Mary Parker Follett, pioneira da gestão participativa
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Notas do Editor
"The new state"(1928), o "Creative Expirience" (1924) e Dynamic Administration (1941).
Follet foi a primeira estudiosa a introduzir o conceito de circularidade na interacção dos seres humanos. O que se entende por comportamento circular são a confrontação e o jogo livre na exposição de ideias em uma discussão aberta. As ideias das pessoas são recolhidas e sobre elas se oferece uma nova “simbiose” que pode ser absorvida por outro. Há uma integração das diferenças. Surgindo um conflito, as soluções só podem ser encontradas somente com a participação de todas as partes, não por meio de uma “psicologia de adaptação”, mas de uma “psicologia de invenção”. Nessa interacção, a dinâmica não responde a uma lógica behaviorista de estímulo e resposta, mas a uma “psicologia de invenção”. A dinâmica circular que se instaura no grupo pode sugerir duas espirais opostas: um círculo vicioso e negativo, que leva à esterilidade e à desagregação, ou um círculo virtuoso e positivo, que leva à criatividade e ao desenvolvimento. No momento em que um membro do grupo toma posição frente aos demais, os outros também tomarão uma posição em relação a ele. A hipótese do círculo de desenvolvimento que segue a espiral positiva prevê que o comportamento socialmente integrador em uma pessoa tende a induzir um comportamento análogo - socialmente integrador – nos outros. Instaura-se, assim, um clima favorável que, de acordo com Domenico De Masi, “multiplica e enriquece a troca de informações em todos os níveis, elimina as ameaças e os medos, potência a coragem de tentar e errar, atrai do exterior os melhores cérebros, protege os participantes com personalidades mais fracas e os ajuda a permanecer no grupo, determina a sintonia e a ‘extensão de onda’ comum, graças às quais é mais fácil colher as mais subtis intuições, que frequentemente se revelam resolutivas.”
Quero mostrar que as bases para entender os problemas da Ciência Política são as mesmas para perceber a Gestão de Empresas – É a compreenção da natureza das unidades integradoras.
Não podemos esperar integrar as nossas diferenças a não ser que saibamos quais são. Assim, a primeira regra, para obter integração é colocar as cartas na mesa, enfrentar o verdadeiro problema, descobrir o conflito, trazer tudo para campo aberto Frederick Winslow Taylor ( 1856 - 1915 ), inicialmente técnico em mecânica e operário, formou-se engenheiro mecânico estudando à noite. É considerado o “Pai da Administração Científica ” por propor a utilização de métodos científicos cartesianos na administração de empresas. Seu foco era a eficiência e eficácia operacional na administração industrial. Sua orientação cartesiana extrema é ao mesmo tempo sua força e fraqueza. Seu controle inflexível, mecanicista, elevou enormemente o desempenho das indústrias em que actuou, todavia, igualmente gerou demissões, insatisfação e stress para seus subordinados e sindicalistas.
O alto potencial de todas as associações humanas é libertar as energias do espírito humano. O processo de grupo contém o segredo da vida colectiva, é a chave para a democracia. É a lição principal que todos indivíduos devem aprender, é essa a esperança do nosso chefe, a vida internacional do futuro, política ou sociável. O estudo das relações humanas nas empresas e o estudo da tecnologia de operar estão juntas. Nunca poderemos separar de todo o humano do lado mecânico. Parece-me visto que poder normalmente significa poder sobre, o poder de uma pessoa ou de um grupo sobre outra pessoa ou grupo, é possível desenvolver a concepção de poder com, um poder desenvolvido conjuntamente, um poder coactivo e não coercivo. O poder coercivo é a praga do universo; o poder coactivo, é o enriquecimento e avanço de toda a alma humana. Eu não penso que alguma vez nos vejamos livres do poder sobre; mas penso que deveríamos tentar reduzi-lo. Eu não penso que o poder possa ser delegado porque acredito que o poder genuíno é a capacidade. Não vemos agora que enquanto há várias maneiras de ganhar um poder externo ou arbitrário – Através da força bruta, manipulação, diplomacia. O poder genuíno é sempre aquele que está inerente á situação. O poder não é uma coisa pré existente que pode ser entregue ou arrancado a alguém. Nas relações sociais o Poder é centripedial auto – desenvolvimento.