Aprendizes 1 ano aula 9 Parte B – o Sermão do Monte
1. PARTE B – O SERMÃO DO MONTE, AS BEM-AVENTURANÇAS, OS
POBRES DE ESPIRITO E DOS AFLITOS
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2. MATHEUS 5:1-12
• E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se,
aproximaram-se dele os seus discípulos;
E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão
fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão
misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de
Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e,
mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque
assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
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4. LUCAS – 6: 17-23
• E, descendo com eles, parou num lugar plano, e também um grande
número de seus discípulos, e grande multidão de povo de toda a Judéia,
e de Jerusalém, e da costa marítima de Tiro e de Sidom; os quais tinham
vindo para o ouvir, e serem curados das suas enfermidades,
Como também os atormentados dos espíritos imundos; e eram curados.
E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele virtude, e curava
a todos.
E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-
aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.
Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos.
Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.
Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e quando vos
separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por
causa do Filho do homem.
Folgai nesse dia, exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no
céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas.
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5. MATHEUS X LUCAS
TERRENO
Lucas nos passa a ideia de
uma consolação mais
imediata, referente ao plano
físico, uma consolação que diz
respeito a todos nós, que
vivemos ainda sob a
predominância da matéria.
Por isso Lucas diz que Jesus
“desceu a um lugar plano”.
ESPIRITUAL
• Mateus nos traz um
ensinamento extremamente
elevado, que fala das coisas do
espírito, que não nos trata como
espíritos encarnados em busca
de consolo para as nossas dores
cotidianas, mas como espíritos
imortais de passagem pela
matéria,seres imersos numa
existência corporal, dignos de
aprimoramento e crescimento
espiritual através da
conscientização e do
autoconhecimento. Por isso diz
que Jesus “subiu ao monte”.
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6. TERRENO
• O sermão da planície de
Lucas é para o hoje, para o
dia-a-dia, para as nossas
aflições cotidianas.
• É um sermão datado, que
respondia aos anseios do
povo daquela época, mas
também aos problemas
que enfrentamos durante a
nossa permanência no
plano físico.
ESPIRITUAL
• O sermão da montanha de
Mateus é inter-existente,
válido para todos os
lugares e tempos, e é
preciso elevar-se, é preciso
“subir ao monte” para
compreendê-lo.
• É atemporal.
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7. HUMBERTO ROHDEN
“Bem-aventurados os pobres pelo espírito,
porque deles é o reino dos céus”
Pobres pelo espírito, ou seja, pobres por sua
escolha, pelo seu livre-arbítrio, os que são pobres
não por necessidade, mas por darem mais
importância às coisas espirituais.
Um homem pode ser milionário mas desligado
do dinheiro e às coisas do espírito, pobre pelo
espírito, ao mesmo tempo em que um homem
pode ser um mendigo e completamente apegado
às suas tralhas, transferindo para as suas
bugigangas o amor ao dinheiro que ele não tem.
Um rico pode não sofrer se vier a perder o
dinheiro que tem, enquanto um pobre pode
sofrer pelo dinheiro que não tem.
Não podemos pensar que Deus tem preferência
pelos pobres. Essa ideia foi implantada ao longo
dos séculos como forma de manter a massa
sossegada, sem revolta. Mas os que pregaram e
pregam ainda que Deus prefere os pobres quase
sempre vivem muito bem, com muitos recursos
materiais e nem sabem o que é ser pobre.
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8. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados”
Esta segunda bem-aventurança é consequência da primeira.
Refere-se aos que choram pela conscientização do seu
estado de mendicância espiritual. São tristes por
reconhecerem, finalmente, o seu estado de indigência
espiritual. Mas esta mendicância das coisas do espírito é
ação. E é através da ação que progredimos. Tudo começa
pelo pensamento. A conscientização se dá pelo
pensamento. Mas a ação é imprescindível.
