2. Conjunto de distúrbios metabólicos, caracterizado por
hiperglicemia, resultando de defeitos na secreção de insulina e/
ou na sua atividade.
DIABETES MELLITUS
3. ▪ Restabelecer as funções metabólicas;
▪ Evitar complicações agudas;
▪ Manter a glicemia o mais próximo possível
da normalidade;
▪ Controlar fatores de risco, como obesidade,
HAS e dislipidemias;
▪ Retardar ou evitar as complicações crônicas
e possibilitar melhor qualidade de vida.
!
Objetivos do Tratamento
5. Medicamentos Mecanismos de ação
Sulfoniluréias
(Glibenclamida, Clorpropamida )
Aumento na secreção de insulina
Metiglinidas
(Repaglinida - Gluconorm)
Aumento na secreção de insulina
Biguanidas
(Metformina - Glifage, Dimefor,
Glucoformin)
Reduz a produção hepática de glicose
com maior ação sensibilizadora da insulina
Inibidores da alfa glicosidases
(Acarbose - Glucobay)
Retardo na absorção de CH
Glitazonas e incretinas Sensibilizadores de insulina no músculo,
adipócito e hepatócito
Agentes antidiabéticos orais:
7. Necessidade de insulina em
pacientes diabéticos
!
• No DM1, injeções separadas de insulina exógena
basal e prandial em esquema de insulina basal–
bolo são essenciais para manter o controle
glicérico
• No DM2, muitos pacientes necessitarão de terapia
de reposição de insulina para obter um bom
controle glicêmico
8. A terapia de reposição de insulina ideal deve
imitar a secreção de insulina fisiológica
O esquema de insulina basal–bolo
Insulina
(mU/l)
06:00 12:00 24:00
18:00
0
15
30
45
06:00
Café da
manhã Almoço Jantar Insulina fisiológica
Insulina basal ideal
Insulina prandial ideal
Hora do dia
9. Limitações da insulina regular
• Devido às características da insulina regular:
– O início de ação é lento
– Necessita administração 30–45 minutos antes de uma
refeição
– Há risco de hipoglicemia caso a refeição atrase
– O pico de ação poderá não coincidir com o pico de
glicemia
!
• O lento início de ação da insulina regular após uma refeição
pode levar a:
– Hipoglicemia pós-prandial tardia
– Hipoglicemia noturna
Wittlin SD, et al. In: Leahy JL, Cefalu WT, eds. Insulin Therapy:2002:73–85
10. 25
Onde aplicar a insulina
Camada de gordura logo abaixo da pele auxilia absorção da insulina, e como
não apresenta muitos nervos, a injeção fica menos dolorosa
15. Recomendações nutricionais
Nutrientes Ingestão recomendada
Carboidratos 45 – 60 % VET (Não inferiores a 130 g)
- Sacarose Até 10%
- Frutose Não se recomeda adição nos alimentos
- Fibra alimentar Mínimo 14g/1000 kcal | DM 2: 30 a 50g/dia
Gordura total 25 a 35% VET
- AG saturados < 7% VET
- AG poliinsaturados Até 10% VET
- AG monoinsaturados 5 a 15% VET
- Colesterol < 300 mg/dia
Proteína 15 a 20% VET
Sódio Até 2000 mg
(SBD, 2015/2016)
16. !
Deve ser substituída por outra fonte de carboidrato ou, se
adicionada, deve ser coberta com insulina ou outro
medicamento hipoglicemiante
!
Acreditava-se que a sacarose deveria
ser restringida com base na premissa
de que era mais rapidamente
digerida e absorvida que os amidos.
Como a sacarose não aumenta a glicemia mais do que quantidades
isocalóricas de amido, não existe a necessidade de ser restringida
17. Apesar de a restrição de sacarose não ser justificada com
base em seu efeito glicêmico, ainda se recomenda cautela
no consumo de alimentos que contenha elevadas
quantidades.
!
!
A sacarose e os alimentos que a contêm devem ser
ingeridos dentro de uma dieta saudável e deve-se atentar
para o consumo excessivo de energia.
18. ÍNDICE GLICÊMICO (IG)
Alto índice glicêmico: liberados
rapidamente na corrente
sanguínea, aumentando os níveis
de insulina e diminuindo os
hormônios catabólicos
(epinefrina e gucagon).
Baixo índice glicêmico: são
liberados mais lentamente na
corrente sanguínea.
