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Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e
Percussão
ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA
Seia, 22 de Setembro de 2018
Trabalho elaborado por:
Ana Antunes, nº21, t72.
Disciplina: TIC
Professor: António Gonçalves
A Percepção da violência doméstica na Escola Profissional da Serra da Estrela
Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e
Percussão
ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA
Nome: Ana Carolina Garcia Antunes
Data e local de nascimento: 29-03-2002 em Coimbra em Portugal
Endereço electrónico: t72.ana.antunes@epse.pt
Escola: Escola Profissional da Serra da Estrela
Curso e ano lectivo: Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão e ano
lectivo 2017/2018
Turma e número do aluno: T72 e Nº21
Identificação
Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e
Percussão
ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA
Introdução
Este trabalho de grupo com os meus colegas, Beatriz Fernandes e Rafael Freire surgiu no âmbito da
disciplina de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), trata-se do tema “A Percepção da
Violência Doméstica na Escola Profissional da Serra da Estrela”.
Muitas são as pessoas que definem violência doméstica como agressões físicas feitas da parte do
homem à mulher. A violência doméstica é universal atingindo milhares de pessoas, em grande número
de vezes de forma silenciosa e fingida. Trata-se de um problema que envolve ambos os sexos e não
costuma obedecer nenhum nível social, económico, religioso ou cultural.
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Conceito de Violência Doméstica
A violência doméstica incluí comportamentos utilizados num relacionamento, por uma das partes,
sobretudo para controlar a outra.
As pessoas envolvidas podem ser casada ou não, ser do mesmo sexo ou não, viver juntas,
separadas ou namorar.
Todos podemos ser vítimas de violência doméstica.
As vítimas podem ser ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo, religião, cultura, grupo étnico,
orientação sexual, formação ou estado civil.
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Tipos de violência doméstica
Violência Física
A violência física é o uso da força com o objetivo de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São
comuns os murros e as estaladas (C.F. Fig.1), agressões com diversos objetos e queimaduras por
objetos ou líquidos quentes.
Figura 1 (É uma pessoa que leva porrada do seu/sua parceiro/a).
Quando a vítima é criança, para além da agressão ativa e física, é considerado também violência os
factos de omissão praticados pelos pais ou responsáveis.
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Violência Psicológica
A Violência psicológica, às vezes é tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada por rejeição,
desvalorização, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Esta trata-se de uma
agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indestrutíveis para
toda a vida (C:F. Fig.2).
Figura 2 (A pessoa sente-se inferiorizada).
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Violência Verbal
A violência verbal dá-se normalmente e simultaneamente à violência psicológica. Alguns agressores
verbais dirigem sua arma contra outros membros da família, incluindo momentos quando estes estão
na presença de outras pessoas estranhas em casa. Em decorrência de sua menor força física e da
expectativa da sociedade em relação a violência masculina, a mulher tende-se a especializar na
violência verbal mas, de facto, esse tipo de violência não é exclusivo das mulheres.
(C.F. Fig.3).
Figura 3 (Violência verbal mutua de ambas as partes).
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Violência Económica
A Violência económica é uma forma de abuso em que um dos parceiros íntimos controla o acesso do outro
parceiro a recursos económicos ou aos bens matrimoniais. As formas de violência económica mais
comuns são impedir um cônjuge de adquirir a recursos, limitando aquilo que a vítima pode comprar ou
usar, ou explorar os recursos económicos da vítima (C.F. Fig. 4).
Figura 4 (O/A seu/sua parceiro/a controla os gatos económicos da outra pessoa).
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Violência Sexual
A Organização Mundial de Saúde define violência sexual como qualquer ato sexual, tentativa de obter um
ato sexual, abordagens ou comentários de aspeto sexual indesejados ou tráfico sexual direcionados contra
determinada pessoa por meio de pressão (C.F. Fig. 5).
Figura 5 (Pessoa mais velha que abusa de um menor).
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Perseguição
A perseguição consiste num conjunto de ações repressivas realizadas por um grupo específico sobre
outro, do qual se demarca por determinadas características (C.F. Fig. 6) religiosas, culturais, políticas ou
étnicas.
Figura 6 (É perseguido/a por uma outra pessoa).
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Causas
Ciclos de violência
Uma característica comum entre os agressores de violência doméstica é o facto de terem sido testemunhas de abuso
durante a infância, reproduzindo esse comportamento na idade adulta. Em termos técnicos, diz-se que são participantes
em ciclos de violência intergeracional.
