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1 
Jardim das 
Brincadeiras 
Uma estratégia lúdica para a educação ecológica 
Guilherme Blauth
3 
2 
Jardim das 
Brincadeiras 
Uma estratégia lúdica 
para a educação ecológica 
Guilherme Blauth
Patrocínio Realização 
Agradecimentos 
Marina Oliveira, 
Sandra Blauth, 
Henrique Romano, 
Francisco Gurgel, 
Bernardo e Lorena Scansani, 
Patricia Abuhab, 
Miguel Abuhab 
e 
todos que 
ousaram brincar 
com a natureza 
quando crianças 
Todos os direitos reservados para o autor. 
Este livro foi editado apenas em 
formato PDF. 
Projeto Gráfico 
WHOIZ DESIGN+IDENTIDADE 
Diagramação 
WHOIZ DESIGN+IDENTIDADE 
Ilustrações 
HATSI RIO APA
Pré-ludico 9 
Brincadeiras 15 
Brincadeiras do 
Ar 23 
Catavento 26 
Peteca 28 
Giroscóptero 30 
Explosão 32 
Paraquedas 34 
Flores rodantes 36 
Brincadeiras da 
Terra 39 
Pente 42 
Feira de trocas 44 
Tobogã 46 
Acerte no alvo 48 
Ikebana 50 
Brincadeiras da 
Água 53 
Gotas que dançam 56 
Arremesso de água 58 
Canoa 60 
0DQGDODVFRPïRUH¾JXD  
Brincadeiras do 
Fogo 65 
Tocha 68 
Escultura de fogo 70 
Bonecos, bichos e 
monstros 73 
Gafanhoto 76 
Coruja 78 
Peixe 80 
Dragão 82 
Boneco Cabeludo 84 
Broche 86 
Um jardim de brincadeiras 89 
Dicas para pais e professores 95 
Referências bibliográficas 98 
índice
9 
8 
capítulo 1 
Pré-ludico 
índice
11 
10 
O que é um jardim?Olhar para as formas da natureza gera algo diferente em sua percepção? 
Onde está o jardim mais próximo a você? 
Para que cultivamos jardins? 
Alguma outra é uma nova conhecida? 
Alguma planta é sua amiga de infância? 
Será que o jardim já foi brincadeira na sua vida?
13 
12 
Em que situações você é criança? 
Teve fases? 
Do que você mais gostava de brincar? 
Você brinca? 
Quais foram os seus brinquedos favoritos? 
Preferia brincar só ou em turma? 
Preferia brincar 
dentro de algum lugar 
ou ao ar livre? 
O que é brincar?
14 
15 
capítulo 2 
Brincadeiras 
índice
16 
17 
As brincadeiras vêm de outro tempo, atravessam 
gerações e gerações. Um belo dia chegam para nós: 
aprendemos como os nossos antepassados brinca-ram 
outrora. 
Mas algumas outras brincadeiras surgem esponta-neamente, 
no calor do agora, como mágica. 
As brincadeiras de jardim desse livro aparecem 
para quem tem o olhar divertido para a natureza. O 
olho de quem quer brincar. O desejo de se espantar. 
Estar atento às brincadeiras da natureza foi a mi-nha 
brincadeira preferida nos últimos anos. 
Nascem brincadeiras quando contemplamos fo-lhas, 
cipós, sementes, flores e percebemos suas for-mas, 
movimentos e suas relações com os animais e 
com outros elementos da natureza, ar, água, fogo e 
terra. 
Simples brincar 
Brincar conecta o ser humano com sua essência, com a 
possibilidade da criação. 
Brincar é uma característica primordial da humanidade. 
Brincar é um encontro com o humor, com o impossível e o 
invisível, com o corpo. 
As crianças sempre brincaram na natureza com alegria. Um lu-gar 
bonito com pássaros, árvores, plantas e flores, terra fresca e in-setos 
convida a estar em conexão. Ali se apreendem cheiros novos, 
formas diferentes, comportamentos, ciclos. 
Andar por uma mata com atenção nos leva a encontrar diversos 
seres vivos que são fascinantes. 
Andar na lama, tomar chuva, ouvir o pássaro, contemplar a flor, 
acompanhar a borboleta, seguir as formigas carregadeiras, en-contrar 
seres nas nuvens. 
Crianças se assombram com diversas sementes aladas que têm 
seu jeito próprio de cair, umas girando, outras planando e outras 
ainda descendo suavemente, de um lado para o outro. 
E a fascinação por subir em árvores, conquistar o galho mais 
alto? Lá em cima pegar a fruta mais madura, mais gostosa, a que 
o pássaro ainda não descobriu.
18 
19 
Outras preferem brincar de esconder atrás das árvores e dos ar-bustos, 
ou ainda encontrar minhocas e ver como elas se retorcem 
quando são expostas. 
Muitas crianças também colecionam pedras, folhas, flores secas, 
conchas. Colecionar para conviver com a diversidade, olhar para 
as diferenças. 
Os coquinhos do jerivá sempre foram devorados pelas crianças 
e, junto com as mamonas, eram usados para atirar com estilingue. 
Diversos tipos de vagens viram canoas, de todos tipos e tama-nhos, 
algumas viram um espiral quando secam. Essas canoas po-dem 
descer correnteza abaixo, ou mesmo ficar à deriva em uma 
poça d’água. 
Enquanto o ser humano brinca, ele aprende, e aprende tão bem 
e tão gozozamente que nem parece aprendizado. 
A pesquisa 
Queria fazer brinquedos sustentáveis, que quando ficassem ve-lhos 
pudessem acabar sua vida na composteira. Brinquedos que 
virassem adubo, ou melhor, vida. 
O meu jardim foi o ponto de partida. Aos poucos fui deixando 
a criação acontecer. Simplesmente acordei para brincadeiras que 
usassem elementos orgânicos, de preferência não muito manipu-lados. 
Depois passei a perguntar pros amigos e amigas quais eram 
as brincadeiras que eles conheciam que envolvessem algum ele-mento 
natural. Surgiram pérolas daí, histórias em que a narradora 
manipulava um ibisco, sons com folhas, caule de mamona trans-formado 
em snorkel, pétalas estourando. Muita gente que passou 
a infância na natureza ou que como eu, apaixonou-se pelo que é 
vivo, me apresentava um ou mais brinquedos. 
Por fim fui até algumas comunidades tradicionais e localizei pes-soas 
que pudessem me explicar como se brincava antigamente. 
Muitas vezes era gente que viveu a infância isolada, sem grandes 
possibilidades senão encontrar ou inventar seu próprio brinquedo 
a partir do seu meio. Assim, uma senhora na comunidade do Una, 
em São Paulo, me contou que na sua infância elas e as amigas 
costumavam confeccionar roupas para as bonecas utilizando as 
folhas que encontravam. 
Brincar e consumir 
A natureza do brincar mudou muito nos últimos cinquenta anos. 
Nesse período o ser humano urbanizou-se, os espaços diminuí-
20 
21 
ram, o tempo livre escasseou. Os valores e ícones da sociedade de 
consumo também dominaram o espaço do brincar e do universo 
infantil. 
Atualmente poucos adultos sabem brincar. Muitos de nós desa-prendemos 
a brincar com as crianças e com os outros porque o 
tempo nos exaspera, a brincadeira parece tão sem sentido. Então 
máquinas impecáveis o fazem por nós. Crianças hoje brincam em 
tablets e celulares. 
Os brinquedos que vemos em lojas especializadas são em geral 
reproduções de ícones de consumo de massa, brinquedos auto-máticos 
que “fazem” espetáculos: tocam músicas, dançam, acen-dem 
luzes, piscam. A criança pergunta, esse brinquedo faz o quê? 
Nada! Você precisa inventar... 
Com os brinquedos prontos, a criança desaprende a criar. O brin-quedo 
faz a tarefa por ela e, quando quebra, normalmente perde 
a função. 
São inúmeros os estímulos prontos, os brinquedos com “grife”, 
que vendem os personagens onipresentes e descartáveis dos de-senhos 
animados de grandes estúdios, tudo devidamente made in 
china, para ser consumido com voracidade: bonecos, videogames, 
barbies, monstros, kits de beleza, super heróis, bancos imobiliários. 
As crianças – e elas necessitam novidades - enjoam muito rapi-damente 
dos brinquedos de plástico da indústria, que, seguindo 
a lógica da obsolescência programada, duram pouco, quebram 
facilmente. Grande parte destes brinquedos convencionais possui 
pilhas ou baterias e irão tornar-se dejetos em breve. O pueril brin-quedinho 
se transforma em lixo tóxico. 
A possibilidade neste livro 
O desafio deste livro é apresentar brincadeiras que aumentem 
a conexão de crianças e adultos com a vida, despertem a sensibi-lidade 
para amar o mundo vivo e contribuam para perceber mais 
profundamente o universo dos padrões naturais. 
Além disso, os brinquedos e brincadeiras deste livro são coope-rativas, 
estimulam uma cultura de paz, abundância e alegria. 
Sem vencedores, podemos experimentar brincar juntos. 
A vida faz a brincadeira brilhar.
23 
22 
Brincadeiras do 
Ar 
índice
25 
24 
a brisa embala, 
o vento leva, 
a tempestade acalma.
2266 
Ar 27 
Mais informações sobre a espécie 
O jamelão, jambolão, joão-bolão, man- 
”Ž—³œထ Š¯Ž“¤œšŠဖ¡Ž¤Šထ ‹Š‘ŠဖŽဖŠŽ“¡Šထ 
‹¡“šŒœဖŽဖ¨“ʨŠœ¦‘¦ŠÅÄœŠ¦¤œŠ 
planta de mesmo nome da família da 
mirtácias. A espécie é nativa da Índia. 
São árvores que podem chegar até dez 
˜Ž¤¡œ£ŽŠ—¤¦¡Šနœ££¦Ž˜Š¦¤œ£ŽŸ¦Ž- 
nos e arroxeados quando maduros. A 
Œœ—œ¡ŠÀ³œ œ£ Š¦¤œ£ ¡œ¨œŒŠ ˜ŠšŒ’Š£ 
nas mãos, tecidos, calçados e pinturas de 
veículos, tornando a planta pouco indi-cada 
para o preenchimento de espaços 
públicos. 
Š¦¤œœ££¦“¦˜Š£Ž˜Žš¤ŽĘš“ŒŠŽ 
grande, quando comparada com o ta- 
˜Šš’œœŠ¦¤œထŽš¨œ—¤Šœ¡¦˜Šœ—- 
pa carnosa. Apesar de sabor um pouco 
adstringente, é agradável ao paladar. Na 
Índia, além de ser consumido in natura, 
é usado na confecção de doces e tortas. 
Na Região Nordeste do Brasil, é co-nhecida 
como “azeitona-preta”. Nessa 
região, a planta adaptou-se tão bem que 
se tornou espécie subespontânea, sendo 
chamada de “brinco-de-viúva”. Também 
é comum no litoral paranaense, onde re-cebe 
o nome de “guapê”. 
Apesar de as árvores desta espécie se-rem 
abundantemente usadas em arbo-rização 
urbana, os jamelões são pouco 
comercializados, em decorrência de sua 
alta perecibilidade. 
Idade indicada 
A partir de 7 anos de idade 
Material 
A folha do jambolão e uma vareta 
Como fazer 
Cortar a folha do jambolão conforme a ilustração. 
Instale uma vareta no centro com uma certa folga, 
para poder girar. 
Precauções 
Nenhuma. 
Brincadeira 
Catavento gosta de brisa! 
Ele inspira a correr, soprar. 
Jambolão (Syzygium cumini) 
Catavento 
O catavento é uma obra do engenho do ser 
humano, hélices que giram conforme a velo-cidade 
do vento. Hoje em dia turbinas eólicas são 
como cataventos gigantes e são responsáveis por boa 
parte da energia renovável que a humanidade gera. 
Um catavento pode ser feito com papel, mas pode tam-bém 
ser feito com folhas do jambolão, conforme aprendi 
em uma comunidade de pescadores no litoral do estado 
de São Paulo. 
O jambolão é uma árvore grande muito conhecida pe-las 
crianças, já que são elas as principais devorado-ras 
dos seus frutos. Na época da frutificação a área 
abaixo da árvore fica toda manchada de roxo. 
Assim fica fácil saber quem é o jambolão. 
íínnddiiccee
2288 
Material:palha de milho, uma semente não muito pesada e barbante 
Ar 29 
Mais informações sobre a espécie 
Milho (Zea mays) 
Peteca 
A peteca é um brinquedo muito conheci-do, 
uma estrutura mais pesada na base 
que faz com que quando ela é arremes-sada 
sempre caia coma a base para baixo, 
o que facilita que o jogador acerte com a 
palma da sua mão e o jogo prossiga. 
Um penacho no alto proporciona uma traje-tória 
mais precisa. 
Jogar peteca é uma brincadeira que tem 
uma vocação cooperativa, os jogado-res 
evoluem juntos, quanto mais um 
acerta mais facilita a vida do outro. 
É um jogo animado, para dois, três, ou 
para fazer uma roda com quantas 
pessoas estiverem presentes. 
O milho tem uma espiga recoberta de 
palha. É dessa palha que precisamos 
para fazer a peteca. 
Idade indicada 
A partir de 5 anos de idade 
Material 
Palha de milho, uma semente não muito pesada e 
barbante 
Como fazer 
Coletar uma semente grande e envolve-la com a 
palha, conforme mostra o diagrama. 
Precauções 
Aperte bem a peteca. 
Brincadeira 
Todo mundo sabe jogar peteca, é uma das 
atividades mais gostosas que existem! Conte 
quantas vezes vocês conseguem jogar a 
peteca sem deixar cair. Se quiserem mais 
desafios experimentem jogar com duas petecas 
simultaneamente. 
O milho foi domesticado por volta de 
2.500 a.c. na América Central. 
Foi o alimento básico de várias civili-zações 
importantes como os Olmecas, 
Maias, Astecas e Incas. Estes povos reve-renciavam 
o cereal na arte e religião. 
O uso primário do milho em boa parte 
do mundo é na alimentação para ani-mais. 
O Brasil tem situação parecida: 
65 por cento do milho é utilizado na 
alimentação animal e onze por cento é 
consumido pela indústria, para diversos 
Ŋš£နŽ¦¦£œ“š¦£¤¡“Š—š³œ£Ž¡Ž£¤¡“š‘Ž 
à indústria alimentícia. É largamente 
utilizado na produção de elementos es- 
Ž££Šš¤Ž£ŽŒœ—Šš¤Ž£ှŠ¡Š“¨Ž¡£œ£Ŋš£ဿ 
e na produção de óleos. 
Recentemente, Europa e Estados Uni-dos 
têm incentivado seu uso para produ-ção 
de etanol. O etanol é utilizado como 
aditivo na gasolina, para aumentar a oc-tanagem. 
O uso do milho para produção 
de biocombustíveis tem encarecido seu 
uso para alimentação. 
Infelizmente boa parte dos produtos 
de milho processados atualmente pela 
indústria brasileira contém milho trans-gênico. 
O Visconde 
Um boneco de milho é delirante, porque 
a espiga já vem vestida, com sobrepostos 
ternos desfolháveis. 
Monteiro Lobato, ao imaginar o Visconde 
de Sabugosa, provavelmente reproduziu 
algo que ele deveria ver quando era 
pequeno nas tardes preguiçosas de Taubaté. 
íínnddiiccee
3300 
Ar 31 
Mais informações sobre a espécie 
Giroscóptero 
Algumas sementes são chamadas sementes ala-das, 
porque se prestarmos atenção ela parece 
uma asa. As sementes aladas caem dos ga-lhos 
produzindo um dos espetáculos mais 
bonitos da natureza. Algumas caem pla-nando, 
outras descem com um movi-mento 
giratório muito bonito de ver. 
A tipuana é uma árvore grande que 
tem a copa densa, flores amare-las 
e o tronco cheio de outras 
plantas agarradas, conhecidas 
como epífitas. Suas sementes 
são aladas e quando caem 
giram em volta do eixo, e 
vão fecundar outras pa-ragens. 
Idade indicada 
A partir de 1 ano de idade 
Material 
Semente da Tipuana 
Como fazer 
Simplesmente atirar a semente para cima. 
Ela cai girando como uma hélice de helicóptero 
Precauções 
Limpe a semente antes de dar pra criança. 
Brincadeira 
Colocar uma tábua no chão, demarcar uma linha a 
um metro de distância da tábua. O objetivo é jogar 
a semente de tipuana e fazer com que ela pouse 
na pista. São 20 tentativas para deixar pelo menos 
cinco sementes lá. Os participantes dividem as 
sementes e tentam esse desafio coletivo. 
A tipuana é uma árvore originária da 
Bolívia e Argentina que já foi muito uti-lizada 
na arborização urbana no Brasil 
e em outros países. Algumas cidades, 
como São Paulo e Porto Alegre, teriam 
uma paisagem bem diferente sem suas 
tipuanas nas ruas e parques. Ela não é 
muito apropriada para cidades, é gran-de 
demais, suas raízes são muito fortes 
e os galhos podem quebrar porque ela é 
propensa a cupim. Preferível plantá-la 
em um quintal amplo, ou em um par-que. 
Seu tronco tem casca cinzenta escura, 
Ž£¦Ž¡ÓŒ“Ž¡¦‘œ£ŠŽŊ££¦¡ŠŠထŸ¦ŽÄ 
Ž¬ŒŽ—Žš¤ŽŠ¡ŠŠŊ¬ŠÀ³œŽ—Šš¤Š£ŽÓŊ- 
tas como orquídeas, bromélias e samam-baias. 
Gosta de sol, solo fértil, profundo, 
enriquecido com matéria orgânica. Seu 
crescimento é considerado rápido e ad-mite 
podas. Aprecia o calor e a umidade 
¤¡œ“ŒŠ“£ထ˜Š£ÄŒŠŠ¯Ž¤œ—Ž¡Š¡œŠ“œန 
 Śœ¡ŠÀ³œ œŒœ¡¡Ž šœ ŊšŠ— œ “š¨Ž¡- 
šœŽšŠ¡“˜Š¨Ž¡ŠထŽ£œš¤ŠšœŚœ¡Ž£ 
ŽšŽš¤Ž£ Š—Š¡Šš”ŠŠ£န £ Š¦¤œ£ £³œ 
vagens. 
