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Instituto de Física ­ Universidade Federal de Alagoas
Laboratório de Ensino
Laboratório de Física I
Maceió – AL
RELATÓRIO
O que é? A descrição de um trabalho realizado.
Para que serve? Registrar e/ou divulgar um trabalho realizado.
É interessante notar que o relato de um trabalho científico, de um projeto de 
engenharia,   ou   simplesmente   de   um   experimento   de   laboratório   de   disciplina   de 
graduação pode ser dividido nas seguintes partes:
• Título (0,4 ponto);
• Objetivos (1,0 ponto);
• Material utilizado (0,6 ponto);
• Fundamentação (2,0 pontos);
• Procedimento (3,0 pontos) e
• Conclusão (3,0 pontos).
Título:  Todas as coisas tem nome para serem identificadas, existe a necessidade de 
identificação do seu trabalho.
Objetivo: Deve mostrar a finalidade do seu experimento.
Material Disponível: A descrição do material com as suas características principais. É útil 
no julgamento de decisão do método utilizado para chegar ao objetivo de seu trabalho.
Fundamentação:  Uma   descrição   fenomenológica   dos   conceitos   envolvidos   no 
experimento com suas principais relações. É útil para a compreensão dos procedimentos 
adotados para chegar ao objetivo de seu trabalho.
Procedimento:  Nesta parte devem ser apresentados os resultados das suas medidas 
(tabelas, gráficos, cálculos, etc.) e uma descrição de como e porque foram feitas. Uma 
das razões desta descrição é melhor avaliar a precisão dos resultados do seu trabalho.
Conclusão: É nesta parte que se deve apresentar uma discussão sobre seus resultados, 
os métodos de medida utilizados, tendo em vista o objetivo do seu trabalho.
OBJETIVOS DO LABORATÓRIO
Este   curso   foi   preparado   com   intuito   de   orientar   os   alunos   a   adquirirem 
conhecimentos sobre física experimental, visando especificamente: a compreensão dos 
conceitos fundamentais, a medição das grandezas relacionadas com esses conceitos, 
interpretação e representação correta dessas medidas.
O texto dessa apostila está dividido em duas partes. Na primeira, o aluno terá 
conhecimento sobre algarismos significativos, medidas, erros, desvios, incertezas como 
também   o   tratamento   adequado   para   representar   corretamente   os   resultados   dos 
experimentos, quer seja uma única medida ou de um conjunto de medidas. A segunda 
parte visa familiarizar o aluno na construção de gráficos, linearização de curvas e a 
determinação   da   dependência   funcional   entre   as   grandezas   medidas   a   partir   do 
conhecimento dos dados experimentais.
Pretendemos aqui dar ao aluno alguns conceitos e procedimentos básicos para 
que ele possa expressar corretamente as medidas e resultados de suas experiências, 
assim como discuti­los com um mínimo de correção e rigor tanto do ponto de vista 
numérico como conceitual.
ELEMENTOS DA TEORIA DE MEDIDAS E ERROS
I – INTRODUÇÃO
Toda operação de medida exige do experimentador habilidade no manuseio de 
instrumentos   de   medida   e   a   capacidade   de   efetuar   corretamente   a   leitura   destes 
instrumentos. Não basta, por exemplo, determinar o comprimento de uma barra através 
de   uma   régua;   é   preciso   saber   expressar   corretamente   essa   medida   e   avaliar 
adequadamente a sua incerteza, que vem das características dos aparelhos usados na 
sua determinação e mesmo do próprio experimentador. Assim a experiência mostra que 
sendo uma medida repetida várias vezes com as mesmas precauções pelo mesmo 
observador   ou   observadores   diferentes,   os   resultados   achados   não   são,   em   geral 
idênticos. Muitas vezes efetuam­se diversas medidas de uma mesma grandeza; neste 
caso a melhor maneira de expressar o valor desta grandeza será através do valor médio 
dos  dados.  A  incerteza  destas  grandezas  será   obtida  por  um  tratamento   estatístico 
elementar.
Há grandezas ainda que nem sempre podem ser obtidas diretamente, como áreas, 
volume,   densidade,   etc.   Assim   são   feitas   várias   medidas   e   através   de   fórmulas 
matemáticas ou físicas determina­se a grandeza desejada. É claro que, em geral, cada 
termo da fórmula está afetado de uma incerteza e que todas elas interferirão no valor final 
da grandeza. Observamos que as incertezas se propagam e o processo de cálculo para 
determiná­las denomina­se propagação de incertezas.
II – ERROS E DESVIOS
Quando um experimentador determina o valor de uma grandeza, três situações são 
possíveis:
1. O valor da grandeza já é conhecido com exatidão – Ex. A soma dos ângulos 
internos de um triângulo.
2. O valor da grandeza não é conhecido exatamente, mas há um valor adotado 
como “melhor” – Ex. A aceleração da gravidade num determinado local.
3. O valor da grandeza não é conhecido  – Ex. O comprimento de uma barra, o 
volume de uma esfera, etc.
Quando valor obtido para uma grandeza difere do seu valor real (verdadeiro) (item 
1), dizemos estar afetado de um erro. Matematicamente:
REAL
 
VALOR
­
MÉDIO
 
VALOR
ERRO =
(Valor em módulo)
Quando o valor obtido difere do valor adotado como melhor (item 2), dizemos estar 
afetado de um desvio. Então:
REAL
 
VALOR
­
MÉDIO
 
VALOR
DESVIO =
(Valor em módulo)
Embora   Conceitualmente   haja   diferença   entre   erro   e   desvio,   matematicamente   são 
equivalentes. A partir deles define­se desvio (ou erro) relativo e percentual, sendo que 
este último permite avaliar melhor o resultado de uma experiência.
 ADOTADO
VALOR
DESVIO
RELATIVO
 
DESVIO =
100%
TIVO
DESVIORELA
PERCENTUAL
 
DESVIO ×
=
Exemplo:   Ao   determinar   a   aceleração   da   gravidade,   onde   g   é   9,80   m/s2
  um 
experimentador obteve 10,04 m/s2
. Determine:
DESVIO =
DESVIO RELATIVO =
DESVIO PERCENTUAL =
Para avaliação dos resultados, qual deles nos dá uma informação mais objetiva?
III – ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Seja AB o comprimento de uma barra medida em uma régua centimetrada.
Se três experimentadores fossem anotar o comprimento AB, por exemplo:
AB = 12,8 cm (exp. 1)
AB = 12,7 cm (exp. 2)
AB = 12,6 cm (exp. 3)
Algum desses valores estaria errado? Se um quarto experimentador avaliasse 12,75 cm, 
em que sentido se poderia atribuir a esse resultado?
Medindo­se   com   régua   centimetrada   tem   sentido   avaliar   décimos   (isto   é, 
milésimos),   mas   é   discutível   ou   mesmo   inaceitável   avaliar   centésimos   ou   frações 
menores. Em medições, é costume fazer estimativas com aproximações até décimos da 
menor divisão da escala do instrumento.
Estimar centésimos ou milésimos da menor divisão da escala está fora dos limites 
de percepção da maioria dos seres humanos.
Na medida do segmento AB, observamos que existe uma divergência entre os três 
observadores na avaliação da fração da menor divisão da escala do instrumento (nos 
algarismos ou dígitos 8, 7 e 6), na qual  reside a dúvida ou incerteza da medida, enquanto 
que, os dígitos 1 e 2 que constituem o número 12 são isentos de dúvidas.
A B
1      2       3      4      5       6      7      8      9      10    11    12     13     14   15     16
AB = 12,8 cm AB = 12,6 cm AB = 12,7 cm
OS   ALGARISMOS   CORRETOS   (NÃO   DUVIDOSOS)   E   TAMBÉM   O   ALGARISMO 
DUVIDOSO (UM SÓ), CONSTITUEM OS ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS DE UMA 
MEDIDA.
EXERCÍCIO 1: Quantos são os algarismos significativos das seguintes medidas?
a) 12,6 cm b) 9 cm c) 2 cm
d) 12,6 x 10­5
 m e) 1,2 x 103
 m.
OS DÍGITOS DE UM NÚMERO CONTAM­SE DA ESQUERDA PARA A DIREITA, A 
PARTIR DO PRIMEIRO NÃO NULO, SÃO SIGNIFICATIVOS TODOS OS CORRETOS, 
TAMBÉM O PRIMEIRO ALGARISMO DUVIDOSO E MAIS NENHUM.
