1. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO Licenciatura em Educação Física e Desporto UC- Bioquímica Ricardo Pessoa
2. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 1. INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA Cada indivíduo possui uma estrutura física e uma formação psíquica própria, o que obriga o estabelecimento de diferentes tipos de condicionamento para um processo de preparação desportiva. MEIO AMBIENTE GENÓTIPO FENÓTIPO Carga genética que determinará a composição corporal, biótipo, altura máxima esperada, força máxima possível, aptidões físicas e intelectuais (VO2máx, fibras musculares, etc...) Somado à partir do nascimento: Habilidades desportivas, VO2, etc...
3. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 2. PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO Ligado ao conceito de “homeostasia”: “...estado de equilíbrio instável mantido entre os sistemas corporais e o meio ambiente”. Pode ser interrompida por fatores: a) Internos (córtex cerebral) b) Externos (ambientais) “SEMPRE QUE A HOMEOSTASE É PERTURBADA O ORGANISMO DISPARA MECANISMOS COMPENSATÓRIOS QUE PROCURAM RESTABELECER O EQUILÍBRIO”
4. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 2. PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO (BASE TEÓRICA DO PRINCÍPIO) HUSSAY (1956) estabeleceu uma diferenciação entre as intensidades dos estímulos: ESTÍMULO DÉBIL Não acarretam respostas ESTÍMULOS MÉDIOS Apenas excitam ESTÍMULOS FORTES Provocam adaptações ESTÍMULOS MUITO FORTE Provocam danos Hussay (1956)
9. Fumo = provocam efeitos sobre os sistemas circulatório, respiratório e digestivo.MENTAIS: provocado pela ansiedade, angústia (oriundos do córtex) que elevam a produção de adrenalina. O TREINO E A COMPETIÇÃO SUBMETEM O ATLETA AOS TRES TIPOS DE STRESS
10. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 2. PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO (BASE TEÓRICA DO PRINCÍPIO) STRESS FÍSICO (SAG) 1) Reação de Excitação = provoca uma reação de alarme 2) Fase de Resistência = provoca uma adaptação 3) Fase de exaustão = provoca danos temporários ou permanentes “Se forem aplicados estímulos muito fortes sem um devido período de recuperação ou alimentação insuficiente o atleta entrará num processo de exaustão que CARLYLE (1967) denomina “STRAIN”.
11. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 2. PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO (BASE TEÓRICA DO PRINCÍPIO) FORMAS DE ADAPTAÇÃO I - Sob o aspecto MORFOLÓGICO e FUNCIONAL: MORFOLÓGICAS FUNCIONAIS Massa: corporal e muscular Volume cardíaco Capilarização Capacidade dos sistemas funcionais (metabolismo de energia e gases)
12. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 2. PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO (BASE TEÓRICA DO PRINCÍPIO) II - Sob o aspecto da ação da sobrecarga BIOPOSITIVAS BIONEGATIVAS Quantitativa e Qualitativamente Má adaptação III - Sob o aspecto do tempo ADAPTAÇÃO RÁPIDA ADAPTAÇÃO LENTA Aparelho locomotor activo Aparelho locomotor passivo
13. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 2. PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO (BASE TEÓRICA DO PRINCÍPIO) IV - Quanto à especificidade ESPECÍFICA NÃO-ESPECÍFICAS ou CRUZADAS Não têm relação com o estímulo Geral Especial Cruzada positiva Cruzada negativa
14. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 2. PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO (BASE TEÓRICA DO PRINCÍPIO) Medidas de recuperação Adaptabilidade Condições de treino Tipo de sobrecarga PROCESSO DE ADAPTAÇÃO Métodos de treino Estação do ano Meios de treino Fatores climáticos Conteúdos de treinamento Idade/Sexo Factores psicológicos Especificidade da sobrecarga Factores biorrítmicos Factores sociais Alimentação adequada
15. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 2. PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO (BASE TEÓRICA DO PRINCÍPIO) TIPOS DE ADAPTAÇÕES AO TREINO Os efeitos da aplicação de sobrecarga sobre o organismo não permanecem constantes. ADAPTAÇÃO IMEDIATA Alterações que se operam imediatamente, durante o período de execução do exercício (udorese, pressão arterial, freqüência cardíaca) ADAPTAÇÃO POSTERIOR Alterações no estado do organismo no período de tempo entre as sessões (anabolismo e catabolismo de nutrientes). ADAPTAÇÃO CUMULATIVA Alterações obtidas a longo prazo. Efeito de alguns ciclos de treino (hipertrofia).
16. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 3. PRINCÍPIO DA SOBRECARGA A adaptação é determinada pela natureza da sobrecarga, sua intensidade e volume. Após a aplicação de uma carga de trabalho, há uma recuperação do organismo, visando restabelecer a homeostase. PROCESSO BIOQUÍMICO TEMPO DE RECUPERAÇÃO Recuperação das reservas de O2 10 - 15 seg Recuperação das reservas de lactatos 2 - 5 min Pagamento do débito lático de O2 3 - 5 min Eliminação do lactato 30 min -1.5 hs Re-síntese do glicogênio muscular 12-48 hs Recuperação do glicogênio hepático 12-48hs Reforço de síntese de proteínas fermentares e estruturais 12-72 hs VOLKOV, 1986.
17. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 3. PRINCÍPIO DA SOBRECARGA FASES DAS ALTERAÇÕES DA CAPACIDADE DE DESEMPENHO 1= Fase de retrocesso 2= Fase de aumento 3= Fase da supercompensação
18. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 4. PRINCÍPIO DA INTERDEPENDÊNCIA VOLUME-INTENSIDADE O êxito dos atletas está relacionado a uma grande quantidade (volume) e a uma alta qualidade (intensidade) no trabalho. As duas variáveis devem sempre estar adequadas às fases de treinamento e interdependentes entre si. VOLUME nos treinos RML FLEXIBILID. RES. ANAER. RITMO FORÇA VELOCIDADE INTENSIDADE nos treinos A ESCOLHA DA INCIDÊNCIA DE SOBRECARGA NA INTENSIDADE OU NO VOLUME, RESPEITARÁ DOIS CRITÉRIOS: A QUALIDADE FÍSICA VISADA E O PERÍODO DE TREINO
19. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 5. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE A interrupção controlada do treino, para fins de recuperação, é benéfica e imprescindível para o sucesso do programa. Pode variar de poucos minutos até 48 horas, após as quais haverá uma diminuta perda na estado de treino, se não houver um novo estímulo. PAUSAS MAIORES QUE 48 HORAS SÓ SERÃO RECOMENDADAS FACE AO APARECIMENTO DE UM SUPERTREINO
20. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 5. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE PERÍODOS DE TREINAMENTO MÍNIMOS NECESSÁRIOS A) Força dinâmica e hipertrofia = obtida após 12 microciclos B) Força explosiva e estática = após 6 microciclos C) Resistência anaeróbia = após 7 microciclos D) Resistência aeróbia = após 10 microciclos E) Resist.muscular local = após 8 microciclos F) Velocidade de movimentos e flexibilidade = após de 16 microciclos
21. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 6. PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE O treinamento deve ser montado sobre requisitos específicos da performance desportiva em termos de capacidade motora interveniente, sistema energético preponderante, segmento corporal e coordenações psicomotoras utilizadas. “Lei da qualidade do treinamento”
23. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINO 6. PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE Fatores de desempenho físico Condicionados e Coordenativos (Resistência, Força, Velocidade, Mobilidade, Agilidade) Características da personalidade (habilidades intelec- tuais, características morais e psíquicas CAPACIDADE DE DESEMPENHO DESPORTIVO Características e habilidades técnico-táticas Fatores constitucionais e de saúde WEINECK, 1991.