Multiplica-se facilmente por semen-tes, 
que não necessitam tratamento es-pecial 
para germinar. 
Tipuana (Tipuana tipu) 
íínnddiiccee
3322 
A maria sem vergonha é uma espécie 
šŠ¤“¨Šœ—Ž£¤ŽŠ!Š“ŒŠထšŠ¡Ž‘“³œŠ 
Quênia e de Moçambique. Planta de 
folhas macias e caule suculento e verde 
com diversas variedades. Muito fácil de 
cultivar, não exige cuidados especiais. 
De crescimento rápido, gosta de umi-dade 
e prefere o calor. 
4¦¤“—“¯ŠŠŠ¡ŠŠ¡œ¦À³œŽŚœ¡Š“£ထ 
cujas virtudes estão relacionadas com as 
qualidades da alma ligadas à paciência e 
à delicadeza de expressão. 
Idade indicada 
A partir de 1 ano de idade 
Material 
Fruto 
Como fazer 
Pressionar levemente o fruto quando está inchado. 
Ele irá explodir e espalhar sementes. O fruto se 
transforma completamente após explodir. 
Precauções 
Essa espécie se propaga facilmente. Não faça esta 
brincadeira em um lugar em que você não deseja 
que a planta se espalhe. 
Brincadeira 
Tocar no fruto sem que ele exploda, primeiro com os 
dedos, depois com o a mão, o pé, o cotovelo. Vamos 
ver quantas partes do corpo você consegue tocar 
antes que ative a “bomba”. 
Ar 33 
Mais informações sobre a espécie 
Maria Sem Vergonha (Impatiens sp) 
Explosão 
O fruto verde da maria sem-vergonha nasce fininho e 
pouco a pouco vai engordando, engordando... 
Quando o fruto está bem inchado com um mínimo toque 
ele explode, atirando sementes para todos lados. 
A gente toma um susto! 
Essa explosão é a estratégia que esta espécie en-controu 
para se multiplicar, e espalhar as belas 
cores das suas flores. 
Outras ideias 
Esmalte com as pétalas 
Use as pétalas da maria sem vergonha 
para “pintar” as unhas. Para fazer isto é 
só aplicar as pétalas umedecidas sobre as 
unhas e brincar que elas estão pintadas. 
íínnddiiccee
3344 
Dente de leão (Taraxacum officinale) Ar 35 
Idade indicada 
A partir de 3 anos de idade 
Material 
Sementes 
Como fazer 
Observe atentamente a flor do Dente de Leão. 
Observe a simetria das sementes antes de serem 
sopradas ou dispersas pelo vento. 
Precauções 
Essa espécie se propaga facilmente. Não faça esta 
brincadeira em um lugar em que você não deseja 
que a espécie se espalhe. 
Brincadeira 
Simplesmente assopre a flor e contemple como as 
sementes voam ao vento. Ou então faça um círculo 
com uma corda e determine uma distância para 
assoprar as sementes de dente de leão. O grupo, 
apenas soprando, deve fazer com que o maior 
número de sementes chegue no círculo. 
Mais informações sobre a espécie 
É uma planta de pequeno porte que 
veio da Europa. Também conhecido 
como chicória silvestre, amargosa, sala-da- 
dos-pobres, alface-de-cão. 
 ¨“ŒŽšŠထ Š˜œ£œ ˜Ä“Œœ Ž Ŋ—󣜏œ 
persa, já utilizavam esta erva na idade 
média. 
Muito difundida pelo mundo afora, 
no Brasil é encontrada em jardins, hor-tas, 
terrenos baldios e às vezes no meio 
de paralelepípedos de grandes cidades. 
Gosta de sol e terra rica em matéria 
orgânica e umidade. Multiplica–se por 
sementes ou por divisão de touceiras. 
Prefere climas amenos, temperaturas 
mais altas. 
¦Š£œ—’Š££³œŠ˜Š¡‘Š£ထ£¦Š£Śœ¡Ž£ 
são douradas e suas sementes possuem 
uma estrutura que facilita a dispersão 
pelo vento. Acompanhar a evolução de 
uma planta como esta é contemplar as 
transformações do processo da vida. 
¡œ¦¯Śœ¡Ž£Š˜Š¡Ž—Š£˜¦“¤œ“˜œ¡- 
tantes que nutrem as diferentes espécies 
de abelhas, pois são muito ricas em néc-tar. 
As folhas do dente de leão são comes-tíveis 
e podem ser usadas em sucos e sa-ladas. 
Praticamente não existe contra indi-cação 
no uso do dente-de-leão, mas se 
recomenda evitar o uso em casos de úl-ceras 
gástricas. 
Paraquedas 
Algumas sementes tem uma penugem que produz um 
efeito parecido ao de um paraquedas. Quando ela se 
desprende da planta permite que vento a leve para lon-ge. 
A semente fica pendurada como um paraquedista. 
O dente de leão é uma erva comum em quintais no 
Brasil. Muitas vezes nasce espontaneamente. Da flor do 
dente de leão surge uma estrutura belíssima, que é a 
própria expressão do infinito. 
Depois ela produz uma penugem, que tradicionalmente 
é soprada por crianças. Basta um sopro e os pa-raquedas 
vão semear seguindo a direção 
do vento. 
íínnddiiccee
3366 
Viuvinha (Petrea subserrata) Ar 37 
¨“¦¨“š’ŠÄ¦˜Š¡‹¦£¤œŽ¡Š˜œ£ŚŽ- 
xíveis de até 5 metros de altura, nativa 
do Brasil. 
£Śœ¡Ž£Ÿ¦Ž£Žœ¡˜Š˜Ž˜“šŚœ¡Ž£- 
cências grandes como cachos, são azuis- 
-arroxeadas, pequenas e delicadas, de 
œ¡˜Š¤œŽ£¤¡Ž—ŠœနŚœ¡ŠÀ³œ£Ž±šœ 
ŊšŠ—œ“š¨Ž¡šœŽ“šÓŒ“œŠ¡“˜Š¨Ž¡Šန 
Œœ¡¡Ž¤Š˜‹Ä˜¦˜Š¨Š¡“ŽŠŽŽŚœ- 
res brancas. 
Para seu cultivo necessita de suportes 
como treliças e cercas. 
Gosta de sol e pode ser cultivada em 
todo o Brasil, inclusive no sudeste e sul, 
œ“£¤œ—Ž¡Š‹Ž˜œŠ“œŽŒ—“˜Š£Ž¡Ž‘“õŽ£ 
mais altas. 
As estacas são de difícil enraizamen-to. 
Multiplica-se por sementes, que são 
muito fáceis de germinar. A prova e que 
é comum achar mudinhas embaixo e 
perto dos pés 
Idade indicada 
A partir de 1 ano de idade 
Material 
Flores 
Como fazer 
Colha as flores da viuvinha. 
Precauções 
Procure utilizar primeiro as flores que já estão no 
chão. Deixe sempre algumas flores na planta, evite 
colher todas as flores para brincar. 
Brincadeira 
Inventem um local para fazer arte. Encontrem 
outros elementos que combinem com as flores 
da viuvinha. A brincadeira é colocar as flores da 
viuvinha neste arranjo atirando-as individualmente, 
ou em punhados. Fotografem a obra que foi criada! 
Flores rodantes 
Além das sementes que giram no ar quando caem, 
algumas flores também produzem efeitos aerodinâ-micos. 
Uma dessas flores, a viuvinha, tem um movimento de 
extrema beleza quando está no ar, gira com delicadeza 
e precisão encantando os olhos que estejam atentos. 
A viuvinha tem cores que estão entre o azul e o roxo 
e a planta é abundante em flores. Recolher do chão 
um punhado dessas flores e atirá-las para o alto 
pode ser um espetáculo fascinante. 
Mais informações sobre a espécie 
íínnddiiccee
39 
38 
Brincadeiras da 
Terra 
índice
40 
41 
A terra já é uma brincadeira em si, 
a mão molda o barro, 
deixa escorrer areia, semeia, 
segura a pedra.
42 
Terra 43 
Mais informações sobre a espécie 
Pente 
O pente de macaco possui uma vagem que tem rugosi-dades 
e que se transforma em um pente divertido ou em 
uma canoa. 
Quando ele é passado sobre o cabelo alisa e penteia 
de verdade! O efeito desse penteado é cômico e 
pode criar cenas muito engraçadas. 
O pente de macaco é um cipó vigoroso que 
se enrosca nas bordas da floresta. Suas fo-lhas 
têm forma de coração, seus grandes 
frutos têm forma de uma vagem rugosa. 
Quando a vagem é aberta descobrem-se 
as sementes, perfeitamente arrumadas, 
esperando uma chance para voar. 
Idade indicada 
A partir de 3 anos de idade 
Material 
A vagem 
Como fazer 
A vagem desta planta é um pente e pode ser 
usada para escovar cabelos. 
Precauções 
Não esfregue com muita força sobre a pele, 
pode arranhar. 
Brincadeira 
Um pentear o outro, fazer um concurso do 
penteado mais extravagante. 
O ponte de macaco é uma trepadeira 
brasileira que chega a formar tronco, 
que vai de 5 a 10 centímetros de diâme-tro. 
Pode ser mantida como um arbusto 
ှ£Žœ¡œŠŠ¡Ž‘¦—Š¡˜Žš¤Žဿန 
Suas folhas são opostas e ovaladas. 
œ££¦“Śœ¡Ž£ŽŒœ¡‹¡ŠšŒœဖŠ˜Š¡Ž—ŠŠထ 
Ÿ¦ŽŚœ¡Ž£ŒŽ˜šŠ¡“˜Š¨Ž¡ŠŽšœ¨Ž¡³œန 

±œ£Š¦¤œ££³œ£ŽŒœ£ထŒœ˜ŠŠ¡¤ŽŽ¬- 
terna coberta por espinhos grossos. As 
sementes são aladas. 
Ocorre em diversas regiões do País, so- 
‹¡Ž¤¦œŽ˜Œ—Š¡Ž“¡Š£Ž‹œ¡Š£ŽŚœ¡Ž£- 
ta. É mais comum de Minas Gerais até o 
Rio Grande do Sul. 
Pente de macaco (Pithecoctenium crucigerum) 
Barco 
Basta colocar uma vela sobre 
uma das metades da vagem que 
temos o convés de uma jangada 
incrível que boia na água. 
índice
44 
Guapuruvu (Schizolobium parahyba) Terra 45 
Idade indicada 
A partir de 5 anos de idade 
Material 
Sementes 
Como fazer 
Encontre as sementes embaixo de uma árvore 
adulta. A época é entre abril e junho. As sementes 
duram muito tempo. 
Precauções 
Cuidado para que crianças pequenas não engulam 
a semente. 
Brincadeira 
Trocar sementes como se fossem moedas. Brinque 
que essas sementes são o dinheiro da sua turma. Faça 
uma feira onde cada um 
traga o que não usa mais 
e brinque que as sementes 
são as moedas da feira. 
O guapuruvu é uma árvore nativa do 
Brasil e notável pela sua velocidade de 
crescimento, que pode atingir 3 metros 
por ano. 
A árvore é também conhecida como 
guarapuvu, garapuvu, guapiruvu, ga- 
¡Š“¨¦ထ ‘¦Š‹¦¡¦¨¦ထ ŊŒ’Ž“¡Šထ ‹ŠŒ¦¡¦‹¦ထ 
badarra, bacuruva, birosca, faveira, pau- 
-de-vintém, pataqueira, pau-de-taman-co 
ou umbela. 
No Brasil ocorre da Bahia até Santa 
Catarina na mata atlântica. 
É uma arvore de 20 a 30 metros de al-tura, 
mas morre precocemente e cai em 
cima das outras árvores abrindo espaço 
Š¡ŠŠ£¦ŒŽ££³œŚœ¡Ž£¤Š—န 
¦Š£Śœ¡Ž££³œ‘¡ŠšŽ£ထ¨“£¤œ£Š£ထŠ˜Š- 
relas. O tronco é reto, alto e cilíndrico, 
casca quase lisa, de cor cinzenta muito 
característica. 
O guapuruvu é uma planta caduca, 
que perde as folhas. Floresce a partir de 
agosto até outubro, após a queda da fo- 
—’Š‘Ž˜န£Š¦¤œ£Š˜Š¦¡ŽŒŽ˜ŽŠ‹¡“— 
a julho. 
Gosta de sol e prefere matas abertas, é 
¡Š¡ŠŽ˜Śœ¡Ž£¤Š£˜Š“£Žš£Š£န 
A madeira do guapuruvu é muito leve 
e pouco resistente, famosa para constru-ção 
de canoas, exatamente pela leveza e 
facilidade de entalhe. 
Empilhar sementes 
sem deixar cair. 
Desenhar com 
as sementes. 
As sementes também 
são usadas no artesanato 
tradicional para a confecção de 
colares e botões. 
Mais informações sobre a espécie 
Feira de trocas 
Atualmente pessoas do mundo todo aprendem os 
princípios da economia solidária em feiras de tro-cas. 
Muitas destas feiras utilizam moedas próprias 
para facilitar a troca de mercadorias e serviços. Por 
que não brincar de feira de trocas, utilizando a semente 
do guapuruvu como “dinheiro” ? 
O guapuruvu é uma árvore cuja semente é oval, dura, 
lisa. Como ela parece uma moeda, durante muito tem-po 
foi chamada de pataca e utilizada como brincadeira 
de dinheiro, especialmente nos estados de 
Santa Catarina e Rio Grande do 
Sul, onde é mais abundante. 5 marias 
É possível brincar de 5 marias com as sementes 
do Gupuruvu. A brincadeira funciona assim: 
A idéia principal é jogar uma semente para 
cima, pegar uma das que estão no chão e pegar 
novamente a que está no ar sem deixá-la cair. 
Comece pegando uma semente de cada vez, 
GHSRLVGXDVGHSRLVWUÇV1RîQDOMRJXHXPD 
para cima e tente pegar as quatro restantes 
de uma vez só! 
índice
46 
Terra 47 
Mais informações sobre a espécie 
Tobogã 
Qualquer descida de grama pode ser tornar uma incrí-vel 
aventura radical. Um tobogã natural pode ser feito a 
partir do Jerivá, uma palmeira bem descabelada, forte, 
muito comum na mata atlântica. 
O jerivá produz um cacho grande cheio 
de coquinhos que são a alegria das 
crianças. Com a parte da planta que 
protege o cacho de sementes do jerivá, 
uma espécie de casca, chamada também de bai-nha, 
criamos um tobogã. 
Idade indicada 
A partir de 3 anos de idade 
Material 
Casca que envolve o cacho de frutos 
Como fazer 
Encontre essa casca embaixo de um jerivá. 
Precauções 
Cuidado para que crianças pequenas não atinjam 
velocidades muito altas, evite descidas muito 
íngremes. 
Brincadeira 
Usar a casca da palmeira como um tobogã em 
descidas inclinadas, preferencialmente de grama 
molhada. O adulto poderá ajudar puxando o tobogã 
caso a inércia impeça a sua descida. 
O coquinho do jerivá pode 
ser utilizado em diversas 
brincadeiras, assim como o 
guapuruvu (ver). 
Jerivá é uma palmeira nativa da mata 
atlântica, mas que pode ser encontrada 
Ž˜“Ž¡Žš¤Ž£¤“œ£ŽŚœ¡Ž£¤Š£န 
Também é chamado de baba-de-boi, 
coco catarro, coqueiro, coqueiro-gerivá, 
gerivá, coquinho ou jeribá. 
É também altamente decorativa, que 
aliada a facilidade do transplante quan-do 
adulta, a transformaram na palmeira 
mais empregada na arborização urbana. 
Floresce quase o ano inteiro, porém 
com maior intensidade nos meses de se- 
¤Ž˜‹¡œ°˜Š¡Àœန˜Š¤¦¡ŠÀ³œœ£Š¦¤œ£ 
ocorre principalmente entre os meses de 
fevereiro à agosto. 
Š¦¤œÄŒœ˜Ž£¤Ó¨Ž—ထŠ˜Š¡Ž—ŠœŽœ¨Š- 
lado, muito procurado por diferentes de 
animais como a cotia, paca e a capivara. 
O jerivá gosta de solos muito úmidos, 
brejosos ou inundáveis. 
A madeira é dura e altamente resis-tente, 
com grande durabilidade em 
água salgada. 
Jerivá (Syagrus romanzoffiana) 
índice
48 
Passar o carrapicho 
um pro outro dando 
um abraço. 
Terra 49 
Mais informações sobre a espécie 
Acerte no alvo 
Arco e flecha, dardos, zarabatana. O ser humano sempre 
gostou bastante de mirar em um alvo e ZAZ! Atirar algo 
e tentar acertá-lo. 
Quem anda no mato está acostumado a sair da trilha 
com carrapichos grudados na roupa. Essa semente que 
se fixa às roupas pode ser uma incomodação ou virar 
uma brincadeira super divertida. 
Devido à capacidade de grudar em tecidos, o carrapicho 
é uma semente que permite criar diversas brincadeiras 
de atirar em alvos. E são muitas espécie de plantas que 
têm carrapichos 
Idade indicada 
A partir de 2 anos de idade 
Material 
Semente 
Como fazer 
Encontre carrapichos, há diversas espécies e eles 
estão bastante espalhados por todo território 
nacional. 
Precauções 
Cuidado para não disseminar muito as sementes 
usadas na brincadeira. 
Brincadeira 
É necessário ter um alvo, que pode ser um tecido 
mais fofo, como uma blusa de lã, um cobertor velho 
etc. Os carrapichos são distribuídos aos jogadores e 
eles combinam uma meta. Por exemplo: nós temos 
20 carrapichos e precisamos acertar pelo menos 10 
deles no alvo. 
O velcro é uma tecnologia de união de 
tecidos usada em alta escala no mundo 
inteiro, especialmente em roupas e aces-sórios 
de moda. 
Duas camadas que se conectam para 
unir objetos, de forma prática e consis-tente. 
