Gametogênese, fecundação e nidação

1. Gametogênese
Professora Helena Flávia de Mello Pistune

2. Desenvolvimento humano
► Óvulo + espermatozoide = zigoto.
► Zigoto contém 23 pares de cromossomos
provenientes do pai e 23 pares de
cromossomos presentes da mãe.
► Divide-se progressivamente para formar
um ser multicelular.
► Suas células diferenciam-se nos vários
tecidos e órgãos do corpo humano.
► Idade gestacional: data de início do
último período menstrual normal (14
dias antes da concepção).
► Embrião só começa a se implantar 20 ou
21 após essa data.

3. Gametogênese
► Gametas masculino e feminino: células altamente especializadas.
► Haplóides – MEIOSE.
► GAMETOGÊNSE: processo de formação e desenvolvimento de células
especializadas para a reprodução denominadas GAMETAS.
► Processo envolve cromossomos e citoplasma das células sexuais,
preparando-as para a FERTILIZAÇÃO.
► Número de cromossomos reduzidos pela metade e forma das células é
modificada.

5. Importância da meiose
► Conserva o número de cromossomos de geração em geração.
► Possibilita segregação ao acaso dos cromossomos paternos e maternos entre
os gametas.
► Realoca segmentos de cromossomos maternos e paternos entre os gametas
por meio do crossing-over (recombinação do material genético).

8. Espermatogênese
► Sequência de eventos através dos quais as células germinativas primitivas
(espermatogônias) se transformam em espermatozoides.
► Começa na puberdade (12 a 14 anos) e continua até a velhice.
► Na infância, as espermatogônias ficam dormentes nos túbulos seminíferos.
► Na puberdade, sofrem várias divisões mitóticas, crescem e se diferenciam em
espermatócitos primários.
► Espermatócitos I sofrem primeira divisão meiótica tornando-se espermatócitos
II, haploides, e com metade do tamanho dos primários.
► Espermatócitos II sofrem segunda divisão meiótica, e tem seu tamanho
reduzido à metade. Passam a se chamar espermátides.
► Espermátides transformam-se gradualmente em espermatozoides, um
processo chamado espermiogênese.

9. Espermiogênese

11. Ovogênese
► Sequência de eventos através dos quais as células germinativas primitivas
(ovogônias) se transformam em ovócitos maduros.
► Processo começa antes do nascimento (vários milhões em torno de
espermatogônias no quinto mês de gestação, dois milhões ao nascimento) e
termina depois do fim da maturação sexual – puberdade (40.000
espermatogônias).
► Apenas 400 ovócitos primários completam sua maturação e são expelidos do
ovário, ao longo da vida reprodutiva da mulher.
► As mulheres liberam ovócitos maduros – geralmente um por ciclo – até por
volta dos 50-55 anos (menopausa).

12. Ovogênese
► No início da vida fetal, as ovogônias proliferam por divisão mitótica.
► Crescem antes do nascimento, formando ovócitos primários.
► Células do tecido conjuntivo do ovário (estroma) o envolvem e formam uma
camada simples de células epiteliais foliculares achatadas.
► Ovócito + camada de células foliculares simples e achatadas: FOLÍCULO
PRIMORDIAL.

14. Ovogênese
► Ovócito I cresce durante a puberdade.
► Células epiteliais foliculares tornam-se cuboides e depois colunares.
► Começa a formação de uma camada de material glicoproteico entre as células
foliculares e o ovócito: ZONA PELÚCIDA
► Ovócito + camada de células foliculares cuboides ou colunares: FOLÍCULO
PRIMÁRIO.

16. Ovogênese
► Quando adquire mais de uma
camada de células foliculares
cuboides, folículo passa a se
chamar FOLÍCULO II ou folículo em
maturação.

17. Ovogênese
► Ovócitos I começam primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas o
término da prófase só ocorre na adolescência, com o início dos ciclos
reprodutivos.
► Ovulação: começa com o início da puberdade.
► Ovócito I aumenta de tamanho e, pouco antes da ovulação, termina primeira
divisão meiótica.
► A divisão citoplasmática é desigual.
► A célula que recebe quase todo o citoplasma chama-se Ovócito II, e a que recebe
menos se chama Corpúsculo Polar (não funcional, degenera rapidamente).
► A segunda divisão meiótica é interrompida na metáfase, e só se completa com a
fertilização do ovócito. Nesse caso, forma-se um segundo corpúsculo polar, que
degenera e o óvulo.

