federal reserve

1. NAL11982 JORNAL DO BRASIL LTDA. Rio de Janeiro —- Terça-feira, 28 de dezembro de 1982 Ano XCII — N° 263 Preço: Cr$ 70,00
Tempo
RIO—Tempo nublado a
parcialmente nublado
com possível InstabiUda-
de passageira a partir da
tarde. Temperatura em
elevação. Ventos: Norte a
Nordeste fracos rondan-
do para Sul moderados.
Máxima de 31.8, em Ban-
gu, e mínima de 17.5, no
Alto da Boa Vista. O Sal-
vamar Informa que o mar
está calmo com águas a
24 graus correndo de Les-
te para Sul.
Temperaturas e mapas
na página 14.
índice
Planalto não
interfere na sucessão
da Câmara. (Pág. 2)
Aureliano
continua no CTI
(Pág. 3)
Promotores:
Procurador quer
equiparação (Pág. 6)
Loterj
sai para o n° 10 168
(Pág. 6)
Luiz Orlando
Carneiro:
"O desafio do voto
distrital" (Pág. 11)
Josué Montello:
"Entre as letras e a
política" (Pág. 11)
Arnaldo Niskier:
"Salada de
Geografia e História"
(Pág. 11)
Xeque saudita
paga 25 mil dólares
para ser solto (Pág.
12)
Afegãos
fazem manifestação
(Pág. 13)
Informe
Econômico
(Pág. 18)
A edição de hoje é
composta de Noticia-
rio (18 págs.), Espor-
tes (4 págs.), Caderno
B (8 págs.) e Classifi-
I cados (10 págs.)
PREÇOS, VENDA AVULSA:
Rio do Janeiro/
Minas Gerais
Dias úteis Cr$ 70,00
Domingos Cr$ 100,00
São Paulo/Espirito Santo
Diosuteis Cr$ 70,00
Domingos Cr$ 100,00
RS, SC, PR, MS, MT, BA, SE,
AL, PE
Dias úteis CrS 130,00
Domingos... Cr$ 130,00
DF, GO
Dias úteis Cr$ 90,00
Domingos Cr$ 100,00
Outros Estados
e Territórios
Diosuteis CrS 150,00
Domingos CrS 150,00
ACHADOS E
PERDIDOS
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ARARA PERDIDA — Estima-
çâo vista ult. vez Rua Câmara-
gibe Tijuca c/ senhor TI verde
gratifica-se — S. Guimarães
42 268-4262.
COCKER PRETO — Desapare-
cido em Santa Cruz. Atende p/
nome de CRISTÓVÃO. Gratifi-
ca-se p/ infs. que levem ao s/
paradeiro. Tal.: 266-7993 Al-
berto.
EXTRAVIO DE CARTÃO DE
CRÉDITO CREDICARD— N°
20208855 01 9 do José Soa-
res de Mattos Filho na Cidade
de Belo Horizonte. Gratifica-se
tel. 031-222.1999 (B.H.) 021-
236.7410 (Rio). 011-288.2630
IS.P.)
EXTRAVIO DE CHEQUES
AVISO — ORIOVALDO PE-
REIRA UMA FILHO — CPF
018.773.055'53 informa tei
perdido os Cheques n°
000473 e 000474 de sua Con-
ta Corrente n° 037-214488-08
do Banco Auxiliar S. A. Agèn-
cia Assembléia, Rio de Ja-
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ma de DILMAR SANTOS DE
MIRANDA, graduado em
Ciências Sociais p/ U.E.R.J
iEx. U.E.G).
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y^mWam aamÈawZ&m^Bm) ^^Bk. ^B_L__^B i___________________F WÈ&S
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^hIhh^SÍ W^aT-' i:«_«^Í^M aaW^^t&&Ms&*ma WQmfâttÊÊBU HK^H ^BI^P^"^Bll ^ff^B KP^SiaaaiH mW^mWmmlmWWsri
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Os soldados se reuniram na porta do 14° BPM e, como forma de protesto, ficaram mais de uma hora parados
Israel negocia
com OLP para
libertar soldados
Pela primeira vez, Israel está negociando
com a Organização para a Libertação da Pales-
tina (OLP), através do Chanceler (Chefe de
Governo) da Áustria, Bruno Kreisky, para con-
seguir a libertação dé soldados israelenses,
informou a revista americana Newsweek. Em
Israel, ò ex-parlamentar Uri Avneri confirmou a
notícia à agência alemã DPA.
O líder da OLP, Yasser Arafat, reuniu-se
ontem, em Palma de Mallorcá (Espanha), com
Bruno Kreisky e um porta-voz palestino admi-
tiu que ambos conversariam sobre a troca
de prisioneiros. Tropas israelenses e liba-
nesas tomaram posição em torno de Khalde, 8
km ao Sul de Beirute, para garantir a seguran-
ça da cidade onde começam hoje as negocia-
ções entre Israel e o Líbano. (Página 12)
Protesto na PM
deixa Bangu uma
hora sem polícia
Durante uma hora e 20 minutos, Bangu e
outros bairros ficaram sem policiamento,
ontem de manhã. Os soldados do 14° BPM de-
cidiram paralisar o serviço em protesto con-
tra a escala de serviço, que consideram dè-
.sumana, e acusaram seis tenentes — Enéias,
Ramos, Camarinha, Lage, Costa e Pacheco
— de corrupção e de aplicar punições
injustas.
O Comandante da PM, Coronel Edgard
Pingarilho, indicou o subchefe do Estado-
Maior, Coronel Artur Delamare, para fazer uma
sindicância sumária. A volta ao trabalho só
ocorreu com a intervenção do Capitão Batista
e do Major Aníbal, bem relacionados com a
tropa e os sargentos. O Coronel Delamare disse
que
"o
que houve foi um problema disci-
plinár". (Página 5 e editorial Sem Lei nem Rei)
Petrobrás produz
recorde de
310 mil barris
A Petrobrás anunciou ter produzido 310
mil 665 barris de petróleo domingo, dia 26.
Seu último recorde ocorreu no último dia
24, com 307 mil 275 barris. A empresa admi-
te que até o final deste ano chegará aos 320
mil barris/dia, meta prevista no início de
1982 pelo Ministro das Minas e Energia,
César Cais.
O aumento da produção, segundo a Pe-
trobrás, deve-se principalmente à entra-
da em operação de vários poços na Bacia
de Campos, no litoral fluminense. Entre
eles estão os poços dos campos de Parati,
Bonito e Garoupinha. Para chegar aos
320 mil barris, a Petrobrás conta com mais
três poços em terra, na
vBahia,
com 2
mil barris/dia de petróleo. (Página 18)
Rubens Barbosa
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Às 9h35nün de ontem, corredores e salas de aulas do Fundão vazios, a UFRJ parecia já estar em férias
9?
Balsemâo indica
Vítor Crespo
para
"Premier
O atual líder do Partido Social-Democrata
(PSD) no Parlamento, Vítor Pereira Crespo,
deverá ser o novo Primeiro-Ministro de Portugal.
Depois que o Conselho Nacional do PSD ratificar
a escolha feita por Pinto Balsemâo, amanhã,
a liderança da coalizão de centro-direita lide-
rada pelo Partido terá que confirmar Crespo, na
quinta-feira.
— Se o Centro Democrático e Social (CDS)
vetar o candidato social-democrata, será a ruptura
da coalizão, da Aliança Democrática (AD) — afir-
mou o primeiro-vice-presidente do PSD, Nasci-
mento Rodrigues. Até o fim de semana o Presiden-
te Ramalho Eanes deverá entregar o cargo a
Pereira Crespo, resolvendo o. impasse que pode-
ria levar à convocação de eleições. (Página 13)
Delegado intima
PMs acusados
de matar menino
O delegado Washington Petra, da 23a DP,
Méier, enviou oficio ao 3o BPM, pedindo a apresen-
tação, dia 30, dos seis policiais-militares acusados
da morte do estudante Márcio Vinício de Aguiar,
13 anos, na última quinta-feira, na Favela do
Guarda, em Del Castilho. Caso não seja definida a
autoria do crime, o delegado usará o processo de
reconhecimento, e, se necessário, o batalhão intei-
ro terá que se apresentar aos pais do menor e às
testemunhas do crime.
Roseli, irmã'de Márcio, esteve ontem na dele-
gacia, acompanhada do pai — Antônio José de
Aguiar — e disse ao delegado Washington Petra
que assistiu ao assassinato do irmão. "Eles me
puxaram pelo braço e me impediram de abraçar
o corpo de Márcio," afirmou Roseli, que será
encaminhada a exame de corpo de delito. (Pág. 4)
I
Niterói termina
greve contra
o voto dos garis
Acabou a greve dos servidores municipais de
Niterói. A decisão foi tomada em assembléia,
contra os votos dos representantes dos garis,
depois que o Prefeito Joáo Batista da Costa
Sobrinho assumiu o compromisso de reiniciar
hoje os pagamentos de dezembro. Ontem mesmo
o trabalho recomeçou. As ruas do Centro conti-
nuam sujas, porque só a metade dos garis voltou
a coletar o lixo.
