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Estudo baseado no livro “Auto obsessão” de Mario Mas!
Culpa e Remorso:
 Culpa:
“Responsabilidade por dano, mal, desastre
causado a outrem.
 Remorso:
“Inquietação, abatimento da consciência que
percebe ter cometido uma falta, um erro;
arrependimento, remordimento.”
(Dicionário Hovaiss, 2008)
Culpa
 Quais são as situação formadoras da culpa? Uma
criança que deseja o mal ao pai, vai se sentir culpado
apenas por desejar, sem chegar às vias de fato. Caso algo
aconteça, tal qual um acidente, ferimento do alvo do seu
desejo, a criança pensará que ela provocou a situação.
Aqui temos a culpa subjetiva: meu desejo causou mal a
alguém.
 A culpa objetiva refere-se à concretização da ação, a
fazer algo real para outrem, quando se pratica o mal por
meio de ofensas, agressão... Um pai que dá um tapa no
rosto do filho; o filho que agride a mãe; um chefe que
ofende o empregado e o demite por capricho; o indivíduo
que comete adultério. Trata-se de situações objetivas,
 Em ambas as situações, a culpa se constrói em qualquer fase
da vida, com fantasias ou atitudes tresloucadas gerando
tormentos pessoais. O mesmo contexto pode causa culpa em
uma pessoa, mas não na outra. Por exemplo:
 Um pai pela segunda vez repreende os filhos dizendo: “Eu já
falei, para pararem, eu não gosto de crianças desobedientes”
 Vamos imaginar que sejam 3 filhos:
O Filho mais evoluído espiritualmente sabe que isto não
passa apenas de uma bronca;
O Filho de evolução mediana, ficará pouco chocado e
temeroso, sentindo culpa pelo que esta fazendo;
O Filho menos evoluído, recebera a declaração do pai como
uma afirmação “meu pai não gosta de mim! Sou uma pessoa
má...sou culpado por ele não gostar de mim.”
 Nesse caso não é especificamente a fala do pai que
gerou o tormento, mas as matrizes conflitivas internas
que o deixaram vulnerável.
 Os conflitos são inerentes á imaturidade e ao
consequente modo de lidar com os reverses da vida,
como as frustrações, as oposições, os problemas, os
desejos egoísticos, o orgulho, a vaidade. Soma-se a tais
problemas da vida as culpas que trazemos de vidas
anteriores e aquelas que provocam na presente jornada.
Para os três filhos, no exemplo dado, a culpa aparece
de maneiras distintas: em relação ao primeiro filho
como uma advertência normal, ao segundo em forma de
aceitação de que cometeu um erro, e ao terceiro filho
feito algo abominável.
Culpa e Punição
 O Despertar do Espirito: Divaldo Franco
A culpa sempre se insculpe no inconsciente como uma
necessidade de punição, através de cujo mecanismo o ego se
liberta do delito.(Joanna de Ângelis)
 A punição provoca dor ou sofrimento e a conscientização
do que se fez. Isso implica reparar o dano provocado na
harmonia da vida, cujos representantes são as pessoas, a
sociedade e a natureza. A infração não se comete somente
ao ferir terceiros e a causar desordem social, mas
também em maltratar a si mesmo. O indivíduo que se
fustigar, se autonegar, se subestimar, vai pagar alto preço
da angústia, da somatização, das doenças...
Reparar o erro
 Algumas pessoas questionam se não é possível reparar
um erro sem se sentir culpada, a resposta é: DEPENDE ,
depende do estado de consciência do individuo, do quanto
ele tem domínio sobre suas ideias e emoções e não se
deixar mortificar e reparar. Uma pessoas mais evoluída
não perde tempo com a culpa e a lamentação, antes busca
equacionar com brevidade seus deslizes. O neurótico, por
sua vez, problematiza o ocorrido, não se perdoa, julga-se
maldoso ou vítima, rumina as ideias, revê na tela mental
seus desatinos!
Culpa e Punição
 O despertar do Espirito: Divaldo Franco
Originada na conceituação ancestral de pecado –
Herança atávica do pecado original, que seria a
desobediência de adão e Eva, os arquétipos ancestrais
do ser humano, a respeito da Árvore da sabedoria do
bem e do mal – tem sido através do processo da
evolução, um agente cruel punitivo, que vem
desequilibrando o seu mecanismo psicológico. Joanna
de Ângelis
Modalidades de Culpa
 Joanna de Ângelis fala de seis
modalidades de culpa, a saber:
 1-Culpa Lucida;
 2-Culpa Tormentosa;
 3-Culpa não Perturbadora;
 4-Culpa Terapêutica;
 5-Culpa Saudável;
 6-Culpa e Expiação;
1-Culpa Lucida
 Assumir a responsabilidade pelo erro é tomar a culpa lúcida,
como assevera Joanna de Ângelis em o despertar do espirito;
Não obstante a anuência com esse contributo psicoterapêutico
valioso, a culpa lúcida, bem absorvida, transforma-se em elemento
positivo no que tange ao acontecimento malsucedido.