Compreender e quebrar este ciclo tem mais impacto na diminuição da violência doméstica do que as medidas para gerir os
abusos.
Alguns estudos sugerem que as experiências adquiridas ao longo da vida influenciam a tendência de uma pessoa se
envolver em violência doméstica, tanto no papel de vítima como de agressor.
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Psicológica
As teorias que explicam as causas psicológicas da violência doméstica focam-se nos traços de personalidade e
nas características mentais do agressor. Entre os traços de personalidade associados à violência doméstica estão
explosões súbitas de raiva, falta de capacidade em controlar os impulsos e baixa auto-estima.
Entre os agressores há uma elevada incidência de psicopatologias. Cerca de 80% dos agressores presentes a
tribunal apresentam perturbações de personalidade, valor que pode chegar aos 100% nos casos de violência mais
graves. Na população em geral, a percentagem é de apenas 15-20%.
Os estudos de psicologia evolucionista explicam a violência doméstica como consequência de mecanismos
psicológicos destinados a manter a hierarquia.
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Sociais
As teorias sociais analisam fatores externos no ambiente do agressor, como a estrutura familiar, estresse e
aprendizagem social. A teoria da aprendizagem social estuda o processo de aquisição de novos comportamentos a
partir da observação e imitação de outras pessoas. Quando uma pessoa testemunha comportamento violento, está
mais suscetível a imitá-lo. A probabilidade de o agressor manter esse comportamento é maior quando existe reforço
positivo ou quando não existem consequências negativas e a vítima aceita submissivamente a violência.
A dependência económica do agressor faz com que a vítima tenha receio das consequências financeiras ao abandonar
a relação tóxica.
Os grupos mais vulneráveis são os não empregados, desempregados, inválidos e mulheres com filhos.
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Tensões sociais
A incidência de violência doméstica é maior entre famílias e casais em situação de precaridade económica. As
tensões sociais, como o desemprego, aumentam a tensão e os conflitos entre as famílias. Embora a violência
nem sempre seja causada por estresse, algumas pessoas respondem ao stress de forma violenta. Alguma
investigação sugere também que a precariedade e a incapacidade de sustentar a família diminui a noção de
masculinidade de alguns homens, o que os faz recorrer a misoginia, abuso de substâncias ou crime como forma
de exprimir essa masculinidade. No caso das relações homossexuais, a homofobia generalizada é uma tensão
social adicional que contribui para diminuir a auto-estima e aumentar a ira, tanto no agressor como na vítima.
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Comportamento controlador
Um relacionamento abusivo é aquele em que um dos membros recorre a estratégias abusivas de poder e controlo
para dominar a relação, como abusos físicos, sexuais, psicológicos ou económicos. O agressor tenta exercer
controlo sobre todos os aspetos da vida da vítima, incluindo decisões sociais, pessoais, profissionais e financeiras.
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Consequências
Físicas
Entre as consequências físicas mais comuns de episódios agudos de violência doméstica que requerem cuidados médicos
estão ferimentos, ossos partidos, lesões na cabeça, lacerações e hemorragias internas. As mulheres grávidas vítimas de
violência doméstica apresentam maior risco de aborto espontâneo, parto pré-termo e lesões ou morte do feto.
As mulheres em relacionamentos abusivos apresentam ainda um risco significativamente superior de contrair VIH/SIDA,
devido à dificuldade em dialogar com o agressor sobre sexo seguro, à dificuldade em convencer o parceiro a realizar
exames quando suspeitam de VIH e ao facto de serem muitas vezes forçadas a ter relações sexuais contra a sua vontade.
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Psicológica
Em muitos casos de violência doméstica, os agressores induzem as vítimas a sentirem-se culpadas pela violência,
sujeitam-nas a críticas constantes e fazem com que se sintam inúteis. Este padrão faz com que a depressão e o risco de
suicídio sejam comuns entre as vítimas. Estima-se que cerca de 60% das vítimas de violência doméstica cumpram os
critérios de diagnóstico de depressão nervosa. Em muitos casos, as sequelas psicológicas e o risco de suicídio persistem
durante muito tempo, mesmo após a relação abusiva ter terminado, pelo que se recomenda à vítima recorrer a
psicoterapia.
Para além da depressão, as vítimas de violência doméstica manifestam a longo prazo ansiedade e pânico, sendo
provável que cumpram os critérios de diagnóstico para perturbação de ansiedade e perturbação de pânico.