Pelo acordo entre o Prefeito e o Comando de
Greve, recebem hoje os que ganham até CrS 35
mil 990; amanhã, até CrS 60 mil; quinta-feira,
até Cr$ 80 mil; e para quem recebe mais de Cr$ 80
mil, o pagamento deverá sair até 15 de janeiro.
A Secretaria de Fazenda está apressando a en-
trega dos carnes de impostos e foi feito um ape-
lo à população para que pague em dia. (Página 4)
Vinte dias depois de sua
aprovação pelo Congresso, o
Orçamento da União para
1983, de Cr$ 10 trilhões, so-
freu um corte de 6,3% (Cr$
634 bilhões), para atender a
exigências do Fundo Mone-
tário Internacional de redu-
zir o déficit público, Com cer-
tas exceções, o corte chegará
a 12% sobre as despesas
oriundas do Tesouro (Cr$ 7
trilhões 788 bilhões).
Nos próximos dias o Presi-
dente Figueiredo completará
o conjunto de restrições na
área governamental, ao di-
vulgar o orçamento das esta-
tais para o próximo ano. De-
verá haver cortes de 9% nos
dispêndios globais e de até
21% nos investimentos esta-
tais.
Ontem, o Ministro da Fa-
zenda, Ernane Galvêas, justi-
ficou o silêncio do Governo
em relação às negociações
com o FMI, e respondeu ao
empresariado paulista que
condenou o Governo por
afastar da opinião publica o
debate sobre a ida ao Fundo.
Disse que
"não estava nego-
ciando créditos-ponte com
Bardella, e sim com os ban-
queiros internacionais." Ad-
mitiu que as eleições de 15 de
novembro pesaram na deci-
são de adiar o anúncio da
necessidade de o pais recor-
rer ao FMI.
Dia 11, em Brasília, na
reunião do Conselho Monetá-
rio Nacional, empresários in-
dustrials e banqueiros não le-
varão um documento único
de propostas para reduzir as
taxas de juros. As sugestões,
mesmo contra a vontade de
alguns banqueiros e empre-
sários, serão separadas, ape-
sar de praticamente idênti-
cas. (Páginas 15 e 17 e edito-
rial Importância do Debate)
Greve acabou
e UFRJ não
repõe aulas
Já se passou mais de uma se-
mana do fim da greve dos profes-
sores e funcionários, mas a Uni-
versidade Federal do Rio de Ja-
neiro continua vazia. Não estão
sendo repostas, ainda, as aulas, o
que deverá acontecer até o início
de março. Também estão atrasa-
das a entrega de trabalhos e'a
realização de provas finais, o que
deixa muitos alunos irritados.
Formandos de Engenharia
Química queixam-se de que a for-
matura foi adiada para janeiro e
terão apenas uma semana para
fazer todas as provas e trabalhos.
O Reitor Adolfo Polillo disse que
existe "total liberdade" para a
reposição das aulas, trabalhos e
provas em "prazos flexíveis" e
aproveitou para criticar os profes-
sores que, segundo ele, "com esta
conjuntura mundial que está ai,
estão ganhando bem". (Página 8)
Mãe e filha em
retrato atual
Qual seria o retrato atual de màe
e filha? Relacionamento mais fácil,
depois de algumas conquistas femi-
ninas? Para Manoel Carlos, autor de
Sol de Verão, novela onde o tema é
tratado, "o
que existe hoje é um
modismo, porque as duas fumam o
mesmo cigarro e vào a boates jun-
tas". Mas para Andréa Alves, estu-
dante, a relação com sua màe, Célia,
é de "amizade". Tereza Miranda,
artista plástica, e sua filha Sônia,
professora de bale, descrevem o
amor entre as duas com base no
respeito mútuo.
Caderno B
COZINHEIRA — Preciso com
lefe.-éiciõ Bua Buarque Mace-
do 69-' V01 Caieie
COPEIRO — Precisa-se casa
de família Exige-se refs orde-
naüo 35 mil Tr a partii de 10
h R das Laranjeiras. 304
COZINHEIRA -- Prec;so com
doe e rei casa tamíüa. idade
mínima 28. dorme. Cosme Ve-
lho. Tel. 245-6252
COZINHEIRA - Paia 1 mes.
tnviai variado, tava*. faxina,
boa aparência. Referências
Tratar 224-6635. Santa Te-
resa
COZINHEIRA - Q faça todo
serviço e cozinhe bem Pago
até 50 000.00 2 Sras Estran-
geras Folga -combinar Rua
Barata R beiro 348 ap 402
COZINHEIRA - E demais ser-
Viços. refs. idade acima 25 a.
Folga e salário à comb +
INPS Copacabana Posto 6
247-6502
COZINHEIRA — Precsa-se ã
Rua Gustavo Sampaio. 187
«pt° i 701 Paga-se bem
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se, salário 45 mil. Folga
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doctos e refs. min. na
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101 Leblon Tel 25*6616-
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se refs Tr Av Sp.tácio Pes-
soa. 914 Te! 259-1509
COZINHEIRA — e lavar aplo
duas ijessoas Pra» Fiamen
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0813 e 205-0005-
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ano novo fam peq. 23 000.00
246-5711 Soiafooo
COZINHEIRA — Trivial
variado pago 40.000 ta
zer seiv. casai sem fi-
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Av. Copacabana 583 ap.
806.
COZINHEIRA — Precisa-
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bem. Rua Major Rubens
Vaz 58S Perto da Pça do
Jóquei. Tel. 294-2476.
DOMESTICA — Precisa todos
serviço que C02inhe e durma
no emprego Tel 225-2329
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401 Copa
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236-1434 O Soraa
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arrumar, 2b mil Tratar na Rua
Aristides Lobo. 57. casa 9 Rio
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FAXINEIRO — Preciso com
doe e ref casa de família,
dorme. Cosme Velha Tel.
245-6252.
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ro Tratar 255-7181
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Abrantes. 110/ 305 Tel 225-
0306
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— Ela co2inha, ele faxina Tra-
tar peto telefone 294-6405
PRECISA-SE — De 2 emprega-
das que durmam no emprego
p/ todo serviço, menos cozi-
nhar Casa de trato refinado
Exige-se refs. cart. prof. Paga-
se muiio bem. Tei. 274-0565/
2394644

2. 2 ? Io caderno o terça-feira, 88/13/82 POLÍTICA e governo JORNAL DO BRASIL
*mmmm^?ãst^m^-sami^s3smca^
iT~
"
Coluna do Castello
Da sucessão
presidencial
Brasília — Coerentemente, o presidente
do PMDB, Sr Ulisses Guimarães, insiste na
eleição direta do Presidente da República
como sintoma e prova do fim do arbítrio
político. O Governo, no entanto, já tem sua
opção tomada e meios de efetivá-la, a menos
3ue
ocorram desequilíbrios na composição
o colégio eleitoral, sempre possíveis quan-
do mantida está a hipótese da criação de
novos partidos para os quais poderiam in-
gressar membros dos atuais partidos sem
perda de mandatos conquistados na eleição
de novembro.
O provável, ho entanto, é que prevaleça
a decisão do Governo e mesmo no PMDB
não parece haver uma mobilização mais
ativa em favor da tese defendida pelo Sr
Ulisses Guimarães e inscrita no programa
partidário. Há como que um conformismo
com a idéia da eleição indireta pelo menos
nessa etapa final da implantação do projeto
democrático. A eleição direta do Presidente
seria relegada para 1990 quando se comple-
taria o ciclo da influência do poder militar
sobre o poder político. O elo remanescente
seria precisamente a figura do próximo su-
cessor, a ser selecionado pelo sistema, já
integralizado na pessoa do Presidente Fi-
gueiredo.
Salvo, portanto, acidentes, sempre pos-
síveis quando não há predominância de
forças políticas nas áreas de decisão que se
criam em função da crescente democratiza-
ção da vida nacional, devemos nos preparar
para a hipótese da eleição indireta de mais
um Presidente da República era janeiro de
1985, cabendo-lhe a missão de intermediar a
transição entre o poder autocrático e o poder
democrático que vai sendo lenta e gradual-
mente promovida pelo Presidente Figueire-
do, na continuação da estratégia Geisel-
Golbery.
No entanto, se a realidade provável é
essa, não se deve esquecer que o Presidente
Figueiredo consolidou sua decisão de pro-
mover eleições diretas para governador
quando lhe couberem 1978, compartilhar
com o Presidente ^Geisel, na qualidade de
candidato consagrado ài: sucessão presiden-
ciai, da seleção de vinte e um governadores
estaduais. Naquela ocasião, o Presidente
Figueiredo pôde identificar os erros e os
malefícios do processo. Dois generais de
Exército, reunidos, assumiram a responsabi-
lidade de escolher governadores de Estado e
pelo menos um deles constatou que a esco-
lha se fazia na base de informações nem
sempre corretas e de influências nem sempre
legítimas. 3
Cumprido o papel, o Presidente Figuei-
redo assumiu consigo mesmo o compromisso
de não mais participar de coisa semelhante,
não só pela angústia que o assaltou ao longo
de dezessete dias de trabalho como pela
convicção, resultante do balanço geral das
opções, de que o povo escolhe melhor.
