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FASES DO SISTEMA CAPITALISTA
O capitalismo é um sistema econômico e social caracterizado pela propriedade privada dos meios de
produção e pela livre iniciativa e concorrência entre os indivíduos e as empresas. O capitalista é o
proprietário do capital. Considerando seu processo de desenvolvimento, costuma-se dividir o capitalismo
em quatro fases:
1ª Fase: Capitalismo Comercial (fim do século XV até a primeira metade do século XVIII)
Substituindo o Feudalismo, a primeira etapa do capitalismo foi marcada pela expansão marítima das
potências da Europa Ocidental da época (Grandes Navegações), em busca de novas rotas de comércio,
sobretudo para as Índias. O objetivo dessas nações era acabar com o monopólio das cidades italianas
(como Veneza e Gênova) no comércio com o Oriente pelo Mediterrâneo. Esse processo resultou no
descobrimento de novas terras e na apropriação de vastos territórios (colonialismo), além da escravização
e genocídio de milhões de nativos da América e da África. O principal eixo econômico migra do Mar
Mediterrâneo para o Oceano Atlântico. Forma-se um comércio triangular entre América, África e Europa.
Expandiram-se os mercados consumidores e abastecedores, além da descoberta de novas jazidas minerais.
São criadas companhias de comércio, como a Companhia Holandesa das Índias Orientais (VOC).
A produção de mercadorias era essencialmente artesanal, em oficinas (o mestre artesão e os artesãos
auxiliares eram produtores e donos dos meios de produção). O que realmente interessava era o comércio
de especiarias, açúcar, tabaco, escravos, tapetes, sedas, perfumes, entre outros, com altíssimas margens de
lucro. É verdade naquele tempo já havia manufaturas rudimentares, onde o empresário era o proprietário
dos meios de produção (fábrica e instrumentos) e ele pagava um salário em troca da força de trabalho do
empregado. Porém, a força motriz era humana e manual.
A acumulação primitiva de capitais pela burguesia (que se capitalizou) era resultado da troca de
mercadorias, ou seja, do comércio, por isso o termo capitalismo comercial para designar o período. Esse
acúmulo de capitais era fundamentado na política colonial conhecida como mercantilismo (metalismo,
balança comercial favorável e protecionismo).
A sociedade da época estava dividida em uma classe de proprietários de terras (clero e nobreza), uma
classe de trabalhadores (servos, camponeses livres, assalariados, enfim, a massa popular) e uma classe
burguesa (mercantil e manufatureira). Essa burguesia queria espaço social, político e ideológico.
2ª Fase: Capitalismo Industrial (segunda metade do século XVIII até a segunda metade do século XIX)
A Inglaterra foi pioneira no processo de Revolução Industrial. Cinco fatores podem explicar esse fato. Em
primeiro lugar está a mão de obra abundante e barata proveniente a zona rural, devido aos cercamentos
das terras que expulsaram milhares de camponeses das terras comunais. Formou-se, como diria Marx, um
exército industrial de reserva: sempre existiam multidões às portas das fábricas, dispostas a trabalhar, não
se importando com as condições. O segundo fator é a acumulação primitiva de capital proveniente das
colônias inglesas e do comércio com o Oriente. O terceiro fator relaciona-se com a Revolução Gloriosa, que
sepultou o absolutismo ao estabelecer a supremacia do Parlamento e inaugurou o Estado liberal inglês,
pré-requisito para a plenitude capitalista burguesa. O quarto fator está ligado à existência de amplos
mercados consumidores nas colônias, inglesas ou não, da América, África e Ásia. Por fim, o quinto fator
refere-se à abundância de matérias-primas, especialmente de ferro, carvão e algodão.
Foi uma era de invenções, primeiramente relacionadas com a indústria têxtil: máquina de fiar, tear
hidráulico e tear mecânico. Todos esses inventos ganharam maior capacidade quando passaram a ser
acoplados à máquina a vapor. Após o setor têxtil, a mecanização alcançou o setor metalúrgico. A
descoberta do vapor como força motriz, além de impulsionar a produção industrial, atingiu também os
transportes: foram criados o barco a vapor e a locomotiva a vapor. As redes de transporte terrestre e
marítimo cresceram exponencialmente.