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Financeiras
Em muitas relações abusivas, o agressor limita o acesso da vítima a oportunidades de emprego com o intuito de a tornar
economicamente dependente de si. Nos casos em que a vítima trabalha, a violência doméstica interfere no desempenho
laboral da vítima e na sua relação com os colegas de trabalho.
Nos casos de abuso económico, quando a vítima se afasta da relação com o agressor, é comum sentir-se chocada com a
dimensão da autonomia que perdeu durante o abuso. A vítima geralmente possui muito poucos recursos económicos
próprios e poucas pessoas a quem pode pedir ajuda. Esta realidade é não só um dos principais obstáculos que enfrentam
as vítimas, mas também o principal factor que as faz ter receio de ser afastar do agressor.
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Familiares
As crianças expostas a abusos domésticos durante a infância apresentam um risco acrescido de vir a desenvolver
problemas psicológicos e comportamentais. Assistir a violência doméstica também tem geralmente impacto negativo
no desenvolvimento emocional, social, comportamental e cognitivo da criança. Em alguns casos, o agressor agride
deliberadamente o cônjuge na presença dos filhos de modo a atingir duas vítimas em simultâneo. As crianças que
intervêm quando assistem a violência extrema contra um dos pais apresentam maior risco de lesões ou morte. As
crianças que testemunham agressões à mãe têm maior probabilidade de manifestar sintomas de Estresse pós-
traumático. Entre os problemas emocionais e comportamentais que resultam da exposição a violência doméstica
durante a infância estão o aumento da agressividade, ansiedade e perturbações na forma como a criança socializa
com os amigos, família e figuras de autoridade.
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Combate e Prevenção
O combate à violência doméstica é feito mediante a prestação de cuidados médicos, pela aplicação de leis que protejam a
vítima, aconselhamento psicológico e outras formas de prevenção e intervenção. É comum que os participantes em
episódios de violência doméstica necessitem de tratamento médico, quer primário quer de urgência.
Uma das principais formas de prevenção é a existência de legislação que assegure a proteção das vítimas. A Organização
Mundial de Saúde salienta que em muitos países são necessárias reformas no sentido de revogar leis que discriminam as
mulheres. Nos países em que a lei permite ao marido disciplinar a mulher, qualquer programa de sensibilização para a
violência terá pouco impacto. A OMS salienta ainda que na prevenção de violência doméstica é essencial que as leis
permitam à mulher entrar e sair livremente de um casamento, obter crédito financeiro e possuir e administrar bens.
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Sociedade e Cultura
Perspetivas sociais
Embora as perspetivas sociais sobre a violência doméstica variem de pessoa para pessoa e de região para região, na
generalidade o conceito é de difícil assimilação fora do mundo Ocidental. Isto deve-se ao facto de nestes países a relação
entre marido e mulher não ser considerada igualitária, mas sim uma em que a mulher se deve submeter ao marido. Em
muitos países, esta submissão está explícita na própria lei, que determina situações em que a mulher necessita de
autorização do marido. Grande parte da população de vários países vê a violência contra a mulher como aceitável ou
justificada, principalmente quando existe suspeita de adultério ou quando a mulher se recusa a ser subserviente.
A culpabilização da vítima é o ato de considerar a vítima a responsável pelo crime. É um fenómeno prevalente em muitas
sociedades, incluindo nos países ocidentais. Nestas culturas, a violência contra a mulher não é vista pela sociedade como
uma forma de abuso, mas sim como uma resposta aceitável a comportamentos da vítima que alegam ser inapropriados.
Em algumas regiões, os homicídios por honra são aprovados por uma elevada percentagem da sociedade.
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Religião
Existe alguma controvérsia no que diz respeito à influência da religião na violência doméstica. Embora nenhuma religião
defenda abertamente a violência contra mulheres, existem casos de escrituras retiradas do contexto de forma a apoiar
discriminação contra mulheres dentro de uma comunidade. Por outro lado, os líderes religiosos podem ter um papel importante
na prevenção e combate à violência doméstica, ao apoiar as vítimas e ao oferecer ao agressor aconselhamento e informações
sobre opções de tratamento.
Em termos históricos, tanto judaísmo, cristianismo como islamismo têm apoiado a noção de que os agregados familiares
devem ser liderados pelos homens. A Igreja Católica tem sido alvo de críticas pela oposição ao divórcio, acorrentando vítimas
de violência em casamentos abusivos.
