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AJUSTE DE CURVAS.
O MÉTODO DOS MÍNIMOS
QUADRADOS.
Profa. Dra. Fernanda Paula Barbosa Pola
CASO DISCRETO
SUMÁRIO
 Introdução e contextualização;
 Objetivos;
 Ajuste de Curvas : O Método dos Mínimos
Quadrados
◦ Caso discreto
 Ajuste linear - Regressão linear
 Ajuste Polinomial
 Considerações finais;
 Referências.
INTRODUÇÃO E
CONTEXTUALIZAÇÃO
 Em geral, experimentos geram uma gama
de dados que devem ser analisados para
a criação de um modelo.
 Obter uma função matemática que
represente (ou que ajuste) os dados
permite fazer simulações do processo de
forma confiável, reduzindo assim
repetições de experimentos que podem
ter um custo alto.
INTRODUÇÃO E
CONTEXTUALIZAÇÃO
 Em geral usa-se aproximações de funções
nas seguintes situações:
◦ Quando se deseja extrapolar ou fazer
previsões em regiões fora do intervalo
considerado;
◦ Quando os dados tabelados são resultados de
experimentos, onde erros na obtenção destes
resultados podem influenciar a sua qualidade;
◦ Quando deseja-se substituir uma função
conhecida f(x) por outra função g(x) que
facilite cálculos como derivadas e integrais.
OBJETIVOS
 O objetivo é obter uma função que seja
uma “boa aproximação” e que permita
extrapolações com alguma margem de
segurança.
 A escolha das funções pode ser feita
observando o gráfico dos pontos
tabelados, baseando-se em fundamentos
teóricos dos experimentos que forneceu
a tabela ou através de uma função já
conhecida.
OBJETIVOS
 Os métodos utilizados buscam uma
aproximação do que seria o valor
exato. Dessa forma é inerente aos
métodos trabalhar com a aproximação,
levando-se em consideração os erros e
os desvios.
 O Método dos Mínimos Quadrados é um
método bastante utilizado para ajustar
uma determinada quantidade de pontos
e aproximar funções.
AJUSTE DE CURVAS - INTRODUÇÃO
Graficamente, a extrapolação e o ajuste por
barras de erros são vistos na figura abaixo:
x
e
x
f =
)
(
x
)
(x
f
x
( )
x
f
Curva ajustada
Curva extrapolada
Barra de
erros
AJUSTE DE CURVAS - INTRODUÇÃO
 Temos que ajustar estas funções tabeladas por
uma função que seja uma “boa aproximação” e
que permita extrapolações com alguma margem
de segurança.
 Dados os pontos
num intervalo [a,b], devemos escolher funções
, e constantes
tais que a função
se aproxime de
( ) ( ) ( )
)
(
,
,......,
)
(
,
,
)
(
, 2
2
1
1 m
m x
f
x
x
f
x
x
f
x
)
(
,
.......
,
)
(
,
)
( 2
1 x
g
x
g
x
g n
)
(
,
.......
,
)
(
,
)
( 2
1 x
x
x n



)
(
)
(
)
(
)
( 2
2
1
1 x
g
x
g
x
g
x n
n

+

+

=
 ).
(x
f
AJUSTE DE CURVAS - INTRODUÇÃO
 Este modelo é dito linear pois os
coeficientes a determinar
aparecem linearmente.
 Note que as funções
podem ser funções não lineares, por
exemplo:
Problema 1
Como escolher as funções
?
)
(
,
.......
,
)
(
,
)
( 2
1 x
x
x n