A simplificação psicológica do ato infeliz, diminuindo-lhe a
gravidade e não lhe concedendo o valor que merece – nem mais
nem menos do seu conteúdo legítimo – pode conduzir à
irresponsabilidade, à perda de discernimento dos significados
éticos para o comportamento, gerando insensibilidade,
desculpismo, falta de esforço para a aquisição do equilíbrio
saudável.
2-Culpa tormentosa
 A culpa tormentosa é segundo Divaldo Franco em
“O Despertar do Espirito” “aquele que se mascara
e adormece no inconsciente profundo trabalhando
transtornos de consciência, ante a consideração
do ato ignominioso não digerido” . A culpa retida
no inconsciente profundo é o erro ou o crime não
resolvido, que constantemente atormenta o
infrator.
 Despertar do Espirito: Divaldo Franco
Quando o indivíduo se conscientiza de seus
erros não precisa se atormentar, quando se
dispõe a reparar seus atos, ele faz “uma
avaliação oportuna sobre o acontecimento,
tornando se necessidade reparadora, que propele
ao aloperdão, como ao autoperdão (Joanna de
Ângelis)
3-Culpa não perturbadora
4-Culpa Terapêutica
 A pessoa em falta tende remoer a culpa de modo a perder a
clareza do ato cometido, superestimando-o de tal forma que se
torna quase impossível uma solução.
 O Despertar do espirito: Divaldo Franco
Trata-se apenas de uma plena conscientização de conduta,
com vistas à vigilância emocional e racional para os futuros
cometimentos (Joanna de Ângelis)
Quando o individuo identifica a culpa “... Surge o
imperativo do autoperdão, através do qual a racionalização
do ato abre campo para o entendimento do fato menos feliz,
sem punição, nem justificação doentia, mas, simplesmente,
digestão psicológicas do mesmo”.
5. Culpa Saudável
 Despertar do Espirito: Divaldo Franco
Considerada a ação sob a óptica da culpa saudável, não será
factível de introjetá-la, evitando que se transforme em algoz
interior, que ressurgirá quando menos seja esperado.”
“...Esse trabalho de identificação da culpa contribuirá para a
compreensão da própria fragilidade do ego, dos fatores que o
propelem às condutas doentias, assim como à lucidez de como
pode auto-amar-se e amar às demais pessoas e expressões vivas
da Natureza”
“...o objetivo de proporcionar o exercício da honestidade para
com o Si, evitando auto justificação, transferência de
responsabilidade, indiferença diante do acontecimento.
 Esta honestidade consigo é não trair a sua personalidade, é
não negar suas escolhas, seus atos para que não se
transformem em tormentos e desequilíbrio pessoal.
6. Culpa e Expiação
 A culpa promove a vinculação do indivíduo à falta cometida,
contudo esta ligação e tormento ainda não são a reparação. O
sofrimento daí advindo abre caminho para a reparação:
 Despertar do Espirito: Divaldo Franco
É inevitável o arrependimento que a culpa proporciona, mas
também faculta o sofrimento expiatório em relação ao engano,
fase inicial do processo de reparação.” (Joanna de Ângelis)
 Tal sofrimento conecta o sujeito ao seu ato ignominioso,
sentindo em si a extensão de seu desatino, o que ocasiona a
expiação:
 O céu e o Inferno: Allan Kardec
A expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que são a
consequência da falta cometida...”
Remorso
 Evolução em Dois Mundos: Chico Xavier
“...Precipita-se a mente, pelo excesso de taxa de remorso nos
fulcros da memória, na dor do arrependimento a que se
encarcera por automatismo, conforme os princípios de
responsabilidade a se lhe delinearem no ser... (André Luiz)
 Por conta dessa polarização na recordação, encontra-se o
indivíduo impossibilitado de desfrutar em parte das belezas da
vida a fim de se renovar, até que salde seus débitos.
 Trilhas da Obsessão: Divaldo Franco
A consciência de culpa do devedor faz um mecanismo de
remorso que se transforma em desajuste da energia vitalizadora,
que passa a sofrer-lhe os petardos e termina por produzir, como
não desconhecemos, a auto-obsessão, ou engendra quadros de
alienação mental conhecidos na psicopatologias sob
denominações variadas ( Dr José Carneiro)
FIM
 Próximo Estudo:
 Capitulo 4
 Obsessão e Auto-Obsessão

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Estudo sobre culpa, remorso e modalidades de culpa segundo livros espíritas

  • 1. Estudo baseado no livro “Auto obsessão” de Mario Mas!
