"Incentivando o aleitamento materno em mulheres grávidas através
de uma pesquisa-ação" - RESULTADOS PRELIMINARES
PIFFER, Matheus Lima1, ROCHA, Cinthya Aparecida2 e ANARUMA, Silvia Marina2
1 IGCE – Universidade Estadual Paulista, Rio Claro
2 IB – Universidade Estadual Paulista, Rio Claro
1. Objetivos:
A diminuição1 da fome e da mortalidade infantil fazem parte das Metas do
Milênio apontadas pela OMS e podem ser melhoradas através da promoção
do aleitamento materno. O objetivo deste estudo é o de conhecer o perfil
de mulheres grávidas, seu conhecimento sobre o aleitamento materno e a
partir disso, ensinar os aspectos básicos do aleitamento materno.
2. Material e métodos:
Trata-se de uma Pesquisa-ação com mulheres grávidas realizada em duas
etapas: 1) Entrevista semi-estruturada com perguntas sobre amamentação,
2) Correção, orientação e apresentação de materiais didáticos produzidos
pelo Proama e pelo SENAC, doados logo após ao sujeito. Foram
entrevistadas, até o momento, 24 mulheres, na faixa-etária de 15 à 39 anos,
de Rio Claro e região, com o predomínio do ensino médio (50%), seguidos
pelo ensino fundamental (30%) e ensino superior (16%). Quanto ao estado
civil, 54% são casadas, 37,5% solteiras e 8,3 % separadas ou divorciadas.
Quanto à ocupação, 71% das mulheres não trabalham fora e 29% trabalham.
62,5% não tem filhos e 37% tem filhos, cujo número variou de 1 a 4 filhos,
sendo que todas elas já amamentaram. Todas fizeram pré-natal, que variou
de 1 à 7 meses. São 37,5%, das mulheres que participaram em grupo de
gestantes, embora 58,3% receberam algum tipo de orientação sobre
amamentação, seja através de instituições formais, seja através de
parentes ou amigos.
3. Resultados:
As mulheres acham importante amamentar, embora nem todas saibam
explicar o motivo, resumindo-se à respostas genéricas como: saúde,
proteção, anticorpos, evita doenças. Nenhum sujeito fala dos benefícios do
aleitamento para a mãe. 75% das mulheres estava preparando o seio para
amamentar: tomando sol, passando bucha e massageando, também com o uso
de creme e óleo. Quanto ao período de amamentação, 62,5% reconhece a
amamentação exclusiva até os 6 meses, as demais variaram de 6 meses à 3
anos. Apenas 4,2% não especificou o tempo, deixando a vontade do bebê.
Mães primíparas preparam mais os seios que as mulheres que já são mães.
4. Conclusões:
As mulheres grávidas apresentaram informações errôneas sobre vários
aspectos do aleitamento materno e que podem comprometer um melhor
procedimento ao amamentar2, como a respeito da preparação dos seios, o
tempo de amamentação e à amamentação exclusiva, também observados em
outras pesquisas3. Isto pode acontecer também porque nem todas recebem
orientação durante à gestação, o que poderia ajudar a atitudes mais
adequadas. O tipo de procedimento adotado se mostrou válido para
esclarecer dúvidas e mudar conhecimentos errados. A pesquisa também tem
proporcionado uma vivência sobre a realidade da nossa população aos alunos,
que tem enriquecido muito o seu aprendizado.
5. Referências Bibliográficas
[1]Organización Mundial de la Salud. Disponível em: <
http://www.who.int/es/>. Acesso em: 04 out.2007
[2] RAMOS, C.V.; ALMEIDA, J.A.G. Alegações maternas para o
desmame:estudo qualitativo. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro. v.79, n.5.
p.385-390, 2003.
[3] ICHISATO,SMT; SHIMO,A.K.K. Aleitamento Materno e as crenças
alimentares. Rev. Latino-Am. Enfermagem. V.9, n.5, p.70-76, set. 2001.