremos estudar o
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planejamento, assunto essencial para cada ação da vida humana, e muito
importante para as organizações. Não podemos perder mais tempo, vamos
começar?
1. Planejamento.
Começaremos esta aula entendendo o princípio do planejamento e algumas de
suas decorrências.
Sabemos que o planejamento é algo presente em nosso dia a dia, em nossas
vidas. Por exemplo, quando estudamos para um concurso, é necessário
fazermos um planejamento: quais matérias iremos estudar, quais materiais
didáticos iremos adquirir, que cronograma iremos seguir. O cronograma é uma
ferramenta fundamental do planejamento: se conseguirmos seguir um
cronograma que preveja o estudo de todas as disciplinas do Edital,
chegaremos bem preparados à prova.
Ainda neste exemplo, podemos ter indicadores de desempenho, como
percentual de acerto de questões de provas anteriores, percentual de acerto
por disciplina ao longo do tempo...
A meta (aquilo que queremos alcançar) é a aprovação no concurso, mas
podemos ter metas e objetivos intermediários, como acertar acima de 60% em
determinado simulado ou concluir o estudo de determinado livro.
Os candidatos que planejarem de forma cuidadosa seus estudos, muito
provavelmente, terão melhor chance de aprovação do que os que
estudarem de maneira errática.
As organizações, públicas e privadas, também não atuam de maneira
errática. As organizações investem no planejamento. Planejamento é a
primeira das funções administrativas, e compreende as ferramentas
relacionadas com o futuro, com os objetivos que se deseja alcançar. Nesta
aula, vamos entender o que é o planejamento organizacional e como ele é
construído no nível estratégico.
ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012
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É possível conceituar o planejamento como “o ato de determinar as metas da
organização e os meios para alcançá-las”1
. As metas, nesse sentido, são uma
situação, um resultado, um estado futuro que a organização deseja alcançar.
As metas terão sido alcançadas se, daqui a determinado tempo, a organização
estiver na situação inicialmente desejada.
São citados como princípios do planejamento: Princípio da precedência;
Princípio da contribuição aos objetivos; Princípio da universalidade e Princípio
da maior eficiência, eficácia e efetividade.
Segundo o princípio da precedência do planejamento, o planejamento
precede, vem antes, das demais funções administrativas. Sem o planejamento
não há base para a organização e controle. O planejamento é o alicerce sobre
o qual operam as demais funções administrativas.
Já o princípio da contribuição aos objetivos prevê que o planejamento
deve visar sempre aos objetivos máximos da empresa.Todos os níveis de
planejamento, do operacional ao estratégico, devem se integrar para o alcance
dos objetivos máximos.
O princípio da universalidade prevê que o planejamento abrange toda a
organização e pode provocar mudanças em todas essas facetas, em todos os
elementos do universo da empresa.
O princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade defende que o
planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as
deficiências. Através desses aspectos, o planejamento procura proporcionar a
empresa uma situação de eficiência, eficácia e efetividade. Na aula 7, quando
estudarmos o controle administrativo, estudaremos em profundidade os
conceitos de eficiência, eficácia e efetividade.
Em 2005, a Esaf afirmou que o planejamento é um processo. Vejam a questão
abaixo:
Questão 1 (Esaf / STN 2005) Planejamento é um processo de:
I. definir resultados a serem alcançados.
II. distribuir os recursos disponíveis.
1
Daft, p. 152.
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III. pensar o futuro.
IV. assegurar a realização dos objetivos.
V. realizar atividades.
Escolha a opção que indica corretamente o entendimento de planejamento.
a) III e V
b) II
c) I e IV
d) I
e) V
Gabarito: D. Planejamento é um processo de definir as metas da organização,
ou seja, os resultados, o estado futuro a ser alcançado.
Outro conceito importante é o de plano, ferramenta necessária para o alcance
das metas. Daft define plano como “um esboço especificando as alocações de
recursos, programações e outras ações necessárias para alcançar as metas”.2
Para fixarmos o conceito de planejamento, vamos dar a palavra à Esaf, que na
questão abaixo elencou as principais razões para as organizações investirem
em planejamento:
Questão 2 (Esaf / Aneel 2006) Escolha a opção que não apresenta
corretamente uma razão para as organizações investirem em planejamento.
a) Interferir no curso dos acontecimentos.
b) Enfrentar eventos futuros previsíveis.
c) Coordenar eventos e recursos entre si.
d) Analisar séries temporais.
e) Criar o futuro.
Criar o futuro, interferir no curso dos acontecimentos, coordenar eventos e
recursos entre si e enfrentar futuros previsíveis são exemplos de razões para
as organizações investirem em planejamento. Gabarito: D. A alternativa D
2
Idem.
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refere-se a um meio, um método, não um objetivo ou razão que justifica tal
atividade.
Quanto à sua abrangência, temos o planejamento estratégico, planejamento
tático e planejamento operacional. Vamos ver o que significam estes conceitos,
em relação ao horizonte temporal (prazo), grau de amplitude, nível hierárquico
e riscos.
Estratégico Tático Operacional
Prazo Longo Médio Curto
Amplitude Toda a
organização
Determinado
Setor
Determinada
Atividade
Nível
hierárquico
Alta Cúpula Gerencias
Setoriais
Operacional
Riscos Maiores Intermediários Menores
Vamos ver agora, então, o planejamento estratégico:
2. Planejamento Estratégico
O que a organização irá fazer para alcançar seus objetivos no futuro? A
resposta é simples: irá adotar uma estratégia.
O termo estratégia é originado de situações de guerra e significa, nesta
acepção, “a arte militar de planejar e executar movimentos e operações de
tropas, navios e/ou aviões, visando alcançar ou manter posições relativas e
potenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas sobre determinados
objetivos3
”.
Principalmente a partir do período entre 1940 a 1960, percebeu-se que os
estudos da estratégia tinham um grande potencial de aplicação no contexto
organizacional. Assim, a idéia originalmente bélica de estratégia foi adaptada
ao mundo organizacional, pois as empresas precisam efetivamente planejar e
3
Holanda, Aurélio B. Novo Dicionário da língua portuguesa, Rio de Janeiro, Nova fronteira.
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executar ações focadas no alcance de seus objetivos para se manter no
mercado.
Conceituar estratégia não é fácil. Existem diferentes autores, correntes e
escolas que discutem a estratégia no âmbito organizacional.
Para Mintzberg, há dez escolas estratégicas. São elas4
:
• Escola do Design: formulação de estratégia como um processo de
concepção
• Escola do Planejamento: formulação de estratégia como processo
formal
• Escola do Posicionamento: formulação de estratégia como um
processo analítico
• Escola Empreendedora: formulação de estratégia como um
processo visionário
• Escola Cognitiva: formulação de estratégia como um processo
mental
• Escola de Aprendizado: formulação de estratégia como um
processo emergente
• Escola do Poder: formulação de estratégia como um processo de
negociação
• Escola Cultural: formulação de estratégia como um processo
coletivo
• Escola Ambiental: formulação de estratégia como um processo
reativo
• Escola de Configuração: formulação de estratégica como um
processo de transformação
Estas dez escolas podem ser divididas em três grupos:
A primeira perspectiva é a das Escolas da Perspectiva Prescritiva (Escolas
do Design, do Planejamento e do Posicionamento), que estão “mais
4
P. 13-14.
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preocupadas em como as estratégias devem ser formuladas do que como elas
são formuladas” (p.14).
A segunda perspectiva abrange as escolas Empreendedora, Cognitiva, de
Aprendizado, do Poder, Cultural e Ambiental, que expandem o campo de
análise do processo de formulação de estratégias para além do indivíduo.
A terceira perspectiva reúne elementos das escolas anteriores. É representada
unicamente pela Escola de Configuração. Os autores dessa Escola agrupam os
vários elementos do processo de formulação de estratégias (o conteúdo das
estratégias, estruturas organizacionais e seus contextos) em estágios.
Descreve os processos de formulação de estratégias como “processos de
transformações”, de “mudanças estratégicas”.
Lindolfo de Albuquerque lista5
cinco pontos de contato entre as definições
de estratégia adotadas pelas principais escolas:
• A estratégia dá a direção, fornece o direcionamento da empresa e provê
consistência;
• A estratégia resulta de um processo de decisão;
• As decisões são principalmente de natureza qualitativa, interferem no
todo da organização e buscam eficácia a longo prazo;
• A estratégia abrange a organização e sua relação com o ambiente;
• A estratégia envolve questões de conteúdo e de processo, em diferentes
níveis.
Entenderam? A estratégia é entendida como o caminho mais adequado a ser
percorrido para alcançar um objetivo. Expressa como uma organização utiliza
seus pontos fortes e fracos (existentes e potenciais) para atingir seus
objetivos, levando em conta as oportunidades e ameaças do ambiente. Vejam
que a estratégia envolve toda a organização e pressupõe um estabelecimento
de objetivos, pois ela é exatamente o curso de ação escolhido para alcançá-
los. A estratégia tem um horizonte temporal longo, ou seja, ela é de longo
prazo.
5
Albuquerque, Lindolfo Galvão de. A gestão estratégica de pessoas. In: Fleury, Maria Tereza, As pessoas na
organização., p. 37
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Outro conceito que pode ser cobrado em prova é o de gestão estratégica. Ela
pode ser entendida como “a arte e a ciência de formular, implementar e avaliar
linhas de ação multidepartamentais referentes às interações da organização
(considerando suas forças e fraquezas) com seu ambiente (levando em conta
suas oportunidades e ameaças) para atingir seus objetivos de longo prazo,
relativos a seus produtos, mercado, clientes, concorrentes e sociedade6
”.
Hunger define a gestão estratégica como o “conjunto de decisões e ações
estratégicas que determinam o desempenho de uma corporação a longo prazo.
Esse tipo de gestão inclui análise profunda dos ambientes interno e externo,
formulação da estratégia (planejamento estratégico), implementação da
estratégia, avaliação e controle”7
.
A Esaf também já conceituou Gestão Estratégica:
Questão 3 (Esaf / Aneel 2006) A gestão estratégica é um processo de ação
gerencial sistemática e contínua que visa assegurar à organização senso de
direção e continuidade a longo prazo.
Afirmativa correta. Vejam que gestão estratégica é um conceito mais amplo
que planejamento estratégico.
Passemos, então, para o Planejamento Estratégico propriamente dito. O
planejamento estratégico é o processo por meio do qual a estratégia
organizacional será explicitada.
Podemos identificar, como características do planejamento estratégico:
- É responsabilidade da cúpula da organização;
- Envolve a organização como um todo;
- Planejamento de longo prazo;
- Outros níveis do planejamento (tático e operacional) serão desdobrados dele.
A Esaf definiu assim o planejamento estratégico:
Questão 4 (Esaf/Enap/2006) Planejamento estratégico refere-se à maneira
pela qual uma organização pretende aplicar uma determinada estratégia,
6
Valeriano, p.16.
7
Hunger, p.4
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geralmente global e de longo prazo, criando um consenso em torno de uma
determinada visão de futuro.
Afirmativa correta. Vejam que ele define estratégia como algo global e de
longo prazo. O planejamento estratégico seria o processo de aplicação ou
implementação de tal estratégia.
Julgue o item abaixo para fixarmos esta idéia:
Questão 5 (Esaf / Aneel 2006) O planejamento estratégico foca em planos
das áreas funcionais da organização e na definição de objetivos específicos.
Afirmativa errada. O planejamento estratégico foca em planos globais e na
definição de objetivos gerais. Objetivos e planos específicos serão definidos
nos planejamentos tático e operacional.
Um bom planejamento estratégico deve, em seu início, incluir a definição do
referencial estratégico da organização. Este referencial é o grande guia das
organizações, são as diretrizes que norteiam a sua atuação e o seu
posicionamento frente ao mercado. Representam o planejamento estratégico
no seu nível mais amplo e são as bases para que a organização possua uma
estratégia sólida e sustentável. Esse referencial inclui o negócio, a missão, a
visão de futuro e os valores organizacionais.
Missão: “É uma declaração de propósito ampla e duradoura que individualiza e
distingue o negócio e a razão de ser da organização em relação a outras de
mesmo tipo”8
.
Uma das metodologias para a construção da missão inclui a resposta às
seguintes perguntas: Por que a organização existe (razão de ser)? Para quem
a organização existe (público-alvo)? O que a organização faz (seu negócio ou
linha de produtos)? De que forma faz (valores e crenças)?
A construção da missão deve ser conduzida pela alta administração, mas deve
contar com a participação de representantes de todos os níveis hierárquicos e
áreas da organização, para que se torne significativa para todos os
funcionários.
8
Gestão e Desenvolvimento. Curso Planejamento Estratégico para resultados, agosto de 2007.
ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012
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Vejamos quatro exemplos de missão organizacional:
Receita Federal do Brasil: “Exercer a administração tributária e o
controle aduaneiro, com justiça fiscal e respeito ao cidadão, em
benefício da sociedade”.
MPOG – “Promover o planejamento participativo e a melhoria da gestão
pública para o desenvolvimento sustentável e socialmente includente do País”.
TCU – “Assegurar a efetiva e regular gestão dos recursos públicos, em
benefício da sociedade”.
Petrobrás – “Atuar de forma segura e rentável nas atividades de indústria de
óleo, gás e energia, nos mercados nacional e internacional, fornecendo
produtos e serviços de qualidade, respeitando o meio ambiente, considerando
os interesses dos seus acionistas e contribuindo para o desenvolvimento do
país”.
Negócio: É o ramo de atuação da organização, delimita o campo em que ela
estará desenvolvendo suas atividades. Está muito ligado ao tipo de produto ou
serviço que a organização oferece e nem sempre é tão óbvio. Por exemplo, o
negócio da Copenhagen não é chocolates e sim presentes finos. Para
exemplificar com uma organização pública, o negócio do TCU é o “controle
externo da administração pública e da gestão dos recursos públicos federais”.
Visão de futuro: Representa onde a organização quer chegar, transmitindo
uma noção de direção. A visão deve ser9
:
Compartilhada e apoiada por todos na organização
Abrangente e detalhada
Positiva e inovadora
Desafiadora mas viável
Transmitir uma promessa de novos tempos
Agregar um aspecto emocional
Exemplos de visão:
9
Gestão e Desenvolvimento. Curso Planejamento Estratégico para resultados, agosto de 2007.
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Receita Federal: “Ser uma instituição de excelência em administração
tributária e aduaneira, referência nacional e internacional”.
TCU: “Ser instituição de excelência no controle e contribuir para o
aperfeiçoamento da administração pública”.
Petrobrás:“Em 2010, a Petrobrás será uma empresa de energia com forte
presença internacional e líder na América Latina, atuando com foco na
rentabilidade e responsabilidade social”.
Percebam que esta visão de futuro da Petrobrás é antiga, foi elaborada há
vários anos, e agora que estamos em 2012 nós brasileiros podem ter a
felicidade de dizer que esta visão de futuro já foi alcançada!
Valores: Representam as crenças básicas na organização, aquilo em que a
maioria acredita como posturas que devem ser cultivadas na empresa. Os
valores servem como uma orientação e inspiração ao desenvolvimento do
trabalho no dia-a-dia da empresa.
Exemplos de valores:
Valores da Receita Federal do Brasil: Respeito ao cidadão; Integridade;
Lealdade com a Instituição; Legalidade; Profissionalismo.
Valores do Tribunal de Contas da União: No Plano Estratégico do TCU,
lemos que “Os valores constituem princípios éticos que devem nortear as
ações e a conduta de colaboradores, gerentes e autoridades do Tribunal de
Contas da União dentro e fora da instituição”10
. No Plano, são listados cinco
valores: ética, efetividade, independência, justiça e profissionalismo.
O planejamento estratégico deve estar alinhado a este referencial.
Segundo Maximiano11
, o planejamento estratégico compreende quatro etapas
principais:
A) Análise da situação estratégica presente. Esta etapa busca
compreender a situação atual da empresa, e as decisões que foram
tomadas e levaram a tal posição. Deve considerar o referencial
estratégico, os produtos e mercados atuais ou potenciais da
10
PET TCU 2006-2010, p. 18.
11
Maximiano, TGA, p. 333.