Assumida a Presidência e já desembaraçado
dos atos institucionais, ele' não deixou a
ninguém a tarefa de propor eleições diretas
para governador. O projeto foi por ele
proposto ao Congresso e representou um
passo decisivo para transpor uma etapa da
abertura.
, Não se omitiu o Presidente na campa-
nha eleitoral. Não tendo selecionado candi-
datos, deixando ao partido liberdade de
escolha e limitando-se a aconselhar soluções
quando seu conselho foi pedido, como no
caso do Ceará, ele entregou-se de corpo e
alma à campanha e, mais do que isso,
aceitou a parte mais difícil da propaganda
dos seus candidatos, que foi visitar os redu-
tos oposicionistas e tentar demover a opinião
em favor dos candidatos do PDS. Seus êxitos
nesse terreno foram limitados e deve-se
lembrar que ele não conseguiu modificar a
opinião do eleitorado de Uberaba, de Uber-
landia, de Juiz de Fora e de Governador
Valadares, em Minas Gerais, nem o de
Curitiba, no Paraná, ou do Rio de Janeiro.
Ele fez o que estava a seu alcance e encarou
com estoicismo o desfecho da campanha.
Ele prepara-se agora para visitar os
Estados em que seu partido venceu, assegu-
rando-lhe a maior bancada na Câmara, a
maioria do Senado e a maioria do Colégio
Eleitoral. Começara pelo Maranhão e irá até
o Rio Grande do Sul, deixando enormes
claros em seu roteiro, que seriam cobertos
pelo Senador José Sarney, presidente do
PDS, a quem cabe comandar no próximo
ano a reconstrução do partido sobretudo nos
Estados em que perdeu a eleição ou em que
naufragou, como São Paulo e Espírito San-
to. O país está dividido mas há sempre um
esforço de conciliação e de convivência a ser
desenvolvido.
O Presidente retirou da agenda o debate
da sucessão presidencial, condenando as
ações entre amigos e as articulações afoitas.
Com o controle do Colégio Eleitoral ele
anunciará o candidato na hora que conside-
rar oportuna, mas o trânsito do país por essa
crise econômica poderá ter efeitos sobre seu
comportamento. Ele poderá achar melhor
uma candidatura comum dos partidos de
centro ou poderá optar pela eleição direta.
Se for essa a opção final, teria o respaldo
necessário do Congresso e dos partidos, que
pensam em eliminar uma etapa da democra-
tização mediante a elaboração de uma carta
enxugada das armadilhas autoritárias nela
inseridas por força de poderes discricioná-
rios. E iria tirar a prova final da sua teoria de
que o povo escolhe melhor do que os gene-
rais.
Carlos õastello Branco
Brizola reúne equipe
de transição e faz
balanço do trabalho
O Governador eleito Leonel Brizola convocou
ontem, para uma reunião em seu apartamento, na
Avenida Atlântica, o economista Cibilis Viana e o
advogado Vivaldo Barbosa, dois dos três membros do
PDT da equipe de transição encarregada de fazer um
levantamento sobre a situação atual do Estado. O
economista César Maia, que integra esta equipe, está
na Bahia, em viagem particular.
O encontro prolongou-se por mais de três horas e
serviu para um balanço dos trabalhos que a equipe
está realizando juntamente com os três membros
designados pelo Governador Chagas Freitas. Hoje
haverá nova reunião com Brizola. Segundo explicou
Cibilis Viana, os representantes de Chagas ainda não
entregaram ao PDT os dados e estatísticas sobre a
divida pública do Estado, a situação do füncionalis-
mo público e as obras e serviços contratados com
recursos futuros.
A convocação do Governador pegou de surpresa
seus assessores, que Já haviam sido liberados para
uma folga até o próximo dia 6. Brizola está acompa-
nhando de perto as atividades do grupo de transição
e pedindo permanentemente mais informações sobre
os diversos setores da administração, segundo infor-
mou Cibilis.
Após a diplomação, amanhã, Brizola deverá via-
jar para o Rio Grande do Sul para regressar apenas
entre os dias 6 e 8 de janeiro, informou um de seus
colaboradores.
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saia
Planalto não interferirá Chagas
recebe
na sucessão de Marchezan prefeitosBrasilia — O líder do Governo na
Câmara, Deputado Hugo Mardlni,
confirmou ontem que o Palácio do
Planalto não vai interferir na escolha
do futuro presidente da Câmara, por-
que, mesmo que houvesse qualquer
intenção neste sentido, a eleição ocor-
rerá dentro de um mês, prazo curto
demais para o lançamento de um novo
nome para concorrer ao cargo.
Por isso, e também porque, já se
encontra com sua campanha muito
avançada, é que o Deputado Flávio
Marcílio (PDS-CE) já pode se conside-
rar o sucessor do Deputado Nelson
Marchezan (PDS-RS), segundo previu
Mardlni, embora haja dois outros can-
didatos ao cargo, os Deputados Home-
ro Santos (PDS-MG) e Haroldo San-
ford (PDS-CE).
O Deputado Haroldo Sanford aflr-
mou que pretende concorrer à presi-
dência da Câmara em plenário, nào
devendo, portanto, submeter seu no-
me à consideração da bancada. Ele
acha que a manifestação da bancada
deixou de ser importante para o lança-
mento de uma candidatura, porque
seu partido, o PDS, perdeu a maioria
absoluta, e as posições, somadas, tor-
naram-se a força majoritária na futura
Câmara.
Sanford disse, ainda, que pretende
procurar um a um todos os 479 parla-
mentares, começando pelo seu Parti-
do e depois conversando com cada um
da Oposição. "Se as oposições não
Indicarem um candidato, manterei ml-
nlia candidatura" — afirmou.
Amaral quer Covas líder
São Paulo — O deputado federal
eleito Francisco Amaral (PMDB-SP),
defendeu ontem a recondução do
Deputado Mário Covas à liderança do
PMDB na Câmara dos Deputados,
cargo que exercia em janeiro dé 1969,
quando teve o seu mandato cassado e
os direitos políticos suspensos por 10
anos.
— Nas últimas eleições, o povo
paulista, consagradoramente, devol-
veu a Mário Covas o mandato que
arbitrariamente o sistema revolucio-
nário lhe tirou em 1968. Quando da
cassação, Covas era o líder da bancada
do MDB na Câmara e, à nova bancada
pemedebista federal é dada a oportu-
nidade de, coerente com a conduta do
povo paulista, que já reparou a Covas
a violência sofrida, fazê-lo, novamente,
o líder da bancada — ponderou o
Deputado Francisco Amaral. .
Francisco Amaral — que volta à
Câmara dos Deputados após uma au-
sèricla de seis anos, periodo em que foi
prefeito de Campinas — lembrou ain-
da que a bancada do PMDB foi reno-
vada em 50% e que, por isso, "vai ter
dificuldades para escolher de pronto o
seu líder".
PDT define critérios
Os novos deputados estaduais do
PDT reúnem-se hoje, às 18h, no escri-
tório da equipe de transição, na Rua
Senador Dantas, 74, sobreloja, para
fixar a data e os critérios para a eleição
pela bancada de seus candidatos aos
cargos da mesa Diretora da Assem-
bléia Legislativa fluminense. Horas
antes, a comissão designada pelo Go-
vernador eleito Leonel Brizola reúne-
se com o Deputado Francisco Lomeli-
no, representante do PDS, e o Depu-
tado Cláudio Moacyr, representante
do PMDB nas negociações em torno
da composição da Mesa.
A escolha do candidato do PDT ã
presidência da Assembléia está divi-
dindo os pedetistas em torno de três
tendências: as candidaturas de Paulo
Ribeiro e Yara Vargas já estão lança-
das há várias semanas e surge agora
um movimento dentro da bancada em
favor da indicação do Deputado
Augusto Ariston, que apresentará, na
reunião, uma proposta de plataforma
de atuação dos candidatos do PDT à
Mesa. A bancada deverá examinar,
também, o documento Plataforma Mi-
nima para os candidatos do PDT à
M«_.sa, apresentado na reunião anterior
por Luís Alfredo Salomão.
Os dois documentos, uma espécie
de carta de compromissos, destacam,
como um dos pontos principais, a mo-
ralização e a democratização dos tra-
balhos legislativos.
Apesar de -enfrentar resistências ao
seu nomedentro da bancada do PDT,
Paulo Ribeiro parece contar com o
apoio da bancada chaguista do
PMDB, através do Deputado federal
eleito Jorge Leite, de quem é amigo
particular. Ariston espera contar com
os votos do grupo de deputados deno-
minado por alguns de independente,
enquanto a candidatura de Yara ba-
seia-se principalmente em sua condi-
ção de parlamentar mais votado do
PDT em 15 de novembro.
Pedessista propõe aliança
Porto Alegre — O Senador eleito do
PDS, Carlos Alberto Chiarelli, está de-
fehdendo uma ação integrada dos se-
nadores do extremo Sul (Santa Catari-
na e Rio Grande do Sul) para que
tenham presença e participação nos
órgãos de administração no Senado.