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O comércio não era mais a essência do sistema. Nessa nova fase, o lucro provinha basicamente da
produção de mercadorias. O proprietário dos meios de produção não é o produtor direto. A relação de
trabalho que agora vigora é o regime assalariado, um vez que o trabalhador assalariado apresenta maior
produtividade que o escravo e tem renda disponível para o consumo.
O uso de máquinas aumentaram a produção e a produtividade enormemente. Acelerou-se o processo de
urbanização: os operários viviam em cortiços imundos, sem saneamento, onde bactérias, ratazanas e surtos
epidêmicos ceifavam muitas vidas. Aprofundaram-se as desigualdades entre ricos e pobres. As jornadas de
trabalho chegavam a 16 horas, as fábricas eram insalubres, disciplina e hierarquia eram extremamente
rígidas, os salários eram baixíssimos, era explorado o trabalho infantil e feminino, a expectativa de vida dos
trabalhadores das fábricas e das minas muito dificilmente ultrapassava os cinquenta anos, os acidentes de
trabalho multiplicavam-se e a assistência médica e hospitalar aos trabalhadores praticamente inexistia. A
miséria trazia em seu bojo uma série de males: o alcoolismo, o infanticídio, a prostituição, o suicídio, a
loucura, a criminalidade e até o fanatismo religioso.
Ao contrário do período mercantilista, o Estado não mais intervinha na economia, que passou a funcionar
segundo a lógica do mercado, guiado pela livre concorrência. Consolidava-se, assim, uma nova doutrina
econômica: o liberalismo, defendida pelos economistas britânicos Adam Smith e David Ricardo.
3ª Fase: Capitalismo Financeiro Monopolista (fim do século XIX até o final da década de 1960)
Se nessa primeira fase da revolução industrial prevalecia o tripé carvão-ferro-vapor, a segunda revolução
industrial (surgida por volta de 1860) incorpora a eletricidade, o aço e o petróleo como fontes de energia. O
desenvolvimento do motor a combustão interna permitiu do surgimento do automóvel e do avião,
expandindo e dinamizando os transportes. A indústria química também experimentou expressivo
desenvolvimento de novos elementos e materiais. Evoluem os meios de comunicação, com a invenção do
telégrafo e do telefone. A industrialização não mais se restringiria ao Reino Unido, mas se expandiria para
outros países como a Bélgica, a França, e posteriormente a Itália, a Alemanha, a Rússia, os Estados Unidos e
o Japão.
A especialização da produção aprofunda-se com o conceito de linha de montagem: esteiras rolantes levam
peças e componentes padronizados e intercambiáveis. A fabricação do produto é divida em etapas, onde as
responsabilidades dos operários são bem específicas. Henry Ford foi pioneiro nesse modelo de produção,
aplicando-o em sua fábrica de automóveis. O fordismo também defendia que a empresa deveria dedicar-se
a apenas um produto, além de dominar as fontes de matérias-primas.
Também foi marcante o processo de concentração e centralização de capitais. Empresas foram criadas e
cresceram rapidamente: indústrias, bancos, corretoras de seguros, casas comerciais etc. A acirrada
concorrência favoreceu as grandes empresas, lavando a fusões e incorporações que resultaram na
formação de monopólios ou oligopólios em muitos setores da economia. Grandes corporações da
atualidade foram fundadas nessa época: British Petroleum (1909), Coca-Cola (1886), Exxon (1882), Fiat
(1899), General Eletric (1892), General Motors (1916), IBM (1911), Mitsubishi Bank (1880), Nestlé (1866),
Siemens (1847).
Se na primeira revolução industrial os avanços tecnológicos eram resultantes de pesquisas espontâneas e
autônomas, agora a ciência era apropriada pelo capital, isto é, estava a serviço da produção. As grandes
corporações transnacionais (que atuam em vários países) formaram os primeiros laboratórios de pesquisa,
que visavam desenvolver novas técnicas de produção.
Era cada vez maior a necessidade de garantir novos mercados consumidores, novas fontes de matérias-
primas e novas áreas para investimentos lucrativos. Foi nesse contexto do capitalismo, de acirrada
concorrência entre as novas potências industriais, que ocorreu a expansão imperialista europeia na África.