)
(
,
.......
,
)
(
,
)
( 2
1 x
g
x
g
x
g n
( ) .......
,
1
)
(
,
)
( 2
2
1 x
x
g
e
x
g x
+
=
=
)
(
,
.......
,
)
(
,
)
( 2
1 x
g
x
g
x
g n
AJUSTE DE CURVAS – CASO DISCRETO
 Podemos escolher as funções
observando os pontos tabelados ou a partir
de conhecimentos teóricos do
experimento que nos forneceu a tabela.
Portanto, dada uma tabela de pontos, deve-
se primeiro colocar estes pontos num
gráfico cartesiano. O gráfico resultante é
chamado de diagrama de dispersão.
)
(
,
.......
,
)
(
,
)
( 2
1 x
g
x
g
x
g n
AJUSTE DE CURVAS – CASO DISCRETO
 Seja a tabela
 O diagrama de dispersão é dado por:
x -1.0 -0.75 -0.6 -0.5 -0.3 0 0.2 0.4 0.5 0.7 1.0
f(x) 2.05 1.153 0.45 0.4 0.5 0 0.2 0.6 0.512 1.2 2.05
0
0,5
1
1,5
2
2,5
-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5
f(x)
x
Series1
AJUSTE DE CURVAS – CASO DISCRETO
 Escolhemos a partir da forma
dos pontos no diagrama de dispersão.
 Procuramos a função que se aproxime ao
máximo de que tenha a forma
(parábola passando pela origem)
 PROBLEMA 2: Qual o valor de que
gera melhor ajuste da parábola?
2
1 )
( x
x
g =
)
(x
f
2
1
1 )
(
)
( x
x
g
x 
=

=


AJUSTE DE CURVAS – CASO CONTÍNUO
 Dada uma função contínua em [a,b]
e escolhidas as funções
todas contínuas em [a,b], devemos
determinar as constantes
de modo que a função
se aproxime ao máximo de
)
(x
f
)
(
,
......
,
)
(
,
)
( 2
1 x
g
x
g
x
g n
n


 ,
.....
,
, 2
1
)
(
....
)
(
)
(
)
( 2
2
1
1 x
g
x
g
x
g
x n
n

+
+

+

=

)
(x
f
AJUSTE DE CURVAS – CASO CONTÍNUO
 Tanto no caso discreto como no caso
contínuo o que significa ficar mais
próxima?
 Ideia: A função é tal que o módulo da
área sob a curva seja mínimo!
( )
x

( ) )
(x
f
x −

O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
 Objetivo: encontrar coeficientes j tais
que a função
se aproxime ao máximo de f(x)
Consiste em escolher os j’s de modo que
a soma dos quadrados dos desvios seja
mínima.
)
(
)
(
)
(
)
(
)
( 2
2
1
1 x
g
x
x
g
x
g
x n
n

+
+

+

=
 
Método dos Mínimos Quadrados
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Desvio em :
 Se a soma dos quadrados dos desvios
é mínima, cada desvio
será pequeno.Assim, j’s devem ser tais que
minimizem a função
k
x )
(
)
( k
k
k x
x
f 
−
=
d

 =
=

−
=
m
k
k
k
m
k
k x
x
f
1
2
1
2
))
(
)
(
(
d
)
(
)
( k
k
k x
x
f 
−
=
d

=

−
=



m
k
k
k
n x
x
f
1
2
2
1 )]
(
)
(
[
)
,
,
( 
F
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Para obter um ponto mínimo devemos
encontrar os números críticos, ou seja, j’s
tais que
onde
n
j
n
j


2
,
1
,
0
)
,
,
( 2
1
=
=






F

=

−
−

−

−
=



m
k
k
n
n
k
k
k
n
x
g
x
g
x
g
x
f
1
2
2
2
1
1
2
1
)]
(
)
(
)
(
)
(
[
)
,
,
(


F
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Calculando as derivadas
 Igualando a zero,

=



−

−
−

−

−
=



m
k
k
j
k
n
n
k
k
k
j
x
g
x
g
x
g
x
g
x
f
n
1
2
2
1
1
)
,
,
(
)]
(
)][
(
)
(
)
(
)
(
[
2
2
1


F
n
j
x
g
x
g
x
g
x
g
x
f
m
k
k
j
k
n
n
k
k
k ,
,
2
,
1
,
0
)]
(
)][
(
)
(
)
(
)
(
[
1
2
2
1
1 
 =
=

−
−

−

−

=
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Ou seja, temos um sistema linear a resolver
0
)]
(
)][
(
)
(
)
(
)
(
[
0
)]
(
)][
(
)
(
)
(
)
(
[
0
)]
(
)][
(
)
(
)
(
)
(
[
1
2
2
1
1
1
2
2
2
1
1
1
1
2
2
1
1
=