Os que choram já estão conscientes, e serão consolados a
partir de seus próprios atos, pois já conhecem os meios de
libertação da escravidão da matéria.
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9. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”
A mansidão é característica indispensável para quem pretende
libertar-se do domínio da matéria. É a prevalência da consciência
sobre os instintos.
O manso não perde a sua força, mas aprendeu a controlá-la e
dirigi-la. A mansidão pressupõe o abandono de toda e qualquer
violência.
Assim como os pobres pelo espírito possuem dinheiro sem serem
possuídos pelo dinheiro, os mansos possuirão a Terra, sem que a
Terra os possua.
A mansidão é um passo além, quem conquistou a mansidão já tem
um maior domínio sobre si mesmo, é espiritualmente maduro.
Sente amor sem sentir paixão, sente uma íntima alegria sem deixar-
se levar pala euforia.
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10. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão
fartos.
Jesus se utiliza do principal e primeiro instinto animal para dar uma ideia da ânsia que
alguém deve nutrir para conquistar essa justiça. A fome e sede é o instinto mais primário e o
primeiro a dever ser satisfeito.
Quem tiver fome e sede de justiça será farto (ou saciado) quem desejar ardentemente esse
ajustamento com as leis divinas será saciado, será satisfeito no seu desejo, andará lado a
lado com as leis de Deus.
Deus é justo através da Lei de causa e efeito, segundo a qual nós sempre colhemos o que nós
plantamos, assim temos novas oportunidades de recomeço.
A cada reencarnação, por exemplo, colhemos o que plantamos no passado, e nisso está a
aplicação da Justiça de Deus.
Mas a chance de recomeçar num novo corpo, num novo meio, com o esquecimento do
passado é a manifestação da justiça de Deus.
Essa fome e sede de justiça, é a atitude justa e reta perante Deus.
Devemos lembrar que a dor é um mecanismo de reajuste para com as leis de Deus. O
caminho que leva a Deus é uma reta. Sempre que nos desviamos da estrada reta,
enveredando em desvios e atalhos, experimentamos a dor. Mas assim que retomamos o
caminho reto que leva a Deus nós nos livramos da dor.
Este ajustamento com as leis de Deus, esta fome e sede de justeza é a cura para as dores do
espírito.
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11. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia
Esta bem-aventurança é resultado prático e imediato da Lei de causa e efeito. A
lei de causa e efeito é seguidamente lembrada por Jesus, para que a registremos e
tenhamos sempre em mente que a semeadura é livre, mas a colheita é
obrigatória.
A Lei de causa e efeito quanto mais se dá horizontalmente, mais se recebe
verticalmente, ou seja, quanto mais se contribui com o desenvolvimento do
próximo, que é o que está à nossa volta, encarnado ou desencarnado, mais se
recebe do alto, pois ao darmos de nós mesmos nós nos elevamos
vibracionalmente e ficamos mais próximos da espiritualidade superior.
Deus manifesta a sua infinita misericórdia nos concedendo novas oportunidades
através da reencarnação, que é um ciclo de experiências, e através de ciclos
menores como os dias e as noites.
Cada novo dia é uma nova chance que Deus nos concede para progredirmos. Por
isso temos que aproveitar cada dia de nossas vidas tentando nos tornar melhores
do que fomos na véspera.
Exercendo a misericórdia para consigo mesmo e para com o próximo, o espírito
está se alinhando com Deus, está se tornando digno da misericórdia divina.
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12. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus
O limpo de coração (ou puro de coração) já não é dominado
pela matéria, já governa a si mesmo, libertou-se das
emoções ao conquistar a mansidão, libertou-se do ego, e,
ao libertar-se do ego, libertou-se das posses; é pobre pelo
espírito.
Nada material lhe pertence, nenhuma pessoa lhe pertence.
Não tendo posses, não sendo escravizado a afetos
egoísticos, nada nem ninguém tem poder sobre ele. Sente
que é parte de Deus e manifesta o poder de Deus nas suas
relações interpessoais.
