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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
CARLOS ROBERTO DA CRUZ OLIVEIRA
A CRIAÇÃO DO HOMEM, A QUEDA E A SUA
RECONCILIAÇÃO COM O ETERNO
Guarulhos – SP
2018
2
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
CARLOS ROBERTO DA CRUZ OLIVEIRA RGM: 323.2218
A CRIAÇÃO DO HOMEM, A QUEDA E A SUA
RECONCILIAÇÃO COM O ETERNO
Trabalho apresentado na Disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso do ano de
2018, Curso de Bacharel em Teologia da
Faculdade UNIGRAN – Centro Universitário
da Grande Dourados.
Orientador: Prof. Msc. Givaldo Mauro de
Matos.
Guarulhos – SP
2018
3
A CRIAÇÃO DO HOMEM, A QUEDA E A SUA RECONCILIAÇÃO COM O
ETERNO
OLIVEIRA, C.R.C.1
MATOS, G.M.2
RESUMO:
O artigo tem como finalidade demonstrar o amor infinito do Deus criador de todas as coisas pela humanidade.
Ainda que o veneno do pecado tenha contaminado mente e os corações dos seres humanos em todos os tempos e
ocasionado à depravação total. Foi-nos dado um soro antiofídico, para combater o veneno da antiga serpente, a
saber: o diabo ou satanás que luta contra os seres humanos, pois sabem que já não tem mais lugar no reino de
Deus. Jesus Cristo o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é único antidoto que tem condições de livrar o
homem da morte eterna. O mal parece que esta em vantagem nesta terra e muitos testificam que Deus não existe
e que estamos sozinhos, porém Deus sempre providenciou uma salvação para o povo. No antigo testamento,
foram utilizados animais e aves como expiação para os pecados. E agora temos o próprio filho de Deus que
deixou a sua gloria e á sua majestade e fez-me homem por meio de Maria e aceitou em derramar o seu sangue no
madeiro da cruz para salvar as nossas almas. Ele veio para salvar a todos os que tiverem a humildade de
reconhecer que ele é o caminho, a verdade e a vida. E que não há outro caminho e que ele é a própria vida. Todo
aquele que for regenerado e converter sinceramente e rejeitar o veneno mortal de satanás que só tem como
objetivo: matar, roubar e enganar a todos. Todo aquele que tiver arrependimento sincero e lavar as suas vestes no
sangue do cordeiro terá parte com ele e durante a sua vida tomar a sua cruz e se santificar no seu dia-a-dia tem
como garantia a vida eterna nos céus. Claro deverá despir-se do velho homem envenenado pelo enganador.
Quem crer no filho de Deus e for batizado e se preservar deste mundo enganador terá a vida eterna. E quem não
crer também é livre, mas sofrerá as consequências de ser ludibriada pelo tentador. A porta que é Yeshua está
aberta, basta reconhecer que dependemos do Senhor e suplicar a sua misericórdia. Se acharmos que a vida neste
mundo é um presente, a vida eterna livre de todos os males desta vida terrena: será gloriosa e indescritível.
PALAVRAS CHAVES: A criação do homem, A queda e A sua reconciliação com o eterno.
ABSTRACT:
The article aims to demonstrate the infinite love of the Creator God of all things for humanity. Yet the poison of
sin has defiled the minds and hearts of human beings at all times and caused them utter depravity. We have been
given an anti-fake serum to combat the venom of the ancient serpent, namely, the devil or satan who fights
against human beings, for they know that there is no longer any place in the kingdom of God. Jesus Christ, the
lamb of God who takes away the sin of the world, is the only antidote capable of delivering man from eternal
death. Evil seems to be at its advantage on this earth and many testify that God does not exist and that we are
alone, but God has always provided a salvation for the people. In the Old Testament, animals and birds were
used as atonement for sins. And now we have the very child of God who left his glory and majesty and made me
a man through Mary and accepted to shed his blood on the cross to save our souls. He came to save all who have
the humility to acknowledge that he is the way, the truth and the life. And that there is no other way and that it is
life itself. Anyone who is regenerated and sincerely converts and rejects the deadly poison of satan that only
aims to kill, steal and deceive everyone. Everyone who has sincere repentance and wash his clothes in the blood
of the lamb will have part with him and during his life take up his cross and sanctify himself in his daily life is
guaranteed eternal life in the heavens. Of course he should strip off the old man poisoned by the deceiver.
Whoever believes in the Son of God and is baptized and preserves himself from this deceiving world will have
eternal life. And he who does not believe is also free, but he will suffer the consequences of being deceived by
the tempter. The door that is Yeshua is open, it is enough to recognize that we depend on the Lord and plead for
His mercy. If we think that life in this world is a gift, eternal life free from all the evils of this earthly life: it will
be glorious and indescribable.
KEY WORDS: The creation of man, The fall and His reconciliation with the eternal
1
Aluno do Curso de Graduação em Teologia.
2
Professor, orientador mestre desta IES.
4
INTRODUÇÃO
Hoje quando observamos o espaço muitos questionamentos nos vem à mente quesitos como:
quem somos? De onde viemos? Qual a nossa origem? Será que somos descendentes dos
macacos? De Deus como diz a bíblia ou simplesmente passamos a existir e estamos aqui ao
acaso? O artigo não pretende estender ou responder a estas especulações mais buscará
argumentos que afirmam que somos obras das mãos de Deus e os seres humanos foram por
ele criados. Todo o contexto do artigo será fundamentado na Teologia Bíblica do Antigo
Testamento e abordará a princípio sobre o surgimento do ser humano como a imagem e a
semelhança de Deus, depois dele ter criado todas as coisas e tê-los oferecido o paraíso do
Jardim do Éden. Neste mundo corrompido por tantas desigualdades sociais, ocasionadas por
um capitalismo desumano e que só visa à exploração e o enriquecimento a qualquer custo; as
preocupações na obtenção do materialismo que ocupa a maior parte do seu tempo e que por
vezes causa a cegueira e a surdez espiritual para não ver, sentir ou ouvir a voz do seu criador
que o chama a ter uma intimidade e melhor relacionamento com ele.
É preciso ver, sentir e ouvir a voz do criador neste Jardim do Éden que podemos denominar
como a terra a qual foi dado ao homem o domínio e o controle sobre todas as demais coisas
existentes. Em seguida, faremos uma caminhada sobre a queda do primeiro “Homem” e as
consequências pelas quais causaram o rompimento da sua relação direta com o eterno e teve a
sua imagem corrompida pelo pecado. Sabemos que a antiga serpente tem trabalhado
arduamente e sem descanso para que o “homem” possa mergulhar continuamente nos seus
erros e não reconhecer os seus erros e assim possa manter-se nele até o fim de suas vidas e
assim ganhar o direito sobre o bem preciso que habita no homem que não é a sua carne e sim
o seu espirito humano. E durante toda a vida do ser humano que tomar espaço em sua vida e
interferir em suas ações e ele como mariposa atraída pela luz na escuridão da noite caem sem
pensar nas consequências dos seus atos, como um animal irracional incapaz refletir que foi
feito como a imagem e a semelhança do seu criador e se lutar e persistir o mal não terá
condições de vencê-lo. Por fim será demonstrada um pouco da misericórdia de Deus por sua
obra de criação e os meios de poder reconstruir essa relação com o ser humano. Quantas e
quantas vezes o criador faz contato com o ser humano, porém os ruídos interferem nesta
comunicação entre criador e criatura. E isso gera o vazio, a solidão, a cegueira e a loucura do
ser humano na sua fossa achar que o criador não existe e que ele que não há nada no controle
do universo e que estamos sozinhos entregues as vontades dos que dominam os mais fracos.
5
Como se deu a Criação da Humanidade e como se deu a Ruptura
Para criar a humanidade, primeiro fez-se necessário criar toda a obra de criação que há para
que esse projeto tivesse êxito. E para isso devemos entender o que seria o ato de criar e de
toda a criação. Existem vários conceitos sobre o ato da criação, todavia falaremos da teísta.
Não se sabe ao certo quando foi, porém, percebe-se que no reino dos céus o soberano,
imperador e senhor de todas as coisas na grandeza da sua sabedoria e majestade reunido com
a sua coorte celestial e junto com os anciães e na presença de seu filho e do seu espírito de
sabedoria decidiram colocar em pratica o projeto de criar o ser humano. Era preciso preparar
todo o cenário para que tudo fosse perfeito e bom. Às vezes tem-se uma ideia errado que Deus
vivia de forma desorganizada e só resolveu se organizar quando criou a humanidade.
Segundo Gênesis 1, Deus criou tudo o que há e que o homem já conhece e explora e que
ainda vai lhe ser permitido saber e embora existam outras galáxias e sistemas solares
conforme a ciência moderna pode comprovar o planeta terra recebeu uma atenção especial
para ser o palco da historia da humanidade e conforme pode-se constatar na citação abaixo:
[...], ou seja, o universo foi intrinsecamente pré-adaptado para a chegada da vida
humana. Se este delicado equilíbrio fosse minimamente alterado, a vida jamais teria
sido possível. Por exemplo, o oxigênio representa 21 por cento da atmosfera. Se o
seu nível fosse de 25 por cento, haveria grandes queimadas no planeta, e se fosse de
15 por cento, os seres humanos morreriam sufocados. Se a força gravitacional fosse
alterada somente em uma parte em dez elevado à quadragésima potência (dez
seguido de quarenta zeros), o sol não existiria e a lua colidiria com a terra ou se
desprenderia em direção ao espaço (Heeren, SMG, 196). Se a força centrífuga do
movimento planetário não se equilibrasse perfeitamente com as forças
gravitacionais, nada poderia se manter em órbita ao redor do sol. Se o universo
estivesse se expandindo a uma taxa de um milionésimo menor do que a atual, a
temperatura na terra seria de 10.000 graus Celsius. Se Júpiter não estivesse com a
sua formação atual, a terra estaria sendo bombardeada com matéria espacial. Se a
crosta terrestre fosse mais espessa, haveria uma transmissão excessiva de oxigênio,
o que inviabilizaria a vida. Se ela fosse mais una, a atividade vulcânica e tectônica
tornariam a vida, igualmente, impossível. E se a rotação da terra levasse mais de 24
horas, as diferenças de temperatura entre a noite e o dia seriam demasiadamente
grandes (veja Ross, FG).(GEISLER,2003, p.29).
Acredita-se que, Deus criou o ser humano para um propósito especial e colocou esse ser
criado em um verdadeiro paraíso e cria na sequência a companheira do macho e dar a eles o
direito de explorar e controlar tudo o que foi feito até onde os seus limites possam permitir ir.