−
−

−

−
=

−
−

−

−
=

−
−

−

−



=
=
=
m
k
k
n
k
n
n
k
k
k
m
k
k
k
n
n
k
k
k
m
k
k
k
n
n
k
k
k
x
g
x
g
x
g
x
g
x
f
x
g
x
g
x
g
x
g
x
f
x
g
x
g
x
g
x
g
x
f




O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Reescrevendo o sistema,
As equações desse sistemas linear são as chamadas equações
normais.









=
=
=
=
=
=
=
=
=
=

+
+

=

+
+

=

+
+

m
k
k
n
k
m
k
n
k
n
k
n
m
k
k
n
k
m
k
k
k
m
k
n
k
k
n
m
k
k
k
m
k
k
k
m
k
n
k
k
n
m
k
k
k
x
g
x
f
x
g
x
g
x
g
x
g
x
g
x
f
x
g
x
g
x
g
x
g
x
g
x
f
x
g
x
g
x
g
x
g
1
1
1
1
1
1
2
1
2
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
)
(
)
(
)]
(
)
(
[
)]
(
)
(
[
)
(
)
(
)]
(
)
(
[
)]
(
)
(
[
)
(
)
(
)]
(
)
(
[
)]
(
)
(
[




Sistema linear com n equações com n incógnitas
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 O sistema linear pode ser escrito na forma
matricial A = b:
 aij = aji , a matriz A é simétrica;
 Se o sistema tem uma única solução, esta solução
é o ponto mínimo da função F(α1,α2,...,αn)
2
2
2
22
1
21 .... b
a
a
a n
n =
+
+
+ 


1
1
2
12
1
11 .... b
a
a
a n
n =
+
+
+ 


n
n
nn
n
n b
a
a
a =
+
+
+ 

 ....
2
2
1
1
...
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Caso Linear (Regressão Linear)
Aproximação através de uma função linear do
tipo:
Assim o objetivo é determinar o valor de 𝛼0 e
𝛼1, que minimize:
AJUSTE LINEAR
 Para que E seja mínimo é necessário que:
AJUSTE LINEAR
 As equações simplificam-se nas Equações
Normais
AJUSTE LINEAR
 A solução para o sistema de equações é:
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Caso Linear (Regressão Linear)
Exemplo 1: Considerando os dados da Tabela 1,
e através do gráfico gerado, pode-se definir que
tipo de curva melhor se ajusta aos dados.
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Considerando a Tabela 1, e os dados necessários
paras as equações normais, a Tabela 2 pode ser
construída:
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Considerando os dados daTabela 2, os
parâmetros 𝛼0 e 𝛼1 podem ser calculados
como:
 Assim a reta a ser ajustada é determinada
por:
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Pode-se observar o ajuste através da reta:
Ajuste Linear
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Caso Linear (Regressão Linear)
Exemplo2: Encontre a reta de mínimos quadrados que
melhor se ajusta aos pontos (2,1), (5,2), (7,3), (8,3).
Calculemos para .
)
(
e
1
)
( 2
1 x
x
g
x
g =
=






=
=
=
=
=
=
=

+

=

+

4
1
4
1
2
4
1
1
4
1
4
1
2
4
1
1
).
(
.
1
.
1
).
(
1
.
1
.
1
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
x
x
f
x
x
x
x
f
x
)
3
.
8
3
.
7
2
.
5
1
.
2
(
)
8
7
5
2
(
)
8
7
5
2
(
)
3
3
2
1
(
)
8
7
5
2
(
)
1
1
1
1
(
2
2
2
2
2
1
2
1
+
+
+
=

