Este documento descreve uma intervenção realizada na Unidade Básica de Saúde Núcleo Assistencial de Saúde em Serranópolis do Iguaçu, Paraná para melhorar o controle do câncer de colo do útero e de mama. A intervenção melhorou a cobertura dos exames, a adesão das mulheres, a qualidade do atendimento e os registros médicos. A intervenção também promoveu a saúde das mulheres orientando-as sobre fatores de risco e realizando campanhas educativas.
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
ControleCâncerColoÚteroMamaUBS
1. Controle do câncer do colo do
útero e de mama, na UBS Núcleo
Assistencial de Saúde, no
município de Serranópolis do
Iguaçu, Paraná
Especializanda: Tamara Alice Fracaro Sehn
UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA
FAMÍLIA - EaD
TURMA 4
Orientador: Caroline Martins
Pelotas, 2014
2. Introdução
• Serranópolis do Iguaçu – possui uma população de
4.955 habitantes;
• Duas Unidades Básicas de Saúde;
• Não possui Hospital;
• População de 2.813 habitantes;
• 617 habitantes são mulheres entre 25 e 64 anos;
• 208 habitantes são mulheres entre 50 e 69 anos;
• Equipe da UBS;
• Horário de atendimento;
Núcleo Assistencial de Saúde
3. Introdução
• Câncer de mama:
• mais de um milhão de casos novos em todo o mundo
a cada ano;
• câncer mais comum entre as mulheres.
• Câncer de colo de útero:
• é o segundo mais comum entre mulheres no mundo;
• quatrocentos mil casos novos.
Os elevados índices de incidência e mortalidade
justificam a implantação de estratégias para o controle
destas doenças (BRASIL, 2013).
4. Introdução
• Cobertura do Controle do Câncer de Colo do Útero na
unidade antes da intervenção era de 85%;
• Cobertura do Controle do Câncer de Mama na unidade
antes da intervenção era de 90%;
• Registros;
• Falta de protocolo.
6. Metodologia
• Organização e Gestão do Serviço:
- Capacitação da Equipe;
- Elaboração do Protocolo de Atendimento às
mulheres entre 25 e 69 anos;
- Ficha- espelho;
- Organização da agenda;
- Monitoramento dos exames alterados;
- Preenchimento da Planilha de Coleta de Dados;
- Campanha;
- Contato com o Gestor;
7. Metodologia
• Monitoramento e Avaliação:
- Levantamento das mulheres com exames em dia
ou em atraso;
- Aplicação do questionário pelas ACS ;
- Preenchimento das fichas- espelho, prontuários e
questionários;
- Avaliação dos indicadores semanalmente;
8. Metodologia
• Engajamento Público:
- Informação à comunidade;
- Campanha;
- Ações fora da unidade;
- Sala de espera;
• Qualificação da Prática Clínica:
- Capacitação da equipe;
- Cópia do Protocolo na UBS;
- Melhoria do atendimento às mulheres.
10. Objetivo Específico1: Ampliar a cobertura de detecção
precoce do câncer de colo e do câncer de mama.
Foram cadastradas 849 mulheres
- 604 mulheres entre 25 e 64 anos
- 245 mulheres entre 50 e 69 anos
11. Meta 1.1: Ampliar a cobertura de detecção
precoce do câncer de colo uterino das mulheres na
faixa etária entre 25 e 64 anos de idade para 90%.
Figura 1 - Proporção de mulheres entre 25 e 64 anos com exame em dia para detecção precoce de
câncer de colo do útero.
Fonte: planilha de indicadores.
Das 604 participantes, 77,8% (480) estavam com exame em dia.
12. Meta 1.2: Ampliar a cobertura de detecção
precoce do câncer de mama das mulheres na faixa
etária entre 50 e 69 anos de idade para 95%.
Figura 2 – Proporção de mulheres entre 50 e 69 anos com exame em dia para detecção precoce de câncer
de mama.
Fonte: planilha de indicadores.
Das 245 participantes, 77,6% (190) estavam com exame em dia.
13. Objetivo específico 2: Melhorar a adesão das
mulheres à realização de exame citopatológico de
colo uterino e mamografia.
Meta 2.1: Buscar 100% das mulheres que tiveram
exame alterado e que não retornaram a unidade de
saúde.
14. Indicador 2.1. Proporção de mulheres com exame
citopatológico alterado
Figura 3 – Proporção de mulheres com exame citopatológico alterado.
Fonte: planilha de indicadores.
Das 604 participantes, 1,9% (9) das mulheres tiveram exame
alterado.
15. Indicador 2.1.a Proporção de mulheres com o
exame de mamografia alterada.
Das 245 participantes, 3,2% (6) mulheres tiveram exame alterado.
Figura 4 – Proporção de mulheres com o exame de mamografia alterada.
