25/04 - Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde
1. Você está satisfeito com seu plano de saúde?
Os médicos também não.
HONORÁRIOS JUSTOS, SEM REAJUSTES PARA A POPULAÇÃO
Brasília, abril de 2012
25/04 - Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde
Em todo o país, médicos que atuam na iniciativa privada participam de atividades
em protesto contra a relação injusta com os planos de saúde. Cerca de 90% dos
atendimentos nos consultórios são feitos por meio de planos de saúde e a remu-
neração por consulta é de R$ 40. Os médicos reivindicam o valor mínimo de R$ 80
e o fim da intrferência antiética dos planos de saúde na relação entre médico e
paciente, como as glosas a procedimentos recomendados.
Nos últimos 12 anos, os índices de inflação acumulados chegaram a 120%. Por
outro lado, os reajustes dos planos somaram 150%, enquanto os honorários médi-
cos não atingiram reajustes de 50% no período. A categoria chama a atenção para
o fortalecimento desse mercado no Brasil, que cresce mais de 10% ao ano, o que
significa em torno de 4 milhões de novos usuários por período. Em 2010, esse
cenário gerou um faturamento às operadoras de R$ 72,7 bilhões, sem suficiente
contrapartida em termos de valorização do trabalho médico e na oferta de
cobertura às demandas dos pacientes.
Para as entidades médicas, esses números são a prova de que, para as operado-
ras, a assistência em saúde se tornou um negócio regido exclusivamente pela
lógica do lucro. Com essa postura, as empresas têm penalizado sucessivamente
os médicos, prestadores de serviços, com o pagamento de honorários inadequa-
dos e defasados, além de submeter seus usuários a uma oferta reduzida de profis-
sionais, serviços e cobertura.
“Os planos se esquivam da negociação com os médicos e parte deles não demon-
stra ter nenhum compromisso com a assistência que oferece aos nossos
pacientes, que para eles são clientes. Só em Brasília são 684 mil vidas que o gov-
erno deixa de contar no planejamento da saúde privada e que não têm a assistên-
cia prometida pelos planos de saúde”, afirma o presidente do Sindicato dos Médi-
cos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho.
Contato para a imprensa:
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