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organização, as vantagens competitivas (elementos capazes de
diferenciar a organização de outras no mercado), o desempenho atual e
o uso de recursos.
B) Análise do ambiente. Na classificação do Maximiano, esta etapa
abrange apenas o ambiente externo.
C) Análise interna. É a análise do ambiente interno.
D) Elaboração do plano estratégico.
As etapas B e C correspondem ao que estudamos anteriormente na aula
quanto aos ambientes interno e externo. Uma questão que costuma ser muito
cobrada em provas de concursos diz respeito à análise de ambiente, que
corresponde à avaliação de variáveis do ambiente interno (pontos fortes e
pontos fracos) e variáveis do ambiente externo (oportunidades e ameaças)
relevantes para a organização. As variáveis do ambiente interno normalmente
são controláveis, enquanto as variáveis do ambiente externo estão fora da
governabilidade da organização.
Vamos ver, agora, uma questão montada pela Esaf e que cobra exatamente
três das quatro etapas do planejamento estratégico citadas pelo Maximiano?
Questão 6 (Esaf / Aneel 2006) Na coluna A, identificam-se algumas etapas do
processo de planejamento estratégico e na coluna B, exemplificam-se fatores a
serem considerados em cada etapa.
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Relacione a coluna A com a coluna B e assinale a opção que indica a relação
correta.
a) AI – BII; AII – BIII; AIII – BI
b) AI – BII; AII – BI; AIII – BIII
c) AI – BI; AII – BIII; AIII – BII
d) AI – BIII; AII – BII; AIII – BI
e) AI – BIII; AII – BI; AIII – BII
Ficou fácil agora, certo, pessoal? A análise da situação estratégica atual (AI)
busca compreender a situação atual da empresa. Esta situação inclui a
identificação da missão e visão, situação dos clientes, vantagens competitivas
e desempenho atual da organização (BII).
A análise do ambiente (AII), na classificação do Maximiano, envolve apenas
elementos externos à organização, tais como concorrência, estabilidade
econômica, legislação do país etc (BIII).
A análise interna (AIII) foca aspectos como política de recursos humanos,
análise de eficiência, preço das compras etc (BI)
Gabarito: A.
Vamos ver, agora, uma outra ordem de etapas do planejamento estratégico,
utilizada por outros autores e que também costuma ser cobrada em provas.
São as etapas que Djalma de Oliveira apresenta em seu livro “Planejamento
estratégico”. Vejamos estas etapas:
a) Diagnóstico estratégico: abrange a definição da visão, a análise
externa, análise interna e análise dos concorrentes;
b) Definição da missão: esta nós já vimos: é a definição da razão
de ser da empresa e as conseqüências de tal definição;
c) Definição dos instrumentos prescritivos e quantitativos:
instrumentos prescritivos são aqueles que irão dizer como a organização
deve atuar para alcançar os objetivos definidos. Instrumentos
quantitativos, basicamente, são aqueles ligados ao planejamento
orçamentário;
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d) Controle e avaliação: são verificações, etapas em que avalia-se
se o que está sendo feito corresponde ao que foi planejado.
Em suma, pessoal, temos, na hora da prova, que, além de conhecer as
principais classificações, perceber a razoabilidade das idéias formuladas nos
itens. Por meio da razoabilidade conseguimos ganhar pontos relativamente
fáceis.
3. Análise do ambiente organizacional
Um tópico importante para aprofundarmos o estudo do planejamento consiste
na compreensão da idéia de ambiente, fortemente relacionada ao
planejamento estratégico.
As organizações não se localizam no vácuo. Elas fazem parte de um contexto,
o ambiente organizacional. Normalmente, o ambiente é definido em dois
níveis: ambiente interno e ambiente externo.
O ambiente interno é aquele que se refere a elementos da própria organização.
As variáveis do ambiente interno são ditas controláveis, porque estão sob a
governabilidade da organização. Estas variáveis podem ser pontos fortes ou
pontos fracos. Pontos fortes são as variáveis internas e controláveis que
propiciam uma condição favorável para a empresa, em relação ao seu
ambiente. Pontos fracos são as variáveis internas e controláveis que
provocam uma situação desfavorável para a empresa, em relação ao seu
ambiente12
.
Aqui, iremos entender primeiro o ambiente externo. Loiola et ali13
, ao
discutirem as dimensões de análise das organizações, quando falam do
ambiente organizacional, se referem apenas ao ambiente externo. Desta
forma, o ambiente organizacional é entendido como todo e qualquer elemento
que está fora da organização e que tem potencial de afetá-la. Tais elementos
não são controláveis, ou seja, a organização tem pouca ou nenhuma influência
sobre eles.
12
Oliveira, p.83
13
Loiola et ali, Dimensões Básicas de Análise das Organizações, p. 116.
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O quadro abaixo14
irá nos ajudar a entender o ambiente organizacional:
Dicotomias que definem o conceito de ambiente nos estudos
organizacionais
Ambientes
Geral: Conceito amplo e que
inclui todos os elementos do
contexto social em que a
organização se insere
Específico: Elementos deste
macrocontexto social que afetam
diretamente a organização
Real: São entidades, objetos e
eventos que ocorrem fora da
organização e sobre os quais
existem indicadores objetivos
Percebido: Trata-se da
interpretação ou do significado
atribuído aos objetos, entidades e
eventos por parte da organização
Macro: Fatores social, cultural,
econômico, político, tecnológico
que caracterizam o contexto
maior em que se insere a
organização
Competitivo: Entidades
concorrentes atuais e potenciais,
fornecedores e clientes que
funcionam como ameaças ou
vantagens competitivas
Técnico: Espaço de competição
econômica onde ocorrem as
trocas de bens e serviços
Institucional: Espaço de
construção e difusão de regras e
procedimentos que condicionam a
legitimidade da organização
A tabela apresenta, portanto, quatro dicotomias ou oposições (geral x
específico, real x percebido, macro x competitivo e técnico x institucional)
relativas ao ambiente organizacional. A primeira, por exemplo, refere-se ao
grau em que os elementos afetam a organização: se adotarmos o conceito
mais geral, iremos considerar todos os elementos do contexto; se adotarmos o
conceito específico, a análise será feita com base nos elementos que afetam
diretamente a organização.
Quando falamos em análise do ambiente externo, temos como objetivo
identificar as principais ameaças e oportunidades que existem fora da
14
Extraído de Loiola et ali, Dimensões Básicas de Análise das Organizações, p. 117.
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organização. Oportunidades são as variáveis externas e não controláveis
que podem criar condições favoráveis para a empresa, desde que a mesma
tenha condições e/ou interesse de usufruí-las15
. Ameaças são as variáveis
externas e não controláveis que podem criar condições desfavoráveis para a
empresa.16
Agora que já conhecemos os conceitos de oportunidades, ameaças, pontos
fortes e pontos fracos, podemos conhecer a análise SWOT. Trata-se de
importante ferramenta de análise de ambiente utilizada no planejamento
estratégico. SWOT são as iniciais de quatro palavras: Strengths (forças),
Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
A análise se dá em dois níveis: ambiente externo e ambiente interno.
Ambiente externo: oportunidades e ameaças.
Ambiente interno: forças e fraquezas.
Estes níveis podem ser entendidos assim17
:
Ambiente interno Ambiente externo
+ Forças Oportunidades +
Pontos fortes – as características
positivas internas que uma
organização pode explorar para
atingir as suas metas. Referem-se
às habilidades, capacidades e
competências básicas da
organização que atuam em conjunto
para ajudá-la a alcançar suas metas
e objetivos. Ex.: equipe altamente
capacitada, tecnologia avançada,
adaptabilidade às mudanças.
Características do ambiente externo,
não controláveis pela organização,
com potencial para ajudá-la a
crescer e atingir ou exceder as
metas planejadas. Ex.: novos
clientes, disponibilidade de novos
canais de divulgação/distribuição,
ampliação do escopo de atuação.
- Fraquezas Ameaças -
15
Oliveira, p.83
16
Oliveira, p.83
17
Tabela extraída de BTCU 17/2003, p. 19.
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Pontos fracos – as características
negativas internas que podem inibir
ou restringir o desempenho da
organização. Referem-se à ausência
de capacidades e/ou habilidades
críticas. São, portanto, deficiências
e características que devem ser
superadas ou contornadas para que
a organização possa alcançar o nível
de desempenho desejado. Ex.:
sistemas de informação obsoletos,
baixa capacidade inovadora.
Características do ambiente externo,
não controláveis pela organização,
que podem impedi-la de atingir as
metas planejadas e comprometer o
crescimento organizacional. Ex.:
surgimento de produtos
equivalentes, restrições
orçamentárias, novos concorrentes
no mercado, dispersão geográfica da
clientela.
As variáveis do ambiente interno (forças e fraquezas, ou pontos fortes e
pontos fracos) são ditas controláveis, pois estão sob a governabilidade da
organização. As variáveis do ambiente externo (oportunidades e ameaças) não
são controláveis, pois são características do ambiente externo.
Outros dois conceitos que são importantes para compreendermos o ambiente
são o de estabilidade e complexidade. Estabilidade “se refere a até que
ponto os elementos do ambiente são dinâmicos. Um ambiente é considerado
estável se permanecer relativamente o mesmo durante um certo período de
tempo (por exemplo, serviços públicos). Ambientes instáveis, por outro lado,
são aqueles que passam por mudanças abruptas, que são rápidas e muitas
vezes inesperadas (por exemplo, alta tecnologia)”18
.
Entenderam o conceito de estabilidade, pessoal? O ambiente pode ser estável
se sua configuração é duradoura, e pode ser instável se muda muito
rapidamente. Os autores de onde tirei a citação, apesar de não serem
brasileiros, deram como exemplo de ambiente estável o serviço público.
Fatores ambientais como a legislação, as demandas dos cidadãos e a relação
com o mercado, historicamente, tenderam a ser duradouros, razão pela qual o
ambiente das organizações públicas é estável se o compararmos, digamos,
com uma empresa que produz chips de computador.
18
Bowditch e Bueno, p. 147.
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O conceito de complexidade, por sua vez, refere-se à quantidade de elementos
relevantes para a organização no ambiente externo. Quanto mais elementos,
mais complexo será o ambiente. Por exemplo, uma padaria de uma cidade do
interior está em um ambiente simples, não complexo. Ela tem poucos
concorrentes, tem clientes fixos, tem poucas opções de fornecedores, tem
mercado restrito. Uma empresa grande localizada na capital, por outro lado,
está em um ambiente complexo, já que ela é afetada pelos concorrentes,
acionistas, diferentes nichos de mercados, mudanças nas necessidades dos
clientes, mudanças na legislação etc.
4. Modelos de planejamento estratégico
Alguns autores desenvolveram modelos específicos de planejamento
estratégico que se tornaram famosos e, o que importa pra nós, podem ser
cobrados em concursos. Na aula de hoje, estudaremos o Modelo de Ansoff, o
modelo das estratégias de Porter, e o Planejamento Estratégico Situacional. O
único modelo que falta para fecharmos o estudo do Planejamento Estratégico é
o BSC, tema que estudaremos na aula 1 do presente curso.
4.1. Modelo de Ansoff
Igor Ansoff (1918-2002) inovou o campo da estratégia em 1965, ao publicar o
livro “Corporate Strategy: An Analytic Approach do Business Policy for Growth
na Expansion”. Nesta obra, Ansoff apresentou um modelo que passou a ser
conhecido como modelo ou matriz de Ansoff.
A figura19
abaixo representa esta matriz:
19
Figura extraída da Wikipédia.
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Temos dois componentes principais no modelo: Mercados e Produtos. Cada um
deles pode ser classificado quando a existentes e novos, gerando quatro
estratégias empresariais possíveis:
Penetração no mercado: Esta estratégia consiste em explorar produtos
tradicionais em um mercado tradicional.
Desenvolvimento de mercado: “É a estratégia de explorar um mercado
novo com produtos tradicionais. Por exemplo: uma operadora de cartões de
crédito que lança o produto para um público específico, como os torcedores de
um time”20
.
Desenvolvimento de produto: consiste em oferecer produtos novos a
mercados tradicionais.
Diversificação: É uma estratégia mais arrojada, que consiste em explorar
novos produtos em novos mercados. Por exemplo, uma empresa de produção
de alimentos que lança um refrigerante está adotando uma estratégia de
diversificação.
Em 2005, a Esaf fez uma afirmativa a respeito do modelo de Ansoff:
20
Maximiano, TGA, p. 343.
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Questão 7 (Esaf / STN 2005) O estudo de alternativas para definir os
objetivos futuros da organização pode valer-se da matriz de mercados e
produtos de Ansoff.
Afirmativa correta. A matriz de Ansoff, que trabalha com uma matriz de
mercados e produtos, pode ser útil no planejamento estratégico e na definição
de objetivos futuros da organização.
4.2. Estratégias de Porter
Michael Porter classifica as estratégias em três grandes grupos:
Diferenciação: Consiste em “procurar projetar uma forte identidade própria
para o serviço ou produto, que o torne nitidamente distinto dos produtos e
serviços concorrentes. Isso significa enfatizar uma ou mais vantagens
competitivas, como qualidade, serviço, prestígio para o consumidor, estilo do
produto ou aspecto das instalações. Por exemplo: 1) A McDonald´s enfatiza a
qualidade uniforme de seus produtos, rapidez do atendimento, limpeza e
higiene das instalações e da preparação das refeições. 2) A Montblanc enfatiza
a exclusividade e o prestígio de seus clientes. 3) A Bic enfatiza a praticidade”21
.
Liderança de custo: consiste em oferecer produtos ou serviços mais baratos
do que os concorrentes.
Estratégias de foco, concentração ou nicho: Consiste em escolher um
segmento do mercado e concentrar-se nele. Por exemplo, produtores de
alimentos orgânicos oferecem um alimento mais caro, mas concentrado em um
nicho específico de clientes.
4.3. Planejamento Estratégico Situacional (PES)
O PES foi sintetizado pelo economista chileno Carlos Matus, para pensar a arte
de governar. Este método “pressupõe constante adaptação do planejamento a
cada situação concreta onde é aplicado”22
. Além disso, o PES leva em
consideração, em suas formulações teóricas, as interferências dos campos
político, econômico e social nos planos de governo.
21
Maximiano, TGA, p. 344.
22
Huertas, Franco. O Método PES: entrevista com Matus. São Paulo, Fundap, 1996, p. 14.
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O PES é uma rejeição ao determinismo das técnicas de planejamento
tradicionais baseadas em projeções economicistas e deterministas (que não
levam em conta a maleabilidade do sistema social). O método PES foi
introduzido no Brasil na década de 80 .
Definição de planejamento segundo Matus : “Planejar significa pensar antes de
agir, pensar sistematicamente, com método; explicar cada uma das
possibilidades e analisar suas respectivas vantagens e desvantagens; propor-
se objetivos”23
.
Outro ponto importante deste conteúdo são os momentos do PES:
• Momento explicativo: compreende-se a realidade, identificando-se
os problemas que os atores sociais declaram. Abandona o conceito de
setor, utilizado no planejamento tradicional, e passa a trabalhar com o
conceito de problemas. “Na explicação da realidade temos que admitir e
processar informação relativa a outras explicações de outros atores
sobre os mesmos problemas, isto é, a abordagem deve ser sempre
situacional, posicionada no contexto”24
.
• Momento normativo: como se formula o plano. Produzir as
respostas de ação em um contexto de incerteza. Definir a situação ideal.
“O central neste modelo de planejamento é discutir a eficácia de cada
ação e qual a situação objetivo que sua realização objetiva, cada projeto
e isso só pode ser feito relacionando os resultados desejados com os
recursos necessários e os produtos de cada ação” ( Jackson de Toni, p.
6).
• Momento estratégico: examinar a viabilidade política do plano e do
processo de construção de viabilidade política das operações não viáveis
na situação inicial. Adequa o “deve ser” ao “pode ser”. Busca desenhar
as melhores estratégias para viabilizar a máxima eficácia do plano.
• Momento tático-operacional: o momento do fazer. “Neste momento
é importante debater o sistema de gestão da organização e até que
23
Idem, p. 13.
