O documento descreve o CSHotel do Lago em Mont'argil, Portugal. Em três frases:
1) O CSHotel do Lago é um hotel moderno localizado junto à barragem de Mont'argil, que oferece atividades aquáticas, desportivas e culturais para famílias.
2) Além das instalações do próprio hotel, os hóspedes podem desfrutar de outras atrações nas redondezas como passeios de barco, observação de aves, centro hípico e mais.
3)
10. 4
Mont’argil
O QUE VER E FAZER
AindaqueoCSHoteldoLagoestejapensadoparaocuparosmomentosdeócio,
háaconsciênciadequeestaunidadedeveigualmentefuncionarcomoumabase
paraexploraroutrosdestinosemredor.
Vida
12. 6
Viva
O QUE VER E FAZER
Comtantoparaverefazer,
háquemsefiqueapenas
peloresort,masàvolta,
aocontráriodoquesepossa
imaginar,sãovariadas
etentadorasassugestões
paracomplementarasua
estada.
M
uito vocacionado para a receção de famílias e para as atividades
desportivas, o CS Hotel do Lago possui, muito próximo
da barragem e da sua unidade, um clube náutico com balneários,
duas opções de restauração (um restaurante mais composto,
com terraço e vista panorâmica, e um snack bar para refeições
mais práticas e rápidas), além de uma piscina de borda infinita,
com 25 metros de comprimento.
Quem chegar em embarcação própria tem à sua disposição 49 postos de amarração
e 24 fingers, sem contar com toda uma infraestrutura adequada que inclui, entre outras
facilidades, colocação de embarcações por grua ou posto de abastecimento.
A prática de desportos aquáticos e de pesca desportiva, os passeios de barco e a realização
de outras atividades mais ou menos radicais, sempre monitorizadas, também não foram
esquecidas e são possíveis desde que marcadas com antecedência. Mas, como é natural,
nem tudo se resume à barragem, por mais que esse seja o maior apelo de Montargil.
Em paralelo, o CS possui um centro hípico, com hipódromo, promove circuitos para a
observação de aves e visitas a locais de interesse como o núcleo megalítico ou as igrejas
centenárias da região. A pedido, efetuam ainda passeios de bicicleta e em veículos
todo-o-terreno. ›››
Cientedequeoelementoágua
éoelomaisfortedaoferta
delazerdabarragem,oCS
HoteldoLagocriouinúmeros
espelhosdeáguaeapostou
fortenainfraestruturanáutica.
13. 7
Simulador de voo
Não será novidade para muitos que Ponte
de Sor dispõe de um aeródromo equipado
com uma pista de 1800 metros, sinalização
luminosa, luzes de aproximação e sistema
Apapis. Só que, a partir de 2013, esta
infraestrutura passará a dispor igualmente
de um avançado centro de formação
aeronáutica, específico para aeronaves
da Série 525 da Cessna Citation, com o mais
completo simulador de voo da Cessna nível
D. Será o primeiro na Europa com esta
classificação tipo.
Parque Ecológico
do Gameiro
Em Mora, junto ao Fluviário (ver Alentejo
Fluvial), este agradável parque, com uma
praia fluvial e equipamento náutico, pode
constituir um complemento interessante
à barragem de Montargil. Para breve, está
previsto o arranque de novas atividades
radicais como o arborismo e um percurso
pedestre, devidamente assinalado, com
um passadiço que se prolongará por cerca
de um quilómetro. Mais informações
e imagens em www.panoramio.com/
photo/1517735.
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›››
14. 8
Azenhas de Seda
Luís Lucas trabalhava numa área totalmente diferente e vivia em Lisboa, no Bairro Alto,
mas sempre teve um fascínio por atividades aquáticas. A dada altura, numa aventura
solitária pelo Alentejo, descobriu, nas imediações das barragens de Montargil e do
Maranhão, a ribeira da Seda e apaixonou-se à primeira vista.
Com a cumplicidade da mulher, que trabalhava em design, acabou por comprar a
propriedade que incluía uma casa e uma azenha em ruínas. Já lá vão sete anos, dos quais
quatro a funcionar como empresa voltada para prática de desportos náuticos, com um grau
de acessibilidade bastante abrangente, à disposição de individuais e grupos.
