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Diabetes
Mellitus
Prof. Rebecca Peixoto
Conjunto de distúrbios metabólicos, caracterizado por
hiperglicemia, resultando de defeitos na secreção de insulina e/
ou na sua atividade.
DIABETES MELLITUS
▪ Restabelecer as funções metabólicas;
▪ Evitar complicações agudas;
▪ Manter a glicemia o mais próximo possível
da normalidade;
▪ Controlar fatores de risco, como obesidade,
HAS e dislipidemias;
▪ Retardar ou evitar as complicações crônicas
e possibilitar melhor qualidade de vida.
!
Objetivos do Tratamento
Tratamento
Alimentação, Exercício Físico, Medicação,
Insulina
Medicamentos Mecanismos de ação
Sulfoniluréias
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Aumento na secreção de insulina
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com maior ação sensibilizadora da insulina
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Glitazonas e incretinas Sensibilizadores de insulina no músculo,
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6
Necessidade de insulina em
pacientes diabéticos
!
• No DM1, injeções separadas de insulina exógena
basal e prandial em esquema de insulina basal–
bolo são essenciais para manter o controle
glicérico
• No DM2, muitos pacientes necessitarão de terapia
de reposição de insulina para obter um bom
controle glicêmico
A terapia de reposição de insulina ideal deve
imitar a secreção de insulina fisiológica
O esquema de insulina basal–bolo
Insulina
(mU/l)
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Café da
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Limitações da insulina regular
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• O lento início de ação da insulina regular após uma refeição
pode levar a:
– Hipoglicemia pós-prandial tardia
– Hipoglicemia noturna
Wittlin SD, et al. In: Leahy JL, Cefalu WT, eds. Insulin Therapy:2002:73–85
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Onde aplicar a insulina
Camada de gordura logo abaixo da pele auxilia absorção da insulina, e como
não apresenta muitos nervos, a injeção fica menos dolorosa
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Bomba de
insulina
É um aparelho
eletrônico
pequeno e
portátil que libera
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24 horas.
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Softwares/ Aplicativos de celulares
14
Softwares/ Aplicativos de celulares
Recomendações nutricionais
Nutrientes Ingestão recomendada
Carboidratos 45 – 60 % VET (Não inferiores a 130 g)
- Sacarose Até 10%
- Frutose Não se recomeda adição nos alimentos
- Fibra alimentar Mínimo 14g/1000 kcal | DM 2: 30 a 50g/dia
Gordura total 25 a 35% VET
- AG saturados < 7% VET
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- AG monoinsaturados 5 a 15% VET
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Proteína 15 a 20% VET
Sódio Até 2000 mg
(SBD, 2015/2016)
!
Deve ser substituída por outra fonte de carboidrato ou, se
adicionada, deve ser coberta com insulina ou outro
medicamento hipoglicemiante
!
Acreditava-se que a sacarose deveria
ser restringida com base na premissa
de que era mais rapidamente
digerida e absorvida que os amidos.
Como a sacarose não aumenta a glicemia mais do que quantidades
isocalóricas de amido, não existe a necessidade de ser restringida
Apesar de a restrição de sacarose não ser justificada com
base em seu efeito glicêmico, ainda se recomenda cautela
no consumo de alimentos que contenha elevadas
quantidades.
!
!
A sacarose e os alimentos que a contêm devem ser
ingeridos dentro de uma dieta saudável e deve-se atentar
para o consumo excessivo de energia.
ÍNDICE GLICÊMICO (IG)
Alto índice glicêmico: liberados
rapidamente na corrente
sanguínea, aumentando os níveis
de insulina e diminuindo os
hormônios catabólicos
(epinefrina e gucagon).
Baixo índice glicêmico: são
liberados mais lentamente na
corrente sanguínea.
IG alto > 70
IG médio: 56 – 69
IG baixo < 55.
