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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
CURSO DE NUTRIÇÃO
DOCENTE
GABRIELA TEIXEIRA
Maputo, 03 de Junho de 2013.
Hipertensão arterial
A Hipertensão arterial é um dos mais importantes
factores de risco para o desenvolvimento das doenças
cardiovasculares.
ATENÇÃO!
O aumento da pressão arterial com a idade não
apresenta um comportamento biológico normal.
Prevenir o seu aparecimento é o meio mais eficiente
para combater as complicações associadas.
Factotes de risco
Hipertensão arterial
 Obesidade;
 Inatividade fisica;
 Elevada ingestão de sódio;
 Baixa ingestão de potássio;
 Consumo abusivo de bebidas alcoólicas;
 Tabagismo.
Factotes de risco
Hipertensao arterial
 Indivíduos com a pressão arterial limítrofe (130 a
139/85 a 89 mmHg) – contribui para o aumento do
risco cardiovasculares as dislipidemia;
 Intolerância a glicose;
 Diabete estabelecido;
 Menopausa;
 Estresse emocional.
Prevenção e tratamento
Actualmente, foi introduzida uma classifição de pre-
hipertensão para a prevenção da hipertensão na
população em geral através de programas
educacionais.
O principal objectivo no tratamento da hipertensão
aterterial é a redução da morbi-mortalidade
cardiovasculares e renais por meio de medidas não
medicamentosas isoladas ou associadas a farmácos
anti-hipertensivos.
Estágio de pre-hipertensão e
hipertensão (a partir de 18 anos)
Classificação Pressão arterial
sistólica (mmHg)
Pressão arterial
diastólica (mmHg)
Normal < 120 < 80
Pré-hipertensão 120 a 139 80 a 89
Hipertensão grau I 140 a 159 90 a 99
Hipertensão grau II > 160 ≥ 100
Modificacoes de estilo de vida
A adopção de um estilo de vida saudável é o principal
factor na prevenção do aumento da pressão arterial na
população e é indispensável no tratamento de
indivíduos hipertensos.
Modificação do estilo de vida
Modificação Recomendação Redução
aproximada na PAS
Redução de peso
corpóreo
Manter peso corpóreo na faixa de IMC entre 18,5
a 24,9 Kg/m²
5 a 20 mmHg para
cada redução de 10
Kg.
Adopção do plano
alimentar DASH
Consumir dieta rica em frutas, vegetais e com
baixo conteúdo de gordura total e saturada.
8 a 14 mmHg
Redução dietética de
sódio
Reduzir a ingestão diária de sódio dietético para
não mais que 100 mEq (2,4 g de sódio ou 6g de
cloreto de sódio).
2 a 8 mmHg
Actividade física Praticar AF aerobica regularmente (30 min na
maioria dos dias da semana)
4 a 9 mmHg
Moderação no
consumo de bebidas
alcoólicas
Limitar o consumo diário de 30 ml de etanol para
homens e 15 ml para mulheres.
2 a 4 mmHg
Manejo nutricional no controle da
hipertensão
A maior parte das modificações do estilo de vida esta
relacionada ao controle alimentar, tanto quantitativa
quanto qualitativamente.
O controle da hipertensão por meio de medidas
dietéticas específicas visa não apenas a redução nos
níveis tensionais, mas também a incorporação de
hábitos alimentares permanentes.
Controle do peso
O excesso de peso é um factor predisponente para a
hipertensão.
Estima-se que 20 a 30% da prevalência da hipertensão
possam ser explicadas por esta associação.
Recomendação
Manter o IMC dentro da faixa de normalidade (18,5 a
24,9 kg/m²).
Controle do peso
A concentração de gordura na região abdominal,
independentemente do valor do IMC, esta frequentemente
associada com resistência à insulina e elevação da pressão
arterial.
A perda de peso deve ser a partir da associação da
quantidade de energia ingerida e gasto energético diário.
A actividade física confere benefícios não somente na
redução do peso, mas também no controle e na diminuição
nos níveis de pressão arterial.
Adopção do plano alimentar DASH
Uma série de resultados de estudos sobre dieta e
pressão arterial demonstrava que a intervenção
dietética, além da redução de peso, redução da ingesta
de sódio e do consumo moderado de bebida alcoólica,
reduziam a pressão arterial.
