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Recife, Janeiro de 2021 - Ano VI - nº 67
CH Notícias
Recife, Janeiro de 2021 - Ano VI - nº 67
CH Notícias
Meus queridos amigos e irmãos, queremos aproveitar essa primeira edição do CH Notícias do novo ano, ainda em plena pan-
demia do COVID-19, para desejar um 2021 repleto de progresso espiritual para todos e que Jesus os ilumine, abençoando a
caminhada de cada qual!
Mas nesse ano de tão triste contingência, pela qual passa a Terra toda, queremos mesmo assim expressar gratidão a Deus pelo
dom da vida, da família e da saúde!
Mas também gratidão oh Pai, por sabermos que aqueles que perderam o corpo físico nesta época aziaga, vivem em corpos
celestes, nas dimensões da luz, bendizendo o teu nome!
Gratidão por mais um ano, assim na Terra como nos Céus!
Um Beijo N’alma!
Bruno Tavares
Meus queridos amigos e irmãos, queremos aproveitar essa primeira edição do CH Notícias do novo ano, ainda em plena pan-
demia do COVID-19, para desejar um 2021 repleto de progresso espiritual para todos e que Jesus os ilumine, abençoando a
caminhada de cada qual!
Mas nesse ano de tão triste contingência, pela qual passa a Terra toda, queremos mesmo assim expressar gratidão a Deus pelo
dom da vida, da família e da saúde!
Mas também gratidão oh Pai, por sabermos que aqueles que perderam o corpo físico nesta época aziaga, vivem em corpos
celestes, nas dimensões da luz, bendizendo o teu nome!
Gratidão por mais um ano, assim na Terra como nos Céus!
Um Beijo N’alma!
Bruno Tavares
Leia todas as edições do CH Notícias no Blog:
blogchnoticias.blogspot.com.br
Louvor, Rogativa e Gratidão
Quando você despertar, cada dia, defrontando a mensagem
luminosa do sol fecundo e aspirando o ar puro e balsâmico da
generosa Mãe Natureza, escutando a voz do vento no arvoredo
feliz e produtivo a misturar-se à sinfonia canora das avezitas e dos
animais, ore em louvor ao Pai Celeste, que lhe propicia mais uma
oportunidade de luta na grande estrada da existência terrena.
Quando a dor, em forma de agonia e solidão ou vestida de en-
fermidade e amargura, abraçar-lhe o corpo frágil, atingindo-lhe a
alma sedenta de paz, descoroçoando o seu ânimo e escurecendo
o céu da sua paisagem íntima, ore, rogando inspiração e socorro
para vencer a fragilidade orgânica e superar o testemunho moral,
atravessando a ponte da dificuldade.
Quando o desrespeito físico houver sido regularizado e a in-
quietação se amainar no solo do espírito, envolvendo-o em doce
e plácida serenidade, ore, agradecendo a gentileza divina que o
enriqueceu de favores em forma de harmonia e paz. Louve o Se-
nhor em todos os dias da sua vida, cantando o amor no trabalho
venturoso em favor de todas as criaturas.
Rogue-lhe as fortunas morais da segurança e da fé e os tesouros
espirituais da alegria e do trabalho, transformando sua alma em
estrela brilhante em noite escura, qual bênção de tênue claridade
aos que se afligem no torvelinho tempestuoso das paixões. Agra-
deça ao Senhor a oferenda recebida, cada hora, como a jóia do
minuto que lhe enseja resgate e conquista para o Espírito — esse
viajor da Eternidade.
Não macule, entretanto, a sua oração com os pedidos mesqui-
nhos que nascem na ambição desvairada e se desenvolvem no
desequilíbrio da emoção. Respeite na oração o anjo do amor, que
em nome da criatura busca o Criador, e na inspiração que logo ad-
vém descubra a resposta celeste, resultante do carinho de nosso
Pai por todos nós.
Ore e trabalhe sempre e sem desfalecimento. Abra a boca na
prece e dilate os sentimentos na comunhão oracional, buscando
os celeiros da inefável luz, e a alimentação substanciosa do amor
divino desdobrará para você a percepção espiritual, inundando-o
de vitalidade para a continuação de luta em que você se empe-
nha.
Pelo Espírito Aura Celeste
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Gratidão – Uma força transformadora
“Todo crescimento pessoal de natureza cultural, moral e espiritual deságua inevitavelmente no sentimento da gratidão, da
oferta, da participação no conjunto, tornando-se o indivíduo igualmente útil e valioso. A gratidão individual é uma nota har-
mônica a contribuir para a sinfonia universal, ampliando-se e tornando-se um sentimento coletivo que proporciona o equilíbrio
social e espiritual da humanidade.
Ademais, ninguém consegue vincular-se a um ideal de engrandecimento pessoal e humanitário sem arrastar outros pela
emoção do seu exemplo e da sua bondade para as fileiras da sua trajetória.
O sentimento da gratidão tem natureza psicológica e de imediato aciona o gatilho, sendo transformada em emoção e sensa-
ção orgânica.
Quando se experimenta o sabor da gratidão, aumenta-se o desejo de mais servir e melhor contribuir em favor do grupo
social em que cada qual se encontra e da humanidade em geral.
É inevitável, portanto, a presença da gratidão no cerne das vidas humanas.”
(Joanna de Ângelis, em Psicologia da Gratidão)
Passados os dias de frenesi e de melancolia das festividades de final de ano, chegamos em Janeiro cheios de perspectivas, e
com isso gerando sentimentos de ansiedade e imediatismos para realização das metas colocadas, para começar cumprir aquela
listinha de planos que entendemos imprescindíveis para a nossa felicidade.
E se trocássemos toda essa roda viva por um simples agradecimento? E se aproveitássemos que o mundo está em aparente
compasso de espera e começássemos a desenvolver, realmente o sentimento de gratidão?
Não são raras as mensagens dos nossos amigos espirituais de que quando
deixamos o sentimento da Gratidão tomar conta de nós vibramos mais alto e
melhor. Conseguimos ver mais colorido, sentimos Deus mais perto! Somos mais
F-E-L-I-Z-E-S!
Ensinam os Espíritos ao responder à questão 535 do Livro dos Espíritos, que
devemos sempre agradecer a Deus e depois aos espíritos amigos quando algo
venturoso nos acontece.
E quanto de venturas nos são proporcionadas!
A possibilidade da reencarnação; a possibilidade de ver o sol e a lua; a pos-
sibilidade de não poder enxergar, e então desenvolver outros talentos e enxer-
gar com o coração...a possibilidade de poder amar, trabalhar, ajudar, progredir...
tantas são as benesses concedidas que enumerá-las levariam anos, mas que o
coração em sintonia com a mente e o espírito podem guardá-las por toda a eternidade!
Ensina Joanna de Ângelis que: à medida que a psique desenvolve a consciência, fazendo-a superar os níveis primitivos reche-
ados pela sombra, mais facilmente adquire a capacidade da gratidão... E que: a miopia emocional defluente do predomínio da
sombra no comportamento do ser humano impede-o que veja a harmonia existente na vida.
Explica a querida Veneranda que a Gratidão é um sentimento que nos devolve ao coletivo, pois é necessário que evoluamos
juntos, enquanto humanidade, pois essa é a Lei do Progresso, que inexoravelmente será cobrada de todos nós.
Assim vejamos esse trecho extraído do livro Psicologia da Gratidão:
“Nos níveis nobres da consciência de si e da cósmica, a gratidão aureola-se de júbilos, e os sentimentos não mais permanecem
adstritos ao eu, ao meu, ampliando-se ao nós, a mim e a você, a todos juntos.
A gratidão é a assinatura de Deus colocada na Sua obra.
Quando se enraíza no sentimento humano logra proporcionar harmonia interna, liberação de conflitos, saúde emocional, por
luzir como estrela na imensidão sideral...
Por extensão, aquele que se faz agradecido torna-se veículo do sublime autógrafo, assinalando a vida e a natureza com a
presença d´Ele.”
É o sentimento da gratidão que nos move para a caridade, é a gratidão que verdeja a esperança, é a gratidão que explode
sorrisos. Então que sejamos gratos!
Coloquemos esse sentimento naquele rol de planos para a nossa felicidade, a Gratidão é a chave para as nossas mais profun-
das e perenes conquistas.
Feliz Ano Novo!
Ana Paula Macedo
Léon Denis – O Apóstolo do Espiritismo
Léon Denis nasceu numa aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, em
França, a 1º de Janeiro de 1846, numa família humilde, filho de Josephine e Ana Lúcia
Denis. Cedo conheceu, por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos
da família.
Não era seu hábito desperdiçar um minuto sequer de seu tempo, com distrações frí-
volas, às quais a maior parte dos homens recorre para matar as horas.
Desde os seus primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxi-
liavam.
Ao invés de participar em brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o
mais possível. Lia obras sérias, conseguindo assim, com esforço próprio desenvolver a
sua inteligência. Tornou-se um autodidata sério e competente.
Aos 12 anos concluiu o curso primário, mas a situação modesta da sua família não
lhe permitiu grandes estudos. Desde cedo teve problemas de saúde física: com os olhos
principalmente.
Aos 16 anos salientou-se como um dos melhores oradores e ardente propagandista.
Aos 18 anos tornou-se representante comercial da empresa onde trabalhava, fato
que o obrigava a viagens constantes, situação que se manteve até à sua aposentadoria e manteve ainda depois por mais algum
tempo. Adorava a música e sempre que podia assistia a uma ópera ou concerto.
Gostava de dedilhar, ao piano, árias conhecidas e de tirar acordes para seu próprio devaneio. Não fumava, era quase exclusi-
vamente vegetariano e não fazia uso de bebidas fermentadas. Encontrava na água a sua bebida ideal. Era seu hábito olhar, com
interesse, para os livros expostos nas livrarias.
Um dia, ainda com 18 anos, o chamado “acaso” fez com que a sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado.
Esse livro era “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec. Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o e, recolhendo-se imediata-
mente ao lar, entregou-se com avidez à leitura.
O próprio Denis disse: “Nele encontrei a solução clara, completa e lógica, acerca do problema universal. A minha convicção
tornou-se firme. A teoria espírita dissipou a minha indiferença e as minhas dúvidas”. O seu espírito, nessa hora, sentiu-se sacudi-
do em face dos compromissos assumidos no Espaço, para iniciar, em breve, o trabalho de propagação das verdades Kardecianas.
