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A474
Alves, Silvio Dutra
Mensagens para os nossos dias./ Silvio Dutra
Alves. – Rio de Janeiro, 2016.
57p.; 14,8x21cm
1. Controle. 2. Soberania. 3. Divindade.
I. Título.
CDD 230
3
Sumário
1 - “Porque o domínio é do Senhor, e ele
reina sobre as nações.” (Salmo 22.28).......... 4
2 - A Balança de Equilíbrio de Poder
Mundial....................................................................... 5
3 - Dominar-se Para se Relacionar................ 10
4 - O Teste da Verdade Verdadeira................ 13
5 - Palavra para Alguém que Está
Duvidoso..................................................................... 16
6 - Prossigamos em Conhecer ao Senhor.. 21
7 - “O meu reino não é deste mundo”........ 23
8 - Segurança e Certeza da Salvação............ 33
9 - O Pecado Definido à Luz da Nossa
Identificação com Cristo.................................... 38
10 - Não Estamos Sós............................................. 44
11 - A Cabeça Comanda o Corpo...................... 46
12 - Deve Ser Invisível e Inaudível................. 47
13 – O Real Significado da Vida......................... 49
14 - O Ponto de Equilíbrio Entre a
Misericórdia e o Juízo........................................... 55
15 – A Corrupção Está Ligada à Natureza.... 56
4
1 - “Porque o domínio é do Senhor, e ele
reina sobre as nações.” (Salmo 22.28)
Os governantes têm se corrompido em toda a
Terra, em maior escala do que costumavam
fazer no passado.
Somos ordenados, por dever de consciência, a
lhes estarmos sujeitos, por temor a Deus, sendo
bons cidadãos, independentemente dos
desmandos daqueles que se encontram
investidos em posição de autoridade.
Nada devemos temer, devemos orar por eles,
vivermos em paz, porque o domínio e o reino em
todas as nações é realizado de fato pelo Senhor.
O comércio, a indústria, a pecuária, a
agricultura, os serviços, continuam operando e
funcionando suprindo as nossas necessidades,
por maiores que possam ser os danos
produzidos na árvore da vida pública pelas
pragas que dela se alimentam.
Jesus se referiu ao rei infanticida Herodes,
chamando-o de raposa, e escolheu
propositalmente a comparação com este animal
e com nenhum outro, porque é próprio das
raposas produzirem danos nas vinhas, sem
contudo conseguir extingui-las.
5
Há muitos Herodes neste mundo fazendo muito
mais mal do que bem, e no entanto, eles se
encontram debaixo do domínio de Deus, que
fará com que a vida prossiga na Terra, apesar de
tudo que as raposas possam fazer para
prejudicar a produção de bens.
6
2 - A Balança de Equilíbrio de Poder
Mundial
Quem comanda esta balança?
Deus ou o diabo?
Se fosse o diabo, as nações já teriam se destruído
mutuamente desde a mais remota antiguidade.
Deus declara diretamente nas Escrituras que é
Ele quem estabelece o governo sobre as nações.
Ele demonstrou isto fartamente de modo
prático ao elevar no passado a Assíria, Babilônia,
Pérsia, Grécia e Roma à condição de impérios
mundiais.
E qual a razão disto?
A mesma pela qual os Estados Unidos da
América foi levantado como potência mundial
depois da Segunda Grande Guerra para ser o fiel
do equilíbrio da balança de poder das nações,
liderando e interferindo na política mundial
com vistas à preservação da paz até a presente
época.
Todavia, assim como os potentados bélicos do
passado tiveram a sua derrocada, no tempo
determinado por Deus, para a consecução dos
Seus propósitos, de igual modo, já se observam
sinais de enfraquecimento do poder e
7
influência americanos quanto à sua capacidade
de arbitrar e controlar as condições
internacionais.
Com o fortalecimento do eixo comunista
representado pela Rússia, China e Coréia do
Norte; do estado islâmico radical, e de outras
potências atômicas como a Índia, Paquistão e a
ameaça incipiente iraniana, percebe-se uma
clara tomada de iniciativas para uma futura
coligação, especialmente de uma União
Europeia, com um bloco de poder com todas as
nações dos continentes americanos do Norte e
do Sul.
Porém, sabemos que esta coligação final não
visa à manutenção da paz mundial, mas à
garantia da segurança por parte dos senhores do
capital, especialmente os de Wall Street, de
seus investimentos em todas as nações, quer em
conglomerados financeiros ou industriais, de
modo a não sofrerem perdas por qualquer tipo
de instabilidade política local.
Deus o tem permitido neste tempo do fim para a
manifestação do Anticristo, que será o
governante mundial, instrumentalizado por
Satanás, que estes senhores conduzirão ao
poder para cuidar de seus interesses ambiciosos
e egoístas.
8
Sem que o saibam, estarão dando à raposa o
cuidado pelo seu galinheiro.
O plano seria perfeito caso não houvesse a volta
de nosso Senhor Jesus Cristo para estabelecer
um juízo sobre eles e o seu falso cristo.
O equilíbrio definitivo da balança de poder
idealizado e imaginado por eles, sofrerá uma
derrocada, pois somente por uma intervenção
direta divina, poderia ser desfeito, uma vez que
nenhuma nação conseguiria se insurgir contra
este gigante mundial que há de se levantar
sobre a Terra.
Os militares estarão a serviço deles, porque são
apenas seus assalariados. Dependem daqueles
que detêm o poder civil sobre as massas, e
assim, são apenas o braço que exerce a força
deste poder.
Isto explica em grande parte o esforço que se
observa em todo o mundo ocidental para se
transformar os governos socialistas em
neoliberais, especialmente na América Latina.
Diga-se, de passagem, que tanto numa quanto
noutra forma de regime político observam-se os
mesmos males, tendo em vista que o caráter da
maioria dos que governam não prima pela
prática da justiça e da honestidade, estejam eles
inseridos em qualquer contexto que seja
considerado.
9
A diferença básica encontra-se em que há uma
suposta maior participação popular no processo
decisório político no socialismo, do que no
neoliberalismo, em que prevalecem os
interesses corporativistas daqueles que detêm o
poder financeiro, e que bancam as campanhas
políticas para conduzir ao exercício do poder
aqueles que sejam os guardiões de seus
interesses.
Mas, na prática, tanto numa forma quanto
noutra de regime político, o que prevalece é o
poder dos senhores do dinheiro, como se vê em
todas as partes do mundo.
Coloquemos então nossa esperança de um
tempo melhor somente em Jesus Cristo, por
ocasião da sua volta, quando então se verá paz,
justiça e segurança perfeitas sobre a Terra.
10
3 - Dominar-se Para se Relacionar
A prudência é recomendada, mas o seu excesso
pode se traduzir em paranoia.
Deus governa por laços de amor e por doce
persuasão fundados na verdade e na justiça.
Criados à sua imagem e semelhança, os seres
humanos necessitam entender e viver a
sensibilidade e sutileza que existem em tal
forma de ser.
A base dos relacionamentos que se
fundamentam em laços firmes e duradouros
consiste na confiança mútua, que é transmitida
não por meras palavras ou promessas, mas por
sinais que são emitidos a partirdo nosso coração
e que revelam nossas reais intenções.
Isto é tão complexo em sua natureza que até
mesmo gestos de carinho que não partam de um
coração sinceramente interessado no bem do
outro, e por motivo de amor, podem despertar
desconfianças.
Repelimos naturalmente qualquer palavra ou
ação agressiva que nos sejam dirigidas, mas
também repelimos estas mensagens de falso
amor que emanam de corações que não estejam
de fato ligados ao nosso.
11
Por isso, quem trabalha com a doma de animais
(cavalos etc) é melhor sucedido quando aprende
primeiro a dominar a si mesmo, quanto a
aprender a emitir sinais de verdadeiro amor,
paciência, consideração, amizade, ao animal
que pretende domar.
Estes sinais serão reconhecidos sutilmente nos
gestos, palavras, atitudes do domador, e o
animal se deixará conduzir docilmente à
medida que interpreta que ele é digno da sua
confiança.
Esta sutileza de interpretação de sinais pode ser
observada de modo muito especial nas crianças,
que se afastam daqueles que se aproximam
delas com palavras e gestos de suposto carinho,
mas que no fundo não têm um real amor e
interesse por elas.
Assim, é necessário aprender a mudar nossas
atitudes em relação a outros, notadamente num
mundo que fica cada vez mais falso e violento, e
somos induzidos psicológica e
inconscientemente a ficarmos mais suscetíveis
à desconfiança.
Como já dissemos antes, o excesso de prudência
pode nos conduzir a um comportamento
paranoico, que nos levará a nos defender até
mesmo daqueles que nos amam
verdadeiramente.
12
Não é sem razão que nos é imposto o dever de
aprendermos a perdoar até setenta vezes sete,
de maneira que mantenhamos o nosso coração
aberto com vistas a um relacionamento sem
sombras e traumas, e no qual não sejamos
incapacitados a amar como convém, a saber, de
coração aberto e receptivo.
Necessitamos, portanto, de uma cura diária do
bálsamo, divino, para as nossas feridas, para que
não fiquemos sequer intimidados por cicatrizes
deixadas pelos momentos de confrontação, e
seguirmos adiante tendo um sincero apreço e
carinho por aqueles com os quais nos
relacionamos.
13
4 - O Teste da Verdade Verdadeira
Louvado e glorificado seja para sempre o Deus e
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que nos tem
dado o conhecimento da sua vontade nas
tribulações que temos experimentado, assim
como deu a Jó este conhecimento ao final de
tudo o que ele passou.
Deus permitiu a Satanás que assolasse Jó com
toda a sorte de aflições (roubo de todos os seus
bens pelos sabeus; destruição da sua casa e
morte dos seus dez filhos; perda de amigos; e
uma terrível enfermidade que lhe sobreveio), e
não informou antecipada e diretamente a Jó
sobre tudo o que deveria sofrer.
Hoje, somos enfermados, roubados,
perseguidos, injustiçados, ainda que em um
grau menor do que o de Jó, e, todavia, em muitos
casos, dá-se o mesmo que ocorreu com o
patriarca, pois atrás de tudo isto encontra-se a
mão e o propósito do próprio Deus, para que
aprendamos algumas coisas essenciais.
A primeira delas é que os bens materiais e tudo
o que diz respeito a esta vida que temos deste
outro lado do céu são passageiros e instáveis, e
não é neles que devemos colocar o nosso
coração.
14
Devemos viver como diz o apóstolo Paulo: tendo,
mas como se não tivéssemos.
E no dizer do próprio Jesus Cristo: que não
devemos juntar tesouros na terra, mas no céu,
pois aqui os ladrões roubam e a traça e o
ferrugem corroem.
Nosso coração e mente devem estar somente
em Deus.
Outro ponto importante a ser aprendido é o de
não incorrermos no mesmo erro dos três
amigos de Jó, quando vemos algum crente fiel
estar passando por alguma tribulação grave,
pois o acusaram de ter cometido graves pecados
para estar sofrendo juízos tão terríveis da parte
de Deus.
Jó era o favorito do Senhor aqui na terra quando
lhe sobreveio tudo o que sofreu. Dele havia dado
o testemunho de ser homem íntegro, temente a
Ele e que se desviava do mal.
Bens podem ser substituídos, e até a própria vida
que temos neste mundo, caso nos seja tirada,
será preservada para a eternidade pelo poder do
Senhor, de modo que podemos nos gloriar,
como diz Paulo, inclusive nas próprias
tribulações, sabendo que por elas somos
conduzidos a um maior conhecimento da
vontade de Deus, e da interpretação das coisas
15
que nos sucedem aqui embaixo, até que sejamos
transportados para sempre para a glória do céu.
Sosseguemos o nosso coração. Sigamos a graça
e de Jesus, pela qual nossas mentes podem ser
guardadas em paz pelo seu poder.
Não estejamos inquietos por cousa alguma e
não permitamos que nosso coração fique
turbado, porque em todas as coisas, estamos
debaixo do controle dAquele que não permite
que sequer um pardal caia das alturas sem o seu
consentimento, e que mantém atualizada a
contagem dos cabelos de nossa cabeça.
16
5 - Palavra para Alguém que Está
Duvidoso
Amado irmão em Cristo Fulano, li todo o seu
relato e vi muitos pontos de contato com a
minha própria chamada para o Ministério da
Palavra.
Antes de tudo devo lhe dizer enfaticamente que
se você teve uma experiência pessoal de
conversão a Jesus Cristo, como penso que teve,
é impossível que você vá para o inferno pelos
motivos expostos, relativos a não estar disposto
a abandonar totalmente suas atividades
seculares para servir somente ao evangelho,
conforme afirma ter ouvido um chamado de
Deus em tal sentido, uma vez que a justificação
e o novo nascimento do Espírito Santo ocorrem
simultaneamente no dia em que pela primeira
vez temos um encontro pessoal com Cristo. E
uma vez tendo sido justificados, a guerra com
Deus, termina, pois é dito que "justificados pela
fé temos paz com Deus por meio de Jesus Cristo,
ou seja, por causa dele, do seu amor da sua
misericórdia e graça, e não por qualquer coisa
de bom que se ache em nossa própria natureza.
O próprio Jesus afirmou com todas as letras que
aquele que vier a ele jamais será lançado fora, ou
seja, jamais será condenado ao inferno, pois ele
também disse que aquele que nele crê não é
mais condenado, e Paulo afirma que já não há
17
mais qualquer tipo de condenação para quem
está em Cristo Jesus.
