1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE TECNOLOGIA
UFPb
Métodos de perfuração
Belarmino B. Lira
2. Métodos de perfuração
Os métodos de perfuração para a
construção de poços tubulares são
numerosos, porém os mais utilizados são
os métodos :
• Rotativos
• Percussivo
• Rotopneumático
3. Rotativo
• O método rotativo baseia-se na trituração
e desagregação da rocha pelo movimento
giratório de uma broca.
• É o mais utilizado para perfuração de
poços tubulares em terrenos
sedimentares.
4. Perfuração de poço
tubular profundo,
visando
rebaixamento do
nível d'água Mina
de Ferro de
N4 E, na Serra dos
Carajás, PA, para a
CVRD
5. Percussivo
• O principio do método consistem em se
ergue e deixar cair em queda livre
alternadamente, um pesado conjunto de
ferramentas (porta-cabo, percussores,
haste e trépano).
• Ao cair em queda livre o trépano rompe o
material rochoso, triturando- o, ao mesmo
tempo em que gira sobre sue próprio eixo,
proporcionando um furo redondo.
6. Rotopneumático
• Este método consistem na fragmentação
da através da combinação de uma
percussão em alta freqüência com
pequeno curso de rotação. O fluido
utilizado e principal agente de
funcionalidade deste método é o ar
comprimido procedente de compressores
de alta potencia.
• Tem um excelente rendimento para
perfuração de rochas cristalinas.
7. Projeto de poços tubulares
• Profundidade do poço
• Diâmetro da perfuração
• Cimentação
• Revestimento
• Filtro
• Pré-filtro
8. Profundidade do poço
• Sempre que possível toda a formação
deve ser atravessada, pois esta é
situação em que o poço apresenta o
melhor rendimento hidráulico.
9. Diâmetro da perfuração
• O diâmetro de perfuração de um poço
depende da capacidade de produção que
se deseja alcança, pois ele define o
diâmetro do revestimento, o qual define
as especificações da bomba.
10. Revestimento
• O revestimento é composto dos tubos
instalados ao longo da toda a perfuração,
cuja principal finalidade é sustentar as
paredes do poço, impedindo que a
seqüência litológica atravessada
desmorone
• Os tipos de revestimentos empregados em
poços tubulares são basicamente tubos de
aço e PVC. Nos últimos anos o PVC está
se tornando cada vez mais empregado,
principalmente em poços com menos de
300 m de profundidade que captam águas
muito corrosivas
11. Filtro
• O filtro é um revestimento especial que
permite que a água contida na zona
saturada do aqüífero escoe com facilidade
para dentro do poço.
• As ranhuras do filtro deve ser menor que
a granulometria do pré-filtro ou da própria
litologia, para que não entre sedimentos
no poço e danifique a bomba.
12. Pré-filtro
• O encascalhamento artificial de poços é
um procedimento que consistem em
colocar cascalho no espaço anelar
existente entre o filtro e as paredes da
formação aqüífera.
• A espessura do anel do cilíndrico de pré –
filtro ser entre 7,5 cm e 20 cm, para
assegurar um bom encascalhamento.
13. Cimentação
• A colocação de pasta de cimento no
espaço anelar entre o revestimento e
a parede do poço, ou em casos
especiais, dentro do próprio poço, é
denominada de cimentação, cujas
algumas finalidades são descritas a
seguir.
14. Vedação
• Quando um poço é abandonado, seja
qual for o motivo, deve ser preenchido
com pasta de cimento, eliminando um
meio de acesso para a penetração de
poluentes no aqüífero.
15. Fixação
• É uma das finalidades básicas no que diz
respeito à construção do poço e tem
como objetivo fixar o revestimento à
parede do poço de forma a estabilizar
permanentemente a obra.
16. Proteção sanitária
• A cimentação do espaço anelar da parte
mas superior impedirá que águas
poluídas da superfície se infiltrem e
contaminem a água captada pelo poço.
17. Proteção
• Tem como objetivo proteger o
revestimento da ação de águas
agressivas.