“Como tantos outros” – disse ele -“procurava provas, fatos precisos, de modo a apoiar a minha fé, mas esses fatos demoraram
muito a chegar. A princípio insignificantes, contraditórios, mesclados de fraudes e mistificações, que não me satisfizeram, a ponto
de, por vezes, pensar em não mais prosseguir as minhas investigações. Mas, sustentado, como estava, por uma teoria sólida e de
princípios elevados, não desanimei. Parece que o invisível deseja experimentar-nos, medir o nosso grau de perseverança, exigir
certa maturidade de espírito antes de entregar-nos aos seus segredos”. Encontrava-se nos seus trabalhos de experimentações,
quando importante acontecimento se verificou na sua vida: Allan Kardec viera passar alguns dias na pacata cidade de Tours, com
seus amigos. Todos os espíritas turenses foram convidados a recebê-lo e a saudá-lo.
As viagens eram para Denis uma fonte de alegria e de aprendizado. Em França e no estrangeiro aproveitava as oportunidades
que poderiam enriquecer materialmente o patrão sem desprezar tudo o que poderia contribuir para o conhecimento próprio.
Interessavam-lhe as praças, os monumentos, o povo, os hábitos, os costumes e a meditação entre os velhos caminhos das mon-
tanhas. Delicia-se com os bosques, com os rios e os lagos. Estas longas horas de meditação solitária no seio da Natureza condu-
ziram-no a uma mais completa compreensão de Deus. Em 1880, pelas cidades e vilas que percorria, por forçados seus afazeres
profissionais, pronunciava conferências e fundava círculos e bibliotecas populares. É incalculável o número de conferências por
ele proferidas em França, no propósito de propagar a “Liga de Ensino”, fundada por Jean Macé.
Na Argélia, onde esteve várias vezes em serviço, também desenvolveu uma intensa atividade de divulgação doutrinária. O
ano de 1882 marca, em realidade, o início do seu apostolado, durante o qual teve que enfrentar sucessivos obstáculos: o mate-
rialismo e o positivismo que olham para o Espiritismo com ironia e risadas e os crentes das demais correntes religiosas, que não
hesitam em aliar-se aos ateus, para o ridicularizar e enfraquecer. Léon Denis porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade.
Os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado para o encorajar e exortá-lo à luta. “Coragem,amigo”- diz-lhe o espírito de
Jeanne-“estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem
cumprir essa tua obra”. A 2 de Novembro de 1882, dia de Finados, um evento de capital importância produziu-se na sua vida: a
manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, havia de ser o seu guia, o seu melhor amigo, o seu
pai espiritual – Jerónimo de Praga - que lhe disse: “Vai meu filho. Pela estrada aberta diante de ti. Caminharei atrás de ti para te
sustentar”. E como Léon Denis indagasse se o seu estado de saúde o permitiria estar à altura da tarefa, recebeu esta outra afir-
mativa: “Coragem, a recompensa será mais bela” A partir de 1884, achou conveniente fazer palestras visando à maior difusão
das ideias espíritas. Escreveu, em 1885, o trabalho “ O Porquê da Vida”, no qual explica, com nitidez e simplicidade, o que é o
espiritismo. Em 1892, recebeu um convite da duquesa de Pomar, para falar de espiritismo na sua residência, numa dessas ma-
nhãs célebres, em que se reunia quase toda a Paris. Ele ficou indeciso e temeroso. Depois de muito meditar as responsabilidades,
aceitou o convite. “Le Journal” de Paris publicou, acerca da reunião na casa da duquesa, a seguinte notícia: “A reunião de ontem,
para ouvir a conferência de Léon Denis sobre a Doutrina Espírita, foi uma das mais elegantes. De uma eloquência muito literária,
o orador soube encantar o numeroso auditório, falando-lhe do destino da alma, que pode, diz ele, reencarnar até à sua perfeita
depuração. Ele possui a alma de um Bossuete e soube criar um entusiasmo espiritualista”.
O êxito do seu livro “Depois da Morte” situara-o como escritor de primeira ordem. Os grandes jornais e revistas eclécticas so-
licitavam-no e as tiragens sucessivas desse livro esgotavam-se rapidamente. A principal obra literária de Denis foi a concernente
ao Espiritismo, mas escreveu, outrossim, segundo o testemunho de Henri Sausse, várias outras, como: Tunísia, Progresso, Ilha de
Sardenha, etc., certamente fruto das suas memórias de viagem. A partir de 1910, a visão de Léon Denis foi, dia a dia, enfraque-
cendo. A operação a que se submetera, dois anos antes, não lhe proporcionara nenhuma melhora, mas suportava, com calma e
resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Aceitava tudo com estoicismo e resignação. Jamais
o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande devia ser o seu sofrimento. Mantinha volumosa correspondência,
jamais se aborrecia. Amava a juventude, possuía a alegria da alma. Era inimigo da tristeza. O mal físico, para ele, devia ser bem
menor do que a angústia que experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretárias ocasionais substituíam-no
nesse ofício. No entanto, a grande dificuldade para Denis, consistia em rever e corrigir as novas edições dos seus livros e dos
seus escritos. Graças, porém, ao seu espírito de ordem e à sua incomparável memória, superava todos esses contratempos, sem
molestar ou importunar os amigos. Depois da morte da sua genitora, uma empregada cuidava da sua pequena habitação. Ele só
exigia uma coisa: o absoluto respeito às suas numerosas notas manuscritas, as quais ele arrumava com meticulosa precaução.
E foi justamente por causa dessa sua velha mania que a duquesa de Pomar o denominara “o homem dos pequenos papéis”. Em
1911, após despender não pequeno esforço , no preparo da nova edição do “O Problema do Ser, do destino e da Dor”, ficou gra-
vemente doente com uma pneumonia; foi o tratamento atempado do seu médico que, num curto espaço de tempo, o colocou
de novo em pé. Contudo uma grande e profunda dor lhe estava reservada: veio a Guerra de 1914-18 e o seu espírito condoía-se
ao ver partir para a frente de batalha a maioria dos seus amigos. Léon padecia, então, de uma doença intestinal e estava parcial-
mente cego. Pela incorporação, os seus amigos do Espaçoe, entre eles, um Espírito eminente, comunicavam-lhe, de tempos em
tempos, as suas opiniões sobre essa terrível guerra, considerada nos seus dois aspectos: o visível e o oculto. Estas comunicações
levaram-no a escrever um certo número de artigos, publicados na“Revue Spirite”, na “Revue Suisse des Sciences Psychiques” e no
“Echo Fid”, onde transparece, dentro da lei de causa e efeito, o seu grande amor pela terra onde nasceu.
Quando a Guerra se aproximava do fim, a “Revue Spirite” passou a publicar, em todos os seus números, artigos de Léon Denis.
Após a 1ª Grande Guerra, aprendeu braille, o que lhe permitiu fixar no papel os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham
ao espírito, pois, nesta época da sua vida, estava, por assim dizer, quase cego. Em 1915 iniciava ele uma nova série de artigos,
repassados de poesia profunda e serena, sobre a voz das coisas, preconizando o retorno à Natureza. Nesta época, um forte vento
soprava contra o Kardecismo. O fenomenismo metapsiquista espalhava aos quatro ventos a doutrina do filósofo puro P. Heuzé
fazia muito barulho através do “L’Opinion”, com as suas entrevistas e comentários tendenciosos. Afirmava, prematuramente, que,
à medida que a metapsíquica fosse avançando, o Espiritismo iria, a par e passo, perdendo terreno. A sua profecia, no entanto,
ainda não se realizou. Após a vigorosa resposta de Jean Meyer na “RevueSpirite”, Léon Denis por sua vez, entrou na discussão,
na qualidade de presidente de honra da União Espírita Francesa, numa carta endereçada ao “Matin”, na qual estabelecia, com
admirável nitidez, a diferença entre Espiritismo e Metapsiquismo. A partir desse momento, Léon Denis teve que exercer grande
atividade jornalística para responder às críticas e ataques de altos membros da Igreja Católica, saindo-se, como era de esperar,
de maneira brilhante. Em março de 1927, com 81 anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou de “O Génio Céltico e o
Mundo Invisível”. Neste mesmo mês a “Revue Spirite” publicava o seu derradeiro artigo. Terça-feira, 12 de março de 1927 pelas
13 horas, respirava Denis com grande dificuldade. A pneumonia atacava-o novamente. A vida parecia abandoná-lo, mas o seu es-
tado de lucidez era perfeito. As suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, apesar da muita dificuldade, foram
dirigidas à sua empregada Georgette: “É preciso terminar, resumir e concluir”. Fazia alusão ao prefácio da nova edição biográfica
de Kardec. Neste preciso momento, faltaram-lhe completamente as forças, para que pudesse articular outras palavras. Às 21 ho-
ras o seu espírito alou-se. O seu semblante parecia ainda em êxtase. As cerimônias fúnebres realizaram-se a 16 de março. A seu
pedido, o enterro foi modesto e sem o ofício de qualquer Igreja confessional. Está sepultado no cemitério de La Salle, em Tours.
Pesquisa realizada por Ana Paula Macedo. Fonte: www.febnet.org.br
O DEDO DE DEUS
(Thionville, 25 de dezembro de 1862. - Sr. doutor R...)
Fizemos entrever a aurora da regeneração humana; deveis ver aí, como em toda a marcha da Humanidade através das ida-
des, o dedo de Deus. Dissemos muito frequentemente: Tudo o que chega neste
mundo, como tudo o que se passa no Universo inteiro, está submetido a uma
lei geral: a do progresso. Inclinai-vos diante dela, orgulhosos e soberbos, que
pretendeis vos colocar acima dos decretos do Mais Alto! Procurai por toda a
parte a causa de vossas infelicidades e de vossas alegrias, e ali reconhecereis
sempre o dedo de Deus. Mas, direis, o dedo de Deus, é, pois, a fatalidade! Ah!
guardai-vos de confundir esta palavra ímpia com as leis que a Providência vos
impôs, a Providência, que quis vos deixar vosso livre arbítrio para vos deixar ao
mesmo tempo o mérito de vossos atos, mas que lhe tempera o rigor por essa
voz, tão frequentemente desconhecida, que vos adverte do perigo ao qual vos
expondes.
O fatalismo é a negação do dever, porque, nossa sorte sendo fixada de antemão, não nos convém mudá-la. Em que se tornaria
o mundo com essa terrível teoria, que abandonaria os homens às pérfidas sugestões das piores paixões? Onde estaria o objetivo
da criação? Onde estaria a razão de ser da ordem admirável que reina no Universo?
O dedo de Deus, ao contrário, é a punição sempre suspensa sobre a cabeça do culpado; é o remorso que lhe rói o coração,
reprovando-lhe os crimes a cada instante do dia; é o terrível pesadelo que o tortura durante longas noites sem sono; é essa marca
sanguinolenta que o segue em todos os lugares, como para reproduzir, sem cessar, a seus olhos, a imagem de seus crimes; é a
febre que atormenta o egoísta; são as angústias perpétuas do mau rico, que vê em todos aqueles que se aproximam espoliadores
dispostos a lhe arrebatar um bem mal adquirido; é a dor que sente em sua hora última por não poder levar seus inúteis tesouros!