Em tudo ele disse haja e foi feito por sua palavra. Entretanto na hora de criar o ser humano
levou em consideração os que estavam ao seu lado e disse: “façamos” e não utilizou o mesmo
6
método, mas segundo as escrituras moldou do pó e fez Adão. Em seguida para cumprir essa
missão molda da costela um “ser” para servi-lhe de companheira e contribuir na tarefa que já
tinha pré-determinado para o “homem”. Ordena como mandamento que a terra e tudo que há
na terra e no espaço ao seu redor que não deixe de servir a sua obra de criação. Essa
ordenança divina se perpetua a milhares e milhares de anos até os nossos dias. E conforme
menciona Norman Geisler, tudo foi minuciosamente projetado e adaptado para que o ser
humano pudesse viver neste mundo e Deus como um pai e uma mãe tem mantido tudo em
perfeito equilíbrio.
Porém logo esse cenário iria mudar: Adão e Eva que viviam em harmonia com toda a obra do
Senhor e eles podiam ter uma intimidade maior com o seu criador. Todavia neste paradisíaco
lugar, tinha o diabo que utilizava o corpo de uma serpente e que morava em uma árvore no
meio do jardim e pelo qual o Senhor restringiu o contato com essa árvore ou comer dos seus
frutos.
O pecado, entretanto, alterou radicalmente a relação entre homem e mulher da
mesma maneira que alterou a relação entre Deus e a sua criação. A mulher, tendo
sido tentada por Satanás, rendeu-se e encorajou o marido a unir-se com ela na
violação da proibição do concerto. (ZUCK, 2014, p.32).
Stanley permite avaliar os danos que a desobediência a Deus causou e os seus reflexos para a
vida do ser humano. Na sequência analisa um pouco mais sobre a ruptura do homem com o
criador conforme destacado abaixo:
As Escrituras também nos ensinam a respeito de outra queda: Adão e Eva foram
criados "bons" e colocados num jardim idílico, no Éden, desfrutando de estreita
comunhão com Deus (Gn 1.26 -2.25). Por não serem divinos e porque eram capazes
de pecar, era necessária uma contínua dependência de Deus. [...] Deus permitiu que
o Éden fosse invadido por Satanás, o qual tentou Eva com astúcia (Gn3.1-5).
Desconsiderando a Palavra de Deus, Eva entregou-se ao desejo por beleza e
sabedoria. Tomou do fruto proibido, ofereceu-o ao seu marido e juntos comeram-no
(3.6). Eva fora enganada pela serpente, mas Adão parece ter pecado em plena
consciência (2 Co 11.3; 1 Tm 2.14; Deus concorda tacitamente com esse fato em Gn
3.13-19). É possível que Adão tenha recebido do próprio Deus a proibição de comer
da árvore e que Eva a tenha ouvido somente através do marido (Gn 2.17; cf. 2.22).
Adão, portanto, tinha mais responsabilidade diante de Deus, e Eva era mais
suscetível diante de Satanás (cf. Jo 20.29). Talvez seja esta a explicação da ênfase
que a Bíblia atribui ao pecado de Adão (Rm 5.12-21; 1 Co 15.21,22), embora, na
realidade, Eva tenha pecado primeiro. Finalmente, é crucial observar que o pecado
deles começou na sua livre escolha moral, e não na tentação (a que poderiam ter
resistido: 1 Co 10.13; Tg 4.7). Isto é, embora a tentação os incentivasse a pecar, a
serpente não colheu o fruto tampouco os forçou a comê-lo. O casal optou por assim
fazer. (Ibidem, p.128).
7
Partiu da mulher a iniciativa de experimentar do fruto proibido e na sequencia oferece ao
marido que não hesitou em experimenta-lo sem levar em consideração à ordenança divina de
não degustar dos frutos da árvore proibida que trariam as consequências: do pecado, da morte,
da destruição e da intimidade com Deus. Embora tenha sido dela ação de deixar seduzir-se
pela proposta da serpente, não exime o homem das suas responsabilidades de ser fiel ao
Senhor e assim quer repassar a sua culpa á sua companheira como um ato covarde de assumir
a sua culpa diante do desejo de também ser conhecer do bem e do mal e querer sentir-se como
Deus que agrega em si todo o saber e conhecimento.
O que é o Pecado Original e qual sua Relação com a Condenação da Humanidade, na
Perspectiva Ortodoxa
Percebe-se que desde que o ser humano nasce, ouve-se falar sobre “pecado”. Mas afinal o que
é pecado? Que tal de pecado é esse que tradição impõe na sociedade que traz medo e
bloqueios para uns e desperta desejos e vontade de experimentar em outros assim como
ocorreu com Adão e Eva no Jardim do Éden? Seria uma forma impor os seus dogmas as
pessoas e assim fazerem as pessoas se sentirem culpadas e preservando o clero e as classe
dominante ou um meio de controlar os indivíduos?
Segundo Berkhof (1990, p.257) define que: “O estado e condição de pecado em que os
homens nascem é designado na teologia pelo nome de peccatun originale, literalmente
traduzido por “pecado original”“.
Na sequencia o referido autor esclarece que:
[...] Não é um apropriado designativo da culpa original, pois esta não é herdada,
mas, sim, é-nos imputada. Chama-se “pecado original” (1) porque é derivado da raiz
original da raça humana; (2) porque está presente na vida de todo e qualquer
indivíduo, desde a hora do seu nascimento e, portanto, não pode ser considerado
como resultado de imitação; (3) porque é a raiz interna de todos os pecados
concretizados que corrompem a vida do homem. (Id, p.237).
O referido autor descreve sobre a origem do pecado que mudou a historia da humanidade e
trouxe grandes consequências e podem ser: material ou sentimental e em ambos os casos
podem fazer sofrer o corpo e alma de quem o praticou e se for entres pessoas podem causar os
mesmos danos na vítima e no réu caso se arrependa. No caso de primeiro homem afetou a si e
todos os seus descendentes e o diabo concretizou o seu desejo de atrapalhar a obra do Senhor
8
no projeto humanitário e portanto faz ao ser denominado de: pecado original, pois teve a sua
origem no primeiro homem. É original por ter dado inicio aí, mas o ser humano nunca foi e
nunca será quem deu origem ao pecado e sim ele foi apenas uma vítima de um ser muito mais
capacitado do que ele a saber “satanás ou diabo” que era conhecedor do bem e do mal e que
agora que havia perdido o seu principado e condição de ser celestial e com todas as condições
de manter-se fiel a Deus, agora é o agente causador de mal que o homem não é culpado, mas
que sofreu as consequências por aceitar os encantos da serpente e a tentação de ser ou tentar
ser como Deus.
Ao utilizar do livre arbítrio, o primeiro casal ao degustar do fruto da árvore do conhecimento
do bem e do mal fez com eles perdessem os privilégios de desfrutar do paraíso conforme
observa na citação abaixo:
O primeiro lar foi feito por Deus. Era maravilhoso. Nele, antes da Queda, havia
amor; havia paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e comunhão com Deus.
O ambiente era agradável. Podemos imaginar O dia-a-dia do primeiro casal. O
trabalho era suave, resumindo-se na colheita dos frutos e alimentos outros,
necessários à manutenção do metabolismo mínimo do corpo, pois não havia
desgaste físico como se conhece hoje. (LIMA apud GILBERTO at all, 2008, p.252).
Na verdade, antes de acontecer na terra, o mal se originou no céu. O mal nasceu no seio de
um arcanjo que vivia na presença de Deus. Isto é um grande mistério, todavia, continua sendo
a essência do ensino cristão acerca da raiz do mal. (GEISLER, 2003, p.67).
A origem do mal é um mistério que ainda não esgotou as especulações para teólogos e
pesquisadores em todo o mundo, porém relatos bíblicos como os descritos em Isaías14, 12 e
Apocalipses 12, que retrata a luta da mulher e do dragão e a sua precipitação aqui na terra dar
uma ideia que houve uma batalha no reino celestial e que até então não era conhecido nada
igual. Entretanto o assunto ainda é uma incógnita que ninguém pode afirmar com precisão,
embora a tradição cristã e os conceitos mais aceitos atribuem que origem do mal se deu no
céu devido a esse evento e que o pecado original para a humanidade quando o diabo para
atrapalhar o projeto de Deus levando o homem a seguir as suas ideologias de conhecer o bem
e o mal e serem como deuses como descrito em Genesis 3.
Logo, depois do pecado, ele [Adão] foi levado ao exílio e por causa do pecado, toda
a raça a qual deu origem foi corrompida nele e, assim, submetida a pena de morte. E
tanto e assim que todos os descendentes de sua união com a mulher que o levou ao
pecado, que foram condenados ao mesmo tempo com ele por serem produtos da
concupiscência carnal na qual o mesmo castigo de desobediência se inflige , foram
maculados pelo pecado original e levados, depois de muitos erros e sofrimentos, até
9
o derradeiro e eterno castigo que sofrem em comum com os anjos pecadores, seus
corruptores, senhores e coparticipantes da condenação. (EPICTETUS, 2016, p.26
apud FERREIRA e MYATT, 2007, p.427-428).
O evento queda dos anjos deu origem à queda do homem que teve o livre arbítrio de obedecer
ao mandamento real de não ouvir e nem se deixa seduzir pelo diabo e demais anjos caídos. Os
atos de Adão e Eva vão refletir sobre toda a humanidade e entre outras consequências está a
morte: corporal e espiritual, conforme podemos ver a seguir:
6.1. Morte Física: Esta é a separação do homem do seu corpo. Devido ao pecado,
veio à morte física. Com isto não queremos dizer que, se o homem não tivesse
pecado, viveria sempre unido ao corpo. Diremos simplesmente que a separação entre
o corpo e a alma não teria a feição punitiva ou penal, como temos agora, devido ao
pecado do homem. A morte física tal como a conhecemos, com todas as suas dores e
tristezas, faz parte da pena do pecado. Não nos interessa agora saber como o homem
sairia deste mundo para o outro, se não houvesse pecado; certamente não ficaríamos
eternamente neste mundo. O que agora nos interessa é saber que a morte física, tal
como a conhecemos, é uma das consequências diretas da queda da raça.
(LANGSTON, 1999, p.95)
Em seguida o referido autor descreve as consequências espirituais:
6.2. Morte Espiritual: Morte espiritual é a separação entre a alma e Deus; faz parte
da pena do pecado também. Esta morte espiritual trouxe dois resultados na vida do
homem, a saber:
6.2.1. A perda da semelhança moral que o homem tinha com Deus. Conforme as
lições estudadas anteriormente, vimos que o homem foi criado naturalmente e
moralmente semelhante a Deus. Na queda, o homem não perdeu a semelhança
natural. Ele continuou a ser uma personalidade como era antes. Isto é, depois da
queda, o homem deixou de ser semelhante a Deus somente quanto ao seu caráter,
quanto à sua moral.