Tanto isto é verdade - que a salvação eterna é
obtida de uma vez para sempre por causa da
justificação, que é somente pela fé e graça, que
o apóstolo, ao se referir à mesma em Romanos
diz que aqueles aos quais Deus chamou para a
salvação, também são justificados, e estes que
são justificados, são glorificados. Observe que
ele não se refere à santificação neste texto - a
qual se segue à justificação/regeneração e é um
processo para durar toda a nossa vida. Há uma
razão para isto, pois a nossa glorificação eterna,
a nossa ida para o céu depois desta vida, não
depende do grau da nossa santificação, pois o
que é obtido na conversão já é suficiente para
nos dar o céu, e por isso não há uma referência
no citado texto à santificação que é progressiva.
Agora, quanto à chamada para o ministério, isto
é um grande privilégio, a saber, o de sermos
achados dignos de sermos convocados pelo Rei
dos reis, e Senhor dos senhores, a fazer parte do
reduzido número de cristãos,
proporcionalmente falando, daqueles que
ministrarão a muitos em Seu nome e pelo Seu
poder.
Isto demanda preparo, e por isso há a chamada
específica para uma dedicação prioritária aos
assuntos relativos ao ministério (pastorado,
missões etc). Digo prioritária porque isto não
18
impede que estejamos envolvidos com outras
ocupações, a menos que haja uma interposição
direta da parte de Deus, como foi o caso dos
apóstolos que tiveram que deixar tudo. Todavia,
isto não é a regra, senão a exceção. É bom
lembrar no entanto, que em Sua soberania,
Deus pode exigir de nós uma dedicação
exclusiva ao ministério, a partir de dado
momento da nossa vida, como ocorreu por
exemplo no meu próprio caso, pois quando me
converti queria, por minha própria vontade,
deixar minha profissão para ser missionário,
mas fui impedido por Deus, e somente depois de
minha aposentadoria fui impedido de continuar
trabalhando em atividades seculares, pois, a
partir de então o Senhor me disse que eu
serviria somente ao interesses do Seu Reino e
não mais aos seculares, e isto já ocorre por cerca
de vinte anos.
É comum haver uma resistência inicial ao
chamado, como vemos no caso de Moisés, de
Jeremias e outros. Mas, se houver uma chamada
real, dificilmente a vontade de Deus deixará de
prevalecer, e seremos conduzidos por Ele à
obediência voluntária e por amor, no tempo
próprio, ainda que pareça que vamos
enlouquecer enquanto isto não se concretize
em razão da nossa desobediência inicial, pois a
porta que fechamos somente poderá ser de novo
aberta pelo próprio Deus, segundo a Sua
soberania.
19
Deve ser considerado também que a chamada
divina para o serviço é geralmente
acompanhada de algumas evidências que são
implantadas pelo Espírito Santo em nosso
coração, como por exemplo o desejo de pregar,
de ensinar a Palavra, de evangelizar, enfim, de
desenvolvermos o ministério para o qual temos
sentido que estamos sendo chamados.
Não somos chamados num vazio para algo que
não tenha sido implantado anteriormente por
Deus em nosso coração.
O caso do jovem rico citado no Evangelho que
não quis seguir a Jesus é de outra natureza, pois
foi colocado à prova para a conversão, e não
propriamente para um ministério específico,
cuja chamada é feita comumente depois da
nossa conversão. Ele estava se firmando na
justiça própria e não na fé que opera pelo amor,
e por isso falhou. Na verdade, ele amava o
mundo e não o Senhor. Assim como não estava
disposto a ser despojado dos seus bens terrenos,
de igual modo não estaria disposto a ser
despojado da velha natureza pecaminosa, para
que pudesse receber uma nova natureza
espiritual, celestial e divina, pela qual importa
viverem todos aqueles que são chamados a se
tornarem filhos de Deus por meio da fé em Jesus
Cristo.
20
Uma coisa tenho aprendido e cada vez mais se
confirma, ainda agora quando me aproximo dos
64 anos de idade, a saber, que a nossa plena
felicidade não está na realização de nossos
desejos e sonhos, senão somente em nossa
comunhão com Cristo e no serviço que fazemos
para ele, sobretudo em espírito.
Deus nos faz felizes e satisfeitos
independentemente de termos nossos desejos
realizados ou não, pois não é nisto que reside a
felicidade, mas em sermos aprovados por Ele e
termos comunhão permanente com Jesus
Cristo e nossos irmãos.
21
6 - Prossigamos em Conhecer ao Senhor
Como poderemos conhecer, pelo nosso próprio
estado natural de cegueira espiritual, e tendo
uma índole conduzida pelo pecado que habita
em nossa natureza, o que Deus requer
realmente de nós, na condição de pessoas por
Ele criadas?
A imagem e semelhança com Ele, à qual nos
destinou, perdeu-se quase completamente em
razão do pecado original.
Se não houvesse pecado no mundo, nós
veríamos claramente em nós mesmos e em
cada um dos nossos semelhantes qual é o
padrão de pensamento, de atitude e de
comportamento que nos convém.
Por isso, necessitamos recorrer não apenas ao
testemunho das Escrituras a tal respeito, como
também da operação do Espírito Santo, para a
transformação do nosso caráter pecaminoso em
caráter justo e santo, à semelhança ao do nosso
Criador.
Quanto mais nos empenharmos nisto, mais
conheceremos o que Deus requer realmente de
nós.
Contudo, por conta de nossas limitações e
imperfeições presentes, sempre teremos um
22
conhecimento parcial, conforme dizer do
apóstolo Paulo em I Coríntios 13.
Mas, vem chegando o dia em que todos aqueles
que amam a Deus o conhecerão perfeitamente,
como também a Sua santa vontade para
conosco.
Façamos progresso nisto pela meditação diária
da Palavra de Deus para sua aplicação em nossas
mentes e corações, e não deixemos a oração e a
comunhão dos santos, pelas quais podemos nos
aproximar de Deus, para aumentarmos o nosso
conhecimento da pessoa e virtudes de Jesus.
23
7 - “O meu reino não é deste mundo”
Com estas palavras nosso Senhor Jesus Cristo
definiu de modo muito claro que o reino de
Deus, que já se encontra estabelecido por ele no
coração de muitos e em muitas nações, desde
que Ele o introduziu pelo evangelho, não possui
em nada o caráter de todos os sistemas de
governo deste mundo, sejam eles ditatoriais ou
democráticos.
Uma das maiores razões para não ser como os
reinos do mundo é a de que não é estabelecido
por meio de disputas de partidos, de trocas de
interesses, de favorecimento de poderosos para
obtenção de apoio político para a manutenção
do governo; do apoio das armas de militares
para a segurança diante de ameaças externas ou
internas, e enfim, por uma multiplicidade de
razões que não encontram respaldo numa paz,
justiça, verdade e amor perfeitos entre os
súditos do reino e de todos os que os lideram,
cujo exemplo, vigor e vida recebem diretamente
do próprio Rei deles – Jesus o Senhor da glória.
A história de todos os governos deste mundo,
desde a sua origem até os nossos dias, está cheia
de conspirações, intrigas, trapaças,
assassinatos, mesmo entre aqueles que são do
mesmo partido.
24
O coração do homem irregenerado (não nascido
do Espírito Santo) não se encontra em paz nem
com ele mesmo, quanto mais com os outros.
Seus interesses, em grande parte não
conseguem ultrapassar a porta dos seus
próprios desejos, quanto mais estaria de fato
interessado no bem de outros.
Orgulho, vaidade, sede de poder, arrogância, e
tantos outras coisas podem ser alinhadas na
mesma direção de tudo aquilo que impede que
os reinos deste mundo possam ter alguma
semelhança com o de Jesus Cristo.
Sugerimos a leitura do livro de autoria de
autoria de Laurentino Gomes, intitulado 1889,
no qual todas estas coisas podem ser vistas de
modo muito claro.
Nele se destaca o quanto a noção de república
brasileira ainda se baseia no positivismo de
Augusto Comte, do qual é extraída a expressão
“Ordem e Progresso” de nossa bandeira.
Os que ignoram em que consistem as reais
raízes do positivismo podem brindá-lo como
uma verdade a ser seguida para o
desenvolvimento da humanidade.
Mas, como tanto outros que impregnaram o
mundo com as ideias humanistas e iluministas,
antes e depois dele, trilharam pelo mesmo
25
caminho de tentar arrancar do coração e mente
das pessoas a verdade de que há um Deus que
tudo criou e governa, e que enquanto se
pensasse em termos de um governo divino nos
corações e nas nações, a humanidade nunca
chegaria à plenitude da sua maturidade
científica, e à condição de ser a condutora do seu
próprio destino.
Nós destacamos a seguir uma parte do livro de
Laurentino Gomes, relativa a este assunto, e que
é muito esclarecedora das coisas que estamos
falando:
“O positivismo de Comte baseia-se em um
sistema filosófico chamado “Lei dos Três
Estados”. Por ele, o ser humano passaria por três
etapas distintas de evolução. A primeira seria a
fase teológica, na qual as pessoas tentariam
explicar os mistérios da natureza pela crença na
ação de espíritos e elementos mágicos. Seria um
estágio marcado pela confiança absoluta nos
fenômenos sobrenaturais. A imaginação se
revelaria sempre mais forte do que a razão.
Sociedades ainda presas à fase teológica
tenderiam a aceitar a ideia de que a autoridade
dos reis e o poder do Estado teriam uma origem
divina, decorrentes de uma delegação
sobrenatural e não de um pacto livre entre as
pessoas. A monarquia, portanto, seria o regime
de governo natural de um estágio ingênuo e
26
primitivo na evolução humana, mais próximo da
barbárie do que da racionalidade.
O segundo estado na evolução humana,
segundo Comte, seria o metafísico. A
imaginação daria lugar à argumentação
abstrata. A ação do sobrenatural seria
substituída pela força das ideias. Nesse patamar
estariam, por exemplo, os filósofos gregos, que
passaram a usar a razão para explicar os
fenômenos naturais. Em decorrência dessa
mudança de foco, a organização e o governo das
nações passariam a basear-se na soberania
popular, não mais em uma suposta origem
divina. Este seria, porém, um estágio evolutivo
apenas intermediário, no qual os seres
humanos ainda não teriam acesso ao
instrumento mais fundamental na aquisição do
conhecimento — o método científico. A ciência
só passaria a orientar o entendimento e as ações
humanas na fase seguinte, a terceira na escala
de valores de Auguste Comte, que ele chamou
de estado “científico” ou “positivo”.
No ponto de vista de Comte, era para esse
terceiro estágio que boa parte dos seres
humanos se encaminhava no século XIX — pelo
menos nas sociedades que ele julgava mais
educadas e desenvolvidas, caso dos países
europeus. No estado “positivo”, a ciência
assumiria, finalmente, o papel de orientadora
do conhecimento e da evolução dos povos. Pela
27
cuidadosa observação científica dos fenômenos
seria possível, em primeiro lugar, tirar
conclusões seguras a respeito do universo e
também do comportamento humano. O passo
seguinte seria o da ação transformadora no
ambiente social. O correto entendimento das
leis naturais e sociais tornaria possível não só
explicar o presente, mas também prever e
organizar o futuro.
Como se vê, o sistema de Comte resultava da
aplicação pura e simples dos princípios das
ciências exatas nas ciências humanas. Da
mesma forma como, na matemática, dois mais
dois são quatro, na história também haveria
elementos concretos que, devidamente
analisados e interpretados, poderiam levar a
conclusões lógicas e desdobramentos
previsíveis. Essa noção estaria na base da
moderna sociologia, ciência da qual Comte é
considerado o fundador. Dela resultou também
a expressão “Ordem e Progresso”, que hoje
figura no centro da bandeira nacional brasileira.
No entendimento de Comte, se existe uma
ordem estática nas sociedades, possível de ser
compreendida pela observação científica,
haveria também uma dinâmica social,
responsável pelas leis do seu desenvolvimento,
ou seja, o progresso. Uma vez entendida a ordem
da sociedade seria possível reformar as suas
instituições de maneira a acelerar o seu
progresso.
28
No pensamento do filósofo francês estava,
igualmente, a gênese de outro conceito que
moveu as paixões dos “científicos” da Escola
Militar da Praia Vermelha — o da ditadura
republicana. A tarefa de reformar a sociedade,
segundo a proposta de Comte, deveria ser
levada a cabo por uma elite científica e
intelectual situada na vanguarda dos três
estágios evolutivos. Orientado pela ciência,
consciente de seu elevado papel na sociedade
positiva, esse grupo seria capaz de estabelecer e
executar planos rumo a um futuro de paz e
prosperidade gerais. A enorme massa da
população, pobre, analfabeta e ignorante, teria
de ser conduzida e controlada pela elite
republicana, por ainda não estar pronta para
participar ativamente do processo de
transformação. A República, portanto, deveria
ser implantada de cima para baixo, de maneira a
prevenir insurreições e desordens populares
que pudessem ameaçar a boa marcha dos
acontecimentos.
