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MODERNISMO
1ª FASE
Modernismo
1ª fase – poesia
(1922 – 1930)
"A transformação permanente do
tabu em ontem."
O Modernismo representou um rompimento de
artistas e intelectuais com a arte acadêmica e
o tradicionalismo cultural no Brasil.
O período de 1922 a 1930 é o mais radical do
movimento modernista.
Necessidade de definições e do rompimento
com todas as estruturas do passado.
Daí o caráter anárquico dessa primeira fase e
seu forte sentido destruidor, assim definido
por Mário de Andrade:
"(...) se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do
movimento modernista. Isto é, o seu sentido
verdadeiramente específico. Porque, embora lançando
inúmeros processos e ideias novas, o movimento
modernista foi essencialmente destruidor. (...)
O que caracteriza esta realidade que o movimento
modernista impôs é a fusão de três princípios
fundamentais:
O direito permanente à pesquisa estética;
A atualização da inteligência artística brasileira;
A estabilização de uma consciência criadora nacional.
Fases do Modernismo brasileiro
1922-1930 (1a fase): “fase heroica”, marcada
pelo radicalismo, pela releitura e ruptura com o
passado brasileiro.
Principais autores:
Mário de Andrade
Oswald de Andrade
Manuel Bandeira.
Principais
características
Rompimento com o passadismo
e o academicismo
Ruptura com a gramática
normativa, especialmente com a
sintaxe
Livre associação de ideias
Liberdade formal
(versos livres e brancos)
Coloquialismo
Incorporação e valorização de
temas prosaicos(simples),
ligados ao cotidiano, às
coisas comuns
Postura crítica perante os
valores sociais vigentes
ditados, em especial, pela
burguesia
Humor como recurso crítico
Ironia, poema-piada, paródia
Nacionalismo crítico
Fragmentação e flashes
cinematográficos
O capoeira
- Qué apanhá sordado?
- O quê?
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Oswald de Andrade
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AMOR
humor
Oswald deAndrade
Busca de uma linguagem
brasileira
Urbanismo
Revisão crítica de nosso
passado histórico-cultural
Autores
Mario deAndrade
Como muitos poetas e escritores durante toda a
sua vida. Além de poeta e ficcionista, Mário
foi cronista, crítico literário e pesquisador de
folclore, da música e das artes plásticas
nacionais.
T
ambém trabalhou na redação da revista
modernista Klaxon, veículo de divulgação das
ideias e trabalhos dos novos escritores após a
Semana de Arte Moderna.
Entre suas principais obras, estão os livros de
poemas Pauliceia desvairada, O losango
cáqui; Amar
, verbo intransitivo (romance),
Macunaíma (rapsódia).
 Já em Macunaíma, Herói sem nenhum caráter,
cria um anti-herói com um perfil indolente,
brigão, covarde, sincero, mentiroso,
trabalhador,
multifacetado.
preguiçoso, malandro -
Inspirando-se no folclore
indígena da Amazônia, mesclando a lendas e
tradições das mais variadas regiões do Brasil,
constrói-se um herói que encarna o homem
latino-americano. Macunaíma é uma figura
totalmente fora dos esquemas tradicionais da
prosa de ficção, uma aglutinação de alguns
possíveis tipos brasileiros.
Autores
Oswald deAndrade
A parte principal de sua obra é formada pelos
romances
Miramar
,
Memórias sentimentais
Serafim Ponte Grande,
de João
entre
outros; pelos livros de poesia Pau-Brasil,
Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald
de Andrade, Poesias reunidas. Escreveu
peças teatrais e os manifestos Manifesto da
Poesia Pau-Brasil e Manifesto Antropofágico.
 Sua obra é marcada por irreverência,
coloquialismo, nacionalismo, exercício de
demolição e crítica.
pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
brasil
O Zé Pereira chegou de caravela
E preguntou pro guarani de mata virgem
-Sois cristão?
-Não, Sou bravo, sou forte sou filho da morte
Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá longe a onça resmungava Uu! Ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
- Sim pela graça de Deus
Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o carnaval
Autores
Manuel Bandeira
• Buscou na própria vida inspiração para os seus
grandes temas: de uma lado a família, a morte, a
infância no Recife, o rio Capibaribe; de outro, a
observação da rua por onde
constante
transitam
meninos
os mendigos, as prostitutas, os
carvoeiros, os carregadores das
feiras, falando o português gostoso do Brasil
(humor, ceticismo, ironia, tristeza e alegria dos
homens, idealização de um mundo melhor).