Foi criado pelo engenheiro suíço Geor-ges 
de Mestral, em 1941. Ele inspirou-se 
após analisar atentamente as sementes 
ŽŒŠ¡¡Š“Œ’œ£ှŠ¡Œ¤“¦˜ဿŸ¦Ž‘¡¦Š¨Š˜ 
constantemente em sua roupa durante 
suas caminhadas diárias pelos Alpes. 
Após examinar o material através de 
um microscópio percebeu que diversos 
Ŋ—Š˜Žš¤œ£Žš¤¡Ž—ŠÀŠœ£¤Ž¡˜“šŠšœŽ˜ 
pequenos ganchos, é que causavam a a 
forte aderência dos carrapichos nos te-cidos. 
É mais um exemplo de biomimetismo: 
inspiração na observação da natureza. 
Carrapicho (Triumfetta semitriloba Jacq.) 
índice
50 
Diversas espécies de flores, galhos e epífitas. Terra 51 
Ikebana 
Os japoneses chamam de ikebana um exercício de pai-sagismo 
com todos as partes das plantas, como caules, 
folhas, flores, ramos, que, segundo eles, simbolizam o 
céu, a terra e a humanidade. 
Ikebana em japonês significa “dar mais vida à flor”. 
O resultado final pode ser visto como a união entre 
a beleza e a simplicidade. 
Promove, coordenação motora, relaxamento 
mental, concentração e criatividade. 
Idade indicada 
A partir de 2 anos de idade 
Material 
Flores, frutos e galhos, sempre com caule para fincar 
Como fazer 
Em um galho mais antigo, tabua apodrecida, ou 
em alguma superfície porosa fazemos um arranjo 
de flores e pequeninos galhos criando um jardim 
miniatura. Experimente usar três elementos em 
cada ikebana, representando o céu, a terra e o ser 
humano. Valorize as irregularidades e a tortuosidade 
de elementos naturais. 
Precauções 
Não utilizar espécies tóxicas como a espirradeira e a 
erva de borboleta. 
Brincadeira 
Fazer uma exposição dos trabalhos, apresentar e 
conversar sobre o processo criativo, 
um pode interferir no trabalho do outro 
dando sugestões, se o grupo quiser. 
índice
52 
53 
Brincadeiras da 
Água 
índice
54 
55 
Brincadeiras com água nem sempre molham, 
depende do tamanho e do estado das gotas.
Água 57 
Mais informações sobre a espécie 
56 
Que folha mais redondinha, 
presa pelo seu centro. 
Que flor mais colorida, quente, 
amarela ou alaranjada. 
E quando chove, capuchinha, as 
gotas dançam no teu corpo. 
Idade indicada 
A partir de 1 ano de idade 
Material 
Folhas, na própria planta 
Como fazer 
Aspergir água sobre as folhas, ou brincar após uma 
garoa fina. 
Precauções 
Brincar com delicadeza. 
Brincadeira 
As gotas são retidas pelas folhas e concentram-se 
no seu centro. Com um leve toque elas caem 
em cima de outras folhas provocando um efeito 
cascata. As gotas deslizam de uma folha para outra 
em uma verdadeira sinfonia. 
É uma erva originária dos Andes (Co- 
—ô˜‹“ŠထŸ¦Šœ¡ထŽ¡¦Žœ—Ó¨“Šဿန	œ““š- 
troduzida na Europa apenas no século 
XVII, onde fez muito sucesso pelos seus 
poderes medicinais e por sua aplicação 
na culinária. 
Nessa região é conhecida há muito 
tempo por suas propriedades anti-sép-ticas. 
Suas folhas são redondas, verdes-cla-ras, 
e levemente onduladas nas bordas. 
¡œ¦¯Śœ¡Ž£Š˜Š¡Ž—Š£Ž¨Ž¡˜Ž—’Š£န 
£œ—’Š£ŽŚœ¡Ž££³œŒœ˜Ž£¤Ó¨Ž“£Ž¤Å˜ 
um sabor picante e um pouco amargo 
lembram o agrião e a mostarda. Podem 
£Ž¡Š“Œ“œšŠŠ£Š£Š—ŠŠ£ထŸ¦Ž“”œŠŽ£Œœထ 
omeletes, empanadas e até mesmo utili-zadas 
em tortas doces. 
£ Śœ¡Ž£ Ž£¤³œ £Žšœ ˜¦“¤œ ¦£ŠŠ£ 
para decoração de pratos. 
É muito rica em vitamina C e mine-rais. 
Também estimula o apetite, é di-gestiva, 
tônica e ajuda a limpar o sangue 
das impurezas. Auxilia no tratamento 
Ž“šŚŠ˜ŠÀõŽ£œÓ‘ŠœŽ¡“š£န 
Capuchinha (Tropaeolum majus L.) 
Gotas que dançam 
índice
Água 59 
Mais informações sobre a espécie 
Arremesso de água 
Algumas folhas têm a capacidade de reter a água. As 
gotas sobre sua superfície se unem, separam, escorrem 
para o centro, bailam. 
As folhas de inhame (ou taro) são assim, seguram a água 
e são enormes, às vezes chegam a ser maior do que o 
peito de um homem adulto. 
A brincadeira de atirar água um para 
o outro pode dar um banho de ale-gria 
e se transformar em diversas 
possibilidades de aprendizagem. 
Idade indicada 
A partir de 7 anos de idade 
Material 
Folhas, retiradas das plantas 
Como fazer 
Colocar algumas gotas de água em cima da folha e 
não deixar cair. 
Precauções 
Se prepare para molhar, jogar em ambiente externo 
e com roupa apropriada. 
Brincadeira 
Assim como a capuchinha, as gotas são retidas 
pelas folhas e concentram-se no seu centro. Cada 
jogador pega uma folha e um atira a água para o 
outro, buscando que ela não se perca. Os jogadores 
podem contar quantas vezes eles conseguem passar 
a água um para o outro sem que ela acabe. 
O vocábulo “inhame” origina-se das 
—Óš‘¦Š£ œ œŽ£¤Ž Š !Š“ŒŠန  Š—Š¨¡Š 
œŽ£“‘š“ŊŒŠ¡œ¦ဣ£Š‹œ¡ဤœ¦ဣŒœ˜Ž¡ဤန 
sonoridade da palavra lembra um abo-canhar 
– nham! 
Inhame ou cará, como é chamado 
em algumas regiões do Brasil, é o nome 
dado ao tubérculo de algumas espécies 
dos gêneros Alocasia, Colocasia e Dios-corea. 
O inhame cultivado costuma ser uma 
planta rústica, dispensando cuidados 
£œŊ£¤“ŒŠœ£န  ¤¦‹Ä¡Œ¦—œ Ä Ž˜¡Ž‘Šœ 
em inhoques, sopas e tortas. 
Possui um alto teor calórico, além de 
ser rico em proteínas e sais minerais 
ှó£œ¡œŽœ¤±££“œဿနŠ˜‹Ä˜Ä¦˜œŽ- 
roso depurativo do sangue, rins e intes-tinos 
e ainda é indicado na prevenção da 
malária, dengue e febre amarela. 
O inhame foi trazido das ilhas de 
Cabo Verde e São Tomé para o Brasil pe-los 
portugueses e encontrou condições 
ideais para se desenvolver. Também tem 
o nome popular de orelha de elefante. 
Inhame ou Taro (Colocasia esculenta) 
índice
Butiá (Butia catarinensis) 
Água 61 
Mais informações sobre a espécie 
60 
Canoa 
Algumas estruturas vegetais podem ser usadas per-feitamente 
para a construção de canoas e barcos. 
Uma bainha do butiá tem um dos desenhos 
mais bonitos para isso, e além disso quando 
virada de cabeça para baixo fica muito pa-recida 
com uma baleia. 
O butiá é uma palmeira que leva muitos 
anos até sair completamente do solo, tem 
crescimento lento, mas vigoroso. Um tecido 
fibroso, como uma renda, recobre o caule. 
Os frutos são deliciosos e sobre o cacho 
encontramos essa estrutura que ser-ve 
para construir o brinquedo. 
Idade indicada 
A partir de 3 anos de idade 
Material 
A estrutura de fibra que recobre o cacho do butiá 
Como fazer 
A canoa já vem praticamente pronta, mas dá pra 
dar uma ajeitadinha, pintar com terra, enfeitar com 
sementes. 
Precauções 
Guarde em lugar seco, por no máximo seis meses. 
Brincadeira 
Canoa gosta de água, um riozinho, lagoa, piscina, 
banheira ou até um balde! 
O termo butiá é a designação comum 
às palmeiras do gênero Butia, nativas da 
América do Sul. 
Também é conhecida pelos nomes de 
butiá-açu, butiá-azedo, butiá-branco, 
butiá-da-praia, butiá-de-vinagre, butiá- 
-do-campo, butiá-miúdo, butiá-roxo, 
butiazeiro, cabeçudo, coqueiro-azedo, 
guariroba-do-campo e palma-petiza. 
Ž£Ž¦£Š¦¤œ£ထŠ—Š¡Šš”Šœ£ထ£ŽŠ¯£¦- 
cos, sorvetes, geléia, licor e vinagre, e das 
sementes, comestíveis, se extrai óleo. 
Baleia 
Quando a canoa é virada de cabeça 
para baixo parece muito uma baleia, 
que pode ser usada em brincadeiras 
na piscina, banheira ou mesmo no ar, 
em água imaginária. 
índice
Água 63 

(-ū)'ū6),ūū;!/ 
Durante o Diwali, ou festival das luzes, na Índia, muitas 
pessoas fazem enfeites com flores e acendem velas. É 
comum ver tachos cheios de água com arranjos forais e 
às vezes uma velinha boiando. 
Por que não experimentar e tornar essa atividade uma 
deliciosa brincadeira de criação artística com elementos 
da natureza? 
Os orientais, que sempre veneraram a flor-de-lótus (Ne-lumbo 
nucifera), compreenderam bem a beleza dessa 
composição entre água e flores. 
Idade indicada 
A partir de 1 ano de idade 
Material 
Um tacho de cerâmica ou metal, água e flores 
Como fazer 
Coloque água no tacho até a metade e colete flores 
em algum jardim próximo. 
Precauções 
Evite locais que não possam ser molhados. 
Brincadeira 
Crie mandalas com as flores na água, brinque com 
as formas, cores, insira personagens, conte histórias. 
O diwali 
Uma das mais populares e alegres 
festas da cultura indiana o Diwali é re-alizado 
todos os anos entre os meses de 
outubro e novembro, e celebra a vitória 
do bem contra o mal. 
Essa vitória deve-se ao retorno de Sita 
e Rama ao reino de Ayodhya após serem 
raptados pelo demônio Ravana. Para 
celebrar a volta do casal, os habitantes 
acendem milhares de lamparinas para 
marcar o caminho, já que nesse dia, não 
havia a luz da lua. 
O Diwali, que também é conhecido 
como Festa das Luzes, é celebrado du-rante 
dez dias, mas o dia mais impor-tante 
é o último, quando os indianos 
soltam fogos de artifício e vestem suas 
melhores roupas. Além disso decoram 
£¦Š£ŒŠ£Š£Œœ˜Śœ¡Ž£Ž—Š˜Š¡“šŠ£Ž˜ 
homenagem a Lakshmi, deusa do amor, 
beleza e prosperidade. 
As lamparinas representam a luz in-terior 
que dispersa toda a escuridão da 
ignorância. É essa luz que nos traz a 
consciência de quem realmente somos. 
Flores dos mais variados tamanhos, cores e formas índice
65 
64 
Brincadeiras do 
Fogo 
índice
67 
66 
Já dizia seu Zé, 
não brinque com o fogo menino. 
Mas pra quem quiser...
6688 
Papiro (Cyperus papyrus) Fogo 69 
Mais informações sobre a espécie 
Tocha 
Uma tocha natural queima rapidamente, mas seu efeito 
é fascinante, remete a um tempo em que a nossa espécie 
dependia do fogo para proteger e esquentar 
Aprendi a fazer tochas com papiros secos. O papiro é 
uma planta muito especial, seu caule é triangular. Possui 
uma haste muito lisa que sobe até o momento em que 
se bifurca em dezenas de folhas. 
As folhas são muito finas e todas elas se encontram no 
centro. 
Idade indicada 
A partir de 12 anos de idade 
Material 
Uma fogueira, folhas secas de Papyrus com haste 
Como fazer 
Coloque a ponta da folha na fogueira e quando 
pegar fogo retire-a e veja como o fogo queima 
rapidamente como uma tocha. 
Precauções 
Todas, brincar com o fogo exige muita percepção 
de risco. 
Cuidado com materiais inflamáveis perto do fogo 
Não levante a tocha sobre sua cabeça! 
Brincadeira 
Quando você entender a dinâmica da combustão 
do Papyrus poderá ousar um pouco mais e fazer 
movimentos, criando shows pirotécnicos. 
Papiro é uma planta aquática da 
mesma família da tiririca (Cyperus ro- 
¤¦š¦£ဿန—ŠÄœ¡“‘“š±¡“Šœ‘“¤œထŠ¡¤Š- 
mente encontrada no delta do Nilo. 
Era utilizada principalmente na pro-dução 
do papiro no Egito antigo, os 
pergaminhos em que eram escritos os 
hieróglifos. 
O talo do papiro pode atingir até 6 
˜Ž¤¡œ£ŽŒœ˜¡“˜Žš¤œနŚœ¡Š—Šš- 
¤ŠထŒœ˜œ£¤ŠŽŊšŠ£’Š£¤Ž£¨Ž¡Ž£ထ—Ž˜- 
bra os raios do sol e é exatamente por ter 
esta analogia com o sol, divindade má-xima 
dos egípcios, que o papiro era con-siderado 
sagrado. O miolo do talo era 
transformado em papiros e a casca, bem 
resistente depois de seca, utilizada na 
confecção de cestos, camas e até barcos. 
O Papiro cresce em áreas tropicas, 
£¦‹¤¡œ“ŒŠ“£ŽŽ£Ä¡¤“ŒŠ£ထŚœ¡Ž£ŒŽšœŊ˜ 
do verão e prefere sol pleno. São usados 
por muitas espécies de pássaros para ni- 
“ŊŒŠ¡န 
Recentemente o papiro foi muito estu-dado 
pela sua capacidade de reciclar nu-trientes 
e passou a ser usado em sistemas 
de tratamento de esgoto sustentáveis. 
Além disso descobriu-se que o papiro 
também tem a capacidade de sequestrar 
grandes quantidades de carbono. 
índice
7700 
Fogo 71 
Escultura de fogo 
Fazer uma escultura de madeira pode ser uma ativi-dade 
estimulante. Começamos empilhando pedaços 
de madeira. Com um pouco de imaginação pode-mos 
criar uma estrutura muito elaborada, mistu-rando 
madeira e folhas. 
Queimar a escultura pode contribuir para o de-sapego, 
além de gerar a beleza e o encanto que 
são próprios da observação do fogo. 
Idade indicada 
A partir de 12 anos de idade 
Material 
Diversos galhos e folhas de diferentes tamanhos e 
formas, todos secos 
Como fazer 
Monte uma escultura com galhos e folhas e depois 
a apresente para seus amigos. 
Precauções 
Todas, brincar com fogo exige muita atenção 
e percepção de risco. Principalmente cuidado 
onde você coloca a mão e não faça fogo onde 
houver risco de incêndio. Cuidado para que o fogo 
subitamente fique grande demais. Esteja sempre 
muito atento também ao vento no momento em 
que você estiver incinerando a escultura. 
Brincadeira 
Quando você entender a dinâmica da combustão 
da escultura poderá criar estruturas que demorem 
mais ou menos tempo para queimar. 
Um desafio pode ser que, usando-se somente 
um palito de fósforos, a escultura deve queimar 
inteiramente. 
Diversas, qualquer parte da planta vale, sobretudo as partes secas. Caso 
você queira inserir aromas na escultura pode incluir ervas frescas também. 
índice
73 
72 
capítulo 3 
Bonecos, 
bichos e 
monstros 
índice
74 
75 
Nesta seção apresento alguns outros brinquedos, 
aqueles com mais materialidade, seres, bonecos e 
objetos que podem ser criados com elementos da na-tureza 
encontrados em jardins ou parques. 
Uma parte deles foi descoberta por mim, outros fo-ram 
revelados na minha pesquisa com amigos e co-munidades 
tradicionais. 
Alguns outros são já bem conhecidos e imortaliza-dos 
como é o caso do boneco de espiga de milho. 
O teatro de bonecos é um mundo encantado para 
crianças pequenas. 
Inventar bonecos, monstros, princesas, animais 
animados, seres imaginários, conecta com a essência 
da criança, nutre novos mundos possíveis, expande a 
consciência, desenvolve a imaginação. 
O espaço de contar história é um ato de amor em rela-ção, 
onde os personagem inventados podem ser um elo 
entre o adulto e criança. 
Muitos adereços para os personagens também podem 
ser encontrados na natureza para tornar os bonecos 
mais divertidos. 
O mais legal é sair com crianças pesquisando e 
olhando para as possibilidades. Quando meu sobri-nho 
era pequeno costumávamos fazer uma trilha e 
recolher monstros. Cada monstro ganhava um nome 
e depois ele apresentava uma exposição para a mãe. 
Neste caminho eu me deparei com inúmeras cria-turas, 
é só olhar para ver, então simplesmente sugiro 
alguns achados pra inspirar a criação dos seus pró-prios 
bonecos e brinquedos.
76 
Folha 
3 Lado A 
Vista lateral Lado B 
H) Girar para 
a direita, 
formando 
um laço ao 
redor da 
nervura 
Boliche 
)DÄDWUÇVIXURVQRFRFRSDUDHQîDURV 
dedos. Depois é necessário encontrar 
alguma surpresa adequada e natural 
para servir de pino. Que tal cabaças? 
Fica um boliche meio idade da pedra, 
mas funciona bem. 
Coqueiro (Cocos nucifera) 
Bonecos, Bichos e Monstros 77 
Mais informações sobre a espécie 
Gafanhoto 
Aprendi a fazer o gafanhoto com um artesão per-nambucano 
que era a alegria em pessoa. Ele 
queria me ensinar e eu queria aprender. 
A folha verde do coqueiro tem as melhores fi-bras 
para fazer o gafanhoto. 
A palha do coco é uma das maté-rias 
primas mais versáteis que exis-tem. 
