[1] O documento discute as normas ABNT 15495 para projeto e construção de poços de monitoramento de águas subterrâneas. [2] A norma estabelece diretrizes para o projeto, construção e desenvolvimento de poços de monitoramento em aqüíferos granulares. [3] Os principais componentes de um poço de monitoramento incluem revestimento, pré-filtro, selo anular e proteção de superfície.
1. Projeto e Construção de Poços de
Monitoramento
Norma ABNT 15495 (Parte 1 e 2)
Biol. Ana Paula Queiroz
AESAS
APRESENTAÇÃO PREPARADA POR ENG. VICENTE AQUINO
GERENTE ÁREAS CONTAMINADAS CETESB
2. GT-01 - Amostragem de água para fins de
qualidade ambiental e revisão da norma NBR
13895.
Revisão da NBR 13895 : Construção de Poços de
Monitoramento
• Poços de monitoramento de águas subterrâneas
em aqüíferos granulares - Parte 1: Projeto e
construção
• Poço de monitoramento de águas subterrâneas em
aqüíferos granulares - Parte 2: Desenvolvimento
CEET-00:001.68
Comissão de Estudo Especial
Temporária de Avaliação da Qualidade do
Solo e da Água para Levantamento de Passivo
Ambiental e Avaliação de Risco à Saúde Humana
3. Revisão da NBR 13895 – Textos Base
• Parte 1 - Construção
– ASTM D5092-90 - Standard Practice for Design and
Instalation of Monitoring Wells in Aquifers.
– NBR 13895
• Parte 2 - Desenvolvimento
– ASTM D5521-94 Standard Guide for Development of
Ground-Water Monitoring Wells in Granular Aquifers
CEET-00:001.68
Comissão de Estudo Especial
Temporária de Avaliação da Qualidade do
Solo e da Água para Levantamento de Passivo
Ambiental e Avaliação de Risco à Saúde Humana
4. Porque uma norma?????
– Acesso direto ao aquífero e água subterrânea
– Reconhecimento dos estratos geológicos em
subsuperfície
– Reconhecimento das Condicionantes
hidrogeológicas dos meios saturados e não
saturados
– Medição do nível d´agua
– Coleta de amostras de solo (litologia e
contaminantes)
– Coleta de amostra de água isenta de turbidez
– Monitoramento permanente (hidrogeologia e
hidrogeoquímica)
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
6. ABNT NBR 15495 – Parte 1 – Construção de Poços
de Monitoramento
– Considera a identificação e caracterização da
zona-alvo de monitoramento um componente
integral do projeto e da construção do poço de
monitoramento.
– Recomenda-se que o desenvolvimento do
projeto e construção dos poços de monitoramento
se baseie no modelo conceitual hidrogeológico ou
em modelos conceituais previamente definidos em
função da etapa de investigação/gerenciamento da
área.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
7. Geologia e Hidrogeologia
– Tipo e natureza dos materiais geológicos
– Mapeamento tri-dimensional das unidades
identificadas
– Profundidade da rocha
– Profundidade do aqüífero freático
– Áreas de recarga e descarga da água subterrânea
– Camadas confinantes
– Antigos leitos de rios
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
8. Descrição da Geologia e hidrogeologia
• Investigação do meio físico.
• Descrição da geologia.
• Seções geológicas transversais e longitudinais.
Modelo conceitual hidrogeológico
• Investigar as cargas hidráulicas das diferentes camadas
descritas.
• Investigar a condutividade hidráulica
• Definir as diferenças entres as cargas hidráulicas .
• Plotar a direção de fluxo (potenciometria vertical e
horizontal).
