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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
      FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS




                 ANA PAULA PEREIRA
          KARINA BORGES FERREIRA ARANTES
             MARCO AURELIO GREGORINI
         PAULO ANTONIO BORACINI KAWAHARA




ANÁLISE DOS ESTOQUES DOMICILIARES DE MEDICAMENTOS NO
            MUNICIPIO DE FERNANDÓPOLIS - SP




                 FERNANDÓPOLIS - SP
                       2011
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
     FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS




                 ANA PAULA PEREIRA
          KARINA BORGES FERREIRA ARANTES
             MARCO AURELIO GREGORINI
         PAULO ANTONIO BORACINI KAWAHARA




ANÁLISE DOS ESTOQUES DOMICILIARES DE MEDICAMENTOS NO
            MUNICIPIO DE FERNANDÓPOLIS - SP




                   Monografia ao Curso de Farmácia apresentada à
                   Fundação Educacional de Fernandópolis como requisito
                   parcial para obtenção do Título de Bacharel em
                   Farmácia.


                   Orientador: Prof. Ms. Reges Evandro Teruel Barreto.




                 FERNANDÓPOLIS, SP
                       2011
FOLHA DE APROVAÇÃO


ANA PAULA PEREIRA
KARINA BORGES FERREIRA ARANTES
MARCO AURÉLIO GREGORINI
PAULO A. BORACINI KAWAHARA



ANÁLISE DOS ESTOQUES DOMICILIARES DE MEDICAMENTOS NO
MUNICIPIO DE FERNANDÓPOLIS - SP



                               Monografia apresentada ao Curso de Farmácia da
                               Fundação Educacional de Fernandópolis como requisito
                               parcial para o título de bacharel em Farmácia.



                                                        Aprovado em: ___/___/2011.



Examinadores:


_____________________________________________________

Prof. Ms. Reges Evandro Teruel Barreto
Curso de Farmácia



_____________________________________________________
Profª. Vanessa Maira Rizzato Silveira
Curso de Farmácia



______________________________________________________
Prof°. Ocimar Antônio de Castro
Curso de Farmácia
Fundação Educacional de Fernandópolis
Dedicamos aos nossos pais, pelo
exemplo e coragem, amor e dedicação.
Aos queridos amigos. A todos os
familiares, a Deus e a todos que de forma
direta e indireta contribuíram para a
finalização dessa jornada.

        Ana Paula, Karina, Marco e Paulo
Tudo o que aparece em nosso caminho faz
parte do processo evolutivo de cada
indivíduo, nada acontece por acaso. A vida
não faz nada, sem nenhuma finalidade. Todos
os fatos que ocorrem, a cada momento,
independente da situação, são porque temos
condições de aproveitar e amadurecer. Tudo
tem sua hora certa. E é com muita felicidade
e a força daqueles que me acompanharam
nessa jornada que dedico com carinho meus
sinceros agradecimentos.
Primeiramente a DEUS nosso pai criador,
pela presença constante em nossas vidas e,
por oportunizar este percurso em minha
trajetória terrena.
A minha mãe Wanda Maria Brucelli por todo o
amor, dedicação, educação, paciência e
confiança durante esta etapa de nossas
vidas, a minha eterna gratidão.
Aos meus irmãos Simone Christina Pereira e
Marcio Rogério Pereira, pela ajuda, paciência
e pelo orgulho que tiveram todo esse tempo,
e a certeza de que sermos irmãos está além
da convivência mútua e sim estarmos unidos
pelos eternos laços de amor.
Aos meus tios Ederaldo e Irani, que mesmo
na ausência, me auxiliaram, para que hoje eu
esteja concluindo este curso.
A minha avo Maria, que mesmo distante se
manteve sempre presente através do seu
amor e dedicação.
A meu orientador Reges Barreto que me
acompanhou nesta trajetória acadêmica
desde o início do curso e por ter aceitado o
meu convite me orientando na elaboração
deste trabalho sempre com alto astral e
disponibilidade.
Aos professores da instituição que fizeram
toda a diferença nestes meus 5 anos
mostrando com sua inteligência a direção dos
caminhos a serem traçados.
A todos aqueles que me ajudaram de forma
direta e indireta na concretização deste
trabalho, no entanto, em agradecimento
especial a todos os meus AMIGOS o meu
muito obrigada.


                          Ana Paula Pereira.
Em primeiro lugar quero agradeço a Deus por
me dar a oportunidade entre tantos de poder
estudar e conseguir um espaço nesse mundo.
E também aos meus pais porque foi um
instrumento de Deus para que tudo isso se
concretizasse. Pai e Mãe vocês são meus
espelhos, obrigada por tudo. Não poderia
também esquecer os meus Mestres que me
ensinaram os caminhos dessa grande e
infindável jornada que é o conhecimento. Aos
verdadeiros amigos que estiveram ao meu
lado me dando força nos momentos mais
difíceis.

             Karina Borges Ferreira Arantes
Agradeço primeiramente a Deus por ter me
dado paciência, perseverança e sabedoria
nessa longa jornada.
Agradeço também ao me pai Nelson
Gregorini e a minha mãe Nerci, pela
compreensão, amor e dedicação que tiveram
por mim durante todos os altos e baixos que
existiram nessa longa caminhada.
Agradeço ao meu irmão Nelson e minha
namorada pelo carinho e compreensão.
Agradeço aos colegas de turma por inúmeras
vezes terem me compreendido e acreditado
no meu potencial.
A Todos só posso dizer: Meu muito Obrigado!


                    Marco Aurélio Gregorini
De forma especial, agradeço a Deus, que me
trilhou por este caminho com determinação e
perspicácia até atingir meu objetivo,
concedendo coragem, perseverança e
sobretudo sabedoria.
Aos meus pais, Eduardo e Linley pelo
incentivo e dedicação nessa minha nova
jornada.
Aos meu irmãos, amigos e namorada, pela
força, incentivo, amizade e amor.
Ao nosso orientador e professor mestre
Reges Evandro Teruel Barreto pelo tempo,
incentivo, compreensão e por acreditar em
nós e levar esse projeto adiante. Sabe-se que
não é fácil para nós alunos e nem para o
orientador, conduzir um trabalho à distância.
Aos colegas de turma, com quem eu dividi um
tempo de minha vida, com proveitosas trocas
de     experiências    e    discussões     que
enriqueceram o nosso trabalho.
E a todos aqueles que contribuíram de forma
direta ou indireta na concretização deste
trabalho o meu muito obrigado.


            Paulo Antonio Boracini Kawahara
“De um modo geral o consumidor não tem
experiência nem conhecimentos necessários
para distinguir distúrbios, aliviar a gravidade e
escolher o mais adequado entre os recursos
terapêuticos disponíveis, o que leva a que a
prática da automedicação seja bastante
danosa para a saúde de quem a pratica”.


(SCHENKEL, 1996)
RESUMO


                Análise do Estoque Domiciliar de Medicamentos


Os medicamentos figuram como a forma mais comum de terapia utilizada pela
sociedade. Diversos fatores entre eles o incentivo da mídia, fator econômicos-
político-cultural, automedicação somado ao acesso facilitado ao medicamento, bem
como o sentimento de medo em relação às doenças tornou seu uso uma prática
rotineira gerando um acúmulo de medicamentos nas residências, pode ser somado
ainda a estes a dificuldade do acesso e a má qualidade dos serviços de saúde
prestados também podem gerar o acúmulo de medicamentos nas residências. Com
isso a prática de armazenar medicamentos nas residências tornou-se um hábito
comum, e a cultura da automedicação vem se firmando entre a população. A
existência do estoque domiciliar de medicamentos ou farmácia caseira, além de
favorecer a automedicação, o mau armazenamento pode afetar a eficiência e a
segurança no uso de medicamentos. É importante que a farmácia caseira possa
garantir a qualidade dos medicamentos, através do adequado armazenamento
destes, devendo-se realizar revisão periódica dos medicamentos que constituem o
estoque. Diante dos fatos, o objetivo desse trabalho foi conhecer a disponibilidade
de medicamentos no meio doméstico, às principais características das farmácias
domiciliares e à falta de informação sobre o correto armazenamento entre a
população do município de Fernandópolis/ SP. O método utilizado foi uma pesquisa
exploratória com entrevistas padronizadas a partir de um questionário estruturado de
forma simples com questões de múltipla escolha. O questionário foi aplicado em 2
bairros distintos do município, Bairro Jardim Santa Helena e Bairro Vila Nova. Foram
entrevistados 56 moradores em suas respectivas residências e os resultados obtidos
evidenciaram uma população com perfil predominante adulto de classe médio-alta, e
com índice de escolaridade. Em relação ao estoque domiciliar de medicamentos, em
todos os domicílios foram encontrados um ou mais medicamentos, desses, 43%
foram adquiridos sem prescrição médica, 64% comprados em farmácias, 66% era
guardado na cozinha da residência, 52% armazenados em caixas e 62% não
receberam informação como armazenar corretamente o medicamento. Encontramos
68% que praticavam a automedicação e 39% dos entrevistados jogavam no lixo as
sobras de medicamento. Em conclusão, o conjunto de resultados indica a
necessidade de desenvolver estratégias para educar o paciente para a utilização e
manutenção dos medicamentos que possui em seu estoque domiciliar.


Palavras-chaves: automedicação, estoque domiciliar de medicamento, farmácia
caseira.
ABSTRACT


                      Analysis of stock Household Medicines


The drugs listed as the most common form of therapy used by society. Several
factors including the encouragement of the media, economic factors, political and
cultural self-medication coupled with easier access to the drug, and the sense of fear
in relation to diseases its use became a routine practice creating an accumulation of
drugs in homes, can be they also added the difficulty of access and poor quality of
health services may also generate the accumulation of drugs in the home. Thus the
practice of storing drugs in the home became a common habit, and the culture of
self-medication has established itself among the population. The existence of the
stock of household medicines or pharmacy home, in addition to promoting self-
medication, poor storage can affect the efficiency and safety of medication. It is
important that the pharmacy home to ensure the quality of medicines, through the
proper storage of these, should be carried out periodic reviews of drugs that are the
stock. Given the facts, the aim of this study was the availability of medicines in the
home, the main features of home pharmacies and lack of information on proper
storage of the population of the city of Ferndale / SP. The method used was an
exploratory research with standardized interviews from a structured questionnaire
with a simple multiple choice questions. The questionnaire was applied in two distinct
neighborhoods of the city, Jardim Santa Helena and Vila Nova Quarter. 56 residents
were interviewed in their homes and the results showed a predominant profile of
adult population with middle-high class, and level of education. In relation to the stock
of drugs at home in all the homes were found one or more drugs, of which 43% were
purchased without a prescription, 64% purchased in pharmacies, 66% was kept in
the kitchen of the residence, 52% and stored in boxes 62% received no information
as to store the medicine properly. We found that 68% practiced self-medication and
39% of respondents threw in the trash leftover medicine. In conclusion, the set of
results indicates the need to develop strategies to educate the patient for the use and
maintenance of the medicines you have in your home inventory.


Keywords: self-medication, household stock of medicine, pharmacy home.
LISTA DE FIGURAS




Figura 1 – Distribuição da faixa etária em anos da população estudada .................. 27

Figura 2 – Gênero da população estudada ............................................................... 28

Figura 3 – Percentual dos constituintes residentes nos domicílios pesquisados ...... 29

Figura 4 – Nível de escolaridade da população ........................................................ 30

Figura 5 – Percentual de domicílios que foram encontrados medicamentos ............ 31

Figura 6 – percentual da origem do medicamento prescrito ou não encontrado nas
residências ................................................................................................................ 32

Figura 7 - Percentual da origem do medicamento ..................................................... 33

Figura 8 – Percentual do ambiente domiciliar onde encontra-se os medicamento ... 34

Figura 9 – Percentual dos locais dos domicílios onde o medicamento é armazenado
.................................................................................................................................. 35

Figura 10 - Percentual dos medicamentos encontrados em sua embalagem ........... 36

Figura 11 – Percentual do destino da bula dos medicamentos encontrados nos
domicílios .................................................................................................................. 37

Figura 12 – Percentual do destino das sobras dos medicamentos encontrados....... 38

Figura 13 – Percentual dos entrevistados que pratica a automedicação .................. 40

Figura 14 – Percentual entre os entrevistados que observam o aspecto/aparência do
medicamento antes de usá-lo ................................................................................... 41

Figura 15 – Percentual dos entrevistados que receberam informação sobre
armazenamento de medicamento ............................................................................. 42
LISTA DE ABREVIATURAS




ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ACCP – American College of Clinical Pharmacy

FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz

FDA – Food and Drug Administration

FURP – Fundação Para o Remédio Popular

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor

OMS – Organização Mundial de Saúde

PRM – Problemas Relacionados a Medicamentos

PVC – Cloro Polivinil

RBF – Revista Brasileira de Farmácia

RDC – Resolução da Diretoria Colegiada

RNM – Resultados Negativos Associados a Medicamentos

SINITOX – SISTEMA Nacional de Informações Tóxico Farmacológico

SUS – Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 15

1.1 Medicamentos ..................................................................................................... 16

1.2 Atenção Farmacêutica ........................................................................................ 17

1.3 Assistência Farmacêutica.................................................................................... 18

1.4 Automedicação.................................................................................................... 19

1.5 Farmácia caseira ................................................................................................. 20

1.6 Conservando sua farmácia caseira ..................................................................... 21

2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 23

2.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 23

2.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 23

3. MÉTODOS ............................................................................................................ 24

3.1 Princípios metodológicos..................................................................................... 24

3.2 Aplicação do questionário de avaliação e tamanho da amostra .......................... 24

3.3 Locais de aplicações ........................................................................................... 24

3.4 Critérios de inclusão ............................................................................................ 24

3.5 Critérios de exclusão ........................................................................................... 25

3.6 Instrumento da pesquisa ..................................................................................... 25

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 27

4.1 Faixa etária.......................................................................................................... 27

4.2 Gênero ................................................................................................................ 28

4.3 Constituintes dos domicílios ................................................................................ 29

4.4 Nível de escolaridade .......................................................................................... 30

4.5 Domicílios que contém medicamentos ................................................................ 31

4.6 Identificação da origem dos medicamentos encontrados nos domicílios ............ 32
4.7 Identificação da origem do medicamento adquirido ............................................ 33

4.8 Identificação do ambiente domiciliar onde está armazenado o medicamento..... 34

4.9 Identificação do local de armazenamento do medicamento nos domicílios ........ 35

4.10 Verificação se o medicamento está guardado em sua embalagem original ...... 36

4.11 Verificação da existência da bula do medicamento ........................................... 37

4.12 Destino das sobras dos medicamentos dos domicílios pesquisados ................ 38

4.13 A prática da automedicação entre os entrevistados .......................................... 40

4.14 Observam o aspecto/aparência do medicamento antes de utiliza-lo ................ 41

4.15 Receberam informações sobre o correto armazenamento de medicamentos .. 42

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 44

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 46

ANEXO I -TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ..................... 52
15



INTRODUÇÃO




      Atualmente, os medicamentos figuram como a forma mais comum de terapia
da sociedade, pois salvam vidas e melhoram a saúde (PEREIRA et al., 2011).

      Os medicamentos representam muito bem a relação custo/beneficio, somado
a fatores como incentivo da mídia, fatores econômicos-político-culturais, a
automedicação, acesso facilitado na aquisição, ocasionado um acúmulo de
medicamentos nas residências (RIBEIRO, 2005).

