Nicolau de Cusa (1401-1464) foi um filósofo e teólogo alemão considerado uma figura fundamental do Renascimento. Sua obra principal, A Douta Ignorância, defende que entre o finito e o infinito não há proporção, levando ao conhecimento através da ignorância. Ele propõe a coincidência dos opostos e vê o máximo e o mínimo como a mesma coisa. Cristo é a síntese do máximo, mínimo e médio na natureza. Sua filosofia influenciou poderos
2. “Todo estudo que tenha por objetivo conceber a
filosofia do Renascimento como unidade sistemática
tem de necessariamente tomar como ponto de partida
a filosofia de Nicolau de Cusa [...] Nicolau de Cusa é o
único pensador que concebe a totalidade dos
problemas fundamentais da época a partir de um só
princípio metodológico e que, graças a este principio,
consegue se assenhorar deles” (CASSIER,2001, p.13)
INTRODUÇÃO
4. Biografia
• Nicolau Chrypfes (Krebs) nasceu em 1401 em Cusa
• Em 1425 matricula-se em Teologia em Colônia
• A partir de 1426 o legado papal pede-lhe que seja
seu secretário, o que lhe permite ascender ao
mundo dos Humanistas e o introduz no mundo da
política eclesiástica e do estudo.
• Morre em Todi em 1464, durante os preparativos de
uma cruzada promovida pelo papa contra os turcos.
5. Obras destacadas
• A douta ignorância (1438-
1440);
• As conjecturas (elaboradas
entre 1440 e 1445);
• A busca de Deus (1445);
• A filiação de Deus (1445);
• A apologia da douta
ignorância (1449);
• 0 idiota (1450);
• A visão de Deus (1453);
• A esmeralda (1458);
• 0 principio (1459);
• 0 poder ser (1460);
• 0 jogo da bola (l463);
• A caça da sabedoria (1463);
• 0 compêndio (1463);
• 0 ápice da teoria (1464).
6. Douta Ignorância
• Está dividido em três livros, bem articulados
em 51 capítulos. No primeiro livro, Nicolau de
Cusa descreve sobre o Máximo Absoluto (saber,
Deus); No segundo livro sobre o Máximo
Contraído ( Universo); e no terceiro livro sobre
a conciliação dos dois (Jesus Cristo)
7. Máximo Absoluto
Douta = Saber
Ignorância = Desconhecer
• Passagem do desconhecido para conhecido
• “entre o finito e o infinito não existe proporção alguma”
• Como podemos conhecer a verdade e as diversas coisas
divinas, estando elas em plano infinito?
9. Máxima Contraída
“Tudo está em tudo”
Cada ser é "contração" do universo, assim como
este, por seu turno, é contração de Deus. 0 que
significa que cada ser resume o universo inteiro e
Deus.
10. Jesus Cristo
• Em Deus feito homem (no Filho), o máximo, o
mínimo e o médio da natureza se unem
sinteticamente no máximo absoluto, de modo
tal que Ele se impõe como a perfeição absoluto
de todos os coisos.
11. Influenciou enormemente o panteísmo de Giordano
Bruno e Spinoza e o racionalismo de Hegel.
Influenciados
12. Conclusão
• Entre o finito e o infinito não há proporção, daí surge nossa ignorância
mediante a impossibilidade de compreender um Deus e o saber
verdadeiro, já que tais estão em plano Infinito;
• O máximo e mínimo não são opostos, na verdade são os mesmos, e a
união dos tais formam o Máximo Absoluto, no caso Deus;
• Dado este conceito, percebemos que em Deus tudo está incluso, e em
todos está incluso Deus, o universo é a “contração” (imagem de Deus) e
nós somos a contração deste universo.
• A sintetização do máximo, mínimo, o Máximo Absoluto, foi a perfeição
em formato de homem, tal qual, segundo Nicolau de Cusa, era Jesus.
13. REFERÊNCIAS
• Antropologia Filosófica – Henrique C de Lima Voz
• Biografia Uol
• Anais : V Semana da Filosofia (Campus Caicó)
• História da Filosofia- Do Humanismo a Descartes (G. Reale- D.
Antiseri)