Mesmo quem julga conhecer o Alentejo a fundo chega ali e surpreende-se. A ribeira possui
água todo o ano, porque alimentada pela barragem do Maranhão, e, além de rápidos,
passa também por zonas belíssimas que incluem falésias. A Azenhas da Seda
(www.azenhasdaseda.com) propõe, além do básico, ações menos habituais como
as trilhas aquapedestres (com paragens providenciais em ponto de água para ajudar
a suportar o calor) ou o Underground Speed (é feito à noite e inclui alguns minutos debaixo
de terra graças à existência de canais de rega subterrâneos).
Balões de Ar Quente
O Alentejo tem sido palco de diversas travessias em balão de ar quente, mas existem
empresas em Portugal que proporcionam esta experiência a grupos e a particulares.
A sensação de pairar até 1500 pés sobre as paisagens humanas e naturais da região
fazem as delícias de quem já experimentou. Por isso mesmo existem já várias empresas
que organizam voos durante todo o ano, assim o tempo o permita, tendo por locais de
descolagem Montargil, Cabeço de Vide, Avis, Évora, Estremoz, Alter do Chão, Elvas, Beja,
Fronteira, Montemor-o-Novo, Arraiolos, Vimieiro e Coruche. Em regra, a duração do voo
varia entre uma hora e uma hora e meia.
A sensação de pairar
até 1500 pés sobre
as paisagens urbanas
e naturais da região
fazem as delícias de quem
já experimentou.
Sobrevoarabarragemdo
Maranhãodebalãoourealizar
diferentesatividades aquáticas
naribeiradaSedasãoapenas
algumasdasopções possíveis
disponibilizadaspelosparceiros
doCSHoteldoLago.
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›››
Viva
O QUE VER E FAZER
16. 10
Monte Selvagem
Já muitos ouviram falar do Badoca Safari
Park, nas cercanias de Santiago do Cacém,
mas o que algumas pessoas ainda não
sabem é que este parque não é caso isolado
em termos de conceito.
Aberto ao público desde Maio de 2004,
entre as localidades de Vendas Novas e
Lavre — o que se revela oportuno para
quem tem a sua base em Montargil —, o
MonteSelvagem(www.monteselvagem.pt),
planeado e desenvolvido segundo
princípios de coerência ambiental,
proporciona, em plena planície alentejana,
uma experiência digna das savanas
africanas, mas com a vantagem de estar
mais perto e de ser bem mais barato.
Com mais de 250 mil visitantes, a
componente lúdica e de quebra da rotina é
muito importante, mas, ao mesmo tempo,
os mentores do projeto não abdicam de
sensibilizar e educar, miúdos e graúdos,
no sentido da preservação da natureza.
À disposição de quem os visita, num
montado típico alentejano de sobreiros
e azinheiras, várias espécies de plantas,
animais selvagens e domésticos
constituem um parque temático interativo
onde todos são convidados a assistir aos
novos nascimentos, à chegada gradual de
animais (excedentes de outros parques
credenciados, ou doados por viverem em
condições inapropriadas ao seu bem-estar)
e ao crescimento e dinamização de todas as
suas estruturas.
’
OCSHoteldoLagofoipensado
paratodaafamília.Nadamais
naturalentãoquetenhaentre
osseusparceiroshabituaiso
MonteSelvagem.Numtípico
montadoalentejano, são
centenasdeanimaiseplantas.
›››
Viva
O QUE VER E FAZER
20. 14
E
m todas as áreas do
CS Hotel do Lago,
dos quartos aos
espaços comuns, há
reproduções ampliadas,
a preto e branco, de
fotos antigas de Montargil. Não se trata
de saudosismo ou de uma mera tentativa
para dar história a uma unidade recente.
É antes uma forma subtil, e também
lúdica, de enquadrar quem chega sem
saber que Montargil já existia muito
antes da barragem e de se ter tornado um
importante centro de lazer para quem
aprecia as atividades náuticas e a prática
da pesca.
