SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
São Luís – MA
2023
Thailon Azevedo Mendes
Fellow (R4) Radiologia e Diagnóstico por Imagem
Introdução
• Lesões musculares traumáticas: mais comuns problemas em
atletas;
• Consequências socioeconômicas;
• Diagnóstico e tratamento: retorno mais rápido possível as
atividades;
• Ultrassonografia e ressonância magnética.
2
Anatomia muscular
3
Anatomia muscular
4
Endomísio
Anatomia muscular
5
Perimísio
Anatomia muscular
6
Epimísio
Tipos de injúrias musculares
7
Mecanismos
de injúria
muscular
Direto
Força externa
contusa
Indireto
Funcional
Estrutural
Terminologia
• Distensão (strain): lesão biomecânica;
• Lesão (tear): lesão estrutural.
8
Localização
9
Localização
10
Miofascial
Localização
11
Miofascial Miotendíneo
Localização
12
Miofascial Miotendíneo
Intratendíneo
Localização
13
Miofascial
Miotendíneo
Intratendíneo Pior prognóstico
Classificação
14
Grau 0
Aspecto normal
Grau 1
Negativa ou
áreas de
aumento da
ecogenicidade
Grau 2
Área de ruptura
focal da fibra
Grau 3
Ruptura completa
da unidade
musculotendínea
Peetrons
(2002) - US
Peetrons
modificado
(2012) - RM
Munique (2013) - US/RM BAMI (2014) - RM
Grau 0:
aspecto
normal
Grau 0:
aspecto
normal à RM
Grau 0: aspecto normal à
RM
Grau 0: RM normal - grau 0a; imagens
características de DOMS (grau 0b)
Grau 1:
sangramento
focal/difuso,
lesões < 5%
do volume
muscular ou
da área de
secção
transversal
Grau 1:
edema sem
distorção
arquitetural
Grau 1a: distúrbio muscular
induzido por fadiga - RM/US
normal
Grau 1a: RM com alta intensidade de
sinal na borda miofascial: <10% de
extensão no ventre muscular,
comprimento longitudinal <5 cm
Grau 1b: DOMS - US/RM
normal ou apenas edema
Grau 1b: RM com alta intensidade de
sinal intramuscular <10% da área
transversal do músculo, comprimento
longitudinal < 5 cm
Grau 2:
ruptura
Grau 2:
ruptura parcial
Grau 2a: distúrbio
neuromuscular relacionado
Grau 2a: RM com alta intensidade de
sinal na borda miofascial estendendo-
Classificação
15
Peetrons
(2002) - US
Peetrons
modificado
(2012) - RM
Munique (2013) - US/RM BAMI (British Athletics Muscle
Injury) (2014) – RM
Grau 1:
sangramento
focal/difuso,
lesões < 5%
do volume
muscular ou
da área de
secção
transversal
Grau 1:
edema sem
distorção
arquitetural
Grau 1a: distúrbio muscular
induzido por fadiga - RM/US
normal
Grau 1a: RM com alta intensidade de
sinal na borda miofascial: <10% de
extensão no ventre muscular,
comprimento longitudinal <5 cm
Grau 1b: DOMS - US/RM
normal ou apenas edema
Grau 1b: RM com alta intensidade de
sinal intramuscular <10% da área
transversal do músculo, comprimento
longitudinal < 5 cm
Grau 2:
ruptura
parcila –
lesões de 5-
50% do
volume
muscular ou
do diâmetro
transversal
Grau 2:
ruptura parcial
com distorção
arquitetural
Grau 2a: distúrbio
neuromuscular relacionado
à coluna - apenas US/RM
normal ou edema
Grau 2a: RM com alta intensidade de
sinal na borda miofascial estendendo-
se para dentro do músculo, 10% a 50%
da área de seção transversal do
músculo no local máximo,
comprimento longitudinal de 5 a 15 cm
Grau 2b: distúrbio
neuromuscular relacionado
ao músculo - US/RM normal
ou apenas edema
Grau 2b: RM com alta intensidade de
sinal intramuscular, 10%-50% da área
transversal do músculo no local
máximo, comprimento longitudinal 5-15
cm
Grau 2c: RM com alta intensidade de
sinal estendendo-se até o tendão,
<50% da área máxima da seção
transversal do tendão, <5 cm da área
Classificação
16
Peetrons
(2002) - US
Peetrons
modificado
(2012) - RM
Munique (2013) - US/RM BAMI (2014) - RM
transversal
neuromuscular relacionado
ao músculo - US/RM normal
ou apenas edema
sinal intramuscular , 10%-50% da área
transversal do músculo no local
máximo, comprimento longitudinal 5-15
cm
Grau 2c: RM com alta intensidade de
sinal estendendo-se até o tendão,
<50% da área máxima da seção
transversal do tendão, <5 cm da área
da seção transversal do tendão
Grau 3:
ruptura
muscular
completa
com retração
Grau 3:
ruptura
muscular
completa ou
ruptura
tendínea
Grau 3a: pequena ruptura
muscular parcial - ruptura
da fibra em imagens de
ressonância magnética de
alta resolução. Hematoma
intramuscular.
Grau 3a: RM com alta intensidade de
sinal na borda miofascial, > 50% da
área transversal no local máximo,
comprimento longitudinal > 15 cm
Grau 3b: lesão muscular
parcial moderada — ruptura
de fibras na US/RM,
provavelmente incluindo
alguma retração, com lesão