      Esse acúmulo pode ser determinado de farmácia caseira ou estoque
domiciliar de medicamentos (PEREIRA et al., 2011).

      Para Pereira et al., (2010), pacientes ao identificar sintomas recorrentes a
enfermidades já tradadas, não hesitam em reutilizar o medicamento já prescrito,
aumentando o número de medicamentos na residência. A dificuldade do acesso e a
má qualidade dos serviços de saúde, também podem gerar o acúmulo de
medicamentos nas residências, pois o sentimento de medo em relação às doenças
faz com que o paciente se automedique sem a adequada orientação de um
profissional da saúde. A existência da farmácia caseira, além de favorecer a
automedicação, o mau armazenamento pode afetar a eficiência e a segurança no
uso de medicamentos com isso a prática de armazenar medicamentos nas
residências tornou-se um hábito comum, e a cultura da automedicação vem se
firmando entre a população.

      De acordo com Schenkel, Fernández e Mengue (2005), existe uma carência
de dados sobre como os medicamentos são armazenados e utilizados após a sua
aquisição. Uma das formas de se estudar o que acontece com os medicamentos
após a sua aquisição é a observação da farmácia caseira. Em seu estudo observou
que 55% dos medicamentos do estoque domiciliar, foram obtidos sem receita
médica.

      O estoque domiciliar pode ser constituído por medicamentos fora de uso,
sobras de tratamentos anteriores, medicamentos em uso, prescritos para tratamento
16



de distúrbios agudos e crônicos, ou por medicamentos comumente utilizados em
automedicação (DAL PIZZOL et al., 2006).

      É importante que a farmácia caseira possa garantir a qualidade dos
medicamentos, através do adequado armazenamento destes, que se realize a
revisão periódica dos medicamentos que constituem o estoque (BUENO; WEBER;
OLIVEIRA, 2009).




1.1 Medicamentos




      O sistema de saúde aceita como parte integrante, quando usado
corretamente, o uso de medicamentos sem receita médica, colaborando em
desafogar financeiramente o sistema de saúde pública. Perante as moléstias,
profissionais da saúde utilizam recursos terapêuticos pra buscar o restabelecimento
e prevenção da saúde. Desses recursos, o medicamento ocupa um lugar em
destaque, além de ser utilizado como forma de reencontrar o bem estar físico e
mental, é essencial no setor de saúde para a capacidade resolutiva dos serviços
prestados, atingindo o segundo maior gasto incluso no Sistema Único de Saúde
(SOUZA et al., 2008).

      A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através da Lei nº 5.991,
de 17 de dezembro de 1973, define os seguintes conceitos:

                    Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado,
                    com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
                    Medicamento Similar – é quando contém o mesmo ou os mesmos princípios
                    ativos, e apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de
                    administração, posologia e a indicação terapêutica, preventiva e
                    diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal
                    responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em
                    características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade,
                    embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo ser identificado por
                    nome comercial ou marca.
                    Medicamento Genérico – é o medicamento similar a um produto de
                    referência ou inovador, que espera ser com este intercambiável, geralmente
                    produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de
                    diversos direitos de exclusividade, confirmada a sua eficácia, segurança e
                    qualidade, designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI.
                    Medicamento de Referência – um produto inovador registrado no órgão
                    federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja
17



                     eficácia, segurança e qualidade foram confirmados cientificamente unidos
                     ao órgão federal competente, por ocasião do registro (BRASIL, 2011).




1.2 Atenção Farmacêutica




      O Código de Ética Farmacêutico Brasileiro (2004) salienta que o profissional
farmacêutico deve agir de modo que busque a saúde do paciente, orientando-o
sempre. A Atenção Farmacêutica incide no mais recente caminho a ser tomado para
tal finalidade, onde o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico
(OMS, 1993).

      Esta atuação inclui em uma totalização de atitudes, procedimentos,
responsabilidades e aptidão na representação do papel do farmacêutico, seguindo o
conceito da farmacoterapia, para obter resultados terapêuticos eficientes e seguros,
visando à saúde e a melhoria da qualidade de vida do paciente (MARTINEZ, 1996).

      Com tudo, a prática da atenção farmacêutica engloba macro componentes
como a educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento
farmacêutico e seguimento farmacoterapêutico. Tendo sempre em foco todas as
junções destes componentes o profissional irá conseguir atingir seu objetivo e
efetuar com êxito a avaliação do seu paciente. Essa conduta exige do farmacêutico
sabedoria, firmeza em suas atitudes e responsabilidades, decorrentes de uma boa
formação acadêmica, e da bagagem profissional conquistada ao longo do tempo
(IVAMA, 2002).

      Além de o farmacêutico atender o paciente diretamente, ele deve avaliar e
orientar o paciente em relação ao receituário prescrito pelo médico (FURTADO,
2008), para poder sanar eventuais problemas relacionados ao receituário e o ao
medicamento, assim pode-se dizer que há uma relação entre a prática e o
conhecimento teórico na atuação farmacêutica na promoção da saúde com
segurança e eficácia (PERETTA; CICCIA, 2000).

      O sistema visa um trabalho conjunto entre o médico, o paciente e o
farmacêutico (OLIVEIRA et al., 2002) assegurando que o artigo 196, título VIII da
18



Constituição Federal do Brasil será cumprido: "A saúde é um direito de todos e dever
do Estado" (BRASIL, 1988).

      Partindo dessa premissa projetos de atenção farmacêutica, já apresentam
normatizações legais como a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 357/01 do
Ministério da Saúde de outubro de 2001 (BRASIL, 2001), a qual exige atuação
adequada e exclusiva pelo profissional farmacêutico, devido a sua formação
acadêmica voltada ao conhecimento geral sobre os medicamentos, sua parte
administrativa, social e biológica com ênfase clínico-patológica, dentre outras
(OLIVEIRA et al., 2002).




1.3 Assistência Farmacêutica

      A Assistência Farmacêutica reúne todas as atividades que envolvem o
medicamento, desde a seleção até a dispensação, apoiando as ações de saúde de
uma comunidade e promovendo o uso racional de medicamentos. Ter acesso ao
medicamento não significa só poder adquiri-lo, mas também ter o acesso ao bom
atendimento do profissional qualificado capaz de esclarecer dúvidas relacionadas ao
medicamentos, comtemplando informações e acompanhamento do seu uso
(RIBEIRO, 2005).

      O medicamento faz parte dos elementos fundamentais da atenção à saúde, e
seu uso de forma racional colabora com a qualidade dos serviços de saúde e seu
uso indevido causa mais prejuízo do que benefícios à saúde (BRASIL, 2001).

      O American College of Clinical Pharmacy (ACCP) publicou, em 2008, capítulo
sobre o desempenho de farmacêuticos que entram no programa de residência
farmacêutica voltado para o atendimento domiciliar, recomendando que os
residentes empreguem variadas ferramentas e aumentem habilidades para entender
o contexto de pacientes no que diz respeito ao uso de vários fármacos e à
dificuldade de aderir à farmacoterapia, causada por falta de habilidade física ou de
compreensão, bem como o contexto de cuidadores que precisam de um melhor
esclarecimento do ambiente doméstico (EDGERTON, 2008).
19



      Há várias publicações que descrevem o grande valor da atuação de
farmacêuticos em domicílio, comprovando que o serviço prestado por esse
profissional é preciso na detecção de problemas ligados aos medicamentos,
principalmente nos casos de pacientes de alto risco (BEGLEY et al.,1996 - 1997).

      Pesquisas atuais nos quais farmacêuticos se dedicaram ao acompanhamento
domiciliar de paciente usando seis critérios de risco pré-determinados entre eles:
insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal, polifarmácia, desconfiança de
reações adversas, descrição de pelo menos uma queda de mesma altura em casa e
dor moderadamente controlada. Notaram que 32% dos Problemas Relacionados a
Medicamentos (PRM) são encontrados em pelo menos uma ida do farmacêutico no
domicílio, conseguindo uma média de 3,4 PRM por paciente. Um novo estudo
analisou a eficácia da atenção farmacêutica em 77 pacientes com insuficiência
cardíaca, acompanhados por trabalhos domiciliares (TRILLER et al., 2007).

      A função do farmacêutico na prática da atenção farmacêutica domiciliar é
imprescindível para prevenir, detectar e resolver Resultados Negativos Associados a
Medicamentos (RNM). No entanto, para analisar o impacto do trabalho desse
profissional, são necessárias pesquisas que proporcionem os custos dos RNM para
a saúde do paciente e para estabelecimentos de saúde, bem como a probabilidade
de impedir esse acontecimento (EDGERTON, 2008).




1.4 Automedicação




      Automedicação é um procedimento tomado pelo doente, ou do responsável,
em obter, produzir e utilizar um produto que acredita que lhe trazer benefícios no
tratamento das doenças ou alívio dos sintomas. A automedicação ou uma prescrição
errônea   podem    acarretar   consequência    e   efeitos   indesejáveis,   além   de
enfermidades iatrogênicas e mascaramento de doenças evolutivas, representando,
problema a ser prevenido. É certo que o risco desta prática está correlacionado com
o grau de instrução e informação dos usuários sobre medicamentos, e o acesso dos
mesmos ao sistema de saúde (ARRAIS et al., 2007).
20



      A prática da automedicação é bastante distribuída, não só no Brasil, mas
também em diversos países. A ida à farmácia estabelece a primeira opção
procurada para resolver o problema de saúde, a maior parte de medicamentos
consumidos pela população é vendida sem a receita médica. Mesmo em países
industrializados, diversos medicamentos de uso simples e comum estão disponíveis
em farmácias e drogarias, e podem ser adquiridos sem necessidade de receita
médica. Os motivos que levam as pessoas a se automedicarem são inúmeras,
sendo incentivadas pela forte propaganda de determinados medicamentos, o que
contrasta com as tímidas campanhas que tentam esclarecer os perigos da
automedicação (REVISTA DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA, 2001).




1.5 Farmácia caseira




      Um dos fatores que podem influenciar a automedicação é o estoque domiciliar
de medicamentos e a reutilização de prescrições, ou seja o excesso de
medicamentos desnecessários ou sobras de tratamentos nos estoques domiciliares
(RIBEIRO, 2005).

      Os medicamentos têm um papel fundamental nos sistemas sanitários, pois
ajudam vidas e favorecem a saúde (MARIN et al, 2003). O uso de fármacos é a
maneira mais usual de tratamento na comunidade brasileira, contudo existem
estudos demonstrando a existência de problemas de saúde cujo início está
relacionado ao uso destes medicamentos. As forças sociais, as quais os prescritores
estão sujeitos, somados com a organização do sistema de saúde e o marketing
farmacêutico são frequentemente mencionados como fatores relacionados nessa
problemática (DALL AGNOL, 2004).

      Ter acesso ao auxílio médico e a medicação, não quer dizer que tenha melhor
condição de saúde ou qualidade de vida, pois os maus hábitos, erros na entrega do
medicamento, o costume de se medicar incorretamente, podem acarretar a
ineficácia do tratamento. Portanto, é óbvio que a probabilidade de ter tratamento
apropriado, diminui os casos de problemas para a saúde, bem como a redução de
mortes por causa de doenças (ARRAIS et al., 2005).
21



         Causas   econômicas,    políticas   e   culturais   têm    colaborado     para    o
desenvolvimento e a propagação da automedicação no mundo, tornando um
problema de saúde pública (FILHO et al., 2002).

         No Brasil pelo menos 35% dos fármacos obtidos são conseguidos por conta
própria (AQUINO, 2008). A automedicação é entendida pelo uso sem que um
profissional qualificado tenha recomendado. Uma dessas causas é o ato de existir
muitas farmácias e drogarias que facilitem esse uso indiscriminado.

         O grande uso de medicação sem supervisão médica, consecutivamente vem
seguida dos males que o geram. Dessa maneira, o uso sem orientação de
medicamentos estabeleceu-se com um dos maiores problemas vistos pela saúde no
setor mundial (LESSA et al., 2008)

         O aumento de medicamentos nas casas forma um arsenal terapêutico,
ocasionando diversos riscos, pois facilitam o uso da automedicação, a qual pode
apresentar erros de combinação entre medicamentos e perigo de intoxicação por
consumo acidental. Devendo ser levado em conta ainda a perda da eficácia pelo
mau armazenamento ou pelo vencimento (FERREIRA et al., 2005; ZAMUNER,
2006).




1.6 Conservando sua farmácia caseira

         Para manter sua farmácia caseira é importante garantir a qualidade do
medicamento fazendo o correto armazenamento desses. O Portal Minas Saúde
(2011) faz uma nota a respeito de como guardar e conservar os medicamentos nos
domicílios, como segue:

                      Sensibilidade à luz: Conserve os medicamentos nas embalagens originais,
                      pois ela garante a qualidade do medicamento. Importante que todo
                      medicamento não fique exposto à luz.

                      Umidade: Um dos piores agentes na deterioração dos medicamentos.
                      Mantenha-os em local seco, afastados das paredes.
                      Calor: O calor é outro problema que pode interferir na qualidade dos
                      medicamentos. Todo medicamento deve ser conservado em temperaturas
                      inferiores a 25ºC. Porém, vários medicamentos requerem condições
                      especiais de conservação e de transporte. Leia na embalagem externa as
                      condições indicadas de temperatura e armazenagem.
22



                    Limpeza: Periodicamente, providencie a higienização do local. Mantenha os
                    medicamentos livres de pó, partículas e mofo.
                    Isolamento: Não guarde os medicamentos junto com outras substâncias
                    (cosméticos, produtos de limpeza, perfumaria, etc). Não deixe
                    medicamentos ao alcance de crianças.
                    “Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças”.
                    Pragas domésticas: Guarde os medicamentos em salas protegidas da
                    entrada de insetos, roedores e aves.



      Para o projeto extensão FURP (2011), a respeito da atenção farmacêutica
domiciliar é necessário seguir algumas dicas de como guardar seu medicamento em
casa, como segue:

                    Todo o medicamento é um veneno em potencial. Se tiver criança em casa,
                    mantenha os medicamentos trancados em armários altos.
                    Retire todos os itens do armário mensalmente e cheque as datas de
                    vencimento. Jogue fora os remédios vencidos, sem rótulo e tubos de
                    pomada e creme ressecados.
                    Cápsulas pegajosas ou com manchas na superfície indicam excesso de
                    umidade, estando com sua qualidade comprometida.
                    Jogue fora comprimidos quebrados, se desmanchando ou se esfarelando
                    facilmente.
                    Fique atento quanto: A presença de substâncias sólidas no fundo do frasco
                    ou no liquido; A qualquer cheiro diferente ou desagradável; A possíveis
                    mudanças de coloração; frasco com tampa estufada; embalagens ou bulas
                    molhadas.
                    Não troque nem guarde a bula de um medicamento na caixa de outro.
                    Busque sempre orientação com seu médico ou farmacêutico
23



2. OBJETIVOS




2.1 Objetivo geral

      Avaliar como, onde, quantidade e a forma de armazenamento dos
medicamentos utilizados em domicílios do município de Fernandópolis/SP.




2.2 Objetivos específicos




      1. Conhecer as motivações da prática da estocagem de medicamentos;

      2. Esclarecer sobre possíveis alterações do medicamento de acordo com as
condições de armazenamento;

      3. Orientar a comunidade pesquisada sobre o melhor acondicionamento dos
medicamentos;

      4. Reduzir a prática de automedicação.
24



3. MÉTODOS




3.1 Princípios metodológicos

      Aplicou-se uma pesquisa exploratória com entrevistas padronizadas à partir
de um questionário estruturado de forma simples e objetiva, com questões de
múltipla escolha.