Fonte: planilha de indicadores.
16. Indicador 2.2. Proporção de mulheres que com exame
citopatológico alterado que não retornaram para
conhecer resultado
A proporção de mulheres com exame alterado que
não retornaram para conhecer resultado foi igual a zero
nos quatro meses.
Indicador 2.2.a Proporção de mulheres que com
mamografia alterada que não retornaram para
conhecer resultado
17. A proporção de mulheres que não retornaram para
resultado e foi feita busca ativa foi igual a zero nos
quatro meses.
Indicador 2.3 Proporção de mulheres que não
retornaram para resultado de exame citopatológico e
foi feita a busca ativa.
Indicador 2.3.a Proporção que não retornaram para
resultado de mamografia e foi feita busca ativa.
18. Objetivo específico 3: Melhorar a qualidade do
atendimento das mulheres que realizam detecção
precoce de câncer de colo de útero e de mama na
unidade de saúde.
Meta 3.1. Obter 100% de coleta de amostras
satisfatórias do exame citopatológico de colo uterino.
Figura 5 – Proporção de mulheres com amostras satisfatórias do exame citopatológico do colo do útero.
Fonte: planilha de indicadores.
19. Objetivo específico 4: Melhorar registros das
informações.
Meta 4.1. Manter registro da coleta de exame
citopatológico de colo uterino e realização da
mamografia em registro específico em 100% das
mulheres cadastradas nos programas da unidade
de saúde.
20. • Indicador 4.1. Proporção de
mulheres com registro adequado
do exame citopatológico de colo
do útero.
100%
• Indicador 4.2. Proporção de
mulheres com registro adequado
da mamografia.
100%
21. Objetivo específico 5: Mapear as mulheres de
risco para câncer de colo de útero e de mama.
Meta 5.1 Realizar avaliação de risco (ou
pesquisar sinais de alerta para identificação de
câncer de colo de útero e de mama) em 100% das
mulheres nas faixas etárias-alvo.
22. Indicador 5.1. Proporção de mulheres entre 25 e 64
anos com pesquisa de sinais de alerta para câncer de
colo do útero.
Figura 6 - Proporção de mulheres entre 25 e 64 anos com pesquisa de sinais de alerta para câncer de colo do útero.
Fonte: planilha de indicadores.
23. Indicador 5.2. Proporção de mulheres entre 50 e
69 anos com avaliação de risco para câncer de
mama.
Figura 7 – Proporção de mulheres entre 50 e 69 anos com avaliação de risco para câncer de mama.
Fonte: planilha de indicadores.
24. Objetivo específico 6: Promover a saúde das
mulheres que realizam detecção precoce de
câncer de colo de útero e de mama na unidade de
saúde.
Meta 6.1. Orientar 100% das mulheres
cadastradas sobre doenças sexualmente
transmissíveis (DST) e fatores de risco para câncer
de colo de útero e de mama.
25. Indicador 6.1. Proporção de mulheres entre 25 e 64
anos que receberam orientação sobre DST’s.
• Resultados: 100%
Indicador 6.1.a. Proporção de mulheres entre 25 e 64
anos que receberam orientação sobre os fatores de
risco para o câncer de colo do útero.
• Resultados: 100%
Indicador 6.1.b. Proporção de mulheres entre 50 e 69
anos que receberam orientação sobre os fatores de
risco para o câncer de mama.
• Resultados: 100%
26. Discussão
A intervenção melhorou a qualidade da
atenção à saúde das mulheres atendidas na
UBS, uma vez que proporcionou um olhar
qualificado e integral à saúde das mesmas,
incluindo ações de prevenção e promoção da
saúde.
27. Discussão
Importância da Intervenção:
Incorporação da intervenção à rotina do serviço:
- Mudanças.
Equipe Serviço
Comuni
dade
28. Reflexão crítica sobre seu processo
pessoal de aprendizagem
• Expectativas iniciais do curso;
• Significado do curso para a prática profissional;
• Aprendizados mais relevantes;
29. Referências
• BRASIL, Ministério da Saúde. Mamografia: da prática ao controle. Rio de Janeiro:
Instituto Nacional de Câncer, 2007.
•
• BRASIL, Ministério da Saúde. Revista Brasileira de Cancerologia. Rio de Janeiro:
Instituto Nacional do câncer José Alencar Gomes da Silva, 2012.
•
• BRASIL, Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica: controle dos cânceres
do colo do útero e da mama, 2 ed. Brasília, 2013.
•
• DATASUS. Consolidado de todas as famílias cadastradas no ano 2013. Acesso
em JULHO, 2013.
•
• DUCAN, Bruce B; SCHMIDT, Maria Inês; GIUGLIANI, Elsa R. J. Medicina
ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre:
Artmed, 2004.