O dedo de Deus é a paz do coração reservada ao homem justo; é esse doce perfume que vos enche a alma depois de uma boa
ação; é essa suave alegria que se sente sempre ao fazer o bem; é a bênção do pobre que se assiste, é o doce olhar de uma criança
da qual se secaram as lágrimas; é a prece fervorosa de uma pobre mãe a quem se proporcionou o trabalho que deve arrancá-la
à miséria; em uma palavra, é o contentamento de si mesmo. O dedo de Deus, enfim, é a justiça séria e austera, temperada pela
misericórdia! o dedo de Deus, é a esperança, que não abandona o homem em seus mais cruéis sofrimentos, que o consola sem-
pre, e que deixa entrever ao mais criminoso, que o arrependimento tocou, um canto da morada celeste da qual se acreditava
repelido para sempre!
ESPÍRITO FAMILIAR
Fonte: RE setembro- 1863
Imagens extraídas da internet
Pesquisa: Mônica Porto
	 A bênção da gratidão
Joanna de Ângelis
Entre os sentimentos nobres que caracterizam o ser psicológico maduro, a gratidão destaca-se como um dos mais relevantes.
A vida, em si mesma, é um hino de louvor à Vida, portanto, de gratidão incontida.
Vida, porém, é vibração de harmonia presente em todo o Universo. Limitada nas diversas expressões pelas quais se manifesta, é um
desafio em constante desdobramento na busca de significado.
Quando o processo de crescimento emocional liberta o Espírito da sombra em que se aturde, nele se apresenta a luz da verdade,
que é o discernimento em torno dos valores significativos que o integram no concerto harmônico do Cosmo.
Buscando a perfeita identidade, na fusão equilibrada do eixo ego/Self, dá-se conta que viver é experienciar gratidão por tudo quanto
lhe sucede e tem oportunidade de vivenciar. A gratidão, dessa maneira, é a força que logra desintegrar os aranzéis da degradação do
sentido existencial.
Filha da maturidade alcançada mediante a razão, sobrepõe-se ao instinto, é conquista de elevada magnitude pelo propiciar de equi-
líbrio que faculta àquele que a sabe ofertar.
Comumente, na imaturidade emocional, acredita-se que a gratidão é uma retribuição pelo bem ou pelos favores que se recebem,
consistindo em uma forma de devolução, pelo menos em parte.
Inegavelmente, quando se devolve algo dos recursos recebidos, que têm significados saudáveis, opera-se no campo do reconhe-
cimento. No entanto, trata-se de uma convenção, efeito do jogo mercadológico da oferta e da procura ou vice-versa. O instinto de
preservação da existência, trabalhando em favor dos interesses imediatistas, age, não poucas vezes, utilizando-se de ações retributivas,
especialmente quando estimulado ao prazer.
A gratidão é um sentimento mais profundo e significativo, porque não se limita apenas ao ato da recompensa habitual. É mais gran-
dioso, porque traz satisfação e tem caráter psicoterapêutico.
Todo aquele que é grato, que compreende o significado da gratidão real, goza de saúde física, emocional e psíquica, porque sente
alegria de viver, compartilha de todas as coisas, é membro atuante na organização social, é criativo e jubiloso.
Predomina, porém, nas massas, que infelizmente diluem a identidade do indivíduo, confundindo os valores éticos e comportamen-
tais, a ingratidão, filha inditosa da soberba, quando não do orgulho ou da prepotência, esses remanescentes do instinto, transformados
em sombra perturbadora.
Em consequência, vivem em inquietação, perturbam-se e desequilibram os demais, cultivando as enfermidades parasitas da agres-
sividade, da violência ou da autocompaixão, entregando-se aos conflitos e realizando mecanismos de transferência de responsabili-
dades. Impossibilitados de compreender a finalidade existencial, a busca de um sentido para a autorrealização, fazem-se omissos, até
mesmo no que diz respeito aos seus insucessos, entregando-se a condutas esdrúxulas que pensam poder escamotear os conflitos que
os assinalam. Essa estranha conduta é responsável por alguns mitos que remanescem no inconsciente, e esses arquétipos desculpistas
constituem-lhes recursos de auto apaziguamento, dessa forma tentando conciliar a consciência que exige lucidez com o ego que prefere
a ilusão.
O Self imaturo sofre o efeito do ego dominador e atribui-se méritos que não possui, acreditando-se credor de todas as benesses que
lhe são concedidas, sempre anelando por mais recursos que lamentavelmente não o plenificam. Nesse estágio, haure bens que não sabe
usar, e amontoam-se em armários ou em bancos, acumulando presunção e despotismo, sem se integrar no conjunto social em que se
movimenta. E quando o faz, destaca-se pelo orgulho e pelo falso poder externo, compensando as angústias internas com a bajulação
e o aplauso dos outros, que se transformam em estímulo para exibir as qualidades que gostaria de possuir. Aspira sempre por ter mais,
sem a preocupação de ser melhor.
Busca ser respeitado, o que equivale a dizer temido, antes que ser amado, pela dificuldade que tem de amar, o que lhe propicia
insegurança e mal-estar disfarçados com os vícios sociais, tais o álcool, as drogas da moda, o tabaco, o sexo apressado e destituído de
sentimento emocional compensatório.
Recolhe onde não semeou, por acreditar-se possuidor de direitos que lhe não cabem, impedindo-se o dever de repartir solidarieda-
de e harmonia. Assume postura agressivo-defensiva, de modo que amealhe sem oferecer, descobrindo inimigos onde existem apenas
desconhecidos que não foram conquistados e simpatizantes que não foram atraídos ao seu fechado círculo de egoísmo. Permanece ar-
mado, em vigília contínua, em vez de amando em todas as circunstâncias, ante a irradiação de desequilíbrio que é o seu estado interno.
Introverte-se, quando deveria espraiar-se como as águas generosas do regato, diluindo as fixações que o retêm na infância da evolução
antropológica...
O sentido existencial é de conquistas internas, aplicadas em favor da gratificação. À medida que se recebe, doa-se, e, na razão direta
em que se é aceito e querido, mais ama e melhor agradece.
A gratidão é uma bênção de valor desconhecido, porque sempre tem sido considerada na sua forma simplista e primária, sem o
conteúdo psicoterapêutico de que se reveste. Quando se reflexiona em torno da gratidão, quase imediatamente se pensa em devolver
parte do que foi recebido, o que a torna insignificante e destituída de valor.Permanece aí a visão material imediatista, sem os conteúdos
psicológicos renovadores.
Quando observamos uma rosa exteriorizando perfume carreado pela brisa, deparamo-nos com a gratidão do vegetal que transfor-
mou húmus e água em aroma delicado. De igual maneira, o Sol, que responde pela preservação do milagre da vida em múltiplas mani-
festações, oscula o charco sem assimilar-lhe os odores pútridos e acaricia as pétalas das flores sem tomar-lhes o aroma agradável. Essa
é a sua forma de agradecer a própria finalidade para a qual foi criado...	
Quando o Espírito alcança o objetivo do seu significado imortal e entende-o com discernimento lúcido, abençoa tudo e todos, agra-
decendo-lhes a oportunidade por fazer parte do seu conglomerado.
A gratidão deve ser um estado interior que se agiganta e mimetiza com as dádivas da alegria e da paz. Por essa razão, aquele que
agradece com um sorriso ou uma palavra, com uma expressão facial em silêncio ou numa canção oracional, com o bem que esparze, é
sempre feliz, vivendo pleno.
Entretanto, aquele que sempre espera receber, que faz e anela pela resposta gratulatória, que se movimenta e realiza atos nobres,
mas conta com o alheio reconhecimento, imaturo, negocia, permanecendo instável, neurastênico, em inquietação.
Quando se é grato, nunca se experimenta nenhum tipo de decepção ou queixa, porque nada espera em resposta ao que realiza.
A busca, portanto, da autorrealização é alcançada a partir do momento em que a gratidão exerce o seu predomínio no Self, sem
nenhuma sombra perturbadora, constituindo-se uma sublime bênção de Deus.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis . Psicologia da Gratidão. 3° ed. Salvador: LEAL, 2014. (Série Psicológica - Especial,
volume 16) 240 p, p. 9-12.
Oh Bom Deus, Bom Pai,
fonte de todo poder, toda sabedoria, de todo amor; Espírito Supremo,
cujo nome é Luz, nós te oferecemos nossos louvores e nossas aspirações.
Que eles subam a ti como o perfume das flores, como os odores
inebriantes dos bosques sobem para o céu.
Ajuda-nos a avançar na senda sagrada do conhecimento para uma
compreensão mais alta de tuas leis, a fim de que se
desenvolva em nós mais simpatia, mais amor
pela grande família humana:
porque nós sabemos que pelo nosso
aperfeiçoamento moral, pela realização,
pela aplicação ativa em torno de nós e em
proveito de todos da caridade e da bondade,
aproximar-nos-emos de ti, mereceremos
conhecer-te melhor e comungar mais intimamente na grande harmonia
dos seres e das coisas.
Ajuda-nos a nos desprender da vida material, a compreender, a sentir o
que é a vida superior, a vida infinita. Dissipa a obscuridade que nos
envolve, depõe em nossa alma uma centelha desse fogo divino que
aquece e abrasa os espíritos das esferas celestes.
Que a tua doce luz e com ela os sentimentos de caridade e de paz se
derramem sobre todos os seres.
Assim seja
Léon Denis
____________________________________________________________________________
Fonte: Livro O Grande Enigma – Léon Denis
Imagens extraídas da internet
Pesquisa: Mônica Porto
Atendimento Fraterno
Todos os que já foram a uma Casa Espírita, ou têm parentes Espíritas frequen-
tadores, já ouviram sobre o trabalho de Atendimento Fraterno. Mas o que é esse
trabalho? Como ele é feito? Quem está capacitado para realizá-lo?
O Atendimento Fraterno é um trabalho desenvolvido nas Casas Espíritas com
o objetivo de dar as boas-vindas aos que estiverem chegando, seja naquela casa
em específico, seja na Doutrina Espírita. Atuando em conjunto com as exposições
públicas e o trabalho do Passe, nas reuniões públicas se explica o que é um Centro Espírita e se colocam as noções preliminares
sobre a espiritualidade, sobre a interação tão natural que ocorre entre o mundo material e o mundo espiritual, e o Espiritismo
propriamente dito; bem como, permite o contato inicial dos irmãos recém-chegados com o Passe, serenando-lhes as aflições
pelo influxo de bons fluidos oriundos da equipe espiritual e do empenho e comprometimento do médium passista. Dessa for-
ma, o Atendimento Fraterno é uma segunda etapa, na qual o irmão que chegou em busca de auxílio e conforto, poderá conver-
sar com um trabalhador da casa, em um espaço de maior quietude, permitindo-lhe abrir o coração e externar suas angústias,
seus medos e seus problemas, afinal, em geral são os problemas que nos guiam ao caminho do Pai.