      O campo de estudo foi o município de Fernandópolis/SP, o qual de acordo
com o censo de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(2010), conta com uma população de 64.696 habitantes, com um estabelecimento
de saúde estadual, 20 municipais e 49 farmácias e drogarias.




3.2 Aplicação do questionário de avaliação e tamanho da amostra

      O questionário foi aplicado durante o mês de agosto de 2011 na cidade de
Fernandópolis/ SP em 56 residências.




3.3 Locais de aplicações

        O questionário foi aplicado em dois bairros distintos do município de
Fernandópolis - SP:

      A. Bairro Jardim Santa Helena

      B. Bairro do Vila Nova




3.4 Critérios de inclusão

      Foram incluídos na amostra indivíduos maiores de 18 anos, responsáveis
pela providência dos medicamentos e que concordaram e assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 1).
25



3.5 Critérios de exclusão

         Foram excluídos todos os usuários menores de 18 anos, e usuários que não
concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.




3.6 Instrumento da pesquisa

         O instrumento de pesquisa foi gerado utilizando uma linguagem simples para
promover a compreensão dos entrevistados e ordenado com as seguintes
informações:



Informações sobre o paciente

Questionário

Idade:

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Numero de pessoas na casa: ( ) Crianças ( ) Adultos ( ) Idosos

Escolaridade: ( ) 1° grau incompleto ( ) 1° grau ( ) 2° grau ( ) Superior

Possui medicamentos em casa:

( ) Sim        ( ) Não

Quem indicou o tratamento?

( ) Médico

( ) Farmácia

( ) Próprio

( ) Outros

Origem do medicamento:

( ) Posto de Saúde

( ) Farmácia

( ) Outros

Aonde são guardados esses medicamentos?
26



( ) Cozinha

( ) Quarto

( ) Banheiro

( ) Sala

( ) Outros



Estão armazenados em?

( )Caixas

( )Armários

( )Sacolas

( )Estante

( )Outros



Esses medicamentos estão guardados em suas embalagens originais?

( )Sim         ( )Não

O que faz com as bulas?

( )São jogadas fora

( )Acompanham o medicamento

( )São guardadas para uma eventual necessidade

O que faz com as sobras dos medicamentos ou vencidos?

( )Devolve onde foi adquirido

( )Guarda para outra fez

( )Põe no lixo

( )Doa

( )Não sobram

Faz uso do medicamento por conta própria (automedicação):

( ) Sim
27



( ) Não

Observa o aspecto/aparência do medicamento antes de utilizá-lo:

( ) Sim    ( ) Não

Já recebeu alguma informação sobre armazenamento e descarte de
medicamentos:

( ) Sim    ( ) Não
28



4. RESULTADOS E DISCUSSÕES




4.1 Faixa etária

Figura 1 – Distribuição da faixa etária em anos da população estudada, Fernandópolis – SP, 2011
(n=56)




       Foram visitadas 56 residências, onde o resultado evidenciou que, 43% eram
jovens e adultos na faixar etária dos 18 a 30 anos, 36% apresentavam entre 31 a 60
anos de idade e 21% eram idosos, apresentando a faixa etária de 61 a 92 anos. Os
dados dessa pesquisa apresentam uma população relativamente jovem (18 a 30
anos) no município de Fernandópolis, Vindo de encontro com o censo demográfico
de 2010, feito pelo IBGE (2010) o município de Fernandópolis mostrou que 58% dos
indivíduos residentes no município tem a idade entre 30-94 anos.

       Um estudo sobre prevalência e fatores relacionados à automedicação
realizado 2002 mostrou que 66,4% do consumo de medicamentos não prescritos
estavam relacionados a indivíduos entre 18-39 anos, 26,9% entre 40-59 anos e
6,7% entre indivíduos maiores que 60 anos (LOYOLA FILHO et al., 2002).
29



4.2 Gênero

Figura 2 – Gênero da população estudada, Fernandópolis – SP, 2011 (n=56)


   Soma de n°




                                                      48%
                                                                           SEXO
                52%
                                                                             MASCULINO
                                                                             FEMININO




       O resultado obtido mostra que, dos 56 entrevistados, 52% é do sexo feminino
e 48% do sexo masculino. O resultado é compatível com o censo 2010 realizado
pelo IBGE no município de Fernandópolis - SP, onde 51,3% é do sexo feminino e
48,7 é do sexo masculino.

        De acordo com Loyola Filho et al., (2002), o índice feminino que consome
medicação sem prescrição médica é de 47,5%, já entre os homens é de 52,5%.

       Para Barreto (2011), a procura por medicamentos de indivíduos do sexo
feminino pode ser explicada pela preocupação desse grupo com autocuidados e
utilização de campanhas educativas existentes voltadas para este sexo.
30



4.3 Constituintes dos domicílios

Figura 3 – Percentual dos constituintes residentes nos domicílios pesquisados, Fernandópolis – SP,
2011. (n=75)


  Soma de n°




                 17%



   15%                                                       CONSTITUINTES DO DOMICÍLIO
                                                                ADULTOS (18-60)
                                                  68%           CRIANÇAS (0-10)
                                                                IDOSOS (acima de 60)




         O resultados obtidos demonstram que a maioria dos constituintes do domicílio
são adultos (68%), seguido de idosos (17%) e crianças (15%).

         No estudo de Loyola Filho et al., (2002) indicou que, residências com número
de moradores ≥ 2, o índice de consumo de medicamentos sem prescrição médica foi
de 13,9%, entre 3-4 moradores por residência foi de 56,1% e ≤ 5 foi de 30,0%.

         Neste trabalho a média de moradores por residência foi de 1,33 moradores. A
média de moradores em domicílios particulares do município de Fernandópolis/SP,
de acordo com o IBGE, é de 2,95 moradores (IBGE, 2010).
31



4.4 Nível de escolaridade

Figura 4 – Nível de escolaridade da população estudada, Fernandópolis – SP, 2011. (n=56)




       Os resultados obtidos na Figura 4 demonstraram que apenas 7% não
completaram o 1°Grau, 25% completaram o 1°Grau e houve uma equidade de 34%
entre os que completaram o 2°Grau e os que cursam ou concluíram o ensino
Superior.

       Segundo dados levantados em 2000 feito pelo SAEDE (Fundação Sistema
Estadual de Análise de Dados) no município de Fernandópolis/SP (SAEDE, 2000),
55,13% apresentam ensino médio completo estando entre as idades de 18 a 24
anos, um bom índice se comparado com índice do Estado de São Paulo que é de
41,88% e que a média de anos de estudo é de 7,52 anos no município e de 7,64
anos a média do Estado.

       Diante dos fatos apresentados, pelo município pode-se dizer que tem um bom
nível de escolaridade, o que ajuda ou ajudaria no conhecimento do uso
indiscriminado e automedicação por partes dos usuários.
32



4.5 Domicílios que contém medicamentos

Figura 5 – Percentual de domicílios que foram encontrados medicamentos, Fernandópolis – SP,
2011. (n=56)




       Das 56 residências visitadas, todas possuíam um ou mais tipos de
medicamentos, sendo encontrados um total 128 medicamentos com a média de 2,28
medicamentos por domicílio. O resultado demonstra que os medicamentos são cada
vez mais utilizados, e de forma rotineira, tornando sua presença comum dentro do
ambiente domiciliar.

       Os resultados apresentados na Figura 5 encontra-se distintos ao observado
no estudo de Fernandes (2000), que por sua vez encontrou uma média de 20
medicamentos por domicílio, isto é explicado principalmente pelo fato que no critério
utilizado para seleção da população estudada, foram excluídos a classe mais
carente e o critério de inclusão, era a renda familiar relativamente alta.

       Schenkel; Fernández e Mengue (2005) reforça que o acúmulo de
medicamento em casa é um fator de risco de intoxicação para crianças.
33



4.6 Identificação da origem dos medicamentos encontrados nos domicílios

Figura 6 – percentual da origem do medicamento prescrito ou não encontrado nas residências,
Fernandópolis - SP, 2011. (n=128)




       Quanto à origem dos medicamentos encontrados, 57% são oriundos de
prescrição médica e 43% sem prescrição, 29% dos pacientes indicam seu
tratamento, 13% adquiriram através da indicação da farmácia e 1% originados de
outras formas (doados ou amostra grátis). Apesar dos medicamentos adquiridos com
prescrição médica formarem o grupo com o maior número de unidades de
medicamentos, é os medicamentos adquiridos sem prescrição que mais contribuem
para a formação do estoque domiciliar, dado reafirmado pelo estudo de Schenkel
Fernández e Mengue (2005), os quais observaram que 55% dos medicamentos do
estoque domiciliar, foram obtidos sem receita médica.

       Romano-Lieber et al., (2002) afirmaram que as doenças crônicas e patologias
degenerativas levam a uma maior demanda por medicamentos, sendo assim o
motivo que levam a maioria a adquirir os medicamentos adquiridos, via receituário
médico, ou seja, através da prescrição medica.
34



4.7 Identificação da origem do medicamento adquirido

Figura 7 - Percentual da origem do medicamento, Fernandópolis – SP, 2011. (n=128)




       O estoque domiciliar de medicamentos (64%) foi formado principalmente por
medicamentos comprados em farmácias. Salientando que desses medicamentos
encontrados no estoque, uma porcentagem considerável de medicamentos é de
venda livre (sem prescrição médica). Alguns exemplos destes medicamentos são:

        Antiacnéicos tópicos e adstringentes (exceto retinóides)
        Antiácidos,      antieméticos,     eupépticos,      enzimas     digestivas   (exceto
bromoprida, metoclopramida, mebeverina, inibidores da bomba de prótons)
        Antibacterianos tópicos (permitidos: bacitracina e neomicina)
        Antidiarréicos (exceto loperamida infantil e opiáceos)
        Anti-sépticos orais, anti-sépticos buco-faríngeos
        Aminoácidos, vitaminas e minerais
        Antiinflamatórios, como o naproxeno, ibuprofeno e cetoprofeno
        Analgésicos, anti-térmicos e anti-piréticos
        Emolientes e lubrificantes cutâneos e de mucosas
35



      Estes medicamentos podem ser adquiridos pela população em qualquer
drogaria sem receituário médico, mas tem que ser dispensado por um profissional
farmacêutico habilitado (BRASIL, 2003).

      Os entrevistados usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) relataram que,
devido à falta de medicação nos postos de saúde, foram levados a procurar a
farmácia pra adquirir seus medicamentos, o que acarretou uma crescente nos
resultados obtidos em nosso trabalho.

      O   SUS    apresenta   um   tratamento   precário   à   sociedade   brasileira,
principalmente aos usuários que são diagnosticados com doenças graves como
bronquite asmática, diabetes e males do sistema nervoso. Essa é a conclusão de
uma análise efetuada pelo Idec de março a setembro de 2002, onde onze cidades
brasileiras, ao averiguar a disponibilidade dos medicamentos sugeridos pelo
Ministério da Saúde como "essenciais", apresentou destaques negativos em relação
à média nacional de apenas 55,4% que ofertam esses medicamentos. Em São
Paulo o índice cai para 36% , porém nenhum dos medicamentos procurados foram
encontrados em todos os postos visitados. Atualmente a situação não é diferente,
apresenta rara melhora. A realidade é que na maioria das vezes é impossível ter
acesso a todos os medicamentos essenciais. Sendo isso um desrespeito com a
população, visto que trata-se de um direito, ter acesso a esses medicamentos.
Várias denúncias são feitas ao Ministério Público mas, não há previsão de melhora
para essa realidade (KARNICOWSKI; NOBREGA, 2002).
36



4.8 Identificação do ambiente domiciliar onde está armazenado o medicamento

Figura 8 – Percentual do ambiente domiciliar onde encontra-se os medicamento, Fernandópolis – SP,
2011. (n=128)




       Dos medicamentos encontrados nos domicílios, assim como em outros
estudos realizados, a cozinha destaca-se como local de armazenagem com 66%
dos resultados, seguido pelo quarto 26%. O banheiro e a sala ficaram com 3%,
outros lugares somou 2%.

       Segundo Fernandes (2001), em qualquer casa, por menor que seja sempre
haverá a cozinha, e este é o cômodo da casa que está mais próximo à água e de
fácil acesso a todos os moradores.

       De acordo com o farmacêutico especialista em Políticas e Gestão da Saúde
da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Alessandro de Souza Melo:

                        As condições ambientais inadequadas, por exemplo, podem diminuir a
                        estabilidade dos fármacos". Os medicamentos devem ser mantidos em suas
                        embalagens originais e os frascos devem ser conservados sempre bem
                        fechados. Os medicamentos não devem ser mantidos em banheiros ou em
                        cozinhas, já que as variações de temperatura e umidade podem degradar o
                        princípio ativo (PORTAL MINAS SAÚDE, 2011).
37



       É preciso lembrar que cada fármaco precisa de um cuidado específico. A sua
estabilidade da formulação depende tanto do fármaco quanto a mistura de
excipientes ou veículos usados e condições intrínsecas e extrínsecas também pode
afetar a estabilidade do fármaco. As condições intrínsecas são de responsabilidade
do fabricante relacionados com matéria prima e embalagens e as extrínsecas estão
relacionadas às condições ambientais como luminosidade, temperatura e umidade
(RIBEIRO, 2005).




4.9 Identificação do local de armazenamento do medicamento nos domicílios

Figura 9 – Percentual dos locais dos domicílios onde o medicamento é armazenado, Fernandópolis –
SP, 2011. (n=128)




       O resultado obtido mostra-se que, 52% dos medicamentos encontram-se em
caixas (embalagem do medicamento ou caixas de sapato), 36% em armários com
portas, 5% em estantes, 5% em outros lugares e 2% encontra-se armazenados em
sacolas.

       Os medicamentos podem tornar-se inadequados, quando sua forma de
armazenamento, não for correta, principalmente causada por fatores extrínsecos
38



que lesam as características biofarmacêuticas do medicamento, comprometendo a
liberação e absorção do princípio ativo (RIBEIRO, 2005).

4.10 Verificação se o medicamento está guardado em sua embalagem original

Figura 10 - Percentual dos medicamentos encontrados em sua embalagem original, Fernandópolis –
SP, 2011. (n=128)




       Foi verificado que os medicamentos encontrados estavam em suas
embalagens originais, representando 91% dos resultados, os outros 9 % não
estavam em sua embalagem original, eram oriundos do posto de saúde.

       A embalagem além de conter informações importantes do produto, é de suma
importância para a conservação do medicamento.

       De acordo com ex-diretor presidente da Anvisa Dirceu Raposo de Mello, o
qual propôs mudanças na embalagens devido a problemas identificados no mercado
e reclamados pela população e pelas associações do setor onde afirma: “O objetivo
é tornar as informações da embalagem do medicamento mais claras e úteis para o
cidadão” e completa “essas mudanças são importantes para que as pessoas que
têm alergia a algum componente da fórmula saibam disso antes de abrir a
embalagem” (BRASIL, 2009).
39



4.11 Verificação da existência da bula do medicamento

Figura 11 – Percentual do destino da bula dos medicamentos encontrados nos domicílios,
Fernandópolis – SP, 2011. (n=128)




       Foi questionado também qual o destino das bulas dos medicamentos
presentes nos domicílios, o resultado obtido foi que, 64% acompanham o
medicamento, 29% das bulas eram jogadas fora ou não vinham com o remédio no
caso dos medicamentos oriundos do posto de saúde e 7% guardavam para uma
eventual consulta.

