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MÉTODO CIENTÍFICO
Uma definição
• Etimologicamente: meta + odos. Caminho para um
objetivo.
• O método científico é o procedimento científico que
aponta o caminho para o conhecimento da realidade,
dirige a investigação de forma rigorosa e organizada e
estabelece as regras para compreender os aspetos
discrepantes dos fenómenos.
Indutivismo
• Segundo os indutivistas o método da ciência é a indução. Não há
ciência sem indução, pois a ciência visa estabelecer leis gerais a
partir de observações particulares e de experiências realizadas
• Perspetiva segundo a qual o método científico se baseia-se
raciocínio indutivo e na verificação de hipóteses.
• Segundo os indutivistas a dedução não tem caráter ampliativo, isto
é, não acrescenta conhecimento, logo não é útil à ciência.
O método experimental e o raciocínio
indutivo
• O método indutivo-experimental é aplicado nas ciências naturais e
até nas ciências humanas.
• A caraterística mais importante da indução é o seu caráter
ampliativo e provável. Permite fazer previsões, muito úteis na nossa
vida e na ciência. Mas as conclusões indutivas não são
completamente certas.
• O método indutivo - experimental procura reduzir o seu grau de
incerteza, mas há barreiras que não se conseguem superar.
Método indutivo- experimental
As etapas do método indutivo-experimental (tal como foi formulado por Francis Bacon
– 1561 – 1626) são:
1. Observação – Recolha e seleção de dados sobre o fenómeno em estudo.
2. Elaboração de hipóteses – Conjetura elaborada a partir dos dados recolhidos na
observação
3. Experimentação – Confrontação da hipótese com os factos.
4. Generalização/Estabelecimento da lei – Se os testes empíricos forem bem
sucedidos, os resultados são generalizados, passando esta a ser lei científica.
Ver exemplo
Objeções à perspetiva indutivista
• Relativas à primeira fase do método - a observação:
– A investigação não começa com a observação. A observação é orientada por teorias
prévias. Além disso há “factos” que não são observáveis (a origem do Universo, por
exemplo)
– Não há observação pura. A observação é resultado de uma orientação prévia.
• Relativas à hipótese:
- As hipóteses não são extraídas dos factos – São resultado da cooperação da razão e da
imaginação. São uma criação do cientista.
• Relativas à indução:
- As hipóteses não são verificáveis – As hipóteses são enunciados universais (relativas a
todos os casos) e na experimentação apenas se testam casos particulares.
O problema da indução
(David Hume)
• Questionou-se sobre a fiabilidade da indução: quem nos garante que os
corvos que ainda não observámos são negros como os que já
observámos?
• Essa garantia é-nos dada pela crença na uniformidade da natureza. E como
chegámos a este princípio? Por indução, pela experiência.
• Cometemos, pois, a falácia da petição de princípio.
• David Hume conclui que justificamos um raciocínio indutivo recorrendo a
outro raciocínio indutivo, o que não justifica coisa alguma.
Método Hipotético-dedutivo
• Fases do Método
1ª - Facto-problema
2ª - Formulação da hipótese ou conjetura
3ª - Dedução das consequências da
hipótese
4 ª - Validação da hipótese (Corroboração
ou falsificação)
Ver exemplo
Falsificacionismo
• Karl Raimund Popper (1902
– 1994) foi um filósofo da
ciência austríaco
naturalizado britânico. É
considerado por muitos
como o filósofo mais
influente do século XX no
domínio da epistemologia.
Método das conjeturas e refutações
O método proposto por Karl Popper baseia-se no método
hipotético dedutivo:
• Problema
• Conjetura ou hipótese explicativa
• Dedução das consequências da hipótese
• Tentativas de falsificação/Testes críticos
• Corroboração/Falsificação
Ler texto da página 209
Popper face ao método indutivo-experimental
Comete a falácia da afirmação do consequente:
Se T, então C.
Ora C.
Então, T.
Falsificacionismo
Se T, então C.
Ora , não C.
Logo, não T.
É um raciocínio lógico – Modus tollens
Falsificacionismo
• Consiste na tentativa de refutação de uma
hipótese através de testes experimentais:
• Ou os testes refutam a hipótese, sendo
retificada ou afastada.
• Ou os testes não refutam a hipótese e ela é
aceite (provisoriamente). É corroborada
Falsificacionismo
Uma teoria é testável se for
Empiricamente falsificável
Uma teoria é científica se for
TESTÁVEL
Indutivismo/falsificacionismo
Indutivismo
• Pretende mostrar que as
hipótese são verdadeiras.
