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Introdução
O desajustado consumo de recursos naturais e tecnologias usadas, faz com que existam
reações ambientais catastróficas, fruto do Atual modelo Socioeconómico. Racionalização
de energia, esgotamento de recursos naturais, altos índices de poluição atmosférica,
entres outros são exemplos dos graves problemas económicos e sociais de hoje em dia.
Todos nós fazemos parte do ambiente existente, sejamos nós empresas modernas ou
organizações sem fins lucrativos, todos nós influenciamos e somos influenciados pelo
mesmo meio ambiente. Consequentemente deverão atuar no mercado com vista a
sustentabilidade económica, social e ambiental.
Foi nesse âmbito que na Rio-92 (conferencias das nações unidas) se propôs um modelo
de desenvolvimento o denominado desenvolvimento sustentável, que nada mais é do que
aquele modelo que atende as necessidades presentes sem comprometer a possibilidade
de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades. Essencialmente é
um conceito que está ligado à preservação e manutenção dos recursos naturais.
Toda a ação produtiva deve ser consciente, de maneira a respeitar o meio ambiente e os
recursos naturais para não comprometer o desenvolvimento futuro.
Todo e qualquer projeto deve ter em conta quatro elementos principais para o
desenvolvimento sustentável, para tentar minimizar o inter-relacionamento entre questões
chave com pobreza, exclusão social, desperdício, igualdade de género, violência, direitos
humanos, entre outros:
Sociedade – uma compreensão das instituições sociais e o seu papel na
transformação e no desenvolvimento.
Ambiente – a consciencialização da fragilidade do ambiente e os efeitos sobre
atividade humana.
Economia – sensibilidade aos limites e ao potencial do crescimento económico e
seu impacto na sociedade e no ambiente, com o comprometimento de reavaliar os níveis
de consumo pessoais e da sociedade.
Cultura – Valores, diversidade, conhecimento, línguas e visões do mundo
associados à cultura formam um dos pilares do desenvolvimento sustentável.
Pretendemos com este trabalho mostrar que é possível através de ações internas e por
meio de modelos de gestão, as instituições colaborarem para o alcance da
sustentabilidade ambiental. A esse modelo damos o nome de Manutenção produtiva
total.
Um pouco de historia
Tipos de manutenção:
1. Manutenção por Quebra/falha:
Significa que as pessoas esperam até que o equipamento apresente uma falha para
repará-lo. Isso poderia ser usado quando a falha no equipamento não afeta
significativamente a operação ou produção nem gera um prejuízo significativo além do
custo de reparo.
2. Manutenção preventiva (1951):
Trata-se de manutenção diária (limpeza, inspeção, lubrificação), destinada a manter a
condição saudável do equipamento e prevenir falhas por meio de deteção de deterioração,
inspeção periódica ou condição do equipamento e diagnóstico, para medir a deterioração.
Divide-se ainda em manutenção periódica e manutenção preditiva. Assim como a vida
humana é estendida pela medicina preventiva, a vida útil dos equipamentos pode ser
prolongada pela manutenção preventiva.
2a. Manutenção periódica (Manutenção baseada no tempo - TBM):
A manutenção baseada no tempo consiste em periodicamente inspecionar, reparar e
limpar equipamentos e substituir peças para evitar falhas repentinas e problemas no
processo.
2b. Manutenção preditiva:
Trata-se de um método no qual a vida útil de peças importantes é prevista com base em
inspeção ou diagnóstico, a fim de usar as peças até o limite de sua vida útil. Comparada à
manutenção periódica, a manutenção preditiva é uma manutenção baseada em condição.
Ela gere valores de tendências, medindo e analisando dados sobre deterioração, e
emprega um sistema de vigilância, projetado para monitorar condições.
3. Manutenção corretiva (1957):
Melhora equipamentos e seus componentes, de forma que a manutenção preventiva
possa ser executada de forma confiável. Equipamentos com problemas de projeto devem
ser projetados para melhorar a confiabilidade ou melhorar sua manutenção.
4. Manutenção preventiva (1960):
Indica o projeto de um novo equipamento. Os pontos fracos de máquinas atuais são
intensamente estudados (informações do local que levam à prevenção de falhas,
manutenção mais fácil e previnem defeitos, segurança e facilidade de fabricação) e são
incorporados antes do comissionamento de um novo equipamento.
MPT - Histórico:
O MPT é um inovador conceito japonês. A origem do MPT remonta a 1951, quando a
manutenção preventiva foi introduzida no Japão. Contudo, o conceito de manutenção
preventiva foi tirado dos EUA. A Nippondenso foi a primeira empresa a introduzir a
manutenção preventiva por toda a fábrica em 1960. Manutenção preventiva é o conceito
pelo qual os operadores produzem bens usando máquinas e o grupo de manutenção fica
encarregado de fazer a manutenção dessas máquinas, contudo, com a automação da
Nippondenso, a manutenção tornou-se um problema, Aumentando a quantidade de
funcionários da manutenção. Portanto a gerência decidiu que a manutenção de rotina dos
equipamentos seria realizada pelos operadores. (Isso é manutenção Autônoma, uma das
características do MPT). O grupo de manutenção ficava encarregado apenas dos trabalhos
essenciais de manutenção.
Assim, a Nippondenso, que já adotava a manutenção preventiva, acrescentou também a
manutenção Autônoma realizada pelos operadores de produção. A equipa de manutenção
fazia as modificações dos equipamentos, para aumentar sua confiabilidade. As
modificações eram feitas ou incorporadas nos novos equipamentos. Isso levou à
prevenção de manutenção. Assim, a manutenção preventiva, juntamente com
a prevenção de manutenção e a melhoria na manutenção, deram origem à Manutenção
Produtiva. O objetivo da manutenção produtiva era maximizar a eficácia da fábrica e dos
equipamentos, para atingir um custo ótimo de ciclo de vida para os equipamentos de
produção.