Dela podem sair balaios, chapéus, 
Fazendo o corpo 
A) Cortar rente 
à nervura 
central 
esculturas de bichos e outros utensílios. O Coqueiro é uma palmeira perene 
originária do Sudeste Asiático e intro-duzida 
no Brasil em 1553 pelos portu-gueses. 
Essa origem é controversa, há 
quem diga que o coco teria resistência 
para chegar boiando e germinar em ou-tro 
continente. 
A planta é muito conhecida entre 
nós, pois o coqueiro é utilizado como 
planta paisagística para embelezar 
praças públicas, chácaras e fazendas. 
Š¦¤œŠ¡Ž£Žš¤Š¦˜ŠŠ¡¤Ž‹Š£¤Šš- 
¤Ž Ŋ‹¡œ£Š Œœ˜ ¦˜Š ‘¡ŠšŽ £Ž˜Žš¤Ž 
em seu interior. Esta semente de cas-ca 
dura e com isso pode boiar ao cair 
dentro da água, descer rios e germinar 
mais adiante. As reservas nutritivas das 
sementes contêm uma parte espessa e 
outra parte água. Uma semente madu-ra 
em condição de germinar tem pouca 
±‘¦ŠŽŠ£Ŋ‹¡Š£Ž˜¨œ—¤ŠŽ£¤³œ£ŽŒŠ£န 
Diagrama pra fazer o gafanhoto 
1 
4 
Vista lateral Lado A 
Vista lateral Lado A 
Lado B 
Nervura central 
B) Dobrar a 
nervura D) Dobrar A G) Dobrar B 
I) Puxar, 
fechando 
o laço ao 
redor da 
nervura 
K) Puxar, 
fechando 
o laço ao 
redor da 
nervura 
Repetir várias vezes passos GHI e JK 
Corpo do gafanhoto 
Antenas 
Cauda 
J) Dobrar e 
girar para 
a esquerda, 
formando um 
laço ao redor 
da nervura 
A) Passar A e B por 
dentro da alça da 
nervura central 
B) Puxar ponta solta da 
nervura central para 
apertar a alça e levantar 
as antenas A) Encaixar pernas entre 
as dobras do corpo 
B Cortar parte das 
antenas 
C) Cortar parte posterior 
e dar forma a cauda 
Folha 
Retirar nervura central 
Cortar em três pedaços 
Dobrar 
ao meio 
E) Girar 
para a 
direita 
formando 
um laço 
F) Puxar, 
fechando 
o laço ao 
redor da 
nervura 
Fazendo as pernas 
2 Fazendo a cabeça Finalizando 
índice
78 
Bonecos, Bichos e Monstros 79 
Mais informações sobre a espécie 
Coruja 
Andava colhendo uns quiabos já secos no meu quintal 
para retirar as sementes quando descobri que o quiabo 
seco aberto parece uma coruja. 
Apliquei vários bicos diferentes na minha coruja depois e 
me diverti bastante produzindo outras possibilidades de 
bonecos com esse fruto tão especial. 
O quiabo é uma planta não muito alta, com folhas em 
forma de mãos. Sua flor branca é muito delicada, com 
uma pintura bordô no interior. 
Idade indicada 
A partir de 1 ano de idade 
Material 
Vagem do quiabo, seca 
Como fazer 
Abra ao meio na longitudinal e coloque 2 olhos, 
que podem ser as próprias sementes. 
Precauções 
Não use quiabo mofado 
Brincadeira 
Mude os olhos da sua coruja, transforme-a em 
outro ser. 
O quiabo é uma planta da família da 
˜Š—¨ŠှŠ—¨ŠŒŽŠŽဿနŽ¦Š¦¤œÄ¦˜ŠŒ±- 
£¦—ŠŊ‹¡œ£ŠŒ’Ž“ŠŽ£Ž˜Žš¤Ž£‹¡ŠšŒŠ£ 
redondas, muito usado na culinária an-tes 
da maturação. 
De origem controversa, provavelmente 
ŠŠ“ŒŠšŠထšœ¡Š£“—Œœ˜õŽ¡Š¤œ£¤Ó“- 
cos regionais, como o caruru — quiabo 
Œœ¯“œŒœ˜ŒŠ˜Š¡³œ£ŽŒœျšŠŒ¦—“š±¡“Š 
˜“šŽ“¡Š’±œŠŠš‘œŒœ˜Ÿ¦“Š‹œŽœ¡Žœ- 
gado de carne com quiabo. 
Os quiabos são verdes e peludos e 
apresentam uma goma viscosa. Rico em 
vitamina A, são importantes para a vi-são, 
pele e mucosas em geral. 
Fruto de fácil digestão, é recomendado 
Š¡ŠŽ££œŠ£Ÿ¦Ž£œŠŽ˜Ž¡œ‹—Ž˜Š£ 
“‘Ž£¤“¨œ£ထ£ŽšœŽŊŒŠ¯Œœš¤¡Š“šŽŒÀõŽ£ 
dos intestinos, bexiga e rins. 
Personagens magrelos 
O quiabo seco também pode virar 
diferentes outros personagens que, 
com diferentes adereços, viram 
uma família quiabólica. 
Quiabo (Abelmoschus esculentus) 
índice
80 
Bonecos, Bichos e Monstros 81 
Mais informações sobre a espécie 
Peixe 
Flores são extremamente versáteis para criar se-res 
e bonecos. Um dia percebi que a flor de 
algodão parecia um peixe, um beta rosa-do. 
Lembrei-me da infância quando tinha 
aquários e me interessava muito por pei-xes 
ornamentais. 
Flores de algodão são muito delicadas e 
passam por diferentes estágios de desen-volvimento. 
A flor roxa pálida, e os braços 
espalhados completam o cenário. De-pois, 
as fibras de algodão povoam de 
nuvens o jardim. 
Idade indicada 
A partir de 1 ano de idade 
Material 
Flor 
Como fazer 
A flor do algodão é cor de rosa, com ranhuras. 
Ao ser vista pela lateral se assemelha muito com 
um peixe. Muitas flores de algodão em um tecido 
azul, por exemplo podem virar uma brincadeira de 
construir um fundo do mar. 
Precauções 
Flores têm pólen. Atenção com alergias. 
Brincadeira 
Faça peixes de vários tamanhos e invente alimentos 
para eles. Podem ser as coisas mais engraçadas que 
você puder criar. 
Girino 
A semente do algodão é envolta em uma 
îEUDEUDQFDPDFLDTXHÆDWÆKRMHXPD 
das principais matérias primas para 
produzir tecido. 
2SURFHVVRGHîDÄÀRFRQVLVWHHPHQURODUDV 
îEUDVSDUDSURGX]LUXPîRUHVLVWHQWH$RHQURODU 
DVîEUDVHPYROWDGDVHPHQWHSURGX]LPRVXPD 
espécie de rabo que dá forma a um girino de 
algodão que pode ser também um espermatozoide, 
ou qualquer outro ser para brincar. 
Š—‘œ³œÄ¦˜ŠŊ‹¡Š‹¡ŠšŒŠœ¦Ž£- 
‹¡ŠšŸ¦“ÀŠŠœ‹¤“Šœ£Š¦¤œ£ŽŠ—‘¦- 
mas espécies nativas das áreas tropicais 
Š!Š“ŒŠထ!£“ŠŽ˜Ä¡“ŒŠန 
±˜¦“¤œ¤Ž˜œထŽ£ŽœŊšŠ—ŠĘ—¤“- 
ma era glacial, tecidos já eram confeccio-nados 
com algodão. 
Atualmente, somente 4 espécies são 
aproveitadas em larga escala para a con-fecção 
de tecidos e instrumentos médi-cos. 
Estima-se que a produção mundial 
gire em torno de 25 milhões de toneladas 
anualmente. 
Algodão (Gossypium arboreum) 
índice
82 
Elefante da bananeira 
A folha seca e o pendão podem 
ser utilizados para criar um 
elefante. A folha serve como 
orelha e o pendão como tromba. 
Bonecos, Bichos e Monstros 83 
Mais informações sobre a espécie 
Dragão 
A bananeira é uma planta lúdica, 
tem muitas partes divertidas 
que podem ser utilizadas 
para criar brincadeiras. 
O pendão que fica abai-xo 
do cacho sempre me 
provocou a brincar, eu tive 
sempre o impulso de segurar 
na ponta oposta ao coração e gi-rar 
aquilo como se fosse uma funda 
ou um martelo (do atletismo). Depois 
descobri que ali dentro residiam diversos 
seres imaginários. 
Idade indicada 
A partir de 1 ano de idade 
Material 
Flor e pendão 
Como fazer 
Quando um cacho de bananas é colhido o pendão 
com a flor costuma ser jogado fora. Essa parte 
da planta vira um boneco incrível que parece um 
dragão. 
Precauções 
A banana solta um líquido que pode manchar 
roupas para sempre. Procure usar uma roupa que 
possa ser manchada. 
Brincadeira 
Abra um pedaço do coração da bananeira, e veja 
que as bananas pequeninas são uma cabeleira. 
Instale olhos de sementes e seu bicho vai ficar 
muito engraçado. Depois você pode brincar que ele 
voa e faz sons divertidos. 
O cultivo de bananas pelo ser humano 
teve início no sudeste da Ásia. Existem 
ainda muitas espécies de banana selva-gem 
na Nova Guiné, na Malásia, Indo-nésia 
e Filipinas. 
Ainda que as espécies selvagens apre-sentem 
numerosas sementes, grandes e 
duras, quase todas as variedades de ba-nana 
utilizadas na alimentação huma-na 
não têm sementes. 
Da parte inferior do cacho da banana 
ainda imaturo (ou verde, como se costu- 
˜Š“¯Ž¡ဿထ£Š“¦˜Žš³œŽထŽ˜£Ž¦Ž¬- 
tremo, destaca-se um cone de coloração 
ŽŒœš£“£¤ÅšŒ“Š“Ž¡ŽšŒ“ŠŠ£ထŸ¦ŽÄŠŚœ¡ 
Š‹ŠšŠšŽ“¡Šနœ¦—Š¡˜Žš¤ŽထŠŚœ¡Š 
bananeira é chamada de umbigo [do ca-cho] 
da banana, coração da bananeira, 
mangará ou apenas umbigo da banana, 
que, cozido e preparado com outros in-gredientes, 
é comestível de requintado 
sabor e alto valor nutricional. 
Apesar de parecer não 
utilizável, a casca da banana 
contém vários nutrientes, açú-cares 
naturais como a glicose 
e sacarose e minerais. Com 
isso, pode ser aproveitada 
no consumo alimentício. São diversos as 
maneiras para aproveitá-la, como o bri-gadeiro 
de casca de banana, o bolo de 
casca de banana, a farinha, entre outros. 
Banana (Musa sapientum) 
índice
84 
Bonecos, Bichos e Monstros 85 
Mais informações sobre a espécie 
Boneco 
Cabeludo 
O embiruçu é uma árvore esguia, parecida com uma 
embaúba, mas com flores bem diferentes. Um dia vi uma 
flor no chão e a coletei. 
O que primeiro me chamou a atenção foi a coloração da 
flor do embiruçu, que me lembrou a pelagem de um feli-no. 
Depois me diverti com aquela cabeleira branca com 
bolinhas minúsculas em cada ponta. Parecia um rasta-fári 
albino. Fiquei uma manhã toda olhando para 
aquele boneco que já veio quase pronto. 
Idade indicada 
A partir de 3 anos de idade 
Material 
Flor 
Como fazer 
Coletar a flor e brincar com seu cabelos. 
Precauções 
Manipule a flor com cuidado pois é bem frágil. 
Brincadeira 
Faça um teatro de bonecos com as flores do 
embiruçu, que podem ser decoradas com diversos 
adereços naturais. 
O embiruçu é nativo e endêmico do 
Brasil. Ocorre em diversos estados bra-sileiros, 
nos biomas Mata Atlântica e 
Cerrado. 
É uma árvore de 15 a 25 m de altura. 
Suas folhas são de cor vermelha quan-do 
jovens e verde-escura quando adul- 
¤Š£န£Śœ¡Ž££³œ˜¦“¤œ‹œš“¤Š£ŽŽŒœ¡ 
‹¡ŠšŒŠထ“£œ£¤Š£Œœ˜œŒŠŒ’œ£နŠ¦¤œ 
possui até 30 cm de comprimento e as 
£Ž˜Žš¤Ž££³œŽš¨œ—¨“Š£œ¡Ŋ‹¡Š£ှŠ“- 
šŠဿŒœ˜œŠ£ŠŠ“šŽ“¡Šန 
Antigamente, a paina era usada como 
enchimento para travesseiros, almofa-das 
e colchões. 
O nome provém do Tupi e quer dizer 
“embira-grande”, sendo que embira é o 
šœ˜ŽŠœ°£¤“¡Š£¡Ę£¤“ŒŠ£ŽŊ‹¡Š£Ÿ¦Ž 
podem ser arrancadas de certas árvores 
e que são muito utilizadas na fabricação 
de cestos e cordas improvisadas. 
É uma espécie pioneira que se man- 
¤Ä˜Ž˜Śœ¡Ž£¤Š£˜Š“£˜Š¦¡Š£နŽ- 
senvolvimento das mudas após o plantio 
é bastante rápido e a planta pode che-gar 
aos 3 ou 4 m de altura em cerca de 2 
anos. O embiruçu perde suas folhas em 
determinadas épocas do ano e as folhas 
ŽŚœ¡Ž££³œ˜¦“¤œŒœš£¦˜“Š£œ¡˜Š- 
cacos-prego. 
 	¡¦¤“ŊŒŠ šœ£ ˜Ž£Ž£ Ž £Ž¤Ž˜‹¡œ Ž 
œ¦¤¦‹¡œန £ Š¦¤œ£ထ Ÿ¦Ššœ ˜Š¦¡œ£ထ 
secam e expõem as sementes. Essas se-mentes, 
presas a painas são facilmente 
dispersas pelo vento. 
Embiruçu (Eriotheca candolleana) 
índice
86 
Bonecos, Bichos e Monstros 87 
Mais informações sobre a espécie 
Broche 
Quem nunca ouviu a cigarra cantar? 
Quem já viu uma cigarra ao vivo? É um inseto que tem 
características únicas e fascinantes. É esverdeado e tem 
uma asa rendada. 
A cigarra, quando nasce, sai de uma casca (exoesquele-to) 
que fica agarrada na árvore, com a forma exata do 
inseto. 
Conheço essa casca desde pequeno e sempre que acha-va 
uma colocava na minha roupa como 
um broche, um troféu no peito, que ser-via 
tanto para espantar os outros como 
para demonstrar minha coragem. 
Idade indicada 
A partir de 3 anos de idade 
Material 
O exoesqueleto da cigarra 
Como fazer 
A questão é encontrar o esqueleto da cigarra 
preso a alguma árvore. Quando você 
encontrar pode retirá-lo e dependurar 
na sua roupa. Vira um broche! 
Precauções 
Guarde em lugar seco, por no 
máximo dois meses. 
Brincadeira 
A cigarra pode inspirar uma canção, ou 
podemos usá-la como um boneco. 
As cigarras são notáveis devido à can-toria 
entoada pelos machos, diferente 
em cada espécie e que é ouvida no pe-ríodo 
quente do ano. Os machos destes 
insetos possuem aparelho estridulatório, 
situado nos lados do primeiro segmento 
abdominal, emitindo cada espécie som 
característico. 
As cigarras também são reconhecidas 
pela forma característica e pelo tamanho 
grande, que varia cerca de 15 milímetros 
até pouco mais de 65 milímetros de com-primento 
e atingindo até 10 cm de en-vergadura. 
Possuem um “bico” comprido 
para se alimentar da seiva de árvores e 
plantas onde normalmente vivem. 
Muitas espécies de cigarra têm perío-dos 
diferentes de amadurecimento, com 
ciclos vitais de duração variada, enquan- 
¤œŠ£—Š¡¨Š£ŊŒŠ˜£œ‹Š¤Ž¡¡ŠနŠ££Ž¤Ž 
espécies do gênero Magicicada têm uma 
característica adicional: elas são sincro-nizadas, 
ou seja, saem do chão todas ao 
mesmo tempo, para cerca de duas sema-nas 
de canto ensurdecedor, acasalamen-to 
e postura de ovos. 
Cigarra (Carineta fasciculata) 
índice
88 
89 
capítulo 4 
Um jardim de 
brincadeiras 
índice
91 
90 
2 FRQYLWH îQDO GHVWD SXEOLFDÄÀR Æ 
para que você crie um jardim com es-pécies 
que podem ajudar a conectar 
crianças e adultos com seu ambiente. 
Para fazer isso basta coletar semen-tes 
e mudas, selecionar as espécies 
de acordo com o espaço que você 
tem, conseguir um pouco de matéria 
orgânica e colocar as mãos na terra! 
Lembre-se que cada espécie tem seu 
tempo para germinar, crescer e fruti- 
îFDUDGDXPDWDPEÆPWHPVXDVQH- 
cessidades próprias, algumas reque-rem 
mais espaço, outras precisam de 
alguma estrutura para subir, etc. 
Alguns outros pontos que 
este guia quer provocar:
93 
92 
Diversidade 
A brincadeira está em todos os lugares, pode estar dentro de um 
vaso, ou na praça. 
Quando for fazer seu jardim de brincadeiras não plante somente 
a brincadeira pensada ou descrita nesta publicação, busque dife-rentes 
espécies de diferentes locais. Quanto mais diversidade no 
plantio, mais possibilidades criamos, quanto mais possibilidades, 
possivelmente mais encontros e sacadas. 
A diversidade é um importante elemento para a riqueza, seja 
diversidade de espécies dentro de uma floresta ou diversidades de 
alimentos na dieta humana. Podemos pensar também a diversi-dades 
na alimentação cultural, social, emocional ou lúdica. 
Arte 
Faça o jardim com arte, desenhe canteiros com formas da natu-reza, 
abuse da beleza, crie estruturas dentro do jardim, anexe brin-quedos 
convencionais como gangorras, balanços, trapézios, pontes. 