Lembrou o Senador que atualmen-
te "não há ninguém abaixo do paralelo
de Minas Gerais" em cargos de lide-
rança no Senado, e, por isso, sem ser
contra, considera que o Senado está
muito nordestino.
A proposta surgiu durante encon-
tro com o Senador Tarso Dutra (PDS-
RS) e, segundo Carlos Alberto Chiarei-
li, não trará problemas de relaciona-
mento com os demais senadores mas
fortalecerá a ação integrada do parti-
do. Na sua opinião, os senadores gaú-
chos e de Santa Catarina precisam"ter apoio na mesma proporção do seu
desempenho político-eleitoral".
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"Democracia é isso mes-
mo, é a alternância de po-
der. O PMDB fluminense
teve um bom resultado nas
últimas eleições e tem,
agora, um grande trabalho
a cumprir, fora do gover-
no." Foi o que disse, on-
tem, o Governador Chagas
Freitas, ao receber, no Pa-
lácio Guanabara, 40 prefei-
tos do Interior do Estado,
todos do PMDB.
Os prefeitos foram ao
Palácio Guanabara cum-
prlmentar o . Governador
pelas festividades de ,flm
de ano. Altevir Barreto,
Prefeito de Araruama, fa-
lou em nome de todos,
agradecendo a Chagas as
obras realizadas em todo o
antigo Estado do Rio, "em
tal quantidade, mais que
os três últimos governos
somados".
Sebastião de Almeida e
Silva, prefeito de Sào Fidé-
lis, leu, na ocasiào, o decre-
to por ele assinado dando
o nome da mãe do Gover-
nador — Julieta Chagas
Freitas — a um jardim de
infância.
Fusão agrava
crise do
PDT em SP
São Paulo — Em meio à
nova crise surgida no Par-
tido — o menor do Estado,
colocado em último lugar
na eleiçáo de 15 de novem-
bro — a primeira vice-
presidente regional do
PDT de São Paulo, Terezi-
nha Zerbini, propôs pn-
tem, em entrevista, que to-
da a comissão executiva
estadual renuncie e que o
diretório regional indique
uma nova executiva.
A crise do PDT paulista
se agravou com a divisão
entre os que são favoráveis
e os que são contra a união
com o PTB, mas ela existe
desde a fundação do parti-
do e, contrapõe o grupo do
ex-prefeito de Osasco,
Guaçu Piteri, e do candi-
dato a governador, ex-
Deputado Rogè Ferreira,
ao grupo liderado por Te-
rezinha Zerbini e pelo ex-
Deputado Euzébio Rocha,
candidato do Partido ao
Senado. O PDT não elegeu
nenhum deputado esta-
dual nem federal em São
Paulo e elegeu apenas dois
prefeitos.
-¦•.•.'..,*.¦'
I Inquérito do
fc PCB ouve i' ¦
garçons
Sáo Paulo — Os garçons
contratados para servirem
os participantes do encon-
tro promovido pela Voz da
Unidade — porta-voz pfl-
cioso do Partido Comunis-
ta Brasileiro (PCB) — co-
meçaram a ser ouvidos qn-
tem, junto com outros pár-
ticipantes da reunião, no
inquérito em que os diri-
gentes comunistas sâo
acusados de promoverem
o VII Congresso de sèu
Partido.
Na manhã de ontem
prestou depoimento ha
Policia Federal Romílsòn
Brito de Souza. Para hoje
está marcado o depoimen-
to de seu companheiro, Jo-
sé Carlos Augusto, ambos
garçons do Massad'oro, o
buffet contratado para ser-
vir as refeições,,lanches é
bebidas dos participantes
do encontro promovido pe-
lo jornal comunista.
Também ontem, pela
manhã, prestou depoimen-
to à Polícia Federal a nu-
tricionista da USP, Iara
Lúcia 'Brayner. Para hoje
estão marcados os depoi-
mentos de Célia de Melo
Moura (assessora jurídica
da Editora Novos Rumos,
que imprime a Voz da Uni-
dade), do médico sanitaris-
ta Diógenes Mártire, dõen-
genheiro agrônomo Flávio
Botelho Filho e de Adal-
berto Timóteo da Silva,
. candidato derrotado ave-
reador, pelo PMDB de Mi-
nas Gerais. Todos estavam
no auditório da Voz da
Unidade e foram presos
pela Polícia Federal na
manhã no dia 13 de de-
zembro.
PASSEO VERAO^m CABÒFRIp
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3. 2 n Io caderno D terça-feira, S8/12/82 D 2o Clichê POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL
wmmsss
¥.
Coluna do Castello
Da sucessão
presidencial
Brasília — Coerentemente, o presidente
do PMDB, Sr Ulisses Guimarães, insiste na
eleição direta do Presidente da República
como sintoma e prova do fim do arbítrio
político. O Governo, no entanto, já tem sua
opção tomada e meios de efetivá-la, a menos
que ocorram desequilíbrios na composição
do colégio eleitoral, sempre possíveis quan-
do mantida está a hipótese da criação de
novos partidos para os quais poderiam in-
gressar membros dos atuais" partidos sem
perda de mandatos conquistados na eleição
de novembro.
O provável, no entanto, é que prevaleça
a decisão do Governo e mesmo no PMDB
não parece haver uma mobilização mais
ativa em favor da tese defendida pelo Sr
Ulisses Guimarães e inscrita no programa
partidário. Há como que um conformismo
com a idéia da eleição indireta pelo menos
nessa etapa» final da implantação do projeto
democrático. A eleição direta do Presidente
seria relegada para 1990 quando se comple-
taria o ciclo da influência do poder militar
sobre o poder político. O elo remanescente
seria precisamente a figura do próximo su-
cessor, a ser selecionado pelo sistema, já
integralizado na pessoa dó Presidente Fi-
gueiredo.
Salvo, portanto, acidentes, sempre pos-
síveis quando não há predominância de
forças políticas nas áreas de decisão que se
criam em função da crescente democratiza-
ção da vida nacional, devemos nos preparar
para a hipótese da eleição indireta de mais
um Presidente da República em janeiro de
1985, cabendo-lhe a missão de intermediar a
transição entre o poder autocrático e o poder
democrático que vai sendo lenta e gradual-
mente promovida pelo Presidente Figueire-
do, na continuação dá estratégia Geisel-
Golbery. CC
No entanto, se a.realidade provável é
essa, não se deve esquecer que o Presidente
Figueiredo consolidou sua decisão de pro-
mover eleições diretas para governador
quando lhe coube, em 1978, compartilhar
com o Presidente Geisel, na qualidade de
candidato consagrado à sucessão presidên-
ciai, da seleção de vinte e um governadores
estaduais. Naquela ocasião, o Presidente
Figueiredo pôde identificar os erros e os
malefícios do processo. Dois generais de
Exército, reunidos, assumiram a responsabi-
lidade de escolher governadores de Estado e
pelo menos um deles constatou que a esco-
lha se fazia na base de informações nem
sempre corretas e de influências nem sempre
legítimas.
Cumprido o papel, o Presidente Figuei-
redo assumiu consigo mesmo o compromisso
de não mais participar de coisa semelhante,
não só pela angústia que o assaltou ao longo
de dezessete dias de trabalho como pela
convicção, resultante do balanço geral das
opções, de que o povo escolhe melhor.
Assumida a Presidência e já desembaraçado
dos atos institucionais, ele não deixou a
ninguém a tarefa de propor eleições diretas
para governador. O projeto foi por ele
proposto ao Congresso e representou um
passo decisivo para transpor uma etapa da
abertura.
Não se omitiu o Presidente na campa-
nha eleitoral. Não tendo selecionado candi-
datos, deixando ao partido liberdade de
escolha e limitando-se a aconselhar soluções
quando seu conselho foi pedido, como no
caso do Ceará, ele entregou-se de corpo e
alma à campanha e, mais do que isso,
aceitou a parte mais difícil da propaganda
dos seus candidatos, que foi visitar os redu-
tos oposicionistas e tentar demover a opinião
em favor dos candidatos do PDS. Seus êxitos
nesse terreno foram limitados e deve-se
lembrar que ele não conseguiu modificar a
opinião do eleitorado de Uberaba, de Uber-
lândia, de Juiz de Fora e de Governador
Valadares, em Minas Gerais, nem o de
Curitiba, no Paraná, ou do Rio de Janeiro.
Ele fez o que estava a seu alcance e encarou
com estoicismo o desfecho da campanha.
Ele prepararse agora para visitar os
Estados em que seu partido venceu, assegu-
rando-lhe a maior bancada na Câmara, a
maioria do Senado e á maioria do Colégio
Eleitoral. Começara pelo Maranhão e irá até
o Rio Grande, do Sul, deixando enormes
claros em seu roteiro, que seriam cobertos
pelo Senador José Sarney, presidente do
PDS, a quem cabe comandar no próximo
ano a reconstrução do partido sobretudo nos
Estados em que perdeu a eleição ou em que
naufragou, como São Paulo e Espírito San-
to. O país está dividido mas há sempre úm
esforço de conciliação e de convivência a ser
desenvolvido.