+
+
+
+

+
+
+
+
+
+
=

+
+
+
+

+
+
+
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Logo






=














57
9
142
22
22
4
2
1






=












−
−
=












=








−
14
/
5
7
/
2
57
9
4
22
22
142
84
1
57
9
142
22
22
4
1
2
1
x
x
14
5
7
2
)
( +
=

0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
0 2 4 6 8 10
Série1
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
 Caso Polinomial
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Caso Polinomial
Exemplo 3: Seja o conjunto de pontos:
Encontre a parábola através dos mínimos quadrados
que melhor se ajusta aos pontos da tabela.
 Vimos pelo diagrama de dispersão que uma parábola
pela origem seria uma boa escolha, logo seja,
x -1.0 -0.75 -0.6 -0.5 -0.3 0 0.2 0.4 0.5 0.7 1.0
f(x) 2.05 1.153 0.45 0.4 0.5 0 0.2 0.6 0.512 1.2 2.05
2
2
1
2
1 )
(
)
( x
x
x
x
x
g 
=

=


=
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
 Logo temos uma equação dada por,
 
   






=
=
=
=
=
=
=


=


=

11
1
2
11
1
4
1
11
1
1
11
1
2
1
1
11
1
1
11
1
1
1
1
)
(
)
(
)
(
)
(
)
(
)
(
)
(
)
(
)]
(
)
(
[
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
x
f
x
x
x
g
x
f
x
g
x
g
x
f
x
g
x
g
O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
CASO DISCRETO
x -1 -0,75 -0,6 -0,5 -0,3 0 0,2 0,4 0,5 0,7 1 somas
x2.x2 1 0,3164 0,1296 0,0625 0,0081 0 0,0016 0,0256 0,0625 0,2401 1 2,8464
f(x).x2 2,05 0,6485 0,162 0,1 0,045 0 0,008 0,096 0,128 0,588 2,05 5,8756
Nossa equação é
Então é a parábola que melhor se aproxima, no
sentido dos quadrados mínimos, da função tabelada.
2,8464α = 5,8756
α = 2,0642
2
0642
.
2
)
( x
x =

Calculando as somas:
AJUSTE NÃO-LINEAR
 Existem casos, onde o diagrama de
dispersão de uma função indica que os
dados devem ser ajustados por uma função
não linear.
 Ocasionalmente, é apropriado supor que os
dados estejam relacionados
exponencialmente.
 Exemplo: 𝜙 𝑥 = 𝑎𝑒𝑏𝑥
, para a e b
constantes .
 A dificuldade de aplicação do método dos
mínimos quadrados neste caso consiste na
tentativa de minimizar o erro.
AJUSTE NÃO-LINEAR
 Para estes casos, um Processo de
Linearização deve ser empregado, para
que seja possível aplicar o Método dos
Mínimos Quadrados.
 Neste caso, podemos proceder da
seguinte forma:
AJUSTE NÃO-LINEAR
AJUSTE NÃO-LINEAR
AJUSTE NÃO-LINEAR
AJUSTE NÃO-LINEAR
AJUSTE NÃO-LINEAR
 Usa-se as equações de Ajuste Linear para
obter 𝛼0 e 𝛼1
LEMBRE-SE!
 Após aplicar o método dos mínimos
quadrados, é preciso fazer as substituições
necessárias para encontrar os parâmetros
a e b da função de aproximação original.
IMPORTANTE
 Observe que os parâmetros assim
obtidos não são ótimos dentro do
critério dos quadrados mínimos, porque
estamos ajustando o problema
linearizado e não o problema original.
AJUSTE NÃO-LINEAR
 Exemplo:
AJUSTE NÃO-LINEAR
AJUSTE NÃO-LINEAR
AJUSTE NÃO-LINEAR
TESTE DE ALINHAMENTO
 Uma vez escolhida uma função não linear
em a, b, ... para ajustar uma função, uma
forma de verificar se a escolha foi razoável
é aplicar o Teste de Alinhamento
TESTE DE ALINHAMENTO
 Fazer a linearização da função não
linear escolhida;
 Fazer o diagrama de dispersão dos
novos dados;
 Se os pontos do diagrama estiverem
alinhados, isto significará que a função
linear foi uma “boa escolha”.
TESTE DE ALINHAMENTO
TESTE DE ALINHAMENTO
AJUSTE NÃO-LINEAR
 Exemplo:
AJUSTE NÃO-LINEAR
AJUSTE NÃO-LINEAR
AJUSTE NÃO-LINEAR
AJUSTE NÃO-LINEAR
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O ajuste de curvas é uma boa estratégia
para avaliar a natureza de uma massa de
dados;
 Ele mostra qual o comportamento da
tabela, ou seja, ele busca por uma curva
contínua, conhecida, que possa representar
o comportamento da tabela.
REFERÊNCIAS
 M.A. Gomes Ruggiero,V. L. da Rocha Lopes.
Cálculo Numérico - AspectosTeóricos e
Computacionais, 2ª edição, Editora Pearson,
1997.
 M.C. Cunha. Métodos Numéricos. 2a edição,
Editora da Unicamp, 2000.
 N.B. Franco. Cálculo Numérico. Pearson
Prentice Hall, 2007.
 Richard L. Burden e J. Douglas Faires,Análise
Numérica, Cengage Learning,Tradução da 8.
Ed.Americana, 2008