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Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
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Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
/protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
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Estou farto do lirismo namorador
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Modernismo 1ª fase convertido

  • 2. Modernismo 1ª fase – poesia (1922 – 1930) "A transformação permanente do tabu em ontem."
  • 3.
  • 4. O Modernismo representou um rompimento de artistas e intelectuais com a arte acadêmica e o tradicionalismo cultural no Brasil. O período de 1922 a 1930 é o mais radical do movimento modernista. Necessidade de definições e do rompimento com todas as estruturas do passado. Daí o caráter anárquico dessa primeira fase e seu forte sentido destruidor, assim definido por Mário de Andrade:
  • 5. "(...) se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista. Isto é, o seu sentido verdadeiramente específico. Porque, embora lançando inúmeros processos e ideias novas, o movimento modernista foi essencialmente destruidor. (...) O que caracteriza esta realidade que o movimento modernista impôs é a fusão de três princípios fundamentais: O direito permanente à pesquisa estética; A atualização da inteligência artística brasileira; A estabilização de uma consciência criadora nacional.
  • 6. Fases do Modernismo brasileiro 1922-1930 (1a fase): “fase heroica”, marcada pelo radicalismo, pela releitura e ruptura com o passado brasileiro. Principais autores: Mário de Andrade Oswald de Andrade Manuel Bandeira.
  • 8. Rompimento com o passadismo e o academicismo
  • 9. Ruptura com a gramática normativa, especialmente com a sintaxe
  • 13. Incorporação e valorização de temas prosaicos(simples), ligados ao cotidiano, às coisas comuns
  • 14. Postura crítica perante os valores sociais vigentes ditados, em especial, pela burguesia
  • 15. Humor como recurso crítico
  • 19. O capoeira - Qué apanhá sordado? - O quê? - Qué apanhá? - Pernas e cabeças na calçada Oswald de Andrade
  • 22. Busca de uma linguagem brasileira
  • 24. Revisão crítica de nosso passado histórico-cultural
  • 26. Como muitos poetas e escritores durante toda a sua vida. Além de poeta e ficcionista, Mário foi cronista, crítico literário e pesquisador de folclore, da música e das artes plásticas nacionais. T ambém trabalhou na redação da revista modernista Klaxon, veículo de divulgação das ideias e trabalhos dos novos escritores após a Semana de Arte Moderna. Entre suas principais obras, estão os livros de poemas Pauliceia desvairada, O losango cáqui; Amar , verbo intransitivo (romance), Macunaíma (rapsódia).
  • 27.  Já em Macunaíma, Herói sem nenhum caráter, cria um anti-herói com um perfil indolente, brigão, covarde, sincero, mentiroso, trabalhador, multifacetado. preguiçoso, malandro - Inspirando-se no folclore indígena da Amazônia, mesclando a lendas e tradições das mais variadas regiões do Brasil, constrói-se um herói que encarna o homem latino-americano. Macunaíma é uma figura totalmente fora dos esquemas tradicionais da prosa de ficção, uma aglutinação de alguns possíveis tipos brasileiros.
  • 29. A parte principal de sua obra é formada pelos romances Miramar , Memórias sentimentais Serafim Ponte Grande, de João entre outros; pelos livros de poesia Pau-Brasil, Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade, Poesias reunidas. Escreveu peças teatrais e os manifestos Manifesto da Poesia Pau-Brasil e Manifesto Antropofágico.
  • 30.  Sua obra é marcada por irreverência, coloquialismo, nacionalismo, exercício de demolição e crítica.
  • 31. pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro
  • 32. brasil O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani de mata virgem -Sois cristão? -Não, Sou bravo, sou forte sou filho da morte Teterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! Ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu - Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o carnaval
  • 34. • Buscou na própria vida inspiração para os seus grandes temas: de uma lado a família, a morte, a infância no Recife, o rio Capibaribe; de outro, a observação da rua por onde constante transitam meninos os mendigos, as prostitutas, os carvoeiros, os carregadores das feiras, falando o português gostoso do Brasil (humor, ceticismo, ironia, tristeza e alegria dos homens, idealização de um mundo melhor).
  • 35. Porquinho-da-Índia Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índia. Que dor de coração me dava Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos Ele não gostava: Queria era estar debaixo do fogão. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas... — O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.
  • 36. Poema do beco Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte? - O que eu vejo é o beco
  • 37. Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente /protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis Estou farto do lirismo namorador Político Raquítico Sifilítico
  • 38. Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e /morreu afogado.