fascial e hematoma
intermuscular
Grau 3b: RM com alta intensidade de
sinal intramuscular > 50% da área
transversal do músculo, comprimento
longitudinal > 15 cm
Grau 3c: RM com alta intensidade de
sinal que se estende até o tendão, > 5
cm de comprimento longitudinal do
tendão, > 50% da área transversal do
tendão
Classificação
17
Peetrons
(2002) - US
Peetrons
modificado
(2012) - RM
Munique (2013) - US/RM BAMI (2014) - RM
Grau 3b: lesão muscular
parcial moderada — ruptura
de fibras na US/RM,
provavelmente incluindo
alguma retração, com lesão
fascial e hematoma
intermuscular
Grau 3b: RM com alta intensidade de
sinal > 50% da área transversal do
músculo, comprimento longitudinal >
15 cm
Grau 3c: : RM com alta intensidade de
sinal que se estende até o tendão, > 5
cm de comprimento longitudinal do
tendão, > 50% da área transversal do
tendão
Grau 4: Ruptura
muscular/avulsão tendínea
(sub)total - descontinuidade
subtotal/completa de
músculo/tendão na US/RM.
Possível morfologia
tendinosa ondulada e
retração. Com lesão fascial
e hematoma intermuscular
Grau 4: descontinuidade completa do
músculo, com retração
Contusão: lesão direta.
Hematoma difuso ou
circunscrito por US/RM
Grau 4c: descontinuidade completa do
tendão com retração
Classificação
18
Peetrons
(2002) - US
Peetrons
modificado
(2012) - RM
Munique (2013) - US/RM BAMI (2014) - RM
O estadiamento adequado da lesão muscular é
fundamental para evitar subestimação da lesão e rotura
muscular recorrente por retorno prematuro às atividades.
Importância do envolvimento do tecido
conjuntivo
• Estruturas de suporte muscular;
• Lesões tendíneas, da aponeurose intermuscular e
perimuscular: disfunção biomecânica;
• Maior tempo de recuperação e dos sintomas dolorosos.
19
Ultrassonografia
20
Fascículos musculares
Perimísio
Ultrassonografia
21
• Visualização inicial direcionada;
• Ventre muscular, origem e inserção;
• Enteses proximal e/ou distal, junção miotendínea e fáscia;
• Avaliação comparativa.
Ultrassonografia
22
• Perda do padrão fascicular;
• Áreas focais hipoecoicas e/ou hiperecoicas intramusculares;
• Descontinuidade focal ou completa das fibras;
• Normalmente na junção miofascial ou miotendínea;
• Hemorragia intersticial: área hiperecoica com margens mal
definidas;
• Hematoma intramuscular
• Doppler: hiperemia.
Agudo
Crônico
Cicatriz
Ultrassonografia
23
Tendão intramuscular central
Áreas de descontinuidade das fibras
Ressonância magnética
• Mais sensível para lesões musculares de baixo
grau;
• Característica mais clássica: alteração difusa e
mal definida da intensidade de sinal nas
sequências sensíveis a fluidos;
• Ao redor da junção miotendínea: aspecto “em
pena”;
• Descontinuidade: área focal de alta intensidade
de sinal.
24
Lesão por “desenluvamento” do reto
femoral
25
Dissociação intermuscular: rotura circunferencial nas fibras periféricas
do ventre muscular mais interno
Ultrassonografia x Ressonância
26
US
• Maior resolução espacial;
• Exame rápido e de baixo custo;
• Avaliação dinâmica;
• Procedimentos;
• Menos sensível para lesões de baixo
grau;
• Operador-dependente.
RM
• Lesões proximais e profundas;
• Avaliação de partes moles e ossos;
• Acompanhamento e avaliação de
retorno;
• Atletas profissionais;
• Indicações cirúrgicas;
• Diagnósticos diferenciais.
Herniação muscular
27
Lesão de Morel-Lavallée
28
Dor muscular de início tardio (DOMS)
29
Dor muscular de início tardio (DOMS)
• Menos grave: não há
ruptura;
• RM: edema muscular
irregular/difuso e aumento
volumétrico;
• US: hiperecogenicidade
difusa, aumento
volumétrico e hiperemia
ao Doppler.
30
Síndrome compartimental crônica do
exercício (SCEC)
• Dor crônica e recorrente induzida por atividade física;
• Aumento das pressões intramusculares;
• Melhora com repouso.
31
Recorrência e retorno às atividades
• Taxas variam de 9% a 44%;
• Lesão que não evolui adequadamente ou repetitiva por retorno
precoce às atividades;
• Tempo médio de 7 a 10 dias após a lesão com RM negativa;
• Lesões de alto grau e com afecção do tecido conjuntivo: pior
prognóstico.
32
Clinics care points
• Miofasciais, miotendíneas ou intratendíneas;
• US é menos sensível que a RM para lesões de baixo grau;
operador-dependente;
• RM: atletas profissionais, indicações potencialmente cirúrgicas,
diagnóstico diferenciais, grupos musculares proximais e
profundos.
33
São Luís – MA
2023
Thailon Azevedo Mendes
Fellow (R4) Radiologia e Diagnóstico por Imagem
Obrigado!