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13. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de
Deus
Ninguém pode ser pacificador de outros se não for pacificador
de si mesmo.
A paz individual produz a paz social. Sociólogos e especialistas
das mais diversas áreas oferecem teorias e mais teorias visando
a melhora da sociedade.
Por mais bem-intencionados que sejam, e por mais verdadeiras
que sejam as bases dos seus estudos, a sociedade não pode ser
mudada em bloco. A sociedade é formada pelos indivíduos, é a
soma dos indivíduos, e só a melhora dos indivíduos pode
melhorar a sociedade.
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14. “E.S.E.” Cap. VII, it. 2
• “Ao dizer que o reino dos Céus é para os
simples, Jesus ensina que ninguém será nele
admitido sem a simplicidade de coração e a
humildade de espírito; que o ignorante que
possui essas qualidades será preferido ao
sábio que acreditar mais em si mesmo do que
em Deus. Em todas as circunstâncias, ele
coloca a humildade entre as virtudes que nos
aproximam de Deus, e o orgulho entre os
vícios que dele nos afastam”.
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15. (Instruções dos Espíritos), it. 11
• “Todos os homens são iguais na balança
divina; somente as virtudes os distinguem
aos olhos de Deus. Todos os Espíritos são da
mesma essência e todos os corpos foram
feitos da mesma massa. Vossos títulos e
vossos nomes em nada os modificam; ficam
no túmulo; não são eles que dão a felicidade
prometida aos eleitos; a caridade e a
humildade são os seus títulos de nobreza”.
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16. “E.S.E.”, Cap. V, item 9
• “A expiação serve sempre de prova, mas
nem sempre a prova é uma expiação. Provas
e expiações, todavia, são sempre sinais de
relativa inferioridade, porquanto o que é
perfeito não precisa ser provado”.
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17. R. E. 9/1863
• “A expiação implica necessariamente a ideia
de um castigo mais ou menos penoso,
resultado de uma falta cometida. A prova não
tem relação com falta anterior, mas implica
sempre um estado de inferioridade real ou
presumível do Espírito, porque quem chegou
ao ponto culminante a que aspira não
necessita mais de provas”.
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18. • Kardec diz ainda que em certos casos a prova se
confunde com a expiação, ou seja, a expiação pode
servir de prova e a prova servir de expiação. E cita o
exemplo do aluno que se apresenta para receber a
graduação, submetendo-se a uma prova. Se falhar,
terá de recomeçar o trabalho, por vezes penoso, cuja
carga é uma espécie de punição da negligência no
primeiro. A Segunda prova é, portanto, além de
prova, uma expiação. Kardec esclarece, por fim, que é
um erro pensar que o caráter essencial da expiação
seja o de ser imposta, pois o próprio Espírito pode
solicitá-la.
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19. “E.S.E.”, Cap. V, item 18
• “Bem-aventurados os aflitos, pode, portanto,
ser assim traduzido: Bem-aventurados os que
têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua
firmeza, a sua perseverança e a sua
submissão à vontade de Deus, porque eles
terão centuplicadas as alegrias que lhes
faltam na Terra e após o trabalho virá o
repouso“.
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20. BIBLIOGRAFIA
• A bíblia de jerusálem – MATHEUS 5:1-12
• A bíblia de jerusálem - LUCAS – 6: 17-23
• “E.S.E.” Cap. VII, it. 2 – ALLAN KARDEC
• (Instruções dos Espíritos), it. 11 IDEM
• “E.S.E.”, Cap. V, item 9 – ALLAN KARDEC
• R. E. 9/1863 – ALLAN KARDEC
• “E.S.E.”, Cap. V, item 18 – ALLAN KARDEC
• O Sermão da Montanha - HUMBERDO ROHDEN
• Petite Histoire des Grandes Religions - Félicien Challaye
• Quando Jesus Se Tornou Deus – Richard E. Rubenstein
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