24
De Toni, Jackson. O que é Planejamento estratégico?. Revista Espaço Acadêmico, no. 32, 2004.
WWW.espacoacademico.com.br/032/32ctoni.htm
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ponto ele está pronto para sustentar o plano e executar as estratégias
propostas” (Jackson de Toni, p.6).
Os principais pressupostos teóricos do método PES são resumidos em quatro
perguntas, segundo Matus, que apontam as diferenças entre o PES e os
demais métodos de planejamento estratégico: 1) como explicar a realidade? 2)
como conceber um plano? 3) como tornar viável o plano necessário? 4) como
agir a cada dia de forma planejada?
5. Lista de questões
Espero que tenham gostado da aula demonstrativa, e agora passaremos à
parte mais importante: os exercícios.
Resolver exercícios é o melhor método para verificar o entendimento dos
conceitos. Confira seu percentual de acerto e veja os pontos do conteúdo que
precisam de reforço nos estudos.
Além disso, em caso de dúvidas ou pontos que não ficaram claros, utilizem o
fórum disponível no site do Ponto dos Concursos! Este fórum é a única forma
de interação direta que vocês têm comigo, então aproveitem este recurso.
Questão 1 (Esaf / Fiscal-RJ 2010) Nas organizações públicas, a aplicação dos
preceitos de gestão estratégica implica saber que:
a) o plano operacional deve ser concebido antes do plano estratégico.
b) a duração do plano estratégico deve se limitar ao tempo de mandato do
chefe do poder executivo.
c) tal como ocorre na iniciativa privada, missão e visão devem ser
estabelecidas.
d) por exercerem mandatos, os integrantes da alta cúpula não podem
participar da tomada de decisões estratégicas.
e) o orçamento é a peça menos importante dentro do processo de
planejamento.
Questão 2 (Esaf / AFT-MTE 2010) Nos casos em que um gestor público,
visando ao planejamento estratégico de sua organização, necessite realizar
uma análise de cenário com base nas forças e fraquezas oriundas do ambiente
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interno, bem como nas oportunidades e ameaças oriundas do ambiente
externo, é aconselhável que o faça valendo-se da seguinte ferramenta:
a) Balanced Scorecard.
b) Reengenharia.
c) Análise SWOT.
d) Pesquisa Operacional.
e) ISO 9000.
Questão 3 (Esaf / Susep 2010) Segundo Ansoff, no planejamento estratégico
a) espera-se necessariamente que o futuro represente um progresso em
relação ao passado.
b) o passado não deve ser considerado.
c) o futuro representa uma tendência histórica.
d) não se espera necessariamente que o futuro represente um progresso em
relação ao passado.
e) o futuro não é extrapolável a partir do passado.
Questão 4 (Esaf / Susep 2010) Um planejamento é estratégico quando se dá
ênfase ao aspecto:
a) de longo prazo dos objetivos e à análise global do cenário.
b) de prazo emergencial dos objetivos e à análise global do cenário.
c) de longo prazo dos objetivos e à análise da situação passada.
d) de médio prazo dos objetivos e à análise da situação atual.
e) de urgência dos objetivos e à análise da situação futura.
Questão 5 (Esaf / STN 2005) Planejamento é um processo de:
I. definir resultados a serem alcançados.
II. distribuir os recursos disponíveis.
III. pensar o futuro.
IV. assegurar a realização dos objetivos.
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V. realizar atividades.
Escolha a opção que indica corretamente o entendimento de planejamento.
a) III e V
b) II
c) I e IV
d) I
e) V
Questão 6 (Esaf/Enap/2006) Escolha a opção que completa corretamente a
lacuna da frase a seguir:
“ ................ refere-se à maneira pela qual uma organização pretende aplicar
uma determinada estratégia, geralmente global e de longo prazo, criando um
consenso em torno de uma determinada visão de futuro.”
a) Flexibilização Organizacional
b) Programa de Qualidade Total
c) Benchmarking
d) Planejamento Estratégico
e) Aprendizagem Organizacional
Questão 7 (Esaf/EPPGG/2005) As frases a seguir referem-se ao processo de
planejamento estratégico. Classifique as opções em Verdadeiras (V) ou Falsas
(F).
( ) O planejamento estratégico é capaz de estabelecer a direção a ser seguida
pela organização com objetivos de curto, médio e longo prazo e com maneiras
e ações para alcançá-los que afetam o ambiente como um todo.
( ) O planejamento estratégico, de forma isolada, é insuficiente, sendo
necessário o desenvolvimento e a implantação dos planejamentos táticos e
operacionais de forma integrada.
( ) O planejamento estratégico é o desenvolvimento de processos, técnicas e
atitudes políticas, os quais proporcionam uma conjuntura que viabiliza a
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avaliação das implicações presentes de decisões a serem tomadas em função
do ambiente.
( ) O planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis
mais altos da organização e diz respeito tanto à formulação de objetivos,
quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução.
( ) O planejamento estratégico é uma ferramenta que tem como fases básicas
para sua elaboração e implementação o diagnóstico estratégico, a definição da
missão, a elaboração de instrumentos prescritivos e quantitativos, além do
controle e da avaliação.
Indique a opção correta.
a) F, V, F, V, V
b) F, F, V, F, V
c) V, V, F, F, V
d) V, F, F, V, V
e) V, V, F, V, F
Questão 8 (Esaf / Aneel 2006) Escolha a opção que não apresenta
corretamente uma razão para as organizações investirem em planejamento.
a) Interferir no curso dos acontecimentos.
b) Enfrentar eventos futuros previsíveis.
c) Coordenar eventos e recursos entre si.
d) Analisar séries temporais.
e) Criar o futuro.
Questão 9 (Esaf / Aneel 2006) Indique a opção que apresenta corretamente
as idéias associadas à estratégia.
a) Definição de clientes, visão de produto, horizonte temporal de longo prazo,
estrutura dinâmica em função da estratégia.
b) Definição de objetivos, visão do produto, horizonte temporal de curto prazo,
comando e liderança efetivos.
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c) Definição de clientes, visão de escopo, horizonte temporal de longo prazo,
estabilidade estrutural.
d) Definição de objetivos, visão de mercado, estabilidade estrutural, moral do
grupo.
e) Definição de objetivos, visão de escopo, horizonte temporal de longo prazo,
flexibilidade estrutural em função da estratégia.
Questão 10 (Esaf / Aneel 2006) Na coluna A, identificam-se algumas etapas
do processo de planejamento estratégico e na coluna B, exemplificam-se
fatores a serem considerados em cada etapa.
Relacione a coluna A com a coluna B e assinale a opção que indica a relação
correta.
a) AI – BII; AII – BIII; AIII – BI
b) AI – BII; AII – BI; AIII – BIII
c) AI – BI; AII – BIII; AIII – BII
d) AI – BIII; AII – BII; AIII – BI
e) AI – BIII; AII – BI; AIII – BII
Questão 11 (Esaf / CGU 2006) Escolha a opção que define corretamente o
significado de Estratégias no contexto de um plano estratégico.
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a) As estratégias estabelecem metas a serem cumpridas para atingir os
objetivos organizacionais. Estas devem ser escolhidas tendo clareza da análise
do meio ambiente.
b) As estratégias delineiam as maneiras da organização alcançar seus
objetivos. Estas devem ser escolhidas tendo clareza do negócio ou missão
organizacional.
c) As estratégias definem o grau de diferenciação dos produtos ou serviços da
organização. São escolhidas a partir da missão da organização.
d) As estratégias apontam os pontos fortes e fracos da organização a partir da
análise da concorrência, do mercado e das ações governamentais.
e) As estratégias delineiam a participação desejada no mercado a partir da
análise de oportunidades e ameaças advindas do ambiente interno da
organização.
Questão 12 (Esaf / Susep 2010) Segundo Matias-Pereira, o alcance de
resultados positivos na implementação de planejamento estratégico,
principalmente na administração pública, depende das condições e formas para
a sua concretização. Destacam-se as abaixo listadas, com exceção de:
a) forma de envolvimento exclusivamente da alta direção, em especial do
processo de sensibilização.
b) demonstração de vontade política para a implementação.
c) a existência de mecanismos que monitoram tanto o plano quanto os
elementos contextuais que lhe deram origem.
d) capacidade de percepção das condições que sustentam e condicionam a
viabilidade das ações planejadas.
e) nível de consciência das potencialidades e debilidades que o grupo que
planeja possui.
Questão 13 (Esaf / EPPGG-MPOG 2009) Ultrapassada a fase do planejamento
estratégico, impõe-se a execução dos planos, oportunidade em que caberão,
ao coordenador, as seguintes incumbências, exceto:
a) planejar o desenvolvimento das atividades estruturantes.
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b) promover a compatibilização entre as diversas tarefas.
c) controlar e adequar prazos.
d) rever e alterar a fundamentação da estratégia adotada.
e) prever e prover soluções.
Questão 14 (Esaf / CGU 2004) O processo de planejamento é uma aplicação
do processo decisório e constitui uma ferramenta utilizada pela organização e
pelas pessoas para administrar sua relação com o futuro. Identifique a opção
que expressa corretamente uma atitude proativa da organização.
a) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de
planejamento lhe permite elevar o grau de controle sobre o futuro dos
sistemas internos e das relações com o ambiente. Isso significa que ela
necessita interferir no curso dos acontecimentos, criar o futuro, enfrentar
eventos futuros conhecidos ou previsíveis, bem como coordenar recursos entre
si.
b) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de
planejamento lhe permite estabelecer e analisar séries históricas, realizar
estudo de relações causais. Isso significa que ela necessita interferir nas forças
internas e externas, criar o futuro, explicitar objetivos principais e específicos,
bem como estabelecer meios de controle de eventos e recursos.
c) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de
planejamento lhe permite definir objetivos, meios de execução, políticas,
procedimentos e meios de controle. Isso significa que ela necessita interferir
no curso dos acontecimentos, criar o futuro, enfrentar eventos futuros
conhecidos ou previsíveis, bem como coordenar recursos entre si.
d) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de
planejamento lhe permite elevar o grau de controle sobre o futuro dos
sistemas internos e das relações com o ambiente. Isso significa que ela
necessita interferir nas forças internas e externas, criar o futuro, explicitar
objetivos principais e específicos, bem como estabelecer meios de controle de
eventos e recursos.
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e) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de
planejamento lhe permite estabelecer e analisar séries históricas, realizar
estudo de relações causais. Isso significa que ela necessita interferir no
mercado de clientes e fornecedores, estabelecer planos estratégicos e
operacionais de longo prazo, bem como investir em processos informatizados.
Questão 15 (Esaf – Bacen 2002) Sobre o planejamento estratégico:
( ) Os objetivos são considerados operacionais, táticos e estratégicos quando
se relacionam com o plano institucional, com a gerência média e com
resultados específicos, respectivamente.
( ) As políticas refletem um objetivo e têm a função de aumentar as chances
de acerto quando a situação requer julgamento. Podem ser explícitas – quando
escritas ou orais e fornecem informações para a tomada de decisões – ou
implícitas – quando subentendidas e consideradas de conhecimento geral.
( ) No planejamento estratégico, a análise ambiental tem o propósito de
identificar os modos pelos quais as mudanças no ambiente externo podem
influenciar a organização direta ou indiretamente identificando seus pontos
fortes e fracos.
( ) A análise organizacional é um exame das condições internas das
organizações e auxilia na identificação de seus pontos fortes e fracos.
a) E-C-C-E
b) E-C-E-C
c) C-C-E-E
d) C-E-C-E
e) C-E-E-C
6. Questões comentadas
Questão 1 (Esaf / Fiscal-RJ 2010) Nas organizações públicas, a aplicação dos
preceitos de gestão estratégica implica saber que:
a) o plano operacional deve ser concebido antes do plano estratégico.
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b) a duração do plano estratégico deve se limitar ao tempo de mandato do
chefe do poder executivo.
c) tal como ocorre na iniciativa privada, missão e visão devem ser
estabelecidas.
d) por exercerem mandatos, os integrantes da alta cúpula não podem
participar da tomada de decisões estratégicas.
e) o orçamento é a peça menos importante dentro do processo de
planejamento.
1. Gabarito: C. A alternativa A é errada porque o plano estratégico deve ser
concebido primeiro, depois o plano tático é desdobrado dele e finalmente o
plano operacional. A alternativa B é errada porque o plano estratégico não tem
vinculação com mandatos dos chefes da organização. A alternativa D é errada,
pois justamente são os integrantes da alta cúpula que tomam as decisões
estratégicas. Finalmente, a alternativa E é errada porque subestima o papel do
orçamento.
Questão 2 (Esaf / AFT-MTE 2010) Nos casos em que um gestor público,
visando ao planejamento estratégico de sua organização, necessite realizar
uma análise de cenário com base nas forças e fraquezas oriundas do ambiente
interno, bem como nas oportunidades e ameaças oriundas do ambiente
externo, é aconselhável que o faça valendo-se da seguinte ferramenta:
a) Balanced Scorecard.
b) Reengenharia.
c) Análise SWOT.
d) Pesquisa Operacional.
e) ISO 9000.
2. Gabarito: C. Conforme estudamos hoje, a ferramenta utilizada no
planejamento estratégico para fazer análise de ambiente é a SWOT, que tem
como iniciais as premissas citadas pelo item – Strengths (forças), Weaknesses
(fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
Questão 3 (Esaf / Susep 2010) Segundo Ansoff, no planejamento estratégico
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a) espera-se necessariamente que o futuro represente um progresso em
relação ao passado.
b) o passado não deve ser considerado.
c) o futuro representa uma tendência histórica.
d) não se espera necessariamente que o futuro represente um progresso em
relação ao passado.
e) o futuro não é extrapolável a partir do passado.
3. Gabarito: D. Questão complicada. O gabarito é a D, pois o futuro não
necessariamente representa um progresso. A empresa espera crescimento e
progresso, mas há ameaças, irregularidades, então para haver progresso é
necessário planejamento e ação.
Esta questão foi copiada pela Esaf do texto abaixo. Recomendo como leitura
extra o texto abaixo, das páginas 36 a 41. Infelizmente, pelo texto
percebemos que a questão 3 também poderia ter o gabarito E como correto.
Mas nesse caso a Esaf não aceitou recurso.
http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/0f5e363a16336c5e03256c67
006799da/6677db088a4dc6f18325747800709875/$FILE/monografia%20parte
%204%20pdf4.pdf
Questão 4 (Esaf / Susep 2010) Um planejamento é estratégico quando se dá
ênfase ao aspecto:
a) de longo prazo dos objetivos e à análise global do cenário.
b) de prazo emergencial dos objetivos e à análise global do cenário.
c) de longo prazo dos objetivos e à análise da situação passada.
d) de médio prazo dos objetivos e à análise da situação atual.
e) de urgência dos objetivos e à análise da situação futura.
4. Gabarito: A. O planejamento estratégico é de longo prazo, então podemos
descartar as opções B, D e E. O planejamento estratégico não tem como
ênfase a análise da situação passada, então poderíamos descartar a opção C.
Questão 5 (Esaf / STN 2005) Planejamento é um processo de:
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I. definir resultados a serem alcançados.
II. distribuir os recursos disponíveis.
III. pensar o futuro.
IV. assegurar a realização dos objetivos.
V. realizar atividades.
Escolha a opção que indica corretamente o entendimento de planejamento.
a) III e V
b) II
c) I e IV
d) I
e) V
5. Gabarito: D. Planejamento é um processo de definir as metas da
organização, ou seja, os resultados, o estado futuro a ser alcançado.
Questão 6 (Esaf/Enap/2006) Escolha a opção que completa corretamente a
lacuna da frase a seguir:
“ ................ refere-se à maneira pela qual uma organização pretende aplicar
uma determinada estratégia, geralmente global e de longo prazo, criando um
consenso em torno de uma determinada visão de futuro.”
a) Flexibilização Organizacional
b) Programa de Qualidade Total
c) Benchmarking
d) Planejamento Estratégico
e) Aprendizagem Organizacional
6. Gabarito: D. Os itens desta questão fazem referência aos seguintes
pontos:
Flexibilização organizacional (a) é a capacidade de a organização mudar seu
funcionamento para responder a transformações do contexto.