6.2.2. Corrupção dos poderes do homem, outro resultado da queda. Além de o
homem perder a semelhança moral que tinha com Deus, todos os seus poderes se
perverteram. Os pensamentos, os desejos, a vontade, tudo tornou-se corrompido. O
homem arruinou o poder de direção própria, perdeu aquela comunhão intima que
tinha com Deus. Já não sentia a presença de Deus consigo. Finalmente, todas as
tendências da sua personalidade tornaram-se para o pecado. O homem tornou-se
carnal. (Ibidem, p.95)
Percebe-se pelo enunciado que o dano causado pelo homem não ter mantido fiel ao
mandamento do criador trouxe a consequência da morte corporal e a morte espiritual do ser
humano que foi criado para ser eterno e nunca experimentar da morte. Assim que cede a
tentação os seus olhos foram abertos e nota-se uma nudez, pois havia perdido o revestimento
que os protegia de todo o mal. Isso reflete em todos os seus descentes que vão sofrer os
mesmos efeitos. E quantas vezes uma pessoa se sente seduzida a cometer um erro e se entrega
a um desejo sem medir as suas consequências e depois que o comete bate um sentimento de
culpa, de vazio ou outro qualquer sofrimento que causa dor e pode afetar a sua honra e a sua
dignidade humana diante de Deus e da sociedade em que vive. E logo lhe sobrevém uma
10
condenação que o afasta da face do seu criador, ainda que o criador não o tenha deixado. A
nudez do seu ato faz com se sinta sem condições de buscar ou perceber a presença de Deus.
Para Hodge (2001, p.627), a consequência dessa corrupção original, “os homens estão
totalmente indispostos, incapacitados e opostos a todo o bem, e totalmente inclinados a todo o
mal”. Conforme afirma as escrituras, há uma luta constante entre a carne e o espirito e ambos
combatem entre si. A carne quer pecar e busca as coisas que lhe proporciona prazer e deleites
para si. Ninguém pode negar que pecar seja prazeroso e agradável para a carne e onde estão
todas as facilidades para que sejam satisfeitas os seus desejos. Enquanto que o espirito
guerreia para mostrar para o homem que embora ele cometa erros, é possível buscar a
santificação e reconhecer que Deus é o seu Senhor e quer revesti-lo das primícias celestiais. O
pecado é livre, um portão aberto e sem restrições e o espiritual é chato e cheio de bloqueios e
espinhos que colocam limites à carne de obter e gozar os seus prazeres.
Há varias teorias em relação ao pecado original e alguns teólogos defendem que os
descendentes de Adão até os nossos dias herdados essa culpa e para outros ela foi imputada a
nós e agora podemos saber um pouco mais de pecado imputado:
Quando se fala da imputação do pecado à sua posteridade, quer-se simplesmente
dizer que Deus reconhece o homem como responsável por uma coisa que realmente
lhe cabe. Assim sendo, quando ele declarou que os homens estavam mortos pelas
ofensas, não praticou uma arbitrariedade, mas simplesmente reconheceu um destes
fatos, que têm a sua razão de ser na relação íntima entre Adão e a sua posteridade.
Há quem interprete a imputação do pecado de Adão de maneira a insinuar que Deus
é arbitrário nesta questão. Indica-se que Deus imputou o pecado de Adão sem que
ele fosse culpado. Mas, uma vez bem compreendido o fato da unidade da raça e a
natureza da queda, não restará nenhuma dificuldade a respeito a imputação do
pecado de Adão à sua posteridade. Adão tornou-se pecador, e todos os seus
descendentes, até hoje, nasceram e nascem pecadores. É Deus reconhece este fato é
trata o homem como «pecadeiro»,filho de «pecadeiro».(LANGSTON,1999,p.96).
Segundo Ryrie (2004, p.258), “a transmissão do pecado imputado, ele é transmitido
diretamente de Adão para cada pessoa de cada geração. [...] O pecado imputado e
imediatamente atribuído (ou seja, diretamente, não por mediadores entre Adão e mim)”.
E quanto ao herdado ele diz que: “O pecado herdado é uma transmissão mediada, pois ocorre
por meio de todos os mediadores das gerações entre Adão e mim. Colocado em um esquema,
o contraste seria assim”:
11
QUADRO 01 – Comparação de como pecados herdados e imputados são transmitidos
Fonte: Ibidem, p.258.
De fato entende-se que o pecado será sempre pecado: seja ele herdado ou imputado. Assim
como em um DNA, que as características dos genitores passam os seus filhos, acredita-se que
o pecado por ser repassado dessas duas maneiras. E na mesma proporção causará perdas e
danos, consequências para si e para terceiros. Percebe-se isso nas ações humanas tanto para o
bem ou para o mal. Entretanto não há “homem” capaz de admitir que nunca errou e nunca vai
errará. Se assim existir, o tal adquiriu o equilíbrio perfeito e não faz parte da sociedade
humana, mas será: “santo e perfeito” dos nascidos de mulher somente Jesus assumiu essa
condição de ser igual a nós em tudo exceto no pecado.
Qual a Solução Apresentada pela Teologia Ortodoxa, a esta Ruptura e Condenação?
Os planos de Deus não seriam satisfeitos se ele não tivesse uma alternativa para que a
humanidade ou homem caído não tivesse outra oportunidade de voltar a ter relações com o
divino e o próprio ser humano que deve sentir esse vazio e a sua própria situação de nudez.
Para solucionar essa ruptura da identidade humana com o seu criador devemos dividi-la em
dois eventos de grande importância: o primeiro refere-se a sacrifícios de animais e o segundo
é o sacrifício do “agnus dei”.
A necessidade de redenção e suas primeiras expressões surgiram logo depois da
queda do homem no pecado. Já observamos que o homem e a mulher tinham
consciência de sua perdição logo após comerem o fruto proibido, pois “os olhos dos
dois se abriram, e perceberam que estavam nus” (Gn 3.7). O débil esforço deles para
se cobrir falhou por que eles mesmos tentaram improvisar os meios para a sua
reconciliação com um Deus ofendido. (MERRILL, 2009, p.229-230).
12
Antes de experimentar do fruto proibido os seus olhos estavam como vendados e não tinha
consciência de sua situação. Está ou não vestido é muito habitual, pois eles quando ouviam a
voz de Deus e tinham relação direta com o eterno a sua nudez espiritual e essa necessidade de
está diante de Deus não era manifesta, entretanto após decidirem experimentar do da árvore
do conhecimento do bem e do mal sentem a necessidade de estar diante de Deus. Tudo era
belo e perfeito até que houve uma ruptura nesta harmonia entre: Deus x homem e homem x
coisas. E em Genesis 3 relata que tudo foi influenciado por essa decisão do homem e da
mulher e o primeiro sacrifício foi realizado, um animal foi sacrificado para doar a sua pele
para vestir o homem que estava nu e por milhares e milhares de anos serão sacrificados para
corrigir erros dos homens e servir de expiação e holocaustos para atrair a atenção do criador
para com o homem. O homem e a mulher que pecam e a vítima a ter que pagar com a vida é
os inocentes animais e aves que nada fizeram. Ou seja, um apronta e o outro paga a conta. E
isso vai repetir em todo o antigo testamento até esses pobres animais serão substituídos pelo
“agnus dei”.
Para Merril (2009, p.230), diz que esse assunto é obscuro, porém [...] “fique claro que a
expiação para o pecado, na verdade, pede o sacrifício de animal, que, entre outras coisas,
envolvia a cobertura, ou “unção”, (hebraico, kpr) do altar com o sangue da vítima”.
O livro de Levítico descreve todas as minucias sobre holocaustos e sacrifícios para muitas
finalidades como: “os sacrifícios de paz ou das graças, o sacrifício pelos erros dos sacerdotes,
o sacrifício pelos erros do povo, o sacrifício pelos erros de qualquer pessoa, o sacrifício pelos
pecados ocultos, o sacrifício pelo sacrilégio, o sacrifício pelos pecados de ignorância, o
sacrifício pelos pecados voluntários” que possuíam regulamentos que deveriam ser seguidos à
risca pelos sacerdotes. Não adiantava sacrificar animais e aves ou queimar ofertas de manjares
ao Senhor se quem praticou o erro repetia o mesmo processo, afinal não era a sua vida que era
tirada sem motivo. E para a paz e tranquilidade dos animais e aves veio o cordeiro de Deus
para ser imolado em seu lugar e dar um basta nesta matança e fazer o homem ter
arrependimento e se humilhar para conseguir ter relacionamento com Deus.
Para Langston (1999, p.119), “o grande fim de Jesus em relação à humanidade toda era trazê-
la ao arrependimento e a uma nova comunhão com Deus o Pai. Já vimos que Jesus satisfez
plenamente ás exigências da natureza de Deus”.
13
O sacrifício histórico de Nosso Senhor não é só a revelação final do coração de
Deus, mas também a manifestação da lei da vida universal - a lei de que o pecado
traz sofrimento a todos em conexão com ela e que nós só podemos vencer o pecado
em nós mesmos e no mundo entrando em comunhão com os sofrimentos de Cristo e
com a vitória de Cristo, ou, em outras palavras, pela união com ele através da fé.
(STRONG, 2003, p.379).
O sacrifício de Jesus Cristo é a única solução para retirar o homem da escravidão do pecado e
proporcioná-lo a sua reconciliação com Deus. Em Jesus estava tudo consumido! Ele era o
holocausto perfeito para rescisão dos pecados de todos os seres humanos. Seu sangue era
como sabão do lavadeiro capaz de retirar todas as manchas ocasionadas pelo pecado e o único
capaz de embranquecer as vestes espirituais e revestir a nudez humana e torná-lo digno que
receber do eterno aquela identidade que uma vez foi perdida no Éden pelo pecado original.
O que é salvação?
Para Charper (2003, p.234) nos diz que: “a palavra grega para salvação σωτηρία,é usada cerca
de 50 vezes no Novo Testamento. Ela se refere ao estado de alguém que se tornou completo”.
Salvação é a aplicação da obra de Cristo na vida do indivíduo. Por conseguinte, a doutrina da
salvação é de interesse e importância especiais, já que diz respeito a mais crucial de nossas
necessidades. (ERICKSON, 1992, p.369).
Na sequencia o autor nos diz que:
[...] alguns cristãos entendem que a salvação se completa basicamente no início da
vida cristã. Esses costumam dizer: "Fomos salvos". Outros veem a salvação como
um processo —"estamos sendo salvos". Ainda outros pensam na salvação como algo
que ainda será recebido no futuro —"seremos salvos". Pode-se, é claro, combinar
duas ou três dessas ideias. Nesse caso, entende-se que os aspectos distintos da
salvação (e.g. justificação, santificação, glorificação) ocorrem em ocasiões
diferentes. Se pensarmos que a salvação ocorre dentro do tempo, precisamos
determinar o tipo de estrutura cronológica implicado. (Ibidem, p.370).
Constata-se que a “salvação” é o processo gradual e que acompanha todo o ciclo de vida,
principalmente para aqueles permanecem neste mundo e conseguem cumprir todas as etapas
de um ciclo normal. E que neste mundo nenhum ser humano consegue manter a sua fé e busca
pela salvação de um modo linear e sem que sofra variações. Muitos evangélicos costumam
dizer que estão “salvos” assim que são batizados, porém esse seria apenas um passo.