O Presidente retirou da agenda o debate
da sucessão presidencial, condenando as
ações entre amigos e as articulações afoitas.
Com o controle do Colégio Eleitoral ele
anunciará o candidato na hora que conside-
rar oportuna, mas o trânsito do país por essa
crise econômica poderá ter efeitos sobre seu
comportamento. Ele poderá achar melhor
uma candidatura comum dos partidos de
centro ou poderá optar pela eleição direta.
Se for essa a opção final, teria o respaldo
necessário do Congresso e dos partidos, que
pensam em eliminar uma etapa da democra-
tização mediante a elaboração de uma carta
enxugada, das armadilhas autoritárias nela
inseridas por força de podêres discricioná-
rios. E iria tirar a prova final da sua teoria de
que o povo escolhe melhor do que os gene-
Lrais.
Carlos Castello Branco
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serviu para um balanço dos trabalhos que a equipe
está realizando juntamente com'os três membros
designados pelo Governador Chagas Freitas. Hoje
haverá nova reunião com Brizola. Segundo explicou
Clbilis Viana, os representantes de Chagas ainda não
entregaram ao PDT os dados e estatísticas sobre a
dívida pública do Estado, a situação do funclonalis-
mo público e as obras e serviços contratados com
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Após a diplomaçâo, amanhã, Brizola deverá via-
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Planalto não interferirá
na sucessão de Marchezan prefeitos
3i
y^ I
I ÉÈ /tv ^^^^t!c . __ I
Chagas
recebe
Brasilia — O líder do Governo na
Câmara, Deputado Hugo Mardlni,
confirmou ontem que o Palácio do
Planalto não vai interferir na escolha
do futuro presidente da Câmara, por-
que, mesmo que houvesse qualquer
intenção neste sentido, a eleição ocor-
rerá dentro de um mês, prazo curto
demais para o lançamento de um novo
nome para concorrer ao cargo.
Por isso, e também porque já se
encontra com sua campanha muito
avançada, é que o Deputado Flávio
Marcílio (PDS-CE) já pode se conside-
rar o sucessor do Deputado Nelson
Marchezan (PDS-RS), segundo previu
Mardini, embora haja dois outros can-
dldatos ao cargo, os Deputados Home-
ro Santos (PDS-MG) e Haroldo San-
ford (PDS-CE).
O Deputado Haroldo Sanford afir-
mou que pretende concorrer à ipresi-
dência da Câmara em plenário, não
devendo, portanto, submeter seu no-
me à consideração da bancada. Ele
acha que a manifestação da bancada
deixou de ser importante para o lança-
mento de uma candidatura, porque
seu partido, o PDS, perdeu a maioria
absoluta, e as posições, somadas, tor-
naram-se a força majoritária na futura
Câmara.
Sanford disse, ainda, que pretende
procurar um a um todos os 479 parla-
mentares, começando pelo seu Parti-
do e depois conversando com cada um
da Oposição. "Se as oposições nào
indicarem um candidato, manterei mi-
nhã candidatura" — afirmou.
Amaral quer Covas líder
São Paulo — O deputado federal
eleito Francisco Amaral (PMDB-SP),
defendeu ontem a recondução do
Deputado Mário Covas à liderança do
PMDB na Câmara dos Deputados,
cargo que exercia em janeiro de 1969,
quando teve o seu mandato cassado e
os direitos políticos suspensos por 10
anos.
— Nas últimas eleições, o povo
paulista, consagradoramente, devol-
veu a Mário Covas o mandato que
arbitrariamente o sistema revolucio-
nário lhe tirou em 1968. Quando da
cassação, Covas era o líder da bancada
do MDB na Câmara e, à nova bancada
pemedebista federal é dada a oportu-
nidade de, coerente com a conduta do
povo paulista, que já reparou a Covas
a violência sofrida, fazê-lo, novamente,
o líder da bancada —- ponderou o
Deputado Francisco Amaral.
Francisco Amaral — que volta à
Câmara dos Deputados após uma au-
sência de seis anos, periodo em que foi
prefeito de Campinas — lembrou ain-
da que a bancada do PMDB foi reno-
vada em 50% e que, por isso, "vai ter
dificuldades para escolher de pronto o
seu líder".
PDT define critérios
Os novos deputados estaduais do
PDT reúnem-se hoje, às 18h, no escri-
tório da equipe de transição, na Rua
Senador Dantas, 74, sobreloja, para
fixar atiata e os critérios para a eleição
pela bancada de seus candidatos aos
cargos da mesa Diretora da Assem-
bléia Legislativa fluminense. Horas
antes, a comissão designada pelo Go-
vernador eleito Leonel Brizola reúne-
se com o Deputado Francisco Lomeli-
no, representante do PDS, e o Depu-
tado Cláudio Moacyr, representante
do PMDB nas negociações em torno
da composição da Mesa.
A escolha do candidato do PDT à
presidência dá Assembléia está divi-
dindo os pedetistas em torno de três
tendências: as candidaturas de Paulo
Ribeiro e Yara Vargas já estão lança-
das há várias semanas e surge agora
um movimento dentro da bancada em
favor da indicação do Deputado
Augusto Ariston, que apresentará, na
reunião, uma proposta de plataforma
de atuação dos candidatos do PDT à
Mesa. A bancada deverá examinar,
também, o documento Plataforma Mi-
nima para os candidatos do PDT à
Mesa, apresentado na reunião anterior
por Luís Alfredo Salomão.
Qs dois documentos, uma espécie
de carta de compromissos, destacam,
como um dos pontos principais, a mo-
ralização e a democratização dos tra-
balhos legislativos.
Apesar de enfrentar resistências ao
seu nome dentro da bancada do PDT,
Paulo Ribeiro parece contar com o
apoio da bancada chaguista do
PMDB, através do Deputado federal
eleito Jorge Leite, de quem é amigo
particular. Ariston espera contar com
os votos do grupo de deputados deno-
minado por alguns de independente,
enquanto á candidatura de Yara ba-
seia-se principalmente em sua condi-
ção de parlamentar mais votado do
PDT em 15 de novembro.
Pedessista propõe aliança
Porto Alegre — O Senador eleito do
PDS, Carlos Alberto Chiarelli, está de-
fendendo uma ação integrada dos se-
nadores do extremo Sul (Santa Catari-
na e Rio Grande do Sul) para que
tenham presença e participação nos
órgãos de administração no Senado.
Lembrou o Senador que atualmen-
te "não há ninguém abaixo do paralelo
de Minas Gerais" em cargos de lide-
rança no Senado, e, por isso', sem ser
contra, considera que o Senado está
muito nordestino.
A proposta surgiu durante encon-
tro com o Senador Tarso Dutra (PDS-
RS) e, segundo Carlos Alberto Chiarei-
li, não trará problemas de relaciona-
mento com os demais senadores mas
fortalecerá a ação integrada do parti-
do. Na sua opinião, os senadores gaú-
chos e de Santa Catarina precisam
"ter apoio na mesma proporção do seu
desempenho político-eleitoral".
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"Democracia é isso mes-
mo, é a alternância de po-
der. O PMDB fluminense
teve um bom resultado nas
últimas eleições e tem,
agora, um grande trabalho
a cumprir» fora do gover-
no." Pol o que disse, on-
tem, o Governador Chagas
Freitas, ao receber, no Pa-
lácio Guanabara, 40 prefei-
tos do interior do Estado,
todos do PMDB.
Os prefeitos foram ao
Palácio Guanabara cum-
prlmentar o Governador
pelas festividades de üm
de ano. Altevir Barreto,
Prefeito de Araruama, fa-
lou em nome de todos,
agradecendo a Chagas as
obras realizadas em todo o
antigo Estado do Rio, "em
tal quantidade, mais que
os três últimos governos
somados".
Sebastião de Almeida e
Silva, prefeito de São Fidé-
lis, leu, na ocasião, o decre-
to por ele assinado dando
o nome da máe do Gover-
nador — Julieta Chaeaa
Freitas — a um jardim tíe
infância.
Mestrinho
felicita
Figueiredo
Brasília — "Que 83 se-
ja o ano da consolidação
da abertura democrática
tão corajosamente leva-
da ao êxito por Vossa Ex-
celência". Os votos, diri-
gidos ao Presidente João
Figueiredo, são do Go-
vernador eleito do Ama-
zonas, Gilberto Mestri-
nho, do PMDB, que os
enviou através de telex
de 6 linhas à Presidência
da República.
Eis a íntegra do telex
de Mestrinho, distribuí-
do ontem pelo Palácio do
Planalto:
"Quero expressar à
Vossa Excelência e seus
familiares sinceros votos
u de Feliz Natal e que o
Ano Novo se^a de .paz,
entendimento e supera-
ção conjunta de modo
que o país e a sociedade
brasileira atinjam seus
ideais de grandeza.
Que 83 seja o ano da
consolidação da abertu-
ra democrática tão cora-
josamente levada ao èxi-
to
'
por Vossa Exce-
lència".