Auguste Comte levou tão a sério o seu sistema
que, nos anos finais de sua vida, havia plantado
as sementes de uma nova religião baseada nos
conceitos do positivismo. A “Religião da
Humanidade” tinha templos decorados com
símbolos e instrumentos científicos nos quais
os fiéis se reuniam. No seu código doutrinário, a
figura de um Deus cristão era substituída pela
própria humanidade (o grifo é nosso). Nos
29
nichos até então ocupados pela enorme galeria
de santos de devoção católica entravam os
grandes vultos do pensamento humano. Desse
modo, em lugar de são Paulo, são Pedro e santo
Antônio, os fiéis eram orientados a cultuar
Homero, Aristóteles, Dante, Gutenberg,
Shakespeare, Descartes e outros grandes
nomes das ciências e da filosofia.
Enquanto desenvolvia os fundamentos da
“Religião da Humanidade”, Auguste Comte
apaixonou-se por Clotilde de Vaux, dezessete
anos mais nova do que ele. Vinham ambos de
um primeiro casamento fracassado. Ele a
definiu como sua “arrebatadora paixão
crepuscular”. Sob inspiração dela, Comte
escreveu uma de suas derradeiras obras, o
Sistema de filosofia política, base doutrinária da
religião positivista, em cujo panteão a própria
Clotilde figuraria como santa e musa
inspiradora de todos os discípulos.
Após a morte de Clotilde, Comte proclamou-se
o primeiro Sumo Pontífice da nova religião,
adotou o voto de castidade e recolheu-se em
casa, onde passou a consumir um copo de leite
pela manhã e um pedaço de carne com legumes
à noite, às vezes acompanhado de pão seco, em
“solidariedade aos que não dispunham sequer
disso para saciar a fome”. Morreu em 1857, aos
59 anos.[180]
30
Na segunda metade do século XIX, o positivismo
já estava em decadência na Europa, tanto como
religião quanto como sistema filosófico. No
Brasil, no entanto, chegaria ao apogeu nessa
época e seria o germe da grande transformação
ocorrida em 1889 — como demonstra o lema
“Ordem e Progresso” inserido na bandeira
nacional. “Para termos uma República estável,
feliz e próspera, é necessário que o governo seja
ditatorial, e não parlamentar”, defendeu em
discurso de 14 de dezembro de 1889, um mês
após a Proclamação da República, o ministro da
Agricultura do novo governo provisório, o
gaúcho Demétrio Nunes Ribeiro, fiel seguidor
do ideário de Auguste Comte.[181]
A primeira agremiação positivista brasileira foi
criada no Rio de Janeiro em abril de 1876 com o
objetivo de “promover um curso científico” e
construir uma biblioteca. Entre os sete
fundadores estavam dois professores da Escola
Militar da Praia Vermelha, o então major
Benjamin Constant e o engenheiro militar
Roberto Trompowsky Leitão de Almeida. Cinco
anos mais tarde, a agremiação entraria em crise.
Dois de seus membros, Miguel Lemos e
Raimundo Teixeira Mendes, ex-alunos da
Escola Politécnica, insistiram em transformá-la
em igreja Positivista do Brasil, subordinada à
orientação de Pierre Laffite, sucessor espiritual
de Comte na França. Benjamin Constant e
outros sócios pediram o afastamento alegando
31
discordar dos desdobramentos religiosos das
ideias do filósofo francês. Algum tempo mais
tarde, ao tratar do tema com o futuro visconde
de Taunay, Benjamin recomendou: “Não siga
apertadamente o sistema todo (...); em não
poucos pontos dele me aparto, nem pratico a
religião da humanidade, mas estude os livros do
mestre; discipline as suas ideias”.
A partir daí a história do positivismo no Brasil
ficou dividida em duas vertentes. A primeira,
religiosa, tornou-se irrelevante. Em 1890,
primeiro ano da República, a “Igreja da
Humanidade” contava com apenas 159 adeptos
em todo o país.[182] Como ideologia política, no
entanto, as ideias de Comte teriam um impacto
enorme e duradouro na história republicana.
Alguns estudiosos chegaram a estabelecer
ligações entre elas e a Revolução de 1930,
liderada pelo gaúcho Getúlio Vargas, ele
próprio um ex-adepto do positivismo. Da mesma
forma, haveria no golpe militar de 1964 um eco
positivista tardio, tão profundamente arraigado
no pensamento militar estaria a ideia de um
grupo iluminado capaz de conduzir de forma
ditatorial os rumos da perigosamente instável
República brasileira.”
Na verdade, nunca houve e jamais haverá em
qualquer parte do mundo, um governo que seja
realmente representante do povo que dirige, e
que siga o lema que todos gostam de proclamar
32
que o governo deve ser do povo e para o povo,
pois, como sempre foi, será: os nobres no
feudalismo, conduzindo os passos dos
governantes; os barões do café conduzindo o rei
e formando o seu gabinete, nos dias do Império
no Brasil; os chamados coronéis regionais
(coronelismo), sucessores dos barões do café
até bem recentemente, senão até agora,
conduzindo os passos dos governadores e
presidentes. Os agentes financeiros, os
poderosos da indústria e do comércio, os
oportunistas políticos travestidos de
libertadores da pátria, e toda a sorte de
influências e interesses que são os que
conduzem de fato os passos daqueles que
pensam estar governando em nome de todos e
para todos.
O mundo é assim, Deus o sabe, e alguns sabem,
e sábios são aqueles que a par de saberem tudo
isso não se rebelam contra os que governam e
não empunham armas para derrubá-los, pois
lhes é determinado pelo Rei dos reis e Senhor
dos senhores que se honre o rei terreno, que se
respeite os que estão em posição de autoridade,
sejam eles quem forem, pois fazem parte de um
reino que não é deste mundo, e possui muitos
súditos em todas as nações, e que em breve, será
estabelecido para sempre com a volta do seu
Soberano e Salvador.
33
8 - Segurança e Certeza da Salvação
Qual é o fundamento da segurança e certeza que
qualquer pessoa pode ter de que está salva e de
que irá para o céu, ainda que se converta de fato
a Cristo no último dia de sua vida, e por pior que
tenha sido o seu procedimento até então,
conforme se deu no caso do ladrão que morreu
na cruz ao lado de Jesus?
Aquele ladrão não teve tempo para fazer
qualquer boa obra ou de obter qualquer tipo de
mérito diante de Deus, e ainda assim recebeu a
promessa de que ainda naquele dia estaria em
espírito com o Senhor no paraíso, e para sempre.
De onde decorre a salvação da nossa alma com o
perdão total dos nossos pecados? Como somos
livrados da maldição da lei?
O ladrão na cruz exemplifica que não é pelo
grande grau de santificação progressiva que
obtemos em nossa jornada terrena que
alcançamos a salvação e o céu.
Onde achamos as respostas para estas
perguntas?
Somente na Bíblia.
Deus declarou expressamente o modo da nossa
salvação em Sua Palavra, em expressões diretas
34
e até mesmo em tipos e figuras como as que
encontramos no Velho Testamento e nas
parábolas de Jesus.
Em Isaías 53.11 há uma afirmação muito direta
sobre o modo da salvação:
“
Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará
satisfeito; pelo seu conhecimento o meu servo,
o justo, justificará a muitos; porque as
iniquidades deles levará sobre si.”
Aqui se afirma que é pelo simples
conhecimento pessoal de Jesus que muitos são
justificados por Deus para serem salvos para
sempre, porque Jesus carregou as iniquidades
deles sobre si.
Veja que em outras passagens bíblicas é dito que
este conhecimento de Jesus é alcançado
somente por graça e mediante a fé.
E em outras passagens é explicado o modo dessa
justificação pela qual somos salvos, como por
exemplo em Romanos 4, na qual se diz que ela
não é uma ação, mas uma declaração da parte de
Deus de isenção de culpa em relação aos que se
convertem a Jesus, quando ainda eram ímpios.
“Porque, se Abraão foi justificado pelas obras,
tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.
Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e
isso lhe foi imputado como justiça.
35
Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é
imputado o galardão segundo a graça, mas
segundo a dívida.
Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele
que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada
como justiça.
Assim também Davi declara bem-aventurado o
homem a quem Deus imputa a justiça sem as
obras, dizendo:
Bem-aventurados aqueles cujas maldades são
perdoadas, E cujos pecados são cobertos.
Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não
imputa o pecado.” (Rom 4.2-8)
Este perdão instantâneo e esquecimento total
de nossos pecados foi prometido através do
profeta Jeremias como sendo o resultado da
Nova Aliança que Deus faria com os que creem
em Jesus.
“Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei
uma aliança nova com a casa de Israel e com a
casa de Judá.
Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no
dia em que os tomei pela mão, para os tirar da
terra do Egito; porque eles invalidaram a minha
aliança apesar de eu os haver desposado, diz o
Senhor.
36
Mas esta é a aliança que farei com a casa de
Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a
minha lei no seu interior, e a escreverei no seu
coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu
povo.
E não ensinará mais cada um a seu próximo,
nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao
Senhor; porque todos me conhecerão, desde o
menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque
lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me
lembrarei dos seus pecados.” (Jeremias 31.31-34)
Agora, a base para este perdão e esquecimento
de pecados está relacionada ao fato de que Jesus
se fez maldição no nosso lugar, ao morrer na
cruz, para que pudéssemos ser livrados da
maldição e da condenação da lei.
“Cristo nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-se maldição por nós; porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado
no madeiro;
Para que a bênção de Abraão chegasse aos
gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós
recebamos a promessa do Espírito.” (Gálatas
3.13,14)
Daí se dizer que o justo viverá pela fé, porque é
pela fé que o pecador é justificado para alcançar
a vida eterna.
37
“E é evidente que pela lei ninguém será
justificado diante de Deus, porque o justo viverá
pela fé.” (Gálatas 3.11)
A justificação é instantânea como ato
declarativo de Deus em relação a nós,
isentando-nos de toda a culpa, e ao mesmo
tempo em que somos justificados somos
também regenerados pelo Espírito Santo (novo
nascimento), pelo qual ganhamos uma grande
parte daquela santificação total que teremos no
céu. De maneira que o novo nascimento é
também instantâneo, e isto ocorreu com o
ladrão na cruz no momento mesmo em que creu
em Cristo – ele foi justificado e regenerado – que
é a condição única e necessária para sermos
tornados filhos de Deus para sempre, e sermos
achados dignos de ir para o céu depois da nossa
morte.
38
9 - O Pecado Definido à Luz da Nossa
Identificação com Cristo
É em decorrência do ato de Deus na criação
original demandar que sejamos semelhantes a
Cristo em Cristo pela nossa plena identificação
com Ele, que podemos melhor entender a
significação real do que seja o pecado para Deus.
É muito comum se pensar no pecado como
sendo apenas a transgressão moral da lei de
Deus. Como se Ele tivesse criado um código de
leis e depois de tê-lo entregado a nós declarou
que qualquer transgressão destas leis seria
punida, e até o extremo da punição por morte.
Todavia, considerando que o nosso Criado r não
é meramente um Legislador, mas um pai de
amor para seus filhos, então subentende-se que
seja também perdoador, misericordioso,
instrutor, provedor, e dotado de variadas
funções distintas daquelas que são inerentes a
um juiz.
Por conseguinte, se olhamos simplesmente
para a Lei para entendermos o que seja o
pecado, é bem certo que ficaremos distantes de
uma compreensão adequada do assunto.
Mas, ao olharmos para a natureza e o propósito
da nossa criação, que é o de que em tudo
fôssemos identificados com nosso Senhor Jesus
39
Cristo, poderemos então entender
adequadamente que o pecado é tudo aquilo que
nos afaste da possibilidade de concretização
desta semelhança, por atuar contra tudo aquilo
que deveríamos ser, conforme planejado por
Deus antes mesmo de ter criado o mundo.
Daí decorre que se Jesus tem uma cruz pela qual
Ele subjuga o seu ego divino para fazer tão
somente a vontade do Pai, e não propriamente a
Sua, devemos também ter a nossa cruz pela qual
nos sujeitemos diariamente à vontade de Deus.
Se Ele sofreu tudo com paciência por amor ao
evangelho e para a restauração dos pecadores,
também devemos agir de igual maneira.
Se em tudo Ele foi verdadeiro e honesto,
também devemos ser em todas as coisas.
A graça nos ajudará no cumprimento deste
propósito e nos cobrirá com a misericórdia do
Senhor quando falharmos, a par de todos os
nossos esforços sinceros para agradá-Lo.
Assim, não devemos temer pecar pelo simples
sentimento de não errarmos, mas para que não
contrariemos os santos propósitos de Deus, e
que não venhamos a entristecer o Espírito
Santo.
Os horrores dos juízos da Lei foram interpostos
por Deus para que sejamos alertados que
40
caminhar na direção oposta àquilo que
deveríamos ser como verdadeiro filhos de Deus
semelhantes a Cristo – pois Ele é o Supremo
protótipo que nos foi dado para ser seguido –
caminhamos por uma estrada que nos
conduzirá por fim à morte eterna, pois é
impossível haver comunhão com a natureza
divina, quando assumimos uma natureza
contrária à mesma.
As maldições que foram pronunciadas sobre a
mulher e ao homem no jardim do Éden, quando
o pecado entrou no mundo, tinham, por
conseguinte, este objetivo de alertar à
humanidade de que ela se encontra num estado
ruim de alma que deve ser restaurado pelo
Criador por meio do sangue de Jesus Cristo.
O ato de Adão ter culpado Eva pela sua
desobediência, e esta à serpente, não foi
honesto e segundo a verdade, da parte de
ambos, pois importava que assumissem o seu
próprio erro e recorressem à graça de Deus para
serem ajudados e justificados.