Faça caminhos desenhando com seixos, pinte muros e vasos, 
pendure cordas, finque bambus, lembre-se que flores chamam 
borboletas, pássaros e outros insetos que por sua vez também 
chamam mais pássaros, répteis e anfíbios. 
Imaginação 
As brincadeiras descritas nesse livro são tributos a nossa capaci-dade 
de observar e imaginar. 
Na interação criativa com o elemento já conhecido, encontramos 
o novo. Se exploramos possibilidades, doamos tempo, ganhamos 
intimidade com o que ainda vai ser revelado. 
A imaginação não é um dom, ela cresce e se desenvolve confor-me 
a vazão de estímulos flui. Esse é um jogo infinito, de encanta-mento, 
de generosidade e beleza. 
Fertilidade 
Ser fértil é muito mais do que a capacidade de reproduzir, a ferti-lidade 
traz a semente em si, para germinar sempre que encontrar 
um solo acolhedor. 
O jardim das brincadeiras quer plantar essa ideia: vamos brin-car 
com a natureza! Deixe a vida transformar sua visão de mundo, 
recrie, invente, adube sua mente, saia da caixa. 
Plantar um jardim dissemina sementes e ideais. Que surjam 
muitos outros brinquedos e brincadeiras e que sejam vivenciados 
por crianças de todo o mundo.
95 
94 
capítulo 5 
Dicas para pais 
e professores 
índice
96 
97 
! Frequente parques, lugares ao ar livre perto da sua casa ou 
escola. 
! Resgate brincadeiras antigas, relembre as brincadeiras que 
você gostava na sua infância. 
! Alguns atributos são fundamentais: atenção, carinho, amor, 
assim se fortalece uma relação. 
! Solte a criança no jardim, estimule-a, desperte-a com alguma 
brincadeira ou mostre para ela formas e cores, mas não dirija 
todas as suas atividades, deixe que ela descubra, permita que 
a imaginação dela possa emergir. 
! Como em qualquer outro lugar, há perigos mesmo em um jar-dim 
e a criança pode se machucar. Ajude a criança a prestar 
atenção no que ela está prestes a fazer, mas tome bastante 
cuidado para não lhe infundir medo, tipo: “você vai se quei-mar”, 
“você vai cair”... 
! Brinque junto com a criança, compartilhando as invenções. É 
muito importante que criança e adulto compartilhem o tem-po 
e o espaço da brincadeira. 
! Nem todas as brincadeiras precisam ser mentais, ou seja, te-rem 
narrativa e estruturas lógicas, não precisa ter “porque” 
nem ”para que”, brincadeira não precisa ter finalidade peda-gógica, 
pode ser puro encantamento, meditação de criança, 
movimento, experimentação, jogo, aventura. 
! Cuidado com a crítica e com o medo do ridículo, siga o fluxo 
do que está acontecendo ou se afaste um pouco para com-preender 
melhor o momento. 
! Crianças têm diferentes temperamentos, há crianças mais in-trospectivas, 
outras mais ativas, crianças mais mentais, algu-mas 
mais físicas. Busque conhecer cada vez melhor as crian-ças 
com que você interage e respeite o temperamento de cada 
criança. 
! Se a criança, mesmo advertida, desobedece e o que você gos-taria 
de evitar acontece, como por exemplo, ela se machuca 
ou quebra algo, perceba que o “castigo” já aconteceu. Ajude-a 
a perceber a consequência de seu ato, sem a necessidade de 
“culpabilização”. 
! Quando brincar com uma criança faça só isso, não leve outras 
atividades para o local da brincadeira. É melhor cinco minutos 
presentes do que uma hora com interferências, pausas para 
atender o celular, reuniões, consultas ao facebook, respostas 
de e-mails, etc.
98 
Referências bibliográficas 
LORENZI, Henri Árvores Brasileiras 
Jardineiro.net www.jardineiro.net 
Wikipedia http://pt.wikipedia.org/ 
Howstuffworks http://www.hsw.uol.com.br 
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  • 1. 1 Jardim das Brincadeiras Uma estratégia lúdica para a educação ecológica Guilherme Blauth
  • 2. 3 2 Jardim das Brincadeiras Uma estratégia lúdica para a educação ecológica Guilherme Blauth
  • 3. Patrocínio Realização Agradecimentos Marina Oliveira, Sandra Blauth, Henrique Romano, Francisco Gurgel, Bernardo e Lorena Scansani, Patricia Abuhab, Miguel Abuhab e todos que ousaram brincar com a natureza quando crianças Todos os direitos reservados para o autor. Este livro foi editado apenas em formato PDF. Projeto Gráfico WHOIZ DESIGN+IDENTIDADE Diagramação WHOIZ DESIGN+IDENTIDADE Ilustrações HATSI RIO APA
  • 4. Pré-ludico 9 Brincadeiras 15 Brincadeiras do Ar 23 Catavento 26 Peteca 28 Giroscóptero 30 Explosão 32 Paraquedas 34 Flores rodantes 36 Brincadeiras da Terra 39 Pente 42 Feira de trocas 44 Tobogã 46 Acerte no alvo 48 Ikebana 50 Brincadeiras da Água 53 Gotas que dançam 56 Arremesso de água 58 Canoa 60 0DQGDODVFRPïRUH¾JXD Brincadeiras do Fogo 65 Tocha 68 Escultura de fogo 70 Bonecos, bichos e monstros 73 Gafanhoto 76 Coruja 78 Peixe 80 Dragão 82 Boneco Cabeludo 84 Broche 86 Um jardim de brincadeiras 89 Dicas para pais e professores 95 Referências bibliográficas 98 índice
  • 5. 9 8 capítulo 1 Pré-ludico índice
  • 6. 11 10 O que é um jardim?Olhar para as formas da natureza gera algo diferente em sua percepção? Onde está o jardim mais próximo a você? Para que cultivamos jardins? Alguma outra é uma nova conhecida? Alguma planta é sua amiga de infância? Será que o jardim já foi brincadeira na sua vida?
  • 7. 13 12 Em que situações você é criança? Teve fases? Do que você mais gostava de brincar? Você brinca? Quais foram os seus brinquedos favoritos? Preferia brincar só ou em turma? Preferia brincar dentro de algum lugar ou ao ar livre? O que é brincar?
  • 8. 14 15 capítulo 2 Brincadeiras índice
  • 9. 16 17 As brincadeiras vêm de outro tempo, atravessam gerações e gerações. Um belo dia chegam para nós: aprendemos como os nossos antepassados brinca-ram outrora. Mas algumas outras brincadeiras surgem esponta-neamente, no calor do agora, como mágica. As brincadeiras de jardim desse livro aparecem para quem tem o olhar divertido para a natureza. O olho de quem quer brincar. O desejo de se espantar. Estar atento às brincadeiras da natureza foi a mi-nha brincadeira preferida nos últimos anos. Nascem brincadeiras quando contemplamos fo-lhas, cipós, sementes, flores e percebemos suas for-mas, movimentos e suas relações com os animais e com outros elementos da natureza, ar, água, fogo e terra. Simples brincar Brincar conecta o ser humano com sua essência, com a possibilidade da criação. Brincar é uma característica primordial da humanidade. Brincar é um encontro com o humor, com o impossível e o invisível, com o corpo. As crianças sempre brincaram na natureza com alegria. Um lu-gar bonito com pássaros, árvores, plantas e flores, terra fresca e in-setos convida a estar em conexão. Ali se apreendem cheiros novos, formas diferentes, comportamentos, ciclos. Andar por uma mata com atenção nos leva a encontrar diversos seres vivos que são fascinantes. Andar na lama, tomar chuva, ouvir o pássaro, contemplar a flor, acompanhar a borboleta, seguir as formigas carregadeiras, en-contrar seres nas nuvens. Crianças se assombram com diversas sementes aladas que têm seu jeito próprio de cair, umas girando, outras planando e outras ainda descendo suavemente, de um lado para o outro. E a fascinação por subir em árvores, conquistar o galho mais alto? Lá em cima pegar a fruta mais madura, mais gostosa, a que o pássaro ainda não descobriu.
  • 10. 18 19 Outras preferem brincar de esconder atrás das árvores e dos ar-bustos, ou ainda encontrar minhocas e ver como elas se retorcem quando são expostas. Muitas crianças também colecionam pedras, folhas, flores secas, conchas. Colecionar para conviver com a diversidade, olhar para as diferenças. Os coquinhos do jerivá sempre foram devorados pelas crianças e, junto com as mamonas, eram usados para atirar com estilingue. Diversos tipos de vagens viram canoas, de todos tipos e tama-nhos, algumas viram um espiral quando secam. Essas canoas po-dem descer correnteza abaixo, ou mesmo ficar à deriva em uma poça d’água. Enquanto o ser humano brinca, ele aprende, e aprende tão bem e tão gozozamente que nem parece aprendizado. A pesquisa Queria fazer brinquedos sustentáveis, que quando ficassem ve-lhos pudessem acabar sua vida na composteira. Brinquedos que virassem adubo, ou melhor, vida. O meu jardim foi o ponto de partida. Aos poucos fui deixando a criação acontecer. Simplesmente acordei para brincadeiras que usassem elementos orgânicos, de preferência não muito manipu-lados. Depois passei a perguntar pros amigos e amigas quais eram as brincadeiras que eles conheciam que envolvessem algum ele-mento natural. Surgiram pérolas daí, histórias em que a narradora manipulava um ibisco, sons com folhas, caule de mamona trans-formado em snorkel, pétalas estourando. Muita gente que passou a infância na natureza ou que como eu, apaixonou-se pelo que é vivo, me apresentava um ou mais brinquedos. Por fim fui até algumas comunidades tradicionais e localizei pes-soas que pudessem me explicar como se brincava antigamente. Muitas vezes era gente que viveu a infância isolada, sem grandes possibilidades senão encontrar ou inventar seu próprio brinquedo a partir do seu meio. Assim, uma senhora na comunidade do Una, em São Paulo, me contou que na sua infância elas e as amigas costumavam confeccionar roupas para as bonecas utilizando as folhas que encontravam. Brincar e consumir A natureza do brincar mudou muito nos últimos cinquenta anos. Nesse período o ser humano urbanizou-se, os espaços diminuí-
  • 11. 20 21 ram, o tempo livre escasseou. Os valores e ícones da sociedade de consumo também dominaram o espaço do brincar e do universo infantil. Atualmente poucos adultos sabem brincar. Muitos de nós desa-prendemos a brincar com as crianças e com os outros porque o tempo nos exaspera, a brincadeira parece tão sem sentido. Então máquinas impecáveis o fazem por nós. Crianças hoje brincam em tablets e celulares. Os brinquedos que vemos em lojas especializadas são em geral reproduções de ícones de consumo de massa, brinquedos auto-máticos que “fazem” espetáculos: tocam músicas, dançam, acen-dem luzes, piscam. A criança pergunta, esse brinquedo faz o quê? Nada! Você precisa inventar... Com os brinquedos prontos, a criança desaprende a criar. O brin-quedo faz a tarefa por ela e, quando quebra, normalmente perde a função. São inúmeros os estímulos prontos, os brinquedos com “grife”, que vendem os personagens onipresentes e descartáveis dos de-senhos animados de grandes estúdios, tudo devidamente made in china, para ser consumido com voracidade: bonecos, videogames, barbies, monstros, kits de beleza, super heróis, bancos imobiliários. As crianças – e elas necessitam novidades - enjoam muito rapi-damente dos brinquedos de plástico da indústria, que, seguindo a lógica da obsolescência programada, duram pouco, quebram facilmente. Grande parte destes brinquedos convencionais possui pilhas ou baterias e irão tornar-se dejetos em breve. O pueril brin-quedinho se transforma em lixo tóxico. A possibilidade neste livro O desafio deste livro é apresentar brincadeiras que aumentem a conexão de crianças e adultos com a vida, despertem a sensibi-lidade para amar o mundo vivo e contribuam para perceber mais profundamente o universo dos padrões naturais. Além disso, os brinquedos e brincadeiras deste livro são coope-rativas, estimulam uma cultura de paz, abundância e alegria. Sem vencedores, podemos experimentar brincar juntos. A vida faz a brincadeira brilhar.
  • 12. 23 22 Brincadeiras do Ar índice
  • 13. 25 24 a brisa embala, o vento leva, a tempestade acalma.
  • 14. 2266 Ar 27 Mais informações sobre a espécie O jamelão, jambolão, joão-bolão, man- ”Ž—³œထ Š¯Ž“¤œšŠဖ¡Ž¤Šထ ‹Š‘ŠဖŽဖŠŽ“¡Šထ ‹¡“šŒœဖŽဖ¨“ʨŠœ¦‘¦ŠÅÄœŠ¦¤œŠ planta de mesmo nome da família da mirtácias. A espécie é nativa da Índia. São árvores que podem chegar até dez ˜Ž¤¡œ£ŽŠ—¤¦¡Šနœ££¦Ž˜Š¦¤œ£ŽŸ¦Ž- nos e arroxeados quando maduros. A Œœ—œ¡ŠÀ³œ œ£ Š¦¤œ£ ¡œ¨œŒŠ ˜ŠšŒ’Š£ nas mãos, tecidos, calçados e pinturas de veículos, tornando a planta pouco indi-cada para o preenchimento de espaços públicos. Š¦¤œœ££¦“¦˜Š£Ž˜Žš¤ŽĘš“ŒŠŽ grande, quando comparada com o ta- ˜Šš’œœŠ¦¤œထŽš¨œ—¤Šœ¡¦˜Šœ—- pa carnosa. Apesar de sabor um pouco adstringente, é agradável ao paladar. Na Índia, além de ser consumido in natura, é usado na confecção de doces e tortas. Na Região Nordeste do Brasil, é co-nhecida como “azeitona-preta”. Nessa região, a planta adaptou-se tão bem que se tornou espécie subespontânea, sendo chamada de “brinco-de-viúva”. Também é comum no litoral paranaense, onde re-cebe o nome de “guapê”. Apesar de as árvores desta espécie se-rem abundantemente usadas em arbo-rização urbana, os jamelões são pouco comercializados, em decorrência de sua alta perecibilidade. Idade indicada A partir de 7 anos de idade Material A folha do jambolão e uma vareta Como fazer Cortar a folha do jambolão conforme a ilustração. Instale uma vareta no centro com uma certa folga, para poder girar. Precauções Nenhuma. Brincadeira Catavento gosta de brisa! Ele inspira a correr, soprar. Jambolão (Syzygium cumini) Catavento O catavento é uma obra do engenho do ser humano, hélices que giram conforme a velo-cidade do vento. Hoje em dia turbinas eólicas são como cataventos gigantes e são responsáveis por boa parte da energia renovável que a humanidade gera. Um catavento pode ser feito com papel, mas pode tam-bém ser feito com folhas do jambolão, conforme aprendi em uma comunidade de pescadores no litoral do estado de São Paulo. O jambolão é uma árvore grande muito conhecida pe-las crianças, já que são elas as principais devorado-ras dos seus frutos. Na época da frutificação a área abaixo da árvore fica toda manchada de roxo. Assim fica fácil saber quem é o jambolão. íínnddiiccee
  • 15. 2288 Material:palha de milho, uma semente não muito pesada e barbante Ar 29 Mais informações sobre a espécie Milho (Zea mays) Peteca A peteca é um brinquedo muito conheci-do, uma estrutura mais pesada na base que faz com que quando ela é arremes-sada sempre caia coma a base para baixo, o que facilita que o jogador acerte com a palma da sua mão e o jogo prossiga. Um penacho no alto proporciona uma traje-tória mais precisa. Jogar peteca é uma brincadeira que tem uma vocação cooperativa, os jogado-res evoluem juntos, quanto mais um acerta mais facilita a vida do outro. É um jogo animado, para dois, três, ou para fazer uma roda com quantas pessoas estiverem presentes. O milho tem uma espiga recoberta de palha. É dessa palha que precisamos para fazer a peteca. Idade indicada A partir de 5 anos de idade Material Palha de milho, uma semente não muito pesada e barbante Como fazer Coletar uma semente grande e envolve-la com a palha, conforme mostra o diagrama. Precauções Aperte bem a peteca. Brincadeira Todo mundo sabe jogar peteca, é uma das atividades mais gostosas que existem! Conte quantas vezes vocês conseguem jogar a peteca sem deixar cair. Se quiserem mais desafios experimentem jogar com duas petecas simultaneamente. O milho foi domesticado por volta de 2.500 a.c. na América Central. Foi o alimento básico de várias civili-zações importantes como os Olmecas, Maias, Astecas e Incas. Estes povos reve-renciavam o cereal na arte e religião. O uso primário do milho em boa parte do mundo é na alimentação para ani-mais. O Brasil tem situação parecida: 65 por cento do milho é utilizado na alimentação animal e onze por cento é consumido pela indústria, para diversos Ŋš£နŽ¦¦£œ“š¦£¤¡“Š—š³œ£Ž¡Ž£¤¡“š‘Ž à indústria alimentícia. É largamente utilizado na produção de elementos es- Ž££Šš¤Ž£ŽŒœ—Šš¤Ž£ှŠ¡Š“¨Ž¡£œ£Ŋš£ဿ e na produção de óleos. Recentemente, Europa e Estados Uni-dos têm incentivado seu uso para produ-ção de etanol. O etanol é utilizado como aditivo na gasolina, para aumentar a oc-tanagem. O uso do milho para produção de biocombustíveis tem encarecido seu uso para alimentação. Infelizmente boa parte dos produtos de milho processados atualmente pela indústria brasileira contém milho trans-gênico. O Visconde Um boneco de milho é delirante, porque a espiga já vem vestida, com sobrepostos ternos desfolháveis. Monteiro Lobato, ao imaginar o Visconde de Sabugosa, provavelmente reproduziu algo que ele deveria ver quando era pequeno nas tardes preguiçosas de Taubaté. íínnddiiccee