• Utiliza a verificação e a
confirmação como critérios
de demarcação.
Fasificacionismo
• Pretende mostrar que as
hipóteses que as hipóteses
que não são refutadas, são
provisoriamente
corroboradas.
• As hipóteses não são
verificáveis.
• A ciência passa bem sem a
indução.
• Utiliza a falsificação como
critério de demarcação.
Critérios de demarcação
• Como se distingue, então, o que é científico do
que não é científico?
• Os critérios de demarcação permitem distinguir
teorias científicas das não científicas.
• Existem 3 critérios:
- Verificabilidade.
- Confirmabilidade
- Falsificabilidade
Critérios de demarcação
Verificabilidade
• Consiste em mostrar que uma teoria é
verdadeira, porque a experiência
verifica a hipótese.
• Crítica - Mas a hipótese é um
enunciado universal construída com
base na observação de casos
particulares. Apenas são verificados
através de testes empíricos alguns
casos particulares.
Confirmabilidade
(Confirmação de teorias)
• Consiste na verificação parcial de uma
teoria. Através de testes empíricos
verificam-se alguns casos particulares
(um número considerado suficiente) e
conclui-se que provavelmente esse
enunciado é verdadeiro.
• Crítica - Verificar parcialmente um
enunciado universal não é confirmá-lo.
Também, neste caso, estamos a adotar
um procedimento indutivo.
Indutivismo/Falsificacionismo
https://www.youtube.com/watch?v=AZkpMhg4q60
Popper face ao método tradicional
• Substitui:
– A observação por problemas
– A indução pela dedução
– A verificação pela refutação/testes críticos
– A generalização pela corroboração
– O critério da verificabilidade pelo critério da
falsificabilidade
O que é uma boa teoria cientifica?
• Uma teoria científica é melhor do que outra, se
tiver maior conteúdo empírico; se tiver um maior
grau de falsificabilidade.
• Por exemplo, “Os metais dilatam quando
submetidos ao calor” tem mais conteúdo
empírico do que o enunciado “O cobre dilata com
o calor”.
Objeções ao falsificacionismo
• Está em desacordo com a prática habitual dos
cientistas – ao longo da história das ciências os
cientistas trabalharam para confirmar as teorias.
• É difícil aceitar que a ciência possa evoluir por um
processo assente em refutações.
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a teoria se deve refutar.

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  • 2. Uma definição • Etimologicamente: meta + odos. Caminho para um objetivo. • O método científico é o procedimento científico que aponta o caminho para o conhecimento da realidade, dirige a investigação de forma rigorosa e organizada e estabelece as regras para compreender os aspetos discrepantes dos fenómenos.
  • 3. Indutivismo • Segundo os indutivistas o método da ciência é a indução. Não há ciência sem indução, pois a ciência visa estabelecer leis gerais a partir de observações particulares e de experiências realizadas • Perspetiva segundo a qual o método científico se baseia-se raciocínio indutivo e na verificação de hipóteses. • Segundo os indutivistas a dedução não tem caráter ampliativo, isto é, não acrescenta conhecimento, logo não é útil à ciência.
  • 4. O método experimental e o raciocínio indutivo • O método indutivo-experimental é aplicado nas ciências naturais e até nas ciências humanas. • A caraterística mais importante da indução é o seu caráter ampliativo e provável. Permite fazer previsões, muito úteis na nossa vida e na ciência. Mas as conclusões indutivas não são completamente certas. • O método indutivo - experimental procura reduzir o seu grau de incerteza, mas há barreiras que não se conseguem superar.
  • 5. Método indutivo- experimental As etapas do método indutivo-experimental (tal como foi formulado por Francis Bacon – 1561 – 1626) são: 1. Observação – Recolha e seleção de dados sobre o fenómeno em estudo. 2. Elaboração de hipóteses – Conjetura elaborada a partir dos dados recolhidos na observação 3. Experimentação – Confrontação da hipótese com os factos. 4. Generalização/Estabelecimento da lei – Se os testes empíricos forem bem sucedidos, os resultados são generalizados, passando esta a ser lei científica. Ver exemplo
  • 6. Objeções à perspetiva indutivista • Relativas à primeira fase do método - a observação: – A investigação não começa com a observação. A observação é orientada por teorias prévias. Além disso há “factos” que não são observáveis (a origem do Universo, por exemplo) – Não há observação pura. A observação é resultado de uma orientação prévia. • Relativas à hipótese: - As hipóteses não são extraídas dos factos – São resultado da cooperação da razão e da imaginação. São uma criação do cientista. • Relativas à indução: - As hipóteses não são verificáveis – As hipóteses são enunciados universais (relativas a todos os casos) e na experimentação apenas se testam casos particulares.