Nesse ponto, a Nippondenso havia feito círculos de qualidade, envolvendo a participação
dos funcionários. Assim, todos os funcionários participavam da implementação da
Manutenção produtiva. Com base nesses desenvolvimentos, a Nippondenso recebeu o
prêmio fábrica de destaque por desenvolver e implementar o MPT, pelo Instituto Japonês
de Engenheiros de Fábrica (JIPE). Assim, a Nippondenso, do grupo Toyota, tornou-se a
primeira empresa a obter a certificação MPT.
Manutenção Produtiva Total = MPT
M P T
Manutenção no sentido
amplo busca a qualidade
com melhorias nas
máquinas/equipamentos e
mão-de-obra
Busca do limite máximo de
eficiência do sistema de
produção.
Aumentando a produtividade,
produzindo a mesma
quantidade reduzindo tempo,
perdas, custos.
Atingir zero acidentes, zero
defeitos e zero
Eficiência global do
sistema produtivo
Total Qualidade
Total participação dos
colaboradores
Total redução de custos,
acidentes, quebras de
máquinas/equipamentos
Total maximização de
Objetivos MPT
O objetivo global da MPT é a melhoria da estrutura da empresa em termos materiais
(máquinas, equipamentos, ferramentas, matéria-prima, produtos etc.) e em termos
humanos. A meta ser alcançada é o rendimento operacional global.
As melhorias devem ser conseguidas por meio dos seguintes passos:
a) Envolver os colaboradores para conduzir a manutenção de forma voluntária.
b) Envolver os colaboradores da manutenção a serem polivalentes.
c) Capacitar os engenheiros a projetarem equipamentos que dispensem manutenção, isto
é; o “ideal” da máquina descartável.
d) Incentivar estudos e sugestões para modificação dos equipamentos existentes a fim de
Melhorar seu rendimento.
1- Aplicar o programa dos oito S:
Seiri= organização; implica eliminar o supérfluo.
Seiton= arrumação; implica identificar e colocar tudo em ordem.
Seison = limpeza; implica limpar sempre e não sujar.
Seiketsu= padronização; implica manter a arrumação, limpeza e ordem em tudo.
Shitsuki= disciplina; implica a autodisciplina para fazer tudo espontaneamente.
Shido= treinar; implica a busca constante de capacidade pessoal.
Setsuyako= eliminar as perdas.
Shikaro yaro= realizar com a determinação e união.
2 - Eliminar as seis grandes perdas:
a. Perdas por quebra.
b. Perdas por demora na troca de ferramentas
c. Perdas por operação em vazio (espera).
d. Perdas por redução da velocidade em relação ao padrão normal.
e. Perdas por defeitos de produção.
f. Perdas por queda de rendimento.
3 - Aplicar as cinco medidas para obtenção da “quebra zero”:
a. Estruturação das condições básicas.
b. Obediência às condições de uso.
c. Regeneração do envelhecimento.
d. Eliminar as falhas do projeto
e. Incrementar a capacidade técnica.
Benefícios diretos do MPT
 Aumentar a produtividade e OPE (Eficiência Geral da Fábrica) em 1,5 ou 2 vezes.
 Retificar as queixas de consumidores.
 Reduzir os custos de manutenção em 30%.
 Atender às necessidades dos clientes em 100 % (Entregando a quantidade certa no
prazo certo, na qualidade exigida.)
 Reduzir acidentes.
 Seguir políticas de controlo de poluição.
Benefícios indiretos do MPT
 Nível mais alto de confiança entre os funcionários.
 Manter o local de trabalho limpo, organizado e atraente.
 Mudança favorável na atitude dos operadores.
 Atingir metas por meio do trabalho em equipa.
 Emprego horizontal de um novo conceito em todas as áreas da organização.
 Compartilhar conhecimento e experiência.
 Os funcionários ficam com a sensação de serem os donos da máquina.
Etapas da introdução do TPM em uma organização:
Etapa A - FASE PREPARATÓRIA:
1 - Anúncio pela Gerência a todos sobre a introdução do MPT na organização:
São necessários entendimentos adequados, comprometimento e envolvimento ativo da
alta gerência nesta etapa. A gerência deve passar por programas de conscientização, e
depois fazer o anúncio a todos. Publicar na revista interna e colocar no quadro de avisos.
Enviar uma carta a todos os envolvidos, se necessário.
2 - Instrução inicial e publicidade do MPT:
Os treinos devem ser conduzidos com base na necessidade. Alguns precisam de treino
intensivo, e outros, apenas de uma conscientização. Levar as pessoas relevantes para
locais onde o TPM já foi implantado com sucesso.
3 - Formar grupos de MPT e departamentos:
O MPT inclui melhoria, manutenção autônoma, manutenção de qualidade, etc., como
parte dele. Quando grupos são formados, eles devem cuidar de todas essas necessidades.
4 - Estabelecendo um sistema e meta de trabalho de MPT:
Agora cada Grupo pode definir metas a serem atingidas.
5 - Um plano mestre para institucionalização:
A próxima etapa é a implementação, que leva à institucionalização, através da qual o TPM
se transforma em uma cultura na organização.
ETAPA B - ESTÁGIO DE INTRODUÇÃO
Trata-se de uma cerimônia, e deveríamos convidar a todos os fornecedores, para que eles
saibam que queremos fornecer qualidade a eles. Empresas relacionadas que possam ser
nossos clientes, com preocupações semelhantes, etc. Algumas podem aprender connosco
e algumas podem nos ajudar, e os clientes serão comunicados por nós de que nos
importamos com uma produção de qualidade e com o ambiente.