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Programa de Qualidade Total (b) são programas de adequação do uso de
determinados produtos à necessidade dos clientes.
Benchmarking (c): Análise da organização a partir da comparação de seu
desempenho com organizações de referência.
Aprendizagem organizacional (e) é um processo de mudança organizacional
planejado, decorrente da sistematização de experiências anteriores
Planejamento estratégico (d) é a implementação de uma estratégia. Abrange
toda a organização (é global), é de longo prazo e é voltado para o alcance da
visão de futuro.
Questão 7 (Esaf/EPPGG/2005) As frases a seguir referem-se ao processo de
planejamento estratégico. Classifique as opções em Verdadeiras (V) ou Falsas
(F).
( ) O planejamento estratégico é capaz de estabelecer a direção a ser seguida
pela organização com objetivos de curto, médio e longo prazo e com maneiras
e ações para alcançá-los que afetam o ambiente como um todo.
( ) O planejamento estratégico, de forma isolada, é insuficiente, sendo
necessário o desenvolvimento e a implantação dos planejamentos táticos e
operacionais de forma integrada.
( ) O planejamento estratégico é o desenvolvimento de processos, técnicas e
atitudes políticas, os quais proporcionam uma conjuntura que viabiliza a
avaliação das implicações presentes de decisões a serem tomadas em função
do ambiente.
( ) O planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis
mais altos da organização e diz respeito tanto à formulação de objetivos,
quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução.
( ) O planejamento estratégico é uma ferramenta que tem como fases básicas
para sua elaboração e implementação o diagnóstico estratégico, a definição da
missão, a elaboração de instrumentos prescritivos e quantitativos, além do
controle e da avaliação.
Indique a opção correta.
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a) F, V, F, V, V
b) F, F, V, F, V
c) V, V, F, F, V
d) V, F, F, V, V
e) V, V, F, V, F
7. Gabarito: A. Vamos ver as alternativas:
(F). O planejamento estratégico se ocupa de meios para alcançar objetivos de
longo prazo. Objetivos com horizonte temporal menor (médio e curto prazo)
são alcançados via planejamento tático e operacional. Além disso, nem todas
as ações irão afetar o ambiente, e não é correto afirmar que o ambiente como
um todo será alterado.
(V) Item certo. Os planejamentos tático e operacional são fundamentais para
desdobrar o planejamento estratégico em elementos concretos e
implementáveis.
(F) Outra definição confusa e errada.
(V) Item certo. O planejamento estratégico deve ser coordenado pela alta
gerência, que tem a responsabilidade de aprová-lo. Tal planejamento abrange
tanto os objetivos como os meios necessários para alcançá-los.
(V) O item é certo e elenca as fases do planejamento estratégico apresentadas
por Djalma de Oliveira.
Questão 8 (Esaf / Aneel 2006) Escolha a opção que não apresenta
corretamente uma razão para as organizações investirem em planejamento.
a) Interferir no curso dos acontecimentos.
b) Enfrentar eventos futuros previsíveis.
c) Coordenar eventos e recursos entre si.
d) Analisar séries temporais.
e) Criar o futuro.
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8. Gabarito: D. Criar o futuro, interferir no curso dos acontecimentos,
coordenar eventos e recursos entre si e enfrentar futuros previsíveis são
exemplos de razões para as organizações investirem em planejamento.
Questão 9 (Esaf / Aneel 2006) Indique a opção que apresenta corretamente
as idéias associadas à estratégia.
a) Definição de clientes, visão de produto, horizonte temporal de longo prazo,
estrutura dinâmica em função da estratégia.
b) Definição de objetivos, visão do produto, horizonte temporal de curto prazo,
comando e liderança efetivos.
c) Definição de clientes, visão de escopo, horizonte temporal de longo prazo,
estabilidade estrutural.
d) Definição de objetivos, visão de mercado, estabilidade estrutural, moral do
grupo.
e) Definição de objetivos, visão de escopo, horizonte temporal de longo prazo,
flexibilidade estrutural em função da estratégia.
9. Gabarito: E. São algumas idéias associadas à estratégia que vimos em
aula.
Questão 10 (Esaf / Aneel 2006) Na coluna A, identificam-se algumas etapas
do processo de planejamento estratégico e na coluna B, exemplificam-se
fatores a serem considerados em cada etapa.
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Relacione a coluna A com a coluna B e assinale a opção que indica a relação
correta.
a) AI – BII; AII – BIII; AIII – BI
b) AI – BII; AII – BI; AIII – BIII
c) AI – BI; AII – BIII; AIII – BII
d) AI – BIII; AII – BII; AIII – BI
e) AI – BIII; AII – BI; AIII – BII
10. Gabarito: A. Esta é a classificação do Maximiano. Vamos ver as opções:
A análise da situação estratégica atual (AI) busca compreender a situação
atual da empresa. Esta situação inclui a identificação da missão e visão,
situação dos clientes, vantagens competitivas e desempenho atual da
organização (BII)
A análise do ambiente (AII), na classificação do Maximiano, envolve apenas
elementos externos à organização, tais como concorrência, estabilidade
econômica, legislação do país etc (BIII).
A análise interna (AIII) foca aspectos como política de recursos humanos,
análise de eficiência, preço das compras etc (BI)
Questão 11 (Esaf / CGU 2006) Escolha a opção que define corretamente o
significado de Estratégias no contexto de um plano estratégico.
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a) As estratégias estabelecem metas a serem cumpridas para atingir os
objetivos organizacionais. Estas devem ser escolhidas tendo clareza da análise
do meio ambiente.
b) As estratégias delineiam as maneiras da organização alcançar seus
objetivos. Estas devem ser escolhidas tendo clareza do negócio ou missão
organizacional.
c) As estratégias definem o grau de diferenciação dos produtos ou serviços da
organização. São escolhidas a partir da missão da organização.
d) As estratégias apontam os pontos fortes e fracos da organização a partir da
análise da concorrência, do mercado e das ações governamentais.
e) As estratégias delineiam a participação desejada no mercado a partir da
análise de oportunidades e ameaças advindas do ambiente interno da
organização.
11. Gabarito: B. No contexto do planejamento estratégico, a estratégia delineia
como os objetivos serão alcançados.
Questão 12 (Esaf / Susep 2010) Segundo Matias-Pereira, o alcance de
resultados positivos na implementação de planejamento estratégico,
principalmente na administração pública, depende das condições e formas para
a sua concretização. Destacam-se as abaixo listadas, com exceção de:
a) forma de envolvimento exclusivamente da alta direção, em especial do
processo de sensibilização.
b) demonstração de vontade política para a implementação.
c) a existência de mecanismos que monitoram tanto o plano quanto os
elementos contextuais que lhe deram origem.
d) capacidade de percepção das condições que sustentam e condicionam a
viabilidade das ações planejadas.
e) nível de consciência das potencialidades e debilidades que o grupo que
planeja possui.
12. Gabarito: A. A alternativa A é claramente errada porque o envolvimento
deve ser de toda a organização, quando possível. O processo de sensibilização,
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citado neste item, trata do fato de que se deve mostrar a toda a organização a
importância do comprometimento com o planejamento estratégico.
Questão 13 (Esaf / EPPGG-MPOG 2009) Ultrapassada a fase do planejamento
estratégico, impõe-se a execução dos planos, oportunidade em que caberão,
ao coordenador, as seguintes incumbências, exceto:
a) planejar o desenvolvimento das atividades estruturantes.
b) promover a compatibilização entre as diversas tarefas.
c) controlar e adequar prazos.
d) rever e alterar a fundamentação da estratégia adotada.
e) prever e prover soluções.
13. Gabarito: D. Não cabe ao coordenador rever e alterar a fundamentação
da estratégia. Essa fundamentação é elaborada pela alta cúpula durante o
planejamento estratégico, e na etapa de execução dos planos ela deve ser
cumprida.
Questão 14 (Esaf / CGU 2004) O processo de planejamento é uma aplicação
do processo decisório e constitui uma ferramenta utilizada pela organização e
pelas pessoas para administrar sua relação com o futuro. Identifique a opção
que expressa corretamente uma atitude proativa da organização.
a) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de
planejamento lhe permite elevar o grau de controle sobre o futuro dos
sistemas internos e das relações com o ambiente. Isso significa que ela
necessita interferir no curso dos acontecimentos, criar o futuro, enfrentar
eventos futuros conhecidos ou previsíveis, bem como coordenar recursos entre
si.
b) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de
planejamento lhe permite estabelecer e analisar séries históricas, realizar
estudo de relações causais. Isso significa que ela necessita interferir nas forças
internas e externas, criar o futuro, explicitar objetivos principais e específicos,
bem como estabelecer meios de controle de eventos e recursos.
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c) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de
planejamento lhe permite definir objetivos, meios de execução, políticas,
procedimentos e meios de controle. Isso significa que ela necessita interferir
no curso dos acontecimentos, criar o futuro, enfrentar eventos futuros
conhecidos ou previsíveis, bem como coordenar recursos entre si.
d) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de
planejamento lhe permite elevar o grau de controle sobre o futuro dos
sistemas internos e das relações com o ambiente. Isso significa que ela
necessita interferir nas forças internas e externas, criar o futuro, explicitar
objetivos principais e específicos, bem como estabelecer meios de controle de
eventos e recursos.
e) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de
planejamento lhe permite estabelecer e analisar séries históricas, realizar
estudo de relações causais. Isso significa que ela necessita interferir no
mercado de clientes e fornecedores, estabelecer planos estratégicos e
operacionais de longo prazo, bem como investir em processos informatizados.
14. Gabarito: A. Pessoal, planejar é moldar o futuro! Esta idéia que relaciona
planejamento à criação do futuro é recorrente em provas da Esaf. Nesse caso,
nossa banca favorita cobrou o conhecimento de proatividade, aplicado ao
processo de planejamento. Proatividade significa antever-se a desafios, tomar
medidas preventivas antes que eles aconteçam. O conceito é usado na
realidade organizacional, inclusive para classificar servidores. O servidor
proativo seria aquele que busca trabalho, antevê acontecimentos futuros,
resolve problemas antes que seu chefe o peça etc, enquanto o servidor reativo
é aquele que apenas espera demandas chegarem para agir.
O Instrumento para Avaliação da Gestão Pública do Prêmio Nacional da Gestão
Pública, vinculado ao Gespública, define o conceito de proatividade como a
“capacidade de antecipar-se aos fatos com ações preventivas e de promover a
inovação e o aperfeiçoamento de processos, serviços e produtos”. A alternativa
que melhor expressa o conceito de proatividade é a letra “a”: proatividade
significa elevar o grau de controle sobre o futuro, coordenando recursos para
se preparar para eventos que ainda não ocorreram.
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Questão 15 (Esaf – Bacen 2002) Sobre o planejamento estratégico:
( ) Os objetivos são considerados operacionais, táticos e estratégicos quando
se relacionam com o plano institucional, com a gerência média e com
resultados específicos, respectivamente.
( ) As políticas refletem um objetivo e têm a função de aumentar as chances
de acerto quando a situação requer julgamento. Podem ser explícitas – quando
escritas ou orais e fornecem informações para a tomada de decisões – ou
implícitas – quando subentendidas e consideradas de conhecimento geral.
( ) No planejamento estratégico, a análise ambiental tem o propósito de
identificar os modos pelos quais as mudanças no ambiente externo podem
influenciar a organização direta ou indiretamente identificando seus pontos
fortes e fracos.
( ) A análise organizacional é um exame das condições internas das
organizações e auxilia na identificação de seus pontos fortes e fracos.
a) E-C-C-E
b) E-C-E-C
c) C-C-E-E
d) C-E-C-E
e) C-E-E-C
15. Gabarito: B. Vamos analisar cada opção?
A primeira relaciona os níveis dos objetivos (estratégico, tático, operacional)
com a abrangência do plano instrucional, gerência média e resultados
específicos. A alternativa é errada pela inversão da ordem. A associação
correta seria: objetivos estratégicos -> plano institucional; táticos - > gerência
média; operacional -> resultados específicos.
A segunda afirmativa é correta: traz o conceito de “políticas”, que norteiam
ações para o alcance de objetivos. Elas podem ser explícitas ou implícitas.
A terceira alternativa também é errada. A identificação de pontos fortes e
fracos não faz parte da análise de ambiente externo.
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Finalmente, a quarta alternativa é correta. Análise organizacional é um método
para conhecermos as condições internas da organização, de forma a identificar
pontos fortes e fracos.
7. Gabarito
1. C; 2. C; 3. D; 4. A; 5. D; 6. D; 7. A; 8. D; 9. E; 10. A; 11. B; 12. A; 13. D;
14. A; 15. B.

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Administração geral flávio pompeo - aula 00

  • 1. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 1 Administração Geral: Teoria e Exercícios Preparatório para Receita Federal 2012 Aula 0 – Planejamento Estratégico PROFESSOR FLÁVIO POMPÊO Índice I - Introdução .............................................................................................................1 II. Apresentação do professor ....................................................................................3 III. Cronograma do curso............................................................................................4 1. Planejamento.........................................................................................................6 2. Planejamento Estratégico ......................................................................................9 3. Análise do ambiente organizacional.....................................................................18 4. Modelos de planejamento estratégico.................................................................22 4.1. Modelo de Ansoff..............................................................................................22 4.2. Estratégias de Porter.........................................................................................24 4.3. Planejamento Estratégico Situacional (PES) ...................................................... 24 5. Lista de questões..................................................................................................26 6. Questões comentadas..........................................................................................33 7. Gabarito...............................................................................................................45 I - Introdução Olá a todos e a todas! Sejam bem-vind@s à aula 0 (aula demonstrativa) do curso de “Administração Geral: Teoria e Exercícios”, preparatório para o concurso de 2012 da Receita Federal. Desta vez, a disciplina Administração Geral será cobrada tanto para Analista- Tributário da Receita Federal do Brasil como para Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. Este curso, por meio do estudo de todos os tópicos de administração geral, bem como da resolução de questões da Esaf,
  • 2. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 2 preparará os candidatos de ambos os cargos. A meta é obter a maior nota possível na prova de Administração Geral. Os candidatos a ATRFB não foram pegos de surpresa, pois conteúdo muito semelhante de Administração Geral havia sido cobrado no concurso de 2009. Para Analista, teremos 10 questões, nas quais os candidatos precisam garantir a nota mínima (40%), e preferencialmente conquistar uma nota alta nesta disciplina para fazer a diferença. Para Auditor, os candidatos foram pegos de surpresa: o que são esses tópicos de Administração Geral? Na prova de auditor, são 10 questões, divididas com Administração Pública, ou seja, apenas parte das 10 questões tratará do tema Administração Geral. Além disso, no caso da prova dissertativa, em ambos os cargos é possível que a Administração Geral seja cobrada, o que é mais uma razão para estarmos afiados em todos os tópicos desta matéria. Assim, não tenham dúvidas: Administração Geral será mais uma vez o grande diferenciador na prova deste concurso. * A emergência da “Administração Geral” como disciplina central de concursos públicos recentes é um reconhecimento, por parte de importantes organizações públicas, de que esses conhecimentos são centrais na atuação do profissional contemporâneo. Servidores que dominem as ferramentas da Administração serão capazes de, por exemplo, planejar ações complexas, gerenciar projetos, trabalhar em equipe, disseminar conhecimentos importantes e promover aperfeiçoamento de rotinas, tarefas e processos de trabalho. Você, que quer ser Analista ou Auditor da Receita, mas ainda não domina Administração Geral, não precisa se desesperar. Ainda temos mais de 2 meses até a prova, então fiquem tranquilos. Essa disciplina tem vários detalhes, mas não é nenhum bicho de sete cabeças, e pode ser aprendida por profissionais de qualquer área de formação.