14
Segundo Erickson (1992), pelo fato de certas ações poderem ocorrer num único momento ou
ao longo de um período, a salvação e os aspectos que a constituem podem ser concebidos de
varias maneiras, ou seja: é um processo que para alguns podem ser rápido como no caso de
Estevão que logo teve a sua vida ceifada em defesa da fé. Mas também pode ser como a de
Pedro que embora tenha convivido e ouvido tudo diretamente do mestre, diante da iminência
do perigo de morte, nega o seu mestre e lá na frente tem a sua fé e confiança restaurada. No
quadro abaixo se percebe que a vida do cristão e do ser humano que quiser percorrer os
caminhos da salvação, poderá incorrer em um destes processos abaixo elencados:
QUADRO 02: Evolução da salvação
1. Uma série de pontos: ...............
2. Uma série de processos descontínuos:
____________ _____________ _____________ ______________
3. Uma série de processos sobrepostos:
4. Um único processo contínuo com componentes identificáveis:
Fonte: Id, 1992.
Pelo exposto no quadro, deixa bem claro que dificilmente a caminhada rumo a salvação terá
uma linha retilínea e a probabilidade de uma pessoa trilhar esse caminho da salvação expressa
mais para casos como o do ladrão na cruz que reconhece a Jesus como o seu salvador e logo
sai deste mundo. Nos demais casos todos sem exceção estarão inseridos em um ou mais
destes graus de evolução da salvação por inúmeras razões sejam elas matérias ou espirituais
até que alcance pela misericórdia de Deus a posição exata para receber a glorificação no reino
de Deus.
O que é Conversão?
Para Erickson (1992, p.394), “a conversão é um ato único que possui dois aspectos distintos,
mas inseparáveis: o arrependimento e a fé. Arrependimento é o ato de o incrédulo dar as
costas para o pecado, e fé, seu ato de voltar-se para Cristo”.
15
Conversão verdadeira é algo que vem se perdendo no tempo desde os tempos em que João
evangelista pregava o batismo de arrependimento no deserto. Uma conversão sincera tem que
haver mudança conforme descreve a citação abaixo:
É uma mudança que tem suas raízes na obra de regeneração, e que é efetuada na
vida consciente do pecador pelo Espírito de Deus; mudança de pensamentos e
opiniões, de desejos e volições, que envolve a convicção de que a direção anterior da
vida era insensata e errônea, e altera todo o curso da vida. Há dois lados nesta
conversão, um ativo e o outro passivo; o primeiro sendo o ato de Deus pelo qual Ele
muda o curso consciente da vida do homem, e o último, o resultado desta ação como
se vê na mudança que o homem faz no curso da sua vida e em seu voltar-se para
Deus. Consequentemente, pode-se dar uma dupla definição de conversão:
(a) A conversão ativa é o ato de Deus pelo qual Ele faz com que o pecador
regenerado, em sua vida consciente, se volte para Ele com arrependimento e fé.
(b) A conversão passiva é o resultante ato consciente do pecador pelo qual ele, pela
graça de Deus, volta-se para Deus com arrependimento e fé. Esta conversão é a
conversão que nos interessa primordialmente na teologia. (Id, p.478).
Segundo Langston (1999), a conversão é também o resultado da liberdade do homem. E um
ato praticado pelo próprio homem. Na conversão, ele escolhe uma vida nova em resposta aos
apelos que lhe são feitos pelo evangelho. Seria aquela fase em que ele sente que não tem mais
jeito e a solução é rende-se ao seu criador. Que só o Senhor tem palavras de vida eterna. Só
ele tem condições de proporcionar vida e vida em ambulância. E não pode ser algo forçado ou
imposto por ninguém e sim um chamado que brota do intimo do seu ser que deve durar para
sempre e que seja capaz de transformar a sua vida e o seu ser, impactando a todos que estão
ao seu redor.
O referido autor ainda afirma que a conversão pode repetir não somente uma vez, mas pode-
se dar em outras etapas da vida e circunstâncias a ela relacionadas:
A conversão pode e deve repetir-se todas às vezes em que o homem pecar e afastar-
se de Deus, porque ela consiste no ato de abandonar o pecado e aproximar-se de
Deus. «Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos
cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu,
quando te converteres, conforta a teus irmãos» (Lucas 22:31, 32; veja-se João
3:10).Emprega-se, geralmente, a palavra conversão para significar aquela primeira
experiência do homem, abandonando o pecado para seguir a Jesus Cristo. A
conversão, além de envolver arrependimento e fé, como já vimos, inclui também o
ato do pecador em deixar o pecado e entregar-se a Jesus a fim de ser salvo por ele.
(Ibidem, p.134-135).
O que é Justificação?
16
De acordo com Strong (2003), define assim a justificação: é o ato judicial pelo qual, por causa
de Cristo, a quem o pecador está unido pela fé, Deus declara que o pecador não mais está
exposto à pena da lei, mas restaurado ao seu favor. E é neste ato que Jesus assume o papel de
intercessor e advogado diante do eterno. É ele quem justifica o ser humano e o coloca de pé
na presença de Deus. Sem ele o homem não teria mais condições de ter acesso ao eterno,
todavia por meio do “agnus dei” e por seu sangue derramado no madeiro da cruz toda criatura
é justificada perante Deus e todas as suas culpas são apagadas para sempre diante do eterno e
ele tem condições de vive em novidades de vida e revestir-se do que é celestial e da
espiritualidade e alimenta-se da árvore da vida que é Jesus Cristo.
Para Gilberto at all(2008), pela justificação passamos a pertencer aos justos. Justificação é o
tempo passado da nossa salvação, mas sempre presente em nossa vida espiritual (I Co 6.11;
Rm 8.30,33b; 5.1; 3.24; G1 2.16).É Jesus o justo que dar condições ao homem de trilhar o
caminho da salvação sem ser-lhe imputado nada pois ele justifica a todos que se convertem,
arrependem dos seus pecados e querem viver em novidade de vida.
O que é Santificação?
Segundo Ferreira e Myatt, (2007, p.871) santificação é: “a graciosa e contínua operação do
Espírito Santo pela qual ele liberta o pecador justificado da corrupção do pecado, renova toda
a sua natureza à imagem de Deus, e o capacita para praticar boas obras”.
Conforme descreve o autor, ainda que Jesus justifique ao homem e tenha se sacrificado é
imprescindível a presença de uma ferramenta primordial na vida de cada ser humano a saber:
o Espírito Santo. Jesus quando subiu aos céus os discípulos estavam todos receosos e com
medo de serem perseguidos e mortos, todavia quando no dia de Pentecostes receberam o
consolador e guia prometido pelo mestre, foram revestidos do Espirito Santo e das suas
virtudes e tiveram condições de vencer o medo e colocar em prática a missão que lhe foram
confiada a saber a disseminação do evangelhos a todos os povos.
Somente o sangue de Cristo não é suficiente para tirar o homem do pecado e leva-lo a Deus.
Ele o Espirito de Deus é que consegue dar forças e condições para qualquer pessoa vence todo
o mal. Lavar as vestes no sangue no cordeiro é uma necessidade e para manter essa limpeza e
17
percorrer todos os passos da santificação somente com a unção de Deus que restaura e dar os
recursos para chegar ao seu destino.
Para Bergsten (1995), santificação é, em primeiro lugar, a continuação da obra salvadora na
vida do crente. A bíblia afirma que: aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até
o Dia de Jesus Cristo” (Fp 1.6).E isso vai sendo gradativo. Ninguém que conheceu
verdadeiramente a Jesus, volta para traz, mais ainda que erre varias vezes sempre encontra no
Senhor as condições necessárias para continuar a sua caminhada rumo a sua sublime vocação
que um dia viver eternamente com o Deus.
Em seguida o referido autor apresenta três “aspectos da santificação” e cita três “experiências
da santificação”, a saber:
Aspectos da santificação: A santificação significa uma separação do mal. A
Bíblia diz: “Ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo e separei-vos dos
povos, para serdes meus” (Lv 20.26).
A santificação significa também uma separação para Deus. Aquela vida que foi
separada do mundo fica agora, pela santificação, entregue a Deus para pertencer a
Ele e servi-lo.
A santificação também significa um revestimento da plenitude de Cristo. Os
mesmos crentes que foram separados do mundo e entregues a Deus ficam cheios da
plenitude do Senhor (cf. Ef 3.19) e “enriquecidos da plenitude da inteligência, para
conhecimento do mistério de Deus — Cristo” (Cl 2.2; cf. Ef 1.23).
Experiências da santificação:
A santificação posicional, isto é, a nossa posição como santos em Cristo: “O qual
para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Co
1.30).
A santificação experimental, quando a santificação preparada por Cristo é posta
em prática pela maneira de viver do crente. Enquanto o crente, pela justificação, é
declarado justo pelos méritos de Jesus (cf. Rm 3.24,25), pela santificação é
aperfeiçoado em uma experiência progressiva (cf. 2 Co 7.1) e transformado de glória
em glória (cf. 2 Co 3.18).
A santificação final, que acontecerá quando Jesus vier nas nuvens. Enquanto o
crente vive neste mundo, continua desejando um maior aperfeiçoamento através da
santificação. (Ibidem, p.187-189)
Conforme descreve autor acima,a salvação é uma experiência entre o homem e o Senhor.A
santificação é um passo certeiro e definitivo rumo à etapa final que é a glorificação e o
desligamento definitivo deste corpo corruptível e a coroação definitiva com a vida eterna que
consiste em morar eternamente com Deus e possui um corpo celestial e incorruptível. A
santificação permite que dia a após dia o homem vá se limpando do velho homem e dos erros
e prepare-se para a sua reconciliação definitiva com o eterno.
18
Considerações finais: Conforme o exporto na pesquisa acima descrita, percebe-se que Deus
criou o ser humano e que agrega em seu ser um revestimento intelectual que o faz diferente
dos outros seres e coisas com capacidades de pensar, ver, julgar e agir de acordo com a sua
consciência refletindo em si a “imagem e a semelhança” do seu criador que possui em si toda
a sabedoria e ciência. Nota-se que o evento a queda dos anjos e o seu contato com o ser
humano ocasionou uma ruptura com o seu criador e causou sérios danos ao homem e a toda a
sua descendência. Entretanto o eterno criou meios para que eles pudessem voltar à intimidade
com Deus por uma serie de processos graduais como: conversão, justificação, santificação e a
glorificação em um novo corpo incorruptível e não sujeito ao pecado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia e harpa cristã. Barueri: SBB, 1995.
BERGSTEN, Eurico. Teologia sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
BERKHOF, Louis. Teologia sistemática. Campinas: Luz Para o Caminho, 1990.
ERICKSON, Millard J. Introdução à teologia sistemática. São Paulo: Vida Nova,1992.
FERREIRA, Franklin e MYATT, Alan. Teologia sistemática: uma analise histórica, bíblica e
apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida Nova, 2007.
GEISLER, Norman. Teologia sistemática: introdução à teologia, a bíblia, Deus, a criação.
Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
GILBERTO, Antônio at all. Teologia sistemática pentecostal. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2008.
GOOGLE. Tradutor. Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=tradutor&oq=
tra&aqs=chrome.0.69i59j69i61j69i65l2j69i57j69i60.3728j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-
8.Acesso em: 03/05/2018.