Pode-se perceber que é um trabalho de suma importância, assim como todos os trabalhos desempenhados na seara Espíri-
ta, contudo, exige do trabalhador algumas virtudes, sendo a principal delas a capacidade de ouvir verdadeiramente os irmãos
em sofrimento. Àqueles que chegam em busca de auxílio, necessitam em primeiro lugar conseguir externar seus sentimentos,
e cabe ao trabalhador conseguir ouví-los, para poder lhes passar o conhecimento adquirido pelo estudo dos ensinamentos do
Senhor. Sendo essa outra qualidade que o trabalhador deverá estar constantemente a desenvolver, o empenho em estudar e
conhecer os ensinamentos do evangelho, se esforçando também por praticá-los, pois será pela vivência que poderá melhor au-
xiliar todos os que lhes cruzarem o caminho. Como nos fala o Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo XVII - Sede Perfei-
tos, ao falar dos Bons Espíritas: “O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da
moral do Cristo, ao dar uma fé sólida e esclarecida aos que duvidam ou vacilam”. Outro ponto importante, é que seja um irmão
que conheça, ou participe, ou já tenha participado também dos trabalhos mediúnicos, pois muitos irmãos chegam desalinhados
nas Casas Espíritas devido a eclosão da mediunidade e o desconhecimento sobre o que é ser médium, de forma que caberá ao
trabalhador orientar inicialmente sobre a mediunidade.
Poder-se-ia questionar se para ser um trabalhador do Atendimento Fraterno seria necessário ter uma formação acadêmica
na área de psicologia, por exemplo, por ser uma área que oferece os fundamentos técnicos para aproximação do outro e seu
auxílio. Entretanto, sabe-se que para o desempenho de qualquer atividade na Casa Espírita é necessária sim a boa vontade,
independente de currículo material, devendo-se reconhecer suas limitações e indicar que os irmãos necessitados de auxílio téc-
nico psicológico procurem um profissional capacitado, do mesmo modo que um irmão portador de uma doença física, procure
um médico capacitado para atendê-lo. Na Casa dos Humildes, o trabalhador tem de estar atuando no passe, na desobsessão e
ou no desenvolvimento, para poder participar da atividade do Atendimento Fraterno, contando com colaboradores que tam-
bém possuem a formação de psicólogos e trabalhadores ativos nos trabalhos mediúnicos da casa.
Surge-nos então, outra dúvida: em meio a pandemia, com as portas materiais das Casas Espíritas fechadas, não há mais
Atendimento Fraterno? A própria pergunta nos traz a resposta, o que está fechado são as portas materiais, pois o Espírita não
é Espírita apenas na Casa Espírita, ele o é em qualquer lugar, por isso esse trabalho não se extinguiu, ao contrário, ele ultrapas-
sou as limitações materiais das paredes físicas. Pode-se desenvolvê-lo em casa, com os parentes que também estão passando
pela pandemia, todos com seus medos - sejam novos ou antigos, suas aflições e sofrimentos, que
talvez nem percebêssemos antes, devido a correria do dia-a-dia. Pode-se atender fraternalmente
os amigos, seja por meio de telefonemas ou em vídeo-conferências, ao se buscar ouví-los com o
coração e levar o consolo do evangelho para seus sofrimentos; pode-se atuar com fraternidade no
ambiente de trabalho, no qual em meio a uma pandemia torna-se mais instável e sensível, devido
às perdas econômicas que se abatem sobre inúmeros irmãos, posto onde um ou mais estiverem
reunidos em nome de Jesus, ali ele estará presente, levando Amor aos corações aflitos.
Além disso, mesmo em meio a suspensão dos trabalhos materiais das Casas Espíritas, os estudos, na maioria dessas casas,
estão ocorrendo de forma on-line, de forma que é possível se ter contato com os dirigentes dos trabalhos. Podendo-se recor-
rer a eles quando surgir uma situação, onde um irmão lhe procure em sofrimento, por lhe saber Espírita e você não saiba o
que dizer, talvez por ainda não ter superado um sofrimento semelhante, ou talvez por jamais ter enfrentado algo semelhante.
Lembremo-nos que nunca estamos sozinhos, e pedir auxílio a um irmão mais experiente que nós é um dever, principalmente se
for para auxiliar nosso próximo.
Assim sendo, atender fraternalmente é ser cristão, é buscar amar ao próximo, como a nós mesmos. Então, sigamos firmes
na orientação de Kardec: “Espíritas amai-vos... Espíritas instruí-vos”, pois desse modo estaremos nos capacitando para melhor
vivenciar o evangelho, já que estaremos estudando esse mesmo evangelho, buscando sempre o exemplo de Jesus Cristo, o qual
vivenciou tudo o que pregou e por isso tocou os corações que já estavam em condições de ser tocados! Não nos esquecendo de
agradecer ao Pai a oportunidade maravilhosa de poder ter acesso aos seus ensinamentos e já termos adquirido um pouco de
discernimento sobre a necessidade de nossa reforma íntima!
Ingrid Cavalcanti
Bibliografia do Pentateuco
05 livros fundamentais na Doutrina Espírita
Por Allan Kardec
Bruno Tavares Expositor Espírita
www.blogdobrunotavares.wordpress.com
Associação Espírita Casa dos Humildes
www.casadoshumildes.com
Presidente: Ivaneide Amorim.
Vice-Presidente: Iale de Oliveira.
Deptº de Divulgação Doutrinária: Bruno Tavares.
Deptº de Mediúnico: Amaro Carvalho.
Edição: Ana Paula Macedo, Bruno Tavares, Gut-
temberg Cruz e Mônica Porto.
Projeto Gráfico: Ingrid Cavalcanti.
EXPEDIENTE
CH Notícias
Nº 67 – Circulação mensal
Distribuição on-line
Recife-PE, 26/Janeiro/2020
CONTATO
Rua Henrique Machado, nº 110
Casa Forte - Recife/PE
(81) 30485922
casadoshumildes.com
blogchnoticias.blogspot.com.br
chnoticias@yahoo.com.br
chnoticias2015@gmail.com
A partir do relato histórico da trajetória do Cristianismo, Léon Denis
apresenta a origem dos evangelhos, a comunhão dos primeiros cris-
tãos com os Espíritos e os fenômenos espíritas presentes na Bíblia,
reforçando o princípio de que as diretrizes espírita e cristã são, na
verdade, perfeitamente ligadas como uma única doutrina. Conhecido
seguidor de Allan Kardec, o autor explica como a prática mediúnica e
a reencarnação foram extintas do pensamento cristão, além dos ri-
tuais e dogmas que se estabeleceram no culto — muitas vezes indo
contra a simplicidade do Cristo — a partir da relação com o Catolicis-
mo romano.
Este livro não tem pretensão literária ou prurido histórico de resta-
belecer verdades evangélicas. Em síntese, é uma compilação de in-
terpretações de algumas das muitas ocorrências que assinalaram o
Apostolado de Jesus. São narrativas ouvidas em conversações íntimas
no Além-túmulo, e que fazem parte das suaves e doces histórias do
Mundo Espiritual. Dessa forma, objetiva o espírito autor, Amélia Ro-
drigues, recordar aqueles DIAS VENTUROSOS, ricos de beleza e de
esperanças, de harmonia e de ternura, dedicando a todos quantos
sofrem e anelam por uma palavra de conforto, de encorajamento, de
paz.
Boa leitura!
Segunda-feira 19 h 45 min
Sala 1 – Curso de Passe
Sala 2 – Curso Trabalhadores: ESTEM
Sala 3 – Iniciantes Curso de Mediunidade
Terça-feira
(a cada 15 dias)
19 h 45 min
EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
ESDE – Estudo Sistemático da Doutrina Espírita
Quarta-feira 19 h 45 min
Sala 1 – Iniciantes Básico do Espiritismo
Sala 2 – Curso Trabalhadores: Doutrinação
Sala 3 – Iniciantes Curso de Doutrinação
Segunda-feira 19 h 45 min Reunião de Consulta espiritual.
Terça-feira 20 h Reunião Pública de Estudo de “O Livro dos Espíritos”.
Terça-feira 20 h Reunião de Vibrações Espirituais.
Quarta-feira 19 h 45 min Reunião Pública de Desobsessão.
Quinta-feira (apenas a 1ª do mês) 19 h 45 min Desobsessão dos Trabalhadores da Casa.
Sexta-feira
19 h 30
Reunião Pública de Estudos Espíritas:
1ª Sexta do mês: André Luiz;
2ª Sexta: Emmanuel;
3ª sexta: Allan Kardec;
4ª sexta: Bezerra de Menezes.
Domingo 16 h Evangelização Infantil e Reunião da Juventude Espírita.
Domingo 16 h Reunião Pública de Estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
ATIVIDADES REQUISITOS DIA/HORA
Campanha do Quilo Boa vontade e tolerância. Todos os domingos – 8 h.
Evangelização Infanto-Juvenil
Habilidades na área de educação e de ativi-
dades lúdicas. Boa interação com crianças
e jovens.
Domingo – 16 h.
Passes e vibração Ter feito o curso de passes.
Segundas antes das reuniões
públicas;
Terças, Quartas e Sextas após as reuniões;
Domingos antes e depois das reuniões.
Recepção e atendimento fraterno
Ter feito o curso de passes e ser doutrina-
dor.
Segunda e Quarta – 19 h;
Domingo – 16 h.
Assistência a gestantes
Querer compartilhar saberes e acolher o
próximo.
Quarta – 13 h 30 min e
Um Domingo no mês.
Trabalho mediúnico e doutrinário
Ter feito todos os cursos
básicos e o de passes.
Segunda e Quarta – 19 h 45 min;
Domingo – 16 h
Instrutor e dirigente de reunião
Ter feito os cursos básicos e de passes. Para
instrutor, experiência e comunicação.
Nos dias de curso e de reunião no auditó-
rio.
Assistência às vovozinhas da Casa
dos Humildes
Formação na área da saúde. Para lazer,
nenhum requisito.
De acordo com a disponibilidade.
Biblioteca e Livraria Ser trabalhador da Casa Antes das reuniões públicas.
TI e eletroeletrônicos, manutenção Habilidade na área e vontade de aprender. Antes das reuniões públicas.