Então, de nada nos adianta culpar o diabo, as
pessoas, o mundo, pela nossa condição
pecaminosa, pelo nosso estado ruim de alma
diante de Deus, pois o que se exige, segundo a
graça e a verdade é que confessemos a nossa
própria insuficiência, fraqueza, pecado, e
reconheçamos a nossa inteira dependência do
41
poder, do amor e da graça de Jesus para que
possamos ser libertados.
Demanda-se então identificação com a verdade,
e Cristo é a verdade.
Identificação com aquelas coisas que são
inerentes à vida eterna, e Cristo é a Vida.
Fomos criados para a vida e não para a morte, e
como esta vida está somente em Cristo, não
podemos obtê-la e tê-la manifestada em nós, se
não estivermos identificados com Ele em todas
as coisas, especialmente aquelas que dizem
respeito à Sua obediência ao Pai, e paciência nos
sofrimentos.
Primeiro Cristo se Identificou Conosco
Para que pudéssemos ser identificados com
Cristo Ele primeiro se identificou conosco
quando tomou a nossa natureza terrena ao lado
da divina.
Ele se fez homem para que pudéssemos , por
nosso lado, nos identificar com a sua natureza
divina.
Não numa mera identificação por imitação das
suas virtudes, conforme alguns costumam
imaginar, mas por participarmos ativa e
efetivamente da sua natureza divina, sendo
42
transformados em novas criaturas, pelo poder
do Espírito Santo.
Com a conversão, passamos a carregar conosco
uma nova natureza celestial – a mesma natureza
de Cristo, só que esta necessita ser
desenvolvida, não por estar imperfeita, mas
porque precisa de crescimento - do crescimento
espiritual que é promovido pelo Espírito Santo,
mediante aplicação da Palavra de Deus em nós.
Como este crescimento é realizado de forma
progressiva e em graus, então a nossa
identificação com Cristo será tanto maior
quanto for o referido crescimento na graça e no
nosso conhecimento pessoal do próprio Cristo
(II Pedro 3.18).
As tribulações controladas pela vontade de Deus
têm o propósito de cooperarem para a
promoção deste crescimento, sobretudo no
aprendizado e aperfeiçoamento da fé, da
paciência, da perseverança, da experiência e da
esperança que foram achadas em plenitude em
Cristo no Seu ministério terreno.
Ele venceu as aflições produzidas pelo mundo, e
pela mesma via da identificação com Ele,
podemos também vencê-las.
Quanto mais Ele era afligido, mais se apegava à
vontade do Pai e à realização da mesma. E isto
43
também ocorrerá conosco caso nos devotemos
inteiramente ao objetivo de estarmos
identificados com Ele, na realização da obra que
nos tiver sido designada por Deus.
44
10 - Não Estamos Sós
A morte dos que amam a Deus é seguida por um
séquito invisível de acompanhantes angelicais,
que vêm para fazer a transposição de nosso
espírito deste mundo de dores e de trevas para
um outro mundo de deleites perfeitos e de luz,
conforme podemos constatar nos vários
testemunhos das Escrituras, bem como nas
experiências que ocorrem na história da Igreja
com crentes que relatam as visões que têm de
anjos celestiais que vêm buscá-los, e que logo
após fecham os olhos para abri-los do outro lado
do céu.
Já no caso de ímpios, daqueles que não amam e
temem a Deus, dá-se o oposto, pois são
recepcionados por espíritos atormentadores
das trevas, que agravam ainda mais os seus
sofrimentos na hora da morte, pois em vez de
lhes trazer alívio, aumentam em muito os seus
terrores e aflições, e transportam os seus
espíritos para um lugar de sofrimento eterno.
Meu próprio pai, depois de ter vivido por longos
anos na prática da impiedade, foi-lhe dado ver o
demônio que vinha lhe atormentando por anos
a fio, na forma de um homúnculo esverdeado de
face horrível que lhe dizia que tomaria a sua
alma naquela noite, e foi o que de fato ocorreu.
45
Ele havia vivido de um modo que dera ocasião ao
diabo a ter inteiro domínio sobre a sua vida, sem
nunca ter se voltado para Cristo a fim de obter
libertação e salvação.
Ele havia resistido ao evangelho e aos caminhos
de Deus e achou por fim não a morte de paz que
Deus tem reservado para os que são justos.
Crentes fiéis não têm, portanto, porque temer a
morte, pois no seu caso, ela é uma amiga,
destinada a transportar-lhes em paz para os
arcanos celestiais, sob a bênção e proteção
eternas de Deus.
Dá-se com eles o que é dito pelo apóstolo Paulo:
que em Cristo, tudo é nosso, seja a morte, seja a
vida.
A morte passou a ser algo de bom para o crente
em Jesus Cristo.
Ela é uma amiga que o jogará num piscar de
olhos nos braços eternos de Deus.
Mas, para os ímpios, ela continua sendo aquele
inimigo temido, cuja proximidade causa-lhes
tormentos e arrepios, pois não têm qualquer
esperança ou vislumbre de que irão para um
lugar melhor, senão de sofrimentos eternos.
46
11 - A Cabeça Comanda o Corpo
O corpo humano possui cerca de 10 trilhões de
células que operam de forma integrada para
realizar diversas funções específicas.
Elas se alimentam, respiram, se reproduzem,
fabricam diversos hormônios, enzimas, e todos
os elementos químicos necessários para o
funcionamento adequado do corpo.
Todavia, para este funcionamento elas
dependem totalmente dos comandos do
sistema nervoso central, que tudo faz sem que
haja qualquer participação consciente ou
necessidade do nosso trabalho neste processo.
Deus tudo dispôs para que assim suceda,
sobretudo para nos servir de ilustração do seu
próprio comando ativo em tudo o que se refere
especialmente ao nosso crescimento espiritual.
Ligados à Cabeça – Jesus Cristo – recebemos
todos os comandos e suprimentos relativos à
manutenção e desenvolvimento da nova vida
espiritual que recebemos dEle na conversão.
Um único centro de comando opera tudo o que
é necessário a cada célula de nosso corpo, e de
igual modo o único comando de Cristo é
suficiente para todos os crentes, que são as
células do Seu Corpo.
47
12 - Deve Ser Invisível e Inaudível
O olho não viu
pois lhe é imperceptível
e incompreensível.
O ouvido não ouviu
porque é inaudível
e indiscernível.
Nem jamais penetrou
no coração natural
aquilo que é espiritual
e também divino.
Daí ser a revelação
silenciosa e invisível.
Manifestada em Cristo
mediante o Santo Espírito
Não vemos mas entendemos.
Não ouvimos mas discernimos,
48
o significado do que é eterno,
celestial, espiritual e divino.
A graça nos ensina e conduz
ao conhecimento da verdade
que está em Jesus.
49
13 – O Real Significado da Vida
Fomos criados para a alegria e a felicidade, mas
onde elas se encontram?
Nas coisas e circunstâncias que esperamos,
segundo as expectativas de cada pessoa?
Em lugares, em bens terrenos, em
relacionamentos afetivos, em carreiras, em
dinheiro, em saúde, enfim, em tudo aquilo que
costumeiramente se busca para o fim de sermos
felizes?
Mas, mesmo na posse de tudo isso podemos
achar ocasião de nos sentirmos infelizes, pelas
dificuldades e oposições que possamos
encontrar quando da busca de nossas
realizações.
Então, onde e como podemos encontrar a fonte
da verdadeira alegria e felicidade?
Muitos decidem permanecer no estado de
celibato e sem assumir qualquer tipo de
compromisso com outros, para não terem o
desprazer de terem que conviver com opiniões
diferentes das suas, e para não verem sendo
contrariados os seus projetos e aspirações.
Todavia, as circunstâncias da vida lhes trarão
muitos dissabores por agirem como sombras e
nuvens em seus dias ensolarados.
50
Aqueles que são casados e que possuem muitos
relacionamentos de ordem social e profissional
não se encontram em desvantagens em relação
àqueles, pois, ainda que sujeitos a um maior
número de contrariedades, entretanto, estas
não configuram uma causa real para que não
sejam verdadeiramente felizes e alegres.
A chave se encontra em entendermos que não
fomos criados para nós mesmos, mas para
Cristo.
Se vivemos ou morremos, somos do Senhor. O
todo dos nossos desejos deve estar direcionado
para Ele, estando nós sujeitos à Sua soberania,
porque senão, de outro modo, não poderemos
ser achados satisfeitos e felizes, pois, é somente
nEle que se acham escondidas a nossa alegria e
felicidade.
De outra forma, como poderíamos ser felizes
num mundo em que estamos sujeitos a muitas
perdas, e a maior delas que é a morte de nossos
entes queridos?
Quando andava sem Cristo eu esperava a
felicidade na chegada de dias festivos (carnaval,
festas juninas, natal, dia das mães, dos pais, fins
de semana etc), mas desde que me converti a
minha maior alegria não consistia mais na
chegada desses dias, e nem mesmo fico na
expectativa da sua chegada.
51
Também associava a felicidade às minhas
realizações e aos trabalhos que realizava, e
então, a aposentadoria e a velhice chegaram, e
tudo isso ficou para trás.
A conclusão lógica à qual cheguei é a de que a
fonte da verdadeira alegria e felicidade é
totalmente diferente destas várias fontes
anteriormente citadas.
A fonte da verdadeira alegria e felicidade é
apenas uma, e esta consiste na nossa
permanente comunhão com Jesus Cristo, em
espírito.
Quando cultivamos uma comunhão real com
Deus baseada na obediência à Sua Palavra e a
experimentarmos a Sua presença por um andar
no Espírito Santo, então nada há que possa
interromper a paz, a alegria e felicidade que
inundam a nossa alma, pois é o próprio Deus, e
somente Ele, que pode conduzir a nossa alma à
referida condição. É com isto que devemos
armar o nosso pensamento, especialmente nas
horas em que deparamos com contrariedades e
tribulações: “minha alegria e felicidade não
dependem da realização dos meus desejos, mas
de conseguir manter-me em comunhão com o
Senhor, grato e satisfeito em meu espírito em
toda e qualquer situação, pois é isto o que
glorifica o Seu santo nome.”
52
Podem nos contrariar injustamente, mas isto
não nos abalará porque a fortaleza do Senhor
estará lá no nosso interior mantendo-nos em
paz e alegres.
Este é o segredo que levou os crentes da Igreja
Primitiva a terem se alegrado em serem
perseguidos e estarem sofrendo por causa do
nome de Jesus, pois viram que foram achados
dignos de padecerem tais sofrimentos sendo
assistidos pela graça e força que Deus supre.
Quando os crentes fazem da realização dos seus
sonhos e desejos a causa da sua alegria e
felicidade, eles terão muitas frustrações e
tristezas, porque não é nisto que Deus planejou
para que fôssemos felizes e ficássemos
satisfeitos, senão em descansarmos nEle e no
Seu amor, e não em desejos realizados ou não
realizados.
Tenhamos sonhos e desejos mas jamais
incorramos no erro de colocar neles a razão da
nossa alegria e felicidade, porque isto pode ser
achado somente na nossa comunhão com o
Senhor.
Por isso, a Bíblia, desde o Velho Testamento,
está repleta de exemplos e ilustrações desta
verdade. Veja o caso de Israel na sua
peregrinação no deserto, sendo mantido em
53
circunstâncias difíceis de falta de alimento e de
água. Deus queria lhes ensinar que não
deveriam fazer do fato de terem circunstâncias
favoráveis o motivo de estarem satisfeitos,
gratos, felizes, senão por terem sido eleitos por
Ele para conhecê-lo em espírito. Ele era e é tudo
quanto necessitavam, e assim, todos aqueles
que são Seus filhos nas sucessivas gerações.
Quanta alegria desperta
No coração do pequenino
A chegada do seu pai
Amoroso, amigo e querido.
A presença do pai traz consigo
Paz, alegria, segurança, amor,
Proteção, consolo e esperança.
E ambos ficam contentes,
Tanto o pai quanto o filho,
Batendo seus corações
54
Em uníssono.
Louvado seja Deus que nos permite
Ter a experiência maravilhosa
De ser pai e de ser filho,
Para entendermos o significado
De tê-lo como Pai eterno,
Perfeito, amoroso e bendito.
55
14 - O Ponto de Equilíbrio Entre a
Misericórdia e o Juízo
Deus não desistirá dos homens até que faça
vingar a causa da justiça do evangelho, pela qual
tem justificado pecadores em toda a Terra.
Este é o ponto de equilíbrio e de sabedoria, para
entendermos o caráter de Deus:
Ele odeia o pecado, mas está usando de
misericórdia na presente dispensação,
esperando que pessoas se arrependam do
pecado e se convertam a Ele pela fé em Jesus,
para que possam sair das trevas para a luz, e da
morte para a vida.
Afinal é o Deus vivo, que é pela vida e não pela
morte.
Não foi Ele o autor da morte, sendo esta,
consequência do pecado.
Ou seja, o seu propósito não é morte, mas vida.
Não é Deus de mortos, mas de vivos. Vivificados
pelo Espírito. Nascidos para uma nova vida
espiritual por meio de Cristo, que é espírito
vivificante. O pão vivo que desceu do céu para
que tenhamos a vida eterna abundante divina.
56
15 – A Corrupção Está Ligada à Natureza
Por natureza, o coração humano é corrupto,
mais do que todas as coisas, e somente a graça
de Jesus possui o poder para descorrompê-lo,
quando nos submetemos ao trabalho do Espírito
Santo para a regeneração e santificação.