ETAPA C - IMPLEMENTAÇÃO
Nesse estágio oito atividades são conduzidas, que são chamadas os oito pilares no
desenvolvimento da atividade MPT, que se bem aplicados, poderão contribuir para o
alcance da sustentabilidade ambiental.
Pilar 1: Manutenção Autônoma - É o processo de aprendizagem dos operadores, com o
propósito de torná-los aptos a promover no seu ambiente de trabalho mudanças que
garantam altos níveis de produtividade.
Passos para a Manutenção Autônoma:
1º passo: limpeza inicial;
2º passo: eliminação das fontes de sujidade e locais de difícil acesso;
3º passo: elaboração de normas provisórias de limpeza, inspeção e lubrificação;
4º passo: inspeção geral;
5º passo: inspeção autônoma;
6º passo: padronização;
7º passo: gerenciamento autônomo.
Manutenção Autônoma e a Sustentabilidade Ambiental: neste processo, é possível
informar, treinar e conscientizar os operadores sobre a importância da sustentabilidade
econômica e ambiental e desta forma, orientar os operadores a sinalizar problemas
relacionados com as emissões poluidoras das máquinas e encontrar em conjunto com a
administração possíveis soluções.
Pilar 2: Manutenção Planeada - desenvolve os operários de manutenção de forma que os
mesmos possam estabelecer um sistema de manutenção mais efetivo e juntamente com o
pessoal operacional, possam eliminar as perdas relativas às quebras e falhas de operação,
produtos defeituosos e pequenas paragens de produção.
Passos para Manutenção Planeada:
1º passo: análise da diferença entre condições básicas e condição atual;
2º passo: melhoria dos métodos de manutenção atuais;
3º passo: preparação dos padrões de manutenção;
4º passo: medidas para estender a vida útil e controlar as inconveniências;
5º passo: melhoria da eficiência da inspeção e diagnóstico;
6º passo: diagnóstico geral dos equipamentos;
7º passo: uso do equipamento até o seu limite.
Manutenção planeada e a Sustentabilidade Ambiental: aqui faz com que melhoria
da manutenção poupe o ambiente em termos de recursos naturais exigidos, devido à
durabilidade dos equipamentos. Com a aplicação deste pilar procura-se estender a via útil
dos equipamentos evitando, assim, eliminações antecipadas.
Pilar 3: Melhoria Específicas - consiste em eliminar as perdas existentes no sistema
produtivo, obtendo, assim a melhoria da eficiência da produção.
Passos para as Melhorias Específicas:
1º passo: redução das sete maiores perdas que impedem a eficiência dos equipamentos;
2º passo: melhoria da eficiência global dos equipamentos
3º passo: melhoria da produtividade do trabalho humano;
4º passo: promoção da produção sem interferência humana;
5º passo: promoção da redução de custos;
6º passo: promoção da produção sem interferência humana no período noturno.
Melhorias específicas e a Sustentabilidade Ambiental: ao eliminar perdas, como
por exemplo, falhas de operação e produtos defeituosos, no mínimo, a instituição
economizará recursos como matéria-prima e energia.
Pilar 4: Educação e Treino – consiste em promover um sistema de aprendizagem para
todas as pessoas, tornando-as aptas para o pleno desempenho de suas atividades e
responsabilidades, dentro um clima transparente e motivador.
Passos para a Educação e Treino:
1º passo: determinação do perfil ideal dos operadores e pessoal da manutenção.
2º passo: avaliação da situação atual e determinação dos desvios existentes.
3º passo: elaboração do plano de Educação e Treino para operadores e pessoal da
manutenção.
4º passo: implantação do plano de Educação & Treino.
5º passo: estabelecimento de um sistema de avaliação de aprendizagem.
6º passo: criação de um ambiente de auto desenvolvimento.
7º passo: avaliação das atividades e estudo de métodos para atividades futuras.
Educação e Treino e a Sustentabilidade Ambiental: este pilar é fundamental para
consciencializar e treinar os operadores e pessoal da manutenção para trabalharem de
acordo com os princípios de manutenção estabelecidos pela empresa e nesta etapa, pode-
se inserir conceitos e princípios ambientais. A Educação Ambiental é um processo
participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de
ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas
ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do
desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes.
Pilar 5: Controlo Inicial – é possível dividir o ciclo de vida dos equipamentos em algumas
Fases, que são: especificação, projeto, fabricação, instalação, comissionamento, operação
e substituição. Pode-se entender como fase inicial o intervalo de tempo que compreende
desde a fase de especificação até a fase de comissionamento ou partida, quando ao seu
final o equipamento é entregue ao departamento de produção para operação plena.
Passos para o Controlo Inicial:
1º passo: análise da situação atual;
2º passo: estabelecimento do sistema que gere a fase inicial;
3ª passo: consciencialização e treino sobre o novo sistema estabelecido;
4ª passo: aplicação efetiva do novo sistema que gere a fase inicial.
Controlo Inicial e a Sustentabilidade Ambiental: este pilar inicia na especificação do
equipamento, passando pelas fases de projeto, fabricação e instalação, partida, operação
e por fim, a substituição por desgaste ou por estar obsoleta. Desta forma, este pilar será
fundamental para quantificar os fluxos de energia e de materiais no ciclo de vida dos
equipamentos, a identificar os pontos de produção de resíduos e destino que é dado a
estes, as quantidades de material que circula no sistema e as quantidades que saem dele,
é possível identificar os pontos críticos de desperdício de matéria-prima ou de produção de
resíduos para, a partir daí, avaliar o impacto ambiental.