Selecionar as camadas de interesse
• Potenciometria na unidade A
• Fluxo Horizontal na unidade B
• Camada confinante na unidade C
9. Norma ABNT - NBR 15495-1
Poços de monitoramento de águas
subterrâneas em aqüíferos granulares
• Parte 1: Projeto e construção
• Parte 2 : Desenvolvimento
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
10. Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
Qualquer que seja o Projeto de Um Poço de
Monitoramento ele terá como componentes
principais:
• Revestimento
– Tubo de revestimento
– Tubo filtro e PORÇÃO FILTRANTE
– Tampão PORÇÃO CEGA
• Pré – Filtro
• Selo Anular EVITAR MIGRAÇÃO DE MATERIAL
NATURAL DO AQUÍFERO
– Bentonita
– Calda de Preenchimento do Furo
• Proteção de Superfície
11. P RÉ-F ILTRO
CAP IN FERIOR
CENTRALIZADO RES
SE N ECESS ÁRIO S
PA REDE
DO FU RO
CENTRALIZADO RES
SE N ECESS ÁRIOS
TUBOS D EREVESTIMENTO DE 2"
BENTONI TA S ECA
CALDA DE P REENCHIMENTO DO FU RO
SELO (D E BENTON ITA OU CONCRETO)
I NCLI NAD O P ARA P REV EN IR
I NF ILTRAÇÃO SU PERFI CI AL
ES PA ÇO LIVRE
PA RA AMOS TRA DOR
TAMPA DE F ECH AMENTO
DO REVES TI MEN TO P ROTETO R
ETI QUETA D E IDENTIF ICAÇÃO
DO P OÇO D EN TRO D O TUBO
TA MPÃ O COM ORI FÍ CI O
(CAP DE P ROTEÇÃO INTERN O)
A REIA GROS S A
REVESTIMENTO P ROTETOR
DRENO
REVES TI MEN TO PROTETO R
DE 1,0 m O U 1,5 m A BA IXO
DO NÍV EL D O CHÃO
SELO D E BENTONI TA
PRÉ-F ILTRO SECU NDÁ RI O D E 300 mm A 600 mm
EX TENS ÃO DO FI LTRO P RIMÁRIO 20
% DO CO MPRIMENTO O U 600 mm
ACIMA DA RA NHURA DO FI LTRO, A MENOS Q UE NÃ O HA JA CO NDI ÇÕ ES
TU BO F ILTRO
(COMP RI MEN TO VARIÁ VEL)
RES ERV ATÓRIO D E SEDI MEN TO
Revestimento Simples
12. P RÉ-F ILTRO
CAP IN FERIOR
CENTRALIZADO RES
SE N ECESS ÁRIO S
PA REDE
DO FU RO
CENTRALIZADO RES
SE N ECESS ÁRIOS
TUBOS D EREVESTIMENTO DE 2"
BEN TO NITA SECA
CA LD A D E PREEN CHI MEN TO DO F URO
TUBO DE REV ES TIMEN TO DO F URO
INS TALADO NO MÍNI MO 600 mm
NA CAMADA CONF IN ANTE
SELO (D E BENTON ITA OU CONCRETO)
I NCLI NAD O P ARA P REV EN IR
I NF ILTRAÇÃO SU PERFI CI AL
ES PA ÇO LIVRE
PA RA AMOS TRA DOR
TAMPA DE F ECH AMENTO
DO REVES TI MEN TO P ROTETO R
ETI QUETA D E IDENTIF ICAÇÃO
DO P OÇO D EN TRO D O TUBO
TA MPÃ O COM ORI FÍ CI O
(CAP DE P ROTEÇÃO INTERN O)
A REIA GROS S A
REVESTIMENTO P ROTETOR
DRENO
REVES TI MEN TO PROTETO R
DE 1,0 m O U 1,5 m A BA IXO
DO NÍV EL D O CHÃO
SELO D E BENTONI TA
PRÉ-F ILTRO SECU NDÁ RI O D E 300 mm A 600 mm
EX TENS ÃO DO FI LTRO P RIMÁRIO 20
% DO CO MPRIMENTO O U 600 mm
ACIMA DA RA NHURA DO FI LTRO, A MENOS Q UE NÃ O HA JA CO NDI ÇÕ ES
TU BO F ILTRO
(COMP RI MEN TO VARIÁ VEL)
RES ERV ATÓRIO D E SEDI MEN TO
Multi-revestido
13. Revestimento - Materiais
• Devem ser fortes o suficiente para aguentar as forças
impostas nos mesmos durante os trabalhos de
instalação e desenvolvimento.
• Não deve alterar as concentrações dos contaminantes
por adsorção, dessorção ou lixiviação.
• Não deve degradar no meio em que foi instalado.
• Deve ser de fácil limpeza e manuseio.
