2. Objetivos
• Compreender o padrão ENADE
• Analisar sobre a taxonomia de Bloom
• Demonstrar as questões de padrão ENADE
• Elaborar questões padrão ENADE
3. O que nós professores sabemos sobre o Sistema Nacional de Avaliação
do Ensino Superior?
Como contribuímos para que os nossos alunos [e nossas instituições]
obtenham sucesso no ENADE?
Como deve ser uma boa questão ENADE?
Questões Norteadoras
5. Portaria Normativa n° 40 de 12 de Dezembro de 2007, Art. 33-D, o
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), tem como
objetivo:
• Aferir o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos
programáticos previstos nas diretrizes curriculares do respectivo
curso de graduação e as habilidades e competências em sua
formação.
A metodologia do Enade é baseada em ferramentas que ajudam a mensurar
as oscilações de qualidade do Ensino Superior, refletindo assim tanto no
perfil da prova quanto no seu período de aplicação.
ENADE - Objetivo
6. Aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) desde 2004, o
Enade integra o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior (Sinaes), composto também
pela Avaliação de cursos de graduação e
pela Avaliação institucional. Juntos eles formam o
tripé avaliativo que permite conhecer a qualidade dos
cursos e instituições de educação superior brasileiras.
Os resultados do Enade, aliados às respostas do
Questionário do Estudante, são insumos para o cálculo
dos Indicadores de Qualidade da Educação
Superior.
7. Responsabilidades
IES
• ofertar ensino de qualidade,
propiciando meios para que seus
alunos adquiram os elementos
previstos nas DCN (Diretrizes
Curriculares Nacionais) de seu
curso
Estudantes
• empenharem-se para que
seu resultado individual e
coletivo seja de fato
representativo da
formação recebida.
8. Diretrizes da Prova
A elaboração das Diretrizes para as provas é de
competência das Comissões Assessoras do Enade
• Comissão Assessora de Formação Geral, Comissões Assessoras de
Área e Comissões Assessoras de Cursos Superiores de Tecnologia
• Nomeadas pelo Presidente do Inep
• Formadas por professores de Instituições de Ensino Superior (IES)
públicas e privadas e sua composição busca contemplar todas as
regiões do país.
As diretrizes do Enade são publicadas anualmente por
meio de Portarias específicas e se constituem
documentos de referência que orientam as IES e os
estudantes que serão avaliados no Exame.
11. Banco de Questões
• A partir de 2010, foi instituída a elaboração periódica de questões. O
processo ocorre, em média, três a quatro vezes ao ano.
• A elaboração de itens para o banco é feita por professor da educação
superior com experiência em sala de aula e na elaboração de questões
para avaliações.
• A convocação é feita por chamada pública.
• O Inep seleciona entre os inscritos aqueles que atendem os critérios
estabelecidos e a eles oferece formação.
12. Implicações
1. A realização do ENADE é pré-
requisito para colação de grau.
Sem Enade = Sem diploma.
2. A Avaliação é trienal.
Os conceitos ficam “carimbados”
no curso por três anos e
disponíveis publicamente.
13. “O ENADE busca verificar o que o estudante é capaz de
fazer com o conhecimento adquirido e não o “quanto”
ele aprendeu. Com efeito, a forma contextualizada com
que as provas do ENADE têm sido elaboradas é um
ponto bastante positivo. Ao invés de resgatar
conteúdos tradicionalmente memorizativos, o Exame
se propõe a analisar as habilidades dos estudantes,
trabalhando com enunciados contextualizados e com a
teoria do item em seus destratores ”(DINIZ, 2017 p.9).
PONTOS POSITIVOS:
14. “Embora o objetivo primeiro do exame, já destacado no
seu nome, seja avaliar o desempenho dos estudantes com
relação aos conteúdos programáticos previstos nas
diretrizes curriculares dos cursos de graduação, o Enade
tem sido utilizado quase que exclusivamente para
estabelecer um ranqueamento entre as instituições de
ensino superior, retirando o foco dos estudantes e
fortalecendo os holofotes sobre as instituições de ensino,
gerando, com isso, uma competição que em pouco
contribui para melhoria da qualidade da educação superior
brasileira”(DINIZ, 2017 p.11).
PONTOS NEGATIVOS:
16. Competências -
- Mobilização de um repertório de recursos(conhecimentos, saberes, escolhas éticas e
estéticas, posturas etc) mediada por processos educacionais e de formação profissional.