Durante a corrente pandemia, em 2020, as reuniões públicas estarão sendo realizadas online pelo Canal Associação Espírita Casa dos Hu-
mildes - no YouTube. Acesse: <https://www.youtube.com/channel/UC00-dTR-57uAcBHFeCpAyRg>
SUSPENSAS ATÉ AVALIAÇÃO DE RETORNO PRESENCIAL PELA DIRETORIA DA CH
Cursos presenciais suspensos. Aulas ofertadas online para os trabalhadores do centro.

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Gratidão e progresso espiritual em tempos de pandemia

  • 1. Recife, Janeiro de 2021 - Ano VI - nº 67 CH Notícias Recife, Janeiro de 2021 - Ano VI - nº 67 CH Notícias Meus queridos amigos e irmãos, queremos aproveitar essa primeira edição do CH Notícias do novo ano, ainda em plena pan- demia do COVID-19, para desejar um 2021 repleto de progresso espiritual para todos e que Jesus os ilumine, abençoando a caminhada de cada qual! Mas nesse ano de tão triste contingência, pela qual passa a Terra toda, queremos mesmo assim expressar gratidão a Deus pelo dom da vida, da família e da saúde! Mas também gratidão oh Pai, por sabermos que aqueles que perderam o corpo físico nesta época aziaga, vivem em corpos celestes, nas dimensões da luz, bendizendo o teu nome! Gratidão por mais um ano, assim na Terra como nos Céus! Um Beijo N’alma! Bruno Tavares Meus queridos amigos e irmãos, queremos aproveitar essa primeira edição do CH Notícias do novo ano, ainda em plena pan- demia do COVID-19, para desejar um 2021 repleto de progresso espiritual para todos e que Jesus os ilumine, abençoando a caminhada de cada qual! Mas nesse ano de tão triste contingência, pela qual passa a Terra toda, queremos mesmo assim expressar gratidão a Deus pelo dom da vida, da família e da saúde! Mas também gratidão oh Pai, por sabermos que aqueles que perderam o corpo físico nesta época aziaga, vivem em corpos celestes, nas dimensões da luz, bendizendo o teu nome! Gratidão por mais um ano, assim na Terra como nos Céus! Um Beijo N’alma! Bruno Tavares Leia todas as edições do CH Notícias no Blog: blogchnoticias.blogspot.com.br Louvor, Rogativa e Gratidão Quando você despertar, cada dia, defrontando a mensagem luminosa do sol fecundo e aspirando o ar puro e balsâmico da generosa Mãe Natureza, escutando a voz do vento no arvoredo feliz e produtivo a misturar-se à sinfonia canora das avezitas e dos animais, ore em louvor ao Pai Celeste, que lhe propicia mais uma oportunidade de luta na grande estrada da existência terrena. Quando a dor, em forma de agonia e solidão ou vestida de en- fermidade e amargura, abraçar-lhe o corpo frágil, atingindo-lhe a alma sedenta de paz, descoroçoando o seu ânimo e escurecendo o céu da sua paisagem íntima, ore, rogando inspiração e socorro para vencer a fragilidade orgânica e superar o testemunho moral, atravessando a ponte da dificuldade. Quando o desrespeito físico houver sido regularizado e a in- quietação se amainar no solo do espírito, envolvendo-o em doce e plácida serenidade, ore, agradecendo a gentileza divina que o enriqueceu de favores em forma de harmonia e paz. Louve o Se- nhor em todos os dias da sua vida, cantando o amor no trabalho venturoso em favor de todas as criaturas. Rogue-lhe as fortunas morais da segurança e da fé e os tesouros espirituais da alegria e do trabalho, transformando sua alma em estrela brilhante em noite escura, qual bênção de tênue claridade aos que se afligem no torvelinho tempestuoso das paixões. Agra- deça ao Senhor a oferenda recebida, cada hora, como a jóia do minuto que lhe enseja resgate e conquista para o Espírito — esse viajor da Eternidade. Não macule, entretanto, a sua oração com os pedidos mesqui- nhos que nascem na ambição desvairada e se desenvolvem no desequilíbrio da emoção. Respeite na oração o anjo do amor, que em nome da criatura busca o Criador, e na inspiração que logo ad- vém descubra a resposta celeste, resultante do carinho de nosso Pai por todos nós. Ore e trabalhe sempre e sem desfalecimento. Abra a boca na prece e dilate os sentimentos na comunhão oracional, buscando os celeiros da inefável luz, e a alimentação substanciosa do amor divino desdobrará para você a percepção espiritual, inundando-o de vitalidade para a continuação de luta em que você se empe- nha. Pelo Espírito Aura Celeste Pág 01 Pág 01 Pág 02 Pág 03 Pág 04 Pág 05 Pág 06 Pág 07 Pág 08 Pág 09
  • 2. Gratidão – Uma força transformadora “Todo crescimento pessoal de natureza cultural, moral e espiritual deságua inevitavelmente no sentimento da gratidão, da oferta, da participação no conjunto, tornando-se o indivíduo igualmente útil e valioso. A gratidão individual é uma nota har- mônica a contribuir para a sinfonia universal, ampliando-se e tornando-se um sentimento coletivo que proporciona o equilíbrio social e espiritual da humanidade. Ademais, ninguém consegue vincular-se a um ideal de engrandecimento pessoal e humanitário sem arrastar outros pela emoção do seu exemplo e da sua bondade para as fileiras da sua trajetória. O sentimento da gratidão tem natureza psicológica e de imediato aciona o gatilho, sendo transformada em emoção e sensa- ção orgânica. Quando se experimenta o sabor da gratidão, aumenta-se o desejo de mais servir e melhor contribuir em favor do grupo social em que cada qual se encontra e da humanidade em geral. É inevitável, portanto, a presença da gratidão no cerne das vidas humanas.” (Joanna de Ângelis, em Psicologia da Gratidão) Passados os dias de frenesi e de melancolia das festividades de final de ano, chegamos em Janeiro cheios de perspectivas, e com isso gerando sentimentos de ansiedade e imediatismos para realização das metas colocadas, para começar cumprir aquela listinha de planos que entendemos imprescindíveis para a nossa felicidade. E se trocássemos toda essa roda viva por um simples agradecimento? E se aproveitássemos que o mundo está em aparente compasso de espera e começássemos a desenvolver, realmente o sentimento de gratidão? Não são raras as mensagens dos nossos amigos espirituais de que quando deixamos o sentimento da Gratidão tomar conta de nós vibramos mais alto e melhor. Conseguimos ver mais colorido, sentimos Deus mais perto! Somos mais F-E-L-I-Z-E-S! Ensinam os Espíritos ao responder à questão 535 do Livro dos Espíritos, que devemos sempre agradecer a Deus e depois aos espíritos amigos quando algo venturoso nos acontece. E quanto de venturas nos são proporcionadas! A possibilidade da reencarnação; a possibilidade de ver o sol e a lua; a pos- sibilidade de não poder enxergar, e então desenvolver outros talentos e enxer- gar com o coração...a possibilidade de poder amar, trabalhar, ajudar, progredir... tantas são as benesses concedidas que enumerá-las levariam anos, mas que o coração em sintonia com a mente e o espírito podem guardá-las por toda a eternidade! Ensina Joanna de Ângelis que: à medida que a psique desenvolve a consciência, fazendo-a superar os níveis primitivos reche- ados pela sombra, mais facilmente adquire a capacidade da gratidão... E que: a miopia emocional defluente do predomínio da sombra no comportamento do ser humano impede-o que veja a harmonia existente na vida. Explica a querida Veneranda que a Gratidão é um sentimento que nos devolve ao coletivo, pois é necessário que evoluamos juntos, enquanto humanidade, pois essa é a Lei do Progresso, que inexoravelmente será cobrada de todos nós. Assim vejamos esse trecho extraído do livro Psicologia da Gratidão: “Nos níveis nobres da consciência de si e da cósmica, a gratidão aureola-se de júbilos, e os sentimentos não mais permanecem adstritos ao eu, ao meu, ampliando-se ao nós, a mim e a você, a todos juntos. A gratidão é a assinatura de Deus colocada na Sua obra. Quando se enraíza no sentimento humano logra proporcionar harmonia interna, liberação de conflitos, saúde emocional, por luzir como estrela na imensidão sideral... Por extensão, aquele que se faz agradecido torna-se veículo do sublime autógrafo, assinalando a vida e a natureza com a presença d´Ele.” É o sentimento da gratidão que nos move para a caridade, é a gratidão que verdeja a esperança, é a gratidão que explode sorrisos. Então que sejamos gratos! Coloquemos esse sentimento naquele rol de planos para a nossa felicidade, a Gratidão é a chave para as nossas mais profun- das e perenes conquistas. Feliz Ano Novo! Ana Paula Macedo
  • 3. Léon Denis – O Apóstolo do Espiritismo Léon Denis nasceu numa aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, em França, a 1º de Janeiro de 1846, numa família humilde, filho de Josephine e Ana Lúcia Denis. Cedo conheceu, por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos da família. Não era seu hábito desperdiçar um minuto sequer de seu tempo, com distrações frí- volas, às quais a maior parte dos homens recorre para matar as horas. Desde os seus primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxi- liavam. Ao invés de participar em brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo assim, com esforço próprio desenvolver a sua inteligência. Tornou-se um autodidata sério e competente. Aos 12 anos concluiu o curso primário, mas a situação modesta da sua família não lhe permitiu grandes estudos. Desde cedo teve problemas de saúde física: com os olhos principalmente. Aos 16 anos salientou-se como um dos melhores oradores e ardente propagandista. Aos 18 anos tornou-se representante comercial da empresa onde trabalhava, fato que o obrigava a viagens constantes, situação que se manteve até à sua aposentadoria e manteve ainda depois por mais algum tempo. Adorava a música e sempre que podia assistia a uma ópera ou concerto. Gostava de dedilhar, ao piano, árias conhecidas e de tirar acordes para seu próprio devaneio. Não fumava, era quase exclusi- vamente vegetariano e não fazia uso de bebidas fermentadas. Encontrava na água a sua bebida ideal. Era seu hábito olhar, com interesse, para os livros expostos nas livrarias. Um dia, ainda com 18 anos, o chamado “acaso” fez com que a sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado. Esse livro era “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec. Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o e, recolhendo-se imediata- mente ao lar, entregou-se com avidez à leitura. O próprio Denis disse: “Nele encontrei a solução clara, completa e lógica, acerca do problema universal. A minha convicção tornou-se firme. A teoria espírita dissipou a minha indiferença e as minhas dúvidas”. O seu espírito, nessa hora, sentiu-se sacudi- do em face dos compromissos assumidos no Espaço, para iniciar, em breve, o trabalho de propagação das verdades Kardecianas. “Como tantos outros” – disse ele -“procurava provas, fatos precisos, de modo a apoiar a minha fé, mas esses fatos demoraram muito a chegar. A princípio insignificantes, contraditórios, mesclados de fraudes e mistificações, que não me satisfizeram, a ponto de, por vezes, pensar em não mais prosseguir as minhas investigações. Mas, sustentado, como estava, por uma teoria sólida e de princípios elevados, não desanimei. Parece que o invisível deseja experimentar-nos, medir o nosso grau de perseverança, exigir certa maturidade de espírito antes de entregar-nos aos seus segredos”. Encontrava-se nos seus trabalhos de experimentações, quando importante acontecimento se verificou na sua vida: Allan Kardec viera passar alguns dias na pacata cidade de Tours, com seus amigos. Todos os espíritas turenses foram convidados a recebê-lo e a saudá-lo. As viagens eram para Denis uma fonte de alegria e de aprendizado. Em França e no estrangeiro aproveitava as oportunidades que poderiam enriquecer materialmente o patrão sem desprezar tudo o que poderia contribuir para o conhecimento próprio. Interessavam-lhe as praças, os monumentos, o povo, os hábitos, os costumes e a meditação entre os velhos caminhos das mon- tanhas. Delicia-se com os bosques, com os rios e os lagos. Estas longas horas de meditação solitária no seio da Natureza condu- ziram-no a uma mais completa compreensão de Deus. Em 1880, pelas cidades e vilas que percorria, por forçados seus afazeres profissionais, pronunciava conferências e fundava círculos e bibliotecas populares. É incalculável o número de conferências por ele proferidas em França, no propósito de propagar a “Liga de Ensino”, fundada por Jean Macé. Na Argélia, onde esteve várias vezes em serviço, também desenvolveu uma intensa atividade de divulgação doutrinária. O ano de 1882 marca, em realidade, o início do seu apostolado, durante o qual teve que enfrentar sucessivos obstáculos: o mate- rialismo e o positivismo que olham para o Espiritismo com ironia e risadas e os crentes das demais correntes religiosas, que não hesitam em aliar-se aos ateus, para o ridicularizar e enfraquecer. Léon Denis porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade. Os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado para o encorajar e exortá-lo à luta. “Coragem,amigo”- diz-lhe o espírito de Jeanne-“estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem cumprir essa tua obra”. A 2 de Novembro de 1882, dia de Finados, um evento de capital importância produziu-se na sua vida: a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, havia de ser o seu guia, o seu melhor amigo, o seu pai espiritual – Jerónimo de Praga - que lhe disse: “Vai meu filho. Pela estrada aberta diante de ti. Caminharei atrás de ti para te sustentar”. E como Léon Denis indagasse se o seu estado de saúde o permitiria estar à altura da tarefa, recebeu esta outra afir- mativa: “Coragem, a recompensa será mais bela” A partir de 1884, achou conveniente fazer palestras visando à maior difusão das ideias espíritas. Escreveu, em 1885, o trabalho “ O Porquê da Vida”, no qual explica, com nitidez e simplicidade, o que é o espiritismo. Em 1892, recebeu um convite da duquesa de Pomar, para falar de espiritismo na sua residência, numa dessas ma- nhãs célebres, em que se reunia quase toda a Paris. Ele ficou indeciso e temeroso. Depois de muito meditar as responsabilidades, aceitou o convite. “Le Journal” de Paris publicou, acerca da reunião na casa da duquesa, a seguinte notícia: “A reunião de ontem, para ouvir a conferência de Léon Denis sobre a Doutrina Espírita, foi uma das mais elegantes. De uma eloquência muito literária, o orador soube encantar o numeroso auditório, falando-lhe do destino da alma, que pode, diz ele, reencarnar até à sua perfeita depuração. Ele possui a alma de um Bossuete e soube criar um entusiasmo espiritualista”.
  • 4. O êxito do seu livro “Depois da Morte” situara-o como escritor de primeira ordem. Os grandes jornais e revistas eclécticas so- licitavam-no e as tiragens sucessivas desse livro esgotavam-se rapidamente. A principal obra literária de Denis foi a concernente ao Espiritismo, mas escreveu, outrossim, segundo o testemunho de Henri Sausse, várias outras, como: Tunísia, Progresso, Ilha de Sardenha, etc., certamente fruto das suas memórias de viagem. A partir de 1910, a visão de Léon Denis foi, dia a dia, enfraque- cendo. A operação a que se submetera, dois anos antes, não lhe proporcionara nenhuma melhora, mas suportava, com calma e resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Aceitava tudo com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande devia ser o seu sofrimento. Mantinha volumosa correspondência, jamais se aborrecia. Amava a juventude, possuía a alegria da alma. Era inimigo da tristeza. O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretárias ocasionais substituíam-no nesse ofício. No entanto, a grande dificuldade para Denis, consistia em rever e corrigir as novas edições dos seus livros e dos seus escritos. Graças, porém, ao seu espírito de ordem e à sua incomparável memória, superava todos esses contratempos, sem molestar ou importunar os amigos. Depois da morte da sua genitora, uma empregada cuidava da sua pequena habitação. Ele só exigia uma coisa: o absoluto respeito às suas numerosas notas manuscritas, as quais ele arrumava com meticulosa precaução. E foi justamente por causa dessa sua velha mania que a duquesa de Pomar o denominara “o homem dos pequenos papéis”. Em 1911, após despender não pequeno esforço , no preparo da nova edição do “O Problema do Ser, do destino e da Dor”, ficou gra- vemente doente com uma pneumonia; foi o tratamento atempado do seu médico que, num curto espaço de tempo, o colocou de novo em pé. Contudo uma grande e profunda dor lhe estava reservada: veio a Guerra de 1914-18 e o seu espírito condoía-se ao ver partir para a frente de batalha a maioria dos seus amigos. Léon padecia, então, de uma doença intestinal e estava parcial- mente cego. Pela incorporação, os seus amigos do Espaçoe, entre eles, um Espírito eminente, comunicavam-lhe, de tempos em tempos, as suas opiniões sobre essa terrível guerra, considerada nos seus dois aspectos: o visível e o oculto. Estas comunicações levaram-no a escrever um certo número de artigos, publicados na“Revue Spirite”, na “Revue Suisse des Sciences Psychiques” e no “Echo Fid”, onde transparece, dentro da lei de causa e efeito, o seu grande amor pela terra onde nasceu. Quando a Guerra se aproximava do fim, a “Revue Spirite” passou a publicar, em todos os seus números, artigos de Léon Denis. Após a 1ª Grande Guerra, aprendeu braille, o que lhe permitiu fixar no papel os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois, nesta época da sua vida, estava, por assim dizer, quase cego. Em 1915 iniciava ele uma nova série de artigos, repassados de poesia profunda e serena, sobre a voz das coisas, preconizando o retorno à Natureza. Nesta época, um forte vento soprava contra o Kardecismo. O fenomenismo metapsiquista espalhava aos quatro ventos a doutrina do filósofo puro P. Heuzé fazia muito barulho através do “L’Opinion”, com as suas entrevistas e comentários tendenciosos. Afirmava, prematuramente, que, à medida que a metapsíquica fosse avançando, o Espiritismo iria, a par e passo, perdendo terreno. A sua profecia, no entanto, ainda não se realizou. Após a vigorosa resposta de Jean Meyer na “RevueSpirite”, Léon Denis por sua vez, entrou na discussão, na qualidade de presidente de honra da União Espírita Francesa, numa carta endereçada ao “Matin”, na qual estabelecia, com admirável nitidez, a diferença entre Espiritismo e Metapsiquismo. A partir desse momento, Léon Denis teve que exercer grande atividade jornalística para responder às críticas e ataques de altos membros da Igreja Católica, saindo-se, como era de esperar, de maneira brilhante. Em março de 1927, com 81 anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou de “O Génio Céltico e o Mundo Invisível”. Neste mesmo mês a “Revue Spirite” publicava o seu derradeiro artigo. Terça-feira, 12 de março de 1927 pelas 13 horas, respirava Denis com grande dificuldade. A pneumonia atacava-o novamente. A vida parecia abandoná-lo, mas o seu es- tado de lucidez era perfeito. As suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, apesar da muita dificuldade, foram dirigidas à sua empregada Georgette: “É preciso terminar, resumir e concluir”. Fazia alusão ao prefácio da nova edição biográfica de Kardec. Neste preciso momento, faltaram-lhe completamente as forças, para que pudesse articular outras palavras. Às 21 ho- ras o seu espírito alou-se. O seu semblante parecia ainda em êxtase. As cerimônias fúnebres realizaram-se a 16 de março. A seu pedido, o enterro foi modesto e sem o ofício de qualquer Igreja confessional. Está sepultado no cemitério de La Salle, em Tours. Pesquisa realizada por Ana Paula Macedo. Fonte: www.febnet.org.br O DEDO DE DEUS (Thionville, 25 de dezembro de 1862. - Sr. doutor R...) Fizemos entrever a aurora da regeneração humana; deveis ver aí, como em toda a marcha da Humanidade através das ida- des, o dedo de Deus. Dissemos muito frequentemente: Tudo o que chega neste mundo, como tudo o que se passa no Universo inteiro, está submetido a uma lei geral: a do progresso. Inclinai-vos diante dela, orgulhosos e soberbos, que pretendeis vos colocar acima dos decretos do Mais Alto! Procurai por toda a parte a causa de vossas infelicidades e de vossas alegrias, e ali reconhecereis sempre o dedo de Deus. Mas, direis, o dedo de Deus, é, pois, a fatalidade! Ah! guardai-vos de confundir esta palavra ímpia com as leis que a Providência vos impôs, a Providência, que quis vos deixar vosso livre arbítrio para vos deixar ao mesmo tempo o mérito de vossos atos, mas que lhe tempera o rigor por essa voz, tão frequentemente desconhecida, que vos adverte do perigo ao qual vos expondes.