Assim, não é propriamente o poder que
corrompe, pois trata-se de uma questão de
natureza e não de simples exercício de vontade
moral.
Alguém pode ser honesto, mas apresentar
sinais dessa corrupção referida em outras áreas
de sua vida.
Além disso há toda uma operação dos espíritos
das trevas que podem controlar mentes e
corações, produzindo toda sorte de males.
Não podemos então, ser ingênuos a ponto de
pensar que haja alguém habilitado por si mesmo
para gerar e gerir condições absolutamente
justas e aprovadas em todas as áreas decisórias
da humanidade, quer no governo público, quer
nas demais esferas em que haja o exercício da
autoridade.
A Bíblia afirma com todas as letras que este
mundo é tenebroso e que jaz no maligno, e
somente aqueles que buscam a libertação desta
57
condição em Deus, podem achá-la por meio da
fé em Jesus Cristo.
Não se trata de uma questão de opção religiosa,
mas de vida ou de morte, sobretudo espiritual,
pois Aquele que tudo criou, também tem leis
imutáveis para que suas criaturas sejam
governadas por elas. O afastamento e rejeição
destas leis significa corrupção e morte eterna.
Haverá um tempo em que a sociedade será
regida somente pelo amor, e já não mais existirá
a necessidade de leis reguladoras de
comportamento e de punição e repressão para
os malfeitores, porque todos terão um coração
regenerado e justo, temente a Deus e que se
desvia do mal.
Mas, até que Jesus volte e inaugure o seu reino
de justiça no final do milênio, ainda haverá
pecado na Terra, e por conseguinte, os males
que são dele decorrentes.
Nossa peregrinação deste outro lado do céu
deve ser com oração, vigilância, esperança, e
prática da justiça em toda santificação do
Espírito, até que atravessemos o rio que nos
conduzirá à eternidade.

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Mensagens para os nossos dias - livro

  • 1.
  • 2. 2 A474 Alves, Silvio Dutra Mensagens para os nossos dias./ Silvio Dutra Alves. – Rio de Janeiro, 2016. 57p.; 14,8x21cm 1. Controle. 2. Soberania. 3. Divindade. I. Título. CDD 230
  • 3. 3 Sumário 1 - “Porque o domínio é do Senhor, e ele reina sobre as nações.” (Salmo 22.28).......... 4 2 - A Balança de Equilíbrio de Poder Mundial....................................................................... 5 3 - Dominar-se Para se Relacionar................ 10 4 - O Teste da Verdade Verdadeira................ 13 5 - Palavra para Alguém que Está Duvidoso..................................................................... 16 6 - Prossigamos em Conhecer ao Senhor.. 21 7 - “O meu reino não é deste mundo”........ 23 8 - Segurança e Certeza da Salvação............ 33 9 - O Pecado Definido à Luz da Nossa Identificação com Cristo.................................... 38 10 - Não Estamos Sós............................................. 44 11 - A Cabeça Comanda o Corpo...................... 46 12 - Deve Ser Invisível e Inaudível................. 47 13 – O Real Significado da Vida......................... 49 14 - O Ponto de Equilíbrio Entre a Misericórdia e o Juízo........................................... 55 15 – A Corrupção Está Ligada à Natureza.... 56
  • 4. 4 1 - “Porque o domínio é do Senhor, e ele reina sobre as nações.” (Salmo 22.28) Os governantes têm se corrompido em toda a Terra, em maior escala do que costumavam fazer no passado. Somos ordenados, por dever de consciência, a lhes estarmos sujeitos, por temor a Deus, sendo bons cidadãos, independentemente dos desmandos daqueles que se encontram investidos em posição de autoridade. Nada devemos temer, devemos orar por eles, vivermos em paz, porque o domínio e o reino em todas as nações é realizado de fato pelo Senhor. O comércio, a indústria, a pecuária, a agricultura, os serviços, continuam operando e funcionando suprindo as nossas necessidades, por maiores que possam ser os danos produzidos na árvore da vida pública pelas pragas que dela se alimentam. Jesus se referiu ao rei infanticida Herodes, chamando-o de raposa, e escolheu propositalmente a comparação com este animal e com nenhum outro, porque é próprio das raposas produzirem danos nas vinhas, sem contudo conseguir extingui-las.
  • 5. 5 Há muitos Herodes neste mundo fazendo muito mais mal do que bem, e no entanto, eles se encontram debaixo do domínio de Deus, que fará com que a vida prossiga na Terra, apesar de tudo que as raposas possam fazer para prejudicar a produção de bens.
  • 6. 6 2 - A Balança de Equilíbrio de Poder Mundial Quem comanda esta balança? Deus ou o diabo? Se fosse o diabo, as nações já teriam se destruído mutuamente desde a mais remota antiguidade. Deus declara diretamente nas Escrituras que é Ele quem estabelece o governo sobre as nações. Ele demonstrou isto fartamente de modo prático ao elevar no passado a Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma à condição de impérios mundiais. E qual a razão disto? A mesma pela qual os Estados Unidos da América foi levantado como potência mundial depois da Segunda Grande Guerra para ser o fiel do equilíbrio da balança de poder das nações, liderando e interferindo na política mundial com vistas à preservação da paz até a presente época. Todavia, assim como os potentados bélicos do passado tiveram a sua derrocada, no tempo determinado por Deus, para a consecução dos Seus propósitos, de igual modo, já se observam sinais de enfraquecimento do poder e
  • 7. 7 influência americanos quanto à sua capacidade de arbitrar e controlar as condições internacionais. Com o fortalecimento do eixo comunista representado pela Rússia, China e Coréia do Norte; do estado islâmico radical, e de outras potências atômicas como a Índia, Paquistão e a ameaça incipiente iraniana, percebe-se uma clara tomada de iniciativas para uma futura coligação, especialmente de uma União Europeia, com um bloco de poder com todas as nações dos continentes americanos do Norte e do Sul. Porém, sabemos que esta coligação final não visa à manutenção da paz mundial, mas à garantia da segurança por parte dos senhores do capital, especialmente os de Wall Street, de seus investimentos em todas as nações, quer em conglomerados financeiros ou industriais, de modo a não sofrerem perdas por qualquer tipo de instabilidade política local. Deus o tem permitido neste tempo do fim para a manifestação do Anticristo, que será o governante mundial, instrumentalizado por Satanás, que estes senhores conduzirão ao poder para cuidar de seus interesses ambiciosos e egoístas.
  • 8. 8 Sem que o saibam, estarão dando à raposa o cuidado pelo seu galinheiro. O plano seria perfeito caso não houvesse a volta de nosso Senhor Jesus Cristo para estabelecer um juízo sobre eles e o seu falso cristo. O equilíbrio definitivo da balança de poder idealizado e imaginado por eles, sofrerá uma derrocada, pois somente por uma intervenção direta divina, poderia ser desfeito, uma vez que nenhuma nação conseguiria se insurgir contra este gigante mundial que há de se levantar sobre a Terra. Os militares estarão a serviço deles, porque são apenas seus assalariados. Dependem daqueles que detêm o poder civil sobre as massas, e assim, são apenas o braço que exerce a força deste poder. Isto explica em grande parte o esforço que se observa em todo o mundo ocidental para se transformar os governos socialistas em neoliberais, especialmente na América Latina. Diga-se, de passagem, que tanto numa quanto noutra forma de regime político observam-se os mesmos males, tendo em vista que o caráter da maioria dos que governam não prima pela prática da justiça e da honestidade, estejam eles inseridos em qualquer contexto que seja considerado.
  • 9. 9 A diferença básica encontra-se em que há uma suposta maior participação popular no processo decisório político no socialismo, do que no neoliberalismo, em que prevalecem os interesses corporativistas daqueles que detêm o poder financeiro, e que bancam as campanhas políticas para conduzir ao exercício do poder aqueles que sejam os guardiões de seus interesses. Mas, na prática, tanto numa forma quanto noutra de regime político, o que prevalece é o poder dos senhores do dinheiro, como se vê em todas as partes do mundo. Coloquemos então nossa esperança de um tempo melhor somente em Jesus Cristo, por ocasião da sua volta, quando então se verá paz, justiça e segurança perfeitas sobre a Terra.
  • 10. 10 3 - Dominar-se Para se Relacionar A prudência é recomendada, mas o seu excesso pode se traduzir em paranoia. Deus governa por laços de amor e por doce persuasão fundados na verdade e na justiça. Criados à sua imagem e semelhança, os seres humanos necessitam entender e viver a sensibilidade e sutileza que existem em tal forma de ser. A base dos relacionamentos que se fundamentam em laços firmes e duradouros consiste na confiança mútua, que é transmitida não por meras palavras ou promessas, mas por sinais que são emitidos a partirdo nosso coração e que revelam nossas reais intenções. Isto é tão complexo em sua natureza que até mesmo gestos de carinho que não partam de um coração sinceramente interessado no bem do outro, e por motivo de amor, podem despertar desconfianças. Repelimos naturalmente qualquer palavra ou ação agressiva que nos sejam dirigidas, mas também repelimos estas mensagens de falso amor que emanam de corações que não estejam de fato ligados ao nosso.
  • 11. 11 Por isso, quem trabalha com a doma de animais (cavalos etc) é melhor sucedido quando aprende primeiro a dominar a si mesmo, quanto a aprender a emitir sinais de verdadeiro amor, paciência, consideração, amizade, ao animal que pretende domar. Estes sinais serão reconhecidos sutilmente nos gestos, palavras, atitudes do domador, e o animal se deixará conduzir docilmente à medida que interpreta que ele é digno da sua confiança. Esta sutileza de interpretação de sinais pode ser observada de modo muito especial nas crianças, que se afastam daqueles que se aproximam delas com palavras e gestos de suposto carinho, mas que no fundo não têm um real amor e interesse por elas. Assim, é necessário aprender a mudar nossas atitudes em relação a outros, notadamente num mundo que fica cada vez mais falso e violento, e somos induzidos psicológica e inconscientemente a ficarmos mais suscetíveis à desconfiança. Como já dissemos antes, o excesso de prudência pode nos conduzir a um comportamento paranoico, que nos levará a nos defender até mesmo daqueles que nos amam verdadeiramente.
  • 12. 12 Não é sem razão que nos é imposto o dever de aprendermos a perdoar até setenta vezes sete, de maneira que mantenhamos o nosso coração aberto com vistas a um relacionamento sem sombras e traumas, e no qual não sejamos incapacitados a amar como convém, a saber, de coração aberto e receptivo. Necessitamos, portanto, de uma cura diária do bálsamo, divino, para as nossas feridas, para que não fiquemos sequer intimidados por cicatrizes deixadas pelos momentos de confrontação, e seguirmos adiante tendo um sincero apreço e carinho por aqueles com os quais nos relacionamos.
  • 13. 13 4 - O Teste da Verdade Verdadeira Louvado e glorificado seja para sempre o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que nos tem dado o conhecimento da sua vontade nas tribulações que temos experimentado, assim como deu a Jó este conhecimento ao final de tudo o que ele passou. Deus permitiu a Satanás que assolasse Jó com toda a sorte de aflições (roubo de todos os seus bens pelos sabeus; destruição da sua casa e morte dos seus dez filhos; perda de amigos; e uma terrível enfermidade que lhe sobreveio), e não informou antecipada e diretamente a Jó sobre tudo o que deveria sofrer. Hoje, somos enfermados, roubados, perseguidos, injustiçados, ainda que em um grau menor do que o de Jó, e, todavia, em muitos casos, dá-se o mesmo que ocorreu com o patriarca, pois atrás de tudo isto encontra-se a mão e o propósito do próprio Deus, para que aprendamos algumas coisas essenciais. A primeira delas é que os bens materiais e tudo o que diz respeito a esta vida que temos deste outro lado do céu são passageiros e instáveis, e não é neles que devemos colocar o nosso coração.
  • 14. 14 Devemos viver como diz o apóstolo Paulo: tendo, mas como se não tivéssemos. E no dizer do próprio Jesus Cristo: que não devemos juntar tesouros na terra, mas no céu, pois aqui os ladrões roubam e a traça e o ferrugem corroem. Nosso coração e mente devem estar somente em Deus. Outro ponto importante a ser aprendido é o de não incorrermos no mesmo erro dos três amigos de Jó, quando vemos algum crente fiel estar passando por alguma tribulação grave, pois o acusaram de ter cometido graves pecados para estar sofrendo juízos tão terríveis da parte de Deus. Jó era o favorito do Senhor aqui na terra quando lhe sobreveio tudo o que sofreu. Dele havia dado o testemunho de ser homem íntegro, temente a Ele e que se desviava do mal. Bens podem ser substituídos, e até a própria vida que temos neste mundo, caso nos seja tirada, será preservada para a eternidade pelo poder do Senhor, de modo que podemos nos gloriar, como diz Paulo, inclusive nas próprias tribulações, sabendo que por elas somos conduzidos a um maior conhecimento da vontade de Deus, e da interpretação das coisas
  • 15. 15 que nos sucedem aqui embaixo, até que sejamos transportados para sempre para a glória do céu. Sosseguemos o nosso coração. Sigamos a graça e de Jesus, pela qual nossas mentes podem ser guardadas em paz pelo seu poder. Não estejamos inquietos por cousa alguma e não permitamos que nosso coração fique turbado, porque em todas as coisas, estamos debaixo do controle dAquele que não permite que sequer um pardal caia das alturas sem o seu consentimento, e que mantém atualizada a contagem dos cabelos de nossa cabeça.