• Deve ter um custo acessível.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
14. REVESTIMENTO - Materiais
• Plásticos
– Polivinil Clorado (PVC)
– Politetrafluoroetileno (PTFE)
– Polietileno
– Polipropileno
• Aço
– Aço galvanizado
– Aço inox
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
15. Vantagens
• P o d e s e r u s a d o e m
condições variadas de
geoquímica e contaminação.
• Resistente a esforços com
b a i x a r e l a ç ã o p e s o /
comprimento.
• Abertura da área do filtro
ampla.
• Disponível no mercado
• Custo acessível
Desvantagens
• P o d e d e g r a d a r e m
concentrações elevadas (>
30% da solubilidade na água)
d e a l g u n s s o l v e n t e s
o r g â n i c o s ( s o l v e n t e s
clorados).
• P o d e n ã o a g u e n t a r
temperaturas elevadas
(grouteamento).
• P o d e f a l h a r q u a n d o
submetido a diferenças de
pressão elevadas
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
PVC
16. Vantagens
• P o d e s e r u s a d o e m
c o n d i ç õ e s v a r i a d a s d e
geoquímica e contaminação.
• Resistente a esforços mesmo
com variações grandes de
temperatura.
• Abertura da área do filtro
ampla.
• Disponível no mercado
• C u s t o m o d e r a d a m e n t e
acessível
• Pode ser utilizado em poços
para cravação
Desvantagens
• Pode corroer em algumas
condições geoquímicas
(baixo pH, conc. elevada
de O2, Cl- H2S e CO2 ).
• Pode contribuir com metais
para as amostras (Fe, Zn,
Cr Ni, Mn, Mo)
• Relação peso/
comprimento elevada
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
AÇO INOX
17. REVESTIMENTO - Acoplamentos
• Os acoplamentos dos tubos de revestimento
devem proporcionar vedação, a fim de se
evitar a infiltração pelas emendas, de líquidos
provenientes de zonas não monitoradas.
• Recomendado o uso de acoplamentos
rosqueados e proibido o uso de acoplamento
químico.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
19. Fonte : Environmental Site Caracterization and Ground-Water Monitoring, edited
by David Nielsen.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
ASTM F-480
Rosca Quadrada com 2
fios por polegada.
• permitem uma montagem
rápida
• Não espanam.
• Boa resistênsia a tração
• Vedação com oring.
• Parede interna e externa
perfeitamente alinhadas.
• “Gola” longa antes da
rosca permite uma
acoplamento rápido e
alinhada previamente ao
rosqueamento.
20. REVESTIMENTO – Diâmetro
• Equipamento que será utilizado nos procedimentos
monitoramento, amostragem e desenvolvimento
• Volume de água requerido para as análises
planejadas
• Volume de água a ser purgada
• Taxa de recuperação do poço
• Equipamento de perfuração
• Normal - 2 a 4 polegadas
• Tendência - 1, 1/2 a 3/4 de polegada - Direct Push
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
21. REVESTIMENTO – Centralização
• Importante aspecto da instalação de um poço de
monitoramento é que a tubulação fique centralizada.
– Assegurar que o espaço anular será
preenchido pelo pré-filtro e pelo selo de
bentonita.
– Utilização de centralizadores.
– Imediatamente acima do tubo-filtro, a não mais
que 3m acima da base poço.
– Na câmara de sedimentação
– Pode atrapalhar a construção do poço
– Não utilizar com Trado Oco (Hollow)
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
22. Fonte : Environmental Site Caracterization and Ground-Water Monitoring, edited
by David Nielsen.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
23. REVESTIMENTO – Tubo Filtro
• Deve ser construído com material inerte para as
condições geoquímicas e aos contaminantes presentes.
• Áreas abertas devem maximizadas para permitir um
desenvolvimento adequado, testes hidráulicos
apropriados e recuperação rápida.
• Ideal de 10 a 8% de área aberta.
• Passagem de água contínua.
• Abertura de ranhuras mais comuns 0,5mm e 0,25mm.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
24. REVESTIMENTO – Tubo Filtro
• O tubo filtro deve ser novo, produzido com matérias
primas não recicladas.