Inaugurada em Maio de 1959, a barragem
foi um marco muito importante na
região. Construída na década de 1950, deu
emprego a milhares de pessoas e, quando
concluída, abriu um mundo novo de
possibilidades com a sua albufeira, que se
estende ao longo de vinte quilómetros
e tem uma capacidade de 155 milhões
de metros cúbicos de água.
Nos anos que se seguiram, a barragem
de Montargil tornou-se, com as devidas
diferenças, até porque a época era outra,
num fenómeno de veraneio idêntico ao
que se vive hoje na Comporta, na costa
alentejana. A barragem era então ponto
de encontro para os colunáveis, mas
sobretudo para famílias antigas e com
pergaminhos na terra, que até à data não
gostam de alardear os seus hábitos de
veraneio.
A fundação de Montargil, como freguesia,
Ontem
PARA MAIS TARDE RECORDAR
A freguesia de Montargil
remonta aos primeiros
tempos da monarquia.
Isso deu-lhe um certo
estatuto, mas a sua
riqueza advém-lhe do
facto de ter albergado
importantes famílias, que
dinamizaram a economia
da região.
›››
21. 15
remonta aos primeiros tempos da
monarquia. Isso deu-lhe um certo estatuto,
mas a sua riqueza advém-lhe do facto de
ter albergado importantes famílias, com
vastas propriedades, que dinamizaram a
economia da região. Entre outros, estamos
a falar dos Rolim de Moura (que foram
donatários da freguesia), dos Amorim e dos
Mellos (ramo de onde saíram os viscondes
de Montargil).
A prática continuada de desportos
náuticos, e a sua crescente popularidade,
levou a que se cometessem alguns excessos
na albufeira e também nos terrenos à volta.
O processo nem sempre é pacífico e está
na mira de associações ambientais como
a Quercus, que se preocupam com os
avanços feitos na área de Reserva Ecológica
Nacional, mas esta mesma entidade
atribuiu, em 2007, a qualidade ouro à zona
balnear da albufeira de Montargil.
’
Aconstruçãodabarragem,
nadécadade1950,foium
marcodeterminantenavida
deMontargil.Alterou-lhe
apaisagem,mastambémveio
dar umaoutravisibilidade
àsuaenvolventehistórica.
›››
24. 18
Lúdico
ALENTEJO FLUVIAL
C
usta a crer que, tão perto de Lisboa, se possa estar num Alentejo
profundo, e ainda desconhecido para muitos.
Por incrível que pareça, há ainda muito boa gente plenamente
convencida de que a paisagem alentejana se resume a uma sucessão
monocromática de planícies, sem relevo ou outros encantos
que não os bucólicos sobreiros, azinheiras ou oliveiras,
e que o conceito de turismo por ali se resume aos montes.
Quem assim acha não sabe o que anda a perder.
A barragem de Montargil abre um mundo de possibilidades para quem quer desfrutar
um Alentejo fluvial, com mais ou menos emoção (ver O que Ver e Fazer). Mas, o melhor
de tudo é que não se esgota em si e abre outras alternativas, bem diferentes, num raio
perfeitamente acessível de quilómetros a toda a sua volta.
Comecemos pela barragem vizinha do Maranhão, quase colada e junto a Avis, que
pode ser um complemento muito interessante para quem quiser esticar o passeio sem
perder de vista a temática das atividades náuticas (não sendo de mais acrescentar que
a barragem do Maranhão possui toda uma tradição na prática da modalidade de remo).
E nada também como reservar algum tempo para calcorrear as ruelas empinadas
de Avis, berço da ordem militar que se tornou ramo real com a chegada de D. João I
ao trono. Todavia, a vila, com o seu ar castiço e medieval, impressiona mais no seu
conjunto, pelo que se justifica uma ida ao lusco-fusco, altura em que as luzes se
acendem, à outra margem da barragem para a ver anoitecer.
A norte de Montargil, Crato e Alter do Chão são igualmente duas boas opções de
Pesca,aulasdeequitação
ousimplespasseiosacavalo,
nataçãoevárias possibilidades
dedesportosnáuticosfazem
hámuitopartedaofertada
barragem,masnuncacomo
agoraestiveramtãoemfoco.