  • 5. O fatalismo é a negação do dever, porque, nossa sorte sendo fixada de antemão, não nos convém mudá-la. Em que se tornaria o mundo com essa terrível teoria, que abandonaria os homens às pérfidas sugestões das piores paixões? Onde estaria o objetivo da criação? Onde estaria a razão de ser da ordem admirável que reina no Universo? O dedo de Deus, ao contrário, é a punição sempre suspensa sobre a cabeça do culpado; é o remorso que lhe rói o coração, reprovando-lhe os crimes a cada instante do dia; é o terrível pesadelo que o tortura durante longas noites sem sono; é essa marca sanguinolenta que o segue em todos os lugares, como para reproduzir, sem cessar, a seus olhos, a imagem de seus crimes; é a febre que atormenta o egoísta; são as angústias perpétuas do mau rico, que vê em todos aqueles que se aproximam espoliadores dispostos a lhe arrebatar um bem mal adquirido; é a dor que sente em sua hora última por não poder levar seus inúteis tesouros! O dedo de Deus é a paz do coração reservada ao homem justo; é esse doce perfume que vos enche a alma depois de uma boa ação; é essa suave alegria que se sente sempre ao fazer o bem; é a bênção do pobre que se assiste, é o doce olhar de uma criança da qual se secaram as lágrimas; é a prece fervorosa de uma pobre mãe a quem se proporcionou o trabalho que deve arrancá-la à miséria; em uma palavra, é o contentamento de si mesmo. O dedo de Deus, enfim, é a justiça séria e austera, temperada pela misericórdia! o dedo de Deus, é a esperança, que não abandona o homem em seus mais cruéis sofrimentos, que o consola sem- pre, e que deixa entrever ao mais criminoso, que o arrependimento tocou, um canto da morada celeste da qual se acreditava repelido para sempre! ESPÍRITO FAMILIAR Fonte: RE setembro- 1863 Imagens extraídas da internet Pesquisa: Mônica Porto A bênção da gratidão Joanna de Ângelis Entre os sentimentos nobres que caracterizam o ser psicológico maduro, a gratidão destaca-se como um dos mais relevantes. A vida, em si mesma, é um hino de louvor à Vida, portanto, de gratidão incontida. Vida, porém, é vibração de harmonia presente em todo o Universo. Limitada nas diversas expressões pelas quais se manifesta, é um desafio em constante desdobramento na busca de significado. Quando o processo de crescimento emocional liberta o Espírito da sombra em que se aturde, nele se apresenta a luz da verdade, que é o discernimento em torno dos valores significativos que o integram no concerto harmônico do Cosmo. Buscando a perfeita identidade, na fusão equilibrada do eixo ego/Self, dá-se conta que viver é experienciar gratidão por tudo quanto lhe sucede e tem oportunidade de vivenciar. A gratidão, dessa maneira, é a força que logra desintegrar os aranzéis da degradação do sentido existencial. Filha da maturidade alcançada mediante a razão, sobrepõe-se ao instinto, é conquista de elevada magnitude pelo propiciar de equi- líbrio que faculta àquele que a sabe ofertar. Comumente, na imaturidade emocional, acredita-se que a gratidão é uma retribuição pelo bem ou pelos favores que se recebem, consistindo em uma forma de devolução, pelo menos em parte. Inegavelmente, quando se devolve algo dos recursos recebidos, que têm significados saudáveis, opera-se no campo do reconhe- cimento. No entanto, trata-se de uma convenção, efeito do jogo mercadológico da oferta e da procura ou vice-versa. O instinto de preservação da existência, trabalhando em favor dos interesses imediatistas, age, não poucas vezes, utilizando-se de ações retributivas, especialmente quando estimulado ao prazer. A gratidão é um sentimento mais profundo e significativo, porque não se limita apenas ao ato da recompensa habitual. É mais gran- dioso, porque traz satisfação e tem caráter psicoterapêutico. Todo aquele que é grato, que compreende o significado da gratidão real, goza de saúde física, emocional e psíquica, porque sente alegria de viver, compartilha de todas as coisas, é membro atuante na organização social, é criativo e jubiloso. Predomina, porém, nas massas, que infelizmente diluem a identidade do indivíduo, confundindo os valores éticos e comportamen- tais, a ingratidão, filha inditosa da soberba, quando não do orgulho ou da prepotência, esses remanescentes do instinto, transformados em sombra perturbadora. Em consequência, vivem em inquietação, perturbam-se e desequilibram os demais, cultivando as enfermidades parasitas da agres- sividade, da violência ou da autocompaixão, entregando-se aos conflitos e realizando mecanismos de transferência de responsabili- dades. Impossibilitados de compreender a finalidade existencial, a busca de um sentido para a autorrealização, fazem-se omissos, até mesmo no que diz respeito aos seus insucessos, entregando-se a condutas esdrúxulas que pensam poder escamotear os conflitos que os assinalam. Essa estranha conduta é responsável por alguns mitos que remanescem no inconsciente, e esses arquétipos desculpistas constituem-lhes recursos de auto apaziguamento, dessa forma tentando conciliar a consciência que exige lucidez com o ego que prefere a ilusão. O Self imaturo sofre o efeito do ego dominador e atribui-se méritos que não possui, acreditando-se credor de todas as benesses que lhe são concedidas, sempre anelando por mais recursos que lamentavelmente não o plenificam. Nesse estágio, haure bens que não sabe usar, e amontoam-se em armários ou em bancos, acumulando presunção e despotismo, sem se integrar no conjunto social em que se movimenta. E quando o faz, destaca-se pelo orgulho e pelo falso poder externo, compensando as angústias internas com a bajulação
  • 6. e o aplauso dos outros, que se transformam em estímulo para exibir as qualidades que gostaria de possuir. Aspira sempre por ter mais, sem a preocupação de ser melhor. Busca ser respeitado, o que equivale a dizer temido, antes que ser amado, pela dificuldade que tem de amar, o que lhe propicia insegurança e mal-estar disfarçados com os vícios sociais, tais o álcool, as drogas da moda, o tabaco, o sexo apressado e destituído de sentimento emocional compensatório. Recolhe onde não semeou, por acreditar-se possuidor de direitos que lhe não cabem, impedindo-se o dever de repartir solidarieda- de e harmonia. Assume postura agressivo-defensiva, de modo que amealhe sem oferecer, descobrindo inimigos onde existem apenas desconhecidos que não foram conquistados e simpatizantes que não foram atraídos ao seu fechado círculo de egoísmo. Permanece ar- mado, em vigília contínua, em vez de amando em todas as circunstâncias, ante a irradiação de desequilíbrio que é o seu estado interno. Introverte-se, quando deveria espraiar-se como as águas generosas do regato, diluindo as fixações que o retêm na infância da evolução antropológica... O sentido existencial é de conquistas internas, aplicadas em favor da gratificação. À medida que se recebe, doa-se, e, na razão direta em que se é aceito e querido, mais ama e melhor agradece. A gratidão é uma bênção de valor desconhecido, porque sempre tem sido considerada na sua forma simplista e primária, sem o conteúdo psicoterapêutico de que se reveste. Quando se reflexiona em torno da gratidão, quase imediatamente se pensa em devolver parte do que foi recebido, o que a torna insignificante e destituída de valor.Permanece aí a visão material imediatista, sem os conteúdos psicológicos renovadores. Quando observamos uma rosa exteriorizando perfume carreado pela brisa, deparamo-nos com a gratidão do vegetal que transfor- mou húmus e água em aroma delicado. De igual maneira, o Sol, que responde pela preservação do milagre da vida em múltiplas mani- festações, oscula o charco sem assimilar-lhe os odores pútridos e acaricia as pétalas das flores sem tomar-lhes o aroma agradável. Essa é a sua forma de agradecer a própria finalidade para a qual foi criado... Quando o Espírito alcança o objetivo do seu significado imortal e entende-o com discernimento lúcido, abençoa tudo e todos, agra- decendo-lhes a oportunidade por fazer parte do seu conglomerado. A gratidão deve ser um estado interior que se agiganta e mimetiza com as dádivas da alegria e da paz. Por essa razão, aquele que agradece com um sorriso ou uma palavra, com uma expressão facial em silêncio ou numa canção oracional, com o bem que esparze, é sempre feliz, vivendo pleno. Entretanto, aquele que sempre espera receber, que faz e anela pela resposta gratulatória, que se movimenta e realiza atos nobres, mas conta com o alheio reconhecimento, imaturo, negocia, permanecendo instável, neurastênico, em inquietação. Quando se é grato, nunca se experimenta nenhum tipo de decepção ou queixa, porque nada espera em resposta ao que realiza. A busca, portanto, da autorrealização é alcançada a partir do momento em que a gratidão exerce o seu predomínio no Self, sem nenhuma sombra perturbadora, constituindo-se uma sublime bênção de Deus. FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis . Psicologia da Gratidão. 3° ed. Salvador: LEAL, 2014. (Série Psicológica - Especial, volume 16) 240 p, p. 9-12. Oh Bom Deus, Bom Pai, fonte de todo poder, toda sabedoria, de todo amor; Espírito Supremo, cujo nome é Luz, nós te oferecemos nossos louvores e nossas aspirações. Que eles subam a ti como o perfume das flores, como os odores inebriantes dos bosques sobem para o céu. Ajuda-nos a avançar na senda sagrada do conhecimento para uma compreensão mais alta de tuas leis, a fim de que se desenvolva em nós mais simpatia, mais amor pela grande família humana: porque nós sabemos que pelo nosso aperfeiçoamento moral, pela realização, pela aplicação ativa em torno de nós e em proveito de todos da caridade e da bondade, aproximar-nos-emos de ti, mereceremos conhecer-te melhor e comungar mais intimamente na grande harmonia dos seres e das coisas. Ajuda-nos a nos desprender da vida material, a compreender, a sentir o que é a vida superior, a vida infinita. Dissipa a obscuridade que nos envolve, depõe em nossa alma uma centelha desse fogo divino que aquece e abrasa os espíritos das esferas celestes. Que a tua doce luz e com ela os sentimentos de caridade e de paz se derramem sobre todos os seres. Assim seja Léon Denis ____________________________________________________________________________ Fonte: Livro O Grande Enigma – Léon Denis Imagens extraídas da internet Pesquisa: Mônica Porto