Pilar 6: Manutenção da Qualidade – a redução dos defeitos ocorre naturalmente, como
reflexo das melhorias feitas nos equipamentos, à medida que este vai tendo suas
condições básicas e operacionais estabelecidas, chega assim a um determinado limite,
logo após o estabelecimento das condições básicas e operacionais dos equipamentos. A
partir desse momento, o desenvolvimento das atividades do pilar manutenção da
qualidade se torna necessário para dar continuidade à redução dos defeitos.
Passos para a Manutenção da Qualidade:
1º passo: levantamento da situação atual da qualidade;
2º passo: restauração da deterioração;
3º passo: análise das causas;
4º passo: eliminação das causas;
5º passo: estabelecimento das condições livres de defeitos;
6º passo: controlo das condições livres de defeitos;
7º passo: melhoria das condições livres de defeitos.
Manutenção da Qualidade e Sustentabilidade Ambiental: ao se reduzir defeitos,
com a manutenção da qualidade, automaticamente, reduz-se ter de voltar a fazer,
economiza-se recursos produtivos e, consequentemente, identifica-se pontos críticos no
processo e no produto que devem ser melhorados não apenas no requisito qualidade mas,
também, nos aspetos ambientais.
Pilar 7: Segurança, Saúde e Meio Ambiente - é o responsável pelo estabelecer do sistema
de gestão que proporcione à empresa a oportunidade de atingir Acidente Zero, Doença
Ocupacional Zero e Danos Ambientais Zero.
Passos para a Saúde, Segurança e Meio Ambiente:
1º passo: identificação de perigos, aspetos, impactos e riscos;
2º passo: eliminação de perigos e aspetos;
3º passo: estabelecimento do sistema de controlo de impactos e riscos;
4º passo: Treino em Segurança, Saúde e Meio ambiente;
5º passo: inspeções de segurança;
6º passo: padronização;
7º passo: gestão autônoma.
Saúde, Segurança e Meio Ambiente e a Sustentabilidade Ambiental: o manuseio
correto de um resíduo, ou de uma máquina/equipamento, tem grande importância para o
controle do risco que estes podem oferecer a saúde, a segurança e ao meio ambiente. Por
exemplo: um resíduo relativamente inofensivo, nas mãos de um funcionário sem o treino
adequado ou sem a instrução devida sobre os danos ambientais que tal resíduo tende a
causar, pode transformá-lo num risco ambiental grave. Medidas como o estabelecimento
de um sistema de controlo de impactos e riscos pode proporcionar: a minimização dos
riscos de acidentes; a disposição de resíduos em sistemas apropriados; a intensificação do
reaproveitamento de resíduos industriais e proteção dos recursos não renováveis, bem
como o adiamento do esgotamento de matérias-primas e a minimização dos impactos
adversos causados pelo manuseio errado de máquinas/equipamentos e resíduos
produtivos.
Pilar 8: Melhorias Contínuas – melhorias devem atuar de forma integrada e contínua ao
desenvolvimento do programa MPT.
Melhorias Contínuas e a Sustentabilidade Ambiental: as atividades de melhorias
proporcionam às empresas reduções de desperdícios, lucros consideráveis e, além disso,
podem proporcionar uma imagem institucional amplamente positiva por trabalhar de
acordo com os princípios de sustentabilidade ambiental, devido às melhorias que
desenvolvem. Na maioria dos casos, as melhorias propostas pagam, por si só, o
investimento com o programa MPT.
ETAPA D - ESTÁGIO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO
Com todas essas atividades, deve-se chegar a um estágio de maturidade. Que deverá ser
reconhecido por todos o trabalho realizado.
Conclusão
A Manutenção Produtiva Total - MPT é uma metodologia que permite o alcançar a
melhoria contínua nos processos produtivos e administrativos, através do desenvolvimento
de habilidades multifuncionais, com o objetivo de melhorar a eficiência global dos
equipamentos e processos dentro das suas despectivas áreas de trabalho. Pode-se dizer
que através da aplicação do MPT há uma mudança cultural dentro da instituição e neste
tipo de mudança pode ser alinhado alguns aspetos de proteção ambiental, como por
exemplo, a redução do desperdício de recursos produtivos.
A importância de se trabalhar em equipa e principalmente, envolver os operadores de
máquinas e equipamentos no processo de melhoria do desempenho produtivo, ou seja, na
MPT os operadores de máquinas e equipamentos não são apenas operadores. A partir da
implantação da MPT, o operador de máquinas e equipamentos, também, Ganha
capacidades de executar manutenções mecânicas e elétricas, sendo capaz de perceber
alterações no equipamento antes que este fique danificado, minimizando o tempo de
paragens de máquinas para manutenções corretivas, aumentando o tempo produtivo das
mesmas.
Os benefícios da implantação da MPT são claramente visíveis: o ambiente de trabalho se
torna mais seguro, há uma melhoria da qualidade nos processos e produtos, pois o tempo
de paragem de equipamentos por quebra diminui, os custos associados a estas paragens
também diminuem, aumentando, consequentemente, a capacidade produtiva da fábrica e
a possibilidade de aumento de receita e das margens de lucro dos produtos
manufaturados.
Além destes benefícios, é possível incluir várias medidas preventivas relacionadas aos
aspetos ambientais, como por exemplo: a redução de desperdícios de recursos produtivos,
o aumento da vida útil das máquinas e equipamentos. Evitando, desta forma,
substituições antecipadas, a aplicação de ações corretivas para evitar emissões poluidoras
de máquinas e equipamentos e a análise do ciclo de vida dos produtos. Ainda, há um
espeto de extrema relevância, que é a conscientização, de toda equipa envolvida no
processo de manutenção produtiva total, sobre a importância de, atuar sobre os aspetos
negativos que podem ter impacto no meio ambiente, podendo, desta forma, aliar o
aumento da produtividade e ganhos econômicos com o alcançar da Sustentabilidade
Ambiental.