Inquérito do
PCB ouve
garçons
São Paulo — Os garçons
contratados para servirem
os participantes do encon-
tro promovido pela Voz da
Unidade — porta-voz ofi-
cioso do Partido Comunis-
ta Brasileiro (PCB) — co-
meçaram a ser ouvidos on-
tem, junto com outros par-
ticipantes da reunião, no
inquérito em que .os diri-
gentes comunistas são
acusados de promoverem
o VII Congresso de seu
Partido.
Na manhã de ontem
prestou depoimento na
Polícia Federal Romílson
Brito de-Souza., Para hoje
está marcado o depoimen-
to de seu companheiro, Jo-
sé Carlos Augusto, ambos
garçons do Massad'oro, o
buffet contratado para ser-
vir as refeições, lanches e
bebidas dos participantes
do encontro promovido pe-
lo jornal comunista.
Também ontem, pela
manhã, prestou depoimen-
to à Polícia Federal a nu-
tricionista da USP, Iara
Lúcia Brayner. Para hoje
estão marcados os depoi-
mentos de Célia de Melo
Moura (assessora jurídica
da Editora Novos Rumos,
que imprime a Voz da Uni-
dade), do médico sanitaris-
ta Diógenes Mártire, do en-
genheiro agrônomo Flávio
Botelho Filho e de Adal-
berto Timóteo da Silva,
candidato derrotado a ve-
reador, pelo PMDB de Mi-
nas Gerais. Todos estavam
no auditório da Voz da
Unidade e foram presos
pela Policia Federal na
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zembro.
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4. JORNAL DO BRASIL POLÍTICA terça-feira, 28/18/83 o Io caderno a 3
Jair garante aos
políticos do PDS
cargos do Governo
Porto Alegre — O novo governador do Rio Gran-
de do Sul, Jair Soares, garantiu ontem que todos os
cargos de confiança do seu Governo serão ocupados
apenas por políticos.
"Nossa administração será poli-
tica com participação do nosso Partido, o PDS.
Vamos valorizar a classe política, como vamos valori-
zar o Poder Judiciário, o Poder Legislativo, porque é
da própria essência da democracia".
Na entrevista telefônica que concedeu, de Paris
onde está passeando com a familia — ao programa
- Agora, da Rádio Guaíba, de Porto Alegre Jair Soares
disse que "a abertura política propiciada pelo Presi-
'
dente João Figueiredo nos leva, ao natural, para esse
caminho. Vamos governar com os políticos". Jair
Soares afirmou que ainda nâo está pensando na
composição do seu secretariado e nem mesmo os
chefes da Casa Civil e Militar estão definidos. Só'
quando voltar, provavelmente no dia 10 de janeiro,
começará a estudar mais detidamente essa questão.
Cargos
O secretário de Administração em exercício,
Arald Müller, disse ontem náo ter condições de saber
o número total dos cargos de confiança do Governo, o
que demandaria um levantamento, já que entram' as
'direções das milhares de escolas do Estado, postos de
saúde, das estações da Secretaria da Agricultura,"
sem falar nos postos dos gabinetes da administração
* direta e indireta do Estado".
O mensário Coojornal, da Cooperativa dos Jorna-
listas de Porto Alegre, publicou, nò ano passado,
Vmçitéria revelando que existem cerca de 30 mil buro-'
cratas, com função gratificada ou com cargo em
comissão, nos quais estáo incluídos os cargos de
confiança, distribuídos em oito autarquias, 21 socie-
dades de economia mista, 12 secretarias, 11 funda-
ções, além de 13 empresas em que o Governo gaúcho
g t^m participação minoritária, mas com cargos indica-
dps pelo Governo. Essa notícia foi fartamente copia-
da por autoridades do próprio Governo estadual e' distribuída a todo o funcionalismo gaúcho para mos-
trar que não deveriam votar nas oposições, já que a
matéria informava que eles perderiam suas vanta-
gens, caso fosse eleito um governador oposicionista.
Prefeito quer
resolver déficit
com demissões
Maceió — Somente com o pagamento de gratifi-
cações a Prefeitura de Maceió gasta 40% da sua
Veceita. O Prefeito Corintho Campeio da Paz, que'assumiu no dia 14 de maio passado, reconheceu
oficialmente não haver condições para pagar os sala-
rios de 4 mil 305 funcionários contratados pelo ex-
¦ Prefeito Fernando Collor de Mello. Ele sugeriu demi-
tir todos os funcionários contratados pelo ex-prefelto.
Visivelmente revoltado por estar sendo acusado
de não desejar pagar os funcionários que seu anteces-
sor contratou entre janeiro e 14 de maio, o prefeito
disse que não desejava ficar conhecido como "carras-
Co do funcionalismo". Mas não escondeu a sua con-
•vicção de que não há outra saída senão a demissão
em massa. Corintho Campeio reconheceu publica-
. mente a falência da Prefeitura de Maceió, sobrecarre-
gada com uma folha de pagamento de Cr$ 650 mi-'
Ihões, ou seja, Cr$ 250 milhões a mais do que o
município arrecada. .
, O ex-Prefeito Fernando Collor, eleito o deputado
federal com a maior votação no Estado, chegou a
pedir a Prefeitura de volta, .para mostrar que há
"incompetência" na obtenção dos recursos que sati-
façam as exigências da administração municipal.
Mas não só o novo prefeito, como o próprio Governa-'
dor Theobaldo Barnosa, já foram até o Ministro
Delfim Neto, antes das eleições, pedir. Cr$ 1 bilhão e
í! 250 milhões emprestados para pagar os sete meses de
salários atrasados desses funcionários.
A Prefeitura vem pagando Cr$ 160 milhões so-
mente a titulo de gratificações (cargos de chefia,
horas extras, etc), o que representa 40% de sua
receita (Cr$ 400 milhões).
TratMltuindo
paraopoua
VASP
VIAÇÃO AÉREA SÃO PAULO S/A
. C.G.C. n° 60.703.923/0001-31
Aviso aos Debenturistas
1_ VASP — Viação Aérea São Paulo S/A, efetuará o
pagamento a partir de 03/01/83 dos juros trimestrais,
venciveis em 01/01/83, no valor de Cr$ 8.365,24
(oito mil, trezentos e sessenta e cinco cruzeiros e
vinte e quatro centavos) por debênture. De acordo
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haverá retenção do Imposto de Renda na fonte.
— O pagamento será feito, no horário das 9:00 às
,13:00 e das 14:00 às 17:30 horas, mediante a
apresentação do respectivo certificado de debèntu-
res, identificação, C.G.C. ou C.P.F. e procuração, se
for o caso no seguinte endereço.
Edifício VASP, 3o andar, sala 310
Aeroporto de Congonhas — São Paulo — SP.
— Agente Fiduciá«o dos Debenturistas: Dr Floria-
no Cavalcanti da Silva Martins.
São Paulo, 20 de dezembro de 1982
Dr Pedro Augusto Barotti de Carvalho
Diretor de Relações com o Mercado (P
IMPORTANTE
0 Disco avisa.
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as nossas promoções.
y
Aureliáno melhora mas permanece no CTI
Belo Horizonte — Aureliáno Cha-
ves, ao contrário do que era esperado,
vai continuar no Centro de Trata-
mento Intensivo (CTI) do Hospital do
Prontocor, embora o único boletim
expedido ontem pela manhã e assina-
do por seu irmão, médico José Vieira
de Mendonça, em nome da equipe,
informasse que o vice-presidente
"continua em recuperação e boa dis-
posição".
O irmão de Aureliáno Chaves in-
formou ainda que a taxa de glicose no
sangue do vice-presidente, que per-
manecia alta, foi corrigida e que o
abscesso drenado pela cirurgia no úl-
tirfio sábado está em regressão. "Não
há alteração nos outros órgãos", in-
formou José Mendonça.
. Um médico do Prontocor, onde se
encontra internado o vice-presidente,
explicou que Aureliáno Chaves teve
um abscesso perinefrético, com possi-
bilidade de ser subfrènlco (localizado
abaixo do diafragma). O médico, que
pediu para não ser identificado, expli-
cou que o abscesso não é subcutâneo
e pode ter provocado unia septicemia
(infecção geral do sangue) e um qua-
dro provisório de diabetes, além de
uma atelectasia pulmonar, que é uma
obstrução brônquica, o que levou o
pulmão a colar, privando parte dele
de ar. O mesmo médico informou que
tudo isto, porém, é reversível e que a
reversão parece estar ocorrendo.
Aureliáno Chaves, ao contrário do
que se previa, náo deverá deixar hoje
o CTI do Prontocor e, segundo um de
seus assessores que faz plantão no
hospital, não há previsão de sua
transferência para um dos três apar-
tamentos Já reservados no mesmo
hospital: um para ele, outro para a
família e o terceiro para a segurança.
O assessor de gabinete e irmão do
Vice-Presidente, Manoel Inácio Cha-
ves de Mendonça, informou, ao final
da tarde, que a cirurgia foi feita na
parte lateral do tórax, do lado direito,
com abertura de um palmo. Outro
assessor disse que, até o momento,
nâo se sabiá as causas da infecção e
que a transferência do Vice-
Presidente para o apartamento so-
mente deverá ocorrer depois de um
diagnóstico do germe que provocou a
infecção.