IV – MEDIDAS E INCERTEZAS
Para estudar um fenômeno físico é preciso adotar um procedimento que se possa 
repetir   e   variar   tantas   quantas   forem   necessárias,   até   que   se   tenha   reunido   certa 
quantidade de dados experimentais. Esses dados são obtidos através do processo de 
medidas. A importância desses processos e muitas vezes sua complexidade tornam o ato 
de medir uma tarefa fundamental e freqüentemente nada simples.
Nenhuma medida pode ser considerada absolutamente precisa. Por exemplo, o 
valor atualmente aceito para a velocidade da luz propagando­se no vácuo é:
c = (2,99792458 ± 0,00000004) x 108
 m/s
Isto significa que, apesar das sofisticadas técnicas empregadas e do esforço de muitos 
cientistas, ainda persiste uma incerteza de medida de 4 m/s na velocidade da luz.
Na obtenção de uma medida podem ocorrer dois tipos de erros: o aleatório e o 
sistemático. Este  último deve ser evitado de todas as formas; um instrumento mal 
calibrado   ou   com   defeito,   um   experimentador   que   repete   erro   na   operação,   de 
interpretação   ou   de   leitura   ou   de   fatores   externos   ao   laboratório,   como   fenômenos 
climáticos,   são   fontes   de   erros   sistemáticos   que   devem   ser   controlados   pelo 
experimentador. O erro aleatório decorre de flutuações dos resultados das medidas em 
torno de um valor médio, essas flutuações acarretam uma imprecisão para mais ou para 
menos nesse valor. Qual é, então, o valor de uma grandeza que se quer medir? Nem 
sempre a resposta é simples e em parte a solução deste problema está num estudo mais 
profundo da teoria de erros. Apesar de caber nesta disciplina a análise mais geral deste 
Algarismos duvidosos
(sempre o último à direita)
problema, podemos convencionar critérios para obter um valor confiável da grandeza a 
ser medida.
Para escrever o resultado final da medição de uma grandeza, adotaremos a forma:
(valor mais provável ± incerteza) x 10N
 unidades de grandeza
“A incerteza estimada será escrita com, no máximo, um algarismo significativo”
Se o experimentador realizar apenas uma medida da grandeza, o valor mais 
provável desta será a própria medida. A incerteza estimada dependerá da forma como foi 
construído o instrumento de medidas. Se o instrumento não permitir avaliar o algarismo 
duvidoso, a incerteza estimada será a menor divisão na escala do instrumento.
Exemplo. Um estudante fez um experimento onde o intervalo de tempo num cronômetro 
eletrônico. A figura abaixo mostra o valor no cronômetro.
7 9 6 ms
A medida é expressa como
(796 ± 1) ms ou (796 ± 1) x 10­3
 s
Se for  possível  avaliar o algarismo duvidoso, a incerteza estimada será adotada 
como a metade da menor divisão da escala do instrumento.
Exemplo: Um estudante mede o comprimento de um pêndulo simples, em relação ao 
centro de massa, como o indicado abaixo. A medida é expressa como:
(774,3 ± 1) ms ou (77,43 ± 0,05) ms
Se o experimentador tiver um conjunto de medidas, o valor mais provável da 
grandeza será a média aritmética  G  das medidas.
∑
=
n
i
i
n
G
G
X CM
77 78
e a incerteza estimada poderá ser obtida, de uma maneira mais apurada, através da 
média aritmética dos desvios absolutos:
∑
=
n
i
i
n
G
Δ
G
Δ
onde
G
G
G
Δ i
i −
=
EXERCÍCIO 2: Determinar a força eletromotriz de uma pilha elétrica e a sua incerteza (ver 
tabela abaixo).
Ordem de 
medida
EM (V) EM ­ <E>
│ │
1 1,55
2 1,56
3 1,57
4 1,54
5 1,55
6 1,56
7 1,53
8 1,54
9 1,55
10 1,54
11 1,55
12 1,57
13 1,56
14 1,55
15 1,54
V – PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS
Nem sempre é possível determinar certas medições diretamente; para determinar a 
densidade de um objeto, por exemplo, é preciso medir a sua massa e o seu volume, que 
por sua vez é determinado pela medida de suas dimensões. Todas estas medidas estarão 
afetadas de incertezas que na, determinação da densidade, se propagarão e darão 
origem a uma incerteza na densidade.
Inicialmente vamos uniformizar a nossa linguagem; ao invés de erros, desvios e 
incertezas, utilizaremos apenas incertezas, que nos parece mais abrangente. Quanto à 
representação matemática, para grandezas tais como X, Y, T, V, etc. representaremos 
suas incertezas por  X,  Y,  T,  V, etc. e conseqüentemente suas incertezas relativas
Δ Δ Δ Δ  
por:  X/X,  Y/Y,  T/T,  V/V, etc.
Δ Δ Δ Δ
A) Incerteza devido à soma ou subtração
Suponha que vamos determinar a grandeza,
S = A + B + C +…
para qual a foram feitas a seguintes medidas:
A ±  A; B ±  B; C ±  C; etc.
Δ Δ Δ
Como determinar S? Para simplificar, adotaremos o critério mais desfavorável, isto 
é, vamos supor que todas as incertezas tenham o mesmo sinal, então obteremos:
S =  A +  B +  C +…
Δ Δ Δ Δ
Exemplo: Na determinação do perímetro de u quadrilátero mediram­se seus lados a, b, c 
e d com instrumentos diferentes:
a = (2,03 ± 0,02) cm
b = (4,1 ± 0,2) cm
c = (0,842 ± 0,001) cm
d = (1,26 ± 0,03) cm
o perímetro será:
p = a + b + c + d
então,
p = 2,03 + 4,1 + 0,842 + 1,26 = 8,232 cm
a incerteza será:
p =  a +  b +  b +  d
Δ Δ Δ Δ Δ
portanto,
p = 0,02 + 0,2 + 0,001 + 0,03 = 0,251 cm
Δ
O resultado de perímetro será expresso como:
p = (8,232 ± 0,251) cm ou p = (8,2 ± 0,3) cm
Observe  que em nossos cálculos, propositalmente, colocamos grandezas com 
números de algarismos significativos diferentes. Como a incerteza será representada por 
um   e   somente   um   algarismo   significativo,   que   atua   no   duvidoso,   é   ela   quem 
comandará o número de algarismos significativos no resultado final.
B) Incerteza devido a outras operações
Para Calcular a incerteza numa expressão envolvendo multiplicações, divisões, 
potenciação e/ou radiciação como em
Y =  r
q
p
c
b
a
K ⋅
⋅
⋅
Usaremos a seguinte expressão,
Y
Y
Δ
 = 
c
c
Δ
r
b
b
Δ
q
a
a
Δ
p +
+
Para verificar o resultado acima, lembre que o diferencial de uma função Y = Y(a, 
b, c) é dado por:
dY =  dc
c
Y
db
b
Y
da
a
Y
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
que   após   dividirmos   ambos   os   lados   por   Y   e   tomarmos   os   módulos,   da   origem   a 
expressão para a incerteza estimada.
Exemplo: Na determinação do volume de um cilindro foram feitas as seguintes medidas:
r = (2,02 ± 0,03) cm, h = (8,432 ± 0,005) cm.
Sabemos que V =  h
r
π 2
, então:
V = 3,14 (2,02)2
 (8,432) = 108,0346 cm3
De acordo com a primeira expressão, já que   = 0 por ser constante, temos:
Δπ
V
V
Δ
 = 
432
,
8
005
,
0
02
,
2
03
,
0
2 +






 = 0,0303
V = V x 0,0303 = 108,0346 x 0.0303 = 3,2734 cm
Δ 3
Teremos então,
V = (108 ± 3) cm3
EXERCÍCIO 3: Num tubo capilar de raio r, um líquido de densidade   e tensão superficial
ρ  
, devido a capilaridade, ergue­se de uma altura h, tal que,   = 
γ γ 2
)
g
ρ
h
r
( ⋅
⋅
⋅ , onde g é a 
aceleração da gravidade. Dados obtidos:
r = (0,030 ± 0,001) cm
h = (5,000 ± 0,005) cm
g = 9,81 (adotado como exato)
                              = 1000 kg/m
ρ 3
 (adotado como exato)
Determine a tensão superficial.
VI – GRÁFICOS
Nas atividades experimentais, muitas vezes, objetiva­se estudar a maneira  de 
como uma propriedade ou quantidade depende ou varia com relação à outra propriedade 
ou quantidade. Por exemplo:
“De que modo a variação do comprimento de um pêndulo simples afeta o seu período ou 
como se comporta a força de atrito entre duas superfícies relativamente à força normal 
exercida por uma superfície sobre a outra?”