  • 16. 16 5 - Palavra para Alguém que Está Duvidoso Amado irmão em Cristo Fulano, li todo o seu relato e vi muitos pontos de contato com a minha própria chamada para o Ministério da Palavra. Antes de tudo devo lhe dizer enfaticamente que se você teve uma experiência pessoal de conversão a Jesus Cristo, como penso que teve, é impossível que você vá para o inferno pelos motivos expostos, relativos a não estar disposto a abandonar totalmente suas atividades seculares para servir somente ao evangelho, conforme afirma ter ouvido um chamado de Deus em tal sentido, uma vez que a justificação e o novo nascimento do Espírito Santo ocorrem simultaneamente no dia em que pela primeira vez temos um encontro pessoal com Cristo. E uma vez tendo sido justificados, a guerra com Deus, termina, pois é dito que "justificados pela fé temos paz com Deus por meio de Jesus Cristo, ou seja, por causa dele, do seu amor da sua misericórdia e graça, e não por qualquer coisa de bom que se ache em nossa própria natureza. O próprio Jesus afirmou com todas as letras que aquele que vier a ele jamais será lançado fora, ou seja, jamais será condenado ao inferno, pois ele também disse que aquele que nele crê não é mais condenado, e Paulo afirma que já não há
  • 17. 17 mais qualquer tipo de condenação para quem está em Cristo Jesus. Tanto isto é verdade - que a salvação eterna é obtida de uma vez para sempre por causa da justificação, que é somente pela fé e graça, que o apóstolo, ao se referir à mesma em Romanos diz que aqueles aos quais Deus chamou para a salvação, também são justificados, e estes que são justificados, são glorificados. Observe que ele não se refere à santificação neste texto - a qual se segue à justificação/regeneração e é um processo para durar toda a nossa vida. Há uma razão para isto, pois a nossa glorificação eterna, a nossa ida para o céu depois desta vida, não depende do grau da nossa santificação, pois o que é obtido na conversão já é suficiente para nos dar o céu, e por isso não há uma referência no citado texto à santificação que é progressiva. Agora, quanto à chamada para o ministério, isto é um grande privilégio, a saber, o de sermos achados dignos de sermos convocados pelo Rei dos reis, e Senhor dos senhores, a fazer parte do reduzido número de cristãos, proporcionalmente falando, daqueles que ministrarão a muitos em Seu nome e pelo Seu poder. Isto demanda preparo, e por isso há a chamada específica para uma dedicação prioritária aos assuntos relativos ao ministério (pastorado, missões etc). Digo prioritária porque isto não
  • 18. 18 impede que estejamos envolvidos com outras ocupações, a menos que haja uma interposição direta da parte de Deus, como foi o caso dos apóstolos que tiveram que deixar tudo. Todavia, isto não é a regra, senão a exceção. É bom lembrar no entanto, que em Sua soberania, Deus pode exigir de nós uma dedicação exclusiva ao ministério, a partir de dado momento da nossa vida, como ocorreu por exemplo no meu próprio caso, pois quando me converti queria, por minha própria vontade, deixar minha profissão para ser missionário, mas fui impedido por Deus, e somente depois de minha aposentadoria fui impedido de continuar trabalhando em atividades seculares, pois, a partir de então o Senhor me disse que eu serviria somente ao interesses do Seu Reino e não mais aos seculares, e isto já ocorre por cerca de vinte anos. É comum haver uma resistência inicial ao chamado, como vemos no caso de Moisés, de Jeremias e outros. Mas, se houver uma chamada real, dificilmente a vontade de Deus deixará de prevalecer, e seremos conduzidos por Ele à obediência voluntária e por amor, no tempo próprio, ainda que pareça que vamos enlouquecer enquanto isto não se concretize em razão da nossa desobediência inicial, pois a porta que fechamos somente poderá ser de novo aberta pelo próprio Deus, segundo a Sua soberania.
  • 19. 19 Deve ser considerado também que a chamada divina para o serviço é geralmente acompanhada de algumas evidências que são implantadas pelo Espírito Santo em nosso coração, como por exemplo o desejo de pregar, de ensinar a Palavra, de evangelizar, enfim, de desenvolvermos o ministério para o qual temos sentido que estamos sendo chamados. Não somos chamados num vazio para algo que não tenha sido implantado anteriormente por Deus em nosso coração. O caso do jovem rico citado no Evangelho que não quis seguir a Jesus é de outra natureza, pois foi colocado à prova para a conversão, e não propriamente para um ministério específico, cuja chamada é feita comumente depois da nossa conversão. Ele estava se firmando na justiça própria e não na fé que opera pelo amor, e por isso falhou. Na verdade, ele amava o mundo e não o Senhor. Assim como não estava disposto a ser despojado dos seus bens terrenos, de igual modo não estaria disposto a ser despojado da velha natureza pecaminosa, para que pudesse receber uma nova natureza espiritual, celestial e divina, pela qual importa viverem todos aqueles que são chamados a se tornarem filhos de Deus por meio da fé em Jesus Cristo.
  • 20. 20 Uma coisa tenho aprendido e cada vez mais se confirma, ainda agora quando me aproximo dos 64 anos de idade, a saber, que a nossa plena felicidade não está na realização de nossos desejos e sonhos, senão somente em nossa comunhão com Cristo e no serviço que fazemos para ele, sobretudo em espírito. Deus nos faz felizes e satisfeitos independentemente de termos nossos desejos realizados ou não, pois não é nisto que reside a felicidade, mas em sermos aprovados por Ele e termos comunhão permanente com Jesus Cristo e nossos irmãos.
  • 21. 21 6 - Prossigamos em Conhecer ao Senhor Como poderemos conhecer, pelo nosso próprio estado natural de cegueira espiritual, e tendo uma índole conduzida pelo pecado que habita em nossa natureza, o que Deus requer realmente de nós, na condição de pessoas por Ele criadas? A imagem e semelhança com Ele, à qual nos destinou, perdeu-se quase completamente em razão do pecado original. Se não houvesse pecado no mundo, nós veríamos claramente em nós mesmos e em cada um dos nossos semelhantes qual é o padrão de pensamento, de atitude e de comportamento que nos convém. Por isso, necessitamos recorrer não apenas ao testemunho das Escrituras a tal respeito, como também da operação do Espírito Santo, para a transformação do nosso caráter pecaminoso em caráter justo e santo, à semelhança ao do nosso Criador. Quanto mais nos empenharmos nisto, mais conheceremos o que Deus requer realmente de nós. Contudo, por conta de nossas limitações e imperfeições presentes, sempre teremos um
  • 22. 22 conhecimento parcial, conforme dizer do apóstolo Paulo em I Coríntios 13. Mas, vem chegando o dia em que todos aqueles que amam a Deus o conhecerão perfeitamente, como também a Sua santa vontade para conosco. Façamos progresso nisto pela meditação diária da Palavra de Deus para sua aplicação em nossas mentes e corações, e não deixemos a oração e a comunhão dos santos, pelas quais podemos nos aproximar de Deus, para aumentarmos o nosso conhecimento da pessoa e virtudes de Jesus.
  • 23. 23 7 - “O meu reino não é deste mundo” Com estas palavras nosso Senhor Jesus Cristo definiu de modo muito claro que o reino de Deus, que já se encontra estabelecido por ele no coração de muitos e em muitas nações, desde que Ele o introduziu pelo evangelho, não possui em nada o caráter de todos os sistemas de governo deste mundo, sejam eles ditatoriais ou democráticos. Uma das maiores razões para não ser como os reinos do mundo é a de que não é estabelecido por meio de disputas de partidos, de trocas de interesses, de favorecimento de poderosos para obtenção de apoio político para a manutenção do governo; do apoio das armas de militares para a segurança diante de ameaças externas ou internas, e enfim, por uma multiplicidade de razões que não encontram respaldo numa paz, justiça, verdade e amor perfeitos entre os súditos do reino e de todos os que os lideram, cujo exemplo, vigor e vida recebem diretamente do próprio Rei deles – Jesus o Senhor da glória. A história de todos os governos deste mundo, desde a sua origem até os nossos dias, está cheia de conspirações, intrigas, trapaças, assassinatos, mesmo entre aqueles que são do mesmo partido.
  • 24. 24 O coração do homem irregenerado (não nascido do Espírito Santo) não se encontra em paz nem com ele mesmo, quanto mais com os outros. Seus interesses, em grande parte não conseguem ultrapassar a porta dos seus próprios desejos, quanto mais estaria de fato interessado no bem de outros. Orgulho, vaidade, sede de poder, arrogância, e tantos outras coisas podem ser alinhadas na mesma direção de tudo aquilo que impede que os reinos deste mundo possam ter alguma semelhança com o de Jesus Cristo. Sugerimos a leitura do livro de autoria de autoria de Laurentino Gomes, intitulado 1889, no qual todas estas coisas podem ser vistas de modo muito claro. Nele se destaca o quanto a noção de república brasileira ainda se baseia no positivismo de Augusto Comte, do qual é extraída a expressão “Ordem e Progresso” de nossa bandeira. Os que ignoram em que consistem as reais raízes do positivismo podem brindá-lo como uma verdade a ser seguida para o desenvolvimento da humanidade. Mas, como tanto outros que impregnaram o mundo com as ideias humanistas e iluministas, antes e depois dele, trilharam pelo mesmo
  • 25. 25 caminho de tentar arrancar do coração e mente das pessoas a verdade de que há um Deus que tudo criou e governa, e que enquanto se pensasse em termos de um governo divino nos corações e nas nações, a humanidade nunca chegaria à plenitude da sua maturidade científica, e à condição de ser a condutora do seu próprio destino. Nós destacamos a seguir uma parte do livro de Laurentino Gomes, relativa a este assunto, e que é muito esclarecedora das coisas que estamos falando: “O positivismo de Comte baseia-se em um sistema filosófico chamado “Lei dos Três Estados”. Por ele, o ser humano passaria por três etapas distintas de evolução. A primeira seria a fase teológica, na qual as pessoas tentariam explicar os mistérios da natureza pela crença na ação de espíritos e elementos mágicos. Seria um estágio marcado pela confiança absoluta nos fenômenos sobrenaturais. A imaginação se revelaria sempre mais forte do que a razão. Sociedades ainda presas à fase teológica tenderiam a aceitar a ideia de que a autoridade dos reis e o poder do Estado teriam uma origem divina, decorrentes de uma delegação sobrenatural e não de um pacto livre entre as pessoas. A monarquia, portanto, seria o regime de governo natural de um estágio ingênuo e
  • 26. 26 primitivo na evolução humana, mais próximo da barbárie do que da racionalidade. O segundo estado na evolução humana, segundo Comte, seria o metafísico. A imaginação daria lugar à argumentação abstrata. A ação do sobrenatural seria substituída pela força das ideias. Nesse patamar estariam, por exemplo, os filósofos gregos, que passaram a usar a razão para explicar os fenômenos naturais. Em decorrência dessa mudança de foco, a organização e o governo das nações passariam a basear-se na soberania popular, não mais em uma suposta origem divina. Este seria, porém, um estágio evolutivo apenas intermediário, no qual os seres humanos ainda não teriam acesso ao instrumento mais fundamental na aquisição do conhecimento — o método científico. A ciência só passaria a orientar o entendimento e as ações humanas na fase seguinte, a terceira na escala de valores de Auguste Comte, que ele chamou de estado “científico” ou “positivo”. No ponto de vista de Comte, era para esse terceiro estágio que boa parte dos seres humanos se encaminhava no século XIX — pelo menos nas sociedades que ele julgava mais educadas e desenvolvidas, caso dos países europeus. No estado “positivo”, a ciência assumiria, finalmente, o papel de orientadora do conhecimento e da evolução dos povos. Pela
  • 27. 27 cuidadosa observação científica dos fenômenos seria possível, em primeiro lugar, tirar conclusões seguras a respeito do universo e também do comportamento humano. O passo seguinte seria o da ação transformadora no ambiente social. O correto entendimento das leis naturais e sociais tornaria possível não só explicar o presente, mas também prever e organizar o futuro. Como se vê, o sistema de Comte resultava da aplicação pura e simples dos princípios das ciências exatas nas ciências humanas. Da mesma forma como, na matemática, dois mais dois são quatro, na história também haveria elementos concretos que, devidamente analisados e interpretados, poderiam levar a conclusões lógicas e desdobramentos previsíveis. Essa noção estaria na base da moderna sociologia, ciência da qual Comte é considerado o fundador. Dela resultou também a expressão “Ordem e Progresso”, que hoje figura no centro da bandeira nacional brasileira. No entendimento de Comte, se existe uma ordem estática nas sociedades, possível de ser compreendida pela observação científica, haveria também uma dinâmica social, responsável pelas leis do seu desenvolvimento, ou seja, o progresso. Uma vez entendida a ordem da sociedade seria possível reformar as suas instituições de maneira a acelerar o seu progresso.