       No Brasil, o principal material informativo de medicamento é a bula. Sabe-se
que a bula de medicamento contém informações específicas sobre o mesmo como:
a composição química, precauções, advertências e cuidados. Do ponto de vista legal
o paciente é um consumidor que tem o direito de receber todas as informações para
a adequada utilização e conservação do medicamento adquirido. Dentre as
informações destacam-se as relacionadas à administração e armazenamento e
também as relacionadas ao esclarecimento dos benefícios do tratamento e
reconhecer e agir diante dos problemas referentes ao medicamento. Nem sempre a
40



informação recebida do médico é suficiente para a adequada utilização do
medicamento e é através da bula que fornecerá informações sobre o medicamento
prescrito (SILVA et al., 2000).




4.12 Destino das sobras dos medicamentos dos domicílios pesquisados

Figura 12 – Percentual do destino das sobras dos medicamentos encontrados, Fernandópolis – SP,
2011. (n=56)




       Questionado aos moradores o que faziam com as sobras dos medicamentos,
39% afirmaram descartar no lixo, 27% é guardado para ser usado em outra ocasião,
6% é devolvido onde foi adquirido e 5% doam os medicamentos que sobram.

       Atualmente tem se falado muito sobre poluição e suas consequências ao
meio ambiente devido às modificações ambientais que o mundo tem passado como,
por exemplo, o aquecimento global. Uma dessas preocupações se dá pela
contaminação do meio ambiente por medicamentos. No mundo se tem comprovado
41



a presença de fármacos, tanto nas águas, como no solo. (ZUCCATO et al., 2005;
ZUCCATO et al., 2006).

      Os restos de medicamentos têm diversas causas. Entre as quais estão a
dispensação de medicamentos em quantidades desnecessárias para o tratamento,
as amostras grátis distribuídas pelos laboratórios farmacêuticos em propaganda, e o
gerenciamento impróprio de medicamentos por parte de farmácias e outros
estabelecimentos de saúde (EICKHOFF; SEIXAS; HEINECK, 2009).

      As duas opções de destinação para medicamentos em desuso são a
reutilização e o descarte. Nos Estados Unidos, várias farmácias, recebem
medicamentos vencidos ou em desuso. O custo monetário combinado com essa
atividade tem sido avaliado em 2 bilhões de dólares por ano, passando o atual valor
de mercado dos produtos. Parte desse custo tem sido aplicada ao consumo
desenfreado de medicamentos. O FDA (Food and Drug Administration), órgão
governamental norte-americano não obriga a reutilização de medicamentos e aceita
que esta seja regulamentada, particularmente, em cada estado. Existem discussões
a cerca da reutilização de medicamentos, pois, em certas situações, não se sabe de
que maneira esses foram armazenados. Em relação ao descarte, no estado da
Carolina do Norte, as regulamentações definem que substâncias controladas
precisam ser descartadas por incineração, pelo sistema de esgotos ou remanejados
para uma farmácia, onde irá ocorrer a destruição (DAUGHTON, 2003).

      Vários profissionais aconselham que os medicamentos sejam descartados
pela descarga do banheiro. Todavia, já há comprovação da contaminação de águas
superficiais através da rede de esgotos e que os plásticos contendo PVC (cloro
polivinil), presentes nas embalagens, podem originar dióxidos, furanos e outros
poluentes tóxicos do ar, quando incinerados (BILA; DEZOTTI, 2007).
42




4.13 A prática da automedicação entre os entrevistados

Figura 13 – Percentual dos entrevistados que pratica a automedicação, Fernandópolis – SP, 2011.
(n=56)




       O resultado obtido indica que, 68% da população estudada faz à prática da
automedicação, onde 68% responderam sim e 32% responderam que não. Foi
observado também que domicílios que há presença de idosos, a quantidade de
medicamento estocado era maior e que os que se automedica são em geral, adultos
entre 18-60 anos com pelo menos o 2°Grau completo de escolaridade. Mesmo com
um bom nível de escolaridade, a população ainda carece de informações quanto ao
uso e a manutenção das farmácias caseiras.

       A automedicação é um ato no qual o individuo, por iniciativa própria ou
influência de outros, decide ingerir o medicamento para alívio e tratamento. Assume-
se como automedicação quando solicita um medicamento sem a apresentação de
receita medica ou descreve-se uma queixa que resulta na venda do medicamento
pelo profissional da farmácia. A automedicação também pode incluir, além da
administração pessoal dos fármacos, a medicação de uma pessoa para outra, não
habilitada (amigos, familiares, etc.), com a intenção de ajudar, o individuo nota
43



melhoras significativas ou até mesmo se cura com o medicamento que indica. Os
sintomas podem ser os mesmos em vários tipos de doenças ou mal-estar, mas é
necessário ter a consciência de que não se trata do mesmo problema (MATOS,
2005).




4.14 Observam o aspecto/aparência do medicamento antes de utilizá-lo

Figura 14 – Percentual entre os entrevistados que observam o aspecto/aparência do medicamento
antes de usá-lo, Fernandópolis – SP, 2011. (n=56)




         O resultado obtido mostrou que dos 80% entrevistados têm o costume de
observar o aspecto/aparência do medicamento antes de utiliza-lo e somente 20%
não costumam observar o medicamento, “acreditam que se veio da farmácia ou
posto de saúde, o medicamento não apresenta problema”.

         Os medicamentos devem sempre ser conservados na sua embalagem
original, que foi avaliada para proteção do produto, pois a maioria deles é sensível à
luz. Todo e qualquer medicamento tem que ser armazenado em temperatura
ambiente fora de umidade e luz direta. Dentre todos os vilões que deterioram
medicamentos, a umidade e o calor são influenciáveis, o calor atua contra a
44



qualidade e a umidade tem o efeito deletério sobre a rotulagem do produto. A
princípio todo e qualquer medicamento deve ser conservado em temperatura inferior
a 25ºC. Por sua vez vários medicamentos requerem condições especiais de
conservação e transporte. Eles devem ser guardados preferencialmente em
prateleiras afastadas das paredes, porém é normal se ver em armários de banheiro
e/ou em cima da geladeira (SOUZA, 2010).




4.15    Receberam       informações       sobre     o    correto     armazenamento         de
medicamentos

Figura 15 – Percentual dos entrevistados que receberam informação sobre armazenamento de
medicamento, Fernandópolis – SP, 2011. (n=56)




       A falta de informação sobre o armazenamento do medicamento no domicílio é
preocupante onde, 62% não obtiveram nenhuma informação a respeito. Com os
resultados obtidos verificou-se que, há uma grande diferença entre os que
receberam alguma informação sobre armazenamento de medicamento e os que não
receberam nenhuma informação, percebeu-se que aqueles que obtiveram
informações, adquiriram através da bula do medicamento, ou através de
45



propagandas, em nenhum momento, o médico, o balconista e o farmacêutico foram
citados como a fonte das informações.

      Essa falta de informação ou informação incorreta, torna-se a variante mais
significante do estudo, podendo resultar na armazenagem inadequada do
medicamento, o que pode acarretar ainda a estabilidade da fórmula farmacêutica
ficando a mesma comprometida, tornando o medicamento impróprio para o
consumo. Para Ribeiro, (2005) “estes fatores são preocupantes porque lesam as
características   biofarmacêuticas   do   produto,   levando   a     um   inevitável
comprometimento de liberação e absorção do princípio ativo”.

      Segundo informações publicadas pelo Sistema Nacional de Informações
Tóxico Farmacológico (SINITOX), os medicamentos são os grandes responsáveis
por intoxicações desde 1996, (Fundação Oswaldo Cruz, 2000-2002) sendo que uma
das explicações estaria no fato de a população não ter informações exatas de como
e onde armazená-los, como adquiri-los e utilizá-los ou até porque são armazenados
em locais impróprios, podendo assim, comprometer a sua qualidade (LAPORTE,
1989) Para resolver este e os demais problemas decorrentes da utilização
inadequada faz-se indispensável o acesso do uso racional de medicamentos
mediante a reorientação dessas práticas e a evolução de um processo educativo
tanto para a equipe de saúde quanto para o usuário (BRASIL, 2001).
46



5. CONSIDERAÇÕES FINAIS




       O estoque domiciliar de medicamentos sempre esteve presente no cotidiano
das pessoas. Ainda são raros os estudos que possibilitam conhecer as
características dessas farmácias caseiras e de que maneira esses medicamentos
são armazenados.

       Este trabalho possibilitou conhecer um pouco mais sobre as farmácias
caseiras do município de Fernandópolis/SP.

       Pode-se afirmar que há uma média baixa se comparada com outros estudos,
dos medicamentos de venda livre os mais encontrados foram antitérmicos,
analgésicos e antigripais, sendo maioria adquirida em farmácias particulares. Além
dos medicamentos de uso contínuo ou específico para algum tratamento,
mantinham em estoque medicamentos de “emergência” como: para dor de cabeça,
uma pomada para assadura, remédio para o estômago e fígado, entre outros, para
aliviar o mal estar, não precisando recorrer continuamente a farmácias para adquiri-
los.

       Dos locais preferencialmente escolhidos encontra-se a cozinha e o quarto,
utilizando se caixas e armários para o armazenamento.

       Outros fatores relacionados diretamente às farmácias caseiras são: a prática
da automedicação, incentivos das mídias oferecendo medicamentos milagrosos, o
acesso fácil a esses medicamentos e a cultura de consumismo faz com que a
população adquire esses medicamentos e armazenem em suas residências.

       O uso de medicamentos sem a prescrição, orientação ou acompanhamento
de um profissional habilitado define ao que chamamos de automedicação, um dos
responsáveis pelo número de vitimas de intoxicações causadas pelo uso incorreto
de medicamento.

       O medicamento se for armazenado incorretamente pode alterar a estabilidade
de sua formulação tornando inadequado para sua utilização. Fatores como umidade,
temperatura e luminosidade podem lesar as características biofarmacêuticas do
medicamento, comprometendo a liberação e absorção do princípio ativo. Algumas
47



dessas alterações podem ser observadas pelo usuário do medicamento como, por
exemplo: amolecimento de cápsulas, comprimido esfarelando, suspenções com
partículas solida no frasco ou no líquido e mudanças de coloração.

      O conjunto de resultados indica que é necessário elaborar estratégias para
promover a educação dos cuidados que deve-se ter com o medicamento na sua
utilização e manutenção dos mesmos, os perigos da automedicação e a
conscientização para o uso racional evitando assim as sobras e desperdício
desnecessário desses medicamentos.
48



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55



                                       ANEXO I

             TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Título da pesquisa: ANÁLISE DO ESTOQUE DOMICILIAR DE MEDICAMENTOS NO
MUNICÍPIO DE FERNANDÓPOLIS - SP

Pesquisadores: Ana Paula Pereira, Karina Borges, Marco Aurélio Gregorini e Paulo Antonio
Boracini Kawahara

Orientador responsável: Prof. Reges Evandro Teruel Barreto

Instituição de Ensino: FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE                    FERNANDÓPOLIS        -
FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS - FARMÁCIA

Telefones para contatos: (17)97771270 – (17)96290334 – (67)81622879



                                Prezado (a) Senhor (a):

•     Você está sendo convidado (a) a responder às perguntas deste questionário de
forma totalmente voluntária.

•      Antes de concordar em participar desta pesquisa e responder este
questionário, é muito importante que você compreenda as informações contidas
neste documento.

•     Os pesquisador (es) deverão responder todas as suas dúvidas antes que você
decida a participar.

•     Você tem o direito de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento,
sem nenhuma penalidade e sem perder os benefícios aos quais tenha direito.



Objetivo do estudo: Análise da Prática do Estoque Domiciliar de Medicamentos – Farmácia
Caseira.

Procedimentos: Sua participação nesta pesquisa consistirá apenas no preenchimento
deste questionário, respondendo às perguntas formuladas.

Benefícios: Esta pesquisa trará maior conhecimento sobre o tema abordado, sem benefício
direto para você.

Riscos: O preenchimento deste questionário não representará qualquer risco de ordem
física ou psicológica para você.

Sigilo: As informações fornecidas por você serão confidenciais e de conhecimento apenas
dos pesquisadores responsáveis. Os sujeitos da pesquisa não serão identificados em
nenhum momento, mesmo quando os resultados desta pesquisa forem divulgados em
qualquer forma

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Análise do Estoque Domiciliar de Medicamentos no Município de Fernandópolis