Diante dessas possibilidades, o plano alimentar DASH
(Dietary Approaches to Stop Hypertension) foi
elaborado para testar o efeito de uma dieta padrão
sobre a diminuição da pressão arterial, não enfocando
apenas nutrientes isolados ou suplementados.
Características do plano alimentar
DASH
Grupos de alimentos Porções diárias Principal nutriente
Cereais e grãos 7 a 8 Energia e fibras
Vegetais 4 a 5 Potássio, magnésio e
fibras
Frutas 4 a 5 Potássio, magnésio e
fibras
Produtos làcteos sem ou
pouca gordura
2 a 3 Càlcio e proteína
Carnes 2 ou menos Proteína e magnésio
Oleaginosas e
leguminosas
4 a 5 por semana Energia, magnésio e
potássio, proteína e fibras
Gorduras e óleos 2 a 3 Energia
Doces 5 por semana Energia
Plano alimentar DASH
O plano alimentar DASH equilibra macro e
micronutrientes de uma maneira considerada ideal
para a redução expressiva dos níveis de pressão arterial.
A dieta DASH é composta por:
 produtos com baixa quantidade de gordura, como
peixe, frango, carnes vermelhas magras e produtos
lácteos magros, visando a diminuição do consumo de
gordura saturada e colesterol e o aumento da oferta
proteica e cálcio.
Plano alimentar DASH
 Quantidade abundante de frutas, vegetais, grãos,
oleaginosas, todas boas fontes de potássio, magnésio e
fibras;
 Normosódica: a quantidade de sódio é a mesma da
dieta comum (3.000 mg de sódio/dia).
Sendo assim a eficácia da dieta DASH na redução da
pressão arterial esta associada ao conjunto de
nutrientes, e não exclusivamente ao sódio.
Restrição de sódio
O sódio, notadamente, exerce um papel
FUNDAMENTAL na redução da pressão arterial e
beneficios ainda maiores são alcançados quando se
associa a dieta DASH a uma restrição de sódio (2.400
mg de sódio/dia).
Sensibilidade ao sal
A sensibilidade ao sal determina respostas diferentes
entre os individuos. Os individuos chamados sal-
sensíveis apresentam predisposição maior ao
desenvolvimento de hipertensão em decorrência de
ingestão salina.
Cerca de 30 a 60% dos pacientes com hipertensão
essêncial são sal- sensíveis.
Terapia dietética - hipossódica
Em torno de 100 mEq/dia ou 2.400 mg de sódio ou 6 g
de cloreto de sódio.
Em termos prácticos considerar:
 sal de adição – 4 g, o que corresponde a
aproximadamente 70 mEq (sódio extrinseco);
 e o restante, aproximadamente 26 a 30 mEq deve ser
proveniente do sódio intrínseco dos alimentos.
Terapia dietética - hipossódica
Não ingestão de produtos processados, como:
 enlatados;
 embutidos (salsichas, chouriço, etc);
 conservas;
 molhos e temperos prontos;
 caldos de carne;
 defumados;
 bebidas isotônicas;
 pouco sal no preparo dos alimentos;
 não utilização de saleiro à mesa.
Terapia dietética - hipossódica
O uso de substitutos de sal contendo cloreto de
potássio poderá ser recomendado, porém, deve-se
lembrar que o uso desses substitutos deverá ser
cuidadosamente monitorado nos quadros clínicos de
insuficiência reanal.
A palatibilidade das dietas hipossódicas é factor de má
aceitação; desta forma recomenda-se a utilização de
molhos a base de frutas, ervas aromáticas e incremento
de temperos caseiros com alho e cebola.
Restrição de álcool
O consumo excessivo de álcool eleva a pressão, além de ser
uma das causas de resistência terapêutica anti-
hipertensiva.
De maneira geral, individuos hipertensos não devem
consumir bebidas alcoólicas.
Aqueles que consomem é aconselhável não ultrapassar 30
ml de etanol/dia. Isso corresponde a 60 ml de bebida
destilada, 240 ml de vinho ou 720 ml de cerveja. Já para
mulheres, a ingestão não deve ser superior a 15 ml de
etanol/dia.