Tais variáveis podem convenientemente tratadas pelo método gráfico no sentido de 
ilustrar e sintetizar suas relações.
As leis físicas expressam relações entre quantidades de grandezas físicas. Estas 
relações podem ser expressas de três modos:
a) Em palavras, formando as sentenças conceituais;
b) Em símbolos matemáticos em forma de equações;
c) Em representações pictóricas conhecidas como gráficos.
A   escolha   do   meio   (ou   meios)   para   expressar   as   relações   entre   grandezas 
depende do uso que se pretende fazer destas relações. Particularmente, analisaremos a 
terceira representação.
Para representar graficamente a relação entre duas variáveis deve­se observar os 
seguintes pontos:
a) No eixo horizontal (abscissa) é lançada a variável independente; no eixo vertical 
(ordenada) é lançada a variável dependente. Evite tomar margens do papel como 
eixos.
b) Em geral a curva deve cobrir pelo menos três quartos do papel. Em muitos casos 
não   é   necessário   ou   possível   que   a   interseção   dos   eixos   represente 
simultaneamente o valor zero.
c) Escolha as escalas de forma que as divisões principais possam ser facilmente 
subdivididas.   A   escala   do   eixo   vertical   não   necessita   ser   a   mesma   do   eixo 
horizontal.
d) Se os valores forem excessivamente grandes ou pequenos utilizar um artifício que 
permita usar um ou dois dígitos para indicar os valores das divisões principais. 
Pode­se usar um fator multiplicativo como 10­2
, 10­3
, etc., à direita da escala.
e) Escreva em cada eixo o título, ou seja, o nome da grandeza e sua unidade, 
separados por vírgula ou parênteses.
f) Localizar o ponto e não escreva no eixo o valor relativo ao ponto localizado, se 
estiver fora da divisão adotada na escala.
g) A representação gráfica de uma grandeza 
é feita por uma barra de incerteza que é 
um   pequeno   segmento   de   reta   que 
abrange   o   intervalo   no   qual   o   valor 
y
x
verdadeiro deve estar contido. Se houver incerteza nos dois eixos a grandeza será 
representada por uma cruz cujos braços serão as barras de incertezas, como 
mostra a figura.
h) O traçado da curva deve ser suave e contínuo, adaptando­se da melhor forma aos 
dados experimentais a menos que não se trate de uma função contínua. Unir 
pontos   experimentais  com   traços   retos   implica   em   que   a   relação   entre   duas 
grandezas tenha forma quebrada o que, exceto circunstâncias especiais, é pouco 
provável ocorrer.
i) Se for preciso desenhar várias curvas na mesma folha, faça a distinção das curvas 
por  símbolos   diferentes  (círculos,  quadrados,  triângulos,  etc.),  ou   utilize  cores 
diferentes ou ainda linhas deferentes (pontilhadas, interrompidas, etc.).
VII – AVALIAÇÃO DE INCERTEZAS EM GRÁFICOS
A representação gráfica, como vimos, tem a sua importância, no sentido de ilustrar 
e sintetizar as relações entre as variáveis de grandezas representativas de um fenômeno. 
Estas variáveis a serem plotadas em papel gráfico, podem originar­se de:
a) Medições diretas através de instrumentos de medição.
b) Derivadas de medições diretas, mediante operações matemáticas.
De   qualquer   forma,   as   variáveis   vêm   afetadas   de   incertezas   (precisão 
experimental, desvios provenientes de propagação, etc.). Essas incertezas podem ser 
representadas, graficamente, por uma barra de incerteza, que é um segmento de reta que 
abrange o intervalo no qual o valor verdadeiro está contido.
Os dados emersos de um gráfico virão, portanto, afetados de incertezas. Como 
avaliá­los? Concentraremos no caso específico de um gráfico linear cujo coeficiente 
angular tem significado físico, e muitas vezes representa a quantidade procurada em 
ensaios experimentais. Para uma melhor avaliação, o experimentador deve tomar alguns 
cuidados iniciais, ou seja:
• Ter certeza que a curva traçada representa mais de ¾ do papel gráfico, para uma 
melhor visualização do comprimento das barras de incerteza.
• Desprezar pontos que fogem consideravelmente da tendência geral, derivados de 
erros grosseiros.
A) Coeficiente angular: avaliação de sua incerteza
a) Traçar duas retas paralelas que contenham a maioria das barras de incertezas, 
formando uma figura retangular.
b) Traçar  duas  retas  que   corresponderão  às  diagonais  da   figura   retangular,  nos 
pontos ABCD.
c) Determinar seus coeficientes angulares.
A média aritmética entre esses dois coeficientes angulares dará a reta média e a 
metade do intervalo entre esses coeficientes dará a incerteza angular.
Exemplificando: Vamos supor que o gráfico construído foi para determinar o coeficiente 
angular K de uma reta.
Da figura, temos que:
Reta BC = Kmax
Reta AD = Kmin
O coeficiente angular da reta média será:
2
K
K
K
max
min +
=
e a sua incerteza
2
k
k
K
Δ
min
max −
=
logo:
)
K
Δ
K
(
K ±
=  unid. arbt.
Pela dificuldade que se tem para traçar a reta média achamos sempre preferível a 
determinação do coeficiente angular pela média dos coeficientes máximo e mínimo, como 
no exemplo acima.
É interessante observar, que muitas vezes as barras de incerteza são tão 
pequenas que, no gráfico reduzem­se no próprio ponto, mesmo, assim este processo 
para determinação do coeficiente angular pode ser aplicado.
EXERCÍCIO 4: Determine a constante elástica de uma mola ideal, bem como a sua 
incerteza. Precisão do instrumento de medida (dinamômetro) igual a 0,5 N.
F (N) 4,1 7,9 12,2 15,8 20,1 23,7 30,9 32,4
X (cm) 5 10 15 20 25 30 35 40
Inclinação máxima
Inclinação mínima
D
B
A
X
C
Y
VIII – DETERMINAÇÃO DA DEPENDÊNCIA FUNCIONAL A PARTIR DOS DADOS 
EXPERIMENTAIS
Feita   a   representação   gráfica   de   duas   grandezas,   a   análise   do   gráfico   pode 
conduzir a uma relação matemática, embora isso nem sempre seja possível. Se o gráfico 
mostrar que tal relação existe, deve­se continuar a análise à procura do tipo de relação, 
ou seja, da forma que define a curva encontrada.
Uma   norma   do   método   analítico   é   que   apenas   duas   grandezas   podem   ser 
relacionadas de uma só vez. Tanto o experimento como os dados devem ser ordenadas 
de modo a manter todas as variáveis constantes, exceto duas, estudando­se então a 
maneira como uma destas variáveis afeta a outra.
A equação que descreve uma curva desconhecida, nem sempre pode ser definida 
com exatidão. Relações do tipo 1/x e 1/ x   facilmente podem ser confundidas num 
gráfico. Esta dificuldade desaparece quando se obtém uma linha reta. A linha reta é, 
portanto,   a   chave   da   análise   gráfica.   Ela   pode   ser   identificada   com   segurança.   O 
problema então é como lançar dados experimentais no gráfico para obter uma linha reta. 
Embora não exista um método geral, normalmente é preciso fazer algumas tentativas 
antes de obter­se um a solução. Falaremos aqui apenas do método gráfico, o mais 
facilmente aproveitável no laboratório no caso de duas grandezas Y e X, relacionadas por 
uma dependência funcional simples.
A) Relações lineares
Y = aX + b (equação de uma reta)
A equação acima mostra a dependência linear entre duas grandezas Y e X. Para X 
= 0 o valor de Y intercepta o eixo y, definido a constante b. o quociente  
X
Δ
Y
Δ
  define a 
constante a (inclinação da reta) e suas unidades são dadas pelo quociente das unidades 
de Y e X. Seja (X1, Y1), (X2, Y2) dois pontos quaisquer da reta, de modo que;
Y2 = aX2 + b
e
Y1 = aX1 + b
A inclinação da reta é obtida subtraindo essas duas equações.
a = 
1
2
1
2
X
X
Y
Y
−
−
 = 
X
Δ
Y
Δ
Quando a reta é traçada é sobre uma sucessão de pontos, deve­se escolher o 
traçado de modo a deixar alguns pontos acima e outros abaixo. Convêm, entretanto, 
tomar o cuidado de não converter a reta em alguma curva suave.