  • 7. Atendimento Fraterno Todos os que já foram a uma Casa Espírita, ou têm parentes Espíritas frequen- tadores, já ouviram sobre o trabalho de Atendimento Fraterno. Mas o que é esse trabalho? Como ele é feito? Quem está capacitado para realizá-lo? O Atendimento Fraterno é um trabalho desenvolvido nas Casas Espíritas com o objetivo de dar as boas-vindas aos que estiverem chegando, seja naquela casa em específico, seja na Doutrina Espírita. Atuando em conjunto com as exposições públicas e o trabalho do Passe, nas reuniões públicas se explica o que é um Centro Espírita e se colocam as noções preliminares sobre a espiritualidade, sobre a interação tão natural que ocorre entre o mundo material e o mundo espiritual, e o Espiritismo propriamente dito; bem como, permite o contato inicial dos irmãos recém-chegados com o Passe, serenando-lhes as aflições pelo influxo de bons fluidos oriundos da equipe espiritual e do empenho e comprometimento do médium passista. Dessa for- ma, o Atendimento Fraterno é uma segunda etapa, na qual o irmão que chegou em busca de auxílio e conforto, poderá conver- sar com um trabalhador da casa, em um espaço de maior quietude, permitindo-lhe abrir o coração e externar suas angústias, seus medos e seus problemas, afinal, em geral são os problemas que nos guiam ao caminho do Pai. Pode-se perceber que é um trabalho de suma importância, assim como todos os trabalhos desempenhados na seara Espíri- ta, contudo, exige do trabalhador algumas virtudes, sendo a principal delas a capacidade de ouvir verdadeiramente os irmãos em sofrimento. Àqueles que chegam em busca de auxílio, necessitam em primeiro lugar conseguir externar seus sentimentos, e cabe ao trabalhador conseguir ouví-los, para poder lhes passar o conhecimento adquirido pelo estudo dos ensinamentos do Senhor. Sendo essa outra qualidade que o trabalhador deverá estar constantemente a desenvolver, o empenho em estudar e conhecer os ensinamentos do evangelho, se esforçando também por praticá-los, pois será pela vivência que poderá melhor au- xiliar todos os que lhes cruzarem o caminho. Como nos fala o Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo XVII - Sede Perfei- tos, ao falar dos Bons Espíritas: “O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo, ao dar uma fé sólida e esclarecida aos que duvidam ou vacilam”. Outro ponto importante, é que seja um irmão que conheça, ou participe, ou já tenha participado também dos trabalhos mediúnicos, pois muitos irmãos chegam desalinhados nas Casas Espíritas devido a eclosão da mediunidade e o desconhecimento sobre o que é ser médium, de forma que caberá ao trabalhador orientar inicialmente sobre a mediunidade. Poder-se-ia questionar se para ser um trabalhador do Atendimento Fraterno seria necessário ter uma formação acadêmica na área de psicologia, por exemplo, por ser uma área que oferece os fundamentos técnicos para aproximação do outro e seu auxílio. Entretanto, sabe-se que para o desempenho de qualquer atividade na Casa Espírita é necessária sim a boa vontade, independente de currículo material, devendo-se reconhecer suas limitações e indicar que os irmãos necessitados de auxílio téc- nico psicológico procurem um profissional capacitado, do mesmo modo que um irmão portador de uma doença física, procure um médico capacitado para atendê-lo. Na Casa dos Humildes, o trabalhador tem de estar atuando no passe, na desobsessão e ou no desenvolvimento, para poder participar da atividade do Atendimento Fraterno, contando com colaboradores que tam- bém possuem a formação de psicólogos e trabalhadores ativos nos trabalhos mediúnicos da casa. Surge-nos então, outra dúvida: em meio a pandemia, com as portas materiais das Casas Espíritas fechadas, não há mais Atendimento Fraterno? A própria pergunta nos traz a resposta, o que está fechado são as portas materiais, pois o Espírita não é Espírita apenas na Casa Espírita, ele o é em qualquer lugar, por isso esse trabalho não se extinguiu, ao contrário, ele ultrapas- sou as limitações materiais das paredes físicas. Pode-se desenvolvê-lo em casa, com os parentes que também estão passando pela pandemia, todos com seus medos - sejam novos ou antigos, suas aflições e sofrimentos, que talvez nem percebêssemos antes, devido a correria do dia-a-dia. Pode-se atender fraternalmente os amigos, seja por meio de telefonemas ou em vídeo-conferências, ao se buscar ouví-los com o coração e levar o consolo do evangelho para seus sofrimentos; pode-se atuar com fraternidade no ambiente de trabalho, no qual em meio a uma pandemia torna-se mais instável e sensível, devido às perdas econômicas que se abatem sobre inúmeros irmãos, posto onde um ou mais estiverem reunidos em nome de Jesus, ali ele estará presente, levando Amor aos corações aflitos. Além disso, mesmo em meio a suspensão dos trabalhos materiais das Casas Espíritas, os estudos, na maioria dessas casas, estão ocorrendo de forma on-line, de forma que é possível se ter contato com os dirigentes dos trabalhos. Podendo-se recor- rer a eles quando surgir uma situação, onde um irmão lhe procure em sofrimento, por lhe saber Espírita e você não saiba o que dizer, talvez por ainda não ter superado um sofrimento semelhante, ou talvez por jamais ter enfrentado algo semelhante. Lembremo-nos que nunca estamos sozinhos, e pedir auxílio a um irmão mais experiente que nós é um dever, principalmente se for para auxiliar nosso próximo. Assim sendo, atender fraternalmente é ser cristão, é buscar amar ao próximo, como a nós mesmos. Então, sigamos firmes na orientação de Kardec: “Espíritas amai-vos... Espíritas instruí-vos”, pois desse modo estaremos nos capacitando para melhor vivenciar o evangelho, já que estaremos estudando esse mesmo evangelho, buscando sempre o exemplo de Jesus Cristo, o qual vivenciou tudo o que pregou e por isso tocou os corações que já estavam em condições de ser tocados! Não nos esquecendo de agradecer ao Pai a oportunidade maravilhosa de poder ter acesso aos seus ensinamentos e já termos adquirido um pouco de discernimento sobre a necessidade de nossa reforma íntima! Ingrid Cavalcanti
  • 8. Bibliografia do Pentateuco 05 livros fundamentais na Doutrina Espírita Por Allan Kardec Bruno Tavares Expositor Espírita www.blogdobrunotavares.wordpress.com Associação Espírita Casa dos Humildes www.casadoshumildes.com Presidente: Ivaneide Amorim. Vice-Presidente: Iale de Oliveira. Deptº de Divulgação Doutrinária: Bruno Tavares. Deptº de Mediúnico: Amaro Carvalho. Edição: Ana Paula Macedo, Bruno Tavares, Gut- temberg Cruz e Mônica Porto. Projeto Gráfico: Ingrid Cavalcanti. EXPEDIENTE CH Notícias Nº 67 – Circulação mensal Distribuição on-line Recife-PE, 26/Janeiro/2020 CONTATO Rua Henrique Machado, nº 110 Casa Forte - Recife/PE (81) 30485922 casadoshumildes.com blogchnoticias.blogspot.com.br chnoticias@yahoo.com.br chnoticias2015@gmail.com A partir do relato histórico da trajetória do Cristianismo, Léon Denis apresenta a origem dos evangelhos, a comunhão dos primeiros cris- tãos com os Espíritos e os fenômenos espíritas presentes na Bíblia, reforçando o princípio de que as diretrizes espírita e cristã são, na verdade, perfeitamente ligadas como uma única doutrina. Conhecido seguidor de Allan Kardec, o autor explica como a prática mediúnica e a reencarnação foram extintas do pensamento cristão, além dos ri- tuais e dogmas que se estabeleceram no culto — muitas vezes indo contra a simplicidade do Cristo — a partir da relação com o Catolicis- mo romano. Este livro não tem pretensão literária ou prurido histórico de resta- belecer verdades evangélicas. Em síntese, é uma compilação de in- terpretações de algumas das muitas ocorrências que assinalaram o Apostolado de Jesus. São narrativas ouvidas em conversações íntimas no Além-túmulo, e que fazem parte das suaves e doces histórias do Mundo Espiritual. Dessa forma, objetiva o espírito autor, Amélia Ro- drigues, recordar aqueles DIAS VENTUROSOS, ricos de beleza e de esperanças, de harmonia e de ternura, dedicando a todos quantos sofrem e anelam por uma palavra de conforto, de encorajamento, de paz. Boa leitura!
  • 9. Segunda-feira 19 h 45 min Sala 1 – Curso de Passe Sala 2 – Curso Trabalhadores: ESTEM Sala 3 – Iniciantes Curso de Mediunidade Terça-feira (a cada 15 dias) 19 h 45 min EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita ESDE – Estudo Sistemático da Doutrina Espírita Quarta-feira 19 h 45 min Sala 1 – Iniciantes Básico do Espiritismo Sala 2 – Curso Trabalhadores: Doutrinação Sala 3 – Iniciantes Curso de Doutrinação Segunda-feira 19 h 45 min Reunião de Consulta espiritual. Terça-feira 20 h Reunião Pública de Estudo de “O Livro dos Espíritos”. Terça-feira 20 h Reunião de Vibrações Espirituais. Quarta-feira 19 h 45 min Reunião Pública de Desobsessão. Quinta-feira (apenas a 1ª do mês) 19 h 45 min Desobsessão dos Trabalhadores da Casa. Sexta-feira 19 h 30 Reunião Pública de Estudos Espíritas: 1ª Sexta do mês: André Luiz; 2ª Sexta: Emmanuel; 3ª sexta: Allan Kardec; 4ª sexta: Bezerra de Menezes. Domingo 16 h Evangelização Infantil e Reunião da Juventude Espírita. Domingo 16 h Reunião Pública de Estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. ATIVIDADES REQUISITOS DIA/HORA Campanha do Quilo Boa vontade e tolerância. Todos os domingos – 8 h. Evangelização Infanto-Juvenil Habilidades na área de educação e de ativi- dades lúdicas. Boa interação com crianças e jovens. Domingo – 16 h. Passes e vibração Ter feito o curso de passes. Segundas antes das reuniões públicas; Terças, Quartas e Sextas após as reuniões; Domingos antes e depois das reuniões. Recepção e atendimento fraterno Ter feito o curso de passes e ser doutrina- dor. Segunda e Quarta – 19 h; Domingo – 16 h. Assistência a gestantes Querer compartilhar saberes e acolher o próximo. Quarta – 13 h 30 min e Um Domingo no mês. Trabalho mediúnico e doutrinário Ter feito todos os cursos básicos e o de passes. Segunda e Quarta – 19 h 45 min; Domingo – 16 h Instrutor e dirigente de reunião Ter feito os cursos básicos e de passes. Para instrutor, experiência e comunicação. Nos dias de curso e de reunião no auditó- rio. Assistência às vovozinhas da Casa dos Humildes Formação na área da saúde. Para lazer, nenhum requisito. De acordo com a disponibilidade. Biblioteca e Livraria Ser trabalhador da Casa Antes das reuniões públicas. TI e eletroeletrônicos, manutenção Habilidade na área e vontade de aprender. Antes das reuniões públicas. Durante a corrente pandemia, em 2020, as reuniões públicas estarão sendo realizadas online pelo Canal Associação Espírita Casa dos Hu- mildes - no YouTube. Acesse: <https://www.youtube.com/channel/UC00-dTR-57uAcBHFeCpAyRg> SUSPENSAS ATÉ AVALIAÇÃO DE RETORNO PRESENCIAL PELA DIRETORIA DA CH Cursos presenciais suspensos. Aulas ofertadas online para os trabalhadores do centro.