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Costumes e tradições
Os costumes e tradições locais associados são muitas vezes responsáveis por perpetuar algumas formas de violência
doméstica. A tradição do dote é uma das principais causas de violência contra a mulher em todo o mundo. A preferência
por filhos do sexo masculino, comum em muitas regiões da Ásia, leva frequentemente a que as filhas sejam abusadas ou
negligenciadas por não corresponderem às expectativas dos pais. O costume de exigir à noiva virgindade até ao
casamento está na origem de violência contra mulheres que não se conformem. Alguns tabus sobre menstruação levam
ao isolamento e humilhação das mulheres durante o período menstrual. A violação conjugal é frequentemente justificada
pelo agressor como um direito matrimonial.
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Análise dos gráficos sobre os inquéritos
Qual a sua idade?
Na escola Profissional da Serra da Estrela, 41% são alunos entre 14 a 17 anos, 33% são alunos entre 18 e 22 anos,
1% são professores entre 23 e 29 anos, 20% são professores e funcionários (as) entre 30 aos 40 e 4% são
professores e funcionários entre 50 ou mais. Podemos concluir que na nossa escola existem mais alunos com idade
entre os 14 e os 17.
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Qual o seu sexo?
Na nossa escola verificámos que existem mais raparigas que rapazes, pois são 54% de raparigas
enquanto são apenas 46% de rapazes.
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Conhece alguém que sofreu ou sofre de violência doméstica?
Cerca de 68% das pessoas não conhecem ninguém que tenha sofrido de violência doméstica, mas 30% conhecem
pessoas que sofrem de violência e 2% das pessoas preferiram não responder.
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Se conhece, que tipo de violência(s) que foi/foram praticada(s) com a vítima?
28% foram sujeitas a violência física e violência psicológica, 25% sofreram de violência verbal, 5% sofreram de violência
económica, 10% sofreram violência sexual e 6% sofreram de perseguição. Podemos assim concluir que maior parte das
pessoas que os alunos, professores e funcionários conhecem sofreram de violências física, psicológica e verbal.
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Em que entidade fez ou faria a sua denúncia?
46% das pessoa fariam a denúncia na GNR, 15% na polícia judiciária, 3% no tribunal, 6% na
segurança social, 29% na APAV e 1% das pessoa não respondeu.
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Pensa que o(a) agressor(a) deve ser denunciado?
Os alunos, professores e funcionários da nossa escola responderam que numa escala de 1 a 5 (nunca - sempre) os
agressores deveriam ser denunciados sempre que cometam o crime de violência doméstica.
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Nos casos que conhece, sabe se o(a) agressor(a) foi denunciado?
Nos casos que os alunos, professores e funcionários conhecem, e sabem se o(a) agressor(a) foi denunciado(a), 53%
não respondeu, 27% responderam que NÃO sabem se o agressor foi denunciado e 20% respondeu que SIM, foram
denunciados (as).
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Nos casos que conhece, sabe se o(a) agressor(a) teve punição judicial?
Nos casos que os alunos, professores e funcionários conhecem, e sabem se o(a) agressor(a) teve punição, 44%
não respondeu, 43% disseram que NÃO teve punição judicial e 13% respondeu que SIM, teve punição judicial.
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Sofre ou sofreu de violência doméstica?
Na escola Profissional da Serra da Estrela, podemos concluir que houve uma maior percentagem de pessoas que
não sofreram de Violência Doméstica, pois 89% das pessoas responderam que “Não”, enquanto 7% responderam
“Sim” e 4% “Não respondeu”.
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Se sofreu, qual o tipo de violência (s) que foi/foram praticada (s)?
22% foram sujeitas a violência física, 30% sofreram de violência verbal e psicológica, 4% sofreram de violência sexual, 4%
sofreram de violência económica e 9% sofreram de perseguição. Podemos assim concluir que maior parte dos alunos,
professores e funcionários sofreram de violências verbal e psicológica.
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Conclusão
A violência doméstica existe em todo o mundo e atinge todas as classes sociais. É
o sintoma mais visível da desigualdade de poderes nas relações entre homens e
mulheres.
A violência doméstica é um crime previsto na lei cabo-verdiana, uma violação
grave dos direitos humanos. O seu combate é uma responsabilidade de toda a
sociedade.
Não fechemos os olhos para a violência doméstica, ajudemos as vítimas de
violência doméstica a quebrarem o silêncio.