O exemplo a seguir mostra como, a partir de gráficos construídos com dados 
experimentais, se pode obter um a relação matemática entre as variáveis envolvidas no 
experimento. A figura abaixo representa o gráfico plotado da velocidade em função do 
tempo.   A   reta   mostra   a   relação   linear   entre   velocidade   e   tempo.   A   equação 
correspondente é, então, da forma:
Y = aX + B ou V = b + at
Onde as constantes a e b são:
a = coeficiente angular da reta (inclinação da reta)
b = coeficiente linear da reta (ordenada p/ abscissa zero, X = 0)
0
10
20
30
40
50
60
70
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5
t (s)
V (m/s)
A inclinação da reta (a) é obtida dos pontos A e B do gráfico.
2
m/s
 
8
,
9
5
,
0
6
,
4
(
)
20
60
(
t
Δ
V
Δ
a =
−
−
=
=
que é a aceleração da gravidade g, e a constante b é o valor da velocidade para t = 0, ou 
seja, a velocidade inicial V0.
b = V0 = 15 m/s
Logo, a equação a reta no gráfico é:
V = b + at = V0 + gt = 15 + 9,8t (m/s)
A   partir   da   equação   obtida,   frequentemente,   outras   informações   podem   ser 
derivadas, através de processos matemáticos. Por exemplo:
dt
)
gt
V
(
Vdt
dS
dt
dS
V 0 +
=
=
→
= ,
Integrando, tem­se:
2
0
0 gt
2
1
t
V
S
S +
+
=
x = 4,6 ­ 5
Δ
v = 60 ­ 20
Δ
v = 15 + 9,8t
B) Relações não lineares
Como vimos, sempre que os pontos experimentais caem sobre uma linha reta, alei 
de variação que relaciona as quantidades físicas são facilmente deduzidas. Entretanto, 
quando os pontos experimentais não se ajustam a uma linha reta como frequentemente 
acontece, o problema torna­se um pouco mais difícil.
O   método   mais   simples   para   encontrarmos   as   leis   de   variação   entre   duas 
quantidades relacionadas entre si que obedecem as equações não lineares é o que 
consiste em transformar tais equações em lineares e fazermos o mesmo tratamento 
usado anteriormente para equações da reta.
Vamos supor que duas grandezas físicas obedeçam às seguintes leis de variação 
não linear:
a) Y2
 = a + bX3
Se fizermos Y2
 igual a uma nova variável (v) e X3
 igual a (u) a equação tornar­se­á:
v = a + bu
que é uma equação linear, portanto, o gráfico de v x u será linear e todo tratamento 
relatado anteriormente pode ser empregado aqui.
b) Y = AXB
Aplicando a função logarítmica na base “a” a ambos os lados da relação teremos:
loga Y = loga (AXB
) = loga A + loga (XB
) = loga A + Bloga X
Fazendo loga Y = Y’; loga A = A’; e loga X = X’; teremos:
Y’ = A’ + BX’,
que é uma equação linear.
c) Y = AeBX
x = x – x
Δ 0
y = y – y
Δ 0
b
x0 x
y0
y
y = ax + b
x
Δ
y
Δ
a =
Gráfico – função linear
Aplicando a função logarítmica na base “a” a ambos os lados dessa equação 
teremos:
loga Y = loga (AeBX
) = loga A + Bloga (eX
) = loga A + (Bloga e)X
Fazendo loga Y = Y’; loga A = A’; X = X’ e sabendo que loga e é uma constante, 
teremos então:
Y’ = A’ + Bloga (e) X’
que é uma equação linear.
IX – ESCALA REGULAR E ESCALA LOGARÍTMICA
Neste   item   desenvolveremos   algumas   noções   básicas   sobre   escalas, 
principalmente a logarítmica, usa no papel log­log e no papel mono­log.
A) Escala regular
O   exemplo   mais   comum   de   um   papel   para   gráficos   com   escala   regular   é   o 
milimetrado. Neste tipo de papel os traços são igualmente espaçados – tanto no eixo das 
ordenadas como no eixo das abscissas – podendo este espaçamento ser em mm, cm, m, 
etc.
Durante   a   representação   de   grandezas   físicas   neste   tipo   de   papel,   faz­se 
corresponder o valor da grandeza a ser representada com uma das distâncias entre os 
traços. Deste modo, cada intervalo corresponde a uma distância fixa em cada eixo.
B) Escala logarítmica
Vamos começar a incursão no assunto através do papel log­log (ou di­log).
B.1 – algumas características
a) A origem não é no ponto (0,0), mas sim no ponto (1,1) podendo deslocar o eixo de 
um ciclo a mais ou a menos de acordo com os dados experimentais. (Lembrem 
que na origem log x = 0, log y = 0   x = 1, y = 1.)
→
b) Em ambos os eixos a escala é sempre a mesma, ou seja, ela é fixada no próprio 
papel.
c) Se o primeiro ciclo vai de 1 (100
) até 10 (101
), o segundo ciclo vai de 10 (101
) até 
100 (102
) e assim por diante, pois em cada ciclo os números variam de um fator de 
dez.
d) A distância entre os pontos de 1 a 2 no primeiro ciclo, é a mesma de 10 a 20 no 
segundo, de 100ª 200 no terceiro e assim por diante.
e) Não é necessário calcular o logaritmo dos números, pois o papel já se apresenta 
na escala logarítmica.
B.1 – gráfico retilíneo no papel log­log
O papel log­log é aquele que apresenta escala logarítmica nas duas dimensões, 
isto é, tanto no eixo das ordenadas quanto no eixo das abscissas.
A representação da relação entre duas grandezas, neste tipo de papel, pode 
resultar   uma   curva   qualquer.   No   caso   particular   da   curva   mais   simples,   isto   é, 
segmento   de   reta,   pode­se   facilmente   determinar   a   correspondente   equação 
matemática. A equação da reta será
Y = aX + b
onde Y = log (y); X = log (x) e B = log (b). Y e X são grandezas plotadas nos eixos das 
ordenadas e no das abscissas, respectivamente, a e b são constantes. A equação que 
representa uma reta no papel di­log é:
log y = alog x + log b
que pode ser modificada aplicando a transformação logarítmica inversa para y = bxa 
que é a função y = f(x) procurada.
DETERMINAÇÃO DAS CONSTANTES “a” E “b”
Se a função é y = bxa
, a constante “b” será igual a y para x = 1.
y = b(1)a
 = b
ou então da equação, log (y)= alog (x) + log (b)
x = 1   log (y) = alog (1) + log (b) = log (b)
→
log (y) = log (b)   y = b
→
Como se pode observar no gráfico do papel di­log procura­se o valor de y para x 
= 1 e desta forma encontra­se, neste caso, y = b = 80.
Para determinar a constante a, basta tomar dois pontos quaisquer da reta. Sejam 
(x1,y1) e (x2,y2) dois pontos pertencentes a reta dada pela equação:
log y = alog x + log b
então,
log y2 = alog x2 + log b
log y1 = alog x1 + log b
Como as escalas das ordenadas e das abscissas são iguais, podemos medir 
com uma régua as variações  log y =  y e  log x =  x e obter o valor da constante 
Δ Δ Δ Δ a.
x
Δ
y
Δ
a =
Do gráfico do papel di­log temos que,  y = 5,9 cm e  x = 9,8 cm, portanto, a = 0,6
Δ Δ  
e a equação para y será:
y = 80x0,60
que é a função procurada.
A   determinação   de   coeficiente   angular   torna­se   bastante   simples   quando   em 
ambos os eixos a escala é a mesma, como no caso do papel di­log, e o procedimento é 
o adotado na determinação da constante acima.
C) PAPEL MONO­LOG
Em geral o papel mono­log apresenta o eixo das ordenadas em escala logarítmica 
e o eixo das abscissas em escala regular. Neste caso pode­se atribuir origem igual a 
ZERO quando da graduação do eixo das abscissas, enquanto que para o eixo das 
ordenadas prevalecem as normas da escala logarítmica.
Neste papel, quando os pontos plotados estiverem alinhados (linha reta) a função 
pode ser uma exponencial da forma:
y = aebx
onde  a  e  b  são constantes positivas ou negativas e  e  = 2,718… (base do logaritmo 
neperiano). A razão de uma função exponencial transparecer como uma reta (função 
linear) no papel mono­log é pelo seguinte:
log y = log a + bx log e
ou
log y =  blog e  + log a
│ │
onde a constante  blog e  é o coeficiente angular e a constante log a é o coeficiente
│ │  
linear da reta.
Podemos   observar   que   a   variável   dependente   (eixo   das   ordenadas)   varia 
logaritmicamente   enquanto   a   variável   independente   (eixo   das   abscissas)   varia 
linearmente.  Para   se   determinar   a   função   exponencial,   devemos   determinar   os 
valores das constantes a e b.