Na Conferência de Berlim (1884-1885) as potências Europa retalharam o continente Africano, partilhando-o
entre eles (porém as divergências entre os países não cessaram, levando a uma corrida armamentista que
culminou na Primeira Guerra Mundial). Esse fato consolidou a divisão internacional do trabalho, pela qual
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as colônias se especializavam em fornecer matérias-primas baratas para os países que então se
industrializavam. Em contrapartida, esses países desenvolvidos vendiam sua crescente produção industrial.
Essa divisão, inicialmente delineada no capitalismo comercial, consolidou-se na fase do capitalismo
industrial. Diferentemente do colonialismo do século XVI, as empresas burguesas e não o Estado eram o
principal agente e beneficiário. No final do século XIX também surgia uma potência industrial fora da
Europa: os Estados Unidos da América, que exerceu seu imperialismo na América Latina baseado no
controle político e militar.
Torna-se cada vez mais difícil distinguir o capital industrial (também o agrícola, comercial e de serviços) do
capital bancário. Uma melhor denominação passa a ser, então, capital financeiro. Os bancos assumem um
papel mais importante como financiadores da produção. Afinal, bancos incorporam indústrias, que, por sua
vez, incorporam ou criam bancos para lhes da suporte financeiro. Ao mesmo tempo vai se consolidando,
particularmente nos Estados Unidos, um vigoroso mercado de capitais. As empresas vão deixando de ser
familiares e se transformam em sociedades anônimas de capital aberto, ou seja, empresas que negociam
suas ações em bolsas de valores. Isso permitiu a formação das corporações da atualidade, cujas ações
estão, em toda parte, distribuídas entre milhares de acionistas. Em geral, essas grandes empresas têm um
acionista majoritário, que pode ser uma pessoa, uma família, uma fundação, um banco ou uma holding, ao
passo que o restante (muitas vezes milhões de ações) está nas mãos de pequenos investidores.
O liberalismo permanece apenas como ideologia capitalista, pois o mercado passa a ser dominado por
grandes corporações em substituição à livre concorrência e ao livre mercado, característicos da fase
industrial, na qual predominavam empresas menores. O Estado, por sua vez, intervém na economia
sobretudo como agente planejador, coordenador, produtor ou empresário. Essa atuação intensificou-se
após a crise de 1929.
Nesse momento do capitalismo, em cada setor da economia – petrolífero, elétrico, siderúrgico, têxtil, naval,
ferroviário etc. – passaram a predominar alguns grandes grupos. São os trustes, que controlam as etapas da
produção, desde a retirada da matéria-prima da natureza e a transformação em produtos até a distribuição
das mercadorias. Quando os trustes, ou empresas de menor porte, fazem acordos entre si estabelecendo
um preço comum, dividindo os mercados potenciais e, portanto, inviabilizando a livre concorrência num
determinado setor da economia, criam um cartel. Diferentemente do que acontece no truste, no cartel não
há a perda de autonomia das empresas envolvidas. O truste é resultado de processos tipicamente
capitalistas (concentração e centralização de capitais), que levam a fusões e incorporações de empresas de
uma mesma cadeia produtiva em determinado setor de atividade. Já o Cartel é consequência de acordos
entre grandes empresas com o intuito de compartilhar determinados mercados ou setores da economia.
Muitos trustes, constituídos no final do século XIX e início do século XX, transformaram-se em
conglomerados. Resultantes de um amplo processo de concentração e centralização de capitais, de uma
crescente ampliação e diversificação dos negócios, com o intuito de dominar a oferta de determinados
produtos ou serviços no mercado, os conglomerados, também chamados grupos ou corporações, são o
exemplo mais bem acabado de empresas do capitalismo monopolista. Controlados por uma holding
(conjunto de empresas dominadas por uma empresa central que detém a maioria ou parte significativa das
ações de suas subsidiárias), eles atuam em diferentes setores da economia. O objetivo básico é a
manutenção da estabilidade dos conglomerados, garantindo uma lucratividade média, já que há
rentabilidades diferentes em cada setor.