  • 2. Culpa e Remorso:  Culpa: “Responsabilidade por dano, mal, desastre causado a outrem.  Remorso: “Inquietação, abatimento da consciência que percebe ter cometido uma falta, um erro; arrependimento, remordimento.” (Dicionário Hovaiss, 2008)
  • 3. Culpa  Quais são as situação formadoras da culpa? Uma criança que deseja o mal ao pai, vai se sentir culpado apenas por desejar, sem chegar às vias de fato. Caso algo aconteça, tal qual um acidente, ferimento do alvo do seu desejo, a criança pensará que ela provocou a situação. Aqui temos a culpa subjetiva: meu desejo causou mal a alguém.  A culpa objetiva refere-se à concretização da ação, a fazer algo real para outrem, quando se pratica o mal por meio de ofensas, agressão... Um pai que dá um tapa no rosto do filho; o filho que agride a mãe; um chefe que ofende o empregado e o demite por capricho; o indivíduo que comete adultério. Trata-se de situações objetivas,
  • 4.  Em ambas as situações, a culpa se constrói em qualquer fase da vida, com fantasias ou atitudes tresloucadas gerando tormentos pessoais. O mesmo contexto pode causa culpa em uma pessoa, mas não na outra. Por exemplo:  Um pai pela segunda vez repreende os filhos dizendo: “Eu já falei, para pararem, eu não gosto de crianças desobedientes”  Vamos imaginar que sejam 3 filhos: O Filho mais evoluído espiritualmente sabe que isto não passa apenas de uma bronca; O Filho de evolução mediana, ficará pouco chocado e temeroso, sentindo culpa pelo que esta fazendo; O Filho menos evoluído, recebera a declaração do pai como uma afirmação “meu pai não gosta de mim! Sou uma pessoa má...sou culpado por ele não gostar de mim.”
  • 5.  Nesse caso não é especificamente a fala do pai que gerou o tormento, mas as matrizes conflitivas internas que o deixaram vulnerável.  Os conflitos são inerentes á imaturidade e ao consequente modo de lidar com os reverses da vida, como as frustrações, as oposições, os problemas, os desejos egoísticos, o orgulho, a vaidade. Soma-se a tais problemas da vida as culpas que trazemos de vidas anteriores e aquelas que provocam na presente jornada. Para os três filhos, no exemplo dado, a culpa aparece de maneiras distintas: em relação ao primeiro filho como uma advertência normal, ao segundo em forma de aceitação de que cometeu um erro, e ao terceiro filho feito algo abominável.
  • 6. Culpa e Punição  O Despertar do Espirito: Divaldo Franco A culpa sempre se insculpe no inconsciente como uma necessidade de punição, através de cujo mecanismo o ego se liberta do delito.(Joanna de Ângelis)  A punição provoca dor ou sofrimento e a conscientização do que se fez. Isso implica reparar o dano provocado na harmonia da vida, cujos representantes são as pessoas, a sociedade e a natureza. A infração não se comete somente ao ferir terceiros e a causar desordem social, mas também em maltratar a si mesmo. O indivíduo que se fustigar, se autonegar, se subestimar, vai pagar alto preço da angústia, da somatização, das doenças...
  • 7. Reparar o erro  Algumas pessoas questionam se não é possível reparar um erro sem se sentir culpada, a resposta é: DEPENDE , depende do estado de consciência do individuo, do quanto ele tem domínio sobre suas ideias e emoções e não se deixar mortificar e reparar. Uma pessoas mais evoluída não perde tempo com a culpa e a lamentação, antes busca equacionar com brevidade seus deslizes. O neurótico, por sua vez, problematiza o ocorrido, não se perdoa, julga-se maldoso ou vítima, rumina as ideias, revê na tela mental seus desatinos!