DETERMINAÇÃO DAS CONSTANTES “a” E “b”
Como a função exponencial é y = aebx
 observa­se que para x = 0 tem­se que y = 
aeb0
 = y = ae0
 =  1
a ⋅  = a. Portanto, determina­se a procurando­se o valor de y = a para x = 
0, então do gráfico do papel mono­log, a = 23,2.
Para se determinar a constante b toma­se dois pontos quaisquer, que pertençam a 
reta do papel mono­log, (t1,I1) e (t2,I2) onde,
log I2 = (blog e) t2 + log a
log I1 = (blog e) t1 + log a
subtraindo as equações tem­se
t
Δ
e
log
)
I
log(
Δ
b
⋅
=
do gráfico no papel mono­log, b = ­1,4 x 10­3
 s­1
.
Substituindo a e b na equação y = aebx
 tem­se
I =  )
t
10
4
,
1
exp(
2
,
23 3
−
⋅
−
que é a função procurada.

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  • 2. RELATÓRIO O que é? A descrição de um trabalho realizado. Para que serve? Registrar e/ou divulgar um trabalho realizado. É interessante notar que o relato de um trabalho científico, de um projeto de  engenharia,   ou   simplesmente   de   um   experimento   de   laboratório   de   disciplina   de  graduação pode ser dividido nas seguintes partes: • Título (0,4 ponto); • Objetivos (1,0 ponto); • Material utilizado (0,6 ponto); • Fundamentação (2,0 pontos); • Procedimento (3,0 pontos) e • Conclusão (3,0 pontos). Título:  Todas as coisas tem nome para serem identificadas, existe a necessidade de  identificação do seu trabalho. Objetivo: Deve mostrar a finalidade do seu experimento. Material Disponível: A descrição do material com as suas características principais. É útil  no julgamento de decisão do método utilizado para chegar ao objetivo de seu trabalho. Fundamentação:  Uma   descrição   fenomenológica   dos   conceitos   envolvidos   no  experimento com suas principais relações. É útil para a compreensão dos procedimentos  adotados para chegar ao objetivo de seu trabalho. Procedimento:  Nesta parte devem ser apresentados os resultados das suas medidas  (tabelas, gráficos, cálculos, etc.) e uma descrição de como e porque foram feitas. Uma  das razões desta descrição é melhor avaliar a precisão dos resultados do seu trabalho. Conclusão: É nesta parte que se deve apresentar uma discussão sobre seus resultados,  os métodos de medida utilizados, tendo em vista o objetivo do seu trabalho. OBJETIVOS DO LABORATÓRIO Este   curso   foi   preparado   com   intuito   de   orientar   os   alunos   a   adquirirem  conhecimentos sobre física experimental, visando especificamente: a compreensão dos  conceitos fundamentais, a medição das grandezas relacionadas com esses conceitos,  interpretação e representação correta dessas medidas. O texto dessa apostila está dividido em duas partes. Na primeira, o aluno terá  conhecimento sobre algarismos significativos, medidas, erros, desvios, incertezas como  também   o   tratamento   adequado   para   representar   corretamente   os   resultados   dos  experimentos, quer seja uma única medida ou de um conjunto de medidas. A segunda  parte visa familiarizar o aluno na construção de gráficos, linearização de curvas e a  determinação   da   dependência   funcional   entre   as   grandezas   medidas   a   partir   do  conhecimento dos dados experimentais. Pretendemos aqui dar ao aluno alguns conceitos e procedimentos básicos para  que ele possa expressar corretamente as medidas e resultados de suas experiências,  assim como discuti­los com um mínimo de correção e rigor tanto do ponto de vista  numérico como conceitual.
  • 3. ELEMENTOS DA TEORIA DE MEDIDAS E ERROS I – INTRODUÇÃO Toda operação de medida exige do experimentador habilidade no manuseio de  instrumentos   de   medida   e   a   capacidade   de   efetuar   corretamente   a   leitura   destes  instrumentos. Não basta, por exemplo, determinar o comprimento de uma barra através  de   uma   régua;   é   preciso   saber   expressar   corretamente   essa   medida   e   avaliar  adequadamente a sua incerteza, que vem das características dos aparelhos usados na  sua determinação e mesmo do próprio experimentador. Assim a experiência mostra que  sendo uma medida repetida várias vezes com as mesmas precauções pelo mesmo  observador   ou   observadores   diferentes,   os   resultados   achados   não   são,   em   geral  idênticos. Muitas vezes efetuam­se diversas medidas de uma mesma grandeza; neste  caso a melhor maneira de expressar o valor desta grandeza será através do valor médio  dos  dados.  A  incerteza  destas  grandezas  será   obtida  por  um  tratamento   estatístico  elementar. Há grandezas ainda que nem sempre podem ser obtidas diretamente, como áreas,  volume,   densidade,   etc.   Assim   são   feitas   várias   medidas   e   através   de   fórmulas  matemáticas ou físicas determina­se a grandeza desejada. É claro que, em geral, cada  termo da fórmula está afetado de uma incerteza e que todas elas interferirão no valor final  da grandeza. Observamos que as incertezas se propagam e o processo de cálculo para  determiná­las denomina­se propagação de incertezas. II – ERROS E DESVIOS Quando um experimentador determina o valor de uma grandeza, três situações são  possíveis: 1. O valor da grandeza já é conhecido com exatidão – Ex. A soma dos ângulos  internos de um triângulo. 2. O valor da grandeza não é conhecido exatamente, mas há um valor adotado  como “melhor” – Ex. A aceleração da gravidade num determinado local. 3. O valor da grandeza não é conhecido  – Ex. O comprimento de uma barra, o  volume de uma esfera, etc. Quando valor obtido para uma grandeza difere do seu valor real (verdadeiro) (item  1), dizemos estar afetado de um erro. Matematicamente: REAL   VALOR ­ MÉDIO   VALOR ERRO = (Valor em módulo) Quando o valor obtido difere do valor adotado como melhor (item 2), dizemos estar  afetado de um desvio. Então: REAL   VALOR ­ MÉDIO   VALOR DESVIO = (Valor em módulo)
  • 4. Embora   Conceitualmente   haja   diferença   entre   erro   e   desvio,   matematicamente   são  equivalentes. A partir deles define­se desvio (ou erro) relativo e percentual, sendo que  este último permite avaliar melhor o resultado de uma experiência.  ADOTADO VALOR DESVIO RELATIVO   DESVIO = 100% TIVO DESVIORELA PERCENTUAL   DESVIO × = Exemplo:   Ao   determinar   a   aceleração   da   gravidade,   onde   g   é   9,80   m/s2   um  experimentador obteve 10,04 m/s2 . Determine: DESVIO = DESVIO RELATIVO = DESVIO PERCENTUAL = Para avaliação dos resultados, qual deles nos dá uma informação mais objetiva? III – ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS Seja AB o comprimento de uma barra medida em uma régua centimetrada. Se três experimentadores fossem anotar o comprimento AB, por exemplo: AB = 12,8 cm (exp. 1) AB = 12,7 cm (exp. 2) AB = 12,6 cm (exp. 3) Algum desses valores estaria errado? Se um quarto experimentador avaliasse 12,75 cm,  em que sentido se poderia atribuir a esse resultado? Medindo­se   com   régua   centimetrada   tem   sentido   avaliar   décimos   (isto   é,  milésimos),   mas   é   discutível   ou   mesmo   inaceitável   avaliar   centésimos   ou   frações  menores. Em medições, é costume fazer estimativas com aproximações até décimos da  menor divisão da escala do instrumento. Estimar centésimos ou milésimos da menor divisão da escala está fora dos limites  de percepção da maioria dos seres humanos. Na medida do segmento AB, observamos que existe uma divergência entre os três  observadores na avaliação da fração da menor divisão da escala do instrumento (nos  algarismos ou dígitos 8, 7 e 6), na qual  reside a dúvida ou incerteza da medida, enquanto  que, os dígitos 1 e 2 que constituem o número 12 são isentos de dúvidas. A B 1      2       3      4      5       6      7      8      9      10    11    12     13     14   15     16