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Apresentação2.pptx

aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdfaulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdfssuser1c7b51
 
Aula sindrome impacto e lesão manguito rotador
Aula sindrome impacto e lesão manguito rotadorAula sindrome impacto e lesão manguito rotador
Aula sindrome impacto e lesão manguito rotadorMauricio Fabiani
 
Fratura Transtrocanteriana
Fratura TranstrocanterianaFratura Transtrocanteriana
Fratura TranstrocanterianaCarlos Andrade
 
Slides trauma raquimedular
Slides trauma raquimedularSlides trauma raquimedular
Slides trauma raquimedularÁgatha Mayara
 
Aula Instabilidade Patelofemoral
Aula Instabilidade PatelofemoralAula Instabilidade Patelofemoral
Aula Instabilidade PatelofemoralDavid Sadigursky
 
lesoesmeniscaiscj1-130416095901-phpapp01.pdf
lesoesmeniscaiscj1-130416095901-phpapp01.pdflesoesmeniscaiscj1-130416095901-phpapp01.pdf
lesoesmeniscaiscj1-130416095901-phpapp01.pdfGustavoArouche1
 
LESÕES MENISCAIS ASPECTOS POR IMAGEM
LESÕES MENISCAISASPECTOS POR IMAGEMLESÕES MENISCAISASPECTOS POR IMAGEM
LESÕES MENISCAIS ASPECTOS POR IMAGEMClube do Joelho
 
Tratamento cirúrgico da síndrome do túnel
Tratamento cirúrgico da síndrome do túnelTratamento cirúrgico da síndrome do túnel
Tratamento cirúrgico da síndrome do túneladrianomedico
 
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)GabrielaSoares07
 
Fraturas diafisária de úmero
Fraturas diafisária de úmeroFraturas diafisária de úmero
Fraturas diafisária de úmeroMarcus Murata
 
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêutico
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêuticoSíndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêutico
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêuticoadrianomedico
 

Semelhante a Apresentação2.pptx (20)

Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdfaulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
 
Aula sindrome impacto e lesão manguito rotador
Aula sindrome impacto e lesão manguito rotadorAula sindrome impacto e lesão manguito rotador
Aula sindrome impacto e lesão manguito rotador
 
Trm
TrmTrm
Trm
 
Fratura radio distal
Fratura radio distalFratura radio distal
Fratura radio distal
 
Avaliação do disco intervertebral por imagem radiográfica
Avaliação do disco intervertebral por imagem radiográficaAvaliação do disco intervertebral por imagem radiográfica
Avaliação do disco intervertebral por imagem radiográfica
 
Fratura Transtrocanteriana
Fratura TranstrocanterianaFratura Transtrocanteriana
Fratura Transtrocanteriana
 
Slides trauma raquimedular
Slides trauma raquimedularSlides trauma raquimedular
Slides trauma raquimedular
 
Fraturas do femur distal
Fraturas do femur distalFraturas do femur distal
Fraturas do femur distal
 
Aula Instabilidade Patelofemoral
Aula Instabilidade PatelofemoralAula Instabilidade Patelofemoral
Aula Instabilidade Patelofemoral
 
Lesoes meniscais cj1
Lesoes meniscais cj1Lesoes meniscais cj1
Lesoes meniscais cj1
 
lesoesmeniscaiscj1-130416095901-phpapp01.pdf
lesoesmeniscaiscj1-130416095901-phpapp01.pdflesoesmeniscaiscj1-130416095901-phpapp01.pdf
lesoesmeniscaiscj1-130416095901-phpapp01.pdf
 
LESÕES MENISCAIS ASPECTOS POR IMAGEM
LESÕES MENISCAISASPECTOS POR IMAGEMLESÕES MENISCAISASPECTOS POR IMAGEM
LESÕES MENISCAIS ASPECTOS POR IMAGEM
 
Tratamento cirúrgico da síndrome do túnel
Tratamento cirúrgico da síndrome do túnelTratamento cirúrgico da síndrome do túnel
Tratamento cirúrgico da síndrome do túnel
 
Modulo 20
Modulo 20Modulo 20
Modulo 20
 
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
 
Fraturas diafisária de úmero
Fraturas diafisária de úmeroFraturas diafisária de úmero
Fraturas diafisária de úmero
 
Apresentação1.pptx
Apresentação1.pptxApresentação1.pptx
Apresentação1.pptx
 
Tu ósseos
Tu ósseosTu ósseos
Tu ósseos
 
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêutico
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêuticoSíndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêutico
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêutico
 

Último

Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 

Último (13)

Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 

Apresentação2.pptx

  • 1. São Luís – MA 2023 Thailon Azevedo Mendes Fellow (R4) Radiologia e Diagnóstico por Imagem
  • 2. Introdução • Lesões musculares traumáticas: mais comuns problemas em atletas; • Consequências socioeconômicas; • Diagnóstico e tratamento: retorno mais rápido possível as atividades; • Ultrassonografia e ressonância magnética. 2
  • 7. Tipos de injúrias musculares 7 Mecanismos de injúria muscular Direto Força externa contusa Indireto Funcional Estrutural
  • 8. Terminologia • Distensão (strain): lesão biomecânica; • Lesão (tear): lesão estrutural. 8
  • 14. Classificação 14 Grau 0 Aspecto normal Grau 1 Negativa ou áreas de aumento da ecogenicidade Grau 2 Área de ruptura focal da fibra Grau 3 Ruptura completa da unidade musculotendínea
  • 15. Peetrons (2002) - US Peetrons modificado (2012) - RM Munique (2013) - US/RM BAMI (2014) - RM Grau 0: aspecto normal Grau 0: aspecto normal à RM Grau 0: aspecto normal à RM Grau 0: RM normal - grau 0a; imagens características de DOMS (grau 0b) Grau 1: sangramento focal/difuso, lesões < 5% do volume muscular ou da área de secção transversal Grau 1: edema sem distorção arquitetural Grau 1a: distúrbio muscular induzido por fadiga - RM/US normal Grau 1a: RM com alta intensidade de sinal na borda miofascial: <10% de extensão no ventre muscular, comprimento longitudinal <5 cm Grau 1b: DOMS - US/RM normal ou apenas edema Grau 1b: RM com alta intensidade de sinal intramuscular <10% da área transversal do músculo, comprimento longitudinal < 5 cm Grau 2: ruptura Grau 2: ruptura parcial Grau 2a: distúrbio neuromuscular relacionado Grau 2a: RM com alta intensidade de sinal na borda miofascial estendendo- Classificação 15 Peetrons (2002) - US Peetrons modificado (2012) - RM Munique (2013) - US/RM BAMI (British Athletics Muscle Injury) (2014) – RM
  • 16. Grau 1: sangramento focal/difuso, lesões < 5% do volume muscular ou da área de secção transversal Grau 1: edema sem distorção arquitetural Grau 1a: distúrbio muscular induzido por fadiga - RM/US normal Grau 1a: RM com alta intensidade de sinal na borda miofascial: <10% de extensão no ventre muscular, comprimento longitudinal <5 cm Grau 1b: DOMS - US/RM normal ou apenas edema Grau 1b: RM com alta intensidade de sinal intramuscular <10% da área transversal do músculo, comprimento longitudinal < 5 cm Grau 2: ruptura parcila – lesões de 5- 50% do volume muscular ou do diâmetro transversal Grau 2: ruptura parcial com distorção arquitetural Grau 2a: distúrbio neuromuscular relacionado à coluna - apenas US/RM normal ou edema Grau 2a: RM com alta intensidade de sinal na borda miofascial estendendo- se para dentro do músculo, 10% a 50% da área de seção transversal do músculo no local máximo, comprimento longitudinal de 5 a 15 cm Grau 2b: distúrbio neuromuscular relacionado ao músculo - US/RM normal ou apenas edema Grau 2b: RM com alta intensidade de sinal intramuscular, 10%-50% da área transversal do músculo no local máximo, comprimento longitudinal 5-15 cm Grau 2c: RM com alta intensidade de sinal estendendo-se até o tendão, <50% da área máxima da seção transversal do tendão, <5 cm da área Classificação 16 Peetrons (2002) - US Peetrons modificado (2012) - RM Munique (2013) - US/RM BAMI (2014) - RM
  • 17. transversal neuromuscular relacionado ao músculo - US/RM normal ou apenas edema sinal intramuscular , 10%-50% da área transversal do músculo no local máximo, comprimento longitudinal 5-15 cm Grau 2c: RM com alta intensidade de sinal estendendo-se até o tendão, <50% da área máxima da seção transversal do tendão, <5 cm da área da seção transversal do tendão Grau 3: ruptura muscular completa com retração Grau 3: ruptura muscular completa ou ruptura tendínea Grau 3a: pequena ruptura muscular parcial - ruptura da fibra em imagens de ressonância magnética de alta resolução. Hematoma intramuscular. Grau 3a: RM com alta intensidade de sinal na borda miofascial, > 50% da área transversal no local máximo, comprimento longitudinal > 15 cm Grau 3b: lesão muscular parcial moderada — ruptura de fibras na US/RM, provavelmente incluindo alguma retração, com lesão fascial e hematoma intermuscular Grau 3b: RM com alta intensidade de sinal intramuscular > 50% da área transversal do músculo, comprimento longitudinal > 15 cm Grau 3c: RM com alta intensidade de sinal que se estende até o tendão, > 5 cm de comprimento longitudinal do tendão, > 50% da área transversal do tendão Classificação 17 Peetrons (2002) - US Peetrons modificado (2012) - RM Munique (2013) - US/RM BAMI (2014) - RM