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Manutenção e ambiente

  • 1. Introdução O desajustado consumo de recursos naturais e tecnologias usadas, faz com que existam reações ambientais catastróficas, fruto do Atual modelo Socioeconómico. Racionalização de energia, esgotamento de recursos naturais, altos índices de poluição atmosférica, entres outros são exemplos dos graves problemas económicos e sociais de hoje em dia. Todos nós fazemos parte do ambiente existente, sejamos nós empresas modernas ou organizações sem fins lucrativos, todos nós influenciamos e somos influenciados pelo mesmo meio ambiente. Consequentemente deverão atuar no mercado com vista a sustentabilidade económica, social e ambiental. Foi nesse âmbito que na Rio-92 (conferencias das nações unidas) se propôs um modelo de desenvolvimento o denominado desenvolvimento sustentável, que nada mais é do que aquele modelo que atende as necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades. Essencialmente é um conceito que está ligado à preservação e manutenção dos recursos naturais. Toda a ação produtiva deve ser consciente, de maneira a respeitar o meio ambiente e os recursos naturais para não comprometer o desenvolvimento futuro. Todo e qualquer projeto deve ter em conta quatro elementos principais para o desenvolvimento sustentável, para tentar minimizar o inter-relacionamento entre questões chave com pobreza, exclusão social, desperdício, igualdade de género, violência, direitos humanos, entre outros: Sociedade – uma compreensão das instituições sociais e o seu papel na transformação e no desenvolvimento. Ambiente – a consciencialização da fragilidade do ambiente e os efeitos sobre atividade humana. Economia – sensibilidade aos limites e ao potencial do crescimento económico e seu impacto na sociedade e no ambiente, com o comprometimento de reavaliar os níveis de consumo pessoais e da sociedade. Cultura – Valores, diversidade, conhecimento, línguas e visões do mundo associados à cultura formam um dos pilares do desenvolvimento sustentável. Pretendemos com este trabalho mostrar que é possível através de ações internas e por meio de modelos de gestão, as instituições colaborarem para o alcance da sustentabilidade ambiental. A esse modelo damos o nome de Manutenção produtiva total.
  • 2. Um pouco de historia Tipos de manutenção: 1. Manutenção por Quebra/falha: Significa que as pessoas esperam até que o equipamento apresente uma falha para repará-lo. Isso poderia ser usado quando a falha no equipamento não afeta significativamente a operação ou produção nem gera um prejuízo significativo além do custo de reparo. 2. Manutenção preventiva (1951): Trata-se de manutenção diária (limpeza, inspeção, lubrificação), destinada a manter a condição saudável do equipamento e prevenir falhas por meio de deteção de deterioração, inspeção periódica ou condição do equipamento e diagnóstico, para medir a deterioração. Divide-se ainda em manutenção periódica e manutenção preditiva. Assim como a vida humana é estendida pela medicina preventiva, a vida útil dos equipamentos pode ser prolongada pela manutenção preventiva. 2a. Manutenção periódica (Manutenção baseada no tempo - TBM): A manutenção baseada no tempo consiste em periodicamente inspecionar, reparar e limpar equipamentos e substituir peças para evitar falhas repentinas e problemas no processo. 2b. Manutenção preditiva: Trata-se de um método no qual a vida útil de peças importantes é prevista com base em inspeção ou diagnóstico, a fim de usar as peças até o limite de sua vida útil. Comparada à manutenção periódica, a manutenção preditiva é uma manutenção baseada em condição. Ela gere valores de tendências, medindo e analisando dados sobre deterioração, e emprega um sistema de vigilância, projetado para monitorar condições. 3. Manutenção corretiva (1957): Melhora equipamentos e seus componentes, de forma que a manutenção preventiva possa ser executada de forma confiável. Equipamentos com problemas de projeto devem ser projetados para melhorar a confiabilidade ou melhorar sua manutenção. 4. Manutenção preventiva (1960): Indica o projeto de um novo equipamento. Os pontos fracos de máquinas atuais são intensamente estudados (informações do local que levam à prevenção de falhas, manutenção mais fácil e previnem defeitos, segurança e facilidade de fabricação) e são incorporados antes do comissionamento de um novo equipamento.