Ao final da tarde, a mulher de
Aureliáno Chaves, Dona Vivi, chegou
ao Fíontocor acompanhada da filha
Maria Cecília. Durante o dia, estive'
ram no hospital o Senador Tancredo
Neves, o Governador Francelino Pé-
reira e sua mulher, Dona Latife. Dona
Vivi Chaves disse que o Vice:
Presidente está tendo boa recuperar
çâo e passa bem. Informou ainda que
na tarde de domingo o Presidente
Figueiredo telefonou para obter infor-
mação do seu estado de saúde e desé-
jar-lhe pronto restabelecimento. Nò
início da noite, 132 pessoas Já haviam
deixado suas assinaturas no livro dè
visitas.
OO"
¦¦¦¦ _ H
Palavras de Carlos Eduardo Quartim Barbosa; Presidente
do Conselho de Administração do COMIND em 20 de dezembro
de 1982, durante a reunião comemorativa dos 93 anos de
existência do Banco do Cómmercio e Indústria de São Paulo S.A.
N
os ciclos que repetem
a história, a vida
econômica das nações é
um pêndulo, oscilando
entre a riqueza e a- ,
pobreza, a vitalidade ou a
estagnação.
Hoje, infelizmente, o mundo se
encontra em um dos mais baixos
pontos de sua economia. Não é a
primeira vez que isto acontece. E
nem é a primeira vez que o Brasil se
vê envolvido naà conseqüências
dessas crises. Uma crise que
poderá levar muitas nações até
mesmo a insolvência.
Mas não o Brasil. O Brasil vai
continuar forte, progressista, viável.
Nós somos oito milhões de
quilômetros quadrados, 125
milhões de pessoas, 320 bilhões
de dólares de produtos.
Uma realidade física, ativa e valiosa.
Somos um País, mesmo, não
apenas um contrato de papel.
. O Brasil vai sair desta crise.
Mais experiente, mais forte, mais
amadurecido.
Mas para isso é preciso
.acreditar. O malogro e a derrota não
podem sequer ser admitidos.
Estamos conscientes de
que a ilusão do Estado onipotente,
inesgotável, provedor do bem estar
absoluto, dos benefícios crescentes,
do amparo integral a todas
as necessidades da população foi
totalmente destruída pela dura
realidade da inflação incontrolável,.
dos déficits estatais, paralisadores da
economia e responsáveis -, .
pelo desemprego, pela queda da
produção.
.• Sabemos que os povos e
governos passam agora a aceitar a
dura realidade de que existem
limites para tudo: não pode haver
crescimento ilimitado, progresso
infindável, melhorias constantes.
E aceitamos o fato de que o
mundo e nosso País, precisam
encarar com realismo esta ordem
internacional que se ensaia,
estruturada em políticas sociais e
econômicas diferentes do sonho
que vivemos neste quarto de século
do após guerra.
Estamos convencidos que
precisamos nos adaptar, agilizar e
enfrentar estas novas condições
com a atitude positiva de empresário
que não teme a mudança, nem foge
do desafio porque confia no País e
na própria capacidade de
administrar.
Nós do COMIND, acreditamos
nisso.
Nós acreditamos no Brasil.
ffóttUftê
^9. mW^
Banco do Cómmercio e Industria
de Sáo Paulo S.A.

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São Luiz, Belém, Manaus - 18 dias.
RODO, ^
AÉREAS
conjugação avião e ônibus
PANTANAL, BOLÍVIA E PARAGUAI - 9 dias
Avião para Corumbá e Campo Grande. Restante em ônibus.
CAMINHO DE IGUAÇU - 6 dias
Curitiba, Vila Velha. Cascavel etc. Volta em avião.
CAMINHO DO OURO VERDE - 6 dias
Avião para Foz do Iguaçu, visita a Itaipu, ônibus por Campo
Mourão, Maringá, Londrina, São Paulo, etc.
CAMINHO DO LITORAL SUL - 7 ou 10 dias
Costa Verde, Vale do Itajai, Florianópolis, Torres, Porta
Alegre e Canela (Hotel Lage de Pedra). Volta por avião.
CAMINHO SERRAS DO SUL - 6 ou 8 dias
Avião para Porto Alegre. Ônibus por Canela (Lage de Pedra),
Gramado, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Curitiba; etc.
CAMINHO MISSÕES E IGUAÇU - 11 dias
Avião para Porto Alegre. Ônibus por Canela (Lage de Pedra),
Caxias do Sul, Ijui e São Miguel, Foz, Londrina etc. '
CAMINHO BARROCO E BRASÍLIA - 5 dias
Belo Horizonte, Ouro Preto, Maquine etc. Volta por avião.
CAMINHO DA BAHIA HISTÓRICA - 8 dias
Guarapari, Vitória, P. Seguro, Ilhéus, Salvador. Volta por avião
CAMINHO DO LITORAL NORDESTE - 13 dias
Guarapari, Porto Seguro, Salvador. Aracaju, Maceió, Nova
Jerusalém, Recife, J. Pessoa, Natal e Fortaleza. Volta p/avião
CAMINHO TRANSBRASILIANO - 17 ou 19 dias
Do Rio ou Salvador a Fortaleza por ônibus (como acima) •
avião para São Luiz, Belém, Manaus e regresso ao Rio.
NORDESTE MARAVILHOSO - 11 dias
Avião para Salvador, de lá até Fortaleza em ônibus de luxo
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dia 24 por falta deOs servidores que não receberam no contracheques foram ontem à agência do Banerj resolver o prohlema-
Prefeito promete pagar hoje e pms acusados de
greve de Niterói chega ao fim matar menino
Niterói — Com o compromisso
assumido pelo Prefeito João Batis-
ta da Costa Sobrinho (PDS), de
reiniciar, hoje, o pagamento de de-
zembro, os servidores da Prefeitura
de Niterói começaram a voltar, on-
tem, ao trabalho. À tarde, o Coman-
do de Greve reuniu cerca de 150
funcionários no Sindicato dos Ro-
dovlários e, com o voto vencido dos
garis, determinou o fim da paralisa-
ção, que durou uma semana.
O Prefeito prometeu pagar hoje
a todos os que ganham até Cr$ 35
mil 990; amanhã, aos que recebem
até Cr$ 60 mil; e na quinta-feira, aos
que ganham até Cr$ 80 mil. Para os
que ganham acima de Cr$ 80 mil, o
pagamento deverá ser feito atévo
dia 15 de janeiro, mesma data-
limite para que ele envie à Câmara
de Vereadores a proposta de au-
mento salarial a vigorar a partir de
Io de janeiro, cujo Índice ainda será
discutido com o Prefeito eleito, Vai-
denir Bragança (PDS).
Gritos
Desde cedo, os servidores se con-
centraram à porta do Palácio Arari-
bóia, à espera da resposta do Prefei-
to às suas reivindicações. Na Rua
José Clemente, atrás da Prefeitura, ;
cerca de 100 funcionários procura-
vam receber, na agência do Banerj,
os vencimentos que não foram pa-
gos no dia 24 porque a Secretaria de
Fazenda não enviou os. contra-
cheques.
O Secretário de Fazenda, Jorge
Gustavo da Costa, ao chegar à Pre-
teitura para a reunião do Prefeito-
com o Comando de Greve, tentou
convencer os servidores de que
"a
situação está difícil para todos".
Ele recebeu vaias quando um gari
respondeu: "Para você não está
• náo. Só está ruim para nós, que
ganhamos Cr$ 23 mil".
O Prefeito João Batista permitiu
apenas que os fotógrafos entrassem
na sala de reuniões, ao lado de seu
gabinete, para rápidas fotografias.
Do lado de fora, porém, os reporte-
res puderam ouvir quando o Secre-
tário de Governo, Onacir Pereira da
. Silva, deu um soco na mesa e, aos
gritos, disse que
"os servidores já
começaram a receber. O que que-
rem mais?" O fiscal João Henrique
Silveira, do Comando de Greve, re-
trucou, também aos berros, dizen-
do que
"se é para vencer com a voz,
nós vamos gritar também".
Âo final de duas horas, o Prefeito
anunciou o acordo feito com os
grevistas — de reiniciar hoje o pa-
gamento — e de que se empenharia
para que a diferença do reajuste de
40%, relativa aos meses de julho,
agosto e setembro, não cairá em
exercício findo, mas será paga até
janeiro. João Batista da Costa So-
brinho comprometeu-se, ainda, a
mandar a Secretaria de Fazenda
compensar os servidores que estão
recebendo abaixo do salário mini-
mo regional e de fazer o pagamento
de janeiro no próximo mês.
Ao meio-dia, quando terminou a
reunião, uma tropa de choque do
12° BPM — em prontidão desde as
6h30min. no pátio da Prefeitura —
dispersou os servidores que ali se
concentravam. Newton Machado,
presidente da Associação dos Ser-
vidores Municipais, convocou, en-
tão, todos para a assembléia no
Sindicato dos Rodoviários, na Rua.
Marechal Deodoro.
O Comando de Greve, formado
por fiscais, médicos e professores
municipais, informou na assem-
bléia qual o compromisso que o
Prefeito havia assumido com eles.