  • 16. 3300 Ar 31 Mais informações sobre a espécie Giroscóptero Algumas sementes são chamadas sementes ala-das, porque se prestarmos atenção ela parece uma asa. As sementes aladas caem dos ga-lhos produzindo um dos espetáculos mais bonitos da natureza. Algumas caem pla-nando, outras descem com um movi-mento giratório muito bonito de ver. A tipuana é uma árvore grande que tem a copa densa, flores amare-las e o tronco cheio de outras plantas agarradas, conhecidas como epífitas. Suas sementes são aladas e quando caem giram em volta do eixo, e vão fecundar outras pa-ragens. Idade indicada A partir de 1 ano de idade Material Semente da Tipuana Como fazer Simplesmente atirar a semente para cima. Ela cai girando como uma hélice de helicóptero Precauções Limpe a semente antes de dar pra criança. Brincadeira Colocar uma tábua no chão, demarcar uma linha a um metro de distância da tábua. O objetivo é jogar a semente de tipuana e fazer com que ela pouse na pista. São 20 tentativas para deixar pelo menos cinco sementes lá. Os participantes dividem as sementes e tentam esse desafio coletivo. A tipuana é uma árvore originária da Bolívia e Argentina que já foi muito uti-lizada na arborização urbana no Brasil e em outros países. Algumas cidades, como São Paulo e Porto Alegre, teriam uma paisagem bem diferente sem suas tipuanas nas ruas e parques. Ela não é muito apropriada para cidades, é gran-de demais, suas raízes são muito fortes e os galhos podem quebrar porque ela é propensa a cupim. Preferível plantá-la em um quintal amplo, ou em um par-que. Seu tronco tem casca cinzenta escura, Ž£¦Ž¡ÓŒ“Ž¡¦‘œ£ŠŽŊ££¦¡ŠŠထŸ¦ŽÄ Ž¬ŒŽ—Žš¤ŽŠ¡ŠŠŊ¬ŠÀ³œŽ—Šš¤Š£ŽÓŊ- tas como orquídeas, bromélias e samam-baias. Gosta de sol, solo fértil, profundo, enriquecido com matéria orgânica. Seu crescimento é considerado rápido e ad-mite podas. Aprecia o calor e a umidade ¤¡œ“ŒŠ“£ထ˜Š£ÄŒŠŠ¯Ž¤œ—Ž¡Š¡œŠ“œန Śœ¡ŠÀ³œ œŒœ¡¡Ž šœ ŊšŠ— œ “š¨Ž¡- šœŽšŠ¡“˜Š¨Ž¡ŠထŽ£œš¤ŠšœŚœ¡Ž£ ŽšŽš¤Ž£ Š—Š¡Šš”ŠŠ£န £ Š¦¤œ£ £³œ vagens. Multiplica-se facilmente por semen-tes, que não necessitam tratamento es-pecial para germinar. Tipuana (Tipuana tipu) íínnddiiccee
  • 17. 3322 A maria sem vergonha é uma espécie šŠ¤“¨Šœ—Ž£¤ŽŠ!Š“ŒŠထšŠ¡Ž‘“³œŠ Quênia e de Moçambique. Planta de folhas macias e caule suculento e verde com diversas variedades. Muito fácil de cultivar, não exige cuidados especiais. De crescimento rápido, gosta de umi-dade e prefere o calor. 4¦¤“—“¯ŠŠŠ¡ŠŠ¡œ¦À³œŽŚœ¡Š“£ထ cujas virtudes estão relacionadas com as qualidades da alma ligadas à paciência e à delicadeza de expressão. Idade indicada A partir de 1 ano de idade Material Fruto Como fazer Pressionar levemente o fruto quando está inchado. Ele irá explodir e espalhar sementes. O fruto se transforma completamente após explodir. Precauções Essa espécie se propaga facilmente. Não faça esta brincadeira em um lugar em que você não deseja que a planta se espalhe. Brincadeira Tocar no fruto sem que ele exploda, primeiro com os dedos, depois com o a mão, o pé, o cotovelo. Vamos ver quantas partes do corpo você consegue tocar antes que ative a “bomba”. Ar 33 Mais informações sobre a espécie Maria Sem Vergonha (Impatiens sp) Explosão O fruto verde da maria sem-vergonha nasce fininho e pouco a pouco vai engordando, engordando... Quando o fruto está bem inchado com um mínimo toque ele explode, atirando sementes para todos lados. A gente toma um susto! Essa explosão é a estratégia que esta espécie en-controu para se multiplicar, e espalhar as belas cores das suas flores. Outras ideias Esmalte com as pétalas Use as pétalas da maria sem vergonha para “pintar” as unhas. Para fazer isto é só aplicar as pétalas umedecidas sobre as unhas e brincar que elas estão pintadas. íínnddiiccee
  • 18. 3344 Dente de leão (Taraxacum officinale) Ar 35 Idade indicada A partir de 3 anos de idade Material Sementes Como fazer Observe atentamente a flor do Dente de Leão. Observe a simetria das sementes antes de serem sopradas ou dispersas pelo vento. Precauções Essa espécie se propaga facilmente. Não faça esta brincadeira em um lugar em que você não deseja que a espécie se espalhe. Brincadeira Simplesmente assopre a flor e contemple como as sementes voam ao vento. Ou então faça um círculo com uma corda e determine uma distância para assoprar as sementes de dente de leão. O grupo, apenas soprando, deve fazer com que o maior número de sementes chegue no círculo. Mais informações sobre a espécie É uma planta de pequeno porte que veio da Europa. Também conhecido como chicória silvestre, amargosa, sala-da- dos-pobres, alface-de-cão. ¨“ŒŽšŠထ Š˜œ£œ ˜Ä“Œœ Ž Ŋ—󣜏œ persa, já utilizavam esta erva na idade média. Muito difundida pelo mundo afora, no Brasil é encontrada em jardins, hor-tas, terrenos baldios e às vezes no meio de paralelepípedos de grandes cidades. Gosta de sol e terra rica em matéria orgânica e umidade. Multiplica–se por sementes ou por divisão de touceiras. Prefere climas amenos, temperaturas mais altas. ¦Š£œ—’Š££³œŠ˜Š¡‘Š£ထ£¦Š£Śœ¡Ž£ são douradas e suas sementes possuem uma estrutura que facilita a dispersão pelo vento. Acompanhar a evolução de uma planta como esta é contemplar as transformações do processo da vida. ¡œ¦¯Śœ¡Ž£Š˜Š¡Ž—Š£˜¦“¤œ“˜œ¡- tantes que nutrem as diferentes espécies de abelhas, pois são muito ricas em néc-tar. As folhas do dente de leão são comes-tíveis e podem ser usadas em sucos e sa-ladas. Praticamente não existe contra indi-cação no uso do dente-de-leão, mas se recomenda evitar o uso em casos de úl-ceras gástricas. Paraquedas Algumas sementes tem uma penugem que produz um efeito parecido ao de um paraquedas. Quando ela se desprende da planta permite que vento a leve para lon-ge. A semente fica pendurada como um paraquedista. O dente de leão é uma erva comum em quintais no Brasil. Muitas vezes nasce espontaneamente. Da flor do dente de leão surge uma estrutura belíssima, que é a própria expressão do infinito. Depois ela produz uma penugem, que tradicionalmente é soprada por crianças. Basta um sopro e os pa-raquedas vão semear seguindo a direção do vento. íínnddiiccee
  • 19. 3366 Viuvinha (Petrea subserrata) Ar 37 ¨“¦¨“š’ŠÄ¦˜Š¡‹¦£¤œŽ¡Š˜œ£ŚŽ- xíveis de até 5 metros de altura, nativa do Brasil. £Śœ¡Ž£Ÿ¦Ž£Žœ¡˜Š˜Ž˜“šŚœ¡Ž£- cências grandes como cachos, são azuis- -arroxeadas, pequenas e delicadas, de œ¡˜Š¤œŽ£¤¡Ž—ŠœနŚœ¡ŠÀ³œ£Ž±šœ ŊšŠ—œ“š¨Ž¡šœŽ“šÓŒ“œŠ¡“˜Š¨Ž¡Šန Œœ¡¡Ž¤Š˜‹Ä˜¦˜Š¨Š¡“ŽŠŽŽŚœ- res brancas. Para seu cultivo necessita de suportes como treliças e cercas. Gosta de sol e pode ser cultivada em todo o Brasil, inclusive no sudeste e sul, œ“£¤œ—Ž¡Š‹Ž˜œŠ“œŽŒ—“˜Š£Ž¡Ž‘“õŽ£ mais altas. As estacas são de difícil enraizamen-to. Multiplica-se por sementes, que são muito fáceis de germinar. A prova e que é comum achar mudinhas embaixo e perto dos pés Idade indicada A partir de 1 ano de idade Material Flores Como fazer Colha as flores da viuvinha. Precauções Procure utilizar primeiro as flores que já estão no chão. Deixe sempre algumas flores na planta, evite colher todas as flores para brincar. Brincadeira Inventem um local para fazer arte. Encontrem outros elementos que combinem com as flores da viuvinha. A brincadeira é colocar as flores da viuvinha neste arranjo atirando-as individualmente, ou em punhados. Fotografem a obra que foi criada! Flores rodantes Além das sementes que giram no ar quando caem, algumas flores também produzem efeitos aerodinâ-micos. Uma dessas flores, a viuvinha, tem um movimento de extrema beleza quando está no ar, gira com delicadeza e precisão encantando os olhos que estejam atentos. A viuvinha tem cores que estão entre o azul e o roxo e a planta é abundante em flores. Recolher do chão um punhado dessas flores e atirá-las para o alto pode ser um espetáculo fascinante. Mais informações sobre a espécie íínnddiiccee
  • 20. 39 38 Brincadeiras da Terra índice
  • 21. 40 41 A terra já é uma brincadeira em si, a mão molda o barro, deixa escorrer areia, semeia, segura a pedra.
  • 22. 42 Terra 43 Mais informações sobre a espécie Pente O pente de macaco possui uma vagem que tem rugosi-dades e que se transforma em um pente divertido ou em uma canoa. Quando ele é passado sobre o cabelo alisa e penteia de verdade! O efeito desse penteado é cômico e pode criar cenas muito engraçadas. O pente de macaco é um cipó vigoroso que se enrosca nas bordas da floresta. Suas fo-lhas têm forma de coração, seus grandes frutos têm forma de uma vagem rugosa. Quando a vagem é aberta descobrem-se as sementes, perfeitamente arrumadas, esperando uma chance para voar. Idade indicada A partir de 3 anos de idade Material A vagem Como fazer A vagem desta planta é um pente e pode ser usada para escovar cabelos. Precauções Não esfregue com muita força sobre a pele, pode arranhar. Brincadeira Um pentear o outro, fazer um concurso do penteado mais extravagante. O ponte de macaco é uma trepadeira brasileira que chega a formar tronco, que vai de 5 a 10 centímetros de diâme-tro. Pode ser mantida como um arbusto ှ£Žœ¡œŠŠ¡Ž‘¦—Š¡˜Žš¤Žဿန Suas folhas são opostas e ovaladas. œ££¦“Śœ¡Ž£ŽŒœ¡‹¡ŠšŒœဖŠ˜Š¡Ž—ŠŠထ Ÿ¦ŽŚœ¡Ž£ŒŽ˜šŠ¡“˜Š¨Ž¡ŠŽšœ¨Ž¡³œန ±œ£Š¦¤œ££³œ£ŽŒœ£ထŒœ˜ŠŠ¡¤ŽŽ¬- terna coberta por espinhos grossos. As sementes são aladas. Ocorre em diversas regiões do País, so- ‹¡Ž¤¦œŽ˜Œ—Š¡Ž“¡Š£Ž‹œ¡Š£ŽŚœ¡Ž£- ta. É mais comum de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Pente de macaco (Pithecoctenium crucigerum) Barco Basta colocar uma vela sobre uma das metades da vagem que temos o convés de uma jangada incrível que boia na água. índice
  • 23. 44 Guapuruvu (Schizolobium parahyba) Terra 45 Idade indicada A partir de 5 anos de idade Material Sementes Como fazer Encontre as sementes embaixo de uma árvore adulta. A época é entre abril e junho. As sementes duram muito tempo. Precauções Cuidado para que crianças pequenas não engulam a semente. Brincadeira Trocar sementes como se fossem moedas. Brinque que essas sementes são o dinheiro da sua turma. Faça uma feira onde cada um traga o que não usa mais e brinque que as sementes são as moedas da feira. O guapuruvu é uma árvore nativa do Brasil e notável pela sua velocidade de crescimento, que pode atingir 3 metros por ano. A árvore é também conhecida como guarapuvu, garapuvu, guapiruvu, ga- ¡Š“¨¦ထ ‘¦Š‹¦¡¦¨¦ထ ŊŒ’Ž“¡Šထ ‹ŠŒ¦¡¦‹¦ထ badarra, bacuruva, birosca, faveira, pau- -de-vintém, pataqueira, pau-de-taman-co ou umbela. No Brasil ocorre da Bahia até Santa Catarina na mata atlântica. É uma arvore de 20 a 30 metros de al-tura, mas morre precocemente e cai em cima das outras árvores abrindo espaço Š¡ŠŠ£¦ŒŽ££³œŚœ¡Ž£¤Š—န ¦Š£Śœ¡Ž££³œ‘¡ŠšŽ£ထ¨“£¤œ£Š£ထŠ˜Š- relas. O tronco é reto, alto e cilíndrico, casca quase lisa, de cor cinzenta muito característica. O guapuruvu é uma planta caduca, que perde as folhas. Floresce a partir de agosto até outubro, após a queda da fo- —’Š‘Ž˜န£Š¦¤œ£Š˜Š¦¡ŽŒŽ˜ŽŠ‹¡“— a julho. Gosta de sol e prefere matas abertas, é ¡Š¡ŠŽ˜Śœ¡Ž£¤Š£˜Š“£Žš£Š£န A madeira do guapuruvu é muito leve e pouco resistente, famosa para constru-ção de canoas, exatamente pela leveza e facilidade de entalhe. Empilhar sementes sem deixar cair. Desenhar com as sementes. As sementes também são usadas no artesanato tradicional para a confecção de colares e botões. Mais informações sobre a espécie Feira de trocas Atualmente pessoas do mundo todo aprendem os princípios da economia solidária em feiras de tro-cas. Muitas destas feiras utilizam moedas próprias para facilitar a troca de mercadorias e serviços. Por que não brincar de feira de trocas, utilizando a semente do guapuruvu como “dinheiro” ? O guapuruvu é uma árvore cuja semente é oval, dura, lisa. Como ela parece uma moeda, durante muito tem-po foi chamada de pataca e utilizada como brincadeira de dinheiro, especialmente nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde é mais abundante. 5 marias É possível brincar de 5 marias com as sementes do Gupuruvu. A brincadeira funciona assim: A idéia principal é jogar uma semente para cima, pegar uma das que estão no chão e pegar novamente a que está no ar sem deixá-la cair. Comece pegando uma semente de cada vez, GHSRLVGXDVGHSRLVWUÇV1RîQDOMRJXHXPD para cima e tente pegar as quatro restantes de uma vez só! índice
  • 24. 46 Terra 47 Mais informações sobre a espécie Tobogã Qualquer descida de grama pode ser tornar uma incrí-vel aventura radical. Um tobogã natural pode ser feito a partir do Jerivá, uma palmeira bem descabelada, forte, muito comum na mata atlântica. O jerivá produz um cacho grande cheio de coquinhos que são a alegria das crianças. Com a parte da planta que protege o cacho de sementes do jerivá, uma espécie de casca, chamada também de bai-nha, criamos um tobogã. Idade indicada A partir de 3 anos de idade Material Casca que envolve o cacho de frutos Como fazer Encontre essa casca embaixo de um jerivá. Precauções Cuidado para que crianças pequenas não atinjam velocidades muito altas, evite descidas muito íngremes. Brincadeira Usar a casca da palmeira como um tobogã em descidas inclinadas, preferencialmente de grama molhada. O adulto poderá ajudar puxando o tobogã caso a inércia impeça a sua descida. O coquinho do jerivá pode ser utilizado em diversas brincadeiras, assim como o guapuruvu (ver). Jerivá é uma palmeira nativa da mata atlântica, mas que pode ser encontrada Ž˜“Ž¡Žš¤Ž£¤“œ£ŽŚœ¡Ž£¤Š£န Também é chamado de baba-de-boi, coco catarro, coqueiro, coqueiro-gerivá, gerivá, coquinho ou jeribá. É também altamente decorativa, que aliada a facilidade do transplante quan-do adulta, a transformaram na palmeira mais empregada na arborização urbana. Floresce quase o ano inteiro, porém com maior intensidade nos meses de se- ¤Ž˜‹¡œ°˜Š¡Àœန˜Š¤¦¡ŠÀ³œœ£Š¦¤œ£ ocorre principalmente entre os meses de fevereiro à agosto. Š¦¤œÄŒœ˜Ž£¤Ó¨Ž—ထŠ˜Š¡Ž—ŠœŽœ¨Š- lado, muito procurado por diferentes de animais como a cotia, paca e a capivara. O jerivá gosta de solos muito úmidos, brejosos ou inundáveis. A madeira é dura e altamente resis-tente, com grande durabilidade em água salgada. Jerivá (Syagrus romanzoffiana) índice
  • 25. 48 Passar o carrapicho um pro outro dando um abraço. Terra 49 Mais informações sobre a espécie Acerte no alvo Arco e flecha, dardos, zarabatana. O ser humano sempre gostou bastante de mirar em um alvo e ZAZ! Atirar algo e tentar acertá-lo. Quem anda no mato está acostumado a sair da trilha com carrapichos grudados na roupa. Essa semente que se fixa às roupas pode ser uma incomodação ou virar uma brincadeira super divertida. Devido à capacidade de grudar em tecidos, o carrapicho é uma semente que permite criar diversas brincadeiras de atirar em alvos. E são muitas espécie de plantas que têm carrapichos Idade indicada A partir de 2 anos de idade Material Semente Como fazer Encontre carrapichos, há diversas espécies e eles estão bastante espalhados por todo território nacional. Precauções Cuidado para não disseminar muito as sementes usadas na brincadeira. Brincadeira É necessário ter um alvo, que pode ser um tecido mais fofo, como uma blusa de lã, um cobertor velho etc. Os carrapichos são distribuídos aos jogadores e eles combinam uma meta. Por exemplo: nós temos 20 carrapichos e precisamos acertar pelo menos 10 deles no alvo. O velcro é uma tecnologia de união de tecidos usada em alta escala no mundo inteiro, especialmente em roupas e aces-sórios de moda. Duas camadas que se conectam para unir objetos, de forma prática e consis-tente. Foi criado pelo engenheiro suíço Geor-ges de Mestral, em 1941. Ele inspirou-se após analisar atentamente as sementes ŽŒŠ¡¡Š“Œ’œ£ှŠ¡Œ¤“¦˜ဿŸ¦Ž‘¡¦Š¨Š˜ constantemente em sua roupa durante suas caminhadas diárias pelos Alpes. Após examinar o material através de um microscópio percebeu que diversos Ŋ—Š˜Žš¤œ£Žš¤¡Ž—ŠÀŠœ£¤Ž¡˜“šŠšœŽ˜ pequenos ganchos, é que causavam a a forte aderência dos carrapichos nos te-cidos. É mais um exemplo de biomimetismo: inspiração na observação da natureza. Carrapicho (Triumfetta semitriloba Jacq.) índice
  • 26. 50 Diversas espécies de flores, galhos e epífitas. Terra 51 Ikebana Os japoneses chamam de ikebana um exercício de pai-sagismo com todos as partes das plantas, como caules, folhas, flores, ramos, que, segundo eles, simbolizam o céu, a terra e a humanidade. Ikebana em japonês significa “dar mais vida à flor”. O resultado final pode ser visto como a união entre a beleza e a simplicidade. Promove, coordenação motora, relaxamento mental, concentração e criatividade. Idade indicada A partir de 2 anos de idade Material Flores, frutos e galhos, sempre com caule para fincar Como fazer Em um galho mais antigo, tabua apodrecida, ou em alguma superfície porosa fazemos um arranjo de flores e pequeninos galhos criando um jardim miniatura. Experimente usar três elementos em cada ikebana, representando o céu, a terra e o ser humano. Valorize as irregularidades e a tortuosidade de elementos naturais. Precauções Não utilizar espécies tóxicas como a espirradeira e a erva de borboleta. Brincadeira Fazer uma exposição dos trabalhos, apresentar e conversar sobre o processo criativo, um pode interferir no trabalho do outro dando sugestões, se o grupo quiser. índice
  • 27. 52 53 Brincadeiras da Água índice
  • 28. 54 55 Brincadeiras com água nem sempre molham, depende do tamanho e do estado das gotas.