  • 18. Grau 3b: lesão muscular parcial moderada — ruptura de fibras na US/RM, provavelmente incluindo alguma retração, com lesão fascial e hematoma intermuscular Grau 3b: RM com alta intensidade de sinal > 50% da área transversal do músculo, comprimento longitudinal > 15 cm Grau 3c: : RM com alta intensidade de sinal que se estende até o tendão, > 5 cm de comprimento longitudinal do tendão, > 50% da área transversal do tendão Grau 4: Ruptura muscular/avulsão tendínea (sub)total - descontinuidade subtotal/completa de músculo/tendão na US/RM. Possível morfologia tendinosa ondulada e retração. Com lesão fascial e hematoma intermuscular Grau 4: descontinuidade completa do músculo, com retração Contusão: lesão direta. Hematoma difuso ou circunscrito por US/RM Grau 4c: descontinuidade completa do tendão com retração Classificação 18 Peetrons (2002) - US Peetrons modificado (2012) - RM Munique (2013) - US/RM BAMI (2014) - RM O estadiamento adequado da lesão muscular é fundamental para evitar subestimação da lesão e rotura muscular recorrente por retorno prematuro às atividades.
  • 19. Importância do envolvimento do tecido conjuntivo • Estruturas de suporte muscular; • Lesões tendíneas, da aponeurose intermuscular e perimuscular: disfunção biomecânica; • Maior tempo de recuperação e dos sintomas dolorosos. 19
  • 21. Ultrassonografia 21 • Visualização inicial direcionada; • Ventre muscular, origem e inserção; • Enteses proximal e/ou distal, junção miotendínea e fáscia; • Avaliação comparativa.
  • 22. Ultrassonografia 22 • Perda do padrão fascicular; • Áreas focais hipoecoicas e/ou hiperecoicas intramusculares; • Descontinuidade focal ou completa das fibras; • Normalmente na junção miofascial ou miotendínea; • Hemorragia intersticial: área hiperecoica com margens mal definidas; • Hematoma intramuscular • Doppler: hiperemia. Agudo Crônico Cicatriz
  • 24. Ressonância magnética • Mais sensível para lesões musculares de baixo grau; • Característica mais clássica: alteração difusa e mal definida da intensidade de sinal nas sequências sensíveis a fluidos; • Ao redor da junção miotendínea: aspecto “em pena”; • Descontinuidade: área focal de alta intensidade de sinal. 24
  • 25. Lesão por “desenluvamento” do reto femoral 25 Dissociação intermuscular: rotura circunferencial nas fibras periféricas do ventre muscular mais interno
  • 26. Ultrassonografia x Ressonância 26 US • Maior resolução espacial; • Exame rápido e de baixo custo; • Avaliação dinâmica; • Procedimentos; • Menos sensível para lesões de baixo grau; • Operador-dependente. RM • Lesões proximais e profundas; • Avaliação de partes moles e ossos; • Acompanhamento e avaliação de retorno; • Atletas profissionais; • Indicações cirúrgicas; • Diagnósticos diferenciais.
  • 29. Dor muscular de início tardio (DOMS) 29
  • 30. Dor muscular de início tardio (DOMS) • Menos grave: não há ruptura; • RM: edema muscular irregular/difuso e aumento volumétrico; • US: hiperecogenicidade difusa, aumento volumétrico e hiperemia ao Doppler. 30
  • 31. Síndrome compartimental crônica do exercício (SCEC) • Dor crônica e recorrente induzida por atividade física; • Aumento das pressões intramusculares; • Melhora com repouso. 31
  • 32. Recorrência e retorno às atividades • Taxas variam de 9% a 44%; • Lesão que não evolui adequadamente ou repetitiva por retorno precoce às atividades; • Tempo médio de 7 a 10 dias após a lesão com RM negativa; • Lesões de alto grau e com afecção do tecido conjuntivo: pior prognóstico. 32
  • 33. Clinics care points • Miofasciais, miotendíneas ou intratendíneas; • US é menos sensível que a RM para lesões de baixo grau; operador-dependente; • RM: atletas profissionais, indicações potencialmente cirúrgicas, diagnóstico diferenciais, grupos musculares proximais e profundos. 33
  • 34. São Luís – MA 2023 Thailon Azevedo Mendes Fellow (R4) Radiologia e Diagnóstico por Imagem Obrigado!