  • 5. AB = 12,8 cm AB = 12,6 cm AB = 12,7 cm OS   ALGARISMOS   CORRETOS   (NÃO   DUVIDOSOS)   E   TAMBÉM   O   ALGARISMO  DUVIDOSO (UM SÓ), CONSTITUEM OS ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS DE UMA  MEDIDA. EXERCÍCIO 1: Quantos são os algarismos significativos das seguintes medidas? a) 12,6 cm b) 9 cm c) 2 cm d) 12,6 x 10­5  m e) 1,2 x 103  m. OS DÍGITOS DE UM NÚMERO CONTAM­SE DA ESQUERDA PARA A DIREITA, A  PARTIR DO PRIMEIRO NÃO NULO, SÃO SIGNIFICATIVOS TODOS OS CORRETOS,  TAMBÉM O PRIMEIRO ALGARISMO DUVIDOSO E MAIS NENHUM. IV – MEDIDAS E INCERTEZAS Para estudar um fenômeno físico é preciso adotar um procedimento que se possa  repetir   e   variar   tantas   quantas   forem   necessárias,   até   que   se   tenha   reunido   certa  quantidade de dados experimentais. Esses dados são obtidos através do processo de  medidas. A importância desses processos e muitas vezes sua complexidade tornam o ato  de medir uma tarefa fundamental e freqüentemente nada simples. Nenhuma medida pode ser considerada absolutamente precisa. Por exemplo, o  valor atualmente aceito para a velocidade da luz propagando­se no vácuo é: c = (2,99792458 ± 0,00000004) x 108  m/s Isto significa que, apesar das sofisticadas técnicas empregadas e do esforço de muitos  cientistas, ainda persiste uma incerteza de medida de 4 m/s na velocidade da luz. Na obtenção de uma medida podem ocorrer dois tipos de erros: o aleatório e o  sistemático. Este  último deve ser evitado de todas as formas; um instrumento mal  calibrado   ou   com   defeito,   um   experimentador   que   repete   erro   na   operação,   de  interpretação   ou   de   leitura   ou   de   fatores   externos   ao   laboratório,   como   fenômenos  climáticos,   são   fontes   de   erros   sistemáticos   que   devem   ser   controlados   pelo  experimentador. O erro aleatório decorre de flutuações dos resultados das medidas em  torno de um valor médio, essas flutuações acarretam uma imprecisão para mais ou para  menos nesse valor. Qual é, então, o valor de uma grandeza que se quer medir? Nem  sempre a resposta é simples e em parte a solução deste problema está num estudo mais  profundo da teoria de erros. Apesar de caber nesta disciplina a análise mais geral deste  Algarismos duvidosos (sempre o último à direita)
  • 6. problema, podemos convencionar critérios para obter um valor confiável da grandeza a  ser medida. Para escrever o resultado final da medição de uma grandeza, adotaremos a forma: (valor mais provável ± incerteza) x 10N  unidades de grandeza “A incerteza estimada será escrita com, no máximo, um algarismo significativo” Se o experimentador realizar apenas uma medida da grandeza, o valor mais  provável desta será a própria medida. A incerteza estimada dependerá da forma como foi  construído o instrumento de medidas. Se o instrumento não permitir avaliar o algarismo  duvidoso, a incerteza estimada será a menor divisão na escala do instrumento. Exemplo. Um estudante fez um experimento onde o intervalo de tempo num cronômetro  eletrônico. A figura abaixo mostra o valor no cronômetro. 7 9 6 ms A medida é expressa como (796 ± 1) ms ou (796 ± 1) x 10­3  s Se for  possível  avaliar o algarismo duvidoso, a incerteza estimada será adotada  como a metade da menor divisão da escala do instrumento. Exemplo: Um estudante mede o comprimento de um pêndulo simples, em relação ao  centro de massa, como o indicado abaixo. A medida é expressa como: (774,3 ± 1) ms ou (77,43 ± 0,05) ms Se o experimentador tiver um conjunto de medidas, o valor mais provável da  grandeza será a média aritmética  G  das medidas. ∑ = n i i n G G X CM 77 78
  • 7. e a incerteza estimada poderá ser obtida, de uma maneira mais apurada, através da  média aritmética dos desvios absolutos: ∑ = n i i n G Δ G Δ onde G G G Δ i i − = EXERCÍCIO 2: Determinar a força eletromotriz de uma pilha elétrica e a sua incerteza (ver  tabela abaixo). Ordem de  medida EM (V) EM ­ <E> │ │ 1 1,55 2 1,56 3 1,57 4 1,54 5 1,55 6 1,56 7 1,53 8 1,54 9 1,55 10 1,54 11 1,55 12 1,57 13 1,56 14 1,55 15 1,54 V – PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS Nem sempre é possível determinar certas medições diretamente; para determinar a  densidade de um objeto, por exemplo, é preciso medir a sua massa e o seu volume, que  por sua vez é determinado pela medida de suas dimensões. Todas estas medidas estarão  afetadas de incertezas que na, determinação da densidade, se propagarão e darão  origem a uma incerteza na densidade. Inicialmente vamos uniformizar a nossa linguagem; ao invés de erros, desvios e  incertezas, utilizaremos apenas incertezas, que nos parece mais abrangente. Quanto à  representação matemática, para grandezas tais como X, Y, T, V, etc. representaremos  suas incertezas por  X,  Y,  T,  V, etc. e conseqüentemente suas incertezas relativas Δ Δ Δ Δ   por:  X/X,  Y/Y,  T/T,  V/V, etc. Δ Δ Δ Δ
  • 8. A) Incerteza devido à soma ou subtração Suponha que vamos determinar a grandeza, S = A + B + C +… para qual a foram feitas a seguintes medidas: A ±  A; B ±  B; C ±  C; etc. Δ Δ Δ Como determinar S? Para simplificar, adotaremos o critério mais desfavorável, isto  é, vamos supor que todas as incertezas tenham o mesmo sinal, então obteremos: S =  A +  B +  C +… Δ Δ Δ Δ Exemplo: Na determinação do perímetro de u quadrilátero mediram­se seus lados a, b, c  e d com instrumentos diferentes: a = (2,03 ± 0,02) cm b = (4,1 ± 0,2) cm c = (0,842 ± 0,001) cm d = (1,26 ± 0,03) cm o perímetro será: p = a + b + c + d então, p = 2,03 + 4,1 + 0,842 + 1,26 = 8,232 cm a incerteza será: p =  a +  b +  b +  d Δ Δ Δ Δ Δ portanto, p = 0,02 + 0,2 + 0,001 + 0,03 = 0,251 cm Δ O resultado de perímetro será expresso como: p = (8,232 ± 0,251) cm ou p = (8,2 ± 0,3) cm Observe  que em nossos cálculos, propositalmente, colocamos grandezas com  números de algarismos significativos diferentes. Como a incerteza será representada por  um   e   somente   um   algarismo   significativo,   que   atua   no   duvidoso,   é   ela   quem  comandará o número de algarismos significativos no resultado final.