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  • 1. AJUSTE DE CURVAS. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS. Profa. Dra. Fernanda Paula Barbosa Pola CASO DISCRETO
  • 2. SUMÁRIO  Introdução e contextualização;  Objetivos;  Ajuste de Curvas : O Método dos Mínimos Quadrados ◦ Caso discreto  Ajuste linear - Regressão linear  Ajuste Polinomial  Considerações finais;  Referências.
  • 3. INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO  Em geral, experimentos geram uma gama de dados que devem ser analisados para a criação de um modelo.  Obter uma função matemática que represente (ou que ajuste) os dados permite fazer simulações do processo de forma confiável, reduzindo assim repetições de experimentos que podem ter um custo alto.
  • 4. INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO  Em geral usa-se aproximações de funções nas seguintes situações: ◦ Quando se deseja extrapolar ou fazer previsões em regiões fora do intervalo considerado; ◦ Quando os dados tabelados são resultados de experimentos, onde erros na obtenção destes resultados podem influenciar a sua qualidade; ◦ Quando deseja-se substituir uma função conhecida f(x) por outra função g(x) que facilite cálculos como derivadas e integrais.
  • 5. OBJETIVOS  O objetivo é obter uma função que seja uma “boa aproximação” e que permita extrapolações com alguma margem de segurança.  A escolha das funções pode ser feita observando o gráfico dos pontos tabelados, baseando-se em fundamentos teóricos dos experimentos que forneceu a tabela ou através de uma função já conhecida.
  • 6. OBJETIVOS  Os métodos utilizados buscam uma aproximação do que seria o valor exato. Dessa forma é inerente aos métodos trabalhar com a aproximação, levando-se em consideração os erros e os desvios.  O Método dos Mínimos Quadrados é um método bastante utilizado para ajustar uma determinada quantidade de pontos e aproximar funções.
  • 7. AJUSTE DE CURVAS - INTRODUÇÃO Graficamente, a extrapolação e o ajuste por barras de erros são vistos na figura abaixo: x e x f = ) ( x ) (x f x ( ) x f Curva ajustada Curva extrapolada Barra de erros
  • 8. AJUSTE DE CURVAS - INTRODUÇÃO  Temos que ajustar estas funções tabeladas por uma função que seja uma “boa aproximação” e que permita extrapolações com alguma margem de segurança.  Dados os pontos num intervalo [a,b], devemos escolher funções , e constantes tais que a função se aproxime de ( ) ( ) ( ) ) ( , ,......, ) ( , , ) ( , 2 2 1 1 m m x f x x f x x f x ) ( , ....... , ) ( , ) ( 2 1 x g x g x g n ) ( , ....... , ) ( , ) ( 2 1 x x x n    ) ( ) ( ) ( ) ( 2 2 1 1 x g x g x g x n n  +  +  =  ). (x f
  • 9. AJUSTE DE CURVAS - INTRODUÇÃO  Este modelo é dito linear pois os coeficientes a determinar aparecem linearmente.  Note que as funções podem ser funções não lineares, por exemplo: Problema 1 Como escolher as funções ? ) ( , ....... , ) ( , ) ( 2 1 x x x n    ) ( , ....... , ) ( , ) ( 2 1 x g x g x g n ( ) ....... , 1 ) ( , ) ( 2 2 1 x x g e x g x + = = ) ( , ....... , ) ( , ) ( 2 1 x g x g x g n
  • 10. AJUSTE DE CURVAS – CASO DISCRETO  Podemos escolher as funções observando os pontos tabelados ou a partir de conhecimentos teóricos do experimento que nos forneceu a tabela. Portanto, dada uma tabela de pontos, deve- se primeiro colocar estes pontos num gráfico cartesiano. O gráfico resultante é chamado de diagrama de dispersão. ) ( , ....... , ) ( , ) ( 2 1 x g x g x g n