IG alto > 70
IG médio: 56 – 69
IG baixo < 55.
19. CG do alimento = (IG x CH disponível na porção)/100
CARGA GLICÊMICA (CG)
CG alto > 20
CG médio: 11 – 19
CG baixo < 10
23. Complicações Agudas
HIPOGLICEMIA
Glicemia <70mg/dL
Causas:
Erros na dose de insulina
Insulina ou medicamentos orais em excesso
Horário inadequado de ingestão de insulina
Ingestão inadequada de alimentos
Omitir ou atrasar refeições ou lanches
Aumento na atividade física
Ingestão alcoólica sem alimentos
24. TRATAMENTO:
ingestão imediata 15 g de CH, que correspondem a:
▪3 tabletes de glicose
▪Suco de fruta ou refrigerante normal (1/2 xícara)
▪6 biscoitos cream cracker
▪1 colher de sopa de mel
Esperar 15 min e reavaliar a glicemia
26. !
Insulina suplementar, reposição de fluidos e
eletrólitos e monitoramento clínico
!
Enfermidades agudas, como resfriado, gripe, e
diarréia podem levar ao desenvolvimento de
cetoacidose
TRATAMENTO:
27. !
Mudanças do estilo de vida...
!
- Perda de peso
- Atividade física regular (150min/semana)
- Redução calórica e alimentos ricos em gorduras
- 14g de fibras a cada 1000Kcal
Nenhuma recomendação dietética pode ser feita
para a prevenção do DM1
Prevenção primária
28. Há fortes evidências de que os
adoçantes artificiais são seguros para
pessoas com diabetes desde que
consumidos nos níveis seguros
estabelecidos
Edulcorantes
Frutose: Resposta glicêmica inferior à da sacarose. Quantidade
excessiva de frutose leva a um efeito adverso sobre os lipídios
plasmáticos
Não se recomenda o uso frutose como agente edulcorante. Não
há motivos para evitar alimentos que contenham naturalmente a
frutose
30. 30
DIET LIGHT ZERO
O produto é isento
de determinado
ingrediente, como
açúcar, sódio etc
Em geral, são
destinados para
grupos específicos,
como os diabéticos
O produto tem
redução de pelo
menos 25% de algum
ingrediente (sódio,
açúcar, gordura etc)
e/ou calorias
O produto é isento
de determinado
ingrediente, como
açúcar, sódio etc
Pode aparecer
também como "não
contém”, “livre de”,
“sem”, “free"ou
"isento"
35. !
O consumo deve ser acompanhado da
ingestão de alimentos
1 DOSE:
!
360mL de cerveja
150mL de vinho
45mL de bebida destilada
Bebidas alcoolicas
1 DOSE PARA MULHERES E 2 PARA HOMENS
36. !
!
!
Na ausência de contraindicações, indivíduos com DM2
devem ser encorajados a praticar exercícios de resistência
3 vezes por semana
!
Exercício Físico
▪ Melhora o controle glicêmico
▪ Reduz fatores de risco cardiovascular
▪ Contribui para a perda de peso
▪ Melhora o bem estar
150min/semana de atividade aeróbica de moderada a
intensa
37. Recomendações da alimentação no exercício físico
Tipo de exercicio Glicose sanguínea Aumentar ingestão CH em:
Exercício de curta
duração e de
intensidade baixa a
moderada
Menor que 100 mg/dL
100 mg/dL ou acima
10 - 15g de CH/h
Não é necessário aumentar a
ingestão de alimentos
Exercício de
intensidade
moderada a alta
Menor que 100 mg/dL
!
!
100 – 180 mg/dL
!
180 – 300 mg/dL
!
!
300 mg/dL ou acima
25 - 50g de CH antes do exercício,
então 10 - 15g CH/h de exercício
!
10 - 15g de CH
Não é necessário aumentar
!
Não começar o exercício até que a
glicose sanguínea esteja sobre
melhor controle
38. LEITURA SUGERIDA
Cuppari, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 3ed.
Barueri, SP:Manole, 2014.
!
Silva, S.M.C., Mura, J.D.P. Tratado de Alimentação, Nutrição
e Dietoterapia. 2 ed. São Paulo: Roca, 2011.
!
MAHAN, L.K.; ALIN, M.T. KRAUSE. Alimentos, nutrição e
dietoterapia. 13 ed. São Paulo: Rocco, 2013.
!
SBD. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
(2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; organização José
Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo: A.C.
Farmacêutica, 2016.
!