HODGE, Charles. Teologia sistemática. São Paulo: Hagnos, 2001.
LANGSTON, A.B. Esboço de teologia sistemática. Rio de Janeiro: Juerp, 1999.
MERRIL, Eugene H. Teologia do antigo testamento. São Paulo: Shedd Publicações, 2009.
RYRIE, Charles Caldwell. Teologia básica: ao alcance de todos. São Paulo: Mundo Cristão,
2004.
19
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia sistemática. v.2,São Paulo: Hagnos,2003.
ZUCK, Roy B. Teologia do antigo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

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A criação do homem, a queda e a reconciliação com o eterno

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS CARLOS ROBERTO DA CRUZ OLIVEIRA A CRIAÇÃO DO HOMEM, A QUEDA E A SUA RECONCILIAÇÃO COM O ETERNO Guarulhos – SP 2018
  • 2. 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS CARLOS ROBERTO DA CRUZ OLIVEIRA RGM: 323.2218 A CRIAÇÃO DO HOMEM, A QUEDA E A SUA RECONCILIAÇÃO COM O ETERNO Trabalho apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso do ano de 2018, Curso de Bacharel em Teologia da Faculdade UNIGRAN – Centro Universitário da Grande Dourados. Orientador: Prof. Msc. Givaldo Mauro de Matos. Guarulhos – SP 2018
  • 3. 3 A CRIAÇÃO DO HOMEM, A QUEDA E A SUA RECONCILIAÇÃO COM O ETERNO OLIVEIRA, C.R.C.1 MATOS, G.M.2 RESUMO: O artigo tem como finalidade demonstrar o amor infinito do Deus criador de todas as coisas pela humanidade. Ainda que o veneno do pecado tenha contaminado mente e os corações dos seres humanos em todos os tempos e ocasionado à depravação total. Foi-nos dado um soro antiofídico, para combater o veneno da antiga serpente, a saber: o diabo ou satanás que luta contra os seres humanos, pois sabem que já não tem mais lugar no reino de Deus. Jesus Cristo o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é único antidoto que tem condições de livrar o homem da morte eterna. O mal parece que esta em vantagem nesta terra e muitos testificam que Deus não existe e que estamos sozinhos, porém Deus sempre providenciou uma salvação para o povo. No antigo testamento, foram utilizados animais e aves como expiação para os pecados. E agora temos o próprio filho de Deus que deixou a sua gloria e á sua majestade e fez-me homem por meio de Maria e aceitou em derramar o seu sangue no madeiro da cruz para salvar as nossas almas. Ele veio para salvar a todos os que tiverem a humildade de reconhecer que ele é o caminho, a verdade e a vida. E que não há outro caminho e que ele é a própria vida. Todo aquele que for regenerado e converter sinceramente e rejeitar o veneno mortal de satanás que só tem como objetivo: matar, roubar e enganar a todos. Todo aquele que tiver arrependimento sincero e lavar as suas vestes no sangue do cordeiro terá parte com ele e durante a sua vida tomar a sua cruz e se santificar no seu dia-a-dia tem como garantia a vida eterna nos céus. Claro deverá despir-se do velho homem envenenado pelo enganador. Quem crer no filho de Deus e for batizado e se preservar deste mundo enganador terá a vida eterna. E quem não crer também é livre, mas sofrerá as consequências de ser ludibriada pelo tentador. A porta que é Yeshua está aberta, basta reconhecer que dependemos do Senhor e suplicar a sua misericórdia. Se acharmos que a vida neste mundo é um presente, a vida eterna livre de todos os males desta vida terrena: será gloriosa e indescritível. PALAVRAS CHAVES: A criação do homem, A queda e A sua reconciliação com o eterno. ABSTRACT: The article aims to demonstrate the infinite love of the Creator God of all things for humanity. Yet the poison of sin has defiled the minds and hearts of human beings at all times and caused them utter depravity. We have been given an anti-fake serum to combat the venom of the ancient serpent, namely, the devil or satan who fights against human beings, for they know that there is no longer any place in the kingdom of God. Jesus Christ, the lamb of God who takes away the sin of the world, is the only antidote capable of delivering man from eternal death. Evil seems to be at its advantage on this earth and many testify that God does not exist and that we are alone, but God has always provided a salvation for the people. In the Old Testament, animals and birds were used as atonement for sins. And now we have the very child of God who left his glory and majesty and made me a man through Mary and accepted to shed his blood on the cross to save our souls. He came to save all who have the humility to acknowledge that he is the way, the truth and the life. And that there is no other way and that it is life itself. Anyone who is regenerated and sincerely converts and rejects the deadly poison of satan that only aims to kill, steal and deceive everyone. Everyone who has sincere repentance and wash his clothes in the blood of the lamb will have part with him and during his life take up his cross and sanctify himself in his daily life is guaranteed eternal life in the heavens. Of course he should strip off the old man poisoned by the deceiver. Whoever believes in the Son of God and is baptized and preserves himself from this deceiving world will have eternal life. And he who does not believe is also free, but he will suffer the consequences of being deceived by the tempter. The door that is Yeshua is open, it is enough to recognize that we depend on the Lord and plead for His mercy. If we think that life in this world is a gift, eternal life free from all the evils of this earthly life: it will be glorious and indescribable. KEY WORDS: The creation of man, The fall and His reconciliation with the eternal 1 Aluno do Curso de Graduação em Teologia. 2 Professor, orientador mestre desta IES.
  • 4. 4 INTRODUÇÃO Hoje quando observamos o espaço muitos questionamentos nos vem à mente quesitos como: quem somos? De onde viemos? Qual a nossa origem? Será que somos descendentes dos macacos? De Deus como diz a bíblia ou simplesmente passamos a existir e estamos aqui ao acaso? O artigo não pretende estender ou responder a estas especulações mais buscará argumentos que afirmam que somos obras das mãos de Deus e os seres humanos foram por ele criados. Todo o contexto do artigo será fundamentado na Teologia Bíblica do Antigo Testamento e abordará a princípio sobre o surgimento do ser humano como a imagem e a semelhança de Deus, depois dele ter criado todas as coisas e tê-los oferecido o paraíso do Jardim do Éden. Neste mundo corrompido por tantas desigualdades sociais, ocasionadas por um capitalismo desumano e que só visa à exploração e o enriquecimento a qualquer custo; as preocupações na obtenção do materialismo que ocupa a maior parte do seu tempo e que por vezes causa a cegueira e a surdez espiritual para não ver, sentir ou ouvir a voz do seu criador que o chama a ter uma intimidade e melhor relacionamento com ele. É preciso ver, sentir e ouvir a voz do criador neste Jardim do Éden que podemos denominar como a terra a qual foi dado ao homem o domínio e o controle sobre todas as demais coisas existentes. Em seguida, faremos uma caminhada sobre a queda do primeiro “Homem” e as consequências pelas quais causaram o rompimento da sua relação direta com o eterno e teve a sua imagem corrompida pelo pecado. Sabemos que a antiga serpente tem trabalhado arduamente e sem descanso para que o “homem” possa mergulhar continuamente nos seus erros e não reconhecer os seus erros e assim possa manter-se nele até o fim de suas vidas e assim ganhar o direito sobre o bem preciso que habita no homem que não é a sua carne e sim o seu espirito humano. E durante toda a vida do ser humano que tomar espaço em sua vida e interferir em suas ações e ele como mariposa atraída pela luz na escuridão da noite caem sem pensar nas consequências dos seus atos, como um animal irracional incapaz refletir que foi feito como a imagem e a semelhança do seu criador e se lutar e persistir o mal não terá condições de vencê-lo. Por fim será demonstrada um pouco da misericórdia de Deus por sua obra de criação e os meios de poder reconstruir essa relação com o ser humano. Quantas e quantas vezes o criador faz contato com o ser humano, porém os ruídos interferem nesta comunicação entre criador e criatura. E isso gera o vazio, a solidão, a cegueira e a loucura do ser humano na sua fossa achar que o criador não existe e que ele que não há nada no controle do universo e que estamos sozinhos entregues as vontades dos que dominam os mais fracos.