  • 28. 28 No pensamento do filósofo francês estava, igualmente, a gênese de outro conceito que moveu as paixões dos “científicos” da Escola Militar da Praia Vermelha — o da ditadura republicana. A tarefa de reformar a sociedade, segundo a proposta de Comte, deveria ser levada a cabo por uma elite científica e intelectual situada na vanguarda dos três estágios evolutivos. Orientado pela ciência, consciente de seu elevado papel na sociedade positiva, esse grupo seria capaz de estabelecer e executar planos rumo a um futuro de paz e prosperidade gerais. A enorme massa da população, pobre, analfabeta e ignorante, teria de ser conduzida e controlada pela elite republicana, por ainda não estar pronta para participar ativamente do processo de transformação. A República, portanto, deveria ser implantada de cima para baixo, de maneira a prevenir insurreições e desordens populares que pudessem ameaçar a boa marcha dos acontecimentos. Auguste Comte levou tão a sério o seu sistema que, nos anos finais de sua vida, havia plantado as sementes de uma nova religião baseada nos conceitos do positivismo. A “Religião da Humanidade” tinha templos decorados com símbolos e instrumentos científicos nos quais os fiéis se reuniam. No seu código doutrinário, a figura de um Deus cristão era substituída pela própria humanidade (o grifo é nosso). Nos
  • 29. 29 nichos até então ocupados pela enorme galeria de santos de devoção católica entravam os grandes vultos do pensamento humano. Desse modo, em lugar de são Paulo, são Pedro e santo Antônio, os fiéis eram orientados a cultuar Homero, Aristóteles, Dante, Gutenberg, Shakespeare, Descartes e outros grandes nomes das ciências e da filosofia. Enquanto desenvolvia os fundamentos da “Religião da Humanidade”, Auguste Comte apaixonou-se por Clotilde de Vaux, dezessete anos mais nova do que ele. Vinham ambos de um primeiro casamento fracassado. Ele a definiu como sua “arrebatadora paixão crepuscular”. Sob inspiração dela, Comte escreveu uma de suas derradeiras obras, o Sistema de filosofia política, base doutrinária da religião positivista, em cujo panteão a própria Clotilde figuraria como santa e musa inspiradora de todos os discípulos. Após a morte de Clotilde, Comte proclamou-se o primeiro Sumo Pontífice da nova religião, adotou o voto de castidade e recolheu-se em casa, onde passou a consumir um copo de leite pela manhã e um pedaço de carne com legumes à noite, às vezes acompanhado de pão seco, em “solidariedade aos que não dispunham sequer disso para saciar a fome”. Morreu em 1857, aos 59 anos.[180]
  • 30. 30 Na segunda metade do século XIX, o positivismo já estava em decadência na Europa, tanto como religião quanto como sistema filosófico. No Brasil, no entanto, chegaria ao apogeu nessa época e seria o germe da grande transformação ocorrida em 1889 — como demonstra o lema “Ordem e Progresso” inserido na bandeira nacional. “Para termos uma República estável, feliz e próspera, é necessário que o governo seja ditatorial, e não parlamentar”, defendeu em discurso de 14 de dezembro de 1889, um mês após a Proclamação da República, o ministro da Agricultura do novo governo provisório, o gaúcho Demétrio Nunes Ribeiro, fiel seguidor do ideário de Auguste Comte.[181] A primeira agremiação positivista brasileira foi criada no Rio de Janeiro em abril de 1876 com o objetivo de “promover um curso científico” e construir uma biblioteca. Entre os sete fundadores estavam dois professores da Escola Militar da Praia Vermelha, o então major Benjamin Constant e o engenheiro militar Roberto Trompowsky Leitão de Almeida. Cinco anos mais tarde, a agremiação entraria em crise. Dois de seus membros, Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes, ex-alunos da Escola Politécnica, insistiram em transformá-la em igreja Positivista do Brasil, subordinada à orientação de Pierre Laffite, sucessor espiritual de Comte na França. Benjamin Constant e outros sócios pediram o afastamento alegando
  • 31. 31 discordar dos desdobramentos religiosos das ideias do filósofo francês. Algum tempo mais tarde, ao tratar do tema com o futuro visconde de Taunay, Benjamin recomendou: “Não siga apertadamente o sistema todo (...); em não poucos pontos dele me aparto, nem pratico a religião da humanidade, mas estude os livros do mestre; discipline as suas ideias”. A partir daí a história do positivismo no Brasil ficou dividida em duas vertentes. A primeira, religiosa, tornou-se irrelevante. Em 1890, primeiro ano da República, a “Igreja da Humanidade” contava com apenas 159 adeptos em todo o país.[182] Como ideologia política, no entanto, as ideias de Comte teriam um impacto enorme e duradouro na história republicana. Alguns estudiosos chegaram a estabelecer ligações entre elas e a Revolução de 1930, liderada pelo gaúcho Getúlio Vargas, ele próprio um ex-adepto do positivismo. Da mesma forma, haveria no golpe militar de 1964 um eco positivista tardio, tão profundamente arraigado no pensamento militar estaria a ideia de um grupo iluminado capaz de conduzir de forma ditatorial os rumos da perigosamente instável República brasileira.” Na verdade, nunca houve e jamais haverá em qualquer parte do mundo, um governo que seja realmente representante do povo que dirige, e que siga o lema que todos gostam de proclamar
  • 32. 32 que o governo deve ser do povo e para o povo, pois, como sempre foi, será: os nobres no feudalismo, conduzindo os passos dos governantes; os barões do café conduzindo o rei e formando o seu gabinete, nos dias do Império no Brasil; os chamados coronéis regionais (coronelismo), sucessores dos barões do café até bem recentemente, senão até agora, conduzindo os passos dos governadores e presidentes. Os agentes financeiros, os poderosos da indústria e do comércio, os oportunistas políticos travestidos de libertadores da pátria, e toda a sorte de influências e interesses que são os que conduzem de fato os passos daqueles que pensam estar governando em nome de todos e para todos. O mundo é assim, Deus o sabe, e alguns sabem, e sábios são aqueles que a par de saberem tudo isso não se rebelam contra os que governam e não empunham armas para derrubá-los, pois lhes é determinado pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores que se honre o rei terreno, que se respeite os que estão em posição de autoridade, sejam eles quem forem, pois fazem parte de um reino que não é deste mundo, e possui muitos súditos em todas as nações, e que em breve, será estabelecido para sempre com a volta do seu Soberano e Salvador.
  • 33. 33 8 - Segurança e Certeza da Salvação Qual é o fundamento da segurança e certeza que qualquer pessoa pode ter de que está salva e de que irá para o céu, ainda que se converta de fato a Cristo no último dia de sua vida, e por pior que tenha sido o seu procedimento até então, conforme se deu no caso do ladrão que morreu na cruz ao lado de Jesus? Aquele ladrão não teve tempo para fazer qualquer boa obra ou de obter qualquer tipo de mérito diante de Deus, e ainda assim recebeu a promessa de que ainda naquele dia estaria em espírito com o Senhor no paraíso, e para sempre. De onde decorre a salvação da nossa alma com o perdão total dos nossos pecados? Como somos livrados da maldição da lei? O ladrão na cruz exemplifica que não é pelo grande grau de santificação progressiva que obtemos em nossa jornada terrena que alcançamos a salvação e o céu. Onde achamos as respostas para estas perguntas? Somente na Bíblia. Deus declarou expressamente o modo da nossa salvação em Sua Palavra, em expressões diretas
  • 34. 34 e até mesmo em tipos e figuras como as que encontramos no Velho Testamento e nas parábolas de Jesus. Em Isaías 53.11 há uma afirmação muito direta sobre o modo da salvação: “ Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.” Aqui se afirma que é pelo simples conhecimento pessoal de Jesus que muitos são justificados por Deus para serem salvos para sempre, porque Jesus carregou as iniquidades deles sobre si. Veja que em outras passagens bíblicas é dito que este conhecimento de Jesus é alcançado somente por graça e mediante a fé. E em outras passagens é explicado o modo dessa justificação pela qual somos salvos, como por exemplo em Romanos 4, na qual se diz que ela não é uma ação, mas uma declaração da parte de Deus de isenção de culpa em relação aos que se convertem a Jesus, quando ainda eram ímpios. “Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
  • 35. 35 Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça. Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.” (Rom 4.2-8) Este perdão instantâneo e esquecimento total de nossos pecados foi prometido através do profeta Jeremias como sendo o resultado da Nova Aliança que Deus faria com os que creem em Jesus. “Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.
  • 36. 36 Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.” (Jeremias 31.31-34) Agora, a base para este perdão e esquecimento de pecados está relacionada ao fato de que Jesus se fez maldição no nosso lugar, ao morrer na cruz, para que pudéssemos ser livrados da maldição e da condenação da lei. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.” (Gálatas 3.13,14) Daí se dizer que o justo viverá pela fé, porque é pela fé que o pecador é justificado para alcançar a vida eterna.
  • 37. 37 “E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.” (Gálatas 3.11) A justificação é instantânea como ato declarativo de Deus em relação a nós, isentando-nos de toda a culpa, e ao mesmo tempo em que somos justificados somos também regenerados pelo Espírito Santo (novo nascimento), pelo qual ganhamos uma grande parte daquela santificação total que teremos no céu. De maneira que o novo nascimento é também instantâneo, e isto ocorreu com o ladrão na cruz no momento mesmo em que creu em Cristo – ele foi justificado e regenerado – que é a condição única e necessária para sermos tornados filhos de Deus para sempre, e sermos achados dignos de ir para o céu depois da nossa morte.
  • 38. 38 9 - O Pecado Definido à Luz da Nossa Identificação com Cristo É em decorrência do ato de Deus na criação original demandar que sejamos semelhantes a Cristo em Cristo pela nossa plena identificação com Ele, que podemos melhor entender a significação real do que seja o pecado para Deus. É muito comum se pensar no pecado como sendo apenas a transgressão moral da lei de Deus. Como se Ele tivesse criado um código de leis e depois de tê-lo entregado a nós declarou que qualquer transgressão destas leis seria punida, e até o extremo da punição por morte. Todavia, considerando que o nosso Criado r não é meramente um Legislador, mas um pai de amor para seus filhos, então subentende-se que seja também perdoador, misericordioso, instrutor, provedor, e dotado de variadas funções distintas daquelas que são inerentes a um juiz. Por conseguinte, se olhamos simplesmente para a Lei para entendermos o que seja o pecado, é bem certo que ficaremos distantes de uma compreensão adequada do assunto. Mas, ao olharmos para a natureza e o propósito da nossa criação, que é o de que em tudo fôssemos identificados com nosso Senhor Jesus
  • 39. 39 Cristo, poderemos então entender adequadamente que o pecado é tudo aquilo que nos afaste da possibilidade de concretização desta semelhança, por atuar contra tudo aquilo que deveríamos ser, conforme planejado por Deus antes mesmo de ter criado o mundo. Daí decorre que se Jesus tem uma cruz pela qual Ele subjuga o seu ego divino para fazer tão somente a vontade do Pai, e não propriamente a Sua, devemos também ter a nossa cruz pela qual nos sujeitemos diariamente à vontade de Deus. Se Ele sofreu tudo com paciência por amor ao evangelho e para a restauração dos pecadores, também devemos agir de igual maneira. Se em tudo Ele foi verdadeiro e honesto, também devemos ser em todas as coisas. A graça nos ajudará no cumprimento deste propósito e nos cobrirá com a misericórdia do Senhor quando falharmos, a par de todos os nossos esforços sinceros para agradá-Lo. Assim, não devemos temer pecar pelo simples sentimento de não errarmos, mas para que não contrariemos os santos propósitos de Deus, e que não venhamos a entristecer o Espírito Santo. Os horrores dos juízos da Lei foram interpostos por Deus para que sejamos alertados que
  • 40. 40 caminhar na direção oposta àquilo que deveríamos ser como verdadeiro filhos de Deus semelhantes a Cristo – pois Ele é o Supremo protótipo que nos foi dado para ser seguido – caminhamos por uma estrada que nos conduzirá por fim à morte eterna, pois é impossível haver comunhão com a natureza divina, quando assumimos uma natureza contrária à mesma. As maldições que foram pronunciadas sobre a mulher e ao homem no jardim do Éden, quando o pecado entrou no mundo, tinham, por conseguinte, este objetivo de alertar à humanidade de que ela se encontra num estado ruim de alma que deve ser restaurado pelo Criador por meio do sangue de Jesus Cristo. O ato de Adão ter culpado Eva pela sua desobediência, e esta à serpente, não foi honesto e segundo a verdade, da parte de ambos, pois importava que assumissem o seu próprio erro e recorressem à graça de Deus para serem ajudados e justificados. Então, de nada nos adianta culpar o diabo, as pessoas, o mundo, pela nossa condição pecaminosa, pelo nosso estado ruim de alma diante de Deus, pois o que se exige, segundo a graça e a verdade é que confessemos a nossa própria insuficiência, fraqueza, pecado, e reconheçamos a nossa inteira dependência do
  • 41. 41 poder, do amor e da graça de Jesus para que possamos ser libertados. Demanda-se então identificação com a verdade, e Cristo é a verdade. Identificação com aquelas coisas que são inerentes à vida eterna, e Cristo é a Vida. Fomos criados para a vida e não para a morte, e como esta vida está somente em Cristo, não podemos obtê-la e tê-la manifestada em nós, se não estivermos identificados com Ele em todas as coisas, especialmente aquelas que dizem respeito à Sua obediência ao Pai, e paciência nos sofrimentos. Primeiro Cristo se Identificou Conosco Para que pudéssemos ser identificados com Cristo Ele primeiro se identificou conosco quando tomou a nossa natureza terrena ao lado da divina. Ele se fez homem para que pudéssemos , por nosso lado, nos identificar com a sua natureza divina. Não numa mera identificação por imitação das suas virtudes, conforme alguns costumam imaginar, mas por participarmos ativa e efetivamente da sua natureza divina, sendo
  • 42. 42 transformados em novas criaturas, pelo poder do Espírito Santo. Com a conversão, passamos a carregar conosco uma nova natureza celestial – a mesma natureza de Cristo, só que esta necessita ser desenvolvida, não por estar imperfeita, mas porque precisa de crescimento - do crescimento espiritual que é promovido pelo Espírito Santo, mediante aplicação da Palavra de Deus em nós. Como este crescimento é realizado de forma progressiva e em graus, então a nossa identificação com Cristo será tanto maior quanto for o referido crescimento na graça e no nosso conhecimento pessoal do próprio Cristo (II Pedro 3.18). As tribulações controladas pela vontade de Deus têm o propósito de cooperarem para a promoção deste crescimento, sobretudo no aprendizado e aperfeiçoamento da fé, da paciência, da perseverança, da experiência e da esperança que foram achadas em plenitude em Cristo no Seu ministério terreno. Ele venceu as aflições produzidas pelo mundo, e pela mesma via da identificação com Ele, podemos também vencê-las. Quanto mais Ele era afligido, mais se apegava à vontade do Pai e à realização da mesma. E isto
  • 43. 43 também ocorrerá conosco caso nos devotemos inteiramente ao objetivo de estarmos identificados com Ele, na realização da obra que nos tiver sido designada por Deus.