›››
25. 19
passeio para quem dispõe de dois ou
três dias. A primeira, rodeada de ribeiras
bucólicas como a do Chocanal ou da
Seda, aprimorou o seu casario e não
se livra da polémica por causa do seu
castelo. Antes chamado de «Castelo da
Azinheira», o monumento, classificado
a nível nacional, foi entretanto caiado e
passou a ser conhecido, como forma de
protesto, por «Castelo Branco». É, como
diria São Tomé, ver para crer.
Já Alter do Chão ganhou fama graças à
antiga Coudelaria Real (www.alterreal.pt),
fundada no século XVIII. Aberta a visitas,
a coudelaria passou por poucas e boas,
mas tem resistido e permanece, mais
do que um símbolo, uma atração para
quem quer admirar de perto os seus
afamados cavalos, que ali fazem escola.
É difícil resistir à elegância e à docilidade
do Cavalo Lusitano. A coudelaria é um
espaço multifuncional, onde se faz
›››
›››
AbarragemdeMontargilabreummundo
depossibilidadesparaquemquerdesfrutar umAlentejo
fluvial.Mas,omelhordetudoéquenãoseesgotaemsi
eabreoutrasalternativas,bemdiferentes.
26. 20
a criação, a seleção, o estudo e o treino
– nas vertentes de toureio, ensino,
concurso de equitação, obstáculos ou
atrelagem – deste cavalo.
A sul, não muito longe, passando por
Pavia, que possui a Anta de São Dinis,
quem for em família vai apreciar o
Fluviário (www.fluviariomora.pt), em
Cabeção, perto de Mora. Inaugurado em
2007, foi o segundo maior aquário de água
doce aberto na Europa e só no primeiro
ano de atividade recebeu duzentos mil
visitantes.
Esta moderna estrutura divide as suas
atrações entre o interior e o exterior,
sendo de particular agrado, à semelhança
do que acontece no Oceanário de Lisboa,
o casal de lontras traquinas, ali batizadas
de Náci e Nico, mas que alguns insistem
em tratar por Cristiano e Mariza (mas
está já em fase de construção um tanque
exterior maior para albergar outros
exemplares).
›››
›››
Lúdico
ALENTEJO FLUVIAL
27. 21
Mora,acurtadistânciade
Montargil,éumasugestão
depasseioincontornável
paraquemqueraproveitar
opretextoevisitaroutras
atraçõescomooFluviário.
JáemArraiolos,háostapetes.
Quem for em família vai
apreciar o Fluviário, em
Cabeção, perto de Mora.
Inaugurado em 2007, foi
o segundo maior aquário
de água doce aberto na
Europa e só no primeiro
ano de atividade recebeu
duzentos mil visitantes.
Mas há mais. Em funcionamento durante todo o ano, o Fluviário não só colocou Mora
no mapa – ou mais precisamente a aldeia de Cabeção –, como constitui uma agradável
surpresa para miúdos e graúdos. A ideia é acompanhar o percurso de um típico rio
ibérico, entre a nascente e a foz, através dos vários tipos de peixes que nele habitam.
Estão também presentes outras espécies de água doce, originárias de diferentes partes
do mundo, como a temida anaconda, conhecida por sucuri no Brasil. E já que está por
ali, não perca de vista as exposições temporárias.
É ainda bom não esquecer que o Fluviário está integrado no Parque Ecológico do
Gameiro – o mesmo irá contar, em breve, com a prática de arborismo e com trilhas.
E porque há coisas que precisam de ser planeadas com a devida antecedência, marque
na sua agenda o primeiro fim-de-semana de Junho de 2012, altura em que irá decorrer,
em Montargil, o Campeonato Mundial de Pesca Desportiva.
Mas voltemos a Cabeção. A aldeia distingue-se ainda, para surpresa dos mais
distraídos, como terra onde se come bem e à alentejana, com um punhado
de restaurantes simples e familiares, cuja qualidade não tem passado despercebida
aos críticos (ver Em Memória d’A Panela).
Para terminar, pode sempre esticar a volta até Arraiolos. Todos já ouviram falar dos
seus famosos tapetes, mas poucos sabem da sua associação à lenda da «Noiva
de Arraiolos», uma donzela que, em tempos de escaramuças com os mouros, esperou
e desesperou pelo seu noivo anos a fio, pelo que, quando chegou finalmente o dia da
boda, terá aparecido coberta por uma albarda, uma manta tecida e bordada como um
tapete, para recuperar a beleza perdida. É só mais uma curiosidade, entre as muitas
outras que tornam esta, ou qualquer outra viagem, especial.