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  • 1. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Seia, 22 de Setembro de 2018 Trabalho elaborado por: Ana Antunes, nº21, t72. Disciplina: TIC Professor: António Gonçalves A Percepção da violência doméstica na Escola Profissional da Serra da Estrela
  • 2. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Nome: Ana Carolina Garcia Antunes Data e local de nascimento: 29-03-2002 em Coimbra em Portugal Endereço electrónico: t72.ana.antunes@epse.pt Escola: Escola Profissional da Serra da Estrela Curso e ano lectivo: Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão e ano lectivo 2017/2018 Turma e número do aluno: T72 e Nº21 Identificação
  • 3. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Introdução Este trabalho de grupo com os meus colegas, Beatriz Fernandes e Rafael Freire surgiu no âmbito da disciplina de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), trata-se do tema “A Percepção da Violência Doméstica na Escola Profissional da Serra da Estrela”. Muitas são as pessoas que definem violência doméstica como agressões físicas feitas da parte do homem à mulher. A violência doméstica é universal atingindo milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa e fingida. Trata-se de um problema que envolve ambos os sexos e não costuma obedecer nenhum nível social, económico, religioso ou cultural.
  • 4. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Conceito de Violência Doméstica A violência doméstica incluí comportamentos utilizados num relacionamento, por uma das partes, sobretudo para controlar a outra. As pessoas envolvidas podem ser casada ou não, ser do mesmo sexo ou não, viver juntas, separadas ou namorar. Todos podemos ser vítimas de violência doméstica. As vítimas podem ser ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo, religião, cultura, grupo étnico, orientação sexual, formação ou estado civil.
  • 5. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Tipos de violência doméstica Violência Física A violência física é o uso da força com o objetivo de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns os murros e as estaladas (C.F. Fig.1), agressões com diversos objetos e queimaduras por objetos ou líquidos quentes. Figura 1 (É uma pessoa que leva porrada do seu/sua parceiro/a). Quando a vítima é criança, para além da agressão ativa e física, é considerado também violência os factos de omissão praticados pelos pais ou responsáveis.
  • 6. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Violência Psicológica A Violência psicológica, às vezes é tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada por rejeição, desvalorização, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Esta trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indestrutíveis para toda a vida (C:F. Fig.2). Figura 2 (A pessoa sente-se inferiorizada).
  • 7. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Violência Verbal A violência verbal dá-se normalmente e simultaneamente à violência psicológica. Alguns agressores verbais dirigem sua arma contra outros membros da família, incluindo momentos quando estes estão na presença de outras pessoas estranhas em casa. Em decorrência de sua menor força física e da expectativa da sociedade em relação a violência masculina, a mulher tende-se a especializar na violência verbal mas, de facto, esse tipo de violência não é exclusivo das mulheres. (C.F. Fig.3). Figura 3 (Violência verbal mutua de ambas as partes).
  • 8. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Violência Económica A Violência económica é uma forma de abuso em que um dos parceiros íntimos controla o acesso do outro parceiro a recursos económicos ou aos bens matrimoniais. As formas de violência económica mais comuns são impedir um cônjuge de adquirir a recursos, limitando aquilo que a vítima pode comprar ou usar, ou explorar os recursos económicos da vítima (C.F. Fig. 4). Figura 4 (O/A seu/sua parceiro/a controla os gatos económicos da outra pessoa).
  • 9. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Violência Sexual A Organização Mundial de Saúde define violência sexual como qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, abordagens ou comentários de aspeto sexual indesejados ou tráfico sexual direcionados contra determinada pessoa por meio de pressão (C.F. Fig. 5). Figura 5 (Pessoa mais velha que abusa de um menor).
  • 10. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Perseguição A perseguição consiste num conjunto de ações repressivas realizadas por um grupo específico sobre outro, do qual se demarca por determinadas características (C.F. Fig. 6) religiosas, culturais, políticas ou étnicas. Figura 6 (É perseguido/a por uma outra pessoa).
  • 11. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Causas Ciclos de violência Uma característica comum entre os agressores de violência doméstica é o facto de terem sido testemunhas de abuso durante a infância, reproduzindo esse comportamento na idade adulta. Em termos técnicos, diz-se que são participantes em ciclos de violência intergeracional. Compreender e quebrar este ciclo tem mais impacto na diminuição da violência doméstica do que as medidas para gerir os abusos. Alguns estudos sugerem que as experiências adquiridas ao longo da vida influenciam a tendência de uma pessoa se envolver em violência doméstica, tanto no papel de vítima como de agressor.