  • 3. MPT - Histórico: O MPT é um inovador conceito japonês. A origem do MPT remonta a 1951, quando a manutenção preventiva foi introduzida no Japão. Contudo, o conceito de manutenção preventiva foi tirado dos EUA. A Nippondenso foi a primeira empresa a introduzir a manutenção preventiva por toda a fábrica em 1960. Manutenção preventiva é o conceito pelo qual os operadores produzem bens usando máquinas e o grupo de manutenção fica encarregado de fazer a manutenção dessas máquinas, contudo, com a automação da Nippondenso, a manutenção tornou-se um problema, Aumentando a quantidade de funcionários da manutenção. Portanto a gerência decidiu que a manutenção de rotina dos equipamentos seria realizada pelos operadores. (Isso é manutenção Autônoma, uma das características do MPT). O grupo de manutenção ficava encarregado apenas dos trabalhos essenciais de manutenção. Assim, a Nippondenso, que já adotava a manutenção preventiva, acrescentou também a manutenção Autônoma realizada pelos operadores de produção. A equipa de manutenção fazia as modificações dos equipamentos, para aumentar sua confiabilidade. As modificações eram feitas ou incorporadas nos novos equipamentos. Isso levou à prevenção de manutenção. Assim, a manutenção preventiva, juntamente com a prevenção de manutenção e a melhoria na manutenção, deram origem à Manutenção Produtiva. O objetivo da manutenção produtiva era maximizar a eficácia da fábrica e dos equipamentos, para atingir um custo ótimo de ciclo de vida para os equipamentos de produção. Nesse ponto, a Nippondenso havia feito círculos de qualidade, envolvendo a participação dos funcionários. Assim, todos os funcionários participavam da implementação da Manutenção produtiva. Com base nesses desenvolvimentos, a Nippondenso recebeu o prêmio fábrica de destaque por desenvolver e implementar o MPT, pelo Instituto Japonês de Engenheiros de Fábrica (JIPE). Assim, a Nippondenso, do grupo Toyota, tornou-se a primeira empresa a obter a certificação MPT. Manutenção Produtiva Total = MPT M P T Manutenção no sentido amplo busca a qualidade com melhorias nas máquinas/equipamentos e mão-de-obra Busca do limite máximo de eficiência do sistema de produção. Aumentando a produtividade, produzindo a mesma quantidade reduzindo tempo, perdas, custos. Atingir zero acidentes, zero defeitos e zero Eficiência global do sistema produtivo Total Qualidade Total participação dos colaboradores Total redução de custos, acidentes, quebras de máquinas/equipamentos Total maximização de
  • 4. Objetivos MPT O objetivo global da MPT é a melhoria da estrutura da empresa em termos materiais (máquinas, equipamentos, ferramentas, matéria-prima, produtos etc.) e em termos humanos. A meta ser alcançada é o rendimento operacional global. As melhorias devem ser conseguidas por meio dos seguintes passos: a) Envolver os colaboradores para conduzir a manutenção de forma voluntária. b) Envolver os colaboradores da manutenção a serem polivalentes. c) Capacitar os engenheiros a projetarem equipamentos que dispensem manutenção, isto é; o “ideal” da máquina descartável. d) Incentivar estudos e sugestões para modificação dos equipamentos existentes a fim de Melhorar seu rendimento. 1- Aplicar o programa dos oito S: Seiri= organização; implica eliminar o supérfluo. Seiton= arrumação; implica identificar e colocar tudo em ordem. Seison = limpeza; implica limpar sempre e não sujar. Seiketsu= padronização; implica manter a arrumação, limpeza e ordem em tudo. Shitsuki= disciplina; implica a autodisciplina para fazer tudo espontaneamente. Shido= treinar; implica a busca constante de capacidade pessoal. Setsuyako= eliminar as perdas. Shikaro yaro= realizar com a determinação e união. 2 - Eliminar as seis grandes perdas: a. Perdas por quebra. b. Perdas por demora na troca de ferramentas c. Perdas por operação em vazio (espera). d. Perdas por redução da velocidade em relação ao padrão normal. e. Perdas por defeitos de produção. f. Perdas por queda de rendimento. 3 - Aplicar as cinco medidas para obtenção da “quebra zero”: a. Estruturação das condições básicas. b. Obediência às condições de uso. c. Regeneração do envelhecimento. d. Eliminar as falhas do projeto e. Incrementar a capacidade técnica. Benefícios diretos do MPT  Aumentar a produtividade e OPE (Eficiência Geral da Fábrica) em 1,5 ou 2 vezes.  Retificar as queixas de consumidores.  Reduzir os custos de manutenção em 30%.  Atender às necessidades dos clientes em 100 % (Entregando a quantidade certa no prazo certo, na qualidade exigida.)  Reduzir acidentes.  Seguir políticas de controlo de poluição.
  • 5. Benefícios indiretos do MPT  Nível mais alto de confiança entre os funcionários.  Manter o local de trabalho limpo, organizado e atraente.  Mudança favorável na atitude dos operadores.  Atingir metas por meio do trabalho em equipa.  Emprego horizontal de um novo conceito em todas as áreas da organização.  Compartilhar conhecimento e experiência.  Os funcionários ficam com a sensação de serem os donos da máquina. Etapas da introdução do TPM em uma organização: Etapa A - FASE PREPARATÓRIA: 1 - Anúncio pela Gerência a todos sobre a introdução do MPT na organização: São necessários entendimentos adequados, comprometimento e envolvimento ativo da alta gerência nesta etapa. A gerência deve passar por programas de conscientização, e depois fazer o anúncio a todos. Publicar na revista interna e colocar no quadro de avisos. Enviar uma carta a todos os envolvidos, se necessário. 2 - Instrução inicial e publicidade do MPT: Os treinos devem ser conduzidos com base na necessidade. Alguns precisam de treino intensivo, e outros, apenas de uma conscientização. Levar as pessoas relevantes para locais onde o TPM já foi implantado com sucesso. 3 - Formar grupos de MPT e departamentos: O MPT inclui melhoria, manutenção autônoma, manutenção de qualidade, etc., como parte dele. Quando grupos são formados, eles devem cuidar de todas essas necessidades. 4 - Estabelecendo um sistema e meta de trabalho de MPT: Agora cada Grupo pode definir metas a serem atingidas. 5 - Um plano mestre para institucionalização: A próxima etapa é a implementação, que leva à institucionalização, através da qual o TPM se transforma em uma cultura na organização. ETAPA B - ESTÁGIO DE INTRODUÇÃO