Características mais gerais que em conjunto constituem o perfil profissional esperado do
egresso, vinculado ao Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)
Perfil do Egresso
Objetos de Conhecimento
- Elementos específicos dos conteúdos curriculares mobilizados para solução de um problema
Perfil
- Características mais gerais que em conjunto constituem o perfil profissional
esperado do egresso, vinculado ao Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)
Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia 2016
17. Como podemos preparar melhor
nossos alunos sem focar na prova?
• Gincanas
• Palestras
• Orientações
• Simulados
• Vídeos
21. 1. Avaliação continuada
Estruturação de uma avaliação constante
2. Avaliação sistematizada e articulada
Não esperar a prova para avaliar, não pode ser a única evidência
3. Avaliação cumulativa
Juntar conhecimentos anteriores
4. Análise de dados e tomada de decisão
Coletar informações e fazer a melhor avaliação.
Estratégia Avaliativa
22. Foi resultado do trabalho de uma comissão
multidisplinar de especialistas de várias universidades
dos Estados Unidos da América, liderada por Benjamin
S. Bloom, na década de 1950. que focada em 3
dimensões cognitiva, afetiva e psicomototora. No ano
de 1999, o Dr. Lorin Anderson, um antigo estudante de
Bloom, e seus colegas publicaram uma versão
atualizada da Taxonomia de Bloom que considera uma
gama maior de fatores que afetam o ensino e a
aprendizagem. Em sua nova proposição, a taxionomia
de Bloom revisada considera duas dimensões:
conhecimento e processos cognitivos. Cada dimensão
também é subdividida em categorias, as quais
perpassam as diferentes dimensões do conhecimento.
Taxionomia de Bloom
23. 1956
(I) cognitiva, - aspecto cognitivo refere-se aos objetivos que destacam a
lembrança de algo que foi aprendido para a resolução de alguma atividade
mental, a partir desta lembrança o indivíduo define o problema fundamental.
(II) afetiva ou emocional - enfatiza as emoções e os anseios, assim como a
aceitação ou rejeição, expressos em interesses, atitudes ou valores.
(III) psicomotora é o âmbito que se relaciona à habilidade muscular ou motora.
2001
“saber o quê” (o conteúdo do raciocínio) de “saber como”
(os procedimentos para resolver problemas).
Taxionomia de Bloom
27. Questionamentos
Lembrar – O que, como, como você
descreveria, explicaria?
Entender – qual sua interpretação, o que
você entende por?
Aplicar – que exemplos você pode dar,
que fatos você seleciona para...?
Analisar – como você compararia, o que
você entende ao dizer...?
Avaliar – como você justifica, como
avaliaria?
Criar – que mudanças faria para resolver,
de que maneira imagina o projeto?
28. Questão 01
Objetivo de aprendizagem Recordar sobre comunicação
Nível de dificuldade Fácil Médio Difícil
Questão 05
Objetivo de aprendizagem Articular entre comunicação interna e endomarketing
Nível de dificuldade Fácil Médio Difícil
Questão 06
Objetivo de aprendizagem Apreciar a relação de ética e comunicação
Nível de dificuldade Fácil Médio Difícil
29. • comunicação eficiente: linguagem clara e objetiva.
• metodologia: o que se avalia é uma aprendizagem memorizada, uma
aprendizagem compreensiva ou uma aprendizagem crítica?
• função dos resultados e concepção de aprendizagem, conhecimento ou
saberes: os resultados serão analisados construtivamente ? as
habilidades de lidar com esses conhecimentos (saber fazer) ou a
competência de utilizá-los eficientemente (fazer)
• didática que a estrutura da questão deve ter: Como tornar a questão
atrativa para que haja empenho em responder? Que nível de
complexidade a questão deve ter? Como torná-la básica, mais
compreensiva, evitando-se o supérfluo cansativo e enfadonho?
• linguística: como garantir os elementos da textualidade? Qual pontuação
é mais adequada? Que ordem gramatical estabelecer entre os elementos
da questão? Qual vocabulário é pertinente?
• nível a que a avaliação se destina: é importante saber qual é o grau de
complexidade que os itens podem apresentar para que sejam adequados
aos objetivos da avaliação e ao nível de desenvolvimento do aluno
avaliados .
Elaboração para a avaliação:
30. Abrangência - uma questão pode abranger um ou mais conteúdos de uma
disciplina, de um conjunto semestral de disciplinas ou de um curso.
Pertinência – os conteúdos contemplados nas questões com o curso como um
todo.
Nível de Dificuldade – cada questão é classificada como Fácil (80%), Média
(60%) ou Difícil (20%)
Estudo de Caso ou Situação-Problema – toda questão deve apresentar um
Estudo de Caso ou uma Situação-Problema.