Notas do Editor

  1. As lesões musculares traumáticas são um dos problemas mais comuns enfrentados pelos atletas, representando até 31% das lesões profissionais relacionadas ao esporte. Essas lesões causam até 37% do tempo perdido em competições em atletas profissionais e 20% em atletas amadores, levando a consequências econômicas e sociais significativas.3,4 Por isso, há um enorme esforço no desenvolvimento de estratégias de diagnóstico e tratamento para lesões musculares para acelerar o retorno ao esporte e diminuir a taxa de recorrência. Nos esportes de elite, o principal objetivo é otimizar o retorno do atleta aos treinos e competições sem aumentar o risco de lesões recorrentes ou agravar a lesão inicial. A avaliação inicial da lesão é clínica e pode definir o prognóstico e o tratamento adequado para diminuir o tempo de recuperação. Foi demonstrado que a avaliação por imagem pode contribuir para o prognóstico da lesão, orientar o tratamento e prever o tempo de retorno ao jogo. A ultrassonografia (US) e a ressonância magnética são as modalidades de imagem mais frequentemente usadas para avaliar lesões musculares esportivas.
  2. Anatomia Muscular O músculo esquelético estriado apresenta 2 componentes histologicamente diferentes: as fibras musculares contráteis e elásticas e o tecido conjuntivo menos elástico. Esse tecido conjuntivo é composto por prolongamentos tendinosos dentro e na periferia do corpo muscular. As zonas de contato entre as fibras musculares e o tecido conjuntivo são as zonas fracas do músculo em tração e são o local da maioria das lesões musculares indiretas. O tecido conjuntivo é composto pelo endomísio (envolvendo cada fibra muscular), o perimísio (envolvendo um fascículo muscular, que é o conjunto de fibras musculares) e o epimísio (a fáscia ou aponeurose do músculo) (Fig. 1).
  3. O tecido conjuntivo é composto pelo endomísio (envolvendo cada fibra muscular), o perimísio (envolvendo um fascículo muscular, que é o conjunto de fibras musculares) e o epimísio (a fáscia ou aponeurose do músculo). Anatomia muscular: Cada fibra muscular é cercada pelo endomísio. Um conjunto de fibras forma o fascículo muscular, que é circundado pelo perimísio. A fáscia muscular é o epimísio.
  4. O tecido conjuntivo é composto pelo endomísio (envolvendo cada fibra muscular), o perimísio (envolvendo um fascículo muscular, que é o conjunto de fibras musculares) e o epimísio (a fáscia ou aponeurose do músculo). Anatomia muscular: Cada fibra muscular é cercada pelo endomísio. Um conjunto de fibras forma o fascículo muscular, que é circundado pelo perimísio. A fáscia muscular é o epimísio.
  5. O tecido conjuntivo é composto pelo endomísio (envolvendo cada fibra muscular), o perimísio (envolvendo um fascículo muscular, que é o conjunto de fibras musculares) e o epimísio (a fáscia ou aponeurose do músculo). Anatomia muscular: Cada fibra muscular é cercada pelo endomísio. Um conjunto de fibras forma o fascículo muscular, que é circundado pelo perimísio. A fáscia muscular é o epimísio.
  6. Tipos de lesões musculares e terminologia Os mecanismos de lesão muscular podem ser diretos ou indiretos. Uma lesão direta é causada por uma força contundente externa com contusão ou laceração muscular. Recentemente, as lesões indiretas foram classificadas como funcionais e estruturais. As lesões funcionais representam danos neurogênicos ou induzidos pela fadiga, como a dor muscular de início tardio (DMIT). As lesões estruturais são definidas por uma ruptura de uma fibra muscular, geralmente durante a contração excêntrica da unidade musculotendínea, levando a uma ruptura miotendínea ou avulsão do tendão.
  7. Existe um alto grau de variabilidade na terminologia das lesões musculares, o que pode levar a diferenças nos resultados e conclusões dos estudos. Por exemplo, o termo distensão é amplamente utilizado e representa uma lesão biomecânica e não estrutural. O termo ruptura é mais indicado para descrever o dano estrutural e, portanto, a perda da continuidade da fibra muscular.
  8. O local da lesão muscular pode ser localizado na face periférica do músculo, denominada miofascial; (2) dentro do ventre muscular, sem envolvimento tendinoso denominado musculotendíneo; e (3) com envolvimento do tendão denominado intratendíneo (Fig. 2).
  9. O local da lesão muscular pode ser localizado na face periférica do músculo, denominada miofascial; (2) dentro do ventre muscular, sem envolvimento tendinoso denominado musculotendíneo; e (3) com envolvimento do tendão denominado intratendíneo (Fig. 2).
  10. O local da lesão muscular pode ser localizado na face periférica do músculo, denominada miofascial; (2) dentro do ventre muscular, sem envolvimento tendinoso denominado musculotendíneo; e (3) com envolvimento do tendão denominado intratendíneo (Fig. 2).
  11. O local da lesão muscular pode ser localizado na face periférica do músculo, denominada miofascial; (2) dentro do ventre muscular, sem envolvimento tendinoso denominado musculotendíneo; e (3) com envolvimento do tendão denominado intratendíneo (Fig. 2).
  12. É importante ressaltar que, para ser classificada como ruptura intratendínea, o tendão intramuscular deve estar parcial ou totalmente rompido, enquanto na ruptura musculotendínea, o tendão intramuscular tem continuidade e sinal normais, embora esses tipos de rupturas ocorram mais comumente ao redor do tendão musculotendíneo junção. As roturas que acometem o tendão intramuscular têm pior prognóstico em termos de tempo de recuperação, e os exames de imagem têm papel importante nesse diagnóstico.
  13. Existem vários sistemas de classificação por imagem para lesões musculares (Tabela 1).4,7,9–11 O sistema clássico de classificação de 1 a 3 carece de precisão diagnóstica e fornece informações prognósticas limitadas. A lesão de grau 1 é definida como um padrão edematoso sem ruptura muscular na ressonância magnética. A US pode ser negativa ou mostrar áreas mal definidas de ecogenicidade aumentada. O grau 2 é definido como uma área de ruptura focal da fibra; O grau 3 é definido como a ruptura completa da unidade musculotendinosa com fluido (hematoma) preenchendo a lacuna criada pela ruptura. No entanto, a presença de hematoma intramuscular também pode ocorrer em contusões musculares e rupturas de grau 2. A avaliação dinâmica de rupturas musculares na US é útil para avaliar a presença de ruptura de fibras.