  • 1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS ANA PAULA PEREIRA KARINA BORGES FERREIRA ARANTES MARCO AURELIO GREGORINI PAULO ANTONIO BORACINI KAWAHARA ANÁLISE DOS ESTOQUES DOMICILIARES DE MEDICAMENTOS NO MUNICIPIO DE FERNANDÓPOLIS - SP FERNANDÓPOLIS - SP 2011
  • 2. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS ANA PAULA PEREIRA KARINA BORGES FERREIRA ARANTES MARCO AURELIO GREGORINI PAULO ANTONIO BORACINI KAWAHARA ANÁLISE DOS ESTOQUES DOMICILIARES DE MEDICAMENTOS NO MUNICIPIO DE FERNANDÓPOLIS - SP Monografia ao Curso de Farmácia apresentada à Fundação Educacional de Fernandópolis como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Farmácia. Orientador: Prof. Ms. Reges Evandro Teruel Barreto. FERNANDÓPOLIS, SP 2011
  • 3. FOLHA DE APROVAÇÃO ANA PAULA PEREIRA KARINA BORGES FERREIRA ARANTES MARCO AURÉLIO GREGORINI PAULO A. BORACINI KAWAHARA ANÁLISE DOS ESTOQUES DOMICILIARES DE MEDICAMENTOS NO MUNICIPIO DE FERNANDÓPOLIS - SP Monografia apresentada ao Curso de Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como requisito parcial para o título de bacharel em Farmácia. Aprovado em: ___/___/2011. Examinadores: _____________________________________________________ Prof. Ms. Reges Evandro Teruel Barreto Curso de Farmácia _____________________________________________________ Profª. Vanessa Maira Rizzato Silveira Curso de Farmácia ______________________________________________________ Prof°. Ocimar Antônio de Castro Curso de Farmácia Fundação Educacional de Fernandópolis
  • 4. Dedicamos aos nossos pais, pelo exemplo e coragem, amor e dedicação. Aos queridos amigos. A todos os familiares, a Deus e a todos que de forma direta e indireta contribuíram para a finalização dessa jornada. Ana Paula, Karina, Marco e Paulo
  • 5. Tudo o que aparece em nosso caminho faz parte do processo evolutivo de cada indivíduo, nada acontece por acaso. A vida não faz nada, sem nenhuma finalidade. Todos os fatos que ocorrem, a cada momento, independente da situação, são porque temos condições de aproveitar e amadurecer. Tudo tem sua hora certa. E é com muita felicidade e a força daqueles que me acompanharam nessa jornada que dedico com carinho meus sinceros agradecimentos. Primeiramente a DEUS nosso pai criador, pela presença constante em nossas vidas e, por oportunizar este percurso em minha trajetória terrena. A minha mãe Wanda Maria Brucelli por todo o amor, dedicação, educação, paciência e confiança durante esta etapa de nossas vidas, a minha eterna gratidão. Aos meus irmãos Simone Christina Pereira e Marcio Rogério Pereira, pela ajuda, paciência e pelo orgulho que tiveram todo esse tempo, e a certeza de que sermos irmãos está além da convivência mútua e sim estarmos unidos pelos eternos laços de amor. Aos meus tios Ederaldo e Irani, que mesmo na ausência, me auxiliaram, para que hoje eu esteja concluindo este curso. A minha avo Maria, que mesmo distante se manteve sempre presente através do seu amor e dedicação. A meu orientador Reges Barreto que me acompanhou nesta trajetória acadêmica desde o início do curso e por ter aceitado o meu convite me orientando na elaboração deste trabalho sempre com alto astral e disponibilidade. Aos professores da instituição que fizeram toda a diferença nestes meus 5 anos mostrando com sua inteligência a direção dos caminhos a serem traçados. A todos aqueles que me ajudaram de forma direta e indireta na concretização deste trabalho, no entanto, em agradecimento especial a todos os meus AMIGOS o meu muito obrigada. Ana Paula Pereira.
  • 6. Em primeiro lugar quero agradeço a Deus por me dar a oportunidade entre tantos de poder estudar e conseguir um espaço nesse mundo. E também aos meus pais porque foi um instrumento de Deus para que tudo isso se concretizasse. Pai e Mãe vocês são meus espelhos, obrigada por tudo. Não poderia também esquecer os meus Mestres que me ensinaram os caminhos dessa grande e infindável jornada que é o conhecimento. Aos verdadeiros amigos que estiveram ao meu lado me dando força nos momentos mais difíceis. Karina Borges Ferreira Arantes
  • 7. Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado paciência, perseverança e sabedoria nessa longa jornada. Agradeço também ao me pai Nelson Gregorini e a minha mãe Nerci, pela compreensão, amor e dedicação que tiveram por mim durante todos os altos e baixos que existiram nessa longa caminhada. Agradeço ao meu irmão Nelson e minha namorada pelo carinho e compreensão. Agradeço aos colegas de turma por inúmeras vezes terem me compreendido e acreditado no meu potencial. A Todos só posso dizer: Meu muito Obrigado! Marco Aurélio Gregorini
  • 8. De forma especial, agradeço a Deus, que me trilhou por este caminho com determinação e perspicácia até atingir meu objetivo, concedendo coragem, perseverança e sobretudo sabedoria. Aos meus pais, Eduardo e Linley pelo incentivo e dedicação nessa minha nova jornada. Aos meu irmãos, amigos e namorada, pela força, incentivo, amizade e amor. Ao nosso orientador e professor mestre Reges Evandro Teruel Barreto pelo tempo, incentivo, compreensão e por acreditar em nós e levar esse projeto adiante. Sabe-se que não é fácil para nós alunos e nem para o orientador, conduzir um trabalho à distância. Aos colegas de turma, com quem eu dividi um tempo de minha vida, com proveitosas trocas de experiências e discussões que enriqueceram o nosso trabalho. E a todos aqueles que contribuíram de forma direta ou indireta na concretização deste trabalho o meu muito obrigado. Paulo Antonio Boracini Kawahara
  • 9. “De um modo geral o consumidor não tem experiência nem conhecimentos necessários para distinguir distúrbios, aliviar a gravidade e escolher o mais adequado entre os recursos terapêuticos disponíveis, o que leva a que a prática da automedicação seja bastante danosa para a saúde de quem a pratica”. (SCHENKEL, 1996)
  • 10. RESUMO Análise do Estoque Domiciliar de Medicamentos Os medicamentos figuram como a forma mais comum de terapia utilizada pela sociedade. Diversos fatores entre eles o incentivo da mídia, fator econômicos- político-cultural, automedicação somado ao acesso facilitado ao medicamento, bem como o sentimento de medo em relação às doenças tornou seu uso uma prática rotineira gerando um acúmulo de medicamentos nas residências, pode ser somado ainda a estes a dificuldade do acesso e a má qualidade dos serviços de saúde prestados também podem gerar o acúmulo de medicamentos nas residências. Com isso a prática de armazenar medicamentos nas residências tornou-se um hábito comum, e a cultura da automedicação vem se firmando entre a população. A existência do estoque domiciliar de medicamentos ou farmácia caseira, além de favorecer a automedicação, o mau armazenamento pode afetar a eficiência e a segurança no uso de medicamentos. É importante que a farmácia caseira possa garantir a qualidade dos medicamentos, através do adequado armazenamento destes, devendo-se realizar revisão periódica dos medicamentos que constituem o estoque. Diante dos fatos, o objetivo desse trabalho foi conhecer a disponibilidade de medicamentos no meio doméstico, às principais características das farmácias domiciliares e à falta de informação sobre o correto armazenamento entre a população do município de Fernandópolis/ SP. O método utilizado foi uma pesquisa exploratória com entrevistas padronizadas a partir de um questionário estruturado de forma simples com questões de múltipla escolha. O questionário foi aplicado em 2 bairros distintos do município, Bairro Jardim Santa Helena e Bairro Vila Nova. Foram entrevistados 56 moradores em suas respectivas residências e os resultados obtidos evidenciaram uma população com perfil predominante adulto de classe médio-alta, e com índice de escolaridade. Em relação ao estoque domiciliar de medicamentos, em todos os domicílios foram encontrados um ou mais medicamentos, desses, 43% foram adquiridos sem prescrição médica, 64% comprados em farmácias, 66% era guardado na cozinha da residência, 52% armazenados em caixas e 62% não receberam informação como armazenar corretamente o medicamento. Encontramos 68% que praticavam a automedicação e 39% dos entrevistados jogavam no lixo as sobras de medicamento. Em conclusão, o conjunto de resultados indica a necessidade de desenvolver estratégias para educar o paciente para a utilização e manutenção dos medicamentos que possui em seu estoque domiciliar. Palavras-chaves: automedicação, estoque domiciliar de medicamento, farmácia caseira.
  • 11. ABSTRACT Analysis of stock Household Medicines The drugs listed as the most common form of therapy used by society. Several factors including the encouragement of the media, economic factors, political and cultural self-medication coupled with easier access to the drug, and the sense of fear in relation to diseases its use became a routine practice creating an accumulation of drugs in homes, can be they also added the difficulty of access and poor quality of health services may also generate the accumulation of drugs in the home. Thus the practice of storing drugs in the home became a common habit, and the culture of self-medication has established itself among the population. The existence of the stock of household medicines or pharmacy home, in addition to promoting self- medication, poor storage can affect the efficiency and safety of medication. It is important that the pharmacy home to ensure the quality of medicines, through the proper storage of these, should be carried out periodic reviews of drugs that are the stock. Given the facts, the aim of this study was the availability of medicines in the home, the main features of home pharmacies and lack of information on proper storage of the population of the city of Ferndale / SP. The method used was an exploratory research with standardized interviews from a structured questionnaire with a simple multiple choice questions. The questionnaire was applied in two distinct neighborhoods of the city, Jardim Santa Helena and Vila Nova Quarter. 56 residents were interviewed in their homes and the results showed a predominant profile of adult population with middle-high class, and level of education. In relation to the stock of drugs at home in all the homes were found one or more drugs, of which 43% were purchased without a prescription, 64% purchased in pharmacies, 66% was kept in the kitchen of the residence, 52% and stored in boxes 62% received no information as to store the medicine properly. We found that 68% practiced self-medication and 39% of respondents threw in the trash leftover medicine. In conclusion, the set of results indicates the need to develop strategies to educate the patient for the use and maintenance of the medicines you have in your home inventory. Keywords: self-medication, household stock of medicine, pharmacy home.
  • 12. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Distribuição da faixa etária em anos da população estudada .................. 27 Figura 2 – Gênero da população estudada ............................................................... 28 Figura 3 – Percentual dos constituintes residentes nos domicílios pesquisados ...... 29 Figura 4 – Nível de escolaridade da população ........................................................ 30 Figura 5 – Percentual de domicílios que foram encontrados medicamentos ............ 31 Figura 6 – percentual da origem do medicamento prescrito ou não encontrado nas residências ................................................................................................................ 32 Figura 7 - Percentual da origem do medicamento ..................................................... 33 Figura 8 – Percentual do ambiente domiciliar onde encontra-se os medicamento ... 34 Figura 9 – Percentual dos locais dos domicílios onde o medicamento é armazenado .................................................................................................................................. 35 Figura 10 - Percentual dos medicamentos encontrados em sua embalagem ........... 36 Figura 11 – Percentual do destino da bula dos medicamentos encontrados nos domicílios .................................................................................................................. 37 Figura 12 – Percentual do destino das sobras dos medicamentos encontrados....... 38 Figura 13 – Percentual dos entrevistados que pratica a automedicação .................. 40 Figura 14 – Percentual entre os entrevistados que observam o aspecto/aparência do medicamento antes de usá-lo ................................................................................... 41 Figura 15 – Percentual dos entrevistados que receberam informação sobre armazenamento de medicamento ............................................................................. 42
  • 13. LISTA DE ABREVIATURAS ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária ACCP – American College of Clinical Pharmacy FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz FDA – Food and Drug Administration FURP – Fundação Para o Remédio Popular IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor OMS – Organização Mundial de Saúde PRM – Problemas Relacionados a Medicamentos PVC – Cloro Polivinil RBF – Revista Brasileira de Farmácia RDC – Resolução da Diretoria Colegiada RNM – Resultados Negativos Associados a Medicamentos SINITOX – SISTEMA Nacional de Informações Tóxico Farmacológico SUS – Sistema Único de Saúde
  • 14. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 15 1.1 Medicamentos ..................................................................................................... 16 1.2 Atenção Farmacêutica ........................................................................................ 17 1.3 Assistência Farmacêutica.................................................................................... 18 1.4 Automedicação.................................................................................................... 19 1.5 Farmácia caseira ................................................................................................. 20 1.6 Conservando sua farmácia caseira ..................................................................... 21 2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 23 2.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 23 2.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 23 3. MÉTODOS ............................................................................................................ 24 3.1 Princípios metodológicos..................................................................................... 24 3.2 Aplicação do questionário de avaliação e tamanho da amostra .......................... 24 3.3 Locais de aplicações ........................................................................................... 24 3.4 Critérios de inclusão ............................................................................................ 24 3.5 Critérios de exclusão ........................................................................................... 25 3.6 Instrumento da pesquisa ..................................................................................... 25 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 27 4.1 Faixa etária.......................................................................................................... 27 4.2 Gênero ................................................................................................................ 28 4.3 Constituintes dos domicílios ................................................................................ 29 4.4 Nível de escolaridade .......................................................................................... 30 4.5 Domicílios que contém medicamentos ................................................................ 31 4.6 Identificação da origem dos medicamentos encontrados nos domicílios ............ 32
  • 15. 4.7 Identificação da origem do medicamento adquirido ............................................ 33 4.8 Identificação do ambiente domiciliar onde está armazenado o medicamento..... 34 4.9 Identificação do local de armazenamento do medicamento nos domicílios ........ 35 4.10 Verificação se o medicamento está guardado em sua embalagem original ...... 36 4.11 Verificação da existência da bula do medicamento ........................................... 37 4.12 Destino das sobras dos medicamentos dos domicílios pesquisados ................ 38 4.13 A prática da automedicação entre os entrevistados .......................................... 40 4.14 Observam o aspecto/aparência do medicamento antes de utiliza-lo ................ 41 4.15 Receberam informações sobre o correto armazenamento de medicamentos .. 42 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 46 ANEXO I -TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ..................... 52