Empregabilidade – a questão possibilita avaliar se o aluno demonstra
competências e habilidades importantes para sua atuação profissional e
inserção no mercado de trabalho.
Conteúdo da avaliação:
31. Item de múltipla escolha utilizado nos testes do Inep
divide-se em três partes:
Estrutura das questões:
Texto-base
Enunciado
Alternativas
Devem ser observadas a coerência e a coesão entre suas partes (texto- base,
enunciado e alternativas), de modo que haja uma articulação entre elas e se
explicite uma única situação-problema e uma abordagem homogênea de
conteúdo.
Texto, gráficos, imagens
Comando com a competência
Opção correta e distratores
32. • Constitui-se da situação problemática que é a motivação da
questão
– podem ser utilizados textos, figuras, tabelas, gráficos, etc. sempre
referenciados ABNT)
– não poderá ser utilizado livro didático como fonte.
– a referência bibliográfica utilizada deve ser fidedigna. Entende-se por fonte
fidedigna, o texto-base que seja recuperável em pesquisa pela Internet ou
em material impresso de ampla divulgação. Em ambos os casos, o texto-
base deverá estar conforme a redação no original e não poderá ser
tradução livre
– em caso de adaptação, esta não deve alterar o sentido global na fonte
primária
– dê preferência a situações-problema que exijam reflexão e tomada de
decisão
– deve-se evitar a exigência de informações simplesmente decoradas,
como fórmulas, datas, termos, nomes, enfim, detalhes que não
avaliam a habilidade, mas privilegiam a memorização
Texto- Base / Contextualização:
33. Contextualização
No que tange a distribuição dos canais de marketing teremos a distribuição
intensiva, a distribuição seletiva e a distribuição exclusiva.
Levando em consideração essas três estratégias de distribuição, analise as
afirmativas:
I – Consiste especificamente no fabricante mapear a maior quantidade
possível de pontos de venda.
II – Consiste em utilizar um número razoável de intermediários dispostos a
trabalhar com os produtos da empresa.
III - Consiste em um número limitado de intermediários, com um menor
apoio de vendas e consequentemente menor controle sobre o distribuidor.
34. É a instrução clara e objetiva da tarefa a ser realizada pelo estudante, aqui
se define o nível de habilidade cognitiva requerida e que será avaliada.
Pode ser uma pergunta, pode ser frase a ser completada ou respondida
pelas alternativas
– apresente o enunciado com todas as informações técnicas
necessárias a realização do item
– não deve apresentar informações adicionais ou complementares ao
texto-base
– inclui-se uma instrução clara e objetiva da tarefa a ser realizada
pelo participante do teste
– pode ser expressa como pergunta ou frase a ser completada pela
alternativa correta
– redija o enunciado sempre na forma afirmativa
– utilizar, preferencialmente, termos impessoais: “calcula-se”,
“considera- se”, “argumenta-se”, etc.
Enunciado:
36. • Alternativas: São as possibilidades de respostas: o gabarito (alternativa
correta) e os distratores (alternativas incorretas)
• Não utilize: Nenhuma das Respostas Anteriores ou Todas asAnteriores
• As alternativas não devem ser longas e repetitivas
• As alternativas não devem empregar elementos que levem à resposta
correta por exclusão
• Não se deve tornar uma alternativa falsa pela inclusão da palavra NÃO
• Gabarito: A única alternativacorreta
• Distratores: São as alternativas incorretas, devem ser redigidas com aparência
de resposta correta, mas sendo inquestionavelmente incorreta. Devem parecer
corretas para aqueles que não adquiriram a habilidade exigida:
• As opções erradas – distratores- devem ser plausíveis e fazer parte do
contexto do item.
Estrutura das questões:
37. Alternativa A II, apenas.
Alternativa B I e II, apenas.
Alternativa C III, apenas.
Alternativa D II e III, apenas.
Alternativa E I, II e III.
Alternativa correta Alternativa A
38. • É adequado:
– primeiro elaborar a situação-problema (texto-base),
depois o enunciado/comando e em seguida as
alternativas
– o item correto não deve deixar dúvida
– a situação-problema, o enunciado e as opções devem ser
coerentes, articulados e homogêneos
– evitar construções complicadas que possam induzir o estudante
ao erro
– dar preferência às fontes primárias
– utilizar textos que abordem temas atuais e adequados aos
alunos dos diversos cursos
– quando necessário apresentar: tabelas, quadros, textos,
gráficos, segmentos de texto, atualizados e referenciados,
de acordo com a ABNT
Construção das questões:
39. Construção das questões:
• Evitar:
– simples memorização ou recordação;
– viés político, cultural, preconceito e discriminação;
– opções muito próximas do gabarito;
– dar pistas que facilitem a resposta;
– a mesma redação do enunciado e da resposta;
– as expressões: sempre, nunca, talvez, pode ser, tudo, todos, ninguém,
nenhum, nada, algum, alguma, pouco, às vezes, quase, geralmente,
raramente, jamais, somente, é provável, possivelmente, qualquer,estas
darão imprecisão à questão;
– distratores que retratem erros grosseiros ou alternativas absurdas
tendem a induzir a identificação da alternativa correta;
– enunciados vagos;
– terminar um enunciado com um artigo (feminino ou masculino) que
induza à resposta.