  • 3. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 3 Neste curso, ao longo de sete aulas (mais esta aula 0), vamos estudar todos os tópicos do edital, na ordem em que aparecem, e mesmo expressões que podem parecer esquisitas, como empoderamento e comunicação organizacional, vão se tornar claras, sempre exemplificadas por questões da Esaf. Aliás, destaco que considero a resolução de exercícios de provas anteriores o principal diferencial para a aprovação em concursos. Irei, ao longo deste curso, dar grande ênfase às questões que a Esaf tem elaborado para cada tópico. Nesta aula 0, já vamos colocar a mão na massa, estudando o tema Planejamento, Planejamento Estratégico, e resolvendo exercícios de tais temas. II. Apresentação do professor Sou o Flávio Pompêo, tenho 30 anos. Em 2003, inscrevi-me em meu primeiro concurso (TJDFT 2003). Cheguei a comprar uma apostila, mas não li mais de uma ou duas páginas. O resultado foi óbvio: não alcancei a nota mínima e fui eliminado. Saí da prova desse concurso com a idéia de que a prova foi “fácil para quem estudou”. Sempre escuto isso de concursandos, mas esta idéia é enganosa. Somente quem realmente estuda percebe o quão difícil foi a prova, com suas sutilezas, pegadinhas, relações entre questões e referências indiretas a leis, autores e conteúdos. Continuei fazendo concursos, estudando de maneira errática. Após algumas eliminações, percebi que só com estudos sistemáticos a aprovação viria. Assim, comecei a levar as coisas mais a sério e estudar com mais consistência. Em 2004, tive a imensa felicidade de ser aprovado no concurso de Técnico de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. No TCU, como técnico, trabalhei três anos na Secretaria de Planejamento e Gestão, onde estive envolvido em trabalhos relativos a temas como avaliação da gestão, estrutura organizacional, processos de trabalho e outros. Lá tive contato prático com praticamente todos os temas que constam do edital e que iremos estudar ao longo deste curso.
  • 4. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 4 Em 2006, concluí minha graduação (bacharelado em Ciência Política pela UnB). Somente em 2007 criei coragem para voltar a estudar para concursos. Resolvi focar no cargo de Auditor Federal de Controle Externo do TCU. O concurso de tal ano foi segmentado, então escolhi a área de Educação Corporativa. Sempre tive afinidade com as áreas estratégicas e de apoio organizacional. Retomar os estudos para concursos (e, em algumas disciplinas, começar os estudos do zero) não foi fácil. Consegui manter o foco, estudar todos os dias e, acima de tudo, resolver muitos itens de provas de concursos anteriores. Elaborei cronogramas, metas de leitura por dia, metas de resolução de exercícios por dia, metas de acerto dos exercícios de prova. Alcancei meu objetivo, a aprovação, tendo alcançado a 2ª colocação no concurso. Atualmente, estou lotado no Instituto Serzedello Corrêa, no Serviço de Educação a Distância. Trabalho com desenvolvimento e promoção de cursos na modalidade Educação a Distância (EaD). Além disso, em 2010 concluí mestrado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações na UnB. Fui aprovado na defesa de minha dissertação, que tratou do tema “aprendizagem e modalidades educacionais”. Colaboro com o Ponto dos Concursos desde abril de 2008. Já ministrei aqui dezenas de cursos, em disciplinas como “administração geral”, “gestão de pessoas”, “planejamento e gestão”, “administração pública” e “gestão governamental”. Aproveito este espaço para dizer que é uma honra colaborar com o Ponto. Espero este ano mais uma vez poder ajudar centenas de alunos a terem, no Ponto dos Concursos, a ferramenta fundamental que vai ajudá-los a alcançar o tão almejado cargo público na Receita Federal. III. Cronograma do curso Para deixar bem claro, neste curso iremos estudar os tópicos de ADMINISTRAÇÃO GERAL previstos no edital de Auditor e Analista da Receita 2012. O conteúdo é o seguinte: ADMINISTRAÇÃO GERAL: 1. Planejamento: planejamento estratégico; planejamento baseado em cenários. 2. Processo decisório: técnicas de análise
  • 5. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 5 e solução de problemas; fatores que afetam a decisão; tipos de decisões. 3. Gestão de pessoas: estilos de liderança; gestão por competências; trabalho em equipe; motivação; empoderamento. 4. Gestão: Gerenciamento de projetos; Gerenciamento de processos, Gestão da Mudança; Gestão da informação e do conhecimento. 5. Controle administrativo: indicadores de desempenho; conceitos de eficiência, eficácia e efetividade 6. Comunicação organizacional: habilidades e elementos da comunicação. Para que vocês possam planejar os estudos, é bom que vocês definam previamente o que irão estudar em cada período, certo? Os conteúdos deste curso serão vistos exatamente na mesma ordem que aparecem no edital. Para este curso, seguiremos o cronograma abaixo: Aula 0: Planejamento: planejamento estratégico. Aula 1 (19/07/2012): Planejamento estratégico (continuação). Planejamento baseado em cenários. Processo decisório: técnicas de análise e solução de problemas; fatores que afetam a decisão; tipos de decisões. Aula 2 (23/07/2012): Gestão de pessoas: estilos de liderança; trabalho em equipe; motivação; empoderamento. Aula 3 (25/07/2012): Gestão por competências. Aula 4 (01/08/2012): Gestão: Gerenciamento de projetos. Aula 5 (08/08/2012): Gerenciamento de processos. Aula 6 (15/08/2012): Gestão da Mudança; Gestão da informação e do conhecimento. Aula 7 (22/08/2012): Controle administrativo: indicadores de desempenho; conceitos de eficiência, eficácia e efetividade Comunicação organizacional: habilidades e elementos da comunicação. 15/09/2012 e 16/09/2012: Aplicação das provas de Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil e de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. *** É isso aí, pessoal. Minha proposta está feita. Espero que estejam todos de acordo e ansiosos para começarmos o curso. Nesta aula 0, iremos estudar o
  • 6. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 6 planejamento, assunto essencial para cada ação da vida humana, e muito importante para as organizações. Não podemos perder mais tempo, vamos começar? 1. Planejamento. Começaremos esta aula entendendo o princípio do planejamento e algumas de suas decorrências. Sabemos que o planejamento é algo presente em nosso dia a dia, em nossas vidas. Por exemplo, quando estudamos para um concurso, é necessário fazermos um planejamento: quais matérias iremos estudar, quais materiais didáticos iremos adquirir, que cronograma iremos seguir. O cronograma é uma ferramenta fundamental do planejamento: se conseguirmos seguir um cronograma que preveja o estudo de todas as disciplinas do Edital, chegaremos bem preparados à prova. Ainda neste exemplo, podemos ter indicadores de desempenho, como percentual de acerto de questões de provas anteriores, percentual de acerto por disciplina ao longo do tempo... A meta (aquilo que queremos alcançar) é a aprovação no concurso, mas podemos ter metas e objetivos intermediários, como acertar acima de 60% em determinado simulado ou concluir o estudo de determinado livro. Os candidatos que planejarem de forma cuidadosa seus estudos, muito provavelmente, terão melhor chance de aprovação do que os que estudarem de maneira errática. As organizações, públicas e privadas, também não atuam de maneira errática. As organizações investem no planejamento. Planejamento é a primeira das funções administrativas, e compreende as ferramentas relacionadas com o futuro, com os objetivos que se deseja alcançar. Nesta aula, vamos entender o que é o planejamento organizacional e como ele é construído no nível estratégico.
  • 7. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 7 É possível conceituar o planejamento como “o ato de determinar as metas da organização e os meios para alcançá-las”1 . As metas, nesse sentido, são uma situação, um resultado, um estado futuro que a organização deseja alcançar. As metas terão sido alcançadas se, daqui a determinado tempo, a organização estiver na situação inicialmente desejada. São citados como princípios do planejamento: Princípio da precedência; Princípio da contribuição aos objetivos; Princípio da universalidade e Princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade. Segundo o princípio da precedência do planejamento, o planejamento precede, vem antes, das demais funções administrativas. Sem o planejamento não há base para a organização e controle. O planejamento é o alicerce sobre o qual operam as demais funções administrativas. Já o princípio da contribuição aos objetivos prevê que o planejamento deve visar sempre aos objetivos máximos da empresa.Todos os níveis de planejamento, do operacional ao estratégico, devem se integrar para o alcance dos objetivos máximos. O princípio da universalidade prevê que o planejamento abrange toda a organização e pode provocar mudanças em todas essas facetas, em todos os elementos do universo da empresa. O princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade defende que o planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as deficiências. Através desses aspectos, o planejamento procura proporcionar a empresa uma situação de eficiência, eficácia e efetividade. Na aula 7, quando estudarmos o controle administrativo, estudaremos em profundidade os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade. Em 2005, a Esaf afirmou que o planejamento é um processo. Vejam a questão abaixo: Questão 1 (Esaf / STN 2005) Planejamento é um processo de: I. definir resultados a serem alcançados. II. distribuir os recursos disponíveis. 1 Daft, p. 152.
  • 8. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 8 III. pensar o futuro. IV. assegurar a realização dos objetivos. V. realizar atividades. Escolha a opção que indica corretamente o entendimento de planejamento. a) III e V b) II c) I e IV d) I e) V Gabarito: D. Planejamento é um processo de definir as metas da organização, ou seja, os resultados, o estado futuro a ser alcançado. Outro conceito importante é o de plano, ferramenta necessária para o alcance das metas. Daft define plano como “um esboço especificando as alocações de recursos, programações e outras ações necessárias para alcançar as metas”.2 Para fixarmos o conceito de planejamento, vamos dar a palavra à Esaf, que na questão abaixo elencou as principais razões para as organizações investirem em planejamento: Questão 2 (Esaf / Aneel 2006) Escolha a opção que não apresenta corretamente uma razão para as organizações investirem em planejamento. a) Interferir no curso dos acontecimentos. b) Enfrentar eventos futuros previsíveis. c) Coordenar eventos e recursos entre si. d) Analisar séries temporais. e) Criar o futuro. Criar o futuro, interferir no curso dos acontecimentos, coordenar eventos e recursos entre si e enfrentar futuros previsíveis são exemplos de razões para as organizações investirem em planejamento. Gabarito: D. A alternativa D 2 Idem.
  • 9. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 9 refere-se a um meio, um método, não um objetivo ou razão que justifica tal atividade. Quanto à sua abrangência, temos o planejamento estratégico, planejamento tático e planejamento operacional. Vamos ver o que significam estes conceitos, em relação ao horizonte temporal (prazo), grau de amplitude, nível hierárquico e riscos. Estratégico Tático Operacional Prazo Longo Médio Curto Amplitude Toda a organização Determinado Setor Determinada Atividade Nível hierárquico Alta Cúpula Gerencias Setoriais Operacional Riscos Maiores Intermediários Menores Vamos ver agora, então, o planejamento estratégico: 2. Planejamento Estratégico O que a organização irá fazer para alcançar seus objetivos no futuro? A resposta é simples: irá adotar uma estratégia. O termo estratégia é originado de situações de guerra e significa, nesta acepção, “a arte militar de planejar e executar movimentos e operações de tropas, navios e/ou aviões, visando alcançar ou manter posições relativas e potenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas sobre determinados objetivos3 ”. Principalmente a partir do período entre 1940 a 1960, percebeu-se que os estudos da estratégia tinham um grande potencial de aplicação no contexto organizacional. Assim, a idéia originalmente bélica de estratégia foi adaptada ao mundo organizacional, pois as empresas precisam efetivamente planejar e 3 Holanda, Aurélio B. Novo Dicionário da língua portuguesa, Rio de Janeiro, Nova fronteira.
  • 10. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 10 executar ações focadas no alcance de seus objetivos para se manter no mercado. Conceituar estratégia não é fácil. Existem diferentes autores, correntes e escolas que discutem a estratégia no âmbito organizacional. Para Mintzberg, há dez escolas estratégicas. São elas4 : • Escola do Design: formulação de estratégia como um processo de concepção • Escola do Planejamento: formulação de estratégia como processo formal • Escola do Posicionamento: formulação de estratégia como um processo analítico • Escola Empreendedora: formulação de estratégia como um processo visionário • Escola Cognitiva: formulação de estratégia como um processo mental • Escola de Aprendizado: formulação de estratégia como um processo emergente • Escola do Poder: formulação de estratégia como um processo de negociação • Escola Cultural: formulação de estratégia como um processo coletivo • Escola Ambiental: formulação de estratégia como um processo reativo • Escola de Configuração: formulação de estratégica como um processo de transformação Estas dez escolas podem ser divididas em três grupos: A primeira perspectiva é a das Escolas da Perspectiva Prescritiva (Escolas do Design, do Planejamento e do Posicionamento), que estão “mais 4 P. 13-14.
  • 11. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 11 preocupadas em como as estratégias devem ser formuladas do que como elas são formuladas” (p.14). A segunda perspectiva abrange as escolas Empreendedora, Cognitiva, de Aprendizado, do Poder, Cultural e Ambiental, que expandem o campo de análise do processo de formulação de estratégias para além do indivíduo. A terceira perspectiva reúne elementos das escolas anteriores. É representada unicamente pela Escola de Configuração. Os autores dessa Escola agrupam os vários elementos do processo de formulação de estratégias (o conteúdo das estratégias, estruturas organizacionais e seus contextos) em estágios. Descreve os processos de formulação de estratégias como “processos de transformações”, de “mudanças estratégicas”. Lindolfo de Albuquerque lista5 cinco pontos de contato entre as definições de estratégia adotadas pelas principais escolas: • A estratégia dá a direção, fornece o direcionamento da empresa e provê consistência; • A estratégia resulta de um processo de decisão; • As decisões são principalmente de natureza qualitativa, interferem no todo da organização e buscam eficácia a longo prazo; • A estratégia abrange a organização e sua relação com o ambiente; • A estratégia envolve questões de conteúdo e de processo, em diferentes níveis. Entenderam? A estratégia é entendida como o caminho mais adequado a ser percorrido para alcançar um objetivo. Expressa como uma organização utiliza seus pontos fortes e fracos (existentes e potenciais) para atingir seus objetivos, levando em conta as oportunidades e ameaças do ambiente. Vejam que a estratégia envolve toda a organização e pressupõe um estabelecimento de objetivos, pois ela é exatamente o curso de ação escolhido para alcançá- los. A estratégia tem um horizonte temporal longo, ou seja, ela é de longo prazo. 5 Albuquerque, Lindolfo Galvão de. A gestão estratégica de pessoas. In: Fleury, Maria Tereza, As pessoas na organização., p. 37
  • 12. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 12 Outro conceito que pode ser cobrado em prova é o de gestão estratégica. Ela pode ser entendida como “a arte e a ciência de formular, implementar e avaliar linhas de ação multidepartamentais referentes às interações da organização (considerando suas forças e fraquezas) com seu ambiente (levando em conta suas oportunidades e ameaças) para atingir seus objetivos de longo prazo, relativos a seus produtos, mercado, clientes, concorrentes e sociedade6 ”. Hunger define a gestão estratégica como o “conjunto de decisões e ações estratégicas que determinam o desempenho de uma corporação a longo prazo. Esse tipo de gestão inclui análise profunda dos ambientes interno e externo, formulação da estratégia (planejamento estratégico), implementação da estratégia, avaliação e controle”7 . A Esaf também já conceituou Gestão Estratégica: Questão 3 (Esaf / Aneel 2006) A gestão estratégica é um processo de ação gerencial sistemática e contínua que visa assegurar à organização senso de direção e continuidade a longo prazo. Afirmativa correta. Vejam que gestão estratégica é um conceito mais amplo que planejamento estratégico. Passemos, então, para o Planejamento Estratégico propriamente dito. O planejamento estratégico é o processo por meio do qual a estratégia organizacional será explicitada. Podemos identificar, como características do planejamento estratégico: - É responsabilidade da cúpula da organização; - Envolve a organização como um todo; - Planejamento de longo prazo; - Outros níveis do planejamento (tático e operacional) serão desdobrados dele. A Esaf definiu assim o planejamento estratégico: Questão 4 (Esaf/Enap/2006) Planejamento estratégico refere-se à maneira pela qual uma organização pretende aplicar uma determinada estratégia, 6 Valeriano, p.16. 7 Hunger, p.4
  • 13. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 13 geralmente global e de longo prazo, criando um consenso em torno de uma determinada visão de futuro. Afirmativa correta. Vejam que ele define estratégia como algo global e de longo prazo. O planejamento estratégico seria o processo de aplicação ou implementação de tal estratégia. Julgue o item abaixo para fixarmos esta idéia: Questão 5 (Esaf / Aneel 2006) O planejamento estratégico foca em planos das áreas funcionais da organização e na definição de objetivos específicos. Afirmativa errada. O planejamento estratégico foca em planos globais e na definição de objetivos gerais. Objetivos e planos específicos serão definidos nos planejamentos tático e operacional. Um bom planejamento estratégico deve, em seu início, incluir a definição do referencial estratégico da organização. Este referencial é o grande guia das organizações, são as diretrizes que norteiam a sua atuação e o seu posicionamento frente ao mercado. Representam o planejamento estratégico no seu nível mais amplo e são as bases para que a organização possua uma estratégia sólida e sustentável. Esse referencial inclui o negócio, a missão, a visão de futuro e os valores organizacionais. Missão: “É uma declaração de propósito ampla e duradoura que individualiza e distingue o negócio e a razão de ser da organização em relação a outras de mesmo tipo”8 . Uma das metodologias para a construção da missão inclui a resposta às seguintes perguntas: Por que a organização existe (razão de ser)? Para quem a organização existe (público-alvo)? O que a organização faz (seu negócio ou linha de produtos)? De que forma faz (valores e crenças)? A construção da missão deve ser conduzida pela alta administração, mas deve contar com a participação de representantes de todos os níveis hierárquicos e áreas da organização, para que se torne significativa para todos os funcionários. 8 Gestão e Desenvolvimento. Curso Planejamento Estratégico para resultados, agosto de 2007.