  • 11. AJUSTE DE CURVAS – CASO DISCRETO  Seja a tabela  O diagrama de dispersão é dado por: x -1.0 -0.75 -0.6 -0.5 -0.3 0 0.2 0.4 0.5 0.7 1.0 f(x) 2.05 1.153 0.45 0.4 0.5 0 0.2 0.6 0.512 1.2 2.05 0 0,5 1 1,5 2 2,5 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 f(x) x Series1
  • 12. AJUSTE DE CURVAS – CASO DISCRETO  Escolhemos a partir da forma dos pontos no diagrama de dispersão.  Procuramos a função que se aproxime ao máximo de que tenha a forma (parábola passando pela origem)  PROBLEMA 2: Qual o valor de que gera melhor ajuste da parábola? 2 1 ) ( x x g = ) (x f 2 1 1 ) ( ) ( x x g x  =  =  
  • 13. AJUSTE DE CURVAS – CASO CONTÍNUO  Dada uma função contínua em [a,b] e escolhidas as funções todas contínuas em [a,b], devemos determinar as constantes de modo que a função se aproxime ao máximo de ) (x f ) ( , ...... , ) ( , ) ( 2 1 x g x g x g n n    , ..... , , 2 1 ) ( .... ) ( ) ( ) ( 2 2 1 1 x g x g x g x n n  + +  +  =  ) (x f
  • 14. AJUSTE DE CURVAS – CASO CONTÍNUO  Tanto no caso discreto como no caso contínuo o que significa ficar mais próxima?  Ideia: A função é tal que o módulo da área sob a curva seja mínimo! ( ) x  ( ) ) (x f x − 
  • 15. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS  Objetivo: encontrar coeficientes j tais que a função se aproxime ao máximo de f(x) Consiste em escolher os j’s de modo que a soma dos quadrados dos desvios seja mínima. ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( 2 2 1 1 x g x x g x g x n n  + +  +  =   Método dos Mínimos Quadrados
  • 16. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Desvio em :  Se a soma dos quadrados dos desvios é mínima, cada desvio será pequeno.Assim, j’s devem ser tais que minimizem a função k x ) ( ) ( k k k x x f  − = d   = =  − = m k k k m k k x x f 1 2 1 2 )) ( ) ( ( d ) ( ) ( k k k x x f  − = d  =  − =    m k k k n x x f 1 2 2 1 )] ( ) ( [ ) , , (  F
  • 17. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Para obter um ponto mínimo devemos encontrar os números críticos, ou seja, j’s tais que onde n j n j   2 , 1 , 0 ) , , ( 2 1 = =       F  =  − −  −  − =    m k k n n k k k n x g x g x g x f 1 2 2 2 1 1 2 1 )] ( ) ( ) ( ) ( [ ) , , (   F
  • 18. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Calculando as derivadas  Igualando a zero,  =    −  − −  −  − =    m k k j k n n k k k j x g x g x g x g x f n 1 2 2 1 1 ) , , ( )] ( )][ ( ) ( ) ( ) ( [ 2 2 1   F n j x g x g x g x g x f m k k j k n n k k k , , 2 , 1 , 0 )] ( )][ ( ) ( ) ( ) ( [ 1 2 2 1 1   = =  − −  −  −  =
  • 19. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Ou seja, temos um sistema linear a resolver 0 )] ( )][ ( ) ( ) ( ) ( [ 0 )] ( )][ ( ) ( ) ( ) ( [ 0 )] ( )][ ( ) ( ) ( ) ( [ 1 2 2 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 2 2 1 1 =  − −  −  − =  − −  −  − =  − −  −  −    = = = m k k n k n n k k k m k k k n n k k k m k k k n n k k k x g x g x g x g x f x g x g x g x g x f x g x g x g x g x f    