Leitura – condutas nutricionais
 Infarto agudo do miocárdio;
 Insuficiencia cardíaca;
 Transplante cardíaco.
Páginas 246 a 259: Livro – Nutrição nas DCNT.

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Hipertensao arterial

  • 1. INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO DOCENTE GABRIELA TEIXEIRA Maputo, 03 de Junho de 2013.
  • 2. Hipertensão arterial A Hipertensão arterial é um dos mais importantes factores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. ATENÇÃO! O aumento da pressão arterial com a idade não apresenta um comportamento biológico normal. Prevenir o seu aparecimento é o meio mais eficiente para combater as complicações associadas.
  • 3. Factotes de risco Hipertensão arterial  Obesidade;  Inatividade fisica;  Elevada ingestão de sódio;  Baixa ingestão de potássio;  Consumo abusivo de bebidas alcoólicas;  Tabagismo.
  • 4. Factotes de risco Hipertensao arterial  Indivíduos com a pressão arterial limítrofe (130 a 139/85 a 89 mmHg) – contribui para o aumento do risco cardiovasculares as dislipidemia;  Intolerância a glicose;  Diabete estabelecido;  Menopausa;  Estresse emocional.
  • 5. Prevenção e tratamento Actualmente, foi introduzida uma classifição de pre- hipertensão para a prevenção da hipertensão na população em geral através de programas educacionais. O principal objectivo no tratamento da hipertensão aterterial é a redução da morbi-mortalidade cardiovasculares e renais por meio de medidas não medicamentosas isoladas ou associadas a farmácos anti-hipertensivos.
  • 6. Estágio de pre-hipertensão e hipertensão (a partir de 18 anos) Classificação Pressão arterial sistólica (mmHg) Pressão arterial diastólica (mmHg) Normal < 120 < 80 Pré-hipertensão 120 a 139 80 a 89 Hipertensão grau I 140 a 159 90 a 99 Hipertensão grau II > 160 ≥ 100
  • 7. Modificacoes de estilo de vida A adopção de um estilo de vida saudável é o principal factor na prevenção do aumento da pressão arterial na população e é indispensável no tratamento de indivíduos hipertensos.
  • 8. Modificação do estilo de vida Modificação Recomendação Redução aproximada na PAS Redução de peso corpóreo Manter peso corpóreo na faixa de IMC entre 18,5 a 24,9 Kg/m² 5 a 20 mmHg para cada redução de 10 Kg. Adopção do plano alimentar DASH Consumir dieta rica em frutas, vegetais e com baixo conteúdo de gordura total e saturada. 8 a 14 mmHg Redução dietética de sódio Reduzir a ingestão diária de sódio dietético para não mais que 100 mEq (2,4 g de sódio ou 6g de cloreto de sódio). 2 a 8 mmHg Actividade física Praticar AF aerobica regularmente (30 min na maioria dos dias da semana) 4 a 9 mmHg Moderação no consumo de bebidas alcoólicas Limitar o consumo diário de 30 ml de etanol para homens e 15 ml para mulheres. 2 a 4 mmHg
  • 9. Manejo nutricional no controle da hipertensão A maior parte das modificações do estilo de vida esta relacionada ao controle alimentar, tanto quantitativa quanto qualitativamente. O controle da hipertensão por meio de medidas dietéticas específicas visa não apenas a redução nos níveis tensionais, mas também a incorporação de hábitos alimentares permanentes.
  • 10. Controle do peso O excesso de peso é um factor predisponente para a hipertensão. Estima-se que 20 a 30% da prevalência da hipertensão possam ser explicadas por esta associação. Recomendação Manter o IMC dentro da faixa de normalidade (18,5 a 24,9 kg/m²).
  • 11. Controle do peso A concentração de gordura na região abdominal, independentemente do valor do IMC, esta frequentemente associada com resistência à insulina e elevação da pressão arterial. A perda de peso deve ser a partir da associação da quantidade de energia ingerida e gasto energético diário. A actividade física confere benefícios não somente na redução do peso, mas também no controle e na diminuição nos níveis de pressão arterial.