  • 5. 5 Como se deu a Criação da Humanidade e como se deu a Ruptura Para criar a humanidade, primeiro fez-se necessário criar toda a obra de criação que há para que esse projeto tivesse êxito. E para isso devemos entender o que seria o ato de criar e de toda a criação. Existem vários conceitos sobre o ato da criação, todavia falaremos da teísta. Não se sabe ao certo quando foi, porém, percebe-se que no reino dos céus o soberano, imperador e senhor de todas as coisas na grandeza da sua sabedoria e majestade reunido com a sua coorte celestial e junto com os anciães e na presença de seu filho e do seu espírito de sabedoria decidiram colocar em pratica o projeto de criar o ser humano. Era preciso preparar todo o cenário para que tudo fosse perfeito e bom. Às vezes tem-se uma ideia errado que Deus vivia de forma desorganizada e só resolveu se organizar quando criou a humanidade. Segundo Gênesis 1, Deus criou tudo o que há e que o homem já conhece e explora e que ainda vai lhe ser permitido saber e embora existam outras galáxias e sistemas solares conforme a ciência moderna pode comprovar o planeta terra recebeu uma atenção especial para ser o palco da historia da humanidade e conforme pode-se constatar na citação abaixo: [...], ou seja, o universo foi intrinsecamente pré-adaptado para a chegada da vida humana. Se este delicado equilíbrio fosse minimamente alterado, a vida jamais teria sido possível. Por exemplo, o oxigênio representa 21 por cento da atmosfera. Se o seu nível fosse de 25 por cento, haveria grandes queimadas no planeta, e se fosse de 15 por cento, os seres humanos morreriam sufocados. Se a força gravitacional fosse alterada somente em uma parte em dez elevado à quadragésima potência (dez seguido de quarenta zeros), o sol não existiria e a lua colidiria com a terra ou se desprenderia em direção ao espaço (Heeren, SMG, 196). Se a força centrífuga do movimento planetário não se equilibrasse perfeitamente com as forças gravitacionais, nada poderia se manter em órbita ao redor do sol. Se o universo estivesse se expandindo a uma taxa de um milionésimo menor do que a atual, a temperatura na terra seria de 10.000 graus Celsius. Se Júpiter não estivesse com a sua formação atual, a terra estaria sendo bombardeada com matéria espacial. Se a crosta terrestre fosse mais espessa, haveria uma transmissão excessiva de oxigênio, o que inviabilizaria a vida. Se ela fosse mais una, a atividade vulcânica e tectônica tornariam a vida, igualmente, impossível. E se a rotação da terra levasse mais de 24 horas, as diferenças de temperatura entre a noite e o dia seriam demasiadamente grandes (veja Ross, FG).(GEISLER,2003, p.29). Acredita-se que, Deus criou o ser humano para um propósito especial e colocou esse ser criado em um verdadeiro paraíso e cria na sequência a companheira do macho e dar a eles o direito de explorar e controlar tudo o que foi feito até onde os seus limites possam permitir ir. Em tudo ele disse haja e foi feito por sua palavra. Entretanto na hora de criar o ser humano levou em consideração os que estavam ao seu lado e disse: “façamos” e não utilizou o mesmo
  • 6. 6 método, mas segundo as escrituras moldou do pó e fez Adão. Em seguida para cumprir essa missão molda da costela um “ser” para servi-lhe de companheira e contribuir na tarefa que já tinha pré-determinado para o “homem”. Ordena como mandamento que a terra e tudo que há na terra e no espaço ao seu redor que não deixe de servir a sua obra de criação. Essa ordenança divina se perpetua a milhares e milhares de anos até os nossos dias. E conforme menciona Norman Geisler, tudo foi minuciosamente projetado e adaptado para que o ser humano pudesse viver neste mundo e Deus como um pai e uma mãe tem mantido tudo em perfeito equilíbrio. Porém logo esse cenário iria mudar: Adão e Eva que viviam em harmonia com toda a obra do Senhor e eles podiam ter uma intimidade maior com o seu criador. Todavia neste paradisíaco lugar, tinha o diabo que utilizava o corpo de uma serpente e que morava em uma árvore no meio do jardim e pelo qual o Senhor restringiu o contato com essa árvore ou comer dos seus frutos. O pecado, entretanto, alterou radicalmente a relação entre homem e mulher da mesma maneira que alterou a relação entre Deus e a sua criação. A mulher, tendo sido tentada por Satanás, rendeu-se e encorajou o marido a unir-se com ela na violação da proibição do concerto. (ZUCK, 2014, p.32). Stanley permite avaliar os danos que a desobediência a Deus causou e os seus reflexos para a vida do ser humano. Na sequência analisa um pouco mais sobre a ruptura do homem com o criador conforme destacado abaixo: As Escrituras também nos ensinam a respeito de outra queda: Adão e Eva foram criados "bons" e colocados num jardim idílico, no Éden, desfrutando de estreita comunhão com Deus (Gn 1.26 -2.25). Por não serem divinos e porque eram capazes de pecar, era necessária uma contínua dependência de Deus. [...] Deus permitiu que o Éden fosse invadido por Satanás, o qual tentou Eva com astúcia (Gn3.1-5). Desconsiderando a Palavra de Deus, Eva entregou-se ao desejo por beleza e sabedoria. Tomou do fruto proibido, ofereceu-o ao seu marido e juntos comeram-no (3.6). Eva fora enganada pela serpente, mas Adão parece ter pecado em plena consciência (2 Co 11.3; 1 Tm 2.14; Deus concorda tacitamente com esse fato em Gn 3.13-19). É possível que Adão tenha recebido do próprio Deus a proibição de comer da árvore e que Eva a tenha ouvido somente através do marido (Gn 2.17; cf. 2.22). Adão, portanto, tinha mais responsabilidade diante de Deus, e Eva era mais suscetível diante de Satanás (cf. Jo 20.29). Talvez seja esta a explicação da ênfase que a Bíblia atribui ao pecado de Adão (Rm 5.12-21; 1 Co 15.21,22), embora, na realidade, Eva tenha pecado primeiro. Finalmente, é crucial observar que o pecado deles começou na sua livre escolha moral, e não na tentação (a que poderiam ter resistido: 1 Co 10.13; Tg 4.7). Isto é, embora a tentação os incentivasse a pecar, a serpente não colheu o fruto tampouco os forçou a comê-lo. O casal optou por assim fazer. (Ibidem, p.128).
  • 7. 7 Partiu da mulher a iniciativa de experimentar do fruto proibido e na sequencia oferece ao marido que não hesitou em experimenta-lo sem levar em consideração à ordenança divina de não degustar dos frutos da árvore proibida que trariam as consequências: do pecado, da morte, da destruição e da intimidade com Deus. Embora tenha sido dela ação de deixar seduzir-se pela proposta da serpente, não exime o homem das suas responsabilidades de ser fiel ao Senhor e assim quer repassar a sua culpa á sua companheira como um ato covarde de assumir a sua culpa diante do desejo de também ser conhecer do bem e do mal e querer sentir-se como Deus que agrega em si todo o saber e conhecimento. O que é o Pecado Original e qual sua Relação com a Condenação da Humanidade, na Perspectiva Ortodoxa Percebe-se que desde que o ser humano nasce, ouve-se falar sobre “pecado”. Mas afinal o que é pecado? Que tal de pecado é esse que tradição impõe na sociedade que traz medo e bloqueios para uns e desperta desejos e vontade de experimentar em outros assim como ocorreu com Adão e Eva no Jardim do Éden? Seria uma forma impor os seus dogmas as pessoas e assim fazerem as pessoas se sentirem culpadas e preservando o clero e as classe dominante ou um meio de controlar os indivíduos? Segundo Berkhof (1990, p.257) define que: “O estado e condição de pecado em que os homens nascem é designado na teologia pelo nome de peccatun originale, literalmente traduzido por “pecado original”“. Na sequencia o referido autor esclarece que: [...] Não é um apropriado designativo da culpa original, pois esta não é herdada, mas, sim, é-nos imputada. Chama-se “pecado original” (1) porque é derivado da raiz original da raça humana; (2) porque está presente na vida de todo e qualquer indivíduo, desde a hora do seu nascimento e, portanto, não pode ser considerado como resultado de imitação; (3) porque é a raiz interna de todos os pecados concretizados que corrompem a vida do homem. (Id, p.237). O referido autor descreve sobre a origem do pecado que mudou a historia da humanidade e trouxe grandes consequências e podem ser: material ou sentimental e em ambos os casos podem fazer sofrer o corpo e alma de quem o praticou e se for entres pessoas podem causar os mesmos danos na vítima e no réu caso se arrependa. No caso de primeiro homem afetou a si e todos os seus descendentes e o diabo concretizou o seu desejo de atrapalhar a obra do Senhor
  • 8. 8 no projeto humanitário e portanto faz ao ser denominado de: pecado original, pois teve a sua origem no primeiro homem. É original por ter dado inicio aí, mas o ser humano nunca foi e nunca será quem deu origem ao pecado e sim ele foi apenas uma vítima de um ser muito mais capacitado do que ele a saber “satanás ou diabo” que era conhecedor do bem e do mal e que agora que havia perdido o seu principado e condição de ser celestial e com todas as condições de manter-se fiel a Deus, agora é o agente causador de mal que o homem não é culpado, mas que sofreu as consequências por aceitar os encantos da serpente e a tentação de ser ou tentar ser como Deus. Ao utilizar do livre arbítrio, o primeiro casal ao degustar do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal fez com eles perdessem os privilégios de desfrutar do paraíso conforme observa na citação abaixo: O primeiro lar foi feito por Deus. Era maravilhoso. Nele, antes da Queda, havia amor; havia paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e comunhão com Deus. O ambiente era agradável. Podemos imaginar O dia-a-dia do primeiro casal. O trabalho era suave, resumindo-se na colheita dos frutos e alimentos outros, necessários à manutenção do metabolismo mínimo do corpo, pois não havia desgaste físico como se conhece hoje. (LIMA apud GILBERTO at all, 2008, p.252). Na verdade, antes de acontecer na terra, o mal se originou no céu. O mal nasceu no seio de um arcanjo que vivia na presença de Deus. Isto é um grande mistério, todavia, continua sendo a essência do ensino cristão acerca da raiz do mal. (GEISLER, 2003, p.67). A origem do mal é um mistério que ainda não esgotou as especulações para teólogos e pesquisadores em todo o mundo, porém relatos bíblicos como os descritos em Isaías14, 12 e Apocalipses 12, que retrata a luta da mulher e do dragão e a sua precipitação aqui na terra dar uma ideia que houve uma batalha no reino celestial e que até então não era conhecido nada igual. Entretanto o assunto ainda é uma incógnita que ninguém pode afirmar com precisão, embora a tradição cristã e os conceitos mais aceitos atribuem que origem do mal se deu no céu devido a esse evento e que o pecado original para a humanidade quando o diabo para atrapalhar o projeto de Deus levando o homem a seguir as suas ideologias de conhecer o bem e o mal e serem como deuses como descrito em Genesis 3. Logo, depois do pecado, ele [Adão] foi levado ao exílio e por causa do pecado, toda a raça a qual deu origem foi corrompida nele e, assim, submetida a pena de morte. E tanto e assim que todos os descendentes de sua união com a mulher que o levou ao pecado, que foram condenados ao mesmo tempo com ele por serem produtos da concupiscência carnal na qual o mesmo castigo de desobediência se inflige , foram maculados pelo pecado original e levados, depois de muitos erros e sofrimentos, até