• Ranhurado por máquina em processo industrial ou
enrolado continuamente com fios.
• Abertura da ranhura definida em função da
granulometria da formação e reter 90 a 95% do pré-filtro.
• Composto pelos materiais mais adequados ao ambiente
a ser monitorado e às características químicas do
contaminante.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
25. REVESTIMENTO – Tubo Filtro
• O tubo filtro deve ser fechado com um tampão (cap)
rosqueado na sua parte inferior.
• Não é aconselhável usar plug.
• O tampão (cap) deve ser de material compatível com o
tubo filtro.
• Os tubos filtro devem ser limpos antes da instalação do
poço.
• Ou devem ser certificados quanto à limpeza pelo
fornecedor (Indicado).
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
26. Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
• Menor área aberta.
• Não permite a passagem
contínua da água.
• No Brasil é disponível em aço
inox e PVC.
Filtro Ranhurado
27. Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
• Maior área aberta.
• Melhora a performance em poços
com baixa condutividade.
• Menos susceptível ao
entupimento.
• No Brasil só é disponível em aço
inox.
Filtro enrolado continuamente – Wired Wrapped
28. Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
Fonte : Environmental Site Caracterization and Ground-Water Monitoring, edited
by David Nielsen.
29. Revestimento - comprimento do filtro
• Filtro Curto: A instalação de filtro curto, com
comprimento máximo de 2m, é indicada para a maioria
dos programas de monitoramento em função de: (a)
complexidade geológica; (b) caracterização mais
precisa da qualidade da água no intervalo a ser
monitorado.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
30. Revestimento - comprimento do filtro
• Filtro Longo: A instalação de filtro longo, com
comprimento entre 2m e 6m, é aconselhável somente
em situações específicas de monitoramento, tais como:
(a) quando a litologia for relativamente simples; (b)
quando a pluma possuir uma distribuição vertical
homogênea; (c) ausência de fluxo vertical, ou (d) para
atender objetivos específicos de amostragem.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
31. Seleção do Pré-Filtro
• Obter amostras
representativas da litologia
da região onde será
instalada a seção filtrante.
• Fazer uma análise
granulométrica
(peneiramento).
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
32. Pré-Filtro - Granulometria
• O tamanho dos grãos e a abertura da ranhura
do tubo filtro são escolhidos para estabilizar a
unidade hidrogeológica adjacente à seção
filtrante
• Permitir que somente os grãos mais finos de
solo entrem na seção filtrante durante o
desenvolvimento do poço.
• Possibilitar amostra relativamente isentas de
turbidez.
• Não é recomendável o uso de mantas
geotexteis como elemento do pré-filtro
primário.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
33. Pré-Filtro - Granulometria
• D-30 tamanho da malha que retém 70% do
material que está sendo analisado.
• D-60 tamanho da malha que retém 40% do
material que está sendo analisado.
• D-10 tamanho da malha que retém 90% do
material que está sendo analisado.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
34. Pré-Filtro – Granulometria
• A granulometria do material do pré-filtro é definida
por meio da multiplicação do tamanho D-30 do
material da formação por um fator entre 4 e 10.
• 30% (D-30) dos grãos mais finos do pré-filtro devem
ser 4 a 10 vezes maiores que 30% (D-30) dos
grãos mais finos que compõe a formação a ser
filtrada.
• Usar um fator multiplicador de 4 se a camada
estratigráfica for fina e uniforme.
• Fator multiplicador de 6 se a granulometria do
material da formação for relativamente grossa e
desuniforme.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
35. Pré-Filtro – Granulometria
• O material do pré filtro deve ter granulometria o
mais uniforme possível, definida em função da
abertura das ranhuras do tubo filtro.
• O ideal é que o coeficiente de uniformidade:
– D-60 dividido pelo D10 = a 1,0
– Um coeficiente de uniformidade de 2.5 é mais
prático e alcançável para todos as faixas de
granulometria de pré-filtro.