  14. O consenso de Munique sobre a classificação das lesões musculares incluiu graus de acordo com a causa da lesão. A classificação da British Athletics Muscle Injury baseia-se na extensão e localização da lesão (junção miofascial, intramuscular e tendinosa), introduzindo a diferenciação entre lesões envolvendo apenas as fibras musculares e lesões envolvendo tecido conjuntivo (tendões intramusculares). Foi demonstrado que as lesões do tecido conjuntivo afetam diretamente o prognóstico da lesão. A força desse sistema de classificação está em fornecer informações prognósticas com base no local da lesão, comprimento e envolvimento do tendão.
  15. O consenso de Munique sobre a classificação das lesões musculares incluiu graus de acordo com a causa da lesão. A classificação da British Athletics Muscle Injury baseia-se na extensão e localização da lesão (junção miofascial, intramuscular e tendinosa), introduzindo a diferenciação entre lesões envolvendo apenas as fibras musculares e lesões envolvendo tecido conjuntivo (tendões intramusculares). Foi demonstrado que as lesões do tecido conjuntivo afetam diretamente o prognóstico da lesão. A força desse sistema de classificação está em fornecer informações prognósticas com base no local da lesão, comprimento e envolvimento do tendão.
  16. O consenso de Munique sobre a classificação das lesões musculares incluiu graus de acordo com a causa da lesão. A classificação da British Athletics Muscle Injury baseia-se na extensão e localização da lesão (junção miofascial, intramuscular e tendinosa), introduzindo a diferenciação entre lesões envolvendo apenas as fibras musculares e lesões envolvendo tecido conjuntivo (tendões intramusculares). Foi demonstrado que as lesões do tecido conjuntivo afetam diretamente o prognóstico da lesão. A força desse sistema de classificação está em fornecer informações prognósticas com base no local da lesão, comprimento e envolvimento do tendão.
  17. Na US, os fascículos musculares aparecem como estruturas lineares hipoecogênicas, e o perimísio aparece como faixas hiperecogênicas entre os fascículos. Durante a contração, os fascículos musculares encurtam e engrossam, e o tecido conjuntivo permanece inalterado, dando ao músculo a aparência de uma estrutura mais hipoecogênica
  18. Nosso protocolo de imagem inicia com a visualização do local da lesão suspeita (local doloroso sugerido pela anamnese) nos eixos longo e curto, continuando com a movimentação da sonda no ventre muscular desde sua origem até a inserção distal. A visualização da entese proximal e/ou distal, junção miotendínea e fáscia também é importante. A avaliação comparativa com o lado contralateral assintomático pode ser útil e é uma grande vantagem da avaliação por US.
  19. As características da US de lesões musculares são a perda do padrão fascicular com ruptura das fibras, áreas focais hipoecóicas e/ou hiperecóicas dentro do músculo e descontinuidade focal ou completa das fibras . Normalmente, a descontinuidade das fibras ocorre na junção miofascial ou ao redor da junção miotendínea; no entanto, pode ocorrer em qualquer local dentro do músculo. Após uma ruptura direta ou indireta, há hemorragia intersticial que aparece como uma área hiperecóica com margens mal definidas. No caso de roturas de alto grau, desenvolver-se-á um hematoma intramuscular, aparecendo como uma zona de ecogenicidade variável, dependendo do tempo da lesão. Na fase aguda (até 48 h), o hematoma parece hiperecóico. À medida que sofre liquefação e reabsorção progressivas, torna-se iso e hipoecóico com detritos internos. Em estágios crônicos, uma cicatriz hiperecóica focal pode se formar. A avaliação com power Doppler ou Doppler colorido pode demonstrar hiperemia ao redor da lesão devido à formação de tecido de granulação, o que é útil no acompanhamento para diferenciar lesões crônicas de novas lesões recentes. A hiperemia é secundária à angiogênese ao redor da laceração, aparece 3 a 8 dias após a lesão e desaparece em aproximadamente 12 semanas.15 A persistência do Power Doppler sugere que uma laceração permanece ativa.
  20. A ruptura pode ser detectada dinamicamente durante a contração muscular ou mobilização passiva para melhor definir a extensão da lesão e a graduação da ruptura (Fig. 8). A avaliação ultrassonográfica de uma lesão muscular deve idealmente ser realizada 48 a 72 horas após a lesão, pois há risco de falso positivo ou subestimação da lesão antes desse período. Papel da contração muscular na avaliação do US com correlação da RM. Imagens transversais de US da coxa em repouso (A) e em contração (B) dos músculos da coxa. Ruptura da junção musculotendinosa do reto femoral. O tendão intramuscular central é normal (setas pretas). Área hipoecóica mal definida adjacente ao tendão central (pontas de setas brancas) que, com a contração muscular, torna-se anecóica, demonstrando descontinuidade das fibras. Há também outra área anecóica adjacente ao tendão central (setas brancas) que aumenta de tamanho com a contração muscular.
  21. Embora a RM não tenha a mesma resolução espacial que a US, ela é mais sensível para lesões musculares de baixo grau (especialmente para músculos localizados profundamente). A característica mais clássica da lesão muscular nas imagens de RM é a alteração difusa e mal definida de alta intensidade de sinal (chamada de “edema”) em sequências sensíveis a fluidos. Quando o edema é encontrado ao redor da junção musculotendinosa, podemos ter o clássico aspecto “emplumado”. A descontinuidade da fibra é vista como uma área focal de alta intensidade de sinal bem definida.
  22. Um tipo especial de laceração é a laceração intramuscular do reto femoral, na qual a porção interna bipenada do complexo musculotendíneo indireto é destacada da porção externa unipenada. As lesões musculares também podem ocorrer longe da junção musculotendínea e na junção miofascial periférica. Há alguns anos foi proposto um tipo diferente de lesão, descrita como “desenluvamento” (do inglês “degloving”), onde há uma dissociação intermuscular: ocorre uma rotura circunferencial nas fibras periféricas do ventre muscular mais interno (componente bipenado), que fica separado do componente unipenado mais externo, com extensão que costuma variar em média de 4 a 18 cm. Esse padrão de lesão seria distinto da lesão miotendínea típica proximal, sendo considerada mais uma lesão muscular do que propriamente da junção miotendínea. Geralmente, ocorre na terminação distal do componente muscular bipenado, sendo frequentemente associada a retração muscular proximal acompanhada do tendão central, que não é identificado na sua posição habitual distalmente. O mecanismo de lesão pelo qual os músculos se dissociam um do outro ainda não foi completamente elucidado. O retorno ao esporte neste tipo de lesão costuma demorar em torno de 28 a 58 dias, segundo o estudo de Kassarjian et al.