  • 29. Água 57 Mais informações sobre a espécie 56 Que folha mais redondinha, presa pelo seu centro. Que flor mais colorida, quente, amarela ou alaranjada. E quando chove, capuchinha, as gotas dançam no teu corpo. Idade indicada A partir de 1 ano de idade Material Folhas, na própria planta Como fazer Aspergir água sobre as folhas, ou brincar após uma garoa fina. Precauções Brincar com delicadeza. Brincadeira As gotas são retidas pelas folhas e concentram-se no seu centro. Com um leve toque elas caem em cima de outras folhas provocando um efeito cascata. As gotas deslizam de uma folha para outra em uma verdadeira sinfonia. É uma erva originária dos Andes (Co- —ô˜‹“ŠထŸ¦Šœ¡ထŽ¡¦Žœ—Ó¨“Šဿန œ““š- troduzida na Europa apenas no século XVII, onde fez muito sucesso pelos seus poderes medicinais e por sua aplicação na culinária. Nessa região é conhecida há muito tempo por suas propriedades anti-sép-ticas. Suas folhas são redondas, verdes-cla-ras, e levemente onduladas nas bordas. ¡œ¦¯Śœ¡Ž£Š˜Š¡Ž—Š£Ž¨Ž¡˜Ž—’Š£န £œ—’Š£ŽŚœ¡Ž££³œŒœ˜Ž£¤Ó¨Ž“£Ž¤Å˜ um sabor picante e um pouco amargo lembram o agrião e a mostarda. Podem £Ž¡Š“Œ“œšŠŠ£Š£Š—ŠŠ£ထŸ¦Ž“”œŠŽ£Œœထ omeletes, empanadas e até mesmo utili-zadas em tortas doces. £ Śœ¡Ž£ Ž£¤³œ £Žšœ ˜¦“¤œ ¦£ŠŠ£ para decoração de pratos. É muito rica em vitamina C e mine-rais. Também estimula o apetite, é di-gestiva, tônica e ajuda a limpar o sangue das impurezas. Auxilia no tratamento Ž“šŚŠ˜ŠÀõŽ£œÓ‘ŠœŽ¡“š£န Capuchinha (Tropaeolum majus L.) Gotas que dançam índice
  • 30. Água 59 Mais informações sobre a espécie Arremesso de água Algumas folhas têm a capacidade de reter a água. As gotas sobre sua superfície se unem, separam, escorrem para o centro, bailam. As folhas de inhame (ou taro) são assim, seguram a água e são enormes, às vezes chegam a ser maior do que o peito de um homem adulto. A brincadeira de atirar água um para o outro pode dar um banho de ale-gria e se transformar em diversas possibilidades de aprendizagem. Idade indicada A partir de 7 anos de idade Material Folhas, retiradas das plantas Como fazer Colocar algumas gotas de água em cima da folha e não deixar cair. Precauções Se prepare para molhar, jogar em ambiente externo e com roupa apropriada. Brincadeira Assim como a capuchinha, as gotas são retidas pelas folhas e concentram-se no seu centro. Cada jogador pega uma folha e um atira a água para o outro, buscando que ela não se perca. Os jogadores podem contar quantas vezes eles conseguem passar a água um para o outro sem que ela acabe. O vocábulo “inhame” origina-se das —Óš‘¦Š£ œ œŽ£¤Ž Š !Š“ŒŠန Š—Š¨¡Š œŽ£“‘š“ŊŒŠ¡œ¦ဣ£Š‹œ¡ဤœ¦ဣŒœ˜Ž¡ဤန sonoridade da palavra lembra um abo-canhar – nham! Inhame ou cará, como é chamado em algumas regiões do Brasil, é o nome dado ao tubérculo de algumas espécies dos gêneros Alocasia, Colocasia e Dios-corea. O inhame cultivado costuma ser uma planta rústica, dispensando cuidados £œŊ£¤“ŒŠœ£န ¤¦‹Ä¡Œ¦—œ Ä Ž˜¡Ž‘Šœ em inhoques, sopas e tortas. Possui um alto teor calórico, além de ser rico em proteínas e sais minerais ှó£œ¡œŽœ¤±££“œဿနŠ˜‹Ä˜Ä¦˜œŽ- roso depurativo do sangue, rins e intes-tinos e ainda é indicado na prevenção da malária, dengue e febre amarela. O inhame foi trazido das ilhas de Cabo Verde e São Tomé para o Brasil pe-los portugueses e encontrou condições ideais para se desenvolver. Também tem o nome popular de orelha de elefante. Inhame ou Taro (Colocasia esculenta) índice
  • 31. Butiá (Butia catarinensis) Água 61 Mais informações sobre a espécie 60 Canoa Algumas estruturas vegetais podem ser usadas per-feitamente para a construção de canoas e barcos. Uma bainha do butiá tem um dos desenhos mais bonitos para isso, e além disso quando virada de cabeça para baixo fica muito pa-recida com uma baleia. O butiá é uma palmeira que leva muitos anos até sair completamente do solo, tem crescimento lento, mas vigoroso. Um tecido fibroso, como uma renda, recobre o caule. Os frutos são deliciosos e sobre o cacho encontramos essa estrutura que ser-ve para construir o brinquedo. Idade indicada A partir de 3 anos de idade Material A estrutura de fibra que recobre o cacho do butiá Como fazer A canoa já vem praticamente pronta, mas dá pra dar uma ajeitadinha, pintar com terra, enfeitar com sementes. Precauções Guarde em lugar seco, por no máximo seis meses. Brincadeira Canoa gosta de água, um riozinho, lagoa, piscina, banheira ou até um balde! O termo butiá é a designação comum às palmeiras do gênero Butia, nativas da América do Sul. Também é conhecida pelos nomes de butiá-açu, butiá-azedo, butiá-branco, butiá-da-praia, butiá-de-vinagre, butiá- -do-campo, butiá-miúdo, butiá-roxo, butiazeiro, cabeçudo, coqueiro-azedo, guariroba-do-campo e palma-petiza. Ž£Ž¦£Š¦¤œ£ထŠ—Š¡Šš”Šœ£ထ£ŽŠ¯£¦- cos, sorvetes, geléia, licor e vinagre, e das sementes, comestíveis, se extrai óleo. Baleia Quando a canoa é virada de cabeça para baixo parece muito uma baleia, que pode ser usada em brincadeiras na piscina, banheira ou mesmo no ar, em água imaginária. índice
  • 32. Água 63 (-ū)'ū6),ūū;!/ Durante o Diwali, ou festival das luzes, na Índia, muitas pessoas fazem enfeites com flores e acendem velas. É comum ver tachos cheios de água com arranjos forais e às vezes uma velinha boiando. Por que não experimentar e tornar essa atividade uma deliciosa brincadeira de criação artística com elementos da natureza? Os orientais, que sempre veneraram a flor-de-lótus (Ne-lumbo nucifera), compreenderam bem a beleza dessa composição entre água e flores. Idade indicada A partir de 1 ano de idade Material Um tacho de cerâmica ou metal, água e flores Como fazer Coloque água no tacho até a metade e colete flores em algum jardim próximo. Precauções Evite locais que não possam ser molhados. Brincadeira Crie mandalas com as flores na água, brinque com as formas, cores, insira personagens, conte histórias. O diwali Uma das mais populares e alegres festas da cultura indiana o Diwali é re-alizado todos os anos entre os meses de outubro e novembro, e celebra a vitória do bem contra o mal. Essa vitória deve-se ao retorno de Sita e Rama ao reino de Ayodhya após serem raptados pelo demônio Ravana. Para celebrar a volta do casal, os habitantes acendem milhares de lamparinas para marcar o caminho, já que nesse dia, não havia a luz da lua. O Diwali, que também é conhecido como Festa das Luzes, é celebrado du-rante dez dias, mas o dia mais impor-tante é o último, quando os indianos soltam fogos de artifício e vestem suas melhores roupas. Além disso decoram £¦Š£ŒŠ£Š£Œœ˜Śœ¡Ž£Ž—Š˜Š¡“šŠ£Ž˜ homenagem a Lakshmi, deusa do amor, beleza e prosperidade. As lamparinas representam a luz in-terior que dispersa toda a escuridão da ignorância. É essa luz que nos traz a consciência de quem realmente somos. Flores dos mais variados tamanhos, cores e formas índice
  • 33. 65 64 Brincadeiras do Fogo índice
  • 34. 67 66 Já dizia seu Zé, não brinque com o fogo menino. Mas pra quem quiser...
  • 35. 6688 Papiro (Cyperus papyrus) Fogo 69 Mais informações sobre a espécie Tocha Uma tocha natural queima rapidamente, mas seu efeito é fascinante, remete a um tempo em que a nossa espécie dependia do fogo para proteger e esquentar Aprendi a fazer tochas com papiros secos. O papiro é uma planta muito especial, seu caule é triangular. Possui uma haste muito lisa que sobe até o momento em que se bifurca em dezenas de folhas. As folhas são muito finas e todas elas se encontram no centro. Idade indicada A partir de 12 anos de idade Material Uma fogueira, folhas secas de Papyrus com haste Como fazer Coloque a ponta da folha na fogueira e quando pegar fogo retire-a e veja como o fogo queima rapidamente como uma tocha. Precauções Todas, brincar com o fogo exige muita percepção de risco. Cuidado com materiais inflamáveis perto do fogo Não levante a tocha sobre sua cabeça! Brincadeira Quando você entender a dinâmica da combustão do Papyrus poderá ousar um pouco mais e fazer movimentos, criando shows pirotécnicos. Papiro é uma planta aquática da mesma família da tiririca (Cyperus ro- ¤¦š¦£ဿန—ŠÄœ¡“‘“š±¡“Šœ‘“¤œထŠ¡¤Š- mente encontrada no delta do Nilo. Era utilizada principalmente na pro-dução do papiro no Egito antigo, os pergaminhos em que eram escritos os hieróglifos. O talo do papiro pode atingir até 6 ˜Ž¤¡œ£ŽŒœ˜¡“˜Žš¤œနŚœ¡Š—Šš- ¤ŠထŒœ˜œ£¤ŠŽŊšŠ£’Š£¤Ž£¨Ž¡Ž£ထ—Ž˜- bra os raios do sol e é exatamente por ter esta analogia com o sol, divindade má-xima dos egípcios, que o papiro era con-siderado sagrado. O miolo do talo era transformado em papiros e a casca, bem resistente depois de seca, utilizada na confecção de cestos, camas e até barcos. O Papiro cresce em áreas tropicas, £¦‹¤¡œ“ŒŠ“£ŽŽ£Ä¡¤“ŒŠ£ထŚœ¡Ž£ŒŽšœŊ˜ do verão e prefere sol pleno. São usados por muitas espécies de pássaros para ni- “ŊŒŠ¡န Recentemente o papiro foi muito estu-dado pela sua capacidade de reciclar nu-trientes e passou a ser usado em sistemas de tratamento de esgoto sustentáveis. Além disso descobriu-se que o papiro também tem a capacidade de sequestrar grandes quantidades de carbono. índice
  • 36. 7700 Fogo 71 Escultura de fogo Fazer uma escultura de madeira pode ser uma ativi-dade estimulante. Começamos empilhando pedaços de madeira. Com um pouco de imaginação pode-mos criar uma estrutura muito elaborada, mistu-rando madeira e folhas. Queimar a escultura pode contribuir para o de-sapego, além de gerar a beleza e o encanto que são próprios da observação do fogo. Idade indicada A partir de 12 anos de idade Material Diversos galhos e folhas de diferentes tamanhos e formas, todos secos Como fazer Monte uma escultura com galhos e folhas e depois a apresente para seus amigos. Precauções Todas, brincar com fogo exige muita atenção e percepção de risco. Principalmente cuidado onde você coloca a mão e não faça fogo onde houver risco de incêndio. Cuidado para que o fogo subitamente fique grande demais. Esteja sempre muito atento também ao vento no momento em que você estiver incinerando a escultura. Brincadeira Quando você entender a dinâmica da combustão da escultura poderá criar estruturas que demorem mais ou menos tempo para queimar. Um desafio pode ser que, usando-se somente um palito de fósforos, a escultura deve queimar inteiramente. Diversas, qualquer parte da planta vale, sobretudo as partes secas. Caso você queira inserir aromas na escultura pode incluir ervas frescas também. índice
  • 37. 73 72 capítulo 3 Bonecos, bichos e monstros índice
  • 38. 74 75 Nesta seção apresento alguns outros brinquedos, aqueles com mais materialidade, seres, bonecos e objetos que podem ser criados com elementos da na-tureza encontrados em jardins ou parques. Uma parte deles foi descoberta por mim, outros fo-ram revelados na minha pesquisa com amigos e co-munidades tradicionais. Alguns outros são já bem conhecidos e imortaliza-dos como é o caso do boneco de espiga de milho. O teatro de bonecos é um mundo encantado para crianças pequenas. Inventar bonecos, monstros, princesas, animais animados, seres imaginários, conecta com a essência da criança, nutre novos mundos possíveis, expande a consciência, desenvolve a imaginação. O espaço de contar história é um ato de amor em rela-ção, onde os personagem inventados podem ser um elo entre o adulto e criança. Muitos adereços para os personagens também podem ser encontrados na natureza para tornar os bonecos mais divertidos. O mais legal é sair com crianças pesquisando e olhando para as possibilidades. Quando meu sobri-nho era pequeno costumávamos fazer uma trilha e recolher monstros. Cada monstro ganhava um nome e depois ele apresentava uma exposição para a mãe. Neste caminho eu me deparei com inúmeras cria-turas, é só olhar para ver, então simplesmente sugiro alguns achados pra inspirar a criação dos seus pró-prios bonecos e brinquedos.
