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Definição
• A            partir       de           1881,        na
  França, poetas, pintores, dramaturgos e escritores em
  geral, influenciados pelo misticismo advindo do grande
  intercâmbio com as artes, pensamento e religiões
  orientais - procuram refletir em suas produções a
  atmosfera presente nas viagens a que se dedicavam.

• Marcadamente individualista e místico, foi, com
  desdém, apelidado de "decadentismo" - clara alusão à
  decadência dos valores estéticos então vigentes e a
  uma certa afetação que neles deixava a sua marca. Em
  1886 um manifesto trouxe a denominação que viria
  marcar definitivamente os adeptos desta corrente:
  simbolismo.
Contexto histórico
         • II Revolução Industrial
         • Monopólio de grandes
           grupos financeiros
         • Grande Depressão
           (1873 – 1896)
         • Niestzsche e
           Schopenhauer
         • Decadentismo (Charles
           Baudelaire com "As
           Flores do Mal", 1857)
         • Impressionismo na arte
Características
• Subjetivismo: A visão objetiva da realidade não
  desperta mais interesse, e, sim, está focalizada sob o
  ponto de vista de um único indivíduo.

• Musicalidade: A musicalidade é uma das características
  mais destacadas da estética simbolista. (Aliteração e
  Assonância).

• Espiritualidade e Transcendentalismo: Um dos princípios
  básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras
  sem nomear objetivamente os elementos da realidade.
  Ênfase no imaginário e na fantasia.
Características
• Sinestesia:     Sensação     produzida         pela
  interpenetração de órgãos sensoriais: "cheiro doce"
  ou "grito vermelho“

• Obsessão pelo branco: "Ó Formas alvas, brancas,
  Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó
  Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos
  turíbulos das aras..." [...] (Cruz e Souza)
No Brasil...
•   Proclamação da Republica
•   Imigração
•   Inicio da industrialização
•   1893 – Missal e Broqueis de
    Cruz e Souza.
Cruz e Souza
• Combinou a influencia que
  recebeu do Parnasianismo, o
  pessimismo e o materialismo dos
  realistas com a musicalidade e o
  espiritualismo simbolista.
• Nas ultimas obras, busca o
  conformismo        cristão    como
  salvação e conforto.
• Linguagem
  requintada,               inovações
  linguísticas, uso excessivo da
  maiúsculas, substantivos abstratos
  po plural e sinestesias.
• Predileção pelo branco ou a
  coisas que lembrem a cor.
Inefável
Nada há que me domine e que me vença
Quando a minha alma mudamente acorda...
Ela rebenta em flor, ela transborda
Nos alvoroços da emoção imensa.
Sou como um Réu de celestial sentença,
Condenado do Amor, que se recorda
Do Amor e sempre no Silêncio borda
De estrelas todo o céu em que erra e pensa.

Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outras mais serenas madrugadas!

Todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo
Na minha alma volteando arrebatadas
Alphonsus de
             Guimaraens
• Poeta místico, religiosidade
  que marca seus versos
  contem lugares onde viveu
  (igreja, procissões, missas)
• Misticismo marcado pela
  melancolia
• Preferencia pela língua
  arcaica
• Impressões de vésperas de
  finados, luto, sepultamento.
• Poesia pouco descritiva e
  versos musicais.
Ossa Mea
Mãos de finada, aquelas mãos de neve,
De tons marfíneos, de ossatura rica,
Pairando no ar, num gesto brando e leve,
Que parece ordenar mas que suplica.

Erguem-se ao longe como se as eleve
Alguém que ante os altares sacrifica:
Mãos que consagram, mãos que partem breve,
Mas cuja sombra nos meus olhos fica...

Mãos de esperança para as almas loucas,
Brumosas mãos que vêm brancas, distantes,
Fechar ao mesmo tempo tantas bocas...

Sinto-as agora, ao luar, descendo juntas,
Grandes, magoadas, pálidas, tateantes,
Cerrando os olhos das visões defuntas...

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Simbolismo

  • 1.
  • 2. Definição • A partir de 1881, na França, poetas, pintores, dramaturgos e escritores em geral, influenciados pelo misticismo advindo do grande intercâmbio com as artes, pensamento e religiões orientais - procuram refletir em suas produções a atmosfera presente nas viagens a que se dedicavam. • Marcadamente individualista e místico, foi, com desdém, apelidado de "decadentismo" - clara alusão à decadência dos valores estéticos então vigentes e a uma certa afetação que neles deixava a sua marca. Em 1886 um manifesto trouxe a denominação que viria marcar definitivamente os adeptos desta corrente: simbolismo.
  • 3. Contexto histórico • II Revolução Industrial • Monopólio de grandes grupos financeiros • Grande Depressão (1873 – 1896) • Niestzsche e Schopenhauer • Decadentismo (Charles Baudelaire com "As Flores do Mal", 1857) • Impressionismo na arte
  • 4. Características • Subjetivismo: A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, e, sim, está focalizada sob o ponto de vista de um único indivíduo. • Musicalidade: A musicalidade é uma das características mais destacadas da estética simbolista. (Aliteração e Assonância). • Espiritualidade e Transcendentalismo: Um dos princípios básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Ênfase no imaginário e na fantasia.
  • 5. Características • Sinestesia: Sensação produzida pela interpenetração de órgãos sensoriais: "cheiro doce" ou "grito vermelho“ • Obsessão pelo branco: "Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras..." [...] (Cruz e Souza)
  • 6. No Brasil... • Proclamação da Republica • Imigração • Inicio da industrialização • 1893 – Missal e Broqueis de Cruz e Souza.
  • 7. Cruz e Souza • Combinou a influencia que recebeu do Parnasianismo, o pessimismo e o materialismo dos realistas com a musicalidade e o espiritualismo simbolista. • Nas ultimas obras, busca o conformismo cristão como salvação e conforto. • Linguagem requintada, inovações linguísticas, uso excessivo da maiúsculas, substantivos abstratos po plural e sinestesias. • Predileção pelo branco ou a coisas que lembrem a cor.
  • 8. Inefável Nada há que me domine e que me vença Quando a minha alma mudamente acorda... Ela rebenta em flor, ela transborda Nos alvoroços da emoção imensa. Sou como um Réu de celestial sentença, Condenado do Amor, que se recorda Do Amor e sempre no Silêncio borda De estrelas todo o céu em que erra e pensa. Claros, meus olhos tornam-se mais claros E tudo vejo dos encantos raros E de outras mais serenas madrugadas! Todas as vozes que procuro e chamo Ouço-as dentro de mim porque eu as amo Na minha alma volteando arrebatadas
  • 9. Alphonsus de Guimaraens • Poeta místico, religiosidade que marca seus versos contem lugares onde viveu (igreja, procissões, missas) • Misticismo marcado pela melancolia • Preferencia pela língua arcaica • Impressões de vésperas de finados, luto, sepultamento. • Poesia pouco descritiva e versos musicais.
  • 10. Ossa Mea Mãos de finada, aquelas mãos de neve, De tons marfíneos, de ossatura rica, Pairando no ar, num gesto brando e leve, Que parece ordenar mas que suplica. Erguem-se ao longe como se as eleve Alguém que ante os altares sacrifica: Mãos que consagram, mãos que partem breve, Mas cuja sombra nos meus olhos fica... Mãos de esperança para as almas loucas, Brumosas mãos que vêm brancas, distantes, Fechar ao mesmo tempo tantas bocas... Sinto-as agora, ao luar, descendo juntas, Grandes, magoadas, pálidas, tateantes, Cerrando os olhos das visões defuntas...