  • 14. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 14 Vejamos quatro exemplos de missão organizacional: Receita Federal do Brasil: “Exercer a administração tributária e o controle aduaneiro, com justiça fiscal e respeito ao cidadão, em benefício da sociedade”. MPOG – “Promover o planejamento participativo e a melhoria da gestão pública para o desenvolvimento sustentável e socialmente includente do País”. TCU – “Assegurar a efetiva e regular gestão dos recursos públicos, em benefício da sociedade”. Petrobrás – “Atuar de forma segura e rentável nas atividades de indústria de óleo, gás e energia, nos mercados nacional e internacional, fornecendo produtos e serviços de qualidade, respeitando o meio ambiente, considerando os interesses dos seus acionistas e contribuindo para o desenvolvimento do país”. Negócio: É o ramo de atuação da organização, delimita o campo em que ela estará desenvolvendo suas atividades. Está muito ligado ao tipo de produto ou serviço que a organização oferece e nem sempre é tão óbvio. Por exemplo, o negócio da Copenhagen não é chocolates e sim presentes finos. Para exemplificar com uma organização pública, o negócio do TCU é o “controle externo da administração pública e da gestão dos recursos públicos federais”. Visão de futuro: Representa onde a organização quer chegar, transmitindo uma noção de direção. A visão deve ser9 : Compartilhada e apoiada por todos na organização Abrangente e detalhada Positiva e inovadora Desafiadora mas viável Transmitir uma promessa de novos tempos Agregar um aspecto emocional Exemplos de visão: 9 Gestão e Desenvolvimento. Curso Planejamento Estratégico para resultados, agosto de 2007.
  • 15. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 15 Receita Federal: “Ser uma instituição de excelência em administração tributária e aduaneira, referência nacional e internacional”. TCU: “Ser instituição de excelência no controle e contribuir para o aperfeiçoamento da administração pública”. Petrobrás:“Em 2010, a Petrobrás será uma empresa de energia com forte presença internacional e líder na América Latina, atuando com foco na rentabilidade e responsabilidade social”. Percebam que esta visão de futuro da Petrobrás é antiga, foi elaborada há vários anos, e agora que estamos em 2012 nós brasileiros podem ter a felicidade de dizer que esta visão de futuro já foi alcançada! Valores: Representam as crenças básicas na organização, aquilo em que a maioria acredita como posturas que devem ser cultivadas na empresa. Os valores servem como uma orientação e inspiração ao desenvolvimento do trabalho no dia-a-dia da empresa. Exemplos de valores: Valores da Receita Federal do Brasil: Respeito ao cidadão; Integridade; Lealdade com a Instituição; Legalidade; Profissionalismo. Valores do Tribunal de Contas da União: No Plano Estratégico do TCU, lemos que “Os valores constituem princípios éticos que devem nortear as ações e a conduta de colaboradores, gerentes e autoridades do Tribunal de Contas da União dentro e fora da instituição”10 . No Plano, são listados cinco valores: ética, efetividade, independência, justiça e profissionalismo. O planejamento estratégico deve estar alinhado a este referencial. Segundo Maximiano11 , o planejamento estratégico compreende quatro etapas principais: A) Análise da situação estratégica presente. Esta etapa busca compreender a situação atual da empresa, e as decisões que foram tomadas e levaram a tal posição. Deve considerar o referencial estratégico, os produtos e mercados atuais ou potenciais da 10 PET TCU 2006-2010, p. 18. 11 Maximiano, TGA, p. 333.
  • 16. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 16 organização, as vantagens competitivas (elementos capazes de diferenciar a organização de outras no mercado), o desempenho atual e o uso de recursos. B) Análise do ambiente. Na classificação do Maximiano, esta etapa abrange apenas o ambiente externo. C) Análise interna. É a análise do ambiente interno. D) Elaboração do plano estratégico. As etapas B e C correspondem ao que estudamos anteriormente na aula quanto aos ambientes interno e externo. Uma questão que costuma ser muito cobrada em provas de concursos diz respeito à análise de ambiente, que corresponde à avaliação de variáveis do ambiente interno (pontos fortes e pontos fracos) e variáveis do ambiente externo (oportunidades e ameaças) relevantes para a organização. As variáveis do ambiente interno normalmente são controláveis, enquanto as variáveis do ambiente externo estão fora da governabilidade da organização. Vamos ver, agora, uma questão montada pela Esaf e que cobra exatamente três das quatro etapas do planejamento estratégico citadas pelo Maximiano? Questão 6 (Esaf / Aneel 2006) Na coluna A, identificam-se algumas etapas do processo de planejamento estratégico e na coluna B, exemplificam-se fatores a serem considerados em cada etapa.
  • 17. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 17 Relacione a coluna A com a coluna B e assinale a opção que indica a relação correta. a) AI – BII; AII – BIII; AIII – BI b) AI – BII; AII – BI; AIII – BIII c) AI – BI; AII – BIII; AIII – BII d) AI – BIII; AII – BII; AIII – BI e) AI – BIII; AII – BI; AIII – BII Ficou fácil agora, certo, pessoal? A análise da situação estratégica atual (AI) busca compreender a situação atual da empresa. Esta situação inclui a identificação da missão e visão, situação dos clientes, vantagens competitivas e desempenho atual da organização (BII). A análise do ambiente (AII), na classificação do Maximiano, envolve apenas elementos externos à organização, tais como concorrência, estabilidade econômica, legislação do país etc (BIII). A análise interna (AIII) foca aspectos como política de recursos humanos, análise de eficiência, preço das compras etc (BI) Gabarito: A. Vamos ver, agora, uma outra ordem de etapas do planejamento estratégico, utilizada por outros autores e que também costuma ser cobrada em provas. São as etapas que Djalma de Oliveira apresenta em seu livro “Planejamento estratégico”. Vejamos estas etapas: a) Diagnóstico estratégico: abrange a definição da visão, a análise externa, análise interna e análise dos concorrentes; b) Definição da missão: esta nós já vimos: é a definição da razão de ser da empresa e as conseqüências de tal definição; c) Definição dos instrumentos prescritivos e quantitativos: instrumentos prescritivos são aqueles que irão dizer como a organização deve atuar para alcançar os objetivos definidos. Instrumentos quantitativos, basicamente, são aqueles ligados ao planejamento orçamentário;
  • 18. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 18 d) Controle e avaliação: são verificações, etapas em que avalia-se se o que está sendo feito corresponde ao que foi planejado. Em suma, pessoal, temos, na hora da prova, que, além de conhecer as principais classificações, perceber a razoabilidade das idéias formuladas nos itens. Por meio da razoabilidade conseguimos ganhar pontos relativamente fáceis. 3. Análise do ambiente organizacional Um tópico importante para aprofundarmos o estudo do planejamento consiste na compreensão da idéia de ambiente, fortemente relacionada ao planejamento estratégico. As organizações não se localizam no vácuo. Elas fazem parte de um contexto, o ambiente organizacional. Normalmente, o ambiente é definido em dois níveis: ambiente interno e ambiente externo. O ambiente interno é aquele que se refere a elementos da própria organização. As variáveis do ambiente interno são ditas controláveis, porque estão sob a governabilidade da organização. Estas variáveis podem ser pontos fortes ou pontos fracos. Pontos fortes são as variáveis internas e controláveis que propiciam uma condição favorável para a empresa, em relação ao seu ambiente. Pontos fracos são as variáveis internas e controláveis que provocam uma situação desfavorável para a empresa, em relação ao seu ambiente12 . Aqui, iremos entender primeiro o ambiente externo. Loiola et ali13 , ao discutirem as dimensões de análise das organizações, quando falam do ambiente organizacional, se referem apenas ao ambiente externo. Desta forma, o ambiente organizacional é entendido como todo e qualquer elemento que está fora da organização e que tem potencial de afetá-la. Tais elementos não são controláveis, ou seja, a organização tem pouca ou nenhuma influência sobre eles. 12 Oliveira, p.83 13 Loiola et ali, Dimensões Básicas de Análise das Organizações, p. 116.
  • 19. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 19 O quadro abaixo14 irá nos ajudar a entender o ambiente organizacional: Dicotomias que definem o conceito de ambiente nos estudos organizacionais Ambientes Geral: Conceito amplo e que inclui todos os elementos do contexto social em que a organização se insere Específico: Elementos deste macrocontexto social que afetam diretamente a organização Real: São entidades, objetos e eventos que ocorrem fora da organização e sobre os quais existem indicadores objetivos Percebido: Trata-se da interpretação ou do significado atribuído aos objetos, entidades e eventos por parte da organização Macro: Fatores social, cultural, econômico, político, tecnológico que caracterizam o contexto maior em que se insere a organização Competitivo: Entidades concorrentes atuais e potenciais, fornecedores e clientes que funcionam como ameaças ou vantagens competitivas Técnico: Espaço de competição econômica onde ocorrem as trocas de bens e serviços Institucional: Espaço de construção e difusão de regras e procedimentos que condicionam a legitimidade da organização A tabela apresenta, portanto, quatro dicotomias ou oposições (geral x específico, real x percebido, macro x competitivo e técnico x institucional) relativas ao ambiente organizacional. A primeira, por exemplo, refere-se ao grau em que os elementos afetam a organização: se adotarmos o conceito mais geral, iremos considerar todos os elementos do contexto; se adotarmos o conceito específico, a análise será feita com base nos elementos que afetam diretamente a organização. Quando falamos em análise do ambiente externo, temos como objetivo identificar as principais ameaças e oportunidades que existem fora da 14 Extraído de Loiola et ali, Dimensões Básicas de Análise das Organizações, p. 117.
  • 20. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 20 organização. Oportunidades são as variáveis externas e não controláveis que podem criar condições favoráveis para a empresa, desde que a mesma tenha condições e/ou interesse de usufruí-las15 . Ameaças são as variáveis externas e não controláveis que podem criar condições desfavoráveis para a empresa.16 Agora que já conhecemos os conceitos de oportunidades, ameaças, pontos fortes e pontos fracos, podemos conhecer a análise SWOT. Trata-se de importante ferramenta de análise de ambiente utilizada no planejamento estratégico. SWOT são as iniciais de quatro palavras: Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). A análise se dá em dois níveis: ambiente externo e ambiente interno. Ambiente externo: oportunidades e ameaças. Ambiente interno: forças e fraquezas. Estes níveis podem ser entendidos assim17 : Ambiente interno Ambiente externo + Forças Oportunidades + Pontos fortes – as características positivas internas que uma organização pode explorar para atingir as suas metas. Referem-se às habilidades, capacidades e competências básicas da organização que atuam em conjunto para ajudá-la a alcançar suas metas e objetivos. Ex.: equipe altamente capacitada, tecnologia avançada, adaptabilidade às mudanças. Características do ambiente externo, não controláveis pela organização, com potencial para ajudá-la a crescer e atingir ou exceder as metas planejadas. Ex.: novos clientes, disponibilidade de novos canais de divulgação/distribuição, ampliação do escopo de atuação. - Fraquezas Ameaças - 15 Oliveira, p.83 16 Oliveira, p.83 17 Tabela extraída de BTCU 17/2003, p. 19.
  • 21. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 21 Pontos fracos – as características negativas internas que podem inibir ou restringir o desempenho da organização. Referem-se à ausência de capacidades e/ou habilidades críticas. São, portanto, deficiências e características que devem ser superadas ou contornadas para que a organização possa alcançar o nível de desempenho desejado. Ex.: sistemas de informação obsoletos, baixa capacidade inovadora. Características do ambiente externo, não controláveis pela organização, que podem impedi-la de atingir as metas planejadas e comprometer o crescimento organizacional. Ex.: surgimento de produtos equivalentes, restrições orçamentárias, novos concorrentes no mercado, dispersão geográfica da clientela. As variáveis do ambiente interno (forças e fraquezas, ou pontos fortes e pontos fracos) são ditas controláveis, pois estão sob a governabilidade da organização. As variáveis do ambiente externo (oportunidades e ameaças) não são controláveis, pois são características do ambiente externo. Outros dois conceitos que são importantes para compreendermos o ambiente são o de estabilidade e complexidade. Estabilidade “se refere a até que ponto os elementos do ambiente são dinâmicos. Um ambiente é considerado estável se permanecer relativamente o mesmo durante um certo período de tempo (por exemplo, serviços públicos). Ambientes instáveis, por outro lado, são aqueles que passam por mudanças abruptas, que são rápidas e muitas vezes inesperadas (por exemplo, alta tecnologia)”18 . Entenderam o conceito de estabilidade, pessoal? O ambiente pode ser estável se sua configuração é duradoura, e pode ser instável se muda muito rapidamente. Os autores de onde tirei a citação, apesar de não serem brasileiros, deram como exemplo de ambiente estável o serviço público. Fatores ambientais como a legislação, as demandas dos cidadãos e a relação com o mercado, historicamente, tenderam a ser duradouros, razão pela qual o ambiente das organizações públicas é estável se o compararmos, digamos, com uma empresa que produz chips de computador. 18 Bowditch e Bueno, p. 147.
  • 22. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 22 O conceito de complexidade, por sua vez, refere-se à quantidade de elementos relevantes para a organização no ambiente externo. Quanto mais elementos, mais complexo será o ambiente. Por exemplo, uma padaria de uma cidade do interior está em um ambiente simples, não complexo. Ela tem poucos concorrentes, tem clientes fixos, tem poucas opções de fornecedores, tem mercado restrito. Uma empresa grande localizada na capital, por outro lado, está em um ambiente complexo, já que ela é afetada pelos concorrentes, acionistas, diferentes nichos de mercados, mudanças nas necessidades dos clientes, mudanças na legislação etc. 4. Modelos de planejamento estratégico Alguns autores desenvolveram modelos específicos de planejamento estratégico que se tornaram famosos e, o que importa pra nós, podem ser cobrados em concursos. Na aula de hoje, estudaremos o Modelo de Ansoff, o modelo das estratégias de Porter, e o Planejamento Estratégico Situacional. O único modelo que falta para fecharmos o estudo do Planejamento Estratégico é o BSC, tema que estudaremos na aula 1 do presente curso. 4.1. Modelo de Ansoff Igor Ansoff (1918-2002) inovou o campo da estratégia em 1965, ao publicar o livro “Corporate Strategy: An Analytic Approach do Business Policy for Growth na Expansion”. Nesta obra, Ansoff apresentou um modelo que passou a ser conhecido como modelo ou matriz de Ansoff. A figura19 abaixo representa esta matriz: 19 Figura extraída da Wikipédia.