  • 16. 15 INTRODUÇÃO Atualmente, os medicamentos figuram como a forma mais comum de terapia da sociedade, pois salvam vidas e melhoram a saúde (PEREIRA et al., 2011). Os medicamentos representam muito bem a relação custo/beneficio, somado a fatores como incentivo da mídia, fatores econômicos-político-culturais, a automedicação, acesso facilitado na aquisição, ocasionado um acúmulo de medicamentos nas residências (RIBEIRO, 2005). Esse acúmulo pode ser determinado de farmácia caseira ou estoque domiciliar de medicamentos (PEREIRA et al., 2011). Para Pereira et al., (2010), pacientes ao identificar sintomas recorrentes a enfermidades já tradadas, não hesitam em reutilizar o medicamento já prescrito, aumentando o número de medicamentos na residência. A dificuldade do acesso e a má qualidade dos serviços de saúde, também podem gerar o acúmulo de medicamentos nas residências, pois o sentimento de medo em relação às doenças faz com que o paciente se automedique sem a adequada orientação de um profissional da saúde. A existência da farmácia caseira, além de favorecer a automedicação, o mau armazenamento pode afetar a eficiência e a segurança no uso de medicamentos com isso a prática de armazenar medicamentos nas residências tornou-se um hábito comum, e a cultura da automedicação vem se firmando entre a população. De acordo com Schenkel, Fernández e Mengue (2005), existe uma carência de dados sobre como os medicamentos são armazenados e utilizados após a sua aquisição. Uma das formas de se estudar o que acontece com os medicamentos após a sua aquisição é a observação da farmácia caseira. Em seu estudo observou que 55% dos medicamentos do estoque domiciliar, foram obtidos sem receita médica. O estoque domiciliar pode ser constituído por medicamentos fora de uso, sobras de tratamentos anteriores, medicamentos em uso, prescritos para tratamento
  • 17. 16 de distúrbios agudos e crônicos, ou por medicamentos comumente utilizados em automedicação (DAL PIZZOL et al., 2006). É importante que a farmácia caseira possa garantir a qualidade dos medicamentos, através do adequado armazenamento destes, que se realize a revisão periódica dos medicamentos que constituem o estoque (BUENO; WEBER; OLIVEIRA, 2009). 1.1 Medicamentos O sistema de saúde aceita como parte integrante, quando usado corretamente, o uso de medicamentos sem receita médica, colaborando em desafogar financeiramente o sistema de saúde pública. Perante as moléstias, profissionais da saúde utilizam recursos terapêuticos pra buscar o restabelecimento e prevenção da saúde. Desses recursos, o medicamento ocupa um lugar em destaque, além de ser utilizado como forma de reencontrar o bem estar físico e mental, é essencial no setor de saúde para a capacidade resolutiva dos serviços prestados, atingindo o segundo maior gasto incluso no Sistema Único de Saúde (SOUZA et al., 2008). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, define os seguintes conceitos: Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Medicamento Similar – é quando contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, e apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e a indicação terapêutica, preventiva e diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo ser identificado por nome comercial ou marca. Medicamento Genérico – é o medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que espera ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de diversos direitos de exclusividade, confirmada a sua eficácia, segurança e qualidade, designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI. Medicamento de Referência – um produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja
  • 18. 17 eficácia, segurança e qualidade foram confirmados cientificamente unidos ao órgão federal competente, por ocasião do registro (BRASIL, 2011). 1.2 Atenção Farmacêutica O Código de Ética Farmacêutico Brasileiro (2004) salienta que o profissional farmacêutico deve agir de modo que busque a saúde do paciente, orientando-o sempre. A Atenção Farmacêutica incide no mais recente caminho a ser tomado para tal finalidade, onde o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico (OMS, 1993). Esta atuação inclui em uma totalização de atitudes, procedimentos, responsabilidades e aptidão na representação do papel do farmacêutico, seguindo o conceito da farmacoterapia, para obter resultados terapêuticos eficientes e seguros, visando à saúde e a melhoria da qualidade de vida do paciente (MARTINEZ, 1996). Com tudo, a prática da atenção farmacêutica engloba macro componentes como a educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento farmacêutico e seguimento farmacoterapêutico. Tendo sempre em foco todas as junções destes componentes o profissional irá conseguir atingir seu objetivo e efetuar com êxito a avaliação do seu paciente. Essa conduta exige do farmacêutico sabedoria, firmeza em suas atitudes e responsabilidades, decorrentes de uma boa formação acadêmica, e da bagagem profissional conquistada ao longo do tempo (IVAMA, 2002). Além de o farmacêutico atender o paciente diretamente, ele deve avaliar e orientar o paciente em relação ao receituário prescrito pelo médico (FURTADO, 2008), para poder sanar eventuais problemas relacionados ao receituário e o ao medicamento, assim pode-se dizer que há uma relação entre a prática e o conhecimento teórico na atuação farmacêutica na promoção da saúde com segurança e eficácia (PERETTA; CICCIA, 2000). O sistema visa um trabalho conjunto entre o médico, o paciente e o farmacêutico (OLIVEIRA et al., 2002) assegurando que o artigo 196, título VIII da
  • 19. 18 Constituição Federal do Brasil será cumprido: "A saúde é um direito de todos e dever do Estado" (BRASIL, 1988). Partindo dessa premissa projetos de atenção farmacêutica, já apresentam normatizações legais como a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 357/01 do Ministério da Saúde de outubro de 2001 (BRASIL, 2001), a qual exige atuação adequada e exclusiva pelo profissional farmacêutico, devido a sua formação acadêmica voltada ao conhecimento geral sobre os medicamentos, sua parte administrativa, social e biológica com ênfase clínico-patológica, dentre outras (OLIVEIRA et al., 2002). 1.3 Assistência Farmacêutica A Assistência Farmacêutica reúne todas as atividades que envolvem o medicamento, desde a seleção até a dispensação, apoiando as ações de saúde de uma comunidade e promovendo o uso racional de medicamentos. Ter acesso ao medicamento não significa só poder adquiri-lo, mas também ter o acesso ao bom atendimento do profissional qualificado capaz de esclarecer dúvidas relacionadas ao medicamentos, comtemplando informações e acompanhamento do seu uso (RIBEIRO, 2005). O medicamento faz parte dos elementos fundamentais da atenção à saúde, e seu uso de forma racional colabora com a qualidade dos serviços de saúde e seu uso indevido causa mais prejuízo do que benefícios à saúde (BRASIL, 2001). O American College of Clinical Pharmacy (ACCP) publicou, em 2008, capítulo sobre o desempenho de farmacêuticos que entram no programa de residência farmacêutica voltado para o atendimento domiciliar, recomendando que os residentes empreguem variadas ferramentas e aumentem habilidades para entender o contexto de pacientes no que diz respeito ao uso de vários fármacos e à dificuldade de aderir à farmacoterapia, causada por falta de habilidade física ou de compreensão, bem como o contexto de cuidadores que precisam de um melhor esclarecimento do ambiente doméstico (EDGERTON, 2008).
  • 20. 19 Há várias publicações que descrevem o grande valor da atuação de farmacêuticos em domicílio, comprovando que o serviço prestado por esse profissional é preciso na detecção de problemas ligados aos medicamentos, principalmente nos casos de pacientes de alto risco (BEGLEY et al.,1996 - 1997). Pesquisas atuais nos quais farmacêuticos se dedicaram ao acompanhamento domiciliar de paciente usando seis critérios de risco pré-determinados entre eles: insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal, polifarmácia, desconfiança de reações adversas, descrição de pelo menos uma queda de mesma altura em casa e dor moderadamente controlada. Notaram que 32% dos Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM) são encontrados em pelo menos uma ida do farmacêutico no domicílio, conseguindo uma média de 3,4 PRM por paciente. Um novo estudo analisou a eficácia da atenção farmacêutica em 77 pacientes com insuficiência cardíaca, acompanhados por trabalhos domiciliares (TRILLER et al., 2007). A função do farmacêutico na prática da atenção farmacêutica domiciliar é imprescindível para prevenir, detectar e resolver Resultados Negativos Associados a Medicamentos (RNM). No entanto, para analisar o impacto do trabalho desse profissional, são necessárias pesquisas que proporcionem os custos dos RNM para a saúde do paciente e para estabelecimentos de saúde, bem como a probabilidade de impedir esse acontecimento (EDGERTON, 2008). 1.4 Automedicação Automedicação é um procedimento tomado pelo doente, ou do responsável, em obter, produzir e utilizar um produto que acredita que lhe trazer benefícios no tratamento das doenças ou alívio dos sintomas. A automedicação ou uma prescrição errônea podem acarretar consequência e efeitos indesejáveis, além de enfermidades iatrogênicas e mascaramento de doenças evolutivas, representando, problema a ser prevenido. É certo que o risco desta prática está correlacionado com o grau de instrução e informação dos usuários sobre medicamentos, e o acesso dos mesmos ao sistema de saúde (ARRAIS et al., 2007).
  • 21. 20 A prática da automedicação é bastante distribuída, não só no Brasil, mas também em diversos países. A ida à farmácia estabelece a primeira opção procurada para resolver o problema de saúde, a maior parte de medicamentos consumidos pela população é vendida sem a receita médica. Mesmo em países industrializados, diversos medicamentos de uso simples e comum estão disponíveis em farmácias e drogarias, e podem ser adquiridos sem necessidade de receita médica. Os motivos que levam as pessoas a se automedicarem são inúmeras, sendo incentivadas pela forte propaganda de determinados medicamentos, o que contrasta com as tímidas campanhas que tentam esclarecer os perigos da automedicação (REVISTA DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA, 2001). 1.5 Farmácia caseira Um dos fatores que podem influenciar a automedicação é o estoque domiciliar de medicamentos e a reutilização de prescrições, ou seja o excesso de medicamentos desnecessários ou sobras de tratamentos nos estoques domiciliares (RIBEIRO, 2005). Os medicamentos têm um papel fundamental nos sistemas sanitários, pois ajudam vidas e favorecem a saúde (MARIN et al, 2003). O uso de fármacos é a maneira mais usual de tratamento na comunidade brasileira, contudo existem estudos demonstrando a existência de problemas de saúde cujo início está relacionado ao uso destes medicamentos. As forças sociais, as quais os prescritores estão sujeitos, somados com a organização do sistema de saúde e o marketing farmacêutico são frequentemente mencionados como fatores relacionados nessa problemática (DALL AGNOL, 2004). Ter acesso ao auxílio médico e a medicação, não quer dizer que tenha melhor condição de saúde ou qualidade de vida, pois os maus hábitos, erros na entrega do medicamento, o costume de se medicar incorretamente, podem acarretar a ineficácia do tratamento. Portanto, é óbvio que a probabilidade de ter tratamento apropriado, diminui os casos de problemas para a saúde, bem como a redução de mortes por causa de doenças (ARRAIS et al., 2005).
  • 22. 21 Causas econômicas, políticas e culturais têm colaborado para o desenvolvimento e a propagação da automedicação no mundo, tornando um problema de saúde pública (FILHO et al., 2002). No Brasil pelo menos 35% dos fármacos obtidos são conseguidos por conta própria (AQUINO, 2008). A automedicação é entendida pelo uso sem que um profissional qualificado tenha recomendado. Uma dessas causas é o ato de existir muitas farmácias e drogarias que facilitem esse uso indiscriminado. O grande uso de medicação sem supervisão médica, consecutivamente vem seguida dos males que o geram. Dessa maneira, o uso sem orientação de medicamentos estabeleceu-se com um dos maiores problemas vistos pela saúde no setor mundial (LESSA et al., 2008) O aumento de medicamentos nas casas forma um arsenal terapêutico, ocasionando diversos riscos, pois facilitam o uso da automedicação, a qual pode apresentar erros de combinação entre medicamentos e perigo de intoxicação por consumo acidental. Devendo ser levado em conta ainda a perda da eficácia pelo mau armazenamento ou pelo vencimento (FERREIRA et al., 2005; ZAMUNER, 2006). 1.6 Conservando sua farmácia caseira Para manter sua farmácia caseira é importante garantir a qualidade do medicamento fazendo o correto armazenamento desses. O Portal Minas Saúde (2011) faz uma nota a respeito de como guardar e conservar os medicamentos nos domicílios, como segue: Sensibilidade à luz: Conserve os medicamentos nas embalagens originais, pois ela garante a qualidade do medicamento. Importante que todo medicamento não fique exposto à luz. Umidade: Um dos piores agentes na deterioração dos medicamentos. Mantenha-os em local seco, afastados das paredes. Calor: O calor é outro problema que pode interferir na qualidade dos medicamentos. Todo medicamento deve ser conservado em temperaturas inferiores a 25ºC. Porém, vários medicamentos requerem condições especiais de conservação e de transporte. Leia na embalagem externa as condições indicadas de temperatura e armazenagem.
  • 23. 22 Limpeza: Periodicamente, providencie a higienização do local. Mantenha os medicamentos livres de pó, partículas e mofo. Isolamento: Não guarde os medicamentos junto com outras substâncias (cosméticos, produtos de limpeza, perfumaria, etc). Não deixe medicamentos ao alcance de crianças. “Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças”. Pragas domésticas: Guarde os medicamentos em salas protegidas da entrada de insetos, roedores e aves. Para o projeto extensão FURP (2011), a respeito da atenção farmacêutica domiciliar é necessário seguir algumas dicas de como guardar seu medicamento em casa, como segue: Todo o medicamento é um veneno em potencial. Se tiver criança em casa, mantenha os medicamentos trancados em armários altos. Retire todos os itens do armário mensalmente e cheque as datas de vencimento. Jogue fora os remédios vencidos, sem rótulo e tubos de pomada e creme ressecados. Cápsulas pegajosas ou com manchas na superfície indicam excesso de umidade, estando com sua qualidade comprometida. Jogue fora comprimidos quebrados, se desmanchando ou se esfarelando facilmente. Fique atento quanto: A presença de substâncias sólidas no fundo do frasco ou no liquido; A qualquer cheiro diferente ou desagradável; A possíveis mudanças de coloração; frasco com tampa estufada; embalagens ou bulas molhadas. Não troque nem guarde a bula de um medicamento na caixa de outro. Busque sempre orientação com seu médico ou farmacêutico
  • 24. 23 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Avaliar como, onde, quantidade e a forma de armazenamento dos medicamentos utilizados em domicílios do município de Fernandópolis/SP. 2.2 Objetivos específicos 1. Conhecer as motivações da prática da estocagem de medicamentos; 2. Esclarecer sobre possíveis alterações do medicamento de acordo com as condições de armazenamento; 3. Orientar a comunidade pesquisada sobre o melhor acondicionamento dos medicamentos; 4. Reduzir a prática de automedicação.
  • 25. 24 3. MÉTODOS 3.1 Princípios metodológicos Aplicou-se uma pesquisa exploratória com entrevistas padronizadas à partir de um questionário estruturado de forma simples e objetiva, com questões de múltipla escolha. O campo de estudo foi o município de Fernandópolis/SP, o qual de acordo com o censo de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010), conta com uma população de 64.696 habitantes, com um estabelecimento de saúde estadual, 20 municipais e 49 farmácias e drogarias. 3.2 Aplicação do questionário de avaliação e tamanho da amostra O questionário foi aplicado durante o mês de agosto de 2011 na cidade de Fernandópolis/ SP em 56 residências. 3.3 Locais de aplicações O questionário foi aplicado em dois bairros distintos do município de Fernandópolis - SP: A. Bairro Jardim Santa Helena B. Bairro do Vila Nova 3.4 Critérios de inclusão Foram incluídos na amostra indivíduos maiores de 18 anos, responsáveis pela providência dos medicamentos e que concordaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 1).
  • 26. 25 3.5 Critérios de exclusão Foram excluídos todos os usuários menores de 18 anos, e usuários que não concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 3.6 Instrumento da pesquisa O instrumento de pesquisa foi gerado utilizando uma linguagem simples para promover a compreensão dos entrevistados e ordenado com as seguintes informações: Informações sobre o paciente Questionário Idade: Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Numero de pessoas na casa: ( ) Crianças ( ) Adultos ( ) Idosos Escolaridade: ( ) 1° grau incompleto ( ) 1° grau ( ) 2° grau ( ) Superior Possui medicamentos em casa: ( ) Sim ( ) Não Quem indicou o tratamento? ( ) Médico ( ) Farmácia ( ) Próprio ( ) Outros Origem do medicamento: ( ) Posto de Saúde ( ) Farmácia ( ) Outros Aonde são guardados esses medicamentos?