  23. A US tem algumas vantagens sobre a RM: maior resolução espacial, baixo custo, acessibilidade, exame rápido e avaliação dinâmica. Além disso, a US pode avaliar minuciosamente o músculo e o tecido conjuntivo, que podem ser mascarados por edema na RM. A US é, no entanto, menos sensível do que a RM para lesões musculares de baixo grau e mais dependente do operador. A ressonância magnética é considerada o método de referência para avaliação de lesões musculares localizadas profundamente e proximais, que são dificilmente acessíveis por US. A ressonância magnética também permite a avaliação tanto de tecidos moles quanto de ossos. A ressonância magnética tem um papel importante no acompanhamento da gravidade da ruptura muscular e na avaliação do retorno ao jogo, embora esse papel permaneça controverso. No caso de hematoma intramuscular bem circunscrito, pode-se realizar aspiração guiada por US, seguida de compressão para evitar ou minimizar a recorrência do hematoma. A aspiração de fluido pode diminuir o tempo de cicatrização, prevenir a ocorrência de cicatriz hipertrófica e limitar o aparecimento de calcificações e ossificações. A RM pode ser reservada para a avaliação de uma lesão muscular nas seguintes situações: atletas profissionais de alto rendimento (por razões financeiras e logísticas), para indicações potencialmente cirúrgicas (por exemplo, rupturas tendíneas completas); em caso de dor crônica, para diagnóstico diferencial com outras condições não traumáticas; e superar as limitações do US na avaliação de lesões musculares (grupos musculares proximais e localizados profundamente).
  24. A ruptura da fáscia muscular pode ocorrer com consequente herniação do músculo no tecido subcutâneo. Esse tipo de lesão muscular é especialmente observada na avaliação dinâmica do US como uma massa muscular que emerge do defeito fascial durante a contração. Na ressonância magnética, há é uma massa protuberante com sinal muscular e arquitetura normais. O defeito da fáscia pode ser identificado se a hérnia for grande o suficiente e se houver contraste suficiente com o tecido adiposo subcutâneo.
  25. A consequência potencial do trauma de alta energia é uma lesão de Morel-Lavallée. Essa condição é causada pelo descolamento da fáscia do tecido subcutâneo sobrejacente por excesso de tensão de cisalhamento com consequente acúmulo de coleção de líquido hemolinfático que classicamente ocorre na face lateral da coxa proximal e joelho. As lesões de Morel-Lavallée podem ser facilmente identificadas por meio de US ou RM. Na US, foi observada uma coleção compressível hiperecóica (fase aguda) ou anecóica (fase subaguda) na interface entre a gordura subcutânea na fáscia muscular. Na RM, a lesão apresenta um sinal T2 heterogêneo na fase aguda e um sinal de hipersinal T2 na fase subaguda. Os contornos são mal definidos na fase aguda e melhor delimitados à medida que a lesão se torna subaguda e crônica. A aspiração guiada por US pode ser realizada para diminuir o volume da coleção de fluido; no entanto, a recidiva é muito comum devido à impossibilidade de realizar uma bandagem compressiva na pelve e ao caráter altamente exsudativo dessa lesão.
  26. DOMS é uma lesão muscular por uso excessivo relacionada a atividade física incomum, prolongada ou muito intensa, com dor progressiva que se desenvolve 24 a 72 horas após uma atividade específica. É considerada uma lesão muscular menos grave porque as fibras não são rasgadas e está relacionada à infiltração edematosa. Os sintomas geralmente desaparecem em 7 a 14 dias. Os sinais de imagem de RM são semelhantes a uma lesão de grau 0 ou 1 com edema muscular irregular ou difuso em sequências sensíveis a fluidos e podem apresentar um aumento no volume muscular. Ao contrário das lesões musculares de baixo grau, não há aparência de "penas" no DOMS. Na US, observa-se hiperecogenicidade difusa, aumento do volume muscular e hiperemia ao color ou power Doppler, com preservação da arquitetura das fibras musculares.
  27. DOMS é uma lesão muscular por uso excessivo relacionada a atividade física incomum, prolongada ou muito intensa, com dor progressiva que se desenvolve 24 a 72 horas após uma atividade específica. É considerada uma lesão muscular menos grave porque as fibras não são rasgadas e está relacionada à infiltração edematosa. Os sintomas geralmente desaparecem em 7 a 14 dias. Os sinais de imagem de RM são semelhantes a uma lesão de grau 0 ou 1 com edema muscular irregular ou difuso em sequências sensíveis a fluidos e podem apresentar um aumento no volume muscular. Ao contrário das lesões musculares de baixo grau, não há aparência de "penas" no DOMS.38 Na US, observa-se hiperecogenicidade difusa, aumento do volume muscular e hiperemia ao color ou power Doppler, com preservação da arquitetura das fibras musculares39 (Fig. 23).
  28. A síndrome compartimental crônica de esforço (SCEC) é caracterizada por dor crônica e recorrente induzida pela atividade física, geralmente em atletas, relacionada ao aumento das pressões intramusculares com diminuição da perfusão muscular e dor isquêmica. Nosso protocolo é composto de aquisição de RM antes e imediatamente após o exercício. Após a aquisição inicial da RM, pedimos ao paciente para realizar o mesmo exercício responsável pelo início da dor em nosso centro de treinamento (próximo ao imã de imagem de RM) e parar quando a dor se desenvolver. Geralmente, ocorre aumento progressivo do sinal T2 no compartimento muscular acometido após o exercício. Um aumento nos valores de T2 muscular de 20% antes e após o exercício é considerado positivo para CECS. O mapeamento de T2 é útil para quantificar o aumento nos valores de T2
  29. As lesões musculares podem ser miofasciais, musculotendíneas ou intratendíneas. - Lágrimas intratendíneas têm um tempo de recuperação mais longo. - A US é menos sensível do que a ressonância magnética para lesões musculares de baixo grau e mais dependente do operador. - A ressonância magnética é indicada para a avaliação de uma lesão muscular em atletas profissionais de alto desempenho, para indicações potencialmente cirúrgicas, diagnóstico diferencial com outras condições não traumáticas e grupos musculares proximais e localizados profundamente.