18. Separação de aqüíferos
• Quando existem vários níveis de
aqüíferos e dente eles um ou mais
apresentam águas impróprias para o
consumo, os níveis indesejáveis são
separados por cimentação.
19. 9”
0m 4 ½”
0m
arenito médio
7m argila azul
8m argila amarela
13 m arenito grosso
17 m arenito médio argiloso
21 m
46 m NE 38 m argila amarela
42 m argila amarela arenosa
58 m arenito grosso à médio
ND 74 m
9” argila vermelha
76 m
90 m
LEGENDA
100 m FILTRO GEOMEC.
PRÉ-FILTRO
arenito médio à grosso
CIMENTAÇÃO
CENTRALIZADOR
POÇO: CONDOMÍNIO
OLIMPIADAS, RECIFE-PE
NE = 46 m ND = 58 m;
VAZÃO = 5.100 l/h
120 123 m
BOMBA 4 BPS 5-09 de 1,5 HP
121
DIÂMETRO DO FURO 9”
20. Desenvolvimentos de poços
O fator mais importante é aumentar a
condutividade hidráulica natural nas
proximidades do poço e corrigir os danos
causados pela perfuração.
21. Tipos de desenvolvimento de poços
• Super bombeamento
• Reversão de fluxo
• Jateamento
• Pistoneamento
• Air suguer plunger
22. Super bombeamento
• Consiste em bombear o poço com uma
vazão pelo menos duas vezes maior que
a provável vazão de operação do poço.
• Este método não é indicado para poços
perfurados em formações não
consolidadas sem pré-filtro.
• Desvantagem deste método é a facilidade
de formação de pontes de areia
23. Reversão de fluxo
• É o método de super bombeamento com
paralisações. Algumas vezes, além de
paralisar o bombeamento, injeta-se água
na formação com o objetivo de criar uma
inversão do fluxo de dentro do poço para
dentro do aqüífero, passando pelo pré-
filtro e ajudando a remover as partículas
finas.
24. Jateamento
• Uma peça especial, denominada de
jateador, é acoplada ao final do
hasteamento e colocada na base dos
filtros. O processo consiste em lançar um
jato horizontal de água dentro do poço de
tal modo que a alta velocidade da
corrente através das aberturas do filtro,
provocando um turbilhamento nas
vizinhanças das paredes do poço e
removendo as partículas finas.
25. Pistoneamento
• Método bastante eficiente, realizado
normalmente com maquinas percussoras. O
método consiste em pistonear um êmbolo de
borracha que é instalado dentro do revestimento
do poço (semelhante a uma seringa de injeção).
O movimento constante de sobe e desce faz
com que as partículas mais finas se desloquem
em direção ao poço. A intervalos regulares
retira-se o êmbolo e se limpa o poço.
26. Air suguer plunger
• Semelhante ao pisteamento, apenas o
êmbolo é confeccionado de modo que
permita a passagem de uma tubulação de
ar para o poço ser constantemente limpo.
27. Reabilitação e manutenção de
poços tubulares.
• Defina-se a reabilitação de um poço como
sendo a restauração do mesmo ás suas
condições mais eficientes de trabalho, por
meio de vários tratamentos, usando
inclusive técnicas de reconstrução.
28. • BIBLIOGRAFIA
• ALHEIROS, M.M. & FERREIRA, M.da G.V.X., 1991. A sub-bacia Cabo. Revisão geológica da faixa
sedimentar costeira de Pernambuco, Paraíba e parte do Rio Grande do Norte. Recife, UFPE –
Estudos geológicos. Série B, Vol. 10.
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Escala 1:25.000, com sinopse geológica. Convenio FINEP/LSI-DEC-UFPE. Recife.
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UFPE. 607p.
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Recife, UFPE.
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• COSTA, W.D., SANTOS, A.C., COSTA FILHO, W.D., FILHO, J.M., MONTEIRO, A.B., E SOUZA,
F.J.A. de – 1998 – Estado Hidrogeológico da Região Metropolitana do Recife – Projeto HIDROREC –
Convênio IDRC(Canadá) e UFPE/FADE. Relatório inédito.