CG do alimento = (IG x CH disponível na porção)/100
CARGA GLICÊMICA (CG)
CG alto > 20
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CG baixo < 10
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Complicações Agudas
HIPOGLICEMIA
Glicemia <70mg/dL
Complicações Agudas
HIPOGLICEMIA
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Causas:
Erros na dose de insulina
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TRATAMENTO:
ingestão imediata 15 g de CH, que correspondem a:
▪3 tabletes de glicose
▪Suco de fruta ou refrigerante normal (1/2 xícara)
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HIPERGLICEMIA E CETOACIDOSE
Resultante da quantidade insuficiente de insulina
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Insulina suplementar, reposição de fluidos e
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Nenhuma recomendação dietética pode ser feita
para a prevenção do DM1
Prevenção primária
Há fortes evidências de que os
adoçantes artificiais são seguros para
pessoas com diabetes desde que
consumidos nos níveis seguros
estabelecidos
Edulcorantes
Frutose: Resposta glicêmica inferior à da sacarose. Quantidade
excessiva de frutose leva a um efeito adverso sobre os lipídios
plasmáticos
Não se recomenda o uso frutose como agente edulcorante. Não
há motivos para evitar alimentos que contenham naturalmente a
frutose
Alimentos Diet e Light
30
DIET LIGHT ZERO
O produto é isento
de determinado
ingrediente, como
açúcar, sódio etc
Em geral, são
destinados para
grupos específicos,
como os diabéticos
O produto tem
redução de pelo
menos 25% de algum
ingrediente (sódio,
açúcar, gordura etc)
e/ou calorias
O produto é isento
de determinado
ingrediente, como
açúcar, sódio etc
Pode aparecer
também como "não
contém”, “livre de”,
“sem”, “free"ou
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tradicional
Alimento
Diet
Alimento
Light
34
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O consumo deve ser acompanhado da
ingestão de alimentos
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!
360mL de cerveja
150mL de vinho
45mL de bebida destilada
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!
!
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Na ausência de contraindicações, indivíduos com DM2
devem ser encorajados a praticar exercícios de resistência
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▪ Reduz fatores de risco cardiovascular
▪ Contribui para a perda de peso
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150min/semana de atividade aeróbica de moderada a
intensa
Recomendações da alimentação no exercício físico
Tipo de exercicio Glicose sanguínea Aumentar ingestão CH em:
Exercício de curta
duração e de
intensidade baixa a
moderada
Menor que 100 mg/dL
100 mg/dL ou acima
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ingestão de alimentos
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180 – 300 mg/dL
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10 - 15g de CH
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glicose sanguínea esteja sobre
melhor controle
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Cuppari, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 3ed.
Barueri, SP:Manole, 2014.
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Silva, S.M.C., Mura, J.D.P. Tratado de Alimentação, Nutrição
e Dietoterapia. 2 ed. São Paulo: Roca, 2011.
!
MAHAN, L.K.; ALIN, M.T. KRAUSE. Alimentos, nutrição e
dietoterapia. 13 ed. São Paulo: Rocco, 2013.
!