  • 12. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Psicológica As teorias que explicam as causas psicológicas da violência doméstica focam-se nos traços de personalidade e nas características mentais do agressor. Entre os traços de personalidade associados à violência doméstica estão explosões súbitas de raiva, falta de capacidade em controlar os impulsos e baixa auto-estima. Entre os agressores há uma elevada incidência de psicopatologias. Cerca de 80% dos agressores presentes a tribunal apresentam perturbações de personalidade, valor que pode chegar aos 100% nos casos de violência mais graves. Na população em geral, a percentagem é de apenas 15-20%. Os estudos de psicologia evolucionista explicam a violência doméstica como consequência de mecanismos psicológicos destinados a manter a hierarquia.
  • 13. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Sociais As teorias sociais analisam fatores externos no ambiente do agressor, como a estrutura familiar, estresse e aprendizagem social. A teoria da aprendizagem social estuda o processo de aquisição de novos comportamentos a partir da observação e imitação de outras pessoas. Quando uma pessoa testemunha comportamento violento, está mais suscetível a imitá-lo. A probabilidade de o agressor manter esse comportamento é maior quando existe reforço positivo ou quando não existem consequências negativas e a vítima aceita submissivamente a violência. A dependência económica do agressor faz com que a vítima tenha receio das consequências financeiras ao abandonar a relação tóxica. Os grupos mais vulneráveis são os não empregados, desempregados, inválidos e mulheres com filhos.
  • 14. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Tensões sociais A incidência de violência doméstica é maior entre famílias e casais em situação de precaridade económica. As tensões sociais, como o desemprego, aumentam a tensão e os conflitos entre as famílias. Embora a violência nem sempre seja causada por estresse, algumas pessoas respondem ao stress de forma violenta. Alguma investigação sugere também que a precariedade e a incapacidade de sustentar a família diminui a noção de masculinidade de alguns homens, o que os faz recorrer a misoginia, abuso de substâncias ou crime como forma de exprimir essa masculinidade. No caso das relações homossexuais, a homofobia generalizada é uma tensão social adicional que contribui para diminuir a auto-estima e aumentar a ira, tanto no agressor como na vítima.
  • 15. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Comportamento controlador Um relacionamento abusivo é aquele em que um dos membros recorre a estratégias abusivas de poder e controlo para dominar a relação, como abusos físicos, sexuais, psicológicos ou económicos. O agressor tenta exercer controlo sobre todos os aspetos da vida da vítima, incluindo decisões sociais, pessoais, profissionais e financeiras.
  • 16. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Consequências Físicas Entre as consequências físicas mais comuns de episódios agudos de violência doméstica que requerem cuidados médicos estão ferimentos, ossos partidos, lesões na cabeça, lacerações e hemorragias internas. As mulheres grávidas vítimas de violência doméstica apresentam maior risco de aborto espontâneo, parto pré-termo e lesões ou morte do feto. As mulheres em relacionamentos abusivos apresentam ainda um risco significativamente superior de contrair VIH/SIDA, devido à dificuldade em dialogar com o agressor sobre sexo seguro, à dificuldade em convencer o parceiro a realizar exames quando suspeitam de VIH e ao facto de serem muitas vezes forçadas a ter relações sexuais contra a sua vontade.
  • 17. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Psicológica Em muitos casos de violência doméstica, os agressores induzem as vítimas a sentirem-se culpadas pela violência, sujeitam-nas a críticas constantes e fazem com que se sintam inúteis. Este padrão faz com que a depressão e o risco de suicídio sejam comuns entre as vítimas. Estima-se que cerca de 60% das vítimas de violência doméstica cumpram os critérios de diagnóstico de depressão nervosa. Em muitos casos, as sequelas psicológicas e o risco de suicídio persistem durante muito tempo, mesmo após a relação abusiva ter terminado, pelo que se recomenda à vítima recorrer a psicoterapia. Para além da depressão, as vítimas de violência doméstica manifestam a longo prazo ansiedade e pânico, sendo provável que cumpram os critérios de diagnóstico para perturbação de ansiedade e perturbação de pânico.