– O valor de 2.5 deve ser visto como valor
máximo, não como um valor ideal.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
36. Curva de distribuição granulométrica
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,0 0,1 1,0 10,0
tamanho dos grãos (mm)
porcentagem
retida
(%)
d - 30
0,173 mm
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
38. • ABNT NBR 15495 descreve a metodologia para projetar,
construir e instalar poços
de monitoramento convencionais (ranhurado e com pré-
filtro), para aqüíferos granulares não consolidados, com uma
distribuição de partículas com no mínimo 50 % passante
numa malha de 200 mesh e não mais do que
20 % de partículas do tamanho de argilas (isto é, silte fino,
areia com alguma argila).
• Para formações que tenham granulometria mais finas do
que a citada (isto é, siltosa, argilosa, silto argilosas, e argilo
siltosas), a aplicação desta parte da ABNT NBR 15495 não
garantirá a obtenção de amostras de água subterrânea livres
de turbidez artificial.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
39. Pré-Filtro – Material
• Limpo (lavado, seco e empacotado)
• Inerte
• Capacidade de sorção/dessorção ausente
• Material mais comum - sílica/quartzito
• Ausência de materiais finos
• Granulometria uniforme
• Quartzo/Sílica
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
40. Pré-Filtro – Material
• O material do pré-filtro primário dever ser fornecido
em embalagem plástica, estanque e inerte, contendo
informações sobre o material, como: granulometria,
coeficiente de uniformidade, arredondamento, peso
específico a seco e as características físico-químicas
do material.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
41. Pré-Filtro – Montagem
• Pode ser lançado da superfície diretamente no espaço
anelar.
– O material tem que ser uniforme, caso contrário, no
lançamento ocorrerá a segregação em função da
granulometria, formando caminhos preferenciais.
– No lançamento pode ocorrer a incorporação de
materiais da formação de diferentes profundidades,
ao pré-filtro se o furo não for revestido.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
42. Pré-Filtro – Montagem
• Pode ser lançado na posição correta por meio de um
tubo instalado com esta finalidade - Tubo de Descida
(Tremie).
• impede a formação de pontes.
• normalmente com 1 polegada de diâmetro.
• Posicionamento mais preciso do pré-filtro
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
44. Pré-Filtro – Extensão
• 60 cm acima do topo do filtro.
• Ideal 30 cm acima do topo do tubo filtro, para
diminuir o máximo possível a área de captação do
poço.
• Espessura deve ser ajustada para evitar que ocorra
uma conexão entre camadas diferentes por meio do
pré-filtro.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
45. Pré-Filtro – Espessura
• Espesso suficiente para envolver todo o filtro, mas
fino o suficiente para minimizar a resistência
causada por ele ao desenvolvimento adequado das
paredes do furo da perfuração.
• Considera-se que 3 a 6 cm de espessura sejam
suficientes.
• Ensaios de laboratório têm demonstrado que um pré-
filtro, perfeitamente dimensionado (granulometria),
com espessura menor do que 1,27 cm (1/2”), reteve
com sucesso a movimentação de partículas
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
46. Selo anular - Função
• Impedir a migração vertical de água ou contaminantes
no espaço anelar(caminho preferencial).
• Isolar as zonas de amostragem discretas (poços
multiníveis).
• Impedir a infiltração de água da chuva e
contaminantes potenciais da superfície.
• Aumentar a vida útil do tubo (proteção física).
• Atuar como elemento estrutural.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
47. Selo anular – materiais
Bentonita
• Pellets são unidades na forma de esferas ou cilindros,
formados pela compressão de bentonita em pó.
• Cavacos são mais grossos do que os pellets, com forma
irregular e mais larga.
• Grânulos consistem de partículas grossas de
bentonita, tipicamente menores do que 50 mm.
• Pó - material na forma pulverizada com granulometria
menor do que 200 mesh
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
48. Selo anular - Posicionamento
• Pode ser lançado da superfície diretamente no furo de
sondagem.
• Pode ser injetado na posição correta por meio de um
tubo instalado com esta finalidade - Tremie pipe, que
neste caso não deve ser aberto na extremidade
inferior e deve ser fixado durante a injeção.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
49. Selo anular - Espessura
• Para ser eficaz, o selo anular de bentonita deve
ter aproximadamente no mínimo de 1,0 m a 1,5 m
de espessura.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
50. Proteção de superfície - Revestimento protetor
• Tubo ou dispositivo instalado na porção superior do
poço de monitoramento, com a finalidade de isolar e
proteger o tubo de revestimento.