  • 23. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 23 Temos dois componentes principais no modelo: Mercados e Produtos. Cada um deles pode ser classificado quando a existentes e novos, gerando quatro estratégias empresariais possíveis: Penetração no mercado: Esta estratégia consiste em explorar produtos tradicionais em um mercado tradicional. Desenvolvimento de mercado: “É a estratégia de explorar um mercado novo com produtos tradicionais. Por exemplo: uma operadora de cartões de crédito que lança o produto para um público específico, como os torcedores de um time”20 . Desenvolvimento de produto: consiste em oferecer produtos novos a mercados tradicionais. Diversificação: É uma estratégia mais arrojada, que consiste em explorar novos produtos em novos mercados. Por exemplo, uma empresa de produção de alimentos que lança um refrigerante está adotando uma estratégia de diversificação. Em 2005, a Esaf fez uma afirmativa a respeito do modelo de Ansoff: 20 Maximiano, TGA, p. 343.
  • 24. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 24 Questão 7 (Esaf / STN 2005) O estudo de alternativas para definir os objetivos futuros da organização pode valer-se da matriz de mercados e produtos de Ansoff. Afirmativa correta. A matriz de Ansoff, que trabalha com uma matriz de mercados e produtos, pode ser útil no planejamento estratégico e na definição de objetivos futuros da organização. 4.2. Estratégias de Porter Michael Porter classifica as estratégias em três grandes grupos: Diferenciação: Consiste em “procurar projetar uma forte identidade própria para o serviço ou produto, que o torne nitidamente distinto dos produtos e serviços concorrentes. Isso significa enfatizar uma ou mais vantagens competitivas, como qualidade, serviço, prestígio para o consumidor, estilo do produto ou aspecto das instalações. Por exemplo: 1) A McDonald´s enfatiza a qualidade uniforme de seus produtos, rapidez do atendimento, limpeza e higiene das instalações e da preparação das refeições. 2) A Montblanc enfatiza a exclusividade e o prestígio de seus clientes. 3) A Bic enfatiza a praticidade”21 . Liderança de custo: consiste em oferecer produtos ou serviços mais baratos do que os concorrentes. Estratégias de foco, concentração ou nicho: Consiste em escolher um segmento do mercado e concentrar-se nele. Por exemplo, produtores de alimentos orgânicos oferecem um alimento mais caro, mas concentrado em um nicho específico de clientes. 4.3. Planejamento Estratégico Situacional (PES) O PES foi sintetizado pelo economista chileno Carlos Matus, para pensar a arte de governar. Este método “pressupõe constante adaptação do planejamento a cada situação concreta onde é aplicado”22 . Além disso, o PES leva em consideração, em suas formulações teóricas, as interferências dos campos político, econômico e social nos planos de governo. 21 Maximiano, TGA, p. 344. 22 Huertas, Franco. O Método PES: entrevista com Matus. São Paulo, Fundap, 1996, p. 14.
  • 25. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 25 O PES é uma rejeição ao determinismo das técnicas de planejamento tradicionais baseadas em projeções economicistas e deterministas (que não levam em conta a maleabilidade do sistema social). O método PES foi introduzido no Brasil na década de 80 . Definição de planejamento segundo Matus : “Planejar significa pensar antes de agir, pensar sistematicamente, com método; explicar cada uma das possibilidades e analisar suas respectivas vantagens e desvantagens; propor- se objetivos”23 . Outro ponto importante deste conteúdo são os momentos do PES: • Momento explicativo: compreende-se a realidade, identificando-se os problemas que os atores sociais declaram. Abandona o conceito de setor, utilizado no planejamento tradicional, e passa a trabalhar com o conceito de problemas. “Na explicação da realidade temos que admitir e processar informação relativa a outras explicações de outros atores sobre os mesmos problemas, isto é, a abordagem deve ser sempre situacional, posicionada no contexto”24 . • Momento normativo: como se formula o plano. Produzir as respostas de ação em um contexto de incerteza. Definir a situação ideal. “O central neste modelo de planejamento é discutir a eficácia de cada ação e qual a situação objetivo que sua realização objetiva, cada projeto e isso só pode ser feito relacionando os resultados desejados com os recursos necessários e os produtos de cada ação” ( Jackson de Toni, p. 6). • Momento estratégico: examinar a viabilidade política do plano e do processo de construção de viabilidade política das operações não viáveis na situação inicial. Adequa o “deve ser” ao “pode ser”. Busca desenhar as melhores estratégias para viabilizar a máxima eficácia do plano. • Momento tático-operacional: o momento do fazer. “Neste momento é importante debater o sistema de gestão da organização e até que 23 Idem, p. 13. 24 De Toni, Jackson. O que é Planejamento estratégico?. Revista Espaço Acadêmico, no. 32, 2004. WWW.espacoacademico.com.br/032/32ctoni.htm
  • 26. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 26 ponto ele está pronto para sustentar o plano e executar as estratégias propostas” (Jackson de Toni, p.6). Os principais pressupostos teóricos do método PES são resumidos em quatro perguntas, segundo Matus, que apontam as diferenças entre o PES e os demais métodos de planejamento estratégico: 1) como explicar a realidade? 2) como conceber um plano? 3) como tornar viável o plano necessário? 4) como agir a cada dia de forma planejada? 5. Lista de questões Espero que tenham gostado da aula demonstrativa, e agora passaremos à parte mais importante: os exercícios. Resolver exercícios é o melhor método para verificar o entendimento dos conceitos. Confira seu percentual de acerto e veja os pontos do conteúdo que precisam de reforço nos estudos. Além disso, em caso de dúvidas ou pontos que não ficaram claros, utilizem o fórum disponível no site do Ponto dos Concursos! Este fórum é a única forma de interação direta que vocês têm comigo, então aproveitem este recurso. Questão 1 (Esaf / Fiscal-RJ 2010) Nas organizações públicas, a aplicação dos preceitos de gestão estratégica implica saber que: a) o plano operacional deve ser concebido antes do plano estratégico. b) a duração do plano estratégico deve se limitar ao tempo de mandato do chefe do poder executivo. c) tal como ocorre na iniciativa privada, missão e visão devem ser estabelecidas. d) por exercerem mandatos, os integrantes da alta cúpula não podem participar da tomada de decisões estratégicas. e) o orçamento é a peça menos importante dentro do processo de planejamento. Questão 2 (Esaf / AFT-MTE 2010) Nos casos em que um gestor público, visando ao planejamento estratégico de sua organização, necessite realizar uma análise de cenário com base nas forças e fraquezas oriundas do ambiente
  • 27. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 27 interno, bem como nas oportunidades e ameaças oriundas do ambiente externo, é aconselhável que o faça valendo-se da seguinte ferramenta: a) Balanced Scorecard. b) Reengenharia. c) Análise SWOT. d) Pesquisa Operacional. e) ISO 9000. Questão 3 (Esaf / Susep 2010) Segundo Ansoff, no planejamento estratégico a) espera-se necessariamente que o futuro represente um progresso em relação ao passado. b) o passado não deve ser considerado. c) o futuro representa uma tendência histórica. d) não se espera necessariamente que o futuro represente um progresso em relação ao passado. e) o futuro não é extrapolável a partir do passado. Questão 4 (Esaf / Susep 2010) Um planejamento é estratégico quando se dá ênfase ao aspecto: a) de longo prazo dos objetivos e à análise global do cenário. b) de prazo emergencial dos objetivos e à análise global do cenário. c) de longo prazo dos objetivos e à análise da situação passada. d) de médio prazo dos objetivos e à análise da situação atual. e) de urgência dos objetivos e à análise da situação futura. Questão 5 (Esaf / STN 2005) Planejamento é um processo de: I. definir resultados a serem alcançados. II. distribuir os recursos disponíveis. III. pensar o futuro. IV. assegurar a realização dos objetivos.
  • 28. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 28 V. realizar atividades. Escolha a opção que indica corretamente o entendimento de planejamento. a) III e V b) II c) I e IV d) I e) V Questão 6 (Esaf/Enap/2006) Escolha a opção que completa corretamente a lacuna da frase a seguir: “ ................ refere-se à maneira pela qual uma organização pretende aplicar uma determinada estratégia, geralmente global e de longo prazo, criando um consenso em torno de uma determinada visão de futuro.” a) Flexibilização Organizacional b) Programa de Qualidade Total c) Benchmarking d) Planejamento Estratégico e) Aprendizagem Organizacional Questão 7 (Esaf/EPPGG/2005) As frases a seguir referem-se ao processo de planejamento estratégico. Classifique as opções em Verdadeiras (V) ou Falsas (F). ( ) O planejamento estratégico é capaz de estabelecer a direção a ser seguida pela organização com objetivos de curto, médio e longo prazo e com maneiras e ações para alcançá-los que afetam o ambiente como um todo. ( ) O planejamento estratégico, de forma isolada, é insuficiente, sendo necessário o desenvolvimento e a implantação dos planejamentos táticos e operacionais de forma integrada. ( ) O planejamento estratégico é o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes políticas, os quais proporcionam uma conjuntura que viabiliza a
  • 29. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 29 avaliação das implicações presentes de decisões a serem tomadas em função do ambiente. ( ) O planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais altos da organização e diz respeito tanto à formulação de objetivos, quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução. ( ) O planejamento estratégico é uma ferramenta que tem como fases básicas para sua elaboração e implementação o diagnóstico estratégico, a definição da missão, a elaboração de instrumentos prescritivos e quantitativos, além do controle e da avaliação. Indique a opção correta. a) F, V, F, V, V b) F, F, V, F, V c) V, V, F, F, V d) V, F, F, V, V e) V, V, F, V, F Questão 8 (Esaf / Aneel 2006) Escolha a opção que não apresenta corretamente uma razão para as organizações investirem em planejamento. a) Interferir no curso dos acontecimentos. b) Enfrentar eventos futuros previsíveis. c) Coordenar eventos e recursos entre si. d) Analisar séries temporais. e) Criar o futuro. Questão 9 (Esaf / Aneel 2006) Indique a opção que apresenta corretamente as idéias associadas à estratégia. a) Definição de clientes, visão de produto, horizonte temporal de longo prazo, estrutura dinâmica em função da estratégia. b) Definição de objetivos, visão do produto, horizonte temporal de curto prazo, comando e liderança efetivos.
  • 30. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 30 c) Definição de clientes, visão de escopo, horizonte temporal de longo prazo, estabilidade estrutural. d) Definição de objetivos, visão de mercado, estabilidade estrutural, moral do grupo. e) Definição de objetivos, visão de escopo, horizonte temporal de longo prazo, flexibilidade estrutural em função da estratégia. Questão 10 (Esaf / Aneel 2006) Na coluna A, identificam-se algumas etapas do processo de planejamento estratégico e na coluna B, exemplificam-se fatores a serem considerados em cada etapa. Relacione a coluna A com a coluna B e assinale a opção que indica a relação correta. a) AI – BII; AII – BIII; AIII – BI b) AI – BII; AII – BI; AIII – BIII c) AI – BI; AII – BIII; AIII – BII d) AI – BIII; AII – BII; AIII – BI e) AI – BIII; AII – BI; AIII – BII Questão 11 (Esaf / CGU 2006) Escolha a opção que define corretamente o significado de Estratégias no contexto de um plano estratégico.
  • 31. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 31 a) As estratégias estabelecem metas a serem cumpridas para atingir os objetivos organizacionais. Estas devem ser escolhidas tendo clareza da análise do meio ambiente. b) As estratégias delineiam as maneiras da organização alcançar seus objetivos. Estas devem ser escolhidas tendo clareza do negócio ou missão organizacional. c) As estratégias definem o grau de diferenciação dos produtos ou serviços da organização. São escolhidas a partir da missão da organização. d) As estratégias apontam os pontos fortes e fracos da organização a partir da análise da concorrência, do mercado e das ações governamentais. e) As estratégias delineiam a participação desejada no mercado a partir da análise de oportunidades e ameaças advindas do ambiente interno da organização. Questão 12 (Esaf / Susep 2010) Segundo Matias-Pereira, o alcance de resultados positivos na implementação de planejamento estratégico, principalmente na administração pública, depende das condições e formas para a sua concretização. Destacam-se as abaixo listadas, com exceção de: a) forma de envolvimento exclusivamente da alta direção, em especial do processo de sensibilização. b) demonstração de vontade política para a implementação. c) a existência de mecanismos que monitoram tanto o plano quanto os elementos contextuais que lhe deram origem. d) capacidade de percepção das condições que sustentam e condicionam a viabilidade das ações planejadas. e) nível de consciência das potencialidades e debilidades que o grupo que planeja possui. Questão 13 (Esaf / EPPGG-MPOG 2009) Ultrapassada a fase do planejamento estratégico, impõe-se a execução dos planos, oportunidade em que caberão, ao coordenador, as seguintes incumbências, exceto: a) planejar o desenvolvimento das atividades estruturantes.
  • 32. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 32 b) promover a compatibilização entre as diversas tarefas. c) controlar e adequar prazos. d) rever e alterar a fundamentação da estratégia adotada. e) prever e prover soluções. Questão 14 (Esaf / CGU 2004) O processo de planejamento é uma aplicação do processo decisório e constitui uma ferramenta utilizada pela organização e pelas pessoas para administrar sua relação com o futuro. Identifique a opção que expressa corretamente uma atitude proativa da organização. a) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de planejamento lhe permite elevar o grau de controle sobre o futuro dos sistemas internos e das relações com o ambiente. Isso significa que ela necessita interferir no curso dos acontecimentos, criar o futuro, enfrentar eventos futuros conhecidos ou previsíveis, bem como coordenar recursos entre si. b) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de planejamento lhe permite estabelecer e analisar séries históricas, realizar estudo de relações causais. Isso significa que ela necessita interferir nas forças internas e externas, criar o futuro, explicitar objetivos principais e específicos, bem como estabelecer meios de controle de eventos e recursos. c) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de planejamento lhe permite definir objetivos, meios de execução, políticas, procedimentos e meios de controle. Isso significa que ela necessita interferir no curso dos acontecimentos, criar o futuro, enfrentar eventos futuros conhecidos ou previsíveis, bem como coordenar recursos entre si. d) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de planejamento lhe permite elevar o grau de controle sobre o futuro dos sistemas internos e das relações com o ambiente. Isso significa que ela necessita interferir nas forças internas e externas, criar o futuro, explicitar objetivos principais e específicos, bem como estabelecer meios de controle de eventos e recursos.
  • 33. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 33 e) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de planejamento lhe permite estabelecer e analisar séries históricas, realizar estudo de relações causais. Isso significa que ela necessita interferir no mercado de clientes e fornecedores, estabelecer planos estratégicos e operacionais de longo prazo, bem como investir em processos informatizados. Questão 15 (Esaf – Bacen 2002) Sobre o planejamento estratégico: ( ) Os objetivos são considerados operacionais, táticos e estratégicos quando se relacionam com o plano institucional, com a gerência média e com resultados específicos, respectivamente. ( ) As políticas refletem um objetivo e têm a função de aumentar as chances de acerto quando a situação requer julgamento. Podem ser explícitas – quando escritas ou orais e fornecem informações para a tomada de decisões – ou implícitas – quando subentendidas e consideradas de conhecimento geral. ( ) No planejamento estratégico, a análise ambiental tem o propósito de identificar os modos pelos quais as mudanças no ambiente externo podem influenciar a organização direta ou indiretamente identificando seus pontos fortes e fracos. ( ) A análise organizacional é um exame das condições internas das organizações e auxilia na identificação de seus pontos fortes e fracos. a) E-C-C-E b) E-C-E-C c) C-C-E-E d) C-E-C-E e) C-E-E-C 6. Questões comentadas Questão 1 (Esaf / Fiscal-RJ 2010) Nas organizações públicas, a aplicação dos preceitos de gestão estratégica implica saber que: a) o plano operacional deve ser concebido antes do plano estratégico.
  • 34. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 34 b) a duração do plano estratégico deve se limitar ao tempo de mandato do chefe do poder executivo. c) tal como ocorre na iniciativa privada, missão e visão devem ser estabelecidas. d) por exercerem mandatos, os integrantes da alta cúpula não podem participar da tomada de decisões estratégicas. e) o orçamento é a peça menos importante dentro do processo de planejamento. 1. Gabarito: C. A alternativa A é errada porque o plano estratégico deve ser concebido primeiro, depois o plano tático é desdobrado dele e finalmente o plano operacional. A alternativa B é errada porque o plano estratégico não tem vinculação com mandatos dos chefes da organização. A alternativa D é errada, pois justamente são os integrantes da alta cúpula que tomam as decisões estratégicas. Finalmente, a alternativa E é errada porque subestima o papel do orçamento. Questão 2 (Esaf / AFT-MTE 2010) Nos casos em que um gestor público, visando ao planejamento estratégico de sua organização, necessite realizar uma análise de cenário com base nas forças e fraquezas oriundas do ambiente interno, bem como nas oportunidades e ameaças oriundas do ambiente externo, é aconselhável que o faça valendo-se da seguinte ferramenta: a) Balanced Scorecard. b) Reengenharia. c) Análise SWOT. d) Pesquisa Operacional. e) ISO 9000. 2. Gabarito: C. Conforme estudamos hoje, a ferramenta utilizada no planejamento estratégico para fazer análise de ambiente é a SWOT, que tem como iniciais as premissas citadas pelo item – Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). Questão 3 (Esaf / Susep 2010) Segundo Ansoff, no planejamento estratégico
  • 35. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 35 a) espera-se necessariamente que o futuro represente um progresso em relação ao passado. b) o passado não deve ser considerado. c) o futuro representa uma tendência histórica. d) não se espera necessariamente que o futuro represente um progresso em relação ao passado. e) o futuro não é extrapolável a partir do passado. 3. Gabarito: D. Questão complicada. O gabarito é a D, pois o futuro não necessariamente representa um progresso. A empresa espera crescimento e progresso, mas há ameaças, irregularidades, então para haver progresso é necessário planejamento e ação. Esta questão foi copiada pela Esaf do texto abaixo. Recomendo como leitura extra o texto abaixo, das páginas 36 a 41. Infelizmente, pelo texto percebemos que a questão 3 também poderia ter o gabarito E como correto. Mas nesse caso a Esaf não aceitou recurso. http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/0f5e363a16336c5e03256c67 006799da/6677db088a4dc6f18325747800709875/$FILE/monografia%20parte %204%20pdf4.pdf Questão 4 (Esaf / Susep 2010) Um planejamento é estratégico quando se dá ênfase ao aspecto: a) de longo prazo dos objetivos e à análise global do cenário. b) de prazo emergencial dos objetivos e à análise global do cenário. c) de longo prazo dos objetivos e à análise da situação passada. d) de médio prazo dos objetivos e à análise da situação atual. e) de urgência dos objetivos e à análise da situação futura. 4. Gabarito: A. O planejamento estratégico é de longo prazo, então podemos descartar as opções B, D e E. O planejamento estratégico não tem como ênfase a análise da situação passada, então poderíamos descartar a opção C. Questão 5 (Esaf / STN 2005) Planejamento é um processo de:
  • 36. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 36 I. definir resultados a serem alcançados. II. distribuir os recursos disponíveis. III. pensar o futuro. IV. assegurar a realização dos objetivos. V. realizar atividades. Escolha a opção que indica corretamente o entendimento de planejamento. a) III e V b) II c) I e IV d) I e) V 5. Gabarito: D. Planejamento é um processo de definir as metas da organização, ou seja, os resultados, o estado futuro a ser alcançado. Questão 6 (Esaf/Enap/2006) Escolha a opção que completa corretamente a lacuna da frase a seguir: “ ................ refere-se à maneira pela qual uma organização pretende aplicar uma determinada estratégia, geralmente global e de longo prazo, criando um consenso em torno de uma determinada visão de futuro.” a) Flexibilização Organizacional b) Programa de Qualidade Total c) Benchmarking d) Planejamento Estratégico e) Aprendizagem Organizacional 6. Gabarito: D. Os itens desta questão fazem referência aos seguintes pontos: Flexibilização organizacional (a) é a capacidade de a organização mudar seu funcionamento para responder a transformações do contexto.
  • 37. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 37 Programa de Qualidade Total (b) são programas de adequação do uso de determinados produtos à necessidade dos clientes. Benchmarking (c): Análise da organização a partir da comparação de seu desempenho com organizações de referência. Aprendizagem organizacional (e) é um processo de mudança organizacional planejado, decorrente da sistematização de experiências anteriores Planejamento estratégico (d) é a implementação de uma estratégia. Abrange toda a organização (é global), é de longo prazo e é voltado para o alcance da visão de futuro. Questão 7 (Esaf/EPPGG/2005) As frases a seguir referem-se ao processo de planejamento estratégico. Classifique as opções em Verdadeiras (V) ou Falsas (F). ( ) O planejamento estratégico é capaz de estabelecer a direção a ser seguida pela organização com objetivos de curto, médio e longo prazo e com maneiras e ações para alcançá-los que afetam o ambiente como um todo. ( ) O planejamento estratégico, de forma isolada, é insuficiente, sendo necessário o desenvolvimento e a implantação dos planejamentos táticos e operacionais de forma integrada. ( ) O planejamento estratégico é o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes políticas, os quais proporcionam uma conjuntura que viabiliza a avaliação das implicações presentes de decisões a serem tomadas em função do ambiente. ( ) O planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais altos da organização e diz respeito tanto à formulação de objetivos, quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução. ( ) O planejamento estratégico é uma ferramenta que tem como fases básicas para sua elaboração e implementação o diagnóstico estratégico, a definição da missão, a elaboração de instrumentos prescritivos e quantitativos, além do controle e da avaliação. Indique a opção correta.
  • 38. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 38 a) F, V, F, V, V b) F, F, V, F, V c) V, V, F, F, V d) V, F, F, V, V e) V, V, F, V, F 7. Gabarito: A. Vamos ver as alternativas: (F). O planejamento estratégico se ocupa de meios para alcançar objetivos de longo prazo. Objetivos com horizonte temporal menor (médio e curto prazo) são alcançados via planejamento tático e operacional. Além disso, nem todas as ações irão afetar o ambiente, e não é correto afirmar que o ambiente como um todo será alterado. (V) Item certo. Os planejamentos tático e operacional são fundamentais para desdobrar o planejamento estratégico em elementos concretos e implementáveis. (F) Outra definição confusa e errada. (V) Item certo. O planejamento estratégico deve ser coordenado pela alta gerência, que tem a responsabilidade de aprová-lo. Tal planejamento abrange tanto os objetivos como os meios necessários para alcançá-los. (V) O item é certo e elenca as fases do planejamento estratégico apresentadas por Djalma de Oliveira. Questão 8 (Esaf / Aneel 2006) Escolha a opção que não apresenta corretamente uma razão para as organizações investirem em planejamento. a) Interferir no curso dos acontecimentos. b) Enfrentar eventos futuros previsíveis. c) Coordenar eventos e recursos entre si. d) Analisar séries temporais. e) Criar o futuro.
  • 39. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 39 8. Gabarito: D. Criar o futuro, interferir no curso dos acontecimentos, coordenar eventos e recursos entre si e enfrentar futuros previsíveis são exemplos de razões para as organizações investirem em planejamento. Questão 9 (Esaf / Aneel 2006) Indique a opção que apresenta corretamente as idéias associadas à estratégia. a) Definição de clientes, visão de produto, horizonte temporal de longo prazo, estrutura dinâmica em função da estratégia. b) Definição de objetivos, visão do produto, horizonte temporal de curto prazo, comando e liderança efetivos. c) Definição de clientes, visão de escopo, horizonte temporal de longo prazo, estabilidade estrutural. d) Definição de objetivos, visão de mercado, estabilidade estrutural, moral do grupo. e) Definição de objetivos, visão de escopo, horizonte temporal de longo prazo, flexibilidade estrutural em função da estratégia. 9. Gabarito: E. São algumas idéias associadas à estratégia que vimos em aula. Questão 10 (Esaf / Aneel 2006) Na coluna A, identificam-se algumas etapas do processo de planejamento estratégico e na coluna B, exemplificam-se fatores a serem considerados em cada etapa.
  • 40. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 40 Relacione a coluna A com a coluna B e assinale a opção que indica a relação correta. a) AI – BII; AII – BIII; AIII – BI b) AI – BII; AII – BI; AIII – BIII c) AI – BI; AII – BIII; AIII – BII d) AI – BIII; AII – BII; AIII – BI e) AI – BIII; AII – BI; AIII – BII 10. Gabarito: A. Esta é a classificação do Maximiano. Vamos ver as opções: A análise da situação estratégica atual (AI) busca compreender a situação atual da empresa. Esta situação inclui a identificação da missão e visão, situação dos clientes, vantagens competitivas e desempenho atual da organização (BII) A análise do ambiente (AII), na classificação do Maximiano, envolve apenas elementos externos à organização, tais como concorrência, estabilidade econômica, legislação do país etc (BIII). A análise interna (AIII) foca aspectos como política de recursos humanos, análise de eficiência, preço das compras etc (BI) Questão 11 (Esaf / CGU 2006) Escolha a opção que define corretamente o significado de Estratégias no contexto de um plano estratégico.
  • 41. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 41 a) As estratégias estabelecem metas a serem cumpridas para atingir os objetivos organizacionais. Estas devem ser escolhidas tendo clareza da análise do meio ambiente. b) As estratégias delineiam as maneiras da organização alcançar seus objetivos. Estas devem ser escolhidas tendo clareza do negócio ou missão organizacional. c) As estratégias definem o grau de diferenciação dos produtos ou serviços da organização. São escolhidas a partir da missão da organização. d) As estratégias apontam os pontos fortes e fracos da organização a partir da análise da concorrência, do mercado e das ações governamentais. e) As estratégias delineiam a participação desejada no mercado a partir da análise de oportunidades e ameaças advindas do ambiente interno da organização. 11. Gabarito: B. No contexto do planejamento estratégico, a estratégia delineia como os objetivos serão alcançados. Questão 12 (Esaf / Susep 2010) Segundo Matias-Pereira, o alcance de resultados positivos na implementação de planejamento estratégico, principalmente na administração pública, depende das condições e formas para a sua concretização. Destacam-se as abaixo listadas, com exceção de: a) forma de envolvimento exclusivamente da alta direção, em especial do processo de sensibilização. b) demonstração de vontade política para a implementação. c) a existência de mecanismos que monitoram tanto o plano quanto os elementos contextuais que lhe deram origem. d) capacidade de percepção das condições que sustentam e condicionam a viabilidade das ações planejadas. e) nível de consciência das potencialidades e debilidades que o grupo que planeja possui. 12. Gabarito: A. A alternativa A é claramente errada porque o envolvimento deve ser de toda a organização, quando possível. O processo de sensibilização,
  • 42. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 42 citado neste item, trata do fato de que se deve mostrar a toda a organização a importância do comprometimento com o planejamento estratégico. Questão 13 (Esaf / EPPGG-MPOG 2009) Ultrapassada a fase do planejamento estratégico, impõe-se a execução dos planos, oportunidade em que caberão, ao coordenador, as seguintes incumbências, exceto: a) planejar o desenvolvimento das atividades estruturantes. b) promover a compatibilização entre as diversas tarefas. c) controlar e adequar prazos. d) rever e alterar a fundamentação da estratégia adotada. e) prever e prover soluções. 13. Gabarito: D. Não cabe ao coordenador rever e alterar a fundamentação da estratégia. Essa fundamentação é elaborada pela alta cúpula durante o planejamento estratégico, e na etapa de execução dos planos ela deve ser cumprida. Questão 14 (Esaf / CGU 2004) O processo de planejamento é uma aplicação do processo decisório e constitui uma ferramenta utilizada pela organização e pelas pessoas para administrar sua relação com o futuro. Identifique a opção que expressa corretamente uma atitude proativa da organização. a) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de planejamento lhe permite elevar o grau de controle sobre o futuro dos sistemas internos e das relações com o ambiente. Isso significa que ela necessita interferir no curso dos acontecimentos, criar o futuro, enfrentar eventos futuros conhecidos ou previsíveis, bem como coordenar recursos entre si. b) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de planejamento lhe permite estabelecer e analisar séries históricas, realizar estudo de relações causais. Isso significa que ela necessita interferir nas forças internas e externas, criar o futuro, explicitar objetivos principais e específicos, bem como estabelecer meios de controle de eventos e recursos.
  • 43. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 43 c) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de planejamento lhe permite definir objetivos, meios de execução, políticas, procedimentos e meios de controle. Isso significa que ela necessita interferir no curso dos acontecimentos, criar o futuro, enfrentar eventos futuros conhecidos ou previsíveis, bem como coordenar recursos entre si. d) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de planejamento lhe permite elevar o grau de controle sobre o futuro dos sistemas internos e das relações com o ambiente. Isso significa que ela necessita interferir nas forças internas e externas, criar o futuro, explicitar objetivos principais e específicos, bem como estabelecer meios de controle de eventos e recursos. e) Numa organização que tem uma atitude proativa, o processo de planejamento lhe permite estabelecer e analisar séries históricas, realizar estudo de relações causais. Isso significa que ela necessita interferir no mercado de clientes e fornecedores, estabelecer planos estratégicos e operacionais de longo prazo, bem como investir em processos informatizados. 14. Gabarito: A. Pessoal, planejar é moldar o futuro! Esta idéia que relaciona planejamento à criação do futuro é recorrente em provas da Esaf. Nesse caso, nossa banca favorita cobrou o conhecimento de proatividade, aplicado ao processo de planejamento. Proatividade significa antever-se a desafios, tomar medidas preventivas antes que eles aconteçam. O conceito é usado na realidade organizacional, inclusive para classificar servidores. O servidor proativo seria aquele que busca trabalho, antevê acontecimentos futuros, resolve problemas antes que seu chefe o peça etc, enquanto o servidor reativo é aquele que apenas espera demandas chegarem para agir. O Instrumento para Avaliação da Gestão Pública do Prêmio Nacional da Gestão Pública, vinculado ao Gespública, define o conceito de proatividade como a “capacidade de antecipar-se aos fatos com ações preventivas e de promover a inovação e o aperfeiçoamento de processos, serviços e produtos”. A alternativa que melhor expressa o conceito de proatividade é a letra “a”: proatividade significa elevar o grau de controle sobre o futuro, coordenando recursos para se preparar para eventos que ainda não ocorreram.
  • 44. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 44 Questão 15 (Esaf – Bacen 2002) Sobre o planejamento estratégico: ( ) Os objetivos são considerados operacionais, táticos e estratégicos quando se relacionam com o plano institucional, com a gerência média e com resultados específicos, respectivamente. ( ) As políticas refletem um objetivo e têm a função de aumentar as chances de acerto quando a situação requer julgamento. Podem ser explícitas – quando escritas ou orais e fornecem informações para a tomada de decisões – ou implícitas – quando subentendidas e consideradas de conhecimento geral. ( ) No planejamento estratégico, a análise ambiental tem o propósito de identificar os modos pelos quais as mudanças no ambiente externo podem influenciar a organização direta ou indiretamente identificando seus pontos fortes e fracos. ( ) A análise organizacional é um exame das condições internas das organizações e auxilia na identificação de seus pontos fortes e fracos. a) E-C-C-E b) E-C-E-C c) C-C-E-E d) C-E-C-E e) C-E-E-C 15. Gabarito: B. Vamos analisar cada opção? A primeira relaciona os níveis dos objetivos (estratégico, tático, operacional) com a abrangência do plano instrucional, gerência média e resultados específicos. A alternativa é errada pela inversão da ordem. A associação correta seria: objetivos estratégicos -> plano institucional; táticos - > gerência média; operacional -> resultados específicos. A segunda afirmativa é correta: traz o conceito de “políticas”, que norteiam ações para o alcance de objetivos. Elas podem ser explícitas ou implícitas. A terceira alternativa também é errada. A identificação de pontos fortes e fracos não faz parte da análise de ambiente externo.
  • 45. ADMINISTRAÇÃO GERAL – CURSO PREPARATÓRIO PARA Receita Federal 2012 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 45 Finalmente, a quarta alternativa é correta. Análise organizacional é um método para conhecermos as condições internas da organização, de forma a identificar pontos fortes e fracos. 7. Gabarito 1. C; 2. C; 3. D; 4. A; 5. D; 6. D; 7. A; 8. D; 9. E; 10. A; 11. B; 12. A; 13. D; 14. A; 15. B.