  • 18. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Financeiras Em muitas relações abusivas, o agressor limita o acesso da vítima a oportunidades de emprego com o intuito de a tornar economicamente dependente de si. Nos casos em que a vítima trabalha, a violência doméstica interfere no desempenho laboral da vítima e na sua relação com os colegas de trabalho. Nos casos de abuso económico, quando a vítima se afasta da relação com o agressor, é comum sentir-se chocada com a dimensão da autonomia que perdeu durante o abuso. A vítima geralmente possui muito poucos recursos económicos próprios e poucas pessoas a quem pode pedir ajuda. Esta realidade é não só um dos principais obstáculos que enfrentam as vítimas, mas também o principal factor que as faz ter receio de ser afastar do agressor.
  • 19. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Familiares As crianças expostas a abusos domésticos durante a infância apresentam um risco acrescido de vir a desenvolver problemas psicológicos e comportamentais. Assistir a violência doméstica também tem geralmente impacto negativo no desenvolvimento emocional, social, comportamental e cognitivo da criança. Em alguns casos, o agressor agride deliberadamente o cônjuge na presença dos filhos de modo a atingir duas vítimas em simultâneo. As crianças que intervêm quando assistem a violência extrema contra um dos pais apresentam maior risco de lesões ou morte. As crianças que testemunham agressões à mãe têm maior probabilidade de manifestar sintomas de Estresse pós- traumático. Entre os problemas emocionais e comportamentais que resultam da exposição a violência doméstica durante a infância estão o aumento da agressividade, ansiedade e perturbações na forma como a criança socializa com os amigos, família e figuras de autoridade.
  • 20. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Combate e Prevenção O combate à violência doméstica é feito mediante a prestação de cuidados médicos, pela aplicação de leis que protejam a vítima, aconselhamento psicológico e outras formas de prevenção e intervenção. É comum que os participantes em episódios de violência doméstica necessitem de tratamento médico, quer primário quer de urgência. Uma das principais formas de prevenção é a existência de legislação que assegure a proteção das vítimas. A Organização Mundial de Saúde salienta que em muitos países são necessárias reformas no sentido de revogar leis que discriminam as mulheres. Nos países em que a lei permite ao marido disciplinar a mulher, qualquer programa de sensibilização para a violência terá pouco impacto. A OMS salienta ainda que na prevenção de violência doméstica é essencial que as leis permitam à mulher entrar e sair livremente de um casamento, obter crédito financeiro e possuir e administrar bens.
  • 21. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Sociedade e Cultura Perspetivas sociais Embora as perspetivas sociais sobre a violência doméstica variem de pessoa para pessoa e de região para região, na generalidade o conceito é de difícil assimilação fora do mundo Ocidental. Isto deve-se ao facto de nestes países a relação entre marido e mulher não ser considerada igualitária, mas sim uma em que a mulher se deve submeter ao marido. Em muitos países, esta submissão está explícita na própria lei, que determina situações em que a mulher necessita de autorização do marido. Grande parte da população de vários países vê a violência contra a mulher como aceitável ou justificada, principalmente quando existe suspeita de adultério ou quando a mulher se recusa a ser subserviente. A culpabilização da vítima é o ato de considerar a vítima a responsável pelo crime. É um fenómeno prevalente em muitas sociedades, incluindo nos países ocidentais. Nestas culturas, a violência contra a mulher não é vista pela sociedade como uma forma de abuso, mas sim como uma resposta aceitável a comportamentos da vítima que alegam ser inapropriados. Em algumas regiões, os homicídios por honra são aprovados por uma elevada percentagem da sociedade.
  • 22. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Religião Existe alguma controvérsia no que diz respeito à influência da religião na violência doméstica. Embora nenhuma religião defenda abertamente a violência contra mulheres, existem casos de escrituras retiradas do contexto de forma a apoiar discriminação contra mulheres dentro de uma comunidade. Por outro lado, os líderes religiosos podem ter um papel importante na prevenção e combate à violência doméstica, ao apoiar as vítimas e ao oferecer ao agressor aconselhamento e informações sobre opções de tratamento. Em termos históricos, tanto judaísmo, cristianismo como islamismo têm apoiado a noção de que os agregados familiares devem ser liderados pelos homens. A Igreja Católica tem sido alvo de críticas pela oposição ao divórcio, acorrentando vítimas de violência em casamentos abusivos.