’
›››
28. 22
E
m pleno Alto Alentejo, Montargil comunga de muitas das suas
tradições quando se senta à mesa, mas o facto de possuir a barragem,
na linha de água da ribeira de Sor, acabou por exercer uma influência
que não passa despercebida no seu receituário mais tradicional.
Por comida regional de Montargil, ou comida da terra como é mais
comum ouvir-se, entendam-se pratos como a sopa de cação, as migas
com carne de porco, o cozido, o ensopado de cabrito ou o borrego estufado.
Mais difícil, porque há hábitos que infelizmente se vão perdendo, será encontrar,
nos dias que correm, quem ainda sirva receitas de uso mais doméstico, mas nem por isso
menos apreciadas, como feijão com couve, sopa de cebola, sopa de cachola, feijão de molho
ou papas de espeto.
Há também quem se recorde ainda do pão caseiro, assado no forno a lenha e que usava
como fermento o “isco” da própria massa, e do azeite produzido, a nível familiar, nos oito
lagares que existiam em Montargil. E nas sobremesas, que o Alentejo gosta de adoçar
a boca, o arroz-doce, o bolo de bacia, o bolo podre (que leva mel e azeite), a torta de
amêndoa, o bolo enrolado, a tigelada, o pão-de-ló e as broinhas, sempre acompanhados a
preceito por licores caseiros de laranja, de tangerina, de limão e de erva-cidreira.
Serve este preâmbulo não apenas para dar água na boca, mas também para falarmos do
restaurante A Panela. Durante muitos anos, o restaurante assim chamado e conhecido
foi motivo de orgulho para as gentes de Montargil e um pretexto para que muitos de fora
ali fizessem romaria certa, sobretudo aos fins-de-semana, para se deliciarem com a sua
cozinha regional de esmero caseiro e sabor a outros tempos.
O velha Panela não existe mais, mas, em seu lugar, o CS Hotel do Lago Montargil, recriou
um novo A Panela que se apresenta, com as devidas diferenças, como seu legítimo sucessor.
Durantemuitosanos,nãofaltou
quemfizessedepropósito
váriosquilómetrossópara se
regalarcomacozinharegional
dorestauranteAPanela.
Ovelhojánãoexiste,masoCS
HoteldoLagorecuperouasua
memóriaepartedoseulegado.
›››
Mont’argil
EM MEMÓRIA
D’A PANELA
Longevãoostemposemqueagastronomiaalentejanaeraassociadaauma
cozinhademerasobrevivência.Comotempo,oseuengenho,muitonascido
danecessidadeécerto,acabouporserreconhecidoe,hoje,elagozadeum
lugardemerecidodestaquenopanoramanacional.
Apetece
30. 24
Apetece
EM MEMÓRIA D’A PANELA
A par do restaurante Buffet, no 4.º piso do
hotel, destinado ao serviço de pequeno-
-almoço e a atender quem está hospedado
em regime de alojamento e refeições, o
restaurante que leva o mesmo nome do seu
ilustre antecessor fica no último andar, com
acesso ao terraço, e aposta num serviço
à la carte. A decoração é, à semelhança
do hotel, contemporânea e em tons de
castanho, ficando a nostalgia por conta das
fotos a preto e branco, que ilustram a vida
como era na Montargil de outros tempos,
e do cardápio de matriz alentejana, que
recupera, ainda que com outra leitura é
bom dizê-lo, clássicos como o bife à Panela.
Fora de portas, não faltam igualmente
algumas opções que, mesmo sem o entorno
privilegiado do hotel, constituem um bom
complemento ou alternativa para quem
quer aproveitar a sua estada em Montargil
para passear e correr as várias capelinhas
gastronómicas que dão bom nome
(e melhor proveito) à região.