4ª Fase: Capitalismo Informacional (anos 1970 até a atualidade)
Com o advento da Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica ou
Revolução Informacional, o capitalismo atinge sua fase informacional-global. Isso ocorre no pós-Segunda
Guerra, sobretudo a partir dos anos 1970, quando, gradativamente, disseminam-se empresas, instituições
e diversas tecnologias responsáveis pelo crescente aumento da produtividade econômica e pela aceleração
dos fluxos de capitais, de mercadorias, de informações – robôs, computadores, satélites, aviões a jato,
cabos de fibras ópticas, telefones digitais, Internet etc. – e de pessoas.
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Nessa etapa de seu desenvolvimento, o capitalismo continua industrial e financeiro. Industrial porque
novas tecnologias empregadas no processo produtivo, a exemplo da robótica, permitiram grande aumento
de produtividade e diversificação dos produtos; e financeiro por causa da desmaterialização do dinheiro,
que, em vez de circular fisicamente, cada vez mais se transforma em bits de computador, circulando
rapidamente pelo sistema financeiro globalizado.
Mas a característica fundamental dessa etapa do desenvolvimento capitalista é a crescente importância do
conhecimento, do capital humano, isto é, o conhecimento e as habilidades que as pessoas acumulam por
meio de educação, treinamento e experiência profissional. Se as revoluções industriais anteriores foram
movidas a energia (a primeira a carvão e a segunda, a petróleo e eletricidade), a revolução ora em curso é
movida pelo conhecimento. Não por acaso as primeiras indústrias, da era das chaminés, desenvolveram-se
em torno das bacias carboníferas e atualmente as instituições típicas da revolução informacional, as
chamadas indústrias limpas, estão próximas a universidades e centros de pesquisa, onde se desenvolvem
tecnopolos. Nesses centros industriais, típicos da Terceira Revolução Industrial, há grande concentração de
indústrias de alta tecnologia: informática, telecomunicações, robótica e biotecnologia, entre outras. O
tecnopolo do Vale do Silício, nos Estados Unidos, em torno da Universidade de Stanford, foi o primeiro a se
formar; com o tempo outros foram criados: em Cambridge, perto da universidade de mesmo nome, no
Reino Unido; na região metropolitana de Campinas, estado de São Paulo, próximo da Universidade de
Campinas (Unicamp); no Japão (tecnopolo Tsukuba); em Munique, na Alemanha; em Paris (tecnopolo Axe-
Sud), na França, entre muitos outros.
Pode-se afirmar que a globalização (o atual momento da expansão capitalista) está para o capitalismo
informacional assim como o colonialismo esteve para sua etapa comercial ou o imperialismo esteve para o
final da fase industrial e início da financeira. Trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e,
portanto, o lucro, que de fato move os capitais, tanto produtivos quanto especulativos, no mercado
mundial. A incipiente opinião pública mundial, manifestada através de movimentos antiglobalização,
movimentos pacifistas e ONGs, também é resultado da revolução informacional e da globalização.
Na era da globalização a expansão capitalista é silenciosa, sutil e eficaz. Trata-se de uma “invasão” de
mercadorias, capitais, serviços, informações e pessoas. As novas “armas” são a agilidade e a eficiência das
comunicações, dos transportes e do processamento de informações, graças aos satélites de comunicação, à
Internet, à informática, aos telefones fixos e celulares, aos enormes e rápidos aviões, aos supernavios
petroleiros e graneleiros e aos trens de alta velocidade. A “guerra” acontece nas bolsas de valores, de
mercadorias e de futuros em todos os mercados do mundo e em todos os setores imagináveis. As
estratégias e táticas são traçadas nas sedes das grandes corporações transnacionais, dos grandes bancos,
das corretoras de valores e de outras instituições e influenciam quase todos os países.