18. Folículo maduro ou Folículo de Graaf

21. Hormônios e a gametogênese masculina
► Adeno-hipófise: FSH e LH.
► Na puberdade, os hormônios FSH (folículo estimulante) e LH (luteinizante)
estimulam as células intersticiais do testículo a produzirem testosterona.
► A testosterona, além de conferir as características sexuais secundárias
masculinas (pelos e barba, voz grave, etc) estimulam a espermatogênese, o
amadurecimento dos órgãos sexuais e o aparecimento do impulso sexual.
► Começa a ser produzida ainda na fase embrionária, mas em pequena
quantidade.
► Se houver ausência desse hormônio, ou a falta de receptores compatíveis a
ele nas células do embrião, o sexo que se desenvolverá será o feminino.

22. Hormônios e gametogênese feminina
► Adeno-hipófise: FSH e LH.
► Produzem mudanças cíclicas nos ovários (desenvolvimento dos folículos,
ovulação e formação do corpo lúteo).

23. Hormônios e gametogênese feminina
FSH: desenvolvimento dos folículos.
LH: ovulação e formação do corpo lúteo.
Estrogênio: produzido nas células do folículo e do ovário. Estimulam produção de
LH e causam o desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas
(seios, cintura, quadril largo, menos pelos em relação ao homem, voz mais aguda
e suave em relação ao homem).
Progesterona: preparam o útero para a gravidez.

24. Hormônios e gametogênese feminina
► Desenvolvimento dos folículos:
► Crescimento e diferenciação de um ovócito I
► Proliferação de células foliculares
► Formação da zona pelúcida
► Desenvolvimento de uma cápsula de tecido conjuntivo, a teca folicular (se
divide em teca interna, vascularizada, e teca externa)

25. Hormônios e gametogênese feminina
► Folículo torna-se oval.
► Ovócito deixa de ocupar o centro do folículo.
► Forma-se o antro, que contém líquido folicular.
► Cumulus oophurus; camada de células que circundam o ovócito.
► Desenvolvimento inicial dos folículos: FSH.
► Fase final: FSH e LH.
► Folículos produzem estrogênio- regula o crescimento e desenvolvimento dos
órgãos reprodutivos.
► Teca interna: estrogênio (menor quantidade) e andrógenos, que são
convertidos em estrogênio na membrana granulosa.
► Estrogênio também é produzido por células do estroma ovariano.

26. Hormônios e gametogênese feminina
► Ciclo de 28 dias.
► Metade do ciclo (14 dias): folículo ovariano, sob influência do FSH e do LH,
tem um surto de crescimento. Forma uma saliência na superfície do ovário.
► Pico na produção de LH – 12 a 24 horas depois desse pico ocorre a ovulação.
► Surto de LH ocorre devido aos altos níveis de estrógeno no sangue e estimula
a segunda divisão meiótica do ovócito.
► Rompe-se um pedacinho da parede do ovário (pressão do líquido + digestão
enzimática), onde está a saliência do folículo, e o ovário é liberado.
► Pouco depois da ovulação, paredes do folículo + teca formam o corpo lúteo,
sob influência do LH.
► Corpo lúteo secreta progesterona e um pouco de estrogênio

27. Hormônios e gametogênese feminina
► Estrogênio e, principalmente, Progesterona leva às glândulas endometriais a
preparar o endométrio para a implantação do blastocisto.
► Quando o ovócito é fertilizado, o corpo lúteo permanece até a vigésima
semana de gestação.
► A degeneração do corpo lúteo é impedida pelo hormônio hCG (gonadotrofina
coriônica humana) secretado pelo córion, após a implantação.
► Após esse período, a placenta assume a produção dos hormônios.
► Quando o ovócito não é fertilizado, corpo lúteo involuiu e degenera 10 a 12
dias após a ovulação – transforma-se em corpo albicans (uma cicatriz).

28. Ciclo menstrual
► Fase menstrual: camada funcional da parede do útero descama. Dura 4 a 5
dias. Inicia com a queda nos níveis de estrogênio e progesterona, que
desencadeiam uma fase isquêmica.
► Fase proliferativa: 9 dias. Crescimento dos folículos, controlada pelo
estrogênio. Epitélio superficial do endométrio se refaz. Glândulas aumentam
de número e comprimento. Artérias espirais se alongam.
► Fase secretora: dura 13 dias. Formação, crescimento e funcionamento do
corpo lúteo. Progesterona controla. Glândulas do endométrio ficam mais
largas e retorcidas, endométrio mais espesso. Rede venosa complexa,
anastomoses arteriovenosas.