  • 39. 76 Folha 3 Lado A Vista lateral Lado B H) Girar para a direita, formando um laço ao redor da nervura Boliche )DÄDWUÇVIXURVQRFRFRSDUDHQîDURV dedos. Depois é necessário encontrar alguma surpresa adequada e natural para servir de pino. Que tal cabaças? Fica um boliche meio idade da pedra, mas funciona bem. Coqueiro (Cocos nucifera) Bonecos, Bichos e Monstros 77 Mais informações sobre a espécie Gafanhoto Aprendi a fazer o gafanhoto com um artesão per-nambucano que era a alegria em pessoa. Ele queria me ensinar e eu queria aprender. A folha verde do coqueiro tem as melhores fi-bras para fazer o gafanhoto. A palha do coco é uma das maté-rias primas mais versáteis que exis-tem. Dela podem sair balaios, chapéus, Fazendo o corpo A) Cortar rente à nervura central esculturas de bichos e outros utensílios. O Coqueiro é uma palmeira perene originária do Sudeste Asiático e intro-duzida no Brasil em 1553 pelos portu-gueses. Essa origem é controversa, há quem diga que o coco teria resistência para chegar boiando e germinar em ou-tro continente. A planta é muito conhecida entre nós, pois o coqueiro é utilizado como planta paisagística para embelezar praças públicas, chácaras e fazendas. Š¦¤œŠ¡Ž£Žš¤Š¦˜ŠŠ¡¤Ž‹Š£¤Šš- ¤Ž Ŋ‹¡œ£Š Œœ˜ ¦˜Š ‘¡ŠšŽ £Ž˜Žš¤Ž em seu interior. Esta semente de cas-ca dura e com isso pode boiar ao cair dentro da água, descer rios e germinar mais adiante. As reservas nutritivas das sementes contêm uma parte espessa e outra parte água. Uma semente madu-ra em condição de germinar tem pouca ±‘¦ŠŽŠ£Ŋ‹¡Š£Ž˜¨œ—¤ŠŽ£¤³œ£ŽŒŠ£န Diagrama pra fazer o gafanhoto 1 4 Vista lateral Lado A Vista lateral Lado A Lado B Nervura central B) Dobrar a nervura D) Dobrar A G) Dobrar B I) Puxar, fechando o laço ao redor da nervura K) Puxar, fechando o laço ao redor da nervura Repetir várias vezes passos GHI e JK Corpo do gafanhoto Antenas Cauda J) Dobrar e girar para a esquerda, formando um laço ao redor da nervura A) Passar A e B por dentro da alça da nervura central B) Puxar ponta solta da nervura central para apertar a alça e levantar as antenas A) Encaixar pernas entre as dobras do corpo B Cortar parte das antenas C) Cortar parte posterior e dar forma a cauda Folha Retirar nervura central Cortar em três pedaços Dobrar ao meio E) Girar para a direita formando um laço F) Puxar, fechando o laço ao redor da nervura Fazendo as pernas 2 Fazendo a cabeça Finalizando índice
  • 40. 78 Bonecos, Bichos e Monstros 79 Mais informações sobre a espécie Coruja Andava colhendo uns quiabos já secos no meu quintal para retirar as sementes quando descobri que o quiabo seco aberto parece uma coruja. Apliquei vários bicos diferentes na minha coruja depois e me diverti bastante produzindo outras possibilidades de bonecos com esse fruto tão especial. O quiabo é uma planta não muito alta, com folhas em forma de mãos. Sua flor branca é muito delicada, com uma pintura bordô no interior. Idade indicada A partir de 1 ano de idade Material Vagem do quiabo, seca Como fazer Abra ao meio na longitudinal e coloque 2 olhos, que podem ser as próprias sementes. Precauções Não use quiabo mofado Brincadeira Mude os olhos da sua coruja, transforme-a em outro ser. O quiabo é uma planta da família da ˜Š—¨ŠှŠ—¨ŠŒŽŠŽဿနŽ¦Š¦¤œÄ¦˜ŠŒ±- £¦—ŠŊ‹¡œ£ŠŒ’Ž“ŠŽ£Ž˜Žš¤Ž£‹¡ŠšŒŠ£ redondas, muito usado na culinária an-tes da maturação. De origem controversa, provavelmente ŠŠ“ŒŠšŠထšœ¡Š£“—Œœ˜õŽ¡Š¤œ£¤Ó“- cos regionais, como o caruru — quiabo Œœ¯“œŒœ˜ŒŠ˜Š¡³œ£ŽŒœျšŠŒ¦—“š±¡“Š ˜“šŽ“¡Š’±œŠŠš‘œŒœ˜Ÿ¦“Š‹œŽœ¡Žœ- gado de carne com quiabo. Os quiabos são verdes e peludos e apresentam uma goma viscosa. Rico em vitamina A, são importantes para a vi-são, pele e mucosas em geral. Fruto de fácil digestão, é recomendado Š¡ŠŽ££œŠ£Ÿ¦Ž£œŠŽ˜Ž¡œ‹—Ž˜Š£ “‘Ž£¤“¨œ£ထ£ŽšœŽŊŒŠ¯Œœš¤¡Š“šŽŒÀõŽ£ dos intestinos, bexiga e rins. Personagens magrelos O quiabo seco também pode virar diferentes outros personagens que, com diferentes adereços, viram uma família quiabólica. Quiabo (Abelmoschus esculentus) índice
  • 41. 80 Bonecos, Bichos e Monstros 81 Mais informações sobre a espécie Peixe Flores são extremamente versáteis para criar se-res e bonecos. Um dia percebi que a flor de algodão parecia um peixe, um beta rosa-do. Lembrei-me da infância quando tinha aquários e me interessava muito por pei-xes ornamentais. Flores de algodão são muito delicadas e passam por diferentes estágios de desen-volvimento. A flor roxa pálida, e os braços espalhados completam o cenário. De-pois, as fibras de algodão povoam de nuvens o jardim. Idade indicada A partir de 1 ano de idade Material Flor Como fazer A flor do algodão é cor de rosa, com ranhuras. Ao ser vista pela lateral se assemelha muito com um peixe. Muitas flores de algodão em um tecido azul, por exemplo podem virar uma brincadeira de construir um fundo do mar. Precauções Flores têm pólen. Atenção com alergias. Brincadeira Faça peixes de vários tamanhos e invente alimentos para eles. Podem ser as coisas mais engraçadas que você puder criar. Girino A semente do algodão é envolta em uma îEUDEUDQFDPDFLDTXHÆDWÆKRMHXPD das principais matérias primas para produzir tecido. 2SURFHVVRGHîDÄÀRFRQVLVWHHPHQURODUDV îEUDVSDUDSURGX]LUXPîRUHVLVWHQWH$RHQURODU DVîEUDVHPYROWDGDVHPHQWHSURGX]LPRVXPD espécie de rabo que dá forma a um girino de algodão que pode ser também um espermatozoide, ou qualquer outro ser para brincar. Š—‘œ³œÄ¦˜ŠŊ‹¡Š‹¡ŠšŒŠœ¦Ž£- ‹¡ŠšŸ¦“ÀŠŠœ‹¤“Šœ£Š¦¤œ£ŽŠ—‘¦- mas espécies nativas das áreas tropicais Š!Š“ŒŠထ!£“ŠŽ˜Ä¡“ŒŠန ±˜¦“¤œ¤Ž˜œထŽ£ŽœŊšŠ—ŠĘ—¤“- ma era glacial, tecidos já eram confeccio-nados com algodão. Atualmente, somente 4 espécies são aproveitadas em larga escala para a con-fecção de tecidos e instrumentos médi-cos. Estima-se que a produção mundial gire em torno de 25 milhões de toneladas anualmente. Algodão (Gossypium arboreum) índice
  • 42. 82 Elefante da bananeira A folha seca e o pendão podem ser utilizados para criar um elefante. A folha serve como orelha e o pendão como tromba. Bonecos, Bichos e Monstros 83 Mais informações sobre a espécie Dragão A bananeira é uma planta lúdica, tem muitas partes divertidas que podem ser utilizadas para criar brincadeiras. O pendão que fica abai-xo do cacho sempre me provocou a brincar, eu tive sempre o impulso de segurar na ponta oposta ao coração e gi-rar aquilo como se fosse uma funda ou um martelo (do atletismo). Depois descobri que ali dentro residiam diversos seres imaginários. Idade indicada A partir de 1 ano de idade Material Flor e pendão Como fazer Quando um cacho de bananas é colhido o pendão com a flor costuma ser jogado fora. Essa parte da planta vira um boneco incrível que parece um dragão. Precauções A banana solta um líquido que pode manchar roupas para sempre. Procure usar uma roupa que possa ser manchada. Brincadeira Abra um pedaço do coração da bananeira, e veja que as bananas pequeninas são uma cabeleira. Instale olhos de sementes e seu bicho vai ficar muito engraçado. Depois você pode brincar que ele voa e faz sons divertidos. O cultivo de bananas pelo ser humano teve início no sudeste da Ásia. Existem ainda muitas espécies de banana selva-gem na Nova Guiné, na Malásia, Indo-nésia e Filipinas. Ainda que as espécies selvagens apre-sentem numerosas sementes, grandes e duras, quase todas as variedades de ba-nana utilizadas na alimentação huma-na não têm sementes. Da parte inferior do cacho da banana ainda imaturo (ou verde, como se costu- ˜Š“¯Ž¡ဿထ£Š“¦˜Žš³œŽထŽ˜£Ž¦Ž¬- tremo, destaca-se um cone de coloração ŽŒœš£“£¤ÅšŒ“Š“Ž¡ŽšŒ“ŠŠ£ထŸ¦ŽÄŠŚœ¡ Š‹ŠšŠšŽ“¡Šနœ¦—Š¡˜Žš¤ŽထŠŚœ¡Š bananeira é chamada de umbigo [do ca-cho] da banana, coração da bananeira, mangará ou apenas umbigo da banana, que, cozido e preparado com outros in-gredientes, é comestível de requintado sabor e alto valor nutricional. Apesar de parecer não utilizável, a casca da banana contém vários nutrientes, açú-cares naturais como a glicose e sacarose e minerais. Com isso, pode ser aproveitada no consumo alimentício. São diversos as maneiras para aproveitá-la, como o bri-gadeiro de casca de banana, o bolo de casca de banana, a farinha, entre outros. Banana (Musa sapientum) índice
  • 43. 84 Bonecos, Bichos e Monstros 85 Mais informações sobre a espécie Boneco Cabeludo O embiruçu é uma árvore esguia, parecida com uma embaúba, mas com flores bem diferentes. Um dia vi uma flor no chão e a coletei. O que primeiro me chamou a atenção foi a coloração da flor do embiruçu, que me lembrou a pelagem de um feli-no. Depois me diverti com aquela cabeleira branca com bolinhas minúsculas em cada ponta. Parecia um rasta-fári albino. Fiquei uma manhã toda olhando para aquele boneco que já veio quase pronto. Idade indicada A partir de 3 anos de idade Material Flor Como fazer Coletar a flor e brincar com seu cabelos. Precauções Manipule a flor com cuidado pois é bem frágil. Brincadeira Faça um teatro de bonecos com as flores do embiruçu, que podem ser decoradas com diversos adereços naturais. O embiruçu é nativo e endêmico do Brasil. Ocorre em diversos estados bra-sileiros, nos biomas Mata Atlântica e Cerrado. É uma árvore de 15 a 25 m de altura. Suas folhas são de cor vermelha quan-do jovens e verde-escura quando adul- ¤Š£န£Śœ¡Ž££³œ˜¦“¤œ‹œš“¤Š£ŽŽŒœ¡ ‹¡ŠšŒŠထ“£œ£¤Š£Œœ˜œŒŠŒ’œ£နŠ¦¤œ possui até 30 cm de comprimento e as £Ž˜Žš¤Ž££³œŽš¨œ—¨“Š£œ¡Ŋ‹¡Š£ှŠ“- šŠဿŒœ˜œŠ£ŠŠ“šŽ“¡Šန Antigamente, a paina era usada como enchimento para travesseiros, almofa-das e colchões. O nome provém do Tupi e quer dizer “embira-grande”, sendo que embira é o šœ˜ŽŠœ°£¤“¡Š£¡Ę£¤“ŒŠ£ŽŊ‹¡Š£Ÿ¦Ž podem ser arrancadas de certas árvores e que são muito utilizadas na fabricação de cestos e cordas improvisadas. É uma espécie pioneira que se man- ¤Ä˜Ž˜Śœ¡Ž£¤Š£˜Š“£˜Š¦¡Š£နŽ- senvolvimento das mudas após o plantio é bastante rápido e a planta pode che-gar aos 3 ou 4 m de altura em cerca de 2 anos. O embiruçu perde suas folhas em determinadas épocas do ano e as folhas ŽŚœ¡Ž££³œ˜¦“¤œŒœš£¦˜“Š£œ¡˜Š- cacos-prego. ¡¦¤“ŊŒŠ šœ£ ˜Ž£Ž£ Ž £Ž¤Ž˜‹¡œ Ž œ¦¤¦‹¡œန £ Š¦¤œ£ထ Ÿ¦Ššœ ˜Š¦¡œ£ထ secam e expõem as sementes. Essas se-mentes, presas a painas são facilmente dispersas pelo vento. Embiruçu (Eriotheca candolleana) índice
  • 44. 86 Bonecos, Bichos e Monstros 87 Mais informações sobre a espécie Broche Quem nunca ouviu a cigarra cantar? Quem já viu uma cigarra ao vivo? É um inseto que tem características únicas e fascinantes. É esverdeado e tem uma asa rendada. A cigarra, quando nasce, sai de uma casca (exoesquele-to) que fica agarrada na árvore, com a forma exata do inseto. Conheço essa casca desde pequeno e sempre que acha-va uma colocava na minha roupa como um broche, um troféu no peito, que ser-via tanto para espantar os outros como para demonstrar minha coragem. Idade indicada A partir de 3 anos de idade Material O exoesqueleto da cigarra Como fazer A questão é encontrar o esqueleto da cigarra preso a alguma árvore. Quando você encontrar pode retirá-lo e dependurar na sua roupa. Vira um broche! Precauções Guarde em lugar seco, por no máximo dois meses. Brincadeira A cigarra pode inspirar uma canção, ou podemos usá-la como um boneco. As cigarras são notáveis devido à can-toria entoada pelos machos, diferente em cada espécie e que é ouvida no pe-ríodo quente do ano. Os machos destes insetos possuem aparelho estridulatório, situado nos lados do primeiro segmento abdominal, emitindo cada espécie som característico. As cigarras também são reconhecidas pela forma característica e pelo tamanho grande, que varia cerca de 15 milímetros até pouco mais de 65 milímetros de com-primento e atingindo até 10 cm de en-vergadura. Possuem um “bico” comprido para se alimentar da seiva de árvores e plantas onde normalmente vivem. Muitas espécies de cigarra têm perío-dos diferentes de amadurecimento, com ciclos vitais de duração variada, enquan- ¤œŠ£—Š¡¨Š£ŊŒŠ˜£œ‹Š¤Ž¡¡ŠနŠ££Ž¤Ž espécies do gênero Magicicada têm uma característica adicional: elas são sincro-nizadas, ou seja, saem do chão todas ao mesmo tempo, para cerca de duas sema-nas de canto ensurdecedor, acasalamen-to e postura de ovos. Cigarra (Carineta fasciculata) índice
  • 45. 88 89 capítulo 4 Um jardim de brincadeiras índice
  • 46. 91 90 2 FRQYLWH îQDO GHVWD SXEOLFDÄÀR Æ para que você crie um jardim com es-pécies que podem ajudar a conectar crianças e adultos com seu ambiente. Para fazer isso basta coletar semen-tes e mudas, selecionar as espécies de acordo com o espaço que você tem, conseguir um pouco de matéria orgânica e colocar as mãos na terra! Lembre-se que cada espécie tem seu tempo para germinar, crescer e fruti- îFDUDGDXPDWDPEÆPWHPVXDVQH- cessidades próprias, algumas reque-rem mais espaço, outras precisam de alguma estrutura para subir, etc. Alguns outros pontos que este guia quer provocar:
  • 47. 93 92 Diversidade A brincadeira está em todos os lugares, pode estar dentro de um vaso, ou na praça. Quando for fazer seu jardim de brincadeiras não plante somente a brincadeira pensada ou descrita nesta publicação, busque dife-rentes espécies de diferentes locais. Quanto mais diversidade no plantio, mais possibilidades criamos, quanto mais possibilidades, possivelmente mais encontros e sacadas. A diversidade é um importante elemento para a riqueza, seja diversidade de espécies dentro de uma floresta ou diversidades de alimentos na dieta humana. Podemos pensar também a diversi-dades na alimentação cultural, social, emocional ou lúdica. Arte Faça o jardim com arte, desenhe canteiros com formas da natu-reza, abuse da beleza, crie estruturas dentro do jardim, anexe brin-quedos convencionais como gangorras, balanços, trapézios, pontes. Faça caminhos desenhando com seixos, pinte muros e vasos, pendure cordas, finque bambus, lembre-se que flores chamam borboletas, pássaros e outros insetos que por sua vez também chamam mais pássaros, répteis e anfíbios. Imaginação As brincadeiras descritas nesse livro são tributos a nossa capaci-dade de observar e imaginar. Na interação criativa com o elemento já conhecido, encontramos o novo. Se exploramos possibilidades, doamos tempo, ganhamos intimidade com o que ainda vai ser revelado. A imaginação não é um dom, ela cresce e se desenvolve confor-me a vazão de estímulos flui. Esse é um jogo infinito, de encanta-mento, de generosidade e beleza. Fertilidade Ser fértil é muito mais do que a capacidade de reproduzir, a ferti-lidade traz a semente em si, para germinar sempre que encontrar um solo acolhedor. O jardim das brincadeiras quer plantar essa ideia: vamos brin-car com a natureza! Deixe a vida transformar sua visão de mundo, recrie, invente, adube sua mente, saia da caixa. Plantar um jardim dissemina sementes e ideais. Que surjam muitos outros brinquedos e brincadeiras e que sejam vivenciados por crianças de todo o mundo.
  • 48. 95 94 capítulo 5 Dicas para pais e professores índice
  • 49. 96 97 ! Frequente parques, lugares ao ar livre perto da sua casa ou escola. ! Resgate brincadeiras antigas, relembre as brincadeiras que você gostava na sua infância. ! Alguns atributos são fundamentais: atenção, carinho, amor, assim se fortalece uma relação. ! Solte a criança no jardim, estimule-a, desperte-a com alguma brincadeira ou mostre para ela formas e cores, mas não dirija todas as suas atividades, deixe que ela descubra, permita que a imaginação dela possa emergir. ! Como em qualquer outro lugar, há perigos mesmo em um jar-dim e a criança pode se machucar. Ajude a criança a prestar atenção no que ela está prestes a fazer, mas tome bastante cuidado para não lhe infundir medo, tipo: “você vai se quei-mar”, “você vai cair”... ! Brinque junto com a criança, compartilhando as invenções. É muito importante que criança e adulto compartilhem o tem-po e o espaço da brincadeira. ! Nem todas as brincadeiras precisam ser mentais, ou seja, te-rem narrativa e estruturas lógicas, não precisa ter “porque” nem ”para que”, brincadeira não precisa ter finalidade peda-gógica, pode ser puro encantamento, meditação de criança, movimento, experimentação, jogo, aventura. ! Cuidado com a crítica e com o medo do ridículo, siga o fluxo do que está acontecendo ou se afaste um pouco para com-preender melhor o momento. ! Crianças têm diferentes temperamentos, há crianças mais in-trospectivas, outras mais ativas, crianças mais mentais, algu-mas mais físicas. Busque conhecer cada vez melhor as crian-ças com que você interage e respeite o temperamento de cada criança. ! Se a criança, mesmo advertida, desobedece e o que você gos-taria de evitar acontece, como por exemplo, ela se machuca ou quebra algo, perceba que o “castigo” já aconteceu. Ajude-a a perceber a consequência de seu ato, sem a necessidade de “culpabilização”. ! Quando brincar com uma criança faça só isso, não leve outras atividades para o local da brincadeira. É melhor cinco minutos presentes do que uma hora com interferências, pausas para atender o celular, reuniões, consultas ao facebook, respostas de e-mails, etc.
  • 50. 98 Referências bibliográficas LORENZI, Henri Árvores Brasileiras Jardineiro.net www.jardineiro.net Wikipedia http://pt.wikipedia.org/ Howstuffworks http://www.hsw.uol.com.br índice