  • 23. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Costumes e tradições Os costumes e tradições locais associados são muitas vezes responsáveis por perpetuar algumas formas de violência doméstica. A tradição do dote é uma das principais causas de violência contra a mulher em todo o mundo. A preferência por filhos do sexo masculino, comum em muitas regiões da Ásia, leva frequentemente a que as filhas sejam abusadas ou negligenciadas por não corresponderem às expectativas dos pais. O costume de exigir à noiva virgindade até ao casamento está na origem de violência contra mulheres que não se conformem. Alguns tabus sobre menstruação levam ao isolamento e humilhação das mulheres durante o período menstrual. A violação conjugal é frequentemente justificada pelo agressor como um direito matrimonial.
  • 24. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Análise dos gráficos sobre os inquéritos Qual a sua idade? Na escola Profissional da Serra da Estrela, 41% são alunos entre 14 a 17 anos, 33% são alunos entre 18 e 22 anos, 1% são professores entre 23 e 29 anos, 20% são professores e funcionários (as) entre 30 aos 40 e 4% são professores e funcionários entre 50 ou mais. Podemos concluir que na nossa escola existem mais alunos com idade entre os 14 e os 17.
  • 25. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Qual o seu sexo? Na nossa escola verificámos que existem mais raparigas que rapazes, pois são 54% de raparigas enquanto são apenas 46% de rapazes.
  • 26. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Conhece alguém que sofreu ou sofre de violência doméstica? Cerca de 68% das pessoas não conhecem ninguém que tenha sofrido de violência doméstica, mas 30% conhecem pessoas que sofrem de violência e 2% das pessoas preferiram não responder.
  • 27. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Se conhece, que tipo de violência(s) que foi/foram praticada(s) com a vítima? 28% foram sujeitas a violência física e violência psicológica, 25% sofreram de violência verbal, 5% sofreram de violência económica, 10% sofreram violência sexual e 6% sofreram de perseguição. Podemos assim concluir que maior parte das pessoas que os alunos, professores e funcionários conhecem sofreram de violências física, psicológica e verbal.
  • 28. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Em que entidade fez ou faria a sua denúncia? 46% das pessoa fariam a denúncia na GNR, 15% na polícia judiciária, 3% no tribunal, 6% na segurança social, 29% na APAV e 1% das pessoa não respondeu.
  • 29. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Pensa que o(a) agressor(a) deve ser denunciado? Os alunos, professores e funcionários da nossa escola responderam que numa escala de 1 a 5 (nunca - sempre) os agressores deveriam ser denunciados sempre que cometam o crime de violência doméstica.
  • 30. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Nos casos que conhece, sabe se o(a) agressor(a) foi denunciado? Nos casos que os alunos, professores e funcionários conhecem, e sabem se o(a) agressor(a) foi denunciado(a), 53% não respondeu, 27% responderam que NÃO sabem se o agressor foi denunciado e 20% respondeu que SIM, foram denunciados (as).
  • 31. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Nos casos que conhece, sabe se o(a) agressor(a) teve punição judicial? Nos casos que os alunos, professores e funcionários conhecem, e sabem se o(a) agressor(a) teve punição, 44% não respondeu, 43% disseram que NÃO teve punição judicial e 13% respondeu que SIM, teve punição judicial.
  • 32. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Sofre ou sofreu de violência doméstica? Na escola Profissional da Serra da Estrela, podemos concluir que houve uma maior percentagem de pessoas que não sofreram de Violência Doméstica, pois 89% das pessoas responderam que “Não”, enquanto 7% responderam “Sim” e 4% “Não respondeu”.
  • 33. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Se sofreu, qual o tipo de violência (s) que foi/foram praticada (s)? 22% foram sujeitas a violência física, 30% sofreram de violência verbal e psicológica, 4% sofreram de violência sexual, 4% sofreram de violência económica e 9% sofreram de perseguição. Podemos assim concluir que maior parte dos alunos, professores e funcionários sofreram de violências verbal e psicológica.
  • 34. Curso Profissional de Instrumentista de Sopro e Percussão ESCOLA PROFISSIONAL DA SERRA DA ESTRELA Conclusão A violência doméstica existe em todo o mundo e atinge todas as classes sociais. É o sintoma mais visível da desigualdade de poderes nas relações entre homens e mulheres. A violência doméstica é um crime previsto na lei cabo-verdiana, uma violação grave dos direitos humanos. O seu combate é uma responsabilidade de toda a sociedade. Não fechemos os olhos para a violência doméstica, ajudemos as vítimas de violência doméstica a quebrarem o silêncio.