Muito perto, em Mora, pratica-se uma
cozinha regional alentejana de excelentes
predicados, em que se destacam
especialidades à base de caça (quando é
tempo dela, claro está) e, para surpresa
de muitos, excelentes pratos de peixe que
incluem o bacalhau, mas também, só para
citar um exemplo menos óbvio, o achigã
grelhado com molho de coentros.
Quase ao lado, na aldeia de Cabeção, a
cozinha alentejana é igualmente esmerada,
com pratos e doces feitos no capricho que já
a colocaram no mapa dos bons garfos. Nas
entradas, brilham os torresmos de rissol,
a sopa de beldroegas ou o paio alentejano;
nos pratos principais, não há que enganar
com as migas de espargos ou de bacalhau,
o ensopado de borrego, o arroz de lebre ou
a cabidela de galinha. Termine, sem olhar
a dietas, com um portentoso Fidalgo ou
Sericaia com ameixa de Elvas.
Na quase vizinha Avis, junto à barragem
do Maranhão, a associação à caça não é
um mero chamariz decorativo. Entre as
especialidades mais procuradas, destaque
para o arroz de lebre ou o galo de cabidela.
’
Emredordabarragem,
existemváriosrestaurantes,
algunsatémodestosnaforma,
quehonramagastronomia
alentejana.Cientedisso,
oCSHoteldoLagoquerfazer
daversãoatualdeAPanela
ummarcoemtodaaregião.
›››
31. 25
O velha Panela não existe mais, mas, em seu lugar,
o CS Hotel do Lago Montargil recriou um novo
A Panela que se apresenta, com as devidas diferenças,
como seu legítimo sucessor.
34. 28
Fruir
UM OÁSIS NA BARRAGEM
C
omo numa miragem, ao avistarmos o denso palmeiral e a arquitetura
de resort, camuflada na paisagem por um tom terra dominante,
poderíamos ser induzidos em erro e pensar que estamos em
Marraquexe e não no Alentejo. Mas eis que nos deparamos com
a fabulosa albufeira da barragem de Montargil (ver Para mais Tarde
Recordar), logo ali, a seus pés, e damos conta que a magia é outra.
É como se estivéssemos numa outra dimensão.
Construído de raiz, o CS Hotel do Lago segue a linha das unidades mais modernas e
estilizadas do grupo, e faz uma aposta clara no segmento das famílias (existe mesmo
um kids planet, embora de abertura sazonal). Este é assumidamente um hotel, com ares
de resort, idealizado para que os vários perfis de hóspedes se possam identificar com o
conceito e encontrar sempre o seu espaço.
Com uma vantagem comparativa interessante: unidade de cinco estrelas, acaba por ter
uma política de pacotes bastante atrativa, o que tem favorecido até à data uma frequência
mais democrática e menos elitista.
Com uma área de terreno bastante generosa, o CS de Montargil apostou igualmente
em trazer esse mesmo desafogo para as áreas internas. Composto por vários volumes
geométricos, ou alas se preferir, o hotel divide a sua infraestrutura por cinco pisos. Logo
à chegada, passadas as palmeiras, o lobby, com um imenso pé-direito, introduz-nos no
universo deste CS que usa – das paredes ao chão, passando pelos estofados – uma paleta de
tons que vão do castanho ao bronze. Por sua vez, o mobiliário de design escorreito e prático,
desenhado pelo engenheiro Carlos Saraiva (CEO do grupo), não tira o protagonismo
Dearquitecturamoderna
eestilizada,oCSHoteldo
Lagomarcaapaisagemcom
osseusváriosvolumes,ou
alas,geométricos,masotom
terradominante,odenso
palmeiraleosespelhosde
águaajudamaqueseintegre
harmoniosamentenotodo.
›››
35. 29
às enormes reproduções a preto e branco,
feitas a partir de fotografias antigas
de Montargil, penduradas em pontos
estratégicos da unidade.
Inclusive os quartos. Num total de
99 (mais seis suites), não desiludem.
Independentemente de categoria, são
amplos, sóbrios e integram, para maior
funcionalidade, a área de toilette no quarto,
sem lhe tirar a devida privacidade. As camas
e sua roupa, como já vem sendo marca
registada do grupo CS, são extremamente
confortáveis. Nem muito duras; nem muito
moles. Na medida certa.