No plenário, porém, os garis não
aceitavam voltar ao trabalho sem
ver cumpridas todas as reivindica
ções, inclusive o pagamento do 13°
salário devido aos que estão contra-
tados pelo regime da CLT.
Foi com a paralisação da Supe-
rintendência de Limpeza Urbana,
desde o dia 21, que ps demais seto-
res da Prefeitura também entraram
em greve. E, ontem, os garis não
queriam aceitar a liderança de ou-
tros funcionários. Um dos garis, Rui
da Silva, pai de 13 filhos, exigiu
mais: "Vamos tirar o Wolney Trin-
dade (Secretário de Administração
e de Obras)se trazer o João Batista
aqui, para conversar com todo
mundo, e não só com uma mela-
dúzia, a portas fechadas".
Da sacada do Sindicato, alguns
funcionários viram colegas da SLU
recolhendo o lixo na Rua Marechal
Deodoro e avisaram o plenário.
Houve quem quis descer as escadas
correndo para tomar satisfações,
mas a mesa contornou a situação.
O presidente da Associação dos
Servidores, Newton Machado, colo-
cou em votação o fim da greve. Os
garis não gostaram e o cercaram
com reclamações, mas, no final, to-
dos acabaram concordando em vol-
tar ao trabalho hoje. Nova assem-
bléia foi marcada para segunda-
feira.
Apesar de a Prefeitura ter mobi-
llzado o pessoal da Lipater (empre-
sa concessionária que coleta o lixo
domiciliar dos bairros) para a Íim-
Gilberto Fontes
peza do Centro de Niterói, e de
ontem mais da metade dos garis
terem voltado aó trabalho, a cidade
continuava suja e malcheirosa.
O Secretário de Administração,
Wolney Trindade, disse que ele eo
Prefeito João Batista gastaram, de
seus próprios recursos, Cr$ 200 mil
para
"a contratação de 14 homens e
três caminhões para a limpeza do
Centro, no sábado e no domingo".
Com a barba por fazer, Wolney
afirmou que continuará comandan-
do a operaç&o-faxina e, até ama-
nhã, deixará a cidade "como um
brinco". Caso os garis insistam em
paralisar novamente o serviço, ele
disse já estar "montando um esque-
ma com a Associação Comercial,
pelo qual cada comerciante pagará
a mão-de-obra e refeições para dois
trabalhadores que contratarmos
em regime de free-lancer.
Impostos
A Secretaria Municipal de Fa-
zenda está apressando a entrega
dos 138 mil carnes do Imposto Pre-
dial e Territorial Urbano e dos 40
mil carnes do ISS de autônomos e
guias para o pagamento de taxas
de licença, relativos a 1983, espe-
rando que os contribuintes come-
cem logo a pagá-los. Com a receita'
ampliada em cerca de 100% (índice
médio de correção dos impostos), a
Prefeitura pretende saldar seu com-
promisso com os servidores.
— Nós estamos apelando à po-
pulação para que pague seus im-
postos em dia ou, até mesmo, que
opte pela cota única, na qual há
uma bonificação de 10%. Com os
funcionários de volta ao trabalho, a
administração será rapidamente
normalizada — disse o Secretário
de Administração, Wolney Trin-
dade.
A entrega dos carnes começará a
ser feita no dia 3, segunda-feira, no
Colégio Plinio Leite (IPTU) e na
Rua São Pedro, 47 (ISS de autono-
mos e taxas de licença). Eles estão
sendo montados na Secretaria de
Fazenda, depois que chegaram im-
pressos de Blumenau, SC.
Ainda esta semana, os edifícios
cujos apartamentos têm numera-
ções de inscrição seguidas recebe-
rão os carnes do IPTU. A Secretaria
de Fazenda adverte, porém, que os
contribuintes não deverão esperar
pelos carnes em casa, pois nem
todos receberão até o dia 30.0 total
da proposta orçamentária para
1983 e de Cr$ 20 bilhões 400 mi-
Ihões.
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UM TOQUE DE CARINHO EM TUDO QUE FAZ
são chamados ^k O delegado Washington Petra, da 23' DP, Méier,?S
enviou ofício — n° 11469 — ao 3o BPM, pedindo a'"
apresentação, dia 30, dos seis policiais-militares
acusados da morte do estudante Márcio Vinício de
Aguiar, 13 anos, na última quinta-feira, na Favela dp, ,
Guarda, em Del Castilho. Caso não seja definida ia'."',!
autoria do crime, o delegado usará o processo deci
reconhecimento, e, se necessário, o batalhão inteiro ...
terá que se apresentar aos pais do menor e às ¦¦
testemunhas do crime.
Roseli, irmã de Márcio, esteve ontem na 23a DP eà''.'¦'
no seu depoimento, disse ao delegado Washington „
Petra que assistiu ao assassinato do irmão e que os .
policiais impediram que ela abraçasse o corpo do
irmão. "Eles me puxaram pelo braço," disse Roseli,..;
que estava acompanhado pelo pai, Antônio José de¦_..
Aguiar. O delegado Washington Petra vai encami- ,
nhar Roseli a exame de corpo de delito. ¦
v>
Identificação
Referindorse à hipótese de reconhecimento, e, se
necessária, a apresentação inteira do 3o BPM, o
delegado Washington Petra disse:
Espero que isso não seja preciso. Mas se forv,
tenho que cumprir a lei, identificando os autores da
morte do garoto.
Washington Petra disse que está reunindo mais
provas contra os policiais acusados, através de teste-
munhas, moradores da Favela do Guarda, onde ocor-
reu o crime. Quanto ao abaixo-assinado, os morado-
res estão coletando mais assinaturas e o documento
será entregue hoje ao sub-Secretário de Segurança,
delegado Fernando Schwab. Os moradores exigem
punição imediata dos criminosos. •*
A morte de Márcio Vinício de Aguiar ocorreu
quinta-feira, mas só ontem o inquérito 1044/83 fói
instaurado oficialmente. No registro de ocorrência
constam os depoimentos dos pais do menor, Antônio
José de Aguiar e Rosilene Aguiar; do irmão Marep
Antônio de Aguiar, 17 anos; das testemunhas Izaura
Ribeiro da Silva e Aurici Melo da Silva, este uma das
principais testemunhas porque estava ,com o estu-'
dante quando foi morto com dois tiros: um na boca,
de escopeta, e' outro nas costas, de. pistola.
Exceto o pai de Márcio, as pessoas que depusè-
ram na 23a DP contaram terem visto os policiais-
militares atirarem no menino, imaginando ser ele o
traficante de tóxico procurado pela polícia, conheci-
do como Valtinho. Além dos depoimentos já presta-
dos, o delegado pretende ouvir mais pessoas, muitas
das quais não hesitam em acusar os militares de
criminosos, como o caso de Francisco Camelo dà
Silva, que os classificou de "covardes".
Acusações
Apesar de estar sob forte emoçáo, Dona Rosilene
recebeu um documento — uma folha escrita a máqüi-
na, sem assinatura — acusando o filho morto de ter
sido envolvido com tráfico de entorpecentes na Fave-
Ia do Guarda, com o traficante procurado, conhecido '
como Valtinho. ., í/
É um absurdo. Agora que meu filho está morto ,
.acusam ele de tudo, de tudo mesmo, mas morto não.,,
fala. Se o senhor tiver alguma dúvida, pode fazer um .
levantamento na favela, ouvindo casa por casa, sobre ,;
a integridade do garoto — disse, revoltada, Dona •
Rosilene. Ela acredita que a carta que lhe foi mostra-
'¦ >
da durante o programa O Povo na TV, pelo apresen-
tador Wilton Franco, teria sido escrita por algum dos
policiais envolvidos na morte de seu filho. -. '<_
Isso é para inocentar os culpados. Não tem
sentido. O garoto era uma criança e querem transfor-;
má-lo agora num bandido perigoso, só porque ele esta.'
morto — disse éla.
Aborto
Segundo ainda Dona Rosilene, os tiros dos poli-
ciais foram indiscriminados e, além de provocarem a ¦
morte de Márcio, provocaram um aborto na sua nora, .
Claudete Pena da Silva, grávida de sete meses. ~ >
Quando ela viu o Márcio morto, pensou que
fosse o marido, o meu outro filho, o Marco Antônio.
Começou a sentir-se mal e foi levada às pressas para o
Hospital Salgado Filho, e depois, transferida para o í
Hospital do Andaraí, onde está do Centro de Trata- j
mento Intensivo — disse Dona Rosilene.
No 3o BPM, o oficial de dia, Tenente Juarez, j
informou que o Comandante, Tenente-Coronel Elmo J
Diaz, não receberia os repórteres. Disse que qualquer 1
informação sobre a morte do garoto seria dada na I
PM-5 (Relações Públicas da Polícia Militar). "Não !
temos nada a declarar" — disse o oficial-militar. -
IP3VI
Ontem, o chefe de Relações Públicas da PM,
Major Jorge Afonso informou que a corporação ins-
taurou IPM (Inquérito Policial Militar) para,
'em
regime de urgência apurar os responsáveis pela mor-
te do menor Márcio Vinício de Aguiar.