  • 9. B) Incerteza devido a outras operações Para Calcular a incerteza numa expressão envolvendo multiplicações, divisões,  potenciação e/ou radiciação como em Y =  r q p c b a K ⋅ ⋅ ⋅ Usaremos a seguinte expressão, Y Y Δ  =  c c Δ r b b Δ q a a Δ p + + Para verificar o resultado acima, lembre que o diferencial de uma função Y = Y(a,  b, c) é dado por: dY =  dc c Y db b Y da a Y ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ que   após   dividirmos   ambos   os   lados   por   Y   e   tomarmos   os   módulos,   da   origem   a  expressão para a incerteza estimada. Exemplo: Na determinação do volume de um cilindro foram feitas as seguintes medidas: r = (2,02 ± 0,03) cm, h = (8,432 ± 0,005) cm. Sabemos que V =  h r π 2 , então: V = 3,14 (2,02)2  (8,432) = 108,0346 cm3 De acordo com a primeira expressão, já que   = 0 por ser constante, temos: Δπ V V Δ  =  432 , 8 005 , 0 02 , 2 03 , 0 2 +        = 0,0303 V = V x 0,0303 = 108,0346 x 0.0303 = 3,2734 cm Δ 3 Teremos então, V = (108 ± 3) cm3 EXERCÍCIO 3: Num tubo capilar de raio r, um líquido de densidade   e tensão superficial ρ   , devido a capilaridade, ergue­se de uma altura h, tal que,   =  γ γ 2 ) g ρ h r ( ⋅ ⋅ ⋅ , onde g é a  aceleração da gravidade. Dados obtidos: r = (0,030 ± 0,001) cm h = (5,000 ± 0,005) cm g = 9,81 (adotado como exato)
  • 10.                               = 1000 kg/m ρ 3  (adotado como exato) Determine a tensão superficial. VI – GRÁFICOS Nas atividades experimentais, muitas vezes, objetiva­se estudar a maneira  de  como uma propriedade ou quantidade depende ou varia com relação à outra propriedade  ou quantidade. Por exemplo: “De que modo a variação do comprimento de um pêndulo simples afeta o seu período ou  como se comporta a força de atrito entre duas superfícies relativamente à força normal  exercida por uma superfície sobre a outra?” Tais variáveis podem convenientemente tratadas pelo método gráfico no sentido de  ilustrar e sintetizar suas relações. As leis físicas expressam relações entre quantidades de grandezas físicas. Estas  relações podem ser expressas de três modos: a) Em palavras, formando as sentenças conceituais; b) Em símbolos matemáticos em forma de equações; c) Em representações pictóricas conhecidas como gráficos. A   escolha   do   meio   (ou   meios)   para   expressar   as   relações   entre   grandezas  depende do uso que se pretende fazer destas relações. Particularmente, analisaremos a  terceira representação. Para representar graficamente a relação entre duas variáveis deve­se observar os  seguintes pontos: a) No eixo horizontal (abscissa) é lançada a variável independente; no eixo vertical  (ordenada) é lançada a variável dependente. Evite tomar margens do papel como  eixos. b) Em geral a curva deve cobrir pelo menos três quartos do papel. Em muitos casos  não   é   necessário   ou   possível   que   a   interseção   dos   eixos   represente  simultaneamente o valor zero. c) Escolha as escalas de forma que as divisões principais possam ser facilmente  subdivididas.   A   escala   do   eixo   vertical   não   necessita   ser   a   mesma   do   eixo  horizontal. d) Se os valores forem excessivamente grandes ou pequenos utilizar um artifício que  permita usar um ou dois dígitos para indicar os valores das divisões principais.  Pode­se usar um fator multiplicativo como 10­2 , 10­3 , etc., à direita da escala. e) Escreva em cada eixo o título, ou seja, o nome da grandeza e sua unidade,  separados por vírgula ou parênteses. f) Localizar o ponto e não escreva no eixo o valor relativo ao ponto localizado, se  estiver fora da divisão adotada na escala. g) A representação gráfica de uma grandeza  é feita por uma barra de incerteza que é  um   pequeno   segmento   de   reta   que  abrange   o   intervalo   no   qual   o   valor  y x
  • 11. verdadeiro deve estar contido. Se houver incerteza nos dois eixos a grandeza será  representada por uma cruz cujos braços serão as barras de incertezas, como  mostra a figura. h) O traçado da curva deve ser suave e contínuo, adaptando­se da melhor forma aos  dados experimentais a menos que não se trate de uma função contínua. Unir  pontos   experimentais  com   traços   retos   implica   em   que   a   relação   entre   duas  grandezas tenha forma quebrada o que, exceto circunstâncias especiais, é pouco  provável ocorrer. i) Se for preciso desenhar várias curvas na mesma folha, faça a distinção das curvas  por  símbolos   diferentes  (círculos,  quadrados,  triângulos,  etc.),  ou   utilize  cores  diferentes ou ainda linhas deferentes (pontilhadas, interrompidas, etc.). VII – AVALIAÇÃO DE INCERTEZAS EM GRÁFICOS A representação gráfica, como vimos, tem a sua importância, no sentido de ilustrar  e sintetizar as relações entre as variáveis de grandezas representativas de um fenômeno.  Estas variáveis a serem plotadas em papel gráfico, podem originar­se de: a) Medições diretas através de instrumentos de medição. b) Derivadas de medições diretas, mediante operações matemáticas. De   qualquer   forma,   as   variáveis   vêm   afetadas   de   incertezas   (precisão  experimental, desvios provenientes de propagação, etc.). Essas incertezas podem ser  representadas, graficamente, por uma barra de incerteza, que é um segmento de reta que  abrange o intervalo no qual o valor verdadeiro está contido. Os dados emersos de um gráfico virão, portanto, afetados de incertezas. Como  avaliá­los? Concentraremos no caso específico de um gráfico linear cujo coeficiente  angular tem significado físico, e muitas vezes representa a quantidade procurada em  ensaios experimentais. Para uma melhor avaliação, o experimentador deve tomar alguns  cuidados iniciais, ou seja: • Ter certeza que a curva traçada representa mais de ¾ do papel gráfico, para uma  melhor visualização do comprimento das barras de incerteza. • Desprezar pontos que fogem consideravelmente da tendência geral, derivados de  erros grosseiros. A) Coeficiente angular: avaliação de sua incerteza a) Traçar duas retas paralelas que contenham a maioria das barras de incertezas,  formando uma figura retangular. b) Traçar  duas  retas  que   corresponderão  às  diagonais  da   figura   retangular,  nos  pontos ABCD. c) Determinar seus coeficientes angulares. A média aritmética entre esses dois coeficientes angulares dará a reta média e a  metade do intervalo entre esses coeficientes dará a incerteza angular.
  • 12. Exemplificando: Vamos supor que o gráfico construído foi para determinar o coeficiente  angular K de uma reta. Da figura, temos que: Reta BC = Kmax Reta AD = Kmin O coeficiente angular da reta média será: 2 K K K max min + = e a sua incerteza 2 k k K Δ min max − = logo: ) K Δ K ( K ± =  unid. arbt. Pela dificuldade que se tem para traçar a reta média achamos sempre preferível a  determinação do coeficiente angular pela média dos coeficientes máximo e mínimo, como  no exemplo acima. É interessante observar, que muitas vezes as barras de incerteza são tão  pequenas que, no gráfico reduzem­se no próprio ponto, mesmo, assim este processo  para determinação do coeficiente angular pode ser aplicado. EXERCÍCIO 4: Determine a constante elástica de uma mola ideal, bem como a sua  incerteza. Precisão do instrumento de medida (dinamômetro) igual a 0,5 N. F (N) 4,1 7,9 12,2 15,8 20,1 23,7 30,9 32,4 X (cm) 5 10 15 20 25 30 35 40 Inclinação máxima Inclinação mínima D B A X C Y
  • 13. VIII – DETERMINAÇÃO DA DEPENDÊNCIA FUNCIONAL A PARTIR DOS DADOS  EXPERIMENTAIS Feita   a   representação   gráfica   de   duas   grandezas,   a   análise   do   gráfico   pode  conduzir a uma relação matemática, embora isso nem sempre seja possível. Se o gráfico  mostrar que tal relação existe, deve­se continuar a análise à procura do tipo de relação,  ou seja, da forma que define a curva encontrada. Uma   norma   do   método   analítico   é   que   apenas   duas   grandezas   podem   ser  relacionadas de uma só vez. Tanto o experimento como os dados devem ser ordenadas  de modo a manter todas as variáveis constantes, exceto duas, estudando­se então a  maneira como uma destas variáveis afeta a outra. A equação que descreve uma curva desconhecida, nem sempre pode ser definida  com exatidão. Relações do tipo 1/x e 1/ x   facilmente podem ser confundidas num  gráfico. Esta dificuldade desaparece quando se obtém uma linha reta. A linha reta é,  portanto,   a   chave   da   análise   gráfica.   Ela   pode   ser   identificada   com   segurança.   O  problema então é como lançar dados experimentais no gráfico para obter uma linha reta.  Embora não exista um método geral, normalmente é preciso fazer algumas tentativas  antes de obter­se um a solução. Falaremos aqui apenas do método gráfico, o mais  facilmente aproveitável no laboratório no caso de duas grandezas Y e X, relacionadas por  uma dependência funcional simples. A) Relações lineares Y = aX + b (equação de uma reta) A equação acima mostra a dependência linear entre duas grandezas Y e X. Para X  = 0 o valor de Y intercepta o eixo y, definido a constante b. o quociente   X Δ Y Δ   define a  constante a (inclinação da reta) e suas unidades são dadas pelo quociente das unidades  de Y e X. Seja (X1, Y1), (X2, Y2) dois pontos quaisquer da reta, de modo que; Y2 = aX2 + b e Y1 = aX1 + b A inclinação da reta é obtida subtraindo essas duas equações. a =  1 2 1 2 X X Y Y − −  =  X Δ Y Δ Quando a reta é traçada é sobre uma sucessão de pontos, deve­se escolher o  traçado de modo a deixar alguns pontos acima e outros abaixo. Convêm, entretanto,  tomar o cuidado de não converter a reta em alguma curva suave. O exemplo a seguir mostra como, a partir de gráficos construídos com dados  experimentais, se pode obter um a relação matemática entre as variáveis envolvidas no  experimento. A figura abaixo representa o gráfico plotado da velocidade em função do 