  • 44. 44 10 - Não Estamos Sós A morte dos que amam a Deus é seguida por um séquito invisível de acompanhantes angelicais, que vêm para fazer a transposição de nosso espírito deste mundo de dores e de trevas para um outro mundo de deleites perfeitos e de luz, conforme podemos constatar nos vários testemunhos das Escrituras, bem como nas experiências que ocorrem na história da Igreja com crentes que relatam as visões que têm de anjos celestiais que vêm buscá-los, e que logo após fecham os olhos para abri-los do outro lado do céu. Já no caso de ímpios, daqueles que não amam e temem a Deus, dá-se o oposto, pois são recepcionados por espíritos atormentadores das trevas, que agravam ainda mais os seus sofrimentos na hora da morte, pois em vez de lhes trazer alívio, aumentam em muito os seus terrores e aflições, e transportam os seus espíritos para um lugar de sofrimento eterno. Meu próprio pai, depois de ter vivido por longos anos na prática da impiedade, foi-lhe dado ver o demônio que vinha lhe atormentando por anos a fio, na forma de um homúnculo esverdeado de face horrível que lhe dizia que tomaria a sua alma naquela noite, e foi o que de fato ocorreu.
  • 45. 45 Ele havia vivido de um modo que dera ocasião ao diabo a ter inteiro domínio sobre a sua vida, sem nunca ter se voltado para Cristo a fim de obter libertação e salvação. Ele havia resistido ao evangelho e aos caminhos de Deus e achou por fim não a morte de paz que Deus tem reservado para os que são justos. Crentes fiéis não têm, portanto, porque temer a morte, pois no seu caso, ela é uma amiga, destinada a transportar-lhes em paz para os arcanos celestiais, sob a bênção e proteção eternas de Deus. Dá-se com eles o que é dito pelo apóstolo Paulo: que em Cristo, tudo é nosso, seja a morte, seja a vida. A morte passou a ser algo de bom para o crente em Jesus Cristo. Ela é uma amiga que o jogará num piscar de olhos nos braços eternos de Deus. Mas, para os ímpios, ela continua sendo aquele inimigo temido, cuja proximidade causa-lhes tormentos e arrepios, pois não têm qualquer esperança ou vislumbre de que irão para um lugar melhor, senão de sofrimentos eternos.
  • 46. 46 11 - A Cabeça Comanda o Corpo O corpo humano possui cerca de 10 trilhões de células que operam de forma integrada para realizar diversas funções específicas. Elas se alimentam, respiram, se reproduzem, fabricam diversos hormônios, enzimas, e todos os elementos químicos necessários para o funcionamento adequado do corpo. Todavia, para este funcionamento elas dependem totalmente dos comandos do sistema nervoso central, que tudo faz sem que haja qualquer participação consciente ou necessidade do nosso trabalho neste processo. Deus tudo dispôs para que assim suceda, sobretudo para nos servir de ilustração do seu próprio comando ativo em tudo o que se refere especialmente ao nosso crescimento espiritual. Ligados à Cabeça – Jesus Cristo – recebemos todos os comandos e suprimentos relativos à manutenção e desenvolvimento da nova vida espiritual que recebemos dEle na conversão. Um único centro de comando opera tudo o que é necessário a cada célula de nosso corpo, e de igual modo o único comando de Cristo é suficiente para todos os crentes, que são as células do Seu Corpo.
  • 47. 47 12 - Deve Ser Invisível e Inaudível O olho não viu pois lhe é imperceptível e incompreensível. O ouvido não ouviu porque é inaudível e indiscernível. Nem jamais penetrou no coração natural aquilo que é espiritual e também divino. Daí ser a revelação silenciosa e invisível. Manifestada em Cristo mediante o Santo Espírito Não vemos mas entendemos. Não ouvimos mas discernimos,
  • 48. 48 o significado do que é eterno, celestial, espiritual e divino. A graça nos ensina e conduz ao conhecimento da verdade que está em Jesus.
  • 49. 49 13 – O Real Significado da Vida Fomos criados para a alegria e a felicidade, mas onde elas se encontram? Nas coisas e circunstâncias que esperamos, segundo as expectativas de cada pessoa? Em lugares, em bens terrenos, em relacionamentos afetivos, em carreiras, em dinheiro, em saúde, enfim, em tudo aquilo que costumeiramente se busca para o fim de sermos felizes? Mas, mesmo na posse de tudo isso podemos achar ocasião de nos sentirmos infelizes, pelas dificuldades e oposições que possamos encontrar quando da busca de nossas realizações. Então, onde e como podemos encontrar a fonte da verdadeira alegria e felicidade? Muitos decidem permanecer no estado de celibato e sem assumir qualquer tipo de compromisso com outros, para não terem o desprazer de terem que conviver com opiniões diferentes das suas, e para não verem sendo contrariados os seus projetos e aspirações. Todavia, as circunstâncias da vida lhes trarão muitos dissabores por agirem como sombras e nuvens em seus dias ensolarados.
  • 50. 50 Aqueles que são casados e que possuem muitos relacionamentos de ordem social e profissional não se encontram em desvantagens em relação àqueles, pois, ainda que sujeitos a um maior número de contrariedades, entretanto, estas não configuram uma causa real para que não sejam verdadeiramente felizes e alegres. A chave se encontra em entendermos que não fomos criados para nós mesmos, mas para Cristo. Se vivemos ou morremos, somos do Senhor. O todo dos nossos desejos deve estar direcionado para Ele, estando nós sujeitos à Sua soberania, porque senão, de outro modo, não poderemos ser achados satisfeitos e felizes, pois, é somente nEle que se acham escondidas a nossa alegria e felicidade. De outra forma, como poderíamos ser felizes num mundo em que estamos sujeitos a muitas perdas, e a maior delas que é a morte de nossos entes queridos? Quando andava sem Cristo eu esperava a felicidade na chegada de dias festivos (carnaval, festas juninas, natal, dia das mães, dos pais, fins de semana etc), mas desde que me converti a minha maior alegria não consistia mais na chegada desses dias, e nem mesmo fico na expectativa da sua chegada.
  • 51. 51 Também associava a felicidade às minhas realizações e aos trabalhos que realizava, e então, a aposentadoria e a velhice chegaram, e tudo isso ficou para trás. A conclusão lógica à qual cheguei é a de que a fonte da verdadeira alegria e felicidade é totalmente diferente destas várias fontes anteriormente citadas. A fonte da verdadeira alegria e felicidade é apenas uma, e esta consiste na nossa permanente comunhão com Jesus Cristo, em espírito. Quando cultivamos uma comunhão real com Deus baseada na obediência à Sua Palavra e a experimentarmos a Sua presença por um andar no Espírito Santo, então nada há que possa interromper a paz, a alegria e felicidade que inundam a nossa alma, pois é o próprio Deus, e somente Ele, que pode conduzir a nossa alma à referida condição. É com isto que devemos armar o nosso pensamento, especialmente nas horas em que deparamos com contrariedades e tribulações: “minha alegria e felicidade não dependem da realização dos meus desejos, mas de conseguir manter-me em comunhão com o Senhor, grato e satisfeito em meu espírito em toda e qualquer situação, pois é isto o que glorifica o Seu santo nome.”
  • 52. 52 Podem nos contrariar injustamente, mas isto não nos abalará porque a fortaleza do Senhor estará lá no nosso interior mantendo-nos em paz e alegres. Este é o segredo que levou os crentes da Igreja Primitiva a terem se alegrado em serem perseguidos e estarem sofrendo por causa do nome de Jesus, pois viram que foram achados dignos de padecerem tais sofrimentos sendo assistidos pela graça e força que Deus supre. Quando os crentes fazem da realização dos seus sonhos e desejos a causa da sua alegria e felicidade, eles terão muitas frustrações e tristezas, porque não é nisto que Deus planejou para que fôssemos felizes e ficássemos satisfeitos, senão em descansarmos nEle e no Seu amor, e não em desejos realizados ou não realizados. Tenhamos sonhos e desejos mas jamais incorramos no erro de colocar neles a razão da nossa alegria e felicidade, porque isto pode ser achado somente na nossa comunhão com o Senhor. Por isso, a Bíblia, desde o Velho Testamento, está repleta de exemplos e ilustrações desta verdade. Veja o caso de Israel na sua peregrinação no deserto, sendo mantido em
  • 53. 53 circunstâncias difíceis de falta de alimento e de água. Deus queria lhes ensinar que não deveriam fazer do fato de terem circunstâncias favoráveis o motivo de estarem satisfeitos, gratos, felizes, senão por terem sido eleitos por Ele para conhecê-lo em espírito. Ele era e é tudo quanto necessitavam, e assim, todos aqueles que são Seus filhos nas sucessivas gerações. Quanta alegria desperta No coração do pequenino A chegada do seu pai Amoroso, amigo e querido. A presença do pai traz consigo Paz, alegria, segurança, amor, Proteção, consolo e esperança. E ambos ficam contentes, Tanto o pai quanto o filho, Batendo seus corações
  • 54. 54 Em uníssono. Louvado seja Deus que nos permite Ter a experiência maravilhosa De ser pai e de ser filho, Para entendermos o significado De tê-lo como Pai eterno, Perfeito, amoroso e bendito.
  • 55. 55 14 - O Ponto de Equilíbrio Entre a Misericórdia e o Juízo Deus não desistirá dos homens até que faça vingar a causa da justiça do evangelho, pela qual tem justificado pecadores em toda a Terra. Este é o ponto de equilíbrio e de sabedoria, para entendermos o caráter de Deus: Ele odeia o pecado, mas está usando de misericórdia na presente dispensação, esperando que pessoas se arrependam do pecado e se convertam a Ele pela fé em Jesus, para que possam sair das trevas para a luz, e da morte para a vida. Afinal é o Deus vivo, que é pela vida e não pela morte. Não foi Ele o autor da morte, sendo esta, consequência do pecado. Ou seja, o seu propósito não é morte, mas vida. Não é Deus de mortos, mas de vivos. Vivificados pelo Espírito. Nascidos para uma nova vida espiritual por meio de Cristo, que é espírito vivificante. O pão vivo que desceu do céu para que tenhamos a vida eterna abundante divina.
  • 56. 56 15 – A Corrupção Está Ligada à Natureza Por natureza, o coração humano é corrupto, mais do que todas as coisas, e somente a graça de Jesus possui o poder para descorrompê-lo, quando nos submetemos ao trabalho do Espírito Santo para a regeneração e santificação. Assim, não é propriamente o poder que corrompe, pois trata-se de uma questão de natureza e não de simples exercício de vontade moral. Alguém pode ser honesto, mas apresentar sinais dessa corrupção referida em outras áreas de sua vida. Além disso há toda uma operação dos espíritos das trevas que podem controlar mentes e corações, produzindo toda sorte de males. Não podemos então, ser ingênuos a ponto de pensar que haja alguém habilitado por si mesmo para gerar e gerir condições absolutamente justas e aprovadas em todas as áreas decisórias da humanidade, quer no governo público, quer nas demais esferas em que haja o exercício da autoridade. A Bíblia afirma com todas as letras que este mundo é tenebroso e que jaz no maligno, e somente aqueles que buscam a libertação desta
  • 57. 57 condição em Deus, podem achá-la por meio da fé em Jesus Cristo. Não se trata de uma questão de opção religiosa, mas de vida ou de morte, sobretudo espiritual, pois Aquele que tudo criou, também tem leis imutáveis para que suas criaturas sejam governadas por elas. O afastamento e rejeição destas leis significa corrupção e morte eterna. Haverá um tempo em que a sociedade será regida somente pelo amor, e já não mais existirá a necessidade de leis reguladoras de comportamento e de punição e repressão para os malfeitores, porque todos terão um coração regenerado e justo, temente a Deus e que se desvia do mal. Mas, até que Jesus volte e inaugure o seu reino de justiça no final do milênio, ainda haverá pecado na Terra, e por conseguinte, os males que são dele decorrentes. Nossa peregrinação deste outro lado do céu deve ser com oração, vigilância, esperança, e prática da justiça em toda santificação do Espírito, até que atravessemos o rio que nos conduzirá à eternidade.