A parte de restauração, a que se juntam
ainda dois bares internos e os bares das
piscinas, foi outra aposta forte (ver Em
Memoria d’A Panela). No quarto piso,
onde são também servidos os pequenos-
-almoços, o sistema de buffet revela-se à
altura nas várias horas do dia, pois é farto,
variado e há sempre alguém a fazer
›››
›››
Logoàchegada,passadas
aspalmeiras,olobby,
comumimensopé-direito,
introduz-nosnouniverso
desteCSqueusa–das
paredesaochão,passando
pelosestofados–uma
paletadetonsquevão
docastanhoaobronze.
36. 30
as reposições – pormenor importante em
hotéis com uma rotatividade considerável
de hóspedes. Já A Panela, no quinto piso,
é para um outro propósito, daí o serviço
à la carte.
À falta de uma piscina, este hotel possui
cinco, o que acaba por ser justamente
um dos seus grandes cartões de visita.
Redondas ou retilíneas, mas sempre
rodeadas de palmeiras, as exteriores ficam
nos terraços do piso 1 (são duas, sendo
uma delas para crianças), do piso 3 (não
são permitidos menores de 16 anos, o que
a torna mais recatada e muito procurada
por quem quer sossego) e do piso 4 (mais
resguardada, é também conhecida como
«a piscina dos namorados»).
A quinta piscina é interior e aquecida, mas
ainda assim exibe a medida generosa de
25 metros de comprimento. O spa, verdade
seja dita, merece uma atenção especial,
pois são 1055 m2
de área útil, com vista
Este hotel possui cinco piscinas, o que acaba por ser justamente um dos seus
grandes cartões de visita. Uma delas é interior e aquecida, mas ainda assim exibe
a medida generosa de 25 metros de comprimento.
›››
›››
Fruir
UM OÁSIS NA BARRAGEM
Comumaáreaútilde1055m2
,
ospa doCSHoteldoLago
éumaatraçãoàparte.Alémdos
váriostratamentospropostos,
entreosquaismassagenspor
marcaçãoprévia,possuiuma
tentadorapiscinainteriorcom
25metrosdecomprimento.
39. 33
CSHOTELDOLAGO
EstradaNacional2,Montargil
Tel.242241250
ReservaspeloTel.800206991,
apartirdoestrangeiropelo
n.º+351289598318
GPS:
Long.:8º9’59.77’’W
Lat.:39º4’26.03’’N
www.cshotelsandresorts.com
panorâmica para a albufeira. Além de
ginásio, sauna, banho turco, cabeleireiro
e gabinetes de massagens (só por marcação
prévia), a aposta futura passa por um
tanque de hidromassagem, Chromotherm,
Duche Vichy e acompanhamento médico.
Claro que com a barragem a dois passos
é sempre grande a tentação de desfrutar
não só do seu ambiente paisagístico, mas
também das inúmeras atividades que ali
podem ser praticadas. A abertura do Centro
Náutico do hotel, servido pela marina, foi
posterior à abertura desta unidade CS,
mas a ideia é que, com o tempo, venha a
dispor de todas as condições não só para
a prática de desportos aquáticos, mas
também para quem vier com o seu barco
ou, simplesmente, desejar relaxar por ali
(ver O Que Ver e Fazer).
Contíguo ao Centro Náutico, às margens
da barragem, o CS de Montargil desdobrou
ainda o seu conceito e, a par dos quartos já
citados que possui no hotel propriamente
dito, criou 11 Suites Náuticas autónomas
(mas com acesso direto ao hotel)
que se assemelham a pequenas moradias
de apenas um piso, com decoração
contemporânea e piscina privativa.
É uma forma mais exclusiva de desfrutar
a infraestrutura disponibilizada, a que se
juntará, mais tarde, um conjunto de sete
villas (dedois,trêsouquatroquartos)
naHerdadedas Courelas.
Mas os planos do grupo CS para Montargil
não se ficam por aqui. Para breve, e sempre
no intuito de fazer da barragem um espaço
polivalente de lazer, estão já previstos um
eco-resort, com parque de campismo
e apoio de praia, um centro equestre, com
hipódromo, e um campo de golfe de 18
buracos.
›››