  • 27. 26 ( ) Cozinha ( ) Quarto ( ) Banheiro ( ) Sala ( ) Outros Estão armazenados em? ( )Caixas ( )Armários ( )Sacolas ( )Estante ( )Outros Esses medicamentos estão guardados em suas embalagens originais? ( )Sim ( )Não O que faz com as bulas? ( )São jogadas fora ( )Acompanham o medicamento ( )São guardadas para uma eventual necessidade O que faz com as sobras dos medicamentos ou vencidos? ( )Devolve onde foi adquirido ( )Guarda para outra fez ( )Põe no lixo ( )Doa ( )Não sobram Faz uso do medicamento por conta própria (automedicação): ( ) Sim
  • 28. 27 ( ) Não Observa o aspecto/aparência do medicamento antes de utilizá-lo: ( ) Sim ( ) Não Já recebeu alguma informação sobre armazenamento e descarte de medicamentos: ( ) Sim ( ) Não
  • 29. 28 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Faixa etária Figura 1 – Distribuição da faixa etária em anos da população estudada, Fernandópolis – SP, 2011 (n=56) Foram visitadas 56 residências, onde o resultado evidenciou que, 43% eram jovens e adultos na faixar etária dos 18 a 30 anos, 36% apresentavam entre 31 a 60 anos de idade e 21% eram idosos, apresentando a faixa etária de 61 a 92 anos. Os dados dessa pesquisa apresentam uma população relativamente jovem (18 a 30 anos) no município de Fernandópolis, Vindo de encontro com o censo demográfico de 2010, feito pelo IBGE (2010) o município de Fernandópolis mostrou que 58% dos indivíduos residentes no município tem a idade entre 30-94 anos. Um estudo sobre prevalência e fatores relacionados à automedicação realizado 2002 mostrou que 66,4% do consumo de medicamentos não prescritos estavam relacionados a indivíduos entre 18-39 anos, 26,9% entre 40-59 anos e 6,7% entre indivíduos maiores que 60 anos (LOYOLA FILHO et al., 2002).
  • 30. 29 4.2 Gênero Figura 2 – Gênero da população estudada, Fernandópolis – SP, 2011 (n=56) Soma de n° 48% SEXO 52% MASCULINO FEMININO O resultado obtido mostra que, dos 56 entrevistados, 52% é do sexo feminino e 48% do sexo masculino. O resultado é compatível com o censo 2010 realizado pelo IBGE no município de Fernandópolis - SP, onde 51,3% é do sexo feminino e 48,7 é do sexo masculino. De acordo com Loyola Filho et al., (2002), o índice feminino que consome medicação sem prescrição médica é de 47,5%, já entre os homens é de 52,5%. Para Barreto (2011), a procura por medicamentos de indivíduos do sexo feminino pode ser explicada pela preocupação desse grupo com autocuidados e utilização de campanhas educativas existentes voltadas para este sexo.
  • 31. 30 4.3 Constituintes dos domicílios Figura 3 – Percentual dos constituintes residentes nos domicílios pesquisados, Fernandópolis – SP, 2011. (n=75) Soma de n° 17% 15% CONSTITUINTES DO DOMICÍLIO ADULTOS (18-60) 68% CRIANÇAS (0-10) IDOSOS (acima de 60) O resultados obtidos demonstram que a maioria dos constituintes do domicílio são adultos (68%), seguido de idosos (17%) e crianças (15%). No estudo de Loyola Filho et al., (2002) indicou que, residências com número de moradores ≥ 2, o índice de consumo de medicamentos sem prescrição médica foi de 13,9%, entre 3-4 moradores por residência foi de 56,1% e ≤ 5 foi de 30,0%. Neste trabalho a média de moradores por residência foi de 1,33 moradores. A média de moradores em domicílios particulares do município de Fernandópolis/SP, de acordo com o IBGE, é de 2,95 moradores (IBGE, 2010).
  • 32. 31 4.4 Nível de escolaridade Figura 4 – Nível de escolaridade da população estudada, Fernandópolis – SP, 2011. (n=56) Os resultados obtidos na Figura 4 demonstraram que apenas 7% não completaram o 1°Grau, 25% completaram o 1°Grau e houve uma equidade de 34% entre os que completaram o 2°Grau e os que cursam ou concluíram o ensino Superior. Segundo dados levantados em 2000 feito pelo SAEDE (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) no município de Fernandópolis/SP (SAEDE, 2000), 55,13% apresentam ensino médio completo estando entre as idades de 18 a 24 anos, um bom índice se comparado com índice do Estado de São Paulo que é de 41,88% e que a média de anos de estudo é de 7,52 anos no município e de 7,64 anos a média do Estado. Diante dos fatos apresentados, pelo município pode-se dizer que tem um bom nível de escolaridade, o que ajuda ou ajudaria no conhecimento do uso indiscriminado e automedicação por partes dos usuários.
  • 33. 32 4.5 Domicílios que contém medicamentos Figura 5 – Percentual de domicílios que foram encontrados medicamentos, Fernandópolis – SP, 2011. (n=56) Das 56 residências visitadas, todas possuíam um ou mais tipos de medicamentos, sendo encontrados um total 128 medicamentos com a média de 2,28 medicamentos por domicílio. O resultado demonstra que os medicamentos são cada vez mais utilizados, e de forma rotineira, tornando sua presença comum dentro do ambiente domiciliar. Os resultados apresentados na Figura 5 encontra-se distintos ao observado no estudo de Fernandes (2000), que por sua vez encontrou uma média de 20 medicamentos por domicílio, isto é explicado principalmente pelo fato que no critério utilizado para seleção da população estudada, foram excluídos a classe mais carente e o critério de inclusão, era a renda familiar relativamente alta. Schenkel; Fernández e Mengue (2005) reforça que o acúmulo de medicamento em casa é um fator de risco de intoxicação para crianças.
  • 34. 33 4.6 Identificação da origem dos medicamentos encontrados nos domicílios Figura 6 – percentual da origem do medicamento prescrito ou não encontrado nas residências, Fernandópolis - SP, 2011. (n=128) Quanto à origem dos medicamentos encontrados, 57% são oriundos de prescrição médica e 43% sem prescrição, 29% dos pacientes indicam seu tratamento, 13% adquiriram através da indicação da farmácia e 1% originados de outras formas (doados ou amostra grátis). Apesar dos medicamentos adquiridos com prescrição médica formarem o grupo com o maior número de unidades de medicamentos, é os medicamentos adquiridos sem prescrição que mais contribuem para a formação do estoque domiciliar, dado reafirmado pelo estudo de Schenkel Fernández e Mengue (2005), os quais observaram que 55% dos medicamentos do estoque domiciliar, foram obtidos sem receita médica. Romano-Lieber et al., (2002) afirmaram que as doenças crônicas e patologias degenerativas levam a uma maior demanda por medicamentos, sendo assim o motivo que levam a maioria a adquirir os medicamentos adquiridos, via receituário médico, ou seja, através da prescrição medica.
  • 35. 34 4.7 Identificação da origem do medicamento adquirido Figura 7 - Percentual da origem do medicamento, Fernandópolis – SP, 2011. (n=128) O estoque domiciliar de medicamentos (64%) foi formado principalmente por medicamentos comprados em farmácias. Salientando que desses medicamentos encontrados no estoque, uma porcentagem considerável de medicamentos é de venda livre (sem prescrição médica). Alguns exemplos destes medicamentos são:  Antiacnéicos tópicos e adstringentes (exceto retinóides)  Antiácidos, antieméticos, eupépticos, enzimas digestivas (exceto bromoprida, metoclopramida, mebeverina, inibidores da bomba de prótons)  Antibacterianos tópicos (permitidos: bacitracina e neomicina)  Antidiarréicos (exceto loperamida infantil e opiáceos)  Anti-sépticos orais, anti-sépticos buco-faríngeos  Aminoácidos, vitaminas e minerais  Antiinflamatórios, como o naproxeno, ibuprofeno e cetoprofeno  Analgésicos, anti-térmicos e anti-piréticos  Emolientes e lubrificantes cutâneos e de mucosas
  • 36. 35 Estes medicamentos podem ser adquiridos pela população em qualquer drogaria sem receituário médico, mas tem que ser dispensado por um profissional farmacêutico habilitado (BRASIL, 2003). Os entrevistados usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) relataram que, devido à falta de medicação nos postos de saúde, foram levados a procurar a farmácia pra adquirir seus medicamentos, o que acarretou uma crescente nos resultados obtidos em nosso trabalho. O SUS apresenta um tratamento precário à sociedade brasileira, principalmente aos usuários que são diagnosticados com doenças graves como bronquite asmática, diabetes e males do sistema nervoso. Essa é a conclusão de uma análise efetuada pelo Idec de março a setembro de 2002, onde onze cidades brasileiras, ao averiguar a disponibilidade dos medicamentos sugeridos pelo Ministério da Saúde como "essenciais", apresentou destaques negativos em relação à média nacional de apenas 55,4% que ofertam esses medicamentos. Em São Paulo o índice cai para 36% , porém nenhum dos medicamentos procurados foram encontrados em todos os postos visitados. Atualmente a situação não é diferente, apresenta rara melhora. A realidade é que na maioria das vezes é impossível ter acesso a todos os medicamentos essenciais. Sendo isso um desrespeito com a população, visto que trata-se de um direito, ter acesso a esses medicamentos. Várias denúncias são feitas ao Ministério Público mas, não há previsão de melhora para essa realidade (KARNICOWSKI; NOBREGA, 2002).
  • 37. 36 4.8 Identificação do ambiente domiciliar onde está armazenado o medicamento Figura 8 – Percentual do ambiente domiciliar onde encontra-se os medicamento, Fernandópolis – SP, 2011. (n=128) Dos medicamentos encontrados nos domicílios, assim como em outros estudos realizados, a cozinha destaca-se como local de armazenagem com 66% dos resultados, seguido pelo quarto 26%. O banheiro e a sala ficaram com 3%, outros lugares somou 2%. Segundo Fernandes (2001), em qualquer casa, por menor que seja sempre haverá a cozinha, e este é o cômodo da casa que está mais próximo à água e de fácil acesso a todos os moradores. De acordo com o farmacêutico especialista em Políticas e Gestão da Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Alessandro de Souza Melo: As condições ambientais inadequadas, por exemplo, podem diminuir a estabilidade dos fármacos". Os medicamentos devem ser mantidos em suas embalagens originais e os frascos devem ser conservados sempre bem fechados. Os medicamentos não devem ser mantidos em banheiros ou em cozinhas, já que as variações de temperatura e umidade podem degradar o princípio ativo (PORTAL MINAS SAÚDE, 2011).
  • 38. 37 É preciso lembrar que cada fármaco precisa de um cuidado específico. A sua estabilidade da formulação depende tanto do fármaco quanto a mistura de excipientes ou veículos usados e condições intrínsecas e extrínsecas também pode afetar a estabilidade do fármaco. As condições intrínsecas são de responsabilidade do fabricante relacionados com matéria prima e embalagens e as extrínsecas estão relacionadas às condições ambientais como luminosidade, temperatura e umidade (RIBEIRO, 2005). 4.9 Identificação do local de armazenamento do medicamento nos domicílios Figura 9 – Percentual dos locais dos domicílios onde o medicamento é armazenado, Fernandópolis – SP, 2011. (n=128) O resultado obtido mostra-se que, 52% dos medicamentos encontram-se em caixas (embalagem do medicamento ou caixas de sapato), 36% em armários com portas, 5% em estantes, 5% em outros lugares e 2% encontra-se armazenados em sacolas. Os medicamentos podem tornar-se inadequados, quando sua forma de armazenamento, não for correta, principalmente causada por fatores extrínsecos
  • 39. 38 que lesam as características biofarmacêuticas do medicamento, comprometendo a liberação e absorção do princípio ativo (RIBEIRO, 2005). 4.10 Verificação se o medicamento está guardado em sua embalagem original Figura 10 - Percentual dos medicamentos encontrados em sua embalagem original, Fernandópolis – SP, 2011. (n=128) Foi verificado que os medicamentos encontrados estavam em suas embalagens originais, representando 91% dos resultados, os outros 9 % não estavam em sua embalagem original, eram oriundos do posto de saúde. A embalagem além de conter informações importantes do produto, é de suma importância para a conservação do medicamento. De acordo com ex-diretor presidente da Anvisa Dirceu Raposo de Mello, o qual propôs mudanças na embalagens devido a problemas identificados no mercado e reclamados pela população e pelas associações do setor onde afirma: “O objetivo é tornar as informações da embalagem do medicamento mais claras e úteis para o cidadão” e completa “essas mudanças são importantes para que as pessoas que têm alergia a algum componente da fórmula saibam disso antes de abrir a embalagem” (BRASIL, 2009).
  • 40. 39 4.11 Verificação da existência da bula do medicamento Figura 11 – Percentual do destino da bula dos medicamentos encontrados nos domicílios, Fernandópolis – SP, 2011. (n=128) Foi questionado também qual o destino das bulas dos medicamentos presentes nos domicílios, o resultado obtido foi que, 64% acompanham o medicamento, 29% das bulas eram jogadas fora ou não vinham com o remédio no caso dos medicamentos oriundos do posto de saúde e 7% guardavam para uma eventual consulta. No Brasil, o principal material informativo de medicamento é a bula. Sabe-se que a bula de medicamento contém informações específicas sobre o mesmo como: a composição química, precauções, advertências e cuidados. Do ponto de vista legal o paciente é um consumidor que tem o direito de receber todas as informações para a adequada utilização e conservação do medicamento adquirido. Dentre as informações destacam-se as relacionadas à administração e armazenamento e também as relacionadas ao esclarecimento dos benefícios do tratamento e reconhecer e agir diante dos problemas referentes ao medicamento. Nem sempre a
  • 41. 40 informação recebida do médico é suficiente para a adequada utilização do medicamento e é através da bula que fornecerá informações sobre o medicamento prescrito (SILVA et al., 2000). 4.12 Destino das sobras dos medicamentos dos domicílios pesquisados Figura 12 – Percentual do destino das sobras dos medicamentos encontrados, Fernandópolis – SP, 2011. (n=56) Questionado aos moradores o que faziam com as sobras dos medicamentos, 39% afirmaram descartar no lixo, 27% é guardado para ser usado em outra ocasião, 6% é devolvido onde foi adquirido e 5% doam os medicamentos que sobram. Atualmente tem se falado muito sobre poluição e suas consequências ao meio ambiente devido às modificações ambientais que o mundo tem passado como, por exemplo, o aquecimento global. Uma dessas preocupações se dá pela contaminação do meio ambiente por medicamentos. No mundo se tem comprovado
  • 42. 41 a presença de fármacos, tanto nas águas, como no solo. (ZUCCATO et al., 2005; ZUCCATO et al., 2006). Os restos de medicamentos têm diversas causas. Entre as quais estão a dispensação de medicamentos em quantidades desnecessárias para o tratamento, as amostras grátis distribuídas pelos laboratórios farmacêuticos em propaganda, e o gerenciamento impróprio de medicamentos por parte de farmácias e outros estabelecimentos de saúde (EICKHOFF; SEIXAS; HEINECK, 2009). As duas opções de destinação para medicamentos em desuso são a reutilização e o descarte. Nos Estados Unidos, várias farmácias, recebem medicamentos vencidos ou em desuso. O custo monetário combinado com essa atividade tem sido avaliado em 2 bilhões de dólares por ano, passando o atual valor de mercado dos produtos. Parte desse custo tem sido aplicada ao consumo desenfreado de medicamentos. O FDA (Food and Drug Administration), órgão governamental norte-americano não obriga a reutilização de medicamentos e aceita que esta seja regulamentada, particularmente, em cada estado. Existem discussões a cerca da reutilização de medicamentos, pois, em certas situações, não se sabe de que maneira esses foram armazenados. Em relação ao descarte, no estado da Carolina do Norte, as regulamentações definem que substâncias controladas precisam ser descartadas por incineração, pelo sistema de esgotos ou remanejados para uma farmácia, onde irá ocorrer a destruição (DAUGHTON, 2003). Vários profissionais aconselham que os medicamentos sejam descartados pela descarga do banheiro. Todavia, já há comprovação da contaminação de águas superficiais através da rede de esgotos e que os plásticos contendo PVC (cloro polivinil), presentes nas embalagens, podem originar dióxidos, furanos e outros poluentes tóxicos do ar, quando incinerados (BILA; DEZOTTI, 2007).