40. 1. Foco: memorização (questões pontuais)
O que...?
Quando...?
Quem...?
Cite...
2. Dificuldade: critério de correção (não há delimitação)
Cite alguns...
Dê exemplos...
Quais são...?
3. Resposta possível: sim ou não
É possível...?
Você acha que...?
Deve‐se...?
4. Formulações vagas, imprecisas, indefinidas:
Discorra sobre...
Comente...
Dê sua opinião sobre...
5. Utilização de termos que não delimitam a abrangência da resposta:
Resumidamente...
Em poucas linhas...
Sucintamente...
Formulações inadequadas
41. Precisão – a linguagem usada em imagens para descrição de conceitos, elementos e
fenômenos deve ser correta e precisa.
Interpretação – qualquer imagem – obra de arte, charge, tiras, anúncios ou desenhos
– utilizada não deve remeter o aluno a uma interpretação ambígua.
Coesão – toda imagem deve ter articulação explícita com o texto-base ou texto do
enunciado.
Relevância – toda imagem deve contribuir para a resolução do problema e não
confundir o aluno.
Objetividade – não há Imagens que sirvam apenas para “embelezar”. Toda imagem é
funcional para a solução da questão.
Utilização de Imagens:
44. Complementação
simples :
• É o enunciado que deve ser
redigido em forma de frase
incompleta e as alternativas
devem completar a frase
proposta
45.
46. Interpretação:
• Este tipo de
questão parte da
situação estímulo
que éo
problema a partir
do qual o
estudante
organiza ideias,
dados ou
informações para
resolvê-la
47. Asserção -
Razão:
• A questão
asserção-razão
objetiva criar um
item para análise
de relações. Ele é
constituído de duas
proposições ligadas
pela palavra
PORQUE, em que a
segunda é razão ou
justificativa da
primeira
48. Resposta
múltipla:
• A questão possui múltiplas
afirmativas para serem
analisadas como falsa ou
verdadeira e em seguida o
estudante escolheráa
alternativa que corresponde
ao resultado da análise
efetuada
49.
50. Discursiva:
• As questões ou itens
discursivos, também
conhecidos como,
dissertativos, abertos,
descritivos, tipo ensaio ou de
resposta livre, avaliam
clareza, coerência, coesão,
estratégias argumentativas,
utilização de vocabulário
adequado e correção
gramatical dotexto
51.
52. Referências
BLOOM, Benjamin S. et al. Taxonomia de Objetivos Educacionais: Compêndio Primeiro: Domínio Cognitivo. Trad.
Flávia Maria Sant’Anna. Porto Alegre, Globo, 1973. 180 p.
DINIZ, José Janguiê Bezerra O papel do enade e dos indicadores do inep na indução da qualidade na educação superior
sob a ótica do ensino superior privado. Palestra ministrada no Seminário Internacional Avaliação da Educação
Superior: características e perspectivas do Inep/Mec em 31/10/2017. disponível em
https://abmes.org.br/arquivos/documentos/enade__contribuicoes_abmes_30.pdf acessado em 15/09/2020
FERRAZ, Ana Paula do Carmo Marcheti. BELHOT, Renato Vairo Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das
adequações do instrumento para definição de objetivos instrucionais. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 2, p. 421-431,
2010 disponível em https://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2 acessado em 15/09/2020
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS - Exame Nacional de Desempenho dos
Estudantes (Enade) – INEP. disponível em http://portal.inep.gov.br/web/guest/enade acessado em 15/09/2020
____________________________ Guia de Elaboração e Revisão de Itens disponível em
http://download.inep.gov.br/educacao_basica/provinha_brasil/documentos/2012/guia_elaboracao_itens_provinha_bras
il.pdf acessado em 15/09/2020
PRAZERES, Luiz. Normas Técnicas para a elaboração de itens. disponível em https://document.onl/documents/normas-
tecnicas-para-a-elaboracao-de-itensdoc.html acessado em 15/09/2020