O documento discute psoríase, incluindo sua anatomia, epidemiologia, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. Revisa o caso de uma paciente de 30 anos com manchas avermelhadas na pele há 15 dias, com histórico familiar sugestivo de psoríase.
2. Referências
- Manual de dermatologia clínica - Sampaio e Rivitti
- Clinica Média – USP – Volume 7
- Sociedade Brasileira de dermatologia – Psoríase
- Anatomia humana - Martini
3. Objetivos
Objetivo 1 Revisar a anatomia, a histologia e a físiopatologia da pele
Objetivo 2
Descrever a epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico,
diagnóstico diferencial e tratamento de psoríase
Objetivo 3 Revisar o quadro da paciente, classificando sua lesão
11. 01 02
Aspecto bimodal 20-30 anos,
com um segundo pico entre
50-60 anos. Porém, pode
surgir em qualquer idade
03
Incidência familiar de 30% e
70% de concordância em
gêmeos monozigóticos
04
Afeta cerca de 1 a 5% da
população mundial
Sexo Idade
Genética População
Epidemiologia
Atinge igualmente ambos os
sexos
13. Psoríase em
placas (vulgar) Psoríase em gotas
Psoríase
eritrodérmica
Psoríase
pustulosa
Manifestações clínicas
Psoríase ungueal
Artrite psoriásica
14. Paraqueratose, ausência da camada granulosa, acantose regular dos cones interpapilares, papilomatose,
capilares dilatados e tortuosos com atrofia epidérmica suprapapilar. Pequenas coleções de
polimorfonucleares abaixo do estrato córneo paraceratótico, células epidérmicas edematosas (pústula
espongiforme de Kogoj). Acúmulo de neutrófilos na camada córnea (microabscesso de Munro).
15. Psoríase em placas/vulgar
• Lesões em placas
• Escamas micáceas
• Distribuição simétrica
• Localização das lesões: as lesões da psoríase
vulgar aparecem com mais frequência nos
cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região sacral,
mãos e pés.
• Acometimento das unhas
• Prurido
• Piora com o estresse
• Fenômeno de Koebner
• Ciclos de melhora e piora
16. Psoríase em gotas
• Lesões em forma de gotas: a psoríase em gotas
apresenta lesões em forma de gotas pequenas e
arredondadas, avermelhadas e descamativas.
• Distribuição generalizada
• Coceira
• Acometimento das unhas
• Infecções virais prévias: a psoríase em gotas é
comumente precedida por infecções virais
• Fenômeno de Koebner
• Ciclos de melhora e piora
17. Psoríase eritrodérmica
• Eritrodermia: a psoríase eritrodérmica é caracterizada pela
presença de uma eritrodermia difusa, que pode envolver
todo o corpo.
• Descamação intensa
• Coceira intensa
• Edema
• Acometimento das unhas
• Febre
• Risco de complicações
• Exacerbação por medicamentos: a psoríase eritrodérmica
pode ser desencadeada ou agravada pelo uso de
determinados medicamentos, como corticosteroides tópicos
e sistêmicos.
18. Psoríase pustulosa
• Lesões pustulosas: a psoríase pustulosa é caracterizada pela
presença de lesões pustulosas, que são pequenas bolhas
cheias de pus.
• Distribuição variável: existem diferentes formas de psoríase
pustulosa, como a psoríase pustulosa palmo-plantar, que
afeta as palmas das mãos e as plantas dos pés
• Coceira
• Acometimento das unhas
• Febre
• Risco de complicações
• Exacerbação por medicamentos
19. Psoríase ungueal
• Alterações nas unhas
• Dor e desconforto
• Acometimento das articulações
• Dificuldade de diagnóstico: a psoríase ungueal pode ser de
difícil diagnóstico, pois as alterações nas unhas podem ser
semelhantes a outras condições dermatológicas.
• Exacerbação por traumas
• Prevenção de complicações: a psoríase ungueal pode levar a
complicações como infecções secundárias e deformidades
permanentes, por isso é importante tratá-la adequadamente.
• Impacto na qualidade de vida: as alterações nas unhas podem
afetar a autoestima e a qualidade de vida dos pacientes com
psoríase ungueal.
20. Diagnóstico
Clínico
Pelo aspecto e distribuição das lesões
Sinal da vela e sinal do orvalho sangrento
ou de Auspitz
Surgimento de uma lesão típica da doença em
áreas de trauma cutâneo de vários tipos, irritantes
químicos e outras dermatites
Curetagem de Brocq
Fenômeno de Koebner
Biópsia
21. Diagnósticos diferenciais
⤞ Pitiríase rósea de Gilbert
⤞ Sífilis (período secundário)
⤞ Lúpus eritematoso subagudo
⤞ Dermatite seborreica
⤞ Pitiríase liquenóide
⤞ Eritrodermias encontradas em atópicos, nas
erupções medicamentosas e nos linfomas
⤞ Eczema disidrótico, mícide e micose
vesicobolhosa
23. Revisão do caso
Raquel, 30 anos, casada, enfermeira, natural e procedente de Brasília - DF, foi à consulta médica com
queixas de manchas avermelhadas na pele há 15 dias. Refere que as manchas apareceram primeiramente
nos cotovelos e depois nos joelhos e mãos, com descamação da pele acometida. Relata ser a primeira vez
que notou estas alterações, embora sua mãe tenha lhe dito que apresentou lesões semelhantes no início
da adolescência e que passava uma pomada, obtendo a resolução das mesmas.
Ao ser interrogada sobre doenças na família, refere que um tio materno apresenta recorrência de lesões
semelhantes. Diz ser saudável e praticar exercícios físicos, mas nos últimos 2 meses apresentou dores nas
extremidades dos dedos das mãos e passou a utilizar ibuprofeno todos os dias. Além disso, faz uso
regular de lítio há 4 anos para transtorno do humor. Relatou ainda que há cerca de 1 mês assumiu um
cargo de chefia e ficou mais estressada que o normal, iniciando o hábito de fumar cerca de 10 cigarros
por dia. Ao ser examinada, notou que as manchas das mãos pioraram. O interno que estava
acompanhando a consulta, notou também uma lesão no couro cabeludo e a paciente lembrou que o
“cabelo estava caindo”.
O médico listou algumas hipóteses diagnósticas e sugeriu a realização de exames complementares para
o caso, além de propor um plano terapêutico.