  • 9. 9 o derradeiro e eterno castigo que sofrem em comum com os anjos pecadores, seus corruptores, senhores e coparticipantes da condenação. (EPICTETUS, 2016, p.26 apud FERREIRA e MYATT, 2007, p.427-428). O evento queda dos anjos deu origem à queda do homem que teve o livre arbítrio de obedecer ao mandamento real de não ouvir e nem se deixa seduzir pelo diabo e demais anjos caídos. Os atos de Adão e Eva vão refletir sobre toda a humanidade e entre outras consequências está a morte: corporal e espiritual, conforme podemos ver a seguir: 6.1. Morte Física: Esta é a separação do homem do seu corpo. Devido ao pecado, veio à morte física. Com isto não queremos dizer que, se o homem não tivesse pecado, viveria sempre unido ao corpo. Diremos simplesmente que a separação entre o corpo e a alma não teria a feição punitiva ou penal, como temos agora, devido ao pecado do homem. A morte física tal como a conhecemos, com todas as suas dores e tristezas, faz parte da pena do pecado. Não nos interessa agora saber como o homem sairia deste mundo para o outro, se não houvesse pecado; certamente não ficaríamos eternamente neste mundo. O que agora nos interessa é saber que a morte física, tal como a conhecemos, é uma das consequências diretas da queda da raça. (LANGSTON, 1999, p.95) Em seguida o referido autor descreve as consequências espirituais: 6.2. Morte Espiritual: Morte espiritual é a separação entre a alma e Deus; faz parte da pena do pecado também. Esta morte espiritual trouxe dois resultados na vida do homem, a saber: 6.2.1. A perda da semelhança moral que o homem tinha com Deus. Conforme as lições estudadas anteriormente, vimos que o homem foi criado naturalmente e moralmente semelhante a Deus. Na queda, o homem não perdeu a semelhança natural. Ele continuou a ser uma personalidade como era antes. Isto é, depois da queda, o homem deixou de ser semelhante a Deus somente quanto ao seu caráter, quanto à sua moral. 6.2.2. Corrupção dos poderes do homem, outro resultado da queda. Além de o homem perder a semelhança moral que tinha com Deus, todos os seus poderes se perverteram. Os pensamentos, os desejos, a vontade, tudo tornou-se corrompido. O homem arruinou o poder de direção própria, perdeu aquela comunhão intima que tinha com Deus. Já não sentia a presença de Deus consigo. Finalmente, todas as tendências da sua personalidade tornaram-se para o pecado. O homem tornou-se carnal. (Ibidem, p.95) Percebe-se pelo enunciado que o dano causado pelo homem não ter mantido fiel ao mandamento do criador trouxe a consequência da morte corporal e a morte espiritual do ser humano que foi criado para ser eterno e nunca experimentar da morte. Assim que cede a tentação os seus olhos foram abertos e nota-se uma nudez, pois havia perdido o revestimento que os protegia de todo o mal. Isso reflete em todos os seus descentes que vão sofrer os mesmos efeitos. E quantas vezes uma pessoa se sente seduzida a cometer um erro e se entrega a um desejo sem medir as suas consequências e depois que o comete bate um sentimento de culpa, de vazio ou outro qualquer sofrimento que causa dor e pode afetar a sua honra e a sua dignidade humana diante de Deus e da sociedade em que vive. E logo lhe sobrevém uma
  • 10. 10 condenação que o afasta da face do seu criador, ainda que o criador não o tenha deixado. A nudez do seu ato faz com se sinta sem condições de buscar ou perceber a presença de Deus. Para Hodge (2001, p.627), a consequência dessa corrupção original, “os homens estão totalmente indispostos, incapacitados e opostos a todo o bem, e totalmente inclinados a todo o mal”. Conforme afirma as escrituras, há uma luta constante entre a carne e o espirito e ambos combatem entre si. A carne quer pecar e busca as coisas que lhe proporciona prazer e deleites para si. Ninguém pode negar que pecar seja prazeroso e agradável para a carne e onde estão todas as facilidades para que sejam satisfeitas os seus desejos. Enquanto que o espirito guerreia para mostrar para o homem que embora ele cometa erros, é possível buscar a santificação e reconhecer que Deus é o seu Senhor e quer revesti-lo das primícias celestiais. O pecado é livre, um portão aberto e sem restrições e o espiritual é chato e cheio de bloqueios e espinhos que colocam limites à carne de obter e gozar os seus prazeres. Há varias teorias em relação ao pecado original e alguns teólogos defendem que os descendentes de Adão até os nossos dias herdados essa culpa e para outros ela foi imputada a nós e agora podemos saber um pouco mais de pecado imputado: Quando se fala da imputação do pecado à sua posteridade, quer-se simplesmente dizer que Deus reconhece o homem como responsável por uma coisa que realmente lhe cabe. Assim sendo, quando ele declarou que os homens estavam mortos pelas ofensas, não praticou uma arbitrariedade, mas simplesmente reconheceu um destes fatos, que têm a sua razão de ser na relação íntima entre Adão e a sua posteridade. Há quem interprete a imputação do pecado de Adão de maneira a insinuar que Deus é arbitrário nesta questão. Indica-se que Deus imputou o pecado de Adão sem que ele fosse culpado. Mas, uma vez bem compreendido o fato da unidade da raça e a natureza da queda, não restará nenhuma dificuldade a respeito a imputação do pecado de Adão à sua posteridade. Adão tornou-se pecador, e todos os seus descendentes, até hoje, nasceram e nascem pecadores. É Deus reconhece este fato é trata o homem como «pecadeiro»,filho de «pecadeiro».(LANGSTON,1999,p.96). Segundo Ryrie (2004, p.258), “a transmissão do pecado imputado, ele é transmitido diretamente de Adão para cada pessoa de cada geração. [...] O pecado imputado e imediatamente atribuído (ou seja, diretamente, não por mediadores entre Adão e mim)”. E quanto ao herdado ele diz que: “O pecado herdado é uma transmissão mediada, pois ocorre por meio de todos os mediadores das gerações entre Adão e mim. Colocado em um esquema, o contraste seria assim”:
  • 11. 11 QUADRO 01 – Comparação de como pecados herdados e imputados são transmitidos Fonte: Ibidem, p.258. De fato entende-se que o pecado será sempre pecado: seja ele herdado ou imputado. Assim como em um DNA, que as características dos genitores passam os seus filhos, acredita-se que o pecado por ser repassado dessas duas maneiras. E na mesma proporção causará perdas e danos, consequências para si e para terceiros. Percebe-se isso nas ações humanas tanto para o bem ou para o mal. Entretanto não há “homem” capaz de admitir que nunca errou e nunca vai errará. Se assim existir, o tal adquiriu o equilíbrio perfeito e não faz parte da sociedade humana, mas será: “santo e perfeito” dos nascidos de mulher somente Jesus assumiu essa condição de ser igual a nós em tudo exceto no pecado. Qual a Solução Apresentada pela Teologia Ortodoxa, a esta Ruptura e Condenação? Os planos de Deus não seriam satisfeitos se ele não tivesse uma alternativa para que a humanidade ou homem caído não tivesse outra oportunidade de voltar a ter relações com o divino e o próprio ser humano que deve sentir esse vazio e a sua própria situação de nudez. Para solucionar essa ruptura da identidade humana com o seu criador devemos dividi-la em dois eventos de grande importância: o primeiro refere-se a sacrifícios de animais e o segundo é o sacrifício do “agnus dei”. A necessidade de redenção e suas primeiras expressões surgiram logo depois da queda do homem no pecado. Já observamos que o homem e a mulher tinham consciência de sua perdição logo após comerem o fruto proibido, pois “os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus” (Gn 3.7). O débil esforço deles para se cobrir falhou por que eles mesmos tentaram improvisar os meios para a sua reconciliação com um Deus ofendido. (MERRILL, 2009, p.229-230).
  • 12. 12 Antes de experimentar do fruto proibido os seus olhos estavam como vendados e não tinha consciência de sua situação. Está ou não vestido é muito habitual, pois eles quando ouviam a voz de Deus e tinham relação direta com o eterno a sua nudez espiritual e essa necessidade de está diante de Deus não era manifesta, entretanto após decidirem experimentar do da árvore do conhecimento do bem e do mal sentem a necessidade de estar diante de Deus. Tudo era belo e perfeito até que houve uma ruptura nesta harmonia entre: Deus x homem e homem x coisas. E em Genesis 3 relata que tudo foi influenciado por essa decisão do homem e da mulher e o primeiro sacrifício foi realizado, um animal foi sacrificado para doar a sua pele para vestir o homem que estava nu e por milhares e milhares de anos serão sacrificados para corrigir erros dos homens e servir de expiação e holocaustos para atrair a atenção do criador para com o homem. O homem e a mulher que pecam e a vítima a ter que pagar com a vida é os inocentes animais e aves que nada fizeram. Ou seja, um apronta e o outro paga a conta. E isso vai repetir em todo o antigo testamento até esses pobres animais serão substituídos pelo “agnus dei”. Para Merril (2009, p.230), diz que esse assunto é obscuro, porém [...] “fique claro que a expiação para o pecado, na verdade, pede o sacrifício de animal, que, entre outras coisas, envolvia a cobertura, ou “unção”, (hebraico, kpr) do altar com o sangue da vítima”. O livro de Levítico descreve todas as minucias sobre holocaustos e sacrifícios para muitas finalidades como: “os sacrifícios de paz ou das graças, o sacrifício pelos erros dos sacerdotes, o sacrifício pelos erros do povo, o sacrifício pelos erros de qualquer pessoa, o sacrifício pelos pecados ocultos, o sacrifício pelo sacrilégio, o sacrifício pelos pecados de ignorância, o sacrifício pelos pecados voluntários” que possuíam regulamentos que deveriam ser seguidos à risca pelos sacerdotes. Não adiantava sacrificar animais e aves ou queimar ofertas de manjares ao Senhor se quem praticou o erro repetia o mesmo processo, afinal não era a sua vida que era tirada sem motivo. E para a paz e tranquilidade dos animais e aves veio o cordeiro de Deus para ser imolado em seu lugar e dar um basta nesta matança e fazer o homem ter arrependimento e se humilhar para conseguir ter relacionamento com Deus. Para Langston (1999, p.119), “o grande fim de Jesus em relação à humanidade toda era trazê- la ao arrependimento e a uma nova comunhão com Deus o Pai. Já vimos que Jesus satisfez plenamente ás exigências da natureza de Deus”.
  • 13. 13 O sacrifício histórico de Nosso Senhor não é só a revelação final do coração de Deus, mas também a manifestação da lei da vida universal - a lei de que o pecado traz sofrimento a todos em conexão com ela e que nós só podemos vencer o pecado em nós mesmos e no mundo entrando em comunhão com os sofrimentos de Cristo e com a vitória de Cristo, ou, em outras palavras, pela união com ele através da fé. (STRONG, 2003, p.379). O sacrifício de Jesus Cristo é a única solução para retirar o homem da escravidão do pecado e proporcioná-lo a sua reconciliação com Deus. Em Jesus estava tudo consumido! Ele era o holocausto perfeito para rescisão dos pecados de todos os seres humanos. Seu sangue era como sabão do lavadeiro capaz de retirar todas as manchas ocasionadas pelo pecado e o único capaz de embranquecer as vestes espirituais e revestir a nudez humana e torná-lo digno que receber do eterno aquela identidade que uma vez foi perdida no Éden pelo pecado original. O que é salvação? Para Charper (2003, p.234) nos diz que: “a palavra grega para salvação σωτηρία,é usada cerca de 50 vezes no Novo Testamento. Ela se refere ao estado de alguém que se tornou completo”. Salvação é a aplicação da obra de Cristo na vida do indivíduo. Por conseguinte, a doutrina da salvação é de interesse e importância especiais, já que diz respeito a mais crucial de nossas necessidades. (ERICKSON, 1992, p.369). Na sequencia o autor nos diz que: [...] alguns cristãos entendem que a salvação se completa basicamente no início da vida cristã. Esses costumam dizer: "Fomos salvos". Outros veem a salvação como um processo —"estamos sendo salvos". Ainda outros pensam na salvação como algo que ainda será recebido no futuro —"seremos salvos". Pode-se, é claro, combinar duas ou três dessas ideias. Nesse caso, entende-se que os aspectos distintos da salvação (e.g. justificação, santificação, glorificação) ocorrem em ocasiões diferentes. Se pensarmos que a salvação ocorre dentro do tempo, precisamos determinar o tipo de estrutura cronológica implicado. (Ibidem, p.370). Constata-se que a “salvação” é o processo gradual e que acompanha todo o ciclo de vida, principalmente para aqueles permanecem neste mundo e conseguem cumprir todas as etapas de um ciclo normal. E que neste mundo nenhum ser humano consegue manter a sua fé e busca pela salvação de um modo linear e sem que sofra variações. Muitos evangélicos costumam dizer que estão “salvos” assim que são batizados, porém esse seria apenas um passo.