A Terceira Revolução Industrial trouxe a questão do desemprego, como decorrência do uso de altas
tecnologias produtivas (robótica, informatização), ou como resultado da reformulação e otimização
produtiva empresarial, incluindo-se o remanejamento e demissão de funcionários e o enxugamento estatal.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfIfIAI/fases-capitalismo
TEORIAS POLÍTICAS CAPITALISTAS
• O ABSOLUTISMO MONÁRQUICO:
Teoria politica que assegurou a transição do sistema feudal para o sistema capitalista na Europa,
centralizando o poder nas mãos do Rei que aliado à burguesia conseguiu enfraquecer o poder da nobreza
feudal. Segundo seus postulados o poder do Rei era divino e deveria demonstrar a superioridade do
mesmo em relação aos seus comandados
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Seus principais teóricos foram: Jean Bodin que através do publicação do Six Livres de la République
afirmava que o poder era indivisível e absoluto; Thomas Hobbes que afirmava que o papel do rei era
garantir a paz interna e a defesa da nação, uma vez que o homem sem esse poder absoluto devoraria o
próprio homem; Nicolau Maquiavel na sua obra O Príncipe, estabelece as estruturas do estado nacional
moderno centralizador governado por chefe soberano.
• O LIBERALISMO ECONÔMICO:
Surgiu no contexto da transição do capitalismo comercial para o capitalismo industrial, no século XVIII,
tendo François Quesnay um de seus principais teóricos. No entanto o principal expoente, considerado o pai
do liberalismo econômico, foi Adam Smith, autor do livro A riqueza das nações.
A ideia central do liberalismo é a defesa da emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela
mesma (eliminação de interferências na economia principalmente pelo Estado).
Segundo Adam Smith, não eram necessárias intervenções na economia, visto que o próprio mercado
dispunha de mecanismos próprios, a livre concorrência e a lei da oferta e da procura, de regulação da
mesma: a chamada “mão invisível”, que seria responsável por trazer benefícios para toda a sociedade.
• O KEYNESIANISMO:
No final do século XIX e inicio do século XX a “mão invisível” do liberalismo começou a ser criticada e
apresentar sinais de fracasso. Os mecanismos do capitalismo, principalmente a lei da oferta e da procura,
não estavam sendo eficientes no controle da sociedade capitalista. John Maynard Keynes, em 1926,
publicou uma teoria que rompia totalmente com o paradigma liberalista, o Estado deveria sim, interferir na
sociedade, na economia e em quais áreas achasse necessário visando salvaguardar o modelo capitalista.
Com a crise de 1929 essa teoria ganha força e é implantada nos Estados Unidos da América através do New
Deal de Franklin Delano Roosevelt.
O modelo do Estado intervencionista (Welfare State - Estado de bem-estar social) foi adotado por muitos
países após o fim da Segunda Guerra Mundial, já que a interferência estatal parecia essencial para a
recuperação do mundo no pós-guerra. O Estado de bem-estar social ou Estado-providência é um tipo de
organização política e econômica que coloca o Estado (nação) como agente da promoção (protetor e
defensor) social e organizador da economia, garantindo serviços públicos e proteção à população.
• O NEOLIBERALISMO:
A partir dos anos 1960, com a crise dos países centrais, ocasionada pela acumulação intensiva e por uma
regulação monopolista, o keynesianismo também foi questionado, pois problemas como inflação e
instabilidade econômica tornaram-se reais. Foi assim que nasceu um novo modelo de liberalismo: o
neoliberalismo.
A partir da década de 1970, a supremacia do modelo capitalista sob o estagnado projeto de
desenvolvimento dos países socialistas marcou o surgimento dos primeiros teóricos da doutrina neoliberal.
Para esses novos pensadores da economia, um governo só pode manter o equilíbrio dos preços do
mercado interno fazendo uso de mecanismos de estabilização financeira e monetária, aliada a políticas que
contém os índices de inflação e preserve as reservas cambiais do país (Estado mínimo).
Entre as décadas de 1970 e 1980 observamos que os primeiros governos neoliberais ganharam espaço no
cenário político internacional. Ronald Reagan, nos Estados Unidos; Margaret Thatcher, no Reino Unido; e
Helmut Kohl, na Alemanha. No caso dos países subdesenvolvidos, a implantação do modelo neoliberal teve
como maior manifestação a onda de privatizações que atingiram as empresas estatais, no caso específico
do Brasil esse processo marca o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Texto elaborado pelo Professor Ademir Aquino