  • 20. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Reescrevendo o sistema, As equações desse sistemas linear são as chamadas equações normais.          = = = = = = = = = =  + +  =  + +  =  + +  m k k n k m k n k n k n m k k n k m k k k m k n k k n m k k k m k k k m k n k k n m k k k x g x f x g x g x g x g x g x f x g x g x g x g x g x f x g x g x g x g 1 1 1 1 1 1 2 1 2 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ) ( ) ( )] ( ) ( [ )] ( ) ( [ ) ( ) ( )] ( ) ( [ )] ( ) ( [ ) ( ) ( )] ( ) ( [ )] ( ) ( [     Sistema linear com n equações com n incógnitas
  • 21. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  O sistema linear pode ser escrito na forma matricial A = b:  aij = aji , a matriz A é simétrica;  Se o sistema tem uma única solução, esta solução é o ponto mínimo da função F(α1,α2,...,αn) 2 2 2 22 1 21 .... b a a a n n = + + +    1 1 2 12 1 11 .... b a a a n n = + + +    n n nn n n b a a a = + + +    .... 2 2 1 1 ...
  • 22. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Caso Linear (Regressão Linear) Aproximação através de uma função linear do tipo: Assim o objetivo é determinar o valor de 𝛼0 e 𝛼1, que minimize:
  • 23. AJUSTE LINEAR  Para que E seja mínimo é necessário que:
  • 24. AJUSTE LINEAR  As equações simplificam-se nas Equações Normais
  • 25. AJUSTE LINEAR  A solução para o sistema de equações é:
  • 26. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Caso Linear (Regressão Linear) Exemplo 1: Considerando os dados da Tabela 1, e através do gráfico gerado, pode-se definir que tipo de curva melhor se ajusta aos dados.
  • 27. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO
  • 28. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Considerando a Tabela 1, e os dados necessários paras as equações normais, a Tabela 2 pode ser construída:
  • 29. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Considerando os dados daTabela 2, os parâmetros 𝛼0 e 𝛼1 podem ser calculados como:  Assim a reta a ser ajustada é determinada por:
  • 30. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Pode-se observar o ajuste através da reta: Ajuste Linear
  • 31. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Caso Linear (Regressão Linear) Exemplo2: Encontre a reta de mínimos quadrados que melhor se ajusta aos pontos (2,1), (5,2), (7,3), (8,3). Calculemos para . ) ( e 1 ) ( 2 1 x x g x g = =       = = = = = = =  +  =  +  4 1 4 1 2 4 1 1 4 1 4 1 2 4 1 1 ). ( . 1 . 1 ). ( 1 . 1 . 1 k k k k k k k k k k k k k k k k k k x x f x x x x f x ) 3 . 8 3 . 7 2 . 5 1 . 2 ( ) 8 7 5 2 ( ) 8 7 5 2 ( ) 3 3 2 1 ( ) 8 7 5 2 ( ) 1 1 1 1 ( 2 2 2 2 2 1 2 1 + + + =  + + + +  + + + + + + =  + + + +  + + +
  • 32. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Logo       =               57 9 142 22 22 4 2 1       =             − − =             =         − 14 / 5 7 / 2 57 9 4 22 22 142 84 1 57 9 142 22 22 4 1 2 1 x x 14 5 7 2 ) ( + =  0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 0 2 4 6 8 10 Série1
  • 33. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS  Caso Polinomial
  • 34. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
  • 35. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
  • 36. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
  • 37. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
  • 38. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
  • 39. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