  • 7. O problema da indução (David Hume) • Questionou-se sobre a fiabilidade da indução: quem nos garante que os corvos que ainda não observámos são negros como os que já observámos? • Essa garantia é-nos dada pela crença na uniformidade da natureza. E como chegámos a este princípio? Por indução, pela experiência. • Cometemos, pois, a falácia da petição de princípio. • David Hume conclui que justificamos um raciocínio indutivo recorrendo a outro raciocínio indutivo, o que não justifica coisa alguma.
  • 8. Método Hipotético-dedutivo • Fases do Método 1ª - Facto-problema 2ª - Formulação da hipótese ou conjetura 3ª - Dedução das consequências da hipótese 4 ª - Validação da hipótese (Corroboração ou falsificação) Ver exemplo
  • 9. Falsificacionismo • Karl Raimund Popper (1902 – 1994) foi um filósofo da ciência austríaco naturalizado britânico. É considerado por muitos como o filósofo mais influente do século XX no domínio da epistemologia.
  • 10. Método das conjeturas e refutações O método proposto por Karl Popper baseia-se no método hipotético dedutivo: • Problema • Conjetura ou hipótese explicativa • Dedução das consequências da hipótese • Tentativas de falsificação/Testes críticos • Corroboração/Falsificação Ler texto da página 209
  • 11. Popper face ao método indutivo-experimental Comete a falácia da afirmação do consequente: Se T, então C. Ora C. Então, T.
  • 12. Falsificacionismo Se T, então C. Ora , não C. Logo, não T. É um raciocínio lógico – Modus tollens
  • 13. Falsificacionismo • Consiste na tentativa de refutação de uma hipótese através de testes experimentais: • Ou os testes refutam a hipótese, sendo retificada ou afastada. • Ou os testes não refutam a hipótese e ela é aceite (provisoriamente). É corroborada
  • 14. Falsificacionismo Uma teoria é testável se for Empiricamente falsificável Uma teoria é científica se for TESTÁVEL
  • 15. Indutivismo/falsificacionismo Indutivismo • Pretende mostrar que as hipótese são verdadeiras. • Utiliza a verificação e a confirmação como critérios de demarcação. Fasificacionismo • Pretende mostrar que as hipóteses que as hipóteses que não são refutadas, são provisoriamente corroboradas. • As hipóteses não são verificáveis. • A ciência passa bem sem a indução. • Utiliza a falsificação como critério de demarcação.
  • 16. Critérios de demarcação • Como se distingue, então, o que é científico do que não é científico? • Os critérios de demarcação permitem distinguir teorias científicas das não científicas. • Existem 3 critérios: - Verificabilidade. - Confirmabilidade - Falsificabilidade
  • 17. Critérios de demarcação Verificabilidade • Consiste em mostrar que uma teoria é verdadeira, porque a experiência verifica a hipótese. • Crítica - Mas a hipótese é um enunciado universal construída com base na observação de casos particulares. Apenas são verificados através de testes empíricos alguns casos particulares. Confirmabilidade (Confirmação de teorias) • Consiste na verificação parcial de uma teoria. Através de testes empíricos verificam-se alguns casos particulares (um número considerado suficiente) e conclui-se que provavelmente esse enunciado é verdadeiro. • Crítica - Verificar parcialmente um enunciado universal não é confirmá-lo. Também, neste caso, estamos a adotar um procedimento indutivo.
  • 19. Popper face ao método tradicional • Substitui: – A observação por problemas – A indução pela dedução – A verificação pela refutação/testes críticos – A generalização pela corroboração – O critério da verificabilidade pelo critério da falsificabilidade
  • 20. O que é uma boa teoria cientifica? • Uma teoria científica é melhor do que outra, se tiver maior conteúdo empírico; se tiver um maior grau de falsificabilidade. • Por exemplo, “Os metais dilatam quando submetidos ao calor” tem mais conteúdo empírico do que o enunciado “O cobre dilata com o calor”.
  • 21. Objeções ao falsificacionismo • Está em desacordo com a prática habitual dos cientistas – ao longo da história das ciências os cientistas trabalharam para confirmar as teorias. • É difícil aceitar que a ciência possa evoluir por um processo assente em refutações. • Não é porque se falsifica uma hipótese que toda a teoria se deve refutar.