SBD. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
(2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; organização José
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  • 2. Conjunto de distúrbios metabólicos, caracterizado por hiperglicemia, resultando de defeitos na secreção de insulina e/ ou na sua atividade. DIABETES MELLITUS
  • 3. ▪ Restabelecer as funções metabólicas; ▪ Evitar complicações agudas; ▪ Manter a glicemia o mais próximo possível da normalidade; ▪ Controlar fatores de risco, como obesidade, HAS e dislipidemias; ▪ Retardar ou evitar as complicações crônicas e possibilitar melhor qualidade de vida. ! Objetivos do Tratamento
  • 5. Medicamentos Mecanismos de ação Sulfoniluréias (Glibenclamida, Clorpropamida ) Aumento na secreção de insulina Metiglinidas (Repaglinida - Gluconorm) Aumento na secreção de insulina Biguanidas (Metformina - Glifage, Dimefor, Glucoformin) Reduz a produção hepática de glicose com maior ação sensibilizadora da insulina Inibidores da alfa glicosidases (Acarbose - Glucobay) Retardo na absorção de CH Glitazonas e incretinas Sensibilizadores de insulina no músculo, adipócito e hepatócito Agentes antidiabéticos orais:
  • 6. 6
  • 7. Necessidade de insulina em pacientes diabéticos ! • No DM1, injeções separadas de insulina exógena basal e prandial em esquema de insulina basal– bolo são essenciais para manter o controle glicérico • No DM2, muitos pacientes necessitarão de terapia de reposição de insulina para obter um bom controle glicêmico
  • 8. A terapia de reposição de insulina ideal deve imitar a secreção de insulina fisiológica O esquema de insulina basal–bolo Insulina (mU/l) 06:00 12:00 24:00 18:00 0 15 30 45 06:00 Café da manhã Almoço Jantar Insulina fisiológica Insulina basal ideal Insulina prandial ideal Hora do dia
  • 9. Limitações da insulina regular • Devido às características da insulina regular: – O início de ação é lento – Necessita administração 30–45 minutos antes de uma refeição – Há risco de hipoglicemia caso a refeição atrase – O pico de ação poderá não coincidir com o pico de glicemia ! • O lento início de ação da insulina regular após uma refeição pode levar a: – Hipoglicemia pós-prandial tardia – Hipoglicemia noturna Wittlin SD, et al. In: Leahy JL, Cefalu WT, eds. Insulin Therapy:2002:73–85
  • 10. 25 Onde aplicar a insulina Camada de gordura logo abaixo da pele auxilia absorção da insulina, e como não apresenta muitos nervos, a injeção fica menos dolorosa
  • 11. 26
  • 12. 12 Bomba de insulina É um aparelho eletrônico pequeno e portátil que libera insulina durante 24 horas.
  • 15. Recomendações nutricionais Nutrientes Ingestão recomendada Carboidratos 45 – 60 % VET (Não inferiores a 130 g) - Sacarose Até 10% - Frutose Não se recomeda adição nos alimentos - Fibra alimentar Mínimo 14g/1000 kcal | DM 2: 30 a 50g/dia Gordura total 25 a 35% VET - AG saturados < 7% VET - AG poliinsaturados Até 10% VET - AG monoinsaturados 5 a 15% VET - Colesterol < 300 mg/dia Proteína 15 a 20% VET Sódio Até 2000 mg (SBD, 2015/2016)
  • 16. ! Deve ser substituída por outra fonte de carboidrato ou, se adicionada, deve ser coberta com insulina ou outro medicamento hipoglicemiante ! Acreditava-se que a sacarose deveria ser restringida com base na premissa de que era mais rapidamente digerida e absorvida que os amidos. Como a sacarose não aumenta a glicemia mais do que quantidades isocalóricas de amido, não existe a necessidade de ser restringida
  • 17. Apesar de a restrição de sacarose não ser justificada com base em seu efeito glicêmico, ainda se recomenda cautela no consumo de alimentos que contenha elevadas quantidades. ! ! A sacarose e os alimentos que a contêm devem ser ingeridos dentro de uma dieta saudável e deve-se atentar para o consumo excessivo de energia.
  • 18. ÍNDICE GLICÊMICO (IG) Alto índice glicêmico: liberados rapidamente na corrente sanguínea, aumentando os níveis de insulina e diminuindo os hormônios catabólicos (epinefrina e gucagon). Baixo índice glicêmico: são liberados mais lentamente na corrente sanguínea. IG alto > 70 IG médio: 56 – 69 IG baixo < 55.
  • 19. CG do alimento = (IG x CH disponível na porção)/100 CARGA GLICÊMICA (CG) CG alto > 20 CG médio: 11 – 19 CG baixo < 10
  • 20. 20
  • 21.