• 30 cm de comprimento, sendo que aproximadamente
10 cm deste deve penetrar na camada de
preenchimento do furo, e 20 cm com laje de concreto
construída ao seu redor.
• Diâmetro interno de 100mm, ideal de 150mm.
• Ideal que seja instalado acima da superfície.
• Câmaras de calçada devem ser evitadas sempre que
possível.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
51. Proteção de superfície - Revestimento protetor
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
52. Desenvolvimento
• Desenvolvimento do poço de monitoramento
melhora a capacidade para gerar dados
representativos, sem desvios químicos e
hidráulicos, além de minimizar o potencial de
danos no equipamentos a serem utilizados no
monitoramento e amostragem.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
53. Desenvolvimento - Objetivos
• Restaurar o aquífero visando eliminar ou
minimizar os efeitos devidos aos danos
induzidos atraves das operações de
perfuração e completação;
• Extrair os resíduos e os detritos de perfuração
• Extrair os materiais finos da formação e do
envoltório de pré-filtro das vizinhanças da
parede do poço com o objetivo de desobstruir
ou facilitar o fluxo de água no sentido
aquífero-poço
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
54. Desenvolvimento - Objetivos
• Promover a gradação vertical e a
estabilização do envoltório de pré-filtro
• Aumentar a porosidade e a condutividade
hidráulica da formação na interface aquífero/
pré-filtro
• Estabilizar a formação visando evitar a
produção de finos durante o bombeamento
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
55. Desenvolvimento - Objetivos
• Corrigir possíveis danos decorrentes dos
efeitos marginais da perfuração e
completação
• Obter poço com adequada performance:
– Baixa perda de carga
– Alta eficiência hidráulica
– Baixa concentração de sólidos em suspensão
– Produção de água isenta de turbidez
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
56. Desenvolvimento
• Aplicação de energia suficiente para agitar a coluna
de água no poço e criar um fluxo reverso no filtro,
pré-filtro e na formação, para mobilizar e capturar no
poço o material fino da formação que foi mobilizado e
desagregado durante a sondagem.
• Remoção do material fino do interior do poço.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
57. Impactos do Método de Sondagem e da geometria
do Furo
Fonte : Environmental Site Caracterization and Ground-Water Monitoring, edited
by David Nielsen.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
58. Desenvolvimento
• Otimizar a eficiência do poço, e melhorar a comunicação
hidráulica entre o poço e a formação.
• Estabilizar o material do pré-filtro adjacente ao filtro do
poço
• Recuperar os fluídos perdidos durante a perfuração.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
59. Desenvolvimento efetivo é conseguido com a movimentação
da água em duas direções
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
60. Formação de pontes devido a movimentação da água em
uma única direção.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
61. Formação de pontes
ao longo do pré-filtro
e m f u n ç ã o d o
d e s e n v o l v i m e n t o
realizado unicamente
por bombeamento.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
63. Pré-desenvolvimento
• Controle das propriedades do fluido utilizado durante
a operação de perfuração e previamente à instalação
do tubo filtro, do tubo de revestimento e do pré-filtro,
com o objetivo de minimizar as alterações à
formação e facilitar a instalação e desenvolvimento
do poço.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
64. Desenvolvimento preliminar
• após a instalação do tubo filtro, do pré-filtro e do tubo
de revestimento
• antes da instalação do selo anular.
• aplicar energia suficiente ao poço para
– retificar os danos causados à formação pela perfuração;
– remoção de materiais de granulação fina do filtro, do pré-
filtro e da formação;
– estabilização e consolidação do pré-filtro;
– eliminação do fluido de perfuração (em caso de uso);
– estabilização da interface entre o pré-filtro e a formação.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
65. Desenvolvimento preliminar
• aplicação gradual do método de desenvolvimento
selecionado;
• aumentar a intensidade do processo desde que o
poço responda ao tratamento.
• Evitar o risco de se danificar ou destruir o poço de
monitoramento.
• A resposta do poço é geralmente evidenciada pelo
aumento da vazão e da presença de sedimentos.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
66. Desenvolvimento final
• Bombeamento como o passo final para se alcançar
os objetivos do desenvolvimento dos poços.