  • 40. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Caso Polinomial Exemplo 3: Seja o conjunto de pontos: Encontre a parábola através dos mínimos quadrados que melhor se ajusta aos pontos da tabela.  Vimos pelo diagrama de dispersão que uma parábola pela origem seria uma boa escolha, logo seja, x -1.0 -0.75 -0.6 -0.5 -0.3 0 0.2 0.4 0.5 0.7 1.0 f(x) 2.05 1.153 0.45 0.4 0.5 0 0.2 0.6 0.512 1.2 2.05 2 2 1 2 1 ) ( ) ( x x x x x g  =  =   =
  • 41. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO  Logo temos uma equação dada por,             = = = = = = =   =   =  11 1 2 11 1 4 1 11 1 1 11 1 2 1 1 11 1 1 11 1 1 1 1 ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )] ( ) ( [ k k k k k k k k k k k k k k k k x f x x x g x f x g x g x f x g x g
  • 42. O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS CASO DISCRETO x -1 -0,75 -0,6 -0,5 -0,3 0 0,2 0,4 0,5 0,7 1 somas x2.x2 1 0,3164 0,1296 0,0625 0,0081 0 0,0016 0,0256 0,0625 0,2401 1 2,8464 f(x).x2 2,05 0,6485 0,162 0,1 0,045 0 0,008 0,096 0,128 0,588 2,05 5,8756 Nossa equação é Então é a parábola que melhor se aproxima, no sentido dos quadrados mínimos, da função tabelada. 2,8464α = 5,8756 α = 2,0642 2 0642 . 2 ) ( x x =  Calculando as somas:
  • 43. AJUSTE NÃO-LINEAR  Existem casos, onde o diagrama de dispersão de uma função indica que os dados devem ser ajustados por uma função não linear.  Ocasionalmente, é apropriado supor que os dados estejam relacionados exponencialmente.  Exemplo: 𝜙 𝑥 = 𝑎𝑒𝑏𝑥 , para a e b constantes .  A dificuldade de aplicação do método dos mínimos quadrados neste caso consiste na tentativa de minimizar o erro.
  • 44. AJUSTE NÃO-LINEAR  Para estes casos, um Processo de Linearização deve ser empregado, para que seja possível aplicar o Método dos Mínimos Quadrados.  Neste caso, podemos proceder da seguinte forma:
  • 49. AJUSTE NÃO-LINEAR  Usa-se as equações de Ajuste Linear para obter 𝛼0 e 𝛼1
  • 50. LEMBRE-SE!  Após aplicar o método dos mínimos quadrados, é preciso fazer as substituições necessárias para encontrar os parâmetros a e b da função de aproximação original.
  • 51. IMPORTANTE  Observe que os parâmetros assim obtidos não são ótimos dentro do critério dos quadrados mínimos, porque estamos ajustando o problema linearizado e não o problema original.
  • 56. TESTE DE ALINHAMENTO  Uma vez escolhida uma função não linear em a, b, ... para ajustar uma função, uma forma de verificar se a escolha foi razoável é aplicar o Teste de Alinhamento
  • 57. TESTE DE ALINHAMENTO  Fazer a linearização da função não linear escolhida;  Fazer o diagrama de dispersão dos novos dados;  Se os pontos do diagrama estiverem alinhados, isto significará que a função linear foi uma “boa escolha”.
  • 65. CONSIDERAÇÕES FINAIS  O ajuste de curvas é uma boa estratégia para avaliar a natureza de uma massa de dados;  Ele mostra qual o comportamento da tabela, ou seja, ele busca por uma curva contínua, conhecida, que possa representar o comportamento da tabela.
  • 66. REFERÊNCIAS  M.A. Gomes Ruggiero,V. L. da Rocha Lopes. Cálculo Numérico - AspectosTeóricos e Computacionais, 2ª edição, Editora Pearson, 1997.  M.C. Cunha. Métodos Numéricos. 2a edição, Editora da Unicamp, 2000.  N.B. Franco. Cálculo Numérico. Pearson Prentice Hall, 2007.  Richard L. Burden e J. Douglas Faires,Análise Numérica, Cengage Learning,Tradução da 8. Ed.Americana, 2008