  • 23. Complicações Agudas HIPOGLICEMIA Glicemia <70mg/dL Causas: Erros na dose de insulina Insulina ou medicamentos orais em excesso Horário inadequado de ingestão de insulina Ingestão inadequada de alimentos Omitir ou atrasar refeições ou lanches Aumento na atividade física Ingestão alcoólica sem alimentos
  • 24. TRATAMENTO: ingestão imediata 15 g de CH, que correspondem a: ▪3 tabletes de glicose ▪Suco de fruta ou refrigerante normal (1/2 xícara) ▪6 biscoitos cream cracker ▪1 colher de sopa de mel Esperar 15 min e reavaliar a glicemia
  • 25. HIPERGLICEMIA E CETOACIDOSE Resultante da quantidade insuficiente de insulina ou alimento a mais e/ou outros fatores
  • 26. ! Insulina suplementar, reposição de fluidos e eletrólitos e monitoramento clínico ! Enfermidades agudas, como resfriado, gripe, e diarréia podem levar ao desenvolvimento de cetoacidose TRATAMENTO:
  • 27. ! Mudanças do estilo de vida... ! - Perda de peso - Atividade física regular (150min/semana) - Redução calórica e alimentos ricos em gorduras - 14g de fibras a cada 1000Kcal Nenhuma recomendação dietética pode ser feita para a prevenção do DM1 Prevenção primária
  • 28. Há fortes evidências de que os adoçantes artificiais são seguros para pessoas com diabetes desde que consumidos nos níveis seguros estabelecidos Edulcorantes Frutose: Resposta glicêmica inferior à da sacarose. Quantidade excessiva de frutose leva a um efeito adverso sobre os lipídios plasmáticos Não se recomenda o uso frutose como agente edulcorante. Não há motivos para evitar alimentos que contenham naturalmente a frutose
  • 30. 30 DIET LIGHT ZERO O produto é isento de determinado ingrediente, como açúcar, sódio etc Em geral, são destinados para grupos específicos, como os diabéticos O produto tem redução de pelo menos 25% de algum ingrediente (sódio, açúcar, gordura etc) e/ou calorias O produto é isento de determinado ingrediente, como açúcar, sódio etc Pode aparecer também como "não contém”, “livre de”, “sem”, “free"ou "isento"
  • 32.
  • 33.
  • 34. 34
  • 35. ! O consumo deve ser acompanhado da ingestão de alimentos 1 DOSE: ! 360mL de cerveja 150mL de vinho 45mL de bebida destilada Bebidas alcoolicas 1 DOSE PARA MULHERES E 2 PARA HOMENS
  • 36. ! ! ! Na ausência de contraindicações, indivíduos com DM2 devem ser encorajados a praticar exercícios de resistência 3 vezes por semana ! Exercício Físico ▪ Melhora o controle glicêmico ▪ Reduz fatores de risco cardiovascular ▪ Contribui para a perda de peso ▪ Melhora o bem estar 150min/semana de atividade aeróbica de moderada a intensa
  • 37. Recomendações da alimentação no exercício físico Tipo de exercicio Glicose sanguínea Aumentar ingestão CH em: Exercício de curta duração e de intensidade baixa a moderada Menor que 100 mg/dL 100 mg/dL ou acima 10 - 15g de CH/h Não é necessário aumentar a ingestão de alimentos Exercício de intensidade moderada a alta Menor que 100 mg/dL ! ! 100 – 180 mg/dL ! 180 – 300 mg/dL ! ! 300 mg/dL ou acima 25 - 50g de CH antes do exercício, então 10 - 15g CH/h de exercício ! 10 - 15g de CH Não é necessário aumentar ! Não começar o exercício até que a glicose sanguínea esteja sobre melhor controle
  • 38. LEITURA SUGERIDA Cuppari, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 3ed. Barueri, SP:Manole, 2014. ! Silva, S.M.C., Mura, J.D.P. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. 2 ed. São Paulo: Roca, 2011. ! MAHAN, L.K.; ALIN, M.T. KRAUSE. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 13 ed. São Paulo: Rocco, 2013. ! SBD. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016. !