• Caso o desenvolvimento preliminar tenha sido
eficiente, o tempo necessário para o
desenvolvimento final deverá ser relativamente curto.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
67. Desenvolvimento - Quando desenvolver um poço de
Monitoramento
– Após a instalação do tubo de revestimento, do tubo
filtro e do pré-filtro, mas antes da instalação do selo
anular.
– O mais cedo possível após a instalação do poço e os
selos anulares estiverem curados (48 horas após a
finalização da construção).
– A ordem de desenvolvimento - áreas menos
contaminadas para as mais contaminadas
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
68. Desenvolvimento - Duração
– Até obtermos uma água limpa ou até que algum
critério de turbidez tenha sido atingido 10 UT.
– Até que tenhamos removido um mínimo de 10
vezes o volume de fluido utilizado na perfuração/
desenvolvimento do poço.
– Em função da resposta do poço ao bombeamento.
Estabilização do tempo para recuperação do
poço.
– Não usar parâmetros de campo como indicadores
(pH, condutividade e temperatura).
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
69. Desenvolvimento - Métodos
• Super-bombeamento e retrolavagem
• Pistoneamento
• Jateamento
• Jateamento combinado com bombeamento
simultâneo
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
70. Pistoneamento
• Iniciar acima do filtro
• mover-se progressivamente para baixo para
evitar que areia trave o pistão.
• intervalos iguais ao comprimento do curso de
movimentação do pistão.
• filtro inteiro deve ser trabalhado.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
74. Super-bombeamento
• bombeando a uma taxa maior do que aquela a ser
utilizada para purga e amostragem do poço.
• r e m o v e r o s f i n o s d a f o r m a ç ã o é p o r
superbombeamento, ou seja.
• obtenção de amostras que atendam aos critérios pré-
estabelecidos para turbidez.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
75. Retrolavagem
• Utilizada em conjunto com o superbombeamento.
• iniciar e parar o bombeamento intermitentemente
para produzir mudanças rápidas na carga hidráulica
dentro do poço.
• O retorno da água contida no tubo de descarga da
bomba, cria uma ação de pistoneamento no poço
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
76. Jateamento
• aplicação de jatos horizontais em alta
velocidade de água no tubo-filtro do poço
• mobilizar materiais de granulometria fina e
resíduos de perfuração, do pré-filtro e da
formação
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
77. Jateamento
• O ideal é que seja aplicado em conjunto com
bombeamento,
• A vazão do bombeamento deve exceder de
1,5 a 2 vezes a vazão de jateamento.
Projeto e Construção de Poços de Monitoramento
80. Método Vantagens Desvantagens
Pistoneamento Baixo custo, fácil operação, remove
resíduos e fluído de perfuração, assenta e
rearranja o pré-filtro, igualmente
aplicável a poços de pequeno e grande
diâmetro, movimenta a água em ambas
direções (interior e exterior do tubo-
filtro)
Limitado para penetrar em solo
consolidado e no meio saturado,
limitação de diâmetro, requer cuidado na
aplicaçãopara evitar a danificação do
tubo-filtro.
Superbombeamento Rápido, fácil operação, eficiente na
remoção de resíduos e fluído de
perfuração
Limitado para desenvolver a base do
pré-filtro, formação de pontes causada
pelo fluxo de água em apenas uma
direção, pode requerer o uso de
equipamento de bombeamento com
diâmetro incompatível com o diâmetro
interno dos poços a serem
desenvolvidos; pode causar o travamento
e desgaste por abrasão do equipamento
utilizado; gera grandes volumes de água
que podem requerer armazenamento e
tratamento; não desenvolve de forma
uniforme toda a seção filtrante, deve ser
utilizado em conjunto com outros
métodos de desenvolvimento
Retrolavagem Fácil operação, assenta e rearranja o pré-
filtro
Limitado para desenvolver a base do
pré-filtro, pode causar danos ao
equipamento de bombeamento, pode
requerer a introdução de água no poço,
não desenvolve de forma uniforme toda
a seção filtrante
Jateamento Eficiente para assentar, rearranjar o pré-
filtro e remover resíduos de perfuração
Operação trabalhosa, introduz água no
poço