O Simbolismo surgiu na França no final do século XIX como reação ao Realismo, caracterizando-se por uma visão subjetiva e espiritual do mundo. No Brasil, teve início em 1893 com as obras de Cruz e Sousa e foi ofuscado por outros movimentos. A Semana de Arte Moderna marcou o fim do Simbolismo, abrindo novos caminhos para a literatura brasileira.
3. O Simbolismo foi uma escola literária do
fim do século XIX, surgida na França como
reação ao Realismo e, sobretudo, ao
Parnasianismo. Essa escola caracterizou-se
por apresentar uma visão subjetiva, simbólica
e espiritual do mundo.
4. PRIMEIRA
OBRA
SIMBOLISTA
“As Flores do
Mal”, de Charles
Baudelaire
6. No Brasil, o Simbolismo começou em 1893, com a
publicação de dois livros: Missal (prosa) e Broquéis
(poesia), ambos de Cruz e Sousa. Diferente do que
aconteceu na França, onde o Simbolismo sobrepôs-se
ao Realismo e ao Parnasianismo, no Brasil o Simbolismo
foi quase inteiramente abafado por esses movimentos,
que tiveram muito prestígio entre as camadas cultas do
país.
8. O movimento simbolista chegou ao
seu fim com a Semana de Arte
Moderna, que neutralizou todas essas
estéticas e traçou novos e definitivos
rumos para a literatura brasileira.
10. Preocupação formal que se revelou na busca de
palavras de grande valor conotativo e ricas em
sugestões sensoriais; o Simbolismo não pretendia
descrever a realidade, mas sugeri-la;
Poesias carregadas de musicalidade;
Poesia foi encarada como forma de evocação de
sentimentos e emoções;
11. Frequentes alusões a elementos evocadores de
rituais religiosos;
Preferência por temas subjetivos que tratem da
morte, do destino, de Deus etc.;
Enfoque espiritualista da mulher, envolvendo-a
num clima de sonho onde predomina o vago, o
impreciso e o etéreo.
14. Filho de ex-escravos, foi criado por um Marechal e sua
esposa como um filho que nunca tiveram. João da Cruz e
Sousa (1861-1898) estudou na melhor escola da região,
casou-se e teve quatro filhos. Infelizmente, dois deles
morreram e sua esposa enlouqueceu. Perseguido a vida
inteira por ser negro, culminando com o fato de ter sido
proibido de assumir um cargo de juiz só por isso, morre
jovem de tuberculose, vítima da pobreza e do preconceito.
15. Uma de suas obsessões era cor branca, como
mostra a passagem a seguir.
"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
de luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incenso dos turíbulos das aras..."
16. Uma de suas obsessões era cor branca, como
mostra a passagem a seguir.
"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
de luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incenso dos turíbulos das aras..."
18. Afonso Henrique da Costa Guimarães
(1870-1921) teve uma juventude boêmia e
dândi, mas abandonou-a pelo estudo da
Engenharia, que abandonou pelo Direito.
Jornalista e magistrado foi morar em
Mariana, de onde raramente saiu até morrer.
19. Seus versos tinham musicalidade e sutileza para a atmosfera
religiosa que inspiravam, como mostra a passagem a seguir.
"O céu é todo trevas: o vento uiva.
Do relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
E a catedral ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho
Como um astro que já morreu.”
21. Era descendente de ingleses por
parte do pai, o engenheiro John
Kilkerry, superintendente da Bahia Gás
Company Limited, e da mestiça
alforriada baiana Salustiana do
Sacramento Lima.
22. Portador de tuberculose pulmonar, faleceu durante
uma traqueotomia, sem ter publicado nenhum livro,
apesar de ter contribuído para alguns periódicos como
Nova Cruzada e Os Anais. Seus poemas foram
recolhidos em 1970 por Augusto de Campos, que o
considera um dos precursores de nossa modernidade.
Também é chamado de “o Gregório de Matos" daquele
período da vida baiana.”
25. O simbolismo nas artes plásticas, tal como na
poesia, apresentava forte misticismo e referências ao
oculto. Procurava diminuir o hiato entre o mundo
material e o espiritual. Os pintores deveriam
expressar, através de imagens, esses temas e essa
visão de mundo, desenvolvidas pelos poetas
simbolistas em sua linguagem.
26.
27. Para esse fim, utilizavam-se principalmente
de cores e linhas, entendidos como elementos
extremamente expressivos que por si só
poderiam representar idéias. Confiavam mais
na simples sugestão de algo que na sua forma
explícita.