  • 12. Adopção do plano alimentar DASH Uma série de resultados de estudos sobre dieta e pressão arterial demonstrava que a intervenção dietética, além da redução de peso, redução da ingesta de sódio e do consumo moderado de bebida alcoólica, reduziam a pressão arterial. Diante dessas possibilidades, o plano alimentar DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) foi elaborado para testar o efeito de uma dieta padrão sobre a diminuição da pressão arterial, não enfocando apenas nutrientes isolados ou suplementados.
  • 13. Características do plano alimentar DASH Grupos de alimentos Porções diárias Principal nutriente Cereais e grãos 7 a 8 Energia e fibras Vegetais 4 a 5 Potássio, magnésio e fibras Frutas 4 a 5 Potássio, magnésio e fibras Produtos làcteos sem ou pouca gordura 2 a 3 Càlcio e proteína Carnes 2 ou menos Proteína e magnésio Oleaginosas e leguminosas 4 a 5 por semana Energia, magnésio e potássio, proteína e fibras Gorduras e óleos 2 a 3 Energia Doces 5 por semana Energia
  • 14. Plano alimentar DASH O plano alimentar DASH equilibra macro e micronutrientes de uma maneira considerada ideal para a redução expressiva dos níveis de pressão arterial. A dieta DASH é composta por:  produtos com baixa quantidade de gordura, como peixe, frango, carnes vermelhas magras e produtos lácteos magros, visando a diminuição do consumo de gordura saturada e colesterol e o aumento da oferta proteica e cálcio.
  • 15. Plano alimentar DASH  Quantidade abundante de frutas, vegetais, grãos, oleaginosas, todas boas fontes de potássio, magnésio e fibras;  Normosódica: a quantidade de sódio é a mesma da dieta comum (3.000 mg de sódio/dia). Sendo assim a eficácia da dieta DASH na redução da pressão arterial esta associada ao conjunto de nutrientes, e não exclusivamente ao sódio.
  • 16. Restrição de sódio O sódio, notadamente, exerce um papel FUNDAMENTAL na redução da pressão arterial e beneficios ainda maiores são alcançados quando se associa a dieta DASH a uma restrição de sódio (2.400 mg de sódio/dia).
  • 17. Sensibilidade ao sal A sensibilidade ao sal determina respostas diferentes entre os individuos. Os individuos chamados sal- sensíveis apresentam predisposição maior ao desenvolvimento de hipertensão em decorrência de ingestão salina. Cerca de 30 a 60% dos pacientes com hipertensão essêncial são sal- sensíveis.
  • 18. Terapia dietética - hipossódica Em torno de 100 mEq/dia ou 2.400 mg de sódio ou 6 g de cloreto de sódio. Em termos prácticos considerar:  sal de adição – 4 g, o que corresponde a aproximadamente 70 mEq (sódio extrinseco);  e o restante, aproximadamente 26 a 30 mEq deve ser proveniente do sódio intrínseco dos alimentos.
  • 19. Terapia dietética - hipossódica Não ingestão de produtos processados, como:  enlatados;  embutidos (salsichas, chouriço, etc);  conservas;  molhos e temperos prontos;  caldos de carne;  defumados;  bebidas isotônicas;  pouco sal no preparo dos alimentos;  não utilização de saleiro à mesa.
  • 20. Terapia dietética - hipossódica O uso de substitutos de sal contendo cloreto de potássio poderá ser recomendado, porém, deve-se lembrar que o uso desses substitutos deverá ser cuidadosamente monitorado nos quadros clínicos de insuficiência reanal. A palatibilidade das dietas hipossódicas é factor de má aceitação; desta forma recomenda-se a utilização de molhos a base de frutas, ervas aromáticas e incremento de temperos caseiros com alho e cebola.
  • 21. Restrição de álcool O consumo excessivo de álcool eleva a pressão, além de ser uma das causas de resistência terapêutica anti- hipertensiva. De maneira geral, individuos hipertensos não devem consumir bebidas alcoólicas. Aqueles que consomem é aconselhável não ultrapassar 30 ml de etanol/dia. Isso corresponde a 60 ml de bebida destilada, 240 ml de vinho ou 720 ml de cerveja. Já para mulheres, a ingestão não deve ser superior a 15 ml de etanol/dia.
  • 22. Leitura – condutas nutricionais  Infarto agudo do miocárdio;  Insuficiencia cardíaca;  Transplante cardíaco. Páginas 246 a 259: Livro – Nutrição nas DCNT.