  • 43. 42 4.13 A prática da automedicação entre os entrevistados Figura 13 – Percentual dos entrevistados que pratica a automedicação, Fernandópolis – SP, 2011. (n=56) O resultado obtido indica que, 68% da população estudada faz à prática da automedicação, onde 68% responderam sim e 32% responderam que não. Foi observado também que domicílios que há presença de idosos, a quantidade de medicamento estocado era maior e que os que se automedica são em geral, adultos entre 18-60 anos com pelo menos o 2°Grau completo de escolaridade. Mesmo com um bom nível de escolaridade, a população ainda carece de informações quanto ao uso e a manutenção das farmácias caseiras. A automedicação é um ato no qual o individuo, por iniciativa própria ou influência de outros, decide ingerir o medicamento para alívio e tratamento. Assume- se como automedicação quando solicita um medicamento sem a apresentação de receita medica ou descreve-se uma queixa que resulta na venda do medicamento pelo profissional da farmácia. A automedicação também pode incluir, além da administração pessoal dos fármacos, a medicação de uma pessoa para outra, não habilitada (amigos, familiares, etc.), com a intenção de ajudar, o individuo nota
  • 44. 43 melhoras significativas ou até mesmo se cura com o medicamento que indica. Os sintomas podem ser os mesmos em vários tipos de doenças ou mal-estar, mas é necessário ter a consciência de que não se trata do mesmo problema (MATOS, 2005). 4.14 Observam o aspecto/aparência do medicamento antes de utilizá-lo Figura 14 – Percentual entre os entrevistados que observam o aspecto/aparência do medicamento antes de usá-lo, Fernandópolis – SP, 2011. (n=56) O resultado obtido mostrou que dos 80% entrevistados têm o costume de observar o aspecto/aparência do medicamento antes de utiliza-lo e somente 20% não costumam observar o medicamento, “acreditam que se veio da farmácia ou posto de saúde, o medicamento não apresenta problema”. Os medicamentos devem sempre ser conservados na sua embalagem original, que foi avaliada para proteção do produto, pois a maioria deles é sensível à luz. Todo e qualquer medicamento tem que ser armazenado em temperatura ambiente fora de umidade e luz direta. Dentre todos os vilões que deterioram medicamentos, a umidade e o calor são influenciáveis, o calor atua contra a
  • 45. 44 qualidade e a umidade tem o efeito deletério sobre a rotulagem do produto. A princípio todo e qualquer medicamento deve ser conservado em temperatura inferior a 25ºC. Por sua vez vários medicamentos requerem condições especiais de conservação e transporte. Eles devem ser guardados preferencialmente em prateleiras afastadas das paredes, porém é normal se ver em armários de banheiro e/ou em cima da geladeira (SOUZA, 2010). 4.15 Receberam informações sobre o correto armazenamento de medicamentos Figura 15 – Percentual dos entrevistados que receberam informação sobre armazenamento de medicamento, Fernandópolis – SP, 2011. (n=56) A falta de informação sobre o armazenamento do medicamento no domicílio é preocupante onde, 62% não obtiveram nenhuma informação a respeito. Com os resultados obtidos verificou-se que, há uma grande diferença entre os que receberam alguma informação sobre armazenamento de medicamento e os que não receberam nenhuma informação, percebeu-se que aqueles que obtiveram informações, adquiriram através da bula do medicamento, ou através de
  • 46. 45 propagandas, em nenhum momento, o médico, o balconista e o farmacêutico foram citados como a fonte das informações. Essa falta de informação ou informação incorreta, torna-se a variante mais significante do estudo, podendo resultar na armazenagem inadequada do medicamento, o que pode acarretar ainda a estabilidade da fórmula farmacêutica ficando a mesma comprometida, tornando o medicamento impróprio para o consumo. Para Ribeiro, (2005) “estes fatores são preocupantes porque lesam as características biofarmacêuticas do produto, levando a um inevitável comprometimento de liberação e absorção do princípio ativo”. Segundo informações publicadas pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológico (SINITOX), os medicamentos são os grandes responsáveis por intoxicações desde 1996, (Fundação Oswaldo Cruz, 2000-2002) sendo que uma das explicações estaria no fato de a população não ter informações exatas de como e onde armazená-los, como adquiri-los e utilizá-los ou até porque são armazenados em locais impróprios, podendo assim, comprometer a sua qualidade (LAPORTE, 1989) Para resolver este e os demais problemas decorrentes da utilização inadequada faz-se indispensável o acesso do uso racional de medicamentos mediante a reorientação dessas práticas e a evolução de um processo educativo tanto para a equipe de saúde quanto para o usuário (BRASIL, 2001).
  • 47. 46 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estoque domiciliar de medicamentos sempre esteve presente no cotidiano das pessoas. Ainda são raros os estudos que possibilitam conhecer as características dessas farmácias caseiras e de que maneira esses medicamentos são armazenados. Este trabalho possibilitou conhecer um pouco mais sobre as farmácias caseiras do município de Fernandópolis/SP. Pode-se afirmar que há uma média baixa se comparada com outros estudos, dos medicamentos de venda livre os mais encontrados foram antitérmicos, analgésicos e antigripais, sendo maioria adquirida em farmácias particulares. Além dos medicamentos de uso contínuo ou específico para algum tratamento, mantinham em estoque medicamentos de “emergência” como: para dor de cabeça, uma pomada para assadura, remédio para o estômago e fígado, entre outros, para aliviar o mal estar, não precisando recorrer continuamente a farmácias para adquiri- los. Dos locais preferencialmente escolhidos encontra-se a cozinha e o quarto, utilizando se caixas e armários para o armazenamento. Outros fatores relacionados diretamente às farmácias caseiras são: a prática da automedicação, incentivos das mídias oferecendo medicamentos milagrosos, o acesso fácil a esses medicamentos e a cultura de consumismo faz com que a população adquire esses medicamentos e armazenem em suas residências. O uso de medicamentos sem a prescrição, orientação ou acompanhamento de um profissional habilitado define ao que chamamos de automedicação, um dos responsáveis pelo número de vitimas de intoxicações causadas pelo uso incorreto de medicamento. O medicamento se for armazenado incorretamente pode alterar a estabilidade de sua formulação tornando inadequado para sua utilização. Fatores como umidade, temperatura e luminosidade podem lesar as características biofarmacêuticas do medicamento, comprometendo a liberação e absorção do princípio ativo. Algumas
  • 48. 47 dessas alterações podem ser observadas pelo usuário do medicamento como, por exemplo: amolecimento de cápsulas, comprimido esfarelando, suspenções com partículas solida no frasco ou no líquido e mudanças de coloração. O conjunto de resultados indica que é necessário elaborar estratégias para promover a educação dos cuidados que deve-se ter com o medicamento na sua utilização e manutenção dos mesmos, os perigos da automedicação e a conscientização para o uso racional evitando assim as sobras e desperdício desnecessário desses medicamentos.
  • 49. 48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AQUINO, D. S. da. “Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade?” Ciência & Saúde Coletiva. 2008, v.13, p.733–736. ARAÚJO, A. L. A.; UETA, J. M. & FREITAS, O. “Assistência Farmacêutica Como um Modelo Tecnológico em Atenção Primária à Saúde”. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica Aplicada. 2005, v. 26, n.2, p. 87-92. ARRAIS, P.S.D. et al. “Perfil da automedicação no Brasil”. Revista de Saúde Pública. 1997, vol.31, n.1, p. 71-77. ARRAIS, P. S. D.; BRITO, L. L.; BARRETO, M. L.; COELHO, H. L. Prevalência e fatores determinantes do consumo de medicamentos no Município de Fortaleza, Ceará, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.21, n.6, p.1737-1746, nov./dez. 2005. BARRETO, R. E. T. “Perfil de Utilização de Antimicrobianos em Usuários do Sistema Único de Saúde de uma Cidade do Interior Paulista” / Reges Evandro Teruel Barreto. Dissertação – Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade de Sorocaba, Sorocaba, 2011. 96p. BILA, D.M.; DEZOTTI, M. Desreguladores endócrinos no meio ambiente: efeitos e conseqüências. Rev.Quím. Nova. São Paulo, v. 30, n. 3, June 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Gerência- Geral de Medicamentos. Conceitos Técnicos. Medicamento. Disponível em:<http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/conceito.htm#1.2>. Acesso em 31 de outubro de 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA. Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Conceitos técnicos. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/conceito.htm. Acesso em 04 de novembro de 2011.
  • 50. 49 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Notícias da ANVISA. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2009/090409.htm>. Acesso em: 04 de novembro de 2011. BRASIL. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Rio de Janeiro: Constituição da República Federativa do Brasil, Tít. VIII, art. 196; 1988. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE do Brasil. Diário Oficial da Republica Federativa do Brasil. Brasília: RDC 357 de Out. de 2001. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de atenção Básica. “Incentivo à Assistência farmacêutica Básica: o que é e como Funciona” / Ministério da Saúde, Departamento de Atenção Básica; elaborada por Geraldo Luchesi... [et al]. -- Brasília: Ministério da Saúde, 2001. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. “Política nacional de medicamentos”. Brasília, DF, 2001. BEGLEY et al. “Evalution of Pharmacists Interventions During Domiciliary Visits”. 1996, n.257, p.41-42. BEGLEY et al. “Impact of Domiciliary Pharmacy Visits on Medicatin Management In An Elderly Population”. The Internacional Journal Of Pharmacy Practice, v. 5, p.111-121, 1997. BUENO, C. S. ; WEBER, D. OLIVEIRA, K. R. “Farmácia caseira e descarte de medicamentos no Bairro Luiz Fogliatto do Município de Ijuí – RS”. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada. 2009, v. 30, n.2, p. 203-210. CÓDIGO DE ÉTICA FARMACÊUTICA. Conselho Federal de Farmácia. 2004. Disponível em: http://www.crfmg.org.br/legislacao/res_html/res290.html. Acesso em 20 de outubro de 2011.
  • 51. 50 DALL´AGNOL, R. S. A. “Identificação e quantificação dos problemas relacionados com medicamentos em pacientes que buscam atendimento no serviço de emergência do HCPA”. 2004. Dissertação (pós-graduação nível mestrado). Porto Alegre, 2004. DAL PIZZOL, T. da S. PICCOLI, A.. BRUGNERA, Q. SCHENKEL, E. P. MENGUE, S.S. Análise dos Estoques Domiciliares de Medicamentos Essenciais no Sul do Brasil. Acta Farm. Bonaerense n.25, v. 4. p. 601-7, 2006. DAUGHTON, C.G. “Cradle-to-cradle stewardship of drugs for minimizing their environmental disposition while reduction and future directions”. Environ. Health Perspect. 2003, v.111, n.5, p.775-785. DEITOS, A. et al., “Análise do Estoque Domiciliar de Medicamentos em Municípios do Vale do Taquari – RS”. XI Salão de Iniciação Científica – PUCRS. 2010, p. 430-431. EDGERTON L. “Drug Focused Home Visit – Gols And Objectives. In: Accp Ambulatory Care Practice And Research Network Members”. Accp Ambulatory Care New Practitioner Survival Guide/Resource Manual. Lexena: American College Of Clinical Pharmacy. 2008, p. 181. EICKHOFF, P.; SEIXAS, L.M; HEINECK, I. “Gerenciamento e destinação final de medicamentos: discussão sobre o problema”. Revista Brasileira de Farmácia, 2009, v. 90, p.65. FANHANI, H. R. et al. “Avaliação domiciliar da utilização de medicamentos por moradores do Jardim Tarumã, município de Umuarama – PR”. Arquivos de Ciências da Saúde Unipar, Umuarama. 2006, v. 10, n. 3, p. 127-131. FERNANDES, L. C. “Caracterização e análise da farmácia caseira ou Estoque domiciliar de medicamentos / Luciana Fernandes Carvalho – Dissertação (mestrado). Porto Alegre – UFRGS. Faculdade de Farmácia. Programa de Pós- graduação em Ciências Farmacêuticas, 2001. 140p.
  • 52. 51 FERREIRA WA, SILVA MEST, PAULA ACCFF. Resende CAMB, “Avaliação de Farmácia Caseira no Município de Divinópolis (MG) por Estudantes do Curso de Farmácia da Unifenas”. Revista Infarma. 2005, v.17, n. 7/9. FILHO, A. I. de L.; UCHOA, E.; GUERRA, H. L.; FIRMO, J. O. A.; LIMA-COSTA, M. F. Prevalência e fatores associados à automedicação: resultados do Bambuí. Revista Saúde Pública, v.36, n.1, p.55-62, 2002. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ/CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA e TECNOLÓGICAS/SISTEMA NACIONAL de INFORMAÇÕES TÓXICO- FARMACOLÓGICAS. “Estatística Anual de Casos de Intoxicação e Envenenamento”. Brasil, 2000. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/CICT/SINITOX, 2002. FURP. Projeto Extensão. 2011. Atenção Farmacêutica Domiciliar. 10 dicas para cuidar de seus medicamentos em casa, fornecidos em meio eletrônico. Disponível em: <http://projetoextensaofurb.blogspot.com/> Acesso em: 27 de setembro de 2011. FURTADO, B.T. O Farmacêutico na atenção básica: “A Experiência da equipe de programa saúde da família frente à atenção farmacêutica”. Dissertação de pós graduação. Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008. IBGE, 2010. Censo Demográfico de 2010. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, dados referentes ao município de Fernandópolis – SP. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/link.php?codmun=351550>. Acesso em: 30 de outubro de 2011. IVAMA, A.M. “Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta”. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde, 2002. p. 24 KARNICOWSKI, M. G. O. e NOBREGA, O. T. “IDEC constata grave falta de medicamentos essenciais no SUS”. IDEC, São Paulo, 2002. Disponível em: <http://www.idec.org.br>. Acesso em: 03 de novembro de 2011. LAPORTE, J.R.; TOGNONI, G.; ROSENFELD, S. “Epidemiologia do medicamento”. São Paulo - Rio de Janeiro: HUCITEC-ABRASCO. 1989, p.20-28.
  • 53. 52 LESSA, M. de A.; BOCHNER, R. “Análise das internações hospitalares de crianças menores de um ano relacionadas à intoxicação e efeitos adversos de medicamentos no Brasil”. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2008, v.11, n.4, p.660–674. LOYOLA FILHO, A. I. et al. “Prevalência e Fatores Associados à Automedicação: resultados do projeto Bambuí”. Revista de Saúde Pública. 2002, v.36, n.1, p. 55-62. MARTINEZ R. F. “Atención Farmacéutica en España: un gran compromisso”. Buenos Aires: Farmácia Profesional, 1996. p. 6-12. MATOS C. A. “Auto-medicação”. 2005. Disponível em: <http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0048.pdf>. Acesso em: 01 novembro de 2011. MARIN, N. et al. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. 20ªed. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003. OLIVEIRA et al. “Infarma”, 2002. v. 14, n.5/6, p. 61-63. OMS-OPAS. O papel do Farmacêutico no Sistema de atenção a saúde. (OPS/HSS/HSE/95.01). Tokio, 1993. 13 p. (Informe de reunião da OMS 1993). PEREIRA, J. R. et al. “Risco da Automedicação: Tratando o problema com Conhecimento”. Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários – PROEX, Área de Extensão Universitária, 2011. PERETTA, M.; CICCIA, G. “Reengenharia farmacêutica - guia para implantar atenção farmacêutica”. Brasília: Ethosfarma, 2000. p. 45-64. PORTAL MINAS SAÚDE. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. “Aprenda como guardar e conservar seus medicamentos”. Disponível em: <http://www.portalminassaude.com.br/blog/?p=34>. Acessado em: 30 de outubro de 2011.
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  • 56. 55 ANEXO I TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Título da pesquisa: ANÁLISE DO ESTOQUE DOMICILIAR DE MEDICAMENTOS NO MUNICÍPIO DE FERNANDÓPOLIS - SP Pesquisadores: Ana Paula Pereira, Karina Borges, Marco Aurélio Gregorini e Paulo Antonio Boracini Kawahara Orientador responsável: Prof. Reges Evandro Teruel Barreto Instituição de Ensino: FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS - FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS - FARMÁCIA Telefones para contatos: (17)97771270 – (17)96290334 – (67)81622879 Prezado (a) Senhor (a): • Você está sendo convidado (a) a responder às perguntas deste questionário de forma totalmente voluntária. • Antes de concordar em participar desta pesquisa e responder este questionário, é muito importante que você compreenda as informações contidas neste documento. • Os pesquisador (es) deverão responder todas as suas dúvidas antes que você decida a participar. • Você tem o direito de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, sem nenhuma penalidade e sem perder os benefícios aos quais tenha direito. Objetivo do estudo: Análise da Prática do Estoque Domiciliar de Medicamentos – Farmácia Caseira. Procedimentos: Sua participação nesta pesquisa consistirá apenas no preenchimento deste questionário, respondendo às perguntas formuladas. Benefícios: Esta pesquisa trará maior conhecimento sobre o tema abordado, sem benefício direto para você. Riscos: O preenchimento deste questionário não representará qualquer risco de ordem física ou psicológica para você. Sigilo: As informações fornecidas por você serão confidenciais e de conhecimento apenas dos pesquisadores responsáveis. Os sujeitos da pesquisa não serão identificados em nenhum momento, mesmo quando os resultados desta pesquisa forem divulgados em qualquer forma