  • 14. tempo.   A   reta   mostra   a   relação   linear   entre   velocidade   e   tempo.   A   equação  correspondente é, então, da forma: Y = aX + B ou V = b + at Onde as constantes a e b são: a = coeficiente angular da reta (inclinação da reta) b = coeficiente linear da reta (ordenada p/ abscissa zero, X = 0) 0 10 20 30 40 50 60 70 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 t (s) V (m/s) A inclinação da reta (a) é obtida dos pontos A e B do gráfico. 2 m/s   8 , 9 5 , 0 6 , 4 ( ) 20 60 ( t Δ V Δ a = − − = = que é a aceleração da gravidade g, e a constante b é o valor da velocidade para t = 0, ou  seja, a velocidade inicial V0. b = V0 = 15 m/s Logo, a equação a reta no gráfico é: V = b + at = V0 + gt = 15 + 9,8t (m/s) A   partir   da   equação   obtida,   frequentemente,   outras   informações   podem   ser  derivadas, através de processos matemáticos. Por exemplo: dt ) gt V ( Vdt dS dt dS V 0 + = = → = , Integrando, tem­se: 2 0 0 gt 2 1 t V S S + + = x = 4,6 ­ 5 Δ v = 60 ­ 20 Δ v = 15 + 9,8t
  • 15. B) Relações não lineares Como vimos, sempre que os pontos experimentais caem sobre uma linha reta, alei  de variação que relaciona as quantidades físicas são facilmente deduzidas. Entretanto,  quando os pontos experimentais não se ajustam a uma linha reta como frequentemente  acontece, o problema torna­se um pouco mais difícil. O   método   mais   simples   para   encontrarmos   as   leis   de   variação   entre   duas  quantidades relacionadas entre si que obedecem as equações não lineares é o que  consiste em transformar tais equações em lineares e fazermos o mesmo tratamento  usado anteriormente para equações da reta. Vamos supor que duas grandezas físicas obedeçam às seguintes leis de variação  não linear: a) Y2  = a + bX3 Se fizermos Y2  igual a uma nova variável (v) e X3  igual a (u) a equação tornar­se­á: v = a + bu que é uma equação linear, portanto, o gráfico de v x u será linear e todo tratamento  relatado anteriormente pode ser empregado aqui. b) Y = AXB Aplicando a função logarítmica na base “a” a ambos os lados da relação teremos: loga Y = loga (AXB ) = loga A + loga (XB ) = loga A + Bloga X Fazendo loga Y = Y’; loga A = A’; e loga X = X’; teremos: Y’ = A’ + BX’, que é uma equação linear. c) Y = AeBX x = x – x Δ 0 y = y – y Δ 0 b x0 x y0 y y = ax + b x Δ y Δ a = Gráfico – função linear
  • 16. Aplicando a função logarítmica na base “a” a ambos os lados dessa equação  teremos: loga Y = loga (AeBX ) = loga A + Bloga (eX ) = loga A + (Bloga e)X Fazendo loga Y = Y’; loga A = A’; X = X’ e sabendo que loga e é uma constante,  teremos então: Y’ = A’ + Bloga (e) X’ que é uma equação linear. IX – ESCALA REGULAR E ESCALA LOGARÍTMICA Neste   item   desenvolveremos   algumas   noções   básicas   sobre   escalas,  principalmente a logarítmica, usa no papel log­log e no papel mono­log. A) Escala regular O   exemplo   mais   comum   de   um   papel   para   gráficos   com   escala   regular   é   o  milimetrado. Neste tipo de papel os traços são igualmente espaçados – tanto no eixo das  ordenadas como no eixo das abscissas – podendo este espaçamento ser em mm, cm, m,  etc. Durante   a   representação   de   grandezas   físicas   neste   tipo   de   papel,   faz­se  corresponder o valor da grandeza a ser representada com uma das distâncias entre os  traços. Deste modo, cada intervalo corresponde a uma distância fixa em cada eixo. B) Escala logarítmica Vamos começar a incursão no assunto através do papel log­log (ou di­log). B.1 – algumas características a) A origem não é no ponto (0,0), mas sim no ponto (1,1) podendo deslocar o eixo de  um ciclo a mais ou a menos de acordo com os dados experimentais. (Lembrem  que na origem log x = 0, log y = 0   x = 1, y = 1.) → b) Em ambos os eixos a escala é sempre a mesma, ou seja, ela é fixada no próprio  papel. c) Se o primeiro ciclo vai de 1 (100 ) até 10 (101 ), o segundo ciclo vai de 10 (101 ) até  100 (102 ) e assim por diante, pois em cada ciclo os números variam de um fator de  dez.
  • 17. d) A distância entre os pontos de 1 a 2 no primeiro ciclo, é a mesma de 10 a 20 no  segundo, de 100ª 200 no terceiro e assim por diante. e) Não é necessário calcular o logaritmo dos números, pois o papel já se apresenta  na escala logarítmica. B.1 – gráfico retilíneo no papel log­log O papel log­log é aquele que apresenta escala logarítmica nas duas dimensões,  isto é, tanto no eixo das ordenadas quanto no eixo das abscissas. A representação da relação entre duas grandezas, neste tipo de papel, pode  resultar   uma   curva   qualquer.   No   caso   particular   da   curva   mais   simples,   isto   é,  segmento   de   reta,   pode­se   facilmente   determinar   a   correspondente   equação  matemática. A equação da reta será Y = aX + b onde Y = log (y); X = log (x) e B = log (b). Y e X são grandezas plotadas nos eixos das  ordenadas e no das abscissas, respectivamente, a e b são constantes. A equação que  representa uma reta no papel di­log é: log y = alog x + log b que pode ser modificada aplicando a transformação logarítmica inversa para y = bxa  que é a função y = f(x) procurada. DETERMINAÇÃO DAS CONSTANTES “a” E “b” Se a função é y = bxa , a constante “b” será igual a y para x = 1. y = b(1)a  = b ou então da equação, log (y)= alog (x) + log (b) x = 1   log (y) = alog (1) + log (b) = log (b) → log (y) = log (b)   y = b → Como se pode observar no gráfico do papel di­log procura­se o valor de y para x  = 1 e desta forma encontra­se, neste caso, y = b = 80.
  • 18. Para determinar a constante a, basta tomar dois pontos quaisquer da reta. Sejam  (x1,y1) e (x2,y2) dois pontos pertencentes a reta dada pela equação: log y = alog x + log b então, log y2 = alog x2 + log b log y1 = alog x1 + log b Como as escalas das ordenadas e das abscissas são iguais, podemos medir  com uma régua as variações  log y =  y e  log x =  x e obter o valor da constante  Δ Δ Δ Δ a. x Δ y Δ a = Do gráfico do papel di­log temos que,  y = 5,9 cm e  x = 9,8 cm, portanto, a = 0,6 Δ Δ   e a equação para y será: y = 80x0,60 que é a função procurada. A   determinação   de   coeficiente   angular   torna­se   bastante   simples   quando   em  ambos os eixos a escala é a mesma, como no caso do papel di­log, e o procedimento é  o adotado na determinação da constante acima.
  • 19. C) PAPEL MONO­LOG Em geral o papel mono­log apresenta o eixo das ordenadas em escala logarítmica  e o eixo das abscissas em escala regular. Neste caso pode­se atribuir origem igual a  ZERO quando da graduação do eixo das abscissas, enquanto que para o eixo das  ordenadas prevalecem as normas da escala logarítmica. Neste papel, quando os pontos plotados estiverem alinhados (linha reta) a função  pode ser uma exponencial da forma: y = aebx onde  a  e  b  são constantes positivas ou negativas e  e  = 2,718… (base do logaritmo  neperiano). A razão de uma função exponencial transparecer como uma reta (função  linear) no papel mono­log é pelo seguinte: log y = log a + bx log e ou log y =  blog e  + log a │ │ onde a constante  blog e  é o coeficiente angular e a constante log a é o coeficiente │ │   linear da reta. Podemos   observar   que   a   variável   dependente   (eixo   das   ordenadas)   varia  logaritmicamente   enquanto   a   variável   independente   (eixo   das   abscissas)   varia  linearmente.  Para   se   determinar   a   função   exponencial,   devemos   determinar   os  valores das constantes a e b. DETERMINAÇÃO DAS CONSTANTES “a” E “b” Como a função exponencial é y = aebx  observa­se que para x = 0 tem­se que y =  aeb0  = y = ae0  =  1 a ⋅  = a. Portanto, determina­se a procurando­se o valor de y = a para x =  0, então do gráfico do papel mono­log, a = 23,2.