Milhões de brasileiros cancelaram seus planos de saúde nos últimos anos devido aos altos custos e aumentos superiores à inflação. O SUS apresenta restrições no acesso a serviços especializados e longas filas, apesar de ter uma boa proporção de médicos por habitante. Muitos brasileiros recorrem a atendimentos privados e clínicas populares diante das dificuldades do sistema público.

1. file:///C|/Users/Emerson/Desktop/aaa.txt[10/11/2019 13:11:02]
Sem conseguir arcar com as mensalidades, 3,1 milhões de brasileiros cancelaram seus planos de saúde nos últimos
três anos. Dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2017, revelam que o
número de dependentes do SUS aumentou a partir do crescimento do desemprego no paÃs. Somado a isso,
profissionais da área da saúde rescindiram seus contratos junto às operadoras, justificando o baixo valor pago por
consulta.
Levantamento apresentado pelo IBGE, em 2018, revela que os planos de saúde têm aplicado aumentos superiores Ã
inflação. Os convênios acumularam, no ano passado, elevação de 10,12%, enquanto o Ãndice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu apenas 5,18%.
Apesar do prestÃgio internacional, o SUS apresenta restrições no acesso a serviços especializados e
diagnósticos, além de registrar longas filas de espera e difÃcil acesso a medicamentos. Outra reclamação
comum é a falta de médicos. Contudo, dados da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo indicam
que há 2,11 médicos para cada mil habitantes no Brasil, sendo que o parâmetro ideal sugerido pela ONU é de
um médico para cada mil habitantes. Então, qual é o problema? Ainda que o paÃs supere as normativas
internacionais em relação à proporção de médicos por habitante, a distribuição desses profissionais é
desigual.
Diante desse cenário, muitos brasileiros recorrem a atendimentos privados e clÃnicas populares. Acompanhe, na
série de reportagens produzida pela Beta Redação, os desafios e alternativas dos brasileiros quando o acesso Ã
saúde pública se torna um desafio.
Localizadas nas regiões centrais das grandes cidades, as clÃnicas populares vêm conquistando pacientes que,
impossibilitados de pagarem um convênio médico e insatisfeitos com os atendimentos do SUS, encontram nesses
locais uma alternativa para solucionar seus problemas médicos de saúde.
Apesar de cobrirem procedimentos corriqueiros, como consultas e exames, as clÃnicas populares não são
indicadas para aqueles que precisam de tratamentos complexos, como internação ou atendimento de emergência.
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