  • 14. 14 Segundo Erickson (1992), pelo fato de certas ações poderem ocorrer num único momento ou ao longo de um período, a salvação e os aspectos que a constituem podem ser concebidos de varias maneiras, ou seja: é um processo que para alguns podem ser rápido como no caso de Estevão que logo teve a sua vida ceifada em defesa da fé. Mas também pode ser como a de Pedro que embora tenha convivido e ouvido tudo diretamente do mestre, diante da iminência do perigo de morte, nega o seu mestre e lá na frente tem a sua fé e confiança restaurada. No quadro abaixo se percebe que a vida do cristão e do ser humano que quiser percorrer os caminhos da salvação, poderá incorrer em um destes processos abaixo elencados: QUADRO 02: Evolução da salvação 1. Uma série de pontos: ............... 2. Uma série de processos descontínuos: ____________ _____________ _____________ ______________ 3. Uma série de processos sobrepostos: 4. Um único processo contínuo com componentes identificáveis: Fonte: Id, 1992. Pelo exposto no quadro, deixa bem claro que dificilmente a caminhada rumo a salvação terá uma linha retilínea e a probabilidade de uma pessoa trilhar esse caminho da salvação expressa mais para casos como o do ladrão na cruz que reconhece a Jesus como o seu salvador e logo sai deste mundo. Nos demais casos todos sem exceção estarão inseridos em um ou mais destes graus de evolução da salvação por inúmeras razões sejam elas matérias ou espirituais até que alcance pela misericórdia de Deus a posição exata para receber a glorificação no reino de Deus. O que é Conversão? Para Erickson (1992, p.394), “a conversão é um ato único que possui dois aspectos distintos, mas inseparáveis: o arrependimento e a fé. Arrependimento é o ato de o incrédulo dar as costas para o pecado, e fé, seu ato de voltar-se para Cristo”.
  • 15. 15 Conversão verdadeira é algo que vem se perdendo no tempo desde os tempos em que João evangelista pregava o batismo de arrependimento no deserto. Uma conversão sincera tem que haver mudança conforme descreve a citação abaixo: É uma mudança que tem suas raízes na obra de regeneração, e que é efetuada na vida consciente do pecador pelo Espírito de Deus; mudança de pensamentos e opiniões, de desejos e volições, que envolve a convicção de que a direção anterior da vida era insensata e errônea, e altera todo o curso da vida. Há dois lados nesta conversão, um ativo e o outro passivo; o primeiro sendo o ato de Deus pelo qual Ele muda o curso consciente da vida do homem, e o último, o resultado desta ação como se vê na mudança que o homem faz no curso da sua vida e em seu voltar-se para Deus. Consequentemente, pode-se dar uma dupla definição de conversão: (a) A conversão ativa é o ato de Deus pelo qual Ele faz com que o pecador regenerado, em sua vida consciente, se volte para Ele com arrependimento e fé. (b) A conversão passiva é o resultante ato consciente do pecador pelo qual ele, pela graça de Deus, volta-se para Deus com arrependimento e fé. Esta conversão é a conversão que nos interessa primordialmente na teologia. (Id, p.478). Segundo Langston (1999), a conversão é também o resultado da liberdade do homem. E um ato praticado pelo próprio homem. Na conversão, ele escolhe uma vida nova em resposta aos apelos que lhe são feitos pelo evangelho. Seria aquela fase em que ele sente que não tem mais jeito e a solução é rende-se ao seu criador. Que só o Senhor tem palavras de vida eterna. Só ele tem condições de proporcionar vida e vida em ambulância. E não pode ser algo forçado ou imposto por ninguém e sim um chamado que brota do intimo do seu ser que deve durar para sempre e que seja capaz de transformar a sua vida e o seu ser, impactando a todos que estão ao seu redor. O referido autor ainda afirma que a conversão pode repetir não somente uma vez, mas pode- se dar em outras etapas da vida e circunstâncias a ela relacionadas: A conversão pode e deve repetir-se todas às vezes em que o homem pecar e afastar- se de Deus, porque ela consiste no ato de abandonar o pecado e aproximar-se de Deus. «Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, conforta a teus irmãos» (Lucas 22:31, 32; veja-se João 3:10).Emprega-se, geralmente, a palavra conversão para significar aquela primeira experiência do homem, abandonando o pecado para seguir a Jesus Cristo. A conversão, além de envolver arrependimento e fé, como já vimos, inclui também o ato do pecador em deixar o pecado e entregar-se a Jesus a fim de ser salvo por ele. (Ibidem, p.134-135). O que é Justificação?
  • 16. 16 De acordo com Strong (2003), define assim a justificação: é o ato judicial pelo qual, por causa de Cristo, a quem o pecador está unido pela fé, Deus declara que o pecador não mais está exposto à pena da lei, mas restaurado ao seu favor. E é neste ato que Jesus assume o papel de intercessor e advogado diante do eterno. É ele quem justifica o ser humano e o coloca de pé na presença de Deus. Sem ele o homem não teria mais condições de ter acesso ao eterno, todavia por meio do “agnus dei” e por seu sangue derramado no madeiro da cruz toda criatura é justificada perante Deus e todas as suas culpas são apagadas para sempre diante do eterno e ele tem condições de vive em novidades de vida e revestir-se do que é celestial e da espiritualidade e alimenta-se da árvore da vida que é Jesus Cristo. Para Gilberto at all(2008), pela justificação passamos a pertencer aos justos. Justificação é o tempo passado da nossa salvação, mas sempre presente em nossa vida espiritual (I Co 6.11; Rm 8.30,33b; 5.1; 3.24; G1 2.16).É Jesus o justo que dar condições ao homem de trilhar o caminho da salvação sem ser-lhe imputado nada pois ele justifica a todos que se convertem, arrependem dos seus pecados e querem viver em novidade de vida. O que é Santificação? Segundo Ferreira e Myatt, (2007, p.871) santificação é: “a graciosa e contínua operação do Espírito Santo pela qual ele liberta o pecador justificado da corrupção do pecado, renova toda a sua natureza à imagem de Deus, e o capacita para praticar boas obras”. Conforme descreve o autor, ainda que Jesus justifique ao homem e tenha se sacrificado é imprescindível a presença de uma ferramenta primordial na vida de cada ser humano a saber: o Espírito Santo. Jesus quando subiu aos céus os discípulos estavam todos receosos e com medo de serem perseguidos e mortos, todavia quando no dia de Pentecostes receberam o consolador e guia prometido pelo mestre, foram revestidos do Espirito Santo e das suas virtudes e tiveram condições de vencer o medo e colocar em prática a missão que lhe foram confiada a saber a disseminação do evangelhos a todos os povos. Somente o sangue de Cristo não é suficiente para tirar o homem do pecado e leva-lo a Deus. Ele o Espirito de Deus é que consegue dar forças e condições para qualquer pessoa vence todo o mal. Lavar as vestes no sangue no cordeiro é uma necessidade e para manter essa limpeza e
  • 17. 17 percorrer todos os passos da santificação somente com a unção de Deus que restaura e dar os recursos para chegar ao seu destino. Para Bergsten (1995), santificação é, em primeiro lugar, a continuação da obra salvadora na vida do crente. A bíblia afirma que: aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o Dia de Jesus Cristo” (Fp 1.6).E isso vai sendo gradativo. Ninguém que conheceu verdadeiramente a Jesus, volta para traz, mais ainda que erre varias vezes sempre encontra no Senhor as condições necessárias para continuar a sua caminhada rumo a sua sublime vocação que um dia viver eternamente com o Deus. Em seguida o referido autor apresenta três “aspectos da santificação” e cita três “experiências da santificação”, a saber: Aspectos da santificação: A santificação significa uma separação do mal. A Bíblia diz: “Ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26). A santificação significa também uma separação para Deus. Aquela vida que foi separada do mundo fica agora, pela santificação, entregue a Deus para pertencer a Ele e servi-lo. A santificação também significa um revestimento da plenitude de Cristo. Os mesmos crentes que foram separados do mundo e entregues a Deus ficam cheios da plenitude do Senhor (cf. Ef 3.19) e “enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus — Cristo” (Cl 2.2; cf. Ef 1.23). Experiências da santificação: A santificação posicional, isto é, a nossa posição como santos em Cristo: “O qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Co 1.30). A santificação experimental, quando a santificação preparada por Cristo é posta em prática pela maneira de viver do crente. Enquanto o crente, pela justificação, é declarado justo pelos méritos de Jesus (cf. Rm 3.24,25), pela santificação é aperfeiçoado em uma experiência progressiva (cf. 2 Co 7.1) e transformado de glória em glória (cf. 2 Co 3.18). A santificação final, que acontecerá quando Jesus vier nas nuvens. Enquanto o crente vive neste mundo, continua desejando um maior aperfeiçoamento através da santificação. (Ibidem, p.187-189) Conforme descreve autor acima,a salvação é uma experiência entre o homem e o Senhor.A santificação é um passo certeiro e definitivo rumo à etapa final que é a glorificação e o desligamento definitivo deste corpo corruptível e a coroação definitiva com a vida eterna que consiste em morar eternamente com Deus e possui um corpo celestial e incorruptível. A santificação permite que dia a após dia o homem vá se limpando do velho homem e dos erros e prepare-se para a sua reconciliação definitiva com o eterno.
  • 18. 18 Considerações finais: Conforme o exporto na pesquisa acima descrita, percebe-se que Deus criou o ser humano e que agrega em seu ser um revestimento intelectual que o faz diferente dos outros seres e coisas com capacidades de pensar, ver, julgar e agir de acordo com a sua consciência refletindo em si a “imagem e a semelhança” do seu criador que possui em si toda a sabedoria e ciência. Nota-se que o evento a queda dos anjos e o seu contato com o ser humano ocasionou uma ruptura com o seu criador e causou sérios danos ao homem e a toda a sua descendência. Entretanto o eterno criou meios para que eles pudessem voltar à intimidade com Deus por uma serie de processos graduais como: conversão, justificação, santificação e a glorificação em um novo corpo incorruptível e não sujeito ao pecado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia e harpa cristã. Barueri: SBB, 1995. BERGSTEN, Eurico. Teologia sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2011. BERKHOF, Louis. Teologia sistemática. Campinas: Luz Para o Caminho, 1990. ERICKSON, Millard J. Introdução à teologia sistemática. São Paulo: Vida Nova,1992. FERREIRA, Franklin e MYATT, Alan. Teologia sistemática: uma analise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida Nova, 2007. GEISLER, Norman. Teologia sistemática: introdução à teologia, a bíblia, Deus, a criação. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. GILBERTO, Antônio at all. Teologia sistemática pentecostal. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. GOOGLE. Tradutor. Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=tradutor&oq= tra&aqs=chrome.0.69i59j69i61j69i65l2j69i57j69i60.3728j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF- 8.Acesso em: 03/05/2018. HODGE, Charles. Teologia sistemática. São Paulo: Hagnos, 2001. LANGSTON, A.B. Esboço de teologia sistemática. Rio de Janeiro: Juerp, 1999. MERRIL, Eugene H. Teologia do antigo testamento. São Paulo: Shedd Publicações, 2009. RYRIE, Charles Caldwell. Teologia básica: ao alcance de todos. São Paulo: Mundo Cristão, 2004.
  • 19. 19 STRONG, Augustus Hopkins. Teologia sistemática. v.2,São Paulo: Hagnos,2003. ZUCK, Roy B. Teologia do antigo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.