  • 8. Culpa e Punição  O despertar do Espirito: Divaldo Franco Originada na conceituação ancestral de pecado – Herança atávica do pecado original, que seria a desobediência de adão e Eva, os arquétipos ancestrais do ser humano, a respeito da Árvore da sabedoria do bem e do mal – tem sido através do processo da evolução, um agente cruel punitivo, que vem desequilibrando o seu mecanismo psicológico. Joanna de Ângelis
  • 9. Modalidades de Culpa  Joanna de Ângelis fala de seis modalidades de culpa, a saber:  1-Culpa Lucida;  2-Culpa Tormentosa;  3-Culpa não Perturbadora;  4-Culpa Terapêutica;  5-Culpa Saudável;  6-Culpa e Expiação;
  • 10. 1-Culpa Lucida  Assumir a responsabilidade pelo erro é tomar a culpa lúcida, como assevera Joanna de Ângelis em o despertar do espirito; Não obstante a anuência com esse contributo psicoterapêutico valioso, a culpa lúcida, bem absorvida, transforma-se em elemento positivo no que tange ao acontecimento malsucedido. A simplificação psicológica do ato infeliz, diminuindo-lhe a gravidade e não lhe concedendo o valor que merece – nem mais nem menos do seu conteúdo legítimo – pode conduzir à irresponsabilidade, à perda de discernimento dos significados éticos para o comportamento, gerando insensibilidade, desculpismo, falta de esforço para a aquisição do equilíbrio saudável.
  • 11. 2-Culpa tormentosa  A culpa tormentosa é segundo Divaldo Franco em “O Despertar do Espirito” “aquele que se mascara e adormece no inconsciente profundo trabalhando transtornos de consciência, ante a consideração do ato ignominioso não digerido” . A culpa retida no inconsciente profundo é o erro ou o crime não resolvido, que constantemente atormenta o infrator.
  • 12.  Despertar do Espirito: Divaldo Franco Quando o indivíduo se conscientiza de seus erros não precisa se atormentar, quando se dispõe a reparar seus atos, ele faz “uma avaliação oportuna sobre o acontecimento, tornando se necessidade reparadora, que propele ao aloperdão, como ao autoperdão (Joanna de Ângelis) 3-Culpa não perturbadora
  • 13. 4-Culpa Terapêutica  A pessoa em falta tende remoer a culpa de modo a perder a clareza do ato cometido, superestimando-o de tal forma que se torna quase impossível uma solução.  O Despertar do espirito: Divaldo Franco Trata-se apenas de uma plena conscientização de conduta, com vistas à vigilância emocional e racional para os futuros cometimentos (Joanna de Ângelis) Quando o individuo identifica a culpa “... Surge o imperativo do autoperdão, através do qual a racionalização do ato abre campo para o entendimento do fato menos feliz, sem punição, nem justificação doentia, mas, simplesmente, digestão psicológicas do mesmo”.
  • 14. 5. Culpa Saudável  Despertar do Espirito: Divaldo Franco Considerada a ação sob a óptica da culpa saudável, não será factível de introjetá-la, evitando que se transforme em algoz interior, que ressurgirá quando menos seja esperado.” “...Esse trabalho de identificação da culpa contribuirá para a compreensão da própria fragilidade do ego, dos fatores que o propelem às condutas doentias, assim como à lucidez de como pode auto-amar-se e amar às demais pessoas e expressões vivas da Natureza” “...o objetivo de proporcionar o exercício da honestidade para com o Si, evitando auto justificação, transferência de responsabilidade, indiferença diante do acontecimento.  Esta honestidade consigo é não trair a sua personalidade, é não negar suas escolhas, seus atos para que não se transformem em tormentos e desequilíbrio pessoal.
  • 15. 6. Culpa e Expiação  A culpa promove a vinculação do indivíduo à falta cometida, contudo esta ligação e tormento ainda não são a reparação. O sofrimento daí advindo abre caminho para a reparação:  Despertar do Espirito: Divaldo Franco É inevitável o arrependimento que a culpa proporciona, mas também faculta o sofrimento expiatório em relação ao engano, fase inicial do processo de reparação.” (Joanna de Ângelis)  Tal sofrimento conecta o sujeito ao seu ato ignominioso, sentindo em si a extensão de seu desatino, o que ocasiona a expiação:  O céu e o Inferno: Allan Kardec A expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que são a consequência da falta cometida...”
  • 16. Remorso  Evolução em Dois Mundos: Chico Xavier “...Precipita-se a mente, pelo excesso de taxa de remorso nos fulcros da memória, na dor do arrependimento a que se encarcera por automatismo, conforme os princípios de responsabilidade a se lhe delinearem no ser... (André Luiz)  Por conta dessa polarização na recordação, encontra-se o indivíduo impossibilitado de desfrutar em parte das belezas da vida a fim de se renovar, até que salde seus débitos.  Trilhas da Obsessão: Divaldo Franco A consciência de culpa do devedor faz um mecanismo de remorso que se transforma em desajuste da energia vitalizadora, que passa a sofrer-lhe os petardos e termina por produzir, como não desconhecemos, a auto-obsessão, ou engendra quadros de alienação mental conhecidos na psicopatologias sob denominações variadas ( Dr José Carneiro)
  • 17. FIM  Próximo Estudo:  Capitulo 4  Obsessão e Auto-Obsessão