  • 6. Trata-se de uma cerimônia, e deveríamos convidar a todos os fornecedores, para que eles saibam que queremos fornecer qualidade a eles. Empresas relacionadas que possam ser nossos clientes, com preocupações semelhantes, etc. Algumas podem aprender connosco e algumas podem nos ajudar, e os clientes serão comunicados por nós de que nos importamos com uma produção de qualidade e com o ambiente. ETAPA C - IMPLEMENTAÇÃO Nesse estágio oito atividades são conduzidas, que são chamadas os oito pilares no desenvolvimento da atividade MPT, que se bem aplicados, poderão contribuir para o alcance da sustentabilidade ambiental. Pilar 1: Manutenção Autônoma - É o processo de aprendizagem dos operadores, com o propósito de torná-los aptos a promover no seu ambiente de trabalho mudanças que garantam altos níveis de produtividade. Passos para a Manutenção Autônoma: 1º passo: limpeza inicial; 2º passo: eliminação das fontes de sujidade e locais de difícil acesso; 3º passo: elaboração de normas provisórias de limpeza, inspeção e lubrificação; 4º passo: inspeção geral; 5º passo: inspeção autônoma; 6º passo: padronização; 7º passo: gerenciamento autônomo. Manutenção Autônoma e a Sustentabilidade Ambiental: neste processo, é possível informar, treinar e conscientizar os operadores sobre a importância da sustentabilidade econômica e ambiental e desta forma, orientar os operadores a sinalizar problemas relacionados com as emissões poluidoras das máquinas e encontrar em conjunto com a administração possíveis soluções. Pilar 2: Manutenção Planeada - desenvolve os operários de manutenção de forma que os mesmos possam estabelecer um sistema de manutenção mais efetivo e juntamente com o pessoal operacional, possam eliminar as perdas relativas às quebras e falhas de operação, produtos defeituosos e pequenas paragens de produção. Passos para Manutenção Planeada: 1º passo: análise da diferença entre condições básicas e condição atual; 2º passo: melhoria dos métodos de manutenção atuais; 3º passo: preparação dos padrões de manutenção; 4º passo: medidas para estender a vida útil e controlar as inconveniências; 5º passo: melhoria da eficiência da inspeção e diagnóstico; 6º passo: diagnóstico geral dos equipamentos; 7º passo: uso do equipamento até o seu limite. Manutenção planeada e a Sustentabilidade Ambiental: aqui faz com que melhoria da manutenção poupe o ambiente em termos de recursos naturais exigidos, devido à durabilidade dos equipamentos. Com a aplicação deste pilar procura-se estender a via útil dos equipamentos evitando, assim, eliminações antecipadas.
  • 7. Pilar 3: Melhoria Específicas - consiste em eliminar as perdas existentes no sistema produtivo, obtendo, assim a melhoria da eficiência da produção. Passos para as Melhorias Específicas: 1º passo: redução das sete maiores perdas que impedem a eficiência dos equipamentos; 2º passo: melhoria da eficiência global dos equipamentos 3º passo: melhoria da produtividade do trabalho humano; 4º passo: promoção da produção sem interferência humana; 5º passo: promoção da redução de custos; 6º passo: promoção da produção sem interferência humana no período noturno. Melhorias específicas e a Sustentabilidade Ambiental: ao eliminar perdas, como por exemplo, falhas de operação e produtos defeituosos, no mínimo, a instituição economizará recursos como matéria-prima e energia. Pilar 4: Educação e Treino – consiste em promover um sistema de aprendizagem para todas as pessoas, tornando-as aptas para o pleno desempenho de suas atividades e responsabilidades, dentro um clima transparente e motivador. Passos para a Educação e Treino: 1º passo: determinação do perfil ideal dos operadores e pessoal da manutenção. 2º passo: avaliação da situação atual e determinação dos desvios existentes. 3º passo: elaboração do plano de Educação e Treino para operadores e pessoal da manutenção. 4º passo: implantação do plano de Educação & Treino. 5º passo: estabelecimento de um sistema de avaliação de aprendizagem. 6º passo: criação de um ambiente de auto desenvolvimento. 7º passo: avaliação das atividades e estudo de métodos para atividades futuras. Educação e Treino e a Sustentabilidade Ambiental: este pilar é fundamental para consciencializar e treinar os operadores e pessoal da manutenção para trabalharem de acordo com os princípios de manutenção estabelecidos pela empresa e nesta etapa, pode- se inserir conceitos e princípios ambientais. A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes. Pilar 5: Controlo Inicial – é possível dividir o ciclo de vida dos equipamentos em algumas Fases, que são: especificação, projeto, fabricação, instalação, comissionamento, operação e substituição. Pode-se entender como fase inicial o intervalo de tempo que compreende desde a fase de especificação até a fase de comissionamento ou partida, quando ao seu final o equipamento é entregue ao departamento de produção para operação plena. Passos para o Controlo Inicial: 1º passo: análise da situação atual; 2º passo: estabelecimento do sistema que gere a fase inicial; 3ª passo: consciencialização e treino sobre o novo sistema estabelecido; 4ª passo: aplicação efetiva do novo sistema que gere a fase inicial.
  • 8. Controlo Inicial e a Sustentabilidade Ambiental: este pilar inicia na especificação do equipamento, passando pelas fases de projeto, fabricação e instalação, partida, operação e por fim, a substituição por desgaste ou por estar obsoleta. Desta forma, este pilar será fundamental para quantificar os fluxos de energia e de materiais no ciclo de vida dos equipamentos, a identificar os pontos de produção de resíduos e destino que é dado a estes, as quantidades de material que circula no sistema e as quantidades que saem dele, é possível identificar os pontos críticos de desperdício de matéria-prima ou de produção de resíduos para, a partir daí, avaliar o impacto ambiental. Pilar 6: Manutenção da Qualidade – a redução dos defeitos ocorre naturalmente, como reflexo das melhorias feitas nos equipamentos, à medida que este vai tendo suas condições básicas e operacionais estabelecidas, chega assim a um determinado limite, logo após o estabelecimento das condições básicas e operacionais dos equipamentos. A partir desse momento, o desenvolvimento das atividades do pilar manutenção da qualidade se torna necessário para dar continuidade à redução dos defeitos. Passos para a Manutenção da Qualidade: 1º passo: levantamento da situação atual da qualidade; 2º passo: restauração da deterioração; 3º passo: análise das causas; 4º passo: eliminação das causas; 5º passo: estabelecimento das condições livres de defeitos; 6º passo: controlo das condições livres de defeitos; 7º passo: melhoria das condições livres de defeitos. Manutenção da Qualidade e Sustentabilidade Ambiental: ao se reduzir defeitos, com a manutenção da qualidade, automaticamente, reduz-se ter de voltar a fazer, economiza-se recursos produtivos e, consequentemente, identifica-se pontos críticos no processo e no produto que devem ser melhorados não apenas no requisito qualidade mas, também, nos aspetos ambientais. Pilar 7: Segurança, Saúde e Meio Ambiente - é o responsável pelo estabelecer do sistema de gestão que proporcione à empresa a oportunidade de atingir Acidente Zero, Doença Ocupacional Zero e Danos Ambientais Zero. Passos para a Saúde, Segurança e Meio Ambiente: 1º passo: identificação de perigos, aspetos, impactos e riscos; 2º passo: eliminação de perigos e aspetos; 3º passo: estabelecimento do sistema de controlo de impactos e riscos; 4º passo: Treino em Segurança, Saúde e Meio ambiente; 5º passo: inspeções de segurança; 6º passo: padronização; 7º passo: gestão autônoma. Saúde, Segurança e Meio Ambiente e a Sustentabilidade Ambiental: o manuseio correto de um resíduo, ou de uma máquina/equipamento, tem grande importância para o controle do risco que estes podem oferecer a saúde, a segurança e ao meio ambiente. Por exemplo: um resíduo relativamente inofensivo, nas mãos de um funcionário sem o treino adequado ou sem a instrução devida sobre os danos ambientais que tal resíduo tende a
  • 9. causar, pode transformá-lo num risco ambiental grave. Medidas como o estabelecimento de um sistema de controlo de impactos e riscos pode proporcionar: a minimização dos riscos de acidentes; a disposição de resíduos em sistemas apropriados; a intensificação do reaproveitamento de resíduos industriais e proteção dos recursos não renováveis, bem como o adiamento do esgotamento de matérias-primas e a minimização dos impactos adversos causados pelo manuseio errado de máquinas/equipamentos e resíduos produtivos. Pilar 8: Melhorias Contínuas – melhorias devem atuar de forma integrada e contínua ao desenvolvimento do programa MPT. Melhorias Contínuas e a Sustentabilidade Ambiental: as atividades de melhorias proporcionam às empresas reduções de desperdícios, lucros consideráveis e, além disso, podem proporcionar uma imagem institucional amplamente positiva por trabalhar de acordo com os princípios de sustentabilidade ambiental, devido às melhorias que desenvolvem. Na maioria dos casos, as melhorias propostas pagam, por si só, o investimento com o programa MPT. ETAPA D - ESTÁGIO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO Com todas essas atividades, deve-se chegar a um estágio de maturidade. Que deverá ser reconhecido por todos o trabalho realizado.
  • 10. Conclusão A Manutenção Produtiva Total - MPT é uma metodologia que permite o alcançar a melhoria contínua nos processos produtivos e administrativos, através do desenvolvimento de habilidades multifuncionais, com o objetivo de melhorar a eficiência global dos equipamentos e processos dentro das suas despectivas áreas de trabalho. Pode-se dizer que através da aplicação do MPT há uma mudança cultural dentro da instituição e neste tipo de mudança pode ser alinhado alguns aspetos de proteção ambiental, como por exemplo, a redução do desperdício de recursos produtivos. A importância de se trabalhar em equipa e principalmente, envolver os operadores de máquinas e equipamentos no processo de melhoria do desempenho produtivo, ou seja, na MPT os operadores de máquinas e equipamentos não são apenas operadores. A partir da implantação da MPT, o operador de máquinas e equipamentos, também, Ganha capacidades de executar manutenções mecânicas e elétricas, sendo capaz de perceber alterações no equipamento antes que este fique danificado, minimizando o tempo de paragens de máquinas para manutenções corretivas, aumentando o tempo produtivo das mesmas. Os benefícios da implantação da MPT são claramente visíveis: o ambiente de trabalho se torna mais seguro, há uma melhoria da qualidade nos processos e produtos, pois o tempo de paragem de equipamentos por quebra diminui, os custos associados a estas paragens também diminuem, aumentando, consequentemente, a capacidade produtiva da fábrica e a possibilidade de aumento de receita e das margens de lucro dos produtos manufaturados. Além destes benefícios, é possível incluir várias medidas preventivas relacionadas aos aspetos ambientais, como por exemplo: a redução de desperdícios de recursos produtivos, o aumento da vida útil das máquinas e equipamentos. Evitando, desta forma, substituições antecipadas, a aplicação de ações corretivas para evitar emissões poluidoras de máquinas e equipamentos e a análise do ciclo de vida dos produtos. Ainda, há um espeto de extrema relevância, que é a conscientização, de toda equipa envolvida no processo de manutenção produtiva total, sobre a importância de, atuar sobre os aspetos negativos que podem ter impacto no meio ambiente, podendo, desta forma, aliar o aumento da produtividade e ganhos econômicos com o alcançar da Sustentabilidade Ambiental.