1. Tema: Uma Chamada no tempo certo
No Deserto tem Serpentes, Escorpiões e Sarça Ardente
“Apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Midiã; e,
levando o rebanho para o lado ocidental do deserto, chegou ao monte de Deus,
a Horebe. Apareceu-lhe o Anjo do SENHOR numa chama de fogo, no meio de
uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se
consumia.” (Êx 3.1-2 ARA)
Livro: Êxodo (significa saída/partida)
Autor: Moisés
Data Aproximada: 1.400 a.C.
Considerações Preliminares
Moisés era filho de Anrão (da Tribo de Levi) e Joquebede, irmão de Arão e
Miriã. Ele nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que
todos os bebês hebreus do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus
pais o esconderam no meio da vegetação, na margem do Rio Nilo, dentro de
um cesto de junco. A descoberta daquela criança, pela princesa, filha de Faraó
foi providencial e ela salvou a vida do menino. Moisés foi educado na corte
egípcia como um promissor jovem nobre. Com 40 anos, vendo um egípcio
espancando um hebreu, o matou. Moisés foge e permanece na terra de Midiã
por 40 anos, até que o Anjo do SENHOR lhe aparece por meio de uma sarça,
uma manifestação visível de Deus, e então Deus chama-lhe para ser o
libertador do povo hebreu das mãos tiranas de Faraó e conduzi-los à terra
prometida (Êx 3).
Introdução
Na verdade, a ênfase deste sermão não está em Moisés, o representante da
Lei, mas sim no deserto, serpentes, escorpiões e sarça ardente.
Desenvolvimento
Deserto, serpentes e escorpiões, trazendo para os nossos dias, representam
as dificuldades da vida, provações, aflições. Tipificam os embates diários
travados exteriormente e até mesmo em nosso interior, porque muitas vezes
nos sentimos como terra seca, árida. Nossa alma anseia por água, refrigério,
chuva das bênçãos de Deus.
Mas se no deserto encontramos serpentes e escorpiões, também encontramos
a sarça ardente. Esse arbusto denominado sarça era comum na região da
península do Sinai, ainda mais pegando fogo, devido ao calor do clima
desértico. Mas a sarça ardente que Moisés contemplou pegava fogo mas não
se consumia. E esse fogo revelou o Anjo do SENHOR.
Algumas lições valiosas são aprendidas no deserto:
• No deserto, Deus trata as suas ovelhas. O texto de Êxodo 3 diz que Moisés
levou o rebanho para o lado ocidental do deserto. Nesse contexto, pela
revelação, podemos entender que Moisés representa o Bom Pastor, Jesus
2. Cristo. O rebanho representa os cristãos. Jesus leva o rebanho ao deserto para
tratá-lo. Se você está no deserto não é para morrer no deserto, mas para ser
tratado por Deus.
• No deserto ficamos sensíveis à voz de Deus e até mesmo algo corriqueiro se
transforma num canal poderoso de comunicação entre Deus e o homem.
• No deserto, Deus nos restaura;
• No deserto, Deus nos ensina a depender do provedor e não da provisão;
• No deserto, Deus revela os planos que têm para nossa vida.
• No deserto ficamos mais crente porque Deus busca tirar o Egito de dentro de
nós.
• No deserto, Deus trabalha em nós antes de trabalhar através de nós
(ministério). O próprio Jesus antes de dar início ao seu ministério passou 40
dias no deserto.
Conclusão
O deserto não é maior que a Promessa. Não há deserto que dure para
sempre. Na vida do cristão que teme a Deus, deserto tem caráter
pedagógico e é passageiro.
Durante os 40 anos no deserto, muitos foram os que pereceram por causa
da